1. TRABALHO DE CIÊNCIAS
LAGOA DA PAMPULHA
- Objetivo do vertedouro e quando foi construído;
- Capacidade da Lagoa (inicial e hoje).
Maria Clara de Freitas Viana Antunes
Marcella Cristina Nascimento Carvalho
Vitória Botelho
Heloísa Guerra Lachini
Professora: Adriana Gotschalg
2. Lagoa da Pampulha
Capacidade
De acordo com ambientalistas, a Lagoa da Pampulha possui
atualmente a capacidade de retenção de água que varia entre 9 e 10
milhões de m³, contra 18 milhões no final dos anos 50.
Desde que foi inaugurada, em 1940, a lagoa já perdeu 40% do seu
espelho d’água. A degradação ambiental preocupa. Levando em
consideração os preparativos para a Copa do Mundo e a possibilidade
da lagoa servir para práticas náuticas nas Olimpíadas em 2016.
A Lagoa da Pampulha é uma lagoa situada na região da Pampulha no
município de Belo Horizonte no Estado de Minas Gerais. Faz parte de
um complexo com outras atrações turísticas e foi projetada por Oscar
Niemeyer durante a gestão de Juscelino Kubitschek à frente da
prefeitura de Belo Horizonte.
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3. História
A Lagoa da Pampulha surgiu na década de 1940 com o então prefeito
e futuro presidente do Brasil Juscelino Kubitschek, como a cidade não
havia mar, havia o sonho de se construir uma lagoa na cidade para
servir de lazer, o que foi planejado por Otacílio Negrão de Lima
antecessor de JK, porém só no governo de JK é que o sonho se
realizou, estava pronta a Pampulha e o projeto arquitetônico
mundialmente famoso. Fazem parte do conjunto arquitetônico da
lagoa da Pampulha a igreja de São Francisco de Assis, o Museu de
Arte, a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube. A orla da Pampulha é
formada por uma imensa estrutura de lazer, como o ginásio do
Mineirinho, o Zoológico de Belo Horizonte, o Centro de Preparação
Equestre da Lagoa e pistas para ciclismo e caminhada, o Estádio
Governador Magalhães Pinto mais conhecido como Mineirão, palco de
grandes eventos esportivos e históricos do futebol regional,nacional e
internacional .
Vertedouro – Lagoa da Pampulha
Dados da Smurb mostram que em 1936, época de fundação da
barragem, havia cerca de 18 milhões de metros cúbicos de água. Na
década de 1980, o nível chegou a 7 milhões de metros cúbicos. A
secretaria explica que desde 2001 ocorre trabalho contínuo de
recuperação da lagoa, o que inclui a retirada de 1,6 milhão de metros
cúbicos de sedimento, substituição da comporta de fundo da
barragem, construção de novo vertedouro, entre outras iniciativas.
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4. HISTÓRIA DA BARRAGEM
1- A CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM
A primeira etapa da construção da barragem, foi iniciada em 1936 e
concluída em 1938 (11,50m de altura) e a segunda etapa (16,50m de
altura) iniciada em 1940 e concluída em 1943, represando
as águas que formaram a “LAGOA DA PAMPAULHA”, inaugurada em
conjunto com diversas obras componentes do acervo cultural.
2 – A RUPTURA DA BARRAGEM
A histórica e catastrófica ruptura da barragem deu-se em Abril de
1954, ou seja, apenas 11(onze) anos após a inauguração da segunda
etapa e 16(dezesseis) anos após o término da primeira etapa,
causando danos irreparáveis às construções e instalações urbanas,
em toda a extensão do córrego Pampulha e do Ribeirão do Onça,
ajuzante da barragem, até a sua fóz no Rio das Velhas.
3 – AS RAZÕES DO DESASTRE
Tem-se, hoje, como razões teóricas do rompimento, a erosão interna
dos caminhos de percolação da água no corpo da barragem, num
ponto situado próximo ao seu topo, além do emperramento da
comporta do vertedouro, não permitindo o alívio da pressão da água,
o que poderia amenizar os danos, ou até mesmo salvá-la do
desastre.
4 – A RECONSTRUÇÃO DA BARRAGEM
A reconstrução da barragem, iniciada no mesmo ano de sua ruptura,
ou seja, em 1954, através de um convênio entre a Prefeitura de BH e
o DNOS – Departamento Nacional de Obras de Saneamento teve a
sua conclusão e reinauguração em 1958.
5 – CARACTERÍSTICAS DA NOVA BARRAGEM
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5. Tendo em vista o volume de água a ser represado, além das razões
teóricas do rompimento da barragem anterior, a nova barragem foi
cuidadosamente projetada e construída com todos os recursos
tecnológicos mais modernos da época, tais como:
5.1 – Aumento das dimensões da base e do topo no que diz respeito
à largura da barragem, proporcionando maior segurança e
estabilidade.
5.2 – Colocação de filtros de areia no interior da barragem, com a
finalidade de conter e desviar a água percolada através dos vasos
capilares, para um escoamento adequado.
5.3 – Material de solo empregado na reconstrução da barragem,
criteriosamente escolhido e colocado
com compactação controlada através de laboratório de solos.
5.4 – Construção de um novo tipo de vertedouro, em forma de
“tulipa” e adequadamente dimensionado para escoamentos normais.
5.5 – Direcionamento para os possíveis transbordamentos de água
através do topo da barragem, que funciona como um vertedouro
auxiliar e/ou de emergência.
6 – CONTROLE OPERACIONAL DA BARRAGEM
A grande deficiência da “Barragem da Pampulha” está na
“inexistência” de um “Sistema de Controle Operacional”, que deveria
ter sido implantado imediatamente após a reinauguração da mesma,
com a finalidade de acompanhar permanentemente e registrar os
dados dos seguintes itens:
6.1 – O comportamento das camadas de solo compactado e filtros de
areia.
6.2 – Verificação e controle do volume de água represada .
6.3 – Medição e controle da vazão de água pelo vertedouro.
6.4 - Controle das necessidades de abertura da comporta do
vertedouro, para evitar transbordamentos.
6.5 – Verificação e medição permanente da vazão de água percolada.
7 – SITUAÇÃO ATUAL
A barragem da Pampulha, hoje com mais de 40 anos de vida e já
tendo sua represa perdido bem mais da capacidade de
armazenamento de água, além da perda gradativa da capacidade de
contenção de enchentes, está incondicionalmente sujeita a acidentes
de sérias proporções, como resultado de comportamentos anômalos,
“carecendo mais do que nunca” de um “Sistema de
Controle Operacional” para monitorar e programar as medidas
preventivas adequadas, pois, as “Descobertas ao Acaso”,a exemplo
dos recentes problemas do canal de fuga, poderão surgir sem dar
tempo hábil, até mesmo para as obras emergenciais de correção.
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6. Revitalização
A lagoa da Pampulha já foi área de lazer, sendo frequentada por
banhistas, desportistas e famílias, até os anos 1980, quando a lagoa
começou a ser poluída pelos córregos e fábricas do entorno da lagoa.
Em julho de 2001, a prefeitura passou a realizar diversas obras de
recuperação da Lagoa e entorno. Em 2002, foi inaugurado um
vertedouro de Tratamento das Águas dos Córregos Ressaca e
Sarandi, construído em parceria com a Copasa.
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10. Lagoa da Pampulha cada vez mais rasa
Assoreamento do espelho d’água ameaça cartão-postal de BH, e profundidade
em certos pontos é de 20 centímetros
Jaqueline da Mata - Do Hoje em Dia - 14/10/2011
Equipe mediu a profundidade da lagoa em 126 locais diferentes, encontrando alguns com 20
centímetros
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11. IMAGENS
Aqui vai um apanhado de imagens que buscamos na internet, mostrando uma dos
lugares mais lindos de BH, a incrível Pampulha, a deslumbrante região que envolve
o complexo arquitetônico de Niemeyer, a Lagoa e algumas das melhores
residências da cidade. Um verdadeiro orgulho para os mineiros e um refúgio sem
igual de tranquilidade, qualidade de vida e natureza em meio à metrópole.
Entardecer na Lagoa: um pedacinho do céu aqui mesmo em BH.
Vista da lagoa do Bar Redondo: dispensa comentários.
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15. Problemas
Superpopulação de peixes revela deterioração da Lagoa da Pampulha
VERTEDOURO
Vertedouro destinado a
medição da vazão da nascente
de um rio.
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16. Em hidráulica, vertedouro, vertedor, sangrador ou sangradouro (ou
ainda descarregador, o termo usado em Portugal) é uma estrutura
hidráulica que pode ser utilizada para diferentes finalidades, como
medição de vazão e controle de vazão, sendo estes os principais
usos. Quando o objetivo é a medição de vazão, uma geometria
bastante empregada é a triangular de parede delgada, embora
possam ser empregadas as formas retangular, semicircular, entre
outras. Em barragens, o excesso de água deve ser descarregado para
jusante de forma segura. Isto pode ser feito de diferentes formas,
sendo a principal delas com o uso de vertedores-extravasores. O
vertedor é essencialmente um orifício sem a parte superior. Assim,
vertedores-extravasores possuem uma parte inicial que é o vertedor
propriamente dito, seguido de um canal (normalmente bastante
inclinado) que possibilita o escoamento da água até a bacia de
dissipação aonde se forma um ressalto hidráulico (se ela existir).
Existem diferentes tipos de vertedores-extravasores, sendo este
apenas um exemplo. Assim, pode-se dizer que o vertedor-extravasor
é uma estrutura artificial executada com a finalidade de conduzir de
maneira segura a água através de uma barreira, que geralmente é
uma barragem, e que o vertedor é uma estrutura hidráulica cuja
geometria corresponde à de um orifício do qual foi suprimida a parte
superior, tendo como finalidade, por exemplo, a medição de vazão de
um dado escoamento de água.
O excesso de água acumulada em um reservatório de uma barragem,
seja de uma usina hidrelétrica ou de outra barragem qualquer
(irrigação, abastecimento, navegação etc.) deve ser extravasado de
forma segura por um canal ou túnel, de montante para a jusante.
Neste sentido, o vertedouro é o órgão de segurança da represa. Ele
também é chamado de vertedouro, sangrador ou sangradouro.
Os vertedouros podem conter algum mecanismo (comporta que
regule a passagem do fluxo de água por eles. Nas barragens, este
serviço geralmente é feito por comportas de aço, ou por válvulas.
O projeto de um vertedouro de uma grande barragem exige estudos
hidrológicos detalhados, além de simulações do escoamento em
modelo físico reduzido e, por meio de dinâmica dos fluidos
computacional (nos casos mais simples, utiliza-se, pelo menos, as
equações de Boussinesq com o intuito de simular de forma
aproximada a possibilidade de catástrofes, como o rompimento da
barragem).
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17. Notícia
Lagoa da Pampulha mais assoreada após período chuvoso
Baixa das águas expõe sedimentos e dano ambiental na Pampulha
17 de janeiro de 2012
A paisagem de cartão-postal da Lagoa da Pampulha se transformou
depois do período de estiagem, nos últimos dias. Turistas e
moradores de Belo Horizonte se assustaram com o nível de
assoreamento. Em alguns locais, o espelho d’água secou e grandes
extensões de terra e entulho expuseram a dimensão do problema.
Hoje, há cerca de 750 mil metros cúbicos de sedimentos na represa.
Para a retirada de todo esse material, seriam necessários cerca de
37.500 caminhões, segundo a Superintendência de Desenvolvimento
da Capital (Sudecap).
O acúmulo de detritos é maior nas partes mais rasas, nas bordas da
lagoa, em áreas cuja profundidade vai até dois metros. O presidente
da Associação Amigos da Pampulha, Flávio Marcus Ribeiro de
Campos, afirma que uma redução no nível da lagoa fez aparecer o
dano ambiental. “Hoje a gente vê que o espelho d’água é de apenas
15 centímetros. A lagoa se transformou em quatro ou cinco lagoas
independentes, devido ao assoreamento”, diz.
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18. Na barragem há dois vertedouros que liberam à água, mas apenas
um é controlado. Durante o período de seca, a abertura fica entre
três e cinco centímetros. No período de chuvas, passou para uma
média de dez a 12 centímetros. Como houve uma estiagem nos
últimos dias, a maior vazão fez com que o nível da água baixasse 18
centímetros. A previsão é de que o volume volte ao normal na
quarta-feira.
O último desassoreamento foi realizado em 2004, removendo 1
milhão de metros cúbicos de material, com custo de R$ 110 milhões.
Segundo a Sudecap, existem planos para uma nova intervenção, mas
não há recursos nem prazos definidos. Por enquanto, é realizada
apenas a limpeza de lixo da lagoa, com a retirada de 20 toneladas
por dia, na época de chuva, e dez toneladas, no tempo seco.
Em abril, caso não ocorram atrasos nos processos de licitação, a
Copasa deve iniciar os trabalhos para impedir que o esgoto de 19%
da população de Contagem e de 4% de Belo Horizonte seja
despejado na lagoa. Serão R$ 102 milhões investidos. “A meta é de
que, em junho de 2013, 100% do esgoto seja levado para a Estação
de Tratamento de Esgoto (ETE) Onça”, diz o gestor de
Empreendimentos de Grande Porte da Copasa, Valter Vilela.
O coordenador do Laboratório de Gestão Ambiental de Reservatórios
(LGAR), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ricardo
Motta Pinto Coelho, avalia que são necessárias ações integradas.
“Com R$ 140 milhões seria possível e, com folga, fazer a recuperação
e despoluição da lagoa. Mas o dinheiro tem que ser empregado em
saneamento, não em obras viárias ou habitação, como já aconteceu”,
diz.
Jornal Hoje em Dia
Bruno Carvalho
17/01/2012
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