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Getúlio Vargas na capital da república
A convivência de Getúlio Vargas com o Catete - o bairro e o palácio - antecedeu sua
ascensão ao posto máximo do poder político nacional. Em 1923, Vargas chegou ao Rio
de Janeiro para completar o mandato de um colega do Partido Republicano
Riograndense, que falecera no ano anterior. Em 1924, eleito deputado federal, mudou-se
com a esposa, D. Darci, e três de seus cinco filhos para um pequeno apartamento da
Pensão Wilson, localizada no número 2 da praia do Flamengo.
Indicado líder da bancada riograndense na Câmara
Federal, alugou uma casa na rua Buarque de Macedo, no
entorno do palácio do Catete, de onde saiu em 1926 para
ocupar, por dois anos, a residência oficial do ministro da
Fazenda - localizada, à época, na ladeira do Ascurra, no
bairro do Cosme Velho -, cargo para o qual havia sido
indicado por Washington Luís.
Eleito presidente do Rio Grande do Sul, retornou em 1928
ao seu estado natal para voltar à capital federal como o
principal líder da revolução de 1930.
A chegada ao palácio do Catete, em 1930, foi decepcionante. O prédio encontrava-se
em péssimo estado de conservação, necessitando de reformas urgentes. Assim, Vargas
teve que optar entre as outras residências à disposição da Presidência, na época: o
palácio Guanabara, o palácio Laranjeiras, o palácio Rio Negro em Petrópolis e a casa da
Ilha do Rijo, estas duas últimas geralmente utilizadas para períodos de veraneio.
Após tomar posse como chefe do governo provisório em 3 de novembro de 1930,
Vargas preferiu instalar-se com a família no palácio Rio Negro, para fugir do intenso
calor do verão carioca. Em suas idas e vindas entre o Rio e Petrópolis, sofreu sério
acidente de automóvel que vitimou mortalmente seu ajudante-de-ordens e feriu
gravemente sua esposa, D. Darci.
A necessidade de cuidados médicos permanentes obrigou a família Vargas a retornar ao
Rio, ocupando temporariamente o palácio do Catete, que dispunha de elevador,
essencial, tendo em vista o estado de saúde de D. Darci, que sofrera fratura exposta na
perna.
Com a recuperação de D. Darci, a família presidencial transferiu-se para o palácio
Guanabara, onde permaneceu instalada até o levante integralista de 1938.
Entre 1932 e 1935, o palácio do Catete passou por uma verdadeira "operação interna de
plástica", como definiu Alzira Vargas, filha e principal assessora de Getúlio Vargas,
preparando-se para receber hóspedes ilustres como o presidente do Uruguai, Gabriel
Terra, e o cardeal Eugenio Pacelli, futuro papa Pio XII.
Ainda, segundo Alzira Vargas, seu pai, o presidente Vargas, costumava permanecer
durante toda a manhã no palácio Guanabara, dedicando-se ao expediente interno,
seguindo para o Catete após o almoço, muitas vezes realizando o percurso do
Guanabara ao Catete a pé.
Posse do presidente
Getúlio Vargas, no palácio
do Catete, em 1951.
No palácio do Catete, Vargas dedicava-se à resolução das grandes questões nacionais,
despachando com ministros, recebendo políticos e populares e, principalmente,
dedicando-se à atividade que marcou toda sua vida: a articulação e as tramas políticas.
Nesse palácio, assinou atos de grande repercussão nacional, como o da criação do
Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; do Ministério da Educação e Saúde, a
regulamentação do trabalho feminino e da jornada de trabalho, a promulgação da lei de
sindicalização e do voto feminino, a criação da Consolidação das Leis do Trabalho, que
até hoje rege as relações entre patrões e empregados.
Assinou decretos que convulsionaram o país, como o que criou o Estado Novo, em 11
de novembro de 1937, determinando o fechamento do Congresso e a promulgação de
uma nova constituição, em substituição à constituição de 1934, e que ficou conhecida
como "A Polaca", por sua inspiração fascista e marcadamente autoritária.
No palácio do Catete foi instalada uma seção do Departamento de Imprensa e
Propaganda, criado em 1941 para promover a divulgação do novo regime e consolidar a
imagem de Vargas como o presidente dos trabalhadores - o "Pai dos Pobres" - que o
marcaria de forma indelével.
Em 1938, após o levante integralista e o ataque ao palácio Guanabara, a família Vargas
mudou-se para o Catete, aqui permanecendo até 1945. Nesse ano, com o processo de
redemocratização que tomou o país após a segunda guerra mundial, Getúlio Vargas foi
deposto por uma junta militar, retornando ao Rio Grande do Sul após 15 anos de
exercício ininterrupto do poder.
De sua estância em São Borja, porém, o ardiloso ex-presidente continuou a comandar os
destinos do país, influindo no resultado das eleições convocadas em 1945, ao apoiar a
candidatura do general Eurico Gaspar Dutra, que havia sido seu ministro da Guerra
durante o Estado Novo.
Eleito senador por dois estados da federação - no Rio Grande do Sul, pelo Partido
Social Democrático, e em São Paulo, pelo Partido Trabalhista Brasileiro - e deputado
por sete - Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Bahia e Paraná, em junho de 1946 assumiu a cadeira de senador pelo PSD gaúcho,
durante os trabalhos da Constituinte de 1946. Em dezembro, tomou posse como senador
na primeira legislatura ordinária do novo Congresso Nacional. Assim, preparava sua
volta ao poder nas eleições de 1950.
O presidente Eurico Gaspar Dutra, que governou no intervalo getulista entre 1945 e
1950, só passou a residir no Catete no final de seu mandato, após a morte de sua esposa,
D. Carmela Dutra, em 1949.
Em 1950, as novas eleições, desta vez em clima democrático, trouxeram Getúlio Vargas
de volta ao Catete, "nos braços do povo", para realizar uma administração difícil,
marcada pelos violentos ataques da oposição, representada principalmente pela União
Democrática Nacional, partido constituído em 1945.
Em 24 de agosto de 1954, acossado por denúncias de corrupção envolvendo sua família
e membros de sua guarda pessoal, Getúlio Dorneles Vargas suicidou-se em seus
aposentos, com um tiro certeiro no coração, deixando como testamento uma carta que
mudaria os destinos do país.
Museu da República: guia do visitante. Rio de Janeiro, Museu da República, 1994,
pp.20-24.

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Getúlio vargas na capital da república

  • 1. Getúlio Vargas na capital da república A convivência de Getúlio Vargas com o Catete - o bairro e o palácio - antecedeu sua ascensão ao posto máximo do poder político nacional. Em 1923, Vargas chegou ao Rio de Janeiro para completar o mandato de um colega do Partido Republicano Riograndense, que falecera no ano anterior. Em 1924, eleito deputado federal, mudou-se com a esposa, D. Darci, e três de seus cinco filhos para um pequeno apartamento da Pensão Wilson, localizada no número 2 da praia do Flamengo. Indicado líder da bancada riograndense na Câmara Federal, alugou uma casa na rua Buarque de Macedo, no entorno do palácio do Catete, de onde saiu em 1926 para ocupar, por dois anos, a residência oficial do ministro da Fazenda - localizada, à época, na ladeira do Ascurra, no bairro do Cosme Velho -, cargo para o qual havia sido indicado por Washington Luís. Eleito presidente do Rio Grande do Sul, retornou em 1928 ao seu estado natal para voltar à capital federal como o principal líder da revolução de 1930. A chegada ao palácio do Catete, em 1930, foi decepcionante. O prédio encontrava-se em péssimo estado de conservação, necessitando de reformas urgentes. Assim, Vargas teve que optar entre as outras residências à disposição da Presidência, na época: o palácio Guanabara, o palácio Laranjeiras, o palácio Rio Negro em Petrópolis e a casa da Ilha do Rijo, estas duas últimas geralmente utilizadas para períodos de veraneio. Após tomar posse como chefe do governo provisório em 3 de novembro de 1930, Vargas preferiu instalar-se com a família no palácio Rio Negro, para fugir do intenso calor do verão carioca. Em suas idas e vindas entre o Rio e Petrópolis, sofreu sério acidente de automóvel que vitimou mortalmente seu ajudante-de-ordens e feriu gravemente sua esposa, D. Darci. A necessidade de cuidados médicos permanentes obrigou a família Vargas a retornar ao Rio, ocupando temporariamente o palácio do Catete, que dispunha de elevador, essencial, tendo em vista o estado de saúde de D. Darci, que sofrera fratura exposta na perna. Com a recuperação de D. Darci, a família presidencial transferiu-se para o palácio Guanabara, onde permaneceu instalada até o levante integralista de 1938. Entre 1932 e 1935, o palácio do Catete passou por uma verdadeira "operação interna de plástica", como definiu Alzira Vargas, filha e principal assessora de Getúlio Vargas, preparando-se para receber hóspedes ilustres como o presidente do Uruguai, Gabriel Terra, e o cardeal Eugenio Pacelli, futuro papa Pio XII. Ainda, segundo Alzira Vargas, seu pai, o presidente Vargas, costumava permanecer durante toda a manhã no palácio Guanabara, dedicando-se ao expediente interno, seguindo para o Catete após o almoço, muitas vezes realizando o percurso do Guanabara ao Catete a pé. Posse do presidente Getúlio Vargas, no palácio do Catete, em 1951.
  • 2. No palácio do Catete, Vargas dedicava-se à resolução das grandes questões nacionais, despachando com ministros, recebendo políticos e populares e, principalmente, dedicando-se à atividade que marcou toda sua vida: a articulação e as tramas políticas. Nesse palácio, assinou atos de grande repercussão nacional, como o da criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; do Ministério da Educação e Saúde, a regulamentação do trabalho feminino e da jornada de trabalho, a promulgação da lei de sindicalização e do voto feminino, a criação da Consolidação das Leis do Trabalho, que até hoje rege as relações entre patrões e empregados. Assinou decretos que convulsionaram o país, como o que criou o Estado Novo, em 11 de novembro de 1937, determinando o fechamento do Congresso e a promulgação de uma nova constituição, em substituição à constituição de 1934, e que ficou conhecida como "A Polaca", por sua inspiração fascista e marcadamente autoritária. No palácio do Catete foi instalada uma seção do Departamento de Imprensa e Propaganda, criado em 1941 para promover a divulgação do novo regime e consolidar a imagem de Vargas como o presidente dos trabalhadores - o "Pai dos Pobres" - que o marcaria de forma indelével. Em 1938, após o levante integralista e o ataque ao palácio Guanabara, a família Vargas mudou-se para o Catete, aqui permanecendo até 1945. Nesse ano, com o processo de redemocratização que tomou o país após a segunda guerra mundial, Getúlio Vargas foi deposto por uma junta militar, retornando ao Rio Grande do Sul após 15 anos de exercício ininterrupto do poder. De sua estância em São Borja, porém, o ardiloso ex-presidente continuou a comandar os destinos do país, influindo no resultado das eleições convocadas em 1945, ao apoiar a candidatura do general Eurico Gaspar Dutra, que havia sido seu ministro da Guerra durante o Estado Novo. Eleito senador por dois estados da federação - no Rio Grande do Sul, pelo Partido Social Democrático, e em São Paulo, pelo Partido Trabalhista Brasileiro - e deputado por sete - Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná, em junho de 1946 assumiu a cadeira de senador pelo PSD gaúcho, durante os trabalhos da Constituinte de 1946. Em dezembro, tomou posse como senador na primeira legislatura ordinária do novo Congresso Nacional. Assim, preparava sua volta ao poder nas eleições de 1950. O presidente Eurico Gaspar Dutra, que governou no intervalo getulista entre 1945 e 1950, só passou a residir no Catete no final de seu mandato, após a morte de sua esposa, D. Carmela Dutra, em 1949. Em 1950, as novas eleições, desta vez em clima democrático, trouxeram Getúlio Vargas de volta ao Catete, "nos braços do povo", para realizar uma administração difícil, marcada pelos violentos ataques da oposição, representada principalmente pela União Democrática Nacional, partido constituído em 1945. Em 24 de agosto de 1954, acossado por denúncias de corrupção envolvendo sua família e membros de sua guarda pessoal, Getúlio Dorneles Vargas suicidou-se em seus
  • 3. aposentos, com um tiro certeiro no coração, deixando como testamento uma carta que mudaria os destinos do país. Museu da República: guia do visitante. Rio de Janeiro, Museu da República, 1994, pp.20-24.