3. Vivia afastado, entre as montanhas, com muita simplicidade, um monge, conhecido pelas respostas que ofertava a todos que o procuravam, trazendo suas angústias e dúvidas infinitas. Respostas , que mudavam a vida de quem por ali passava, devido a profundidade que traziam...
4. Certo dia apareceu um Samurai, imponente e orgulhoso, trazendo dentro de si uma pergunta que corroia seus pensamentos e tirava-lhe o tão desejado sossego.
5. Chegando bem próximo ao Monge, que aquela hora, cuidava meticulosamente de sua horta, perguntou: _ És tu o Monge Sábio, que a todos responde, tirando a dúvida mais profunda de seus corações? O Monge ,cabisbaixo, tirando as pequenas ervas daninhas que comprometiam o crescimento de suas ervas, levantou a cabeça com tranquilidade, falando: - Dizem que sou... - Então me responda, a pergunta que me corrói por muitos anos, tirando-me o sono e destruindo meu sossego : “ Qual é a diferença entre o céu e o inferno?”
6. O Monge retomando seus afazeres, nada respondeu. O Samurai, tornou a perguntar, só que em tom alto e já irritado: - Responde!!! Seu Monge idiota! Qual é a diferença entre o Céu e o Inferno? Como não obtinha resposta alguma, foi se irritando , se sentindo desrespeitado, ignorado pelo monge que nada falava, repetiu a pergunta já com fúria nos olhos e obteve a seguinte resposta: - Você não é digno de uma resposta como essa...
7. Então, o Samurai, tirando sua espada que reluziu ao reflexo do Sol, sedenta de sangue... deixando o monge atordoado com tamanha Luz, tornou a perguntar: “ Qual é a diferença entre o céu e o inferno?” Responda ou tirarei-lhe a vida!!!
8. O Monge com serenidade, olhando profundamente nos olhos do Samurai, respondeu: - Esse é o seu inferno! Um silêncio intenso se fez, e o que dividia o Samurai, o Monge, a espada e o destino de suas vidas, se fazia como resposta... O Samurai, trêmulo, deixou cair sua arma, ajoelhou-se na frente do Monge e agradeceu a lição... - Esse é o seu Céu!
9. Você é capaz de descobrir qual foi a resposta? “O que diferencia o céu do inferno são as ESCOLHAS que fazemos”. O Monge respondeu arriscando a própria vida...