Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
PEÇA TEATRAL: A REVOLTA DE BECKMAN
1. PEÇA TEATRAL: A REVOLTA DE BECKMAN
O livro “A amiga de Rafa. A revolta de Beckman e suas causas. A tomada do
poder” retrata a história da Revolta de Beckman – ocorrido no Maranhão no século XVII
de um modo aparentemente literário, mas cientificamente, sem fugir a verdade dos fatos.
O texto aborda no circunstancial de um aluno, ou melhor, dois alunos que se veem em
apuros quando informados de que o assunto para estudar para a prova de história, cujo
título temático é a Revolta de Beckman. É um texto informativo e interdisciplinar.
NARRADOR- esta e a historia de um aluno que se vê em apuros quando recebe o
assunto para estudar para a prova de historia a REVOLTA DE BECKMAN, o jovem
Rafael seencontra em apuros mas uma luz surge no fim do túnel vejamos como isso
aconteceu.
RAFAEL- Meu DEUS e agora não sei nada sobre o assunto da prova como vou tirar
uma boa nota desse jeito?
NARRADOR- De repente Touchê um simpático senhor que com sabedoria e muita
alegria vai ensinar nosso personagem sobre um pouco da historia de Beckman.
TOUCHÊ- Ola menino Rafael sou Touchê e serei seu guia em uma viagem ao passado
onde você terá a oportunidade de conhecer a famosa historia da revolta de
Beckman e sua importância para a historia estar pronto?
RAFAEL- Sim mais antes vou esperar minha amiga Amarilda que também vai estudar
sobre este assunto e no entanto já esta bem atrasada
NARRADOR- Os dois esperam quando Amarilda chega tem inicio a aventura.
2. TOUCHÊ- Meus queridos a Revolta de Beckman foi um movimento nativista que
estourou no Maranhão em 1684, setenta anos depois da expulsão dos franceses da
ilha. Foi uma das primeiras insurreições a contestar as regras do sistema de
exploração no Brasil, vamos conhecer esta fase da nossa historia.
NARRADOR- Amarilda não entendeu onde Rafael encontrou aquele professor tão
maluco mais que conhecia muito de historia, Rafa entusiasmado fala que após esta
aula eles ficaram sabendo muito do assunto, assim atentos os dois são todo ouvido
ao sábio Touchê.
TOUCHÊ- Vocês vão ficar amparados fofocando ou eu posso continuar?
RAFAEL E AMARILDA- Pode sim vai nessa.
TOUCHÊ- Como eu havia dito, a revolta de Beckman foi um movimento que foi
deflagrado em 1684 em meio um clima de grande insatisfação da população diante
do estado de extrema pobreza, pelo qual passava o maranhão. Isso ocorreu pela
falta de Mao de obra, que fazia com que os colonos escravizassem os índios que era
considerado crime pela metrópole.
Assim tentando resolver a situação foi criada em 1682 a companhia geral do
comercio do maranhão e grão Para pratica que so piorou a situação.
AMARILDA- Vai dizer que tudo isso so piorou a situação daqueles coitados e isso?
TOUCHÊ- Isso mesmo minha jovem.
RAFAEL- Mais por que não deu certo?
TOUCHÊ- Simples meu amigo Rafael a tal companhia não cumpriu quase nenhuma
de suas obrigações, sendo que muitas eram importantes para tirar o maranhão do
atraso.
Ela não trouxe escravos africanos na quantidade correta as fazendas e os gêneros
importados eram insuficientes, indústria e lavoura não foram melhoradas etc. e
etc....
RAFAEL- Nossa quer dizer que a corrupção já existia naquela época? A coisa vem de
longe mesmo.
3. TOUCHÊ- Sim já faz tempo Rafael, e o pior é que como o próprio governador estava
envolvido na pilantragem não tinha para quem reclamar.
RAFAEL- Já sei cansado de tudo estava acontecendo surgiu Beckman e deu um jeito
em tudo certo?
TOUCHÊ- Digamos que sim, ai surgiu Manoel Beckman, um português nascido em
Lisboa em 1630 e que em 1662 junto com seu irmão Tomas veio tentar a vida em
São Luis cidade que ainda sofria pela invasão provocada pelos holandeses.
Quando aqui chegaram os irmãos fizeram boas amizades entre estas com o capitão-
mor João pereira cárceres estes tinha duas filhas Maria Almeida e helena. Sem
perder tempo os dois irmãos se casaram com as duas irmãs.
AMARILDA- Espertinhos esses irmãos portugueses na certa chegaram aqui mais lisos
que diabo e retomaram com os cofres cheio de dinheiro.
TOUCHÊ- Sim Amarilda espertos, mais muito trabalhadores, ajudado pelo sogro
generoso dono do grande fortuna conseguiram progredir fazendo florescer as
margens do rio Mearim uma grande fazenda chamada Vera.
NARRADOR- Com seu jeito único de mostrar a historia touchê prendeu a atenção
dos dois mais ainda de Rafael que cheio de curiosidades queria logo saber o que
Beckman fez para cabar com aquela situação.
RAFAEL- Touchê o que Beckman fez para acabar com a molecagem toda promovida
por conta desse tal Estanco?
TOUCHÊ- Reuniu os companheiros derrubou o governo local e liquidou com o
estanco. Enfim fez o que entrou Pra historia como a revolta de Beckman.
RAFAEL- Virou herói. Viva Beckman. Mais e a confusão, terás batalha onde está?
TOUCHÊ- Calma Rafael, se prepara que a confusão vai começar, imaginem meninos
que aquele era um momento delicado por conta de tudo que já falei pra vocês a
população fervilhava descontente com aquela situação. A vida estava difícil mesmo
produtos vendidos não prestavam os escravos não chegavam a população afundava
na miséria e na escassez.
TOUCHÊ- Assim 1683 Manoel Beckman havia sido escolhido líder do crescente
movimento.
4. AMARILDA- Viva a revolta, Ra-tá-tá-tá
TOUCHÊ- Noite de 24 de fevereiro. Samara santa no calendário litúrgico do
maranhão. Como de costume São Luis estava com mais gente que o normal pois as
pessoas vinham do interior para cidade.
RAFAEL- Eu sou o escudeiro de Manuel Beckman.
AMARILDA- Eu sou a escudeira de Manuel Beckman Não ficarei fora da briga
TOUCHÊ- Pena amigos que nem todos tiveram essa coragem e na hora agá borram
as botas com medo de ser preso ou morrer na luta.
NARRADOR- Encantado com o que escutava Rafael fechou os olhos e num só
instante se viu a frente do campo de batalha.
TOUCHÊ- Mais no entanto homens corajosos como Manuel sertão de castro, um dos
revoltosos puxou sua espada e partiu para os arrependido ameaçando a degolar um
por um, finalmente os 4 horas da madrugada, a multidão saiu do convento e foi para
a rua.
NARRADOR- O sábio Touchê contava sua brilhante explicação enquanto os jovens
Rafael e Amarilda mergulhava nos seus pensamentos imaginando como teria sido
aquele momento de grande importância para o estado do Maranhão
TOUCHÊ- Imaginem vocês, na rua santo Antonio mais pessoas se incorporavam á
multidão com o caldo de gente engrossando o grupo segui o estanco, fora o capitão-
mor depois Beckman e seu grupo dirigiam-se ao palácio episcopal, onde moravam
os jesuítas. Ao chegar na porta, o nosso herói declarou publicamente a decisão do
novo governo e de expulsar os jesuítas do maranhão.
RAFAEL- E por que os revoltos tinham ódio da igreja Touchê?
TOUCHÊ- Eles não odiavam a igreja Rafaele e sim os jesuítas porque estes eram
contra a escravização dos índios. E de um deles que um padre inteligentíssimo e
combativo chamado padre vieira.
RAFAEL- Já ouviu falar, e um padre português que viveu alguns anos em São Luis e
ate hojemuito famoso sobretudo por conta dos sermões que escreveu parábolas de
nossa língua.
5. AMARILDA- Nossa Rafael você sabe de tudo isso? Mas com Beckman não adiantou
essa historia de escrever bonito. E depois senhor Touchê o que aconteceu?
TOUCHÊ- Beckman e seus companheiros instalaram uma guarda cívica e uma junto
geral do governo.
NARRADOR- E muita informação e nossos amigos estão ficando com fome, nesse
instante surge dona Laura trazendo um delicioso lanche.
D.LAURA- Atenção hora de matar a fome criança não deixem essa delicia esperando.
NARRADOR- Obedientes ao chamado de dona Laura as crianças da mesa
esquecendo por um tempo do heroísmo de Beckham e se rendendo as deliciosas
como o objetivo quentinho. Nesse momento chega se Naldo pai de Rafael.
SENHOR NALDO- Laura, o que Rafael esta fazendo? Estou percebendo uma
confusão.
D. LAURA- Lanchando mas quando entrei na sala ainda há pouco ele e Amarilda
estavam ao redor da mesa, marchando feito dois soldados de chumbo e gritando
viva a revolução! Viva Beckman! Não entendi.
Bequinho com o nome pombal, pombeio, pombilio, ou coisa que lembre este
esforçado servidor do rei.
TOUCHÊ- Olha Amarilda em parte isso pode ser explicado é que para a colônia
pombal não era visto como um irrepreensível benfeitor, mas principalmente com
um opressor que de fato era.
RAFAEL- E em Portugal como o marques era visto?
TOUCHÊ- Quando deixou o poder, após a morte do rei e a subida ao trono da Rainha
D. Maria I, o marques passou maus bocados por ter condenado a morte membros
da nobreza acusados de um atentado contra o rei ele era odiado pela Rainha, que o
demitiu o expulsou de Lisboa mais no entanto com a sua morte ele foi reabilitado e
hoje seu valor é reconhecido, inclusive com uma belíssima praça erguida em sua
memória no centro de Lisboa a praça marques de pombal.
NARRADOR- Touchê ainda deu mais informações aos dois jovens, enriquecendo
ainda mais seu conhecimento sobre a historia do maranhão, mas isso já e um outra
história.
6. Adaptação, Deyvison da obra: MARQUES, Wilson. A nova amiga de Rafa. A revolta de
Beckman e suas causas. A tomada do poder. 2015.