SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
    CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA
    DEPARTAMENTO DE SISTEMÁTICA E ECOLOGIA
      RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS




RECUPERAÇÃO DE LAGOS


     Valberta Alves Cabral - 11012444
INTRODUÇÃO
   Lago é uma depressão
    natural na superfície da
    Terra que contém
    permanentemente uma
    quantidade de água.
                                   Lagoa dos Patos - RS




   Açude é uma
    construção para
    represar água de
    chuva, de rio ou levada.
    É muito utilizado em
    regiões semiáridas
    como forma de
    prevenção contra a         Açude Coremas - PB
    seca.
INTRODUÇÃO
   As atividades humanas
    têm           contribuído
    significativamente para
    o comprometimento de
    grande       parte    dos
    sistemas aquáticos.
   Um      dos     principais
    impactos         é       a
    eutrofização das águas,
    a qual é estimulada,
    principalmente,       pelo
    acúmulo de P e N.
   A eutrofização pode
    ocorrer de forma natural
    ou por fatores externos.
Eutrofização
   A eutrofização é mais freqüente em lagos e
    represas que em rios, devido às condições
    ambientais mais favoráveis como exemplo, baixa
    turbidez e menor velocidade da água.

 Principais fontes de nutrientes são:
    Drenagem pluvial
     - áreas com matas e florestas
     - áreas agrícolas
     -áreas urbanas
   Esgotos
Níveis de trofia
 Oligotrófico - lagos claros e com baixa
  produtividade;
 Mesotrófico - lagos com produtividade
  intermediária;
 Eutrófico     -   lagos    com     elevada
  produtividade, comparada ao nível natural
  básico;
 Hipereutrófico: enriquecimento máximo de
  nutrientes; número excessivo de algas e
  plantas aquáticas (ao ponto de impedir ou
  dificultar a navegação). Exige intervenção
  do homem.
Item                                                            Classe de trofia


                        Ultraoligotrófico           Oligotrófico       Mesotrófico           Eutrófico        Hipereutrófico



   Biomassa               Bastante baixa                  Reduzida        Média                 Alta           Bastante alta



Fração de algas                Baixa                       Baixa         Variável               Alta           Bastante alta
  verdes e/ou
  cianofíceas
   Macrófitas           Baixa ou ausente                   Baixa         Variável           Alta ou baixa          Baixa



  Dinâmica de             Bastante baixa                   Baixa          Média                 Alta           Alta, instável
   produção

  Dinâmica de             Normalmente               Normalmente      Variável em torno     Frequentemente    Bastante instável,
  oxigênio na               saturado                  saturado       da supersaturação      supersaturado    de supersaturação
camada superior                                                                                                  à ausência
  Dinâmica de             Normalmente               Normalmente      Variável abaixo da      Abaixo da      Bastante instável,
  oxigênio na               saturado                  saturado           saturação           saturação à    de supersaturação
camada inferior                                                                           completa ausência     à ausência
Prejuízo aos usos              Baixo                       Baixo         Variável               Alto           Bastante alto
    múltiplos


  Adaptado de Vollenweider (apud Salas e Martino, 1991)
Dinâmica dos lagos
 epilímnio:
  camada
  superior, mais
  quente,
  menos densa,
  com maior
  circulação;
 termoclina:
  camada de
  transição;
 hipolímnio:
  camada
  inferior, mais
  fria, mais
  densa, com
  maior
  estagnação;
Métodos Aplicados
   Medidas preventivas

     -Redução das fontes externas

   Medidas corretivas

     -Métodos biológicos


     -Metódos mecânicos


     -Métodos químicos
Medidas preventivas
 Controle dos esgotos
 Tratamento convencional dos esgotos e
  lançamento a jusante da represa
 Exportação dos esgotos para outra bacia
  hidrográfica que não possua lagos ou
  represas
 Infiltração dos esgotos no terreno


 Controle da drenagem pluvial
 Controle do uso e ocupação do solo na bacia
 Faixa verde ao longo da represa e tributários
 Construção de barragens de contenção
Métodos Biológicos
   Introdução de herbívoros para remoção da biomassa vegetal;
   Introdução de cianófagos.
Métodos Biológicos
      Fitorremediação- Uso de plantas para reduzir ou
       remover contaminantes da água ou do solo.


                      Vantagens:
                      Eficiência e baixo custo
                       Podem ser utilizadas para tratar áreas
                      extensas
                       Valorização estética da paisagem

Typha dominguensis


Desvantagens:
Longo tempo (até anos)
 Só se aplica em águas rasas
Podem tornar-se pragas


                                               Eichhornia crassipes
Métodos químicos -
Floculação
   Após adicionar os coagulantes, como, Sulfato de
    Alumínio, Sulfato de Zinco ou Cloreto férrico as
    partículas em suspensão se tornam pequenos
    flocos, dencantando em seguida.
Métodos químicos - Herbicidas

 Os herbicidas mais utilizados são
  Sulfato de Cobre e Óxido Cloreto de
  Cobre por serem menos danosos aos
  ecossistemas lacustres.
 Em geral o uso de herbicidas não é
  recomendado por sua alta taxa de
  toxidade.
Outros métodos químicos
 Oxidação do sedimento com
  nitratos: Eficiente para a redução do
  problema de fertilização interna.
  Impede a redução excessiva de
  nutrientes das águas profundas.
 Neutralização: Aplicação de cal para
  a desinfecção do sedimento e
  neutralização de lagos acidificados.
Métodos mecânicos -
Aeração
   A recuperação por meio de aeração pode
    ocorrer de duas maneiras principais: por
    meio da introdução de ar comprimido no
    hipolímnio ou por areação de toda a coluna
    d’água.
Métodos mecânicos - Dragagem por
sucção




Recuperação de Lagos por meio de dragagem de Sucção:1) Balsa de Sucção;
2)Tanque de Sedimentação; 3) Conduto de Sobrenadante; 4a) Adição de sulfato de
alumínio; 4b) Aeração; 4c) Precipitação de fosfato; 4d) Retirada do fosfato precipitado;
5) Retorno do sobrenadante livre de fosfato para o lago; 6) Utilização de sedimento
em jardinagens, hortas, etc.
Fonte: GELIN (1978).
Métodos mecânicos -Retirada de
Macrófitas Aquáticas
   As         plantas
    precisam       ser
    coletadas,
    transportadas e
    depositadas em
    local adequado, o
    que     torna    o
    processo
    dispendioso      e
    com eficácia de
    curto prazo.
Métodos mecânicos -
 Sombreamento
     Arborização, proteção com anteparos
      com o objetivo de reduzir a incidência
      da luz solar.



Desvantagem:

•Efeitos somente
nas margens
Métodos mecânicos - Retirada
seletiva de massas d’água




• Alta taxa de renovação da água.
•Deve haver condições morfológicas para que possa se
estabelecer o princípio dos vasos comunicantes.
Considerações finais
   A eutrofização é um fenômeno comum
    que traz graves consequências para
    os ecossistemas aquáticos. Existem
    vários métodos para a recuperação
    destes     ecossistemas     e   alguns
    aspectos devem ser respeitados para
    a escolha do procedimento adequado,
    entre eles, morfologia, profundidade e
    grau trófico do lago.
Referências
   MARTINS, A. P. L. Capacidade da Typha dominguensis na fitorremediação de efluentes de
    tanques de piscicultura na Bacia do Iraí – Paraná .R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.11, n.3, p.324–
    330, 2007.
   PALMA-SILVA, C et al. USO DE Eichhornia crassipes (Mart.) Solms PARA FITORREMEDIAÇÃO
    DE AMBIENTES EUTROFIZADOS SUBTROPICAIS NO SUL DO BRASIL. PERSPECTIVA, Erechim.
    v.36, n.133, p.73-81, março/2012
   PAULINO, W. D. et al. METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO. 2011
   ROVERI, V. Recursos Hídricos Eutrofizados: Descrição de métodos preventivos e corretivos
    para sua recuperação. Simpósio Internacional De Ciências Integradas Da Unaerp Campus Guarujá.
    2009
   SPERLING. M. V. Introdução à qualidade das água e ao tratamento de esgotos. 3ed. Belo
    Horizonte: Departamento de engenharia sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais;
    2005
   BRASIL. Programa Brasileiro para conservação e manejo das águas interiores: síntese das
    discussões

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Determinação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTADeterminação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTA
Adrianne Mendonça
 
Atmosfera, tempo e fatores climáticos
Atmosfera, tempo e fatores climáticosAtmosfera, tempo e fatores climáticos
Atmosfera, tempo e fatores climáticos
Professor
 
Aterro sanitario
Aterro sanitarioAterro sanitario
Aterro sanitario
Rene Nakaya
 
Sistema de gestão ambiental
Sistema de gestão ambientalSistema de gestão ambiental
Sistema de gestão ambiental
luigicanova
 

Mais procurados (20)

Plano de aula
Plano de aulaPlano de aula
Plano de aula
 
Aula 1 exercício
Aula 1   exercícioAula 1   exercício
Aula 1 exercício
 
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoSolos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
 
Determinação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTADeterminação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTA
 
Sequestro de carbono
Sequestro de carbonoSequestro de carbono
Sequestro de carbono
 
Atmosfera, tempo e fatores climáticos
Atmosfera, tempo e fatores climáticosAtmosfera, tempo e fatores climáticos
Atmosfera, tempo e fatores climáticos
 
6º ano unidade 6 (temas 3 e 4).ppt
6º ano unidade 6 (temas 3 e 4).ppt6º ano unidade 6 (temas 3 e 4).ppt
6º ano unidade 6 (temas 3 e 4).ppt
 
Aula 9 aterro
Aula 9   aterroAula 9   aterro
Aula 9 aterro
 
Aterro sanitario
Aterro sanitarioAterro sanitario
Aterro sanitario
 
Sistema de gestão ambiental
Sistema de gestão ambientalSistema de gestão ambiental
Sistema de gestão ambiental
 
Tratamento da água
Tratamento da águaTratamento da água
Tratamento da água
 
Geomorfologia litorânea
Geomorfologia litorâneaGeomorfologia litorânea
Geomorfologia litorânea
 
Sustentabilidade
SustentabilidadeSustentabilidade
Sustentabilidade
 
Sustentabilidade
SustentabilidadeSustentabilidade
Sustentabilidade
 
Aula 7
Aula 7Aula 7
Aula 7
 
Educação ambiental e sustentabilidade
Educação ambiental e sustentabilidadeEducação ambiental e sustentabilidade
Educação ambiental e sustentabilidade
 
Mudanças climáticas globais
Mudanças climáticas globaisMudanças climáticas globais
Mudanças climáticas globais
 
Sustentabilidade ambiental
Sustentabilidade ambientalSustentabilidade ambiental
Sustentabilidade ambiental
 
Ciclo do carbono
Ciclo do carbonoCiclo do carbono
Ciclo do carbono
 
A água do Planeta
A água do PlanetaA água do Planeta
A água do Planeta
 

Destaque

Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...
Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...
Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...
Amar Jardim Oceânico
 
Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...
Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...
Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...
Amar Jardim Oceânico
 
Cartilha areas contaminadas
Cartilha areas contaminadasCartilha areas contaminadas
Cartilha areas contaminadas
Florespi
 
O mar os lagos e alguns rios do paraiso
O mar os lagos e alguns rios do paraisoO mar os lagos e alguns rios do paraiso
O mar os lagos e alguns rios do paraiso
Leonardo Alves
 
Poluição de água eutrofização
Poluição de água   eutrofizaçãoPoluição de água   eutrofização
Poluição de água eutrofização
geehrodrigues
 

Destaque (20)

Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...
Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...
Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...
 
Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...
Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...
Projeto de Recuperação Ambiental das Lagoas da Barra - Apresentação Grd. - Su...
 
The Red Ribbon Park, Qinhuangdao City, Hebei Province, China, designed by Tur...
The Red Ribbon Park, Qinhuangdao City, Hebei Province, China, designed by Tur...The Red Ribbon Park, Qinhuangdao City, Hebei Province, China, designed by Tur...
The Red Ribbon Park, Qinhuangdao City, Hebei Province, China, designed by Tur...
 
Texto tecnicas de remediação
Texto tecnicas de remediaçãoTexto tecnicas de remediação
Texto tecnicas de remediação
 
Cartilha areas contaminadas
Cartilha areas contaminadasCartilha areas contaminadas
Cartilha areas contaminadas
 
Os lagos salgados
Os lagos salgadosOs lagos salgados
Os lagos salgados
 
Lagos, o Mar e Sophia
Lagos, o Mar e SophiaLagos, o Mar e Sophia
Lagos, o Mar e Sophia
 
Desenvolvimento Desportivo Sustentado Lagos
Desenvolvimento Desportivo Sustentado   LagosDesenvolvimento Desportivo Sustentado   Lagos
Desenvolvimento Desportivo Sustentado Lagos
 
Rios Lagos mares constuções associadas
Rios Lagos mares constuções associadasRios Lagos mares constuções associadas
Rios Lagos mares constuções associadas
 
Eutrofização e Maré Vermelha
Eutrofização e Maré VermelhaEutrofização e Maré Vermelha
Eutrofização e Maré Vermelha
 
Química Ambiental
Química AmbientalQuímica Ambiental
Química Ambiental
 
O mar os lagos e alguns rios do paraiso
O mar os lagos e alguns rios do paraisoO mar os lagos e alguns rios do paraiso
O mar os lagos e alguns rios do paraiso
 
Metabolismo de Lagos
Metabolismo de LagosMetabolismo de Lagos
Metabolismo de Lagos
 
Eutrofização
EutrofizaçãoEutrofização
Eutrofização
 
Ecologia de lagos
Ecologia de lagosEcologia de lagos
Ecologia de lagos
 
Quimica Ambiental I
Quimica Ambiental IQuimica Ambiental I
Quimica Ambiental I
 
Poluição de água eutrofização
Poluição de água   eutrofizaçãoPoluição de água   eutrofização
Poluição de água eutrofização
 
Ciêcias- A Erosão , tipos de erosão
Ciêcias- A Erosão , tipos de erosãoCiêcias- A Erosão , tipos de erosão
Ciêcias- A Erosão , tipos de erosão
 
Oceanos e mares
Oceanos e maresOceanos e mares
Oceanos e mares
 
Eutrofização
EutrofizaçãoEutrofização
Eutrofização
 

Semelhante a Recuperação de lagos

51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos
51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos
51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos
Leonor Vaz Pereira
 
Tratamento de águas residuais
Tratamento de águas residuaisTratamento de águas residuais
Tratamento de águas residuais
Sandra Semedo
 
Biomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptx
Biomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptxBiomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptx
Biomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptx
AdrianaPaula45
 

Semelhante a Recuperação de lagos (20)

Caracteristicasdos efluentesliquidossistemastratamento
Caracteristicasdos efluentesliquidossistemastratamentoCaracteristicasdos efluentesliquidossistemastratamento
Caracteristicasdos efluentesliquidossistemastratamento
 
Preservar e Recuperar o Meio Ambiente - Poluição das Águas
Preservar e Recuperar o Meio Ambiente - Poluição das ÁguasPreservar e Recuperar o Meio Ambiente - Poluição das Águas
Preservar e Recuperar o Meio Ambiente - Poluição das Águas
 
51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos
51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos
51.3.poluição e degradação de recursos2011.iiip.aqua.trata.residuos
 
Recursos Naturais
Recursos NaturaisRecursos Naturais
Recursos Naturais
 
Oficina apa tiete
Oficina apa tieteOficina apa tiete
Oficina apa tiete
 
Trilha agroecologica estudantes
Trilha agroecologica estudantesTrilha agroecologica estudantes
Trilha agroecologica estudantes
 
RECARGA INDUZIDA ATRAVÉS DO BOMBEAMENTO NAS MARGENS E O PAPEL DA MEIOFAUNA NO...
RECARGA INDUZIDA ATRAVÉS DO BOMBEAMENTO NAS MARGENS E O PAPEL DA MEIOFAUNA NO...RECARGA INDUZIDA ATRAVÉS DO BOMBEAMENTO NAS MARGENS E O PAPEL DA MEIOFAUNA NO...
RECARGA INDUZIDA ATRAVÉS DO BOMBEAMENTO NAS MARGENS E O PAPEL DA MEIOFAUNA NO...
 
Microbiologia aplicada aula10 água
Microbiologia aplicada aula10 águaMicrobiologia aplicada aula10 água
Microbiologia aplicada aula10 água
 
eutrofizao.ppt
eutrofizao.ppteutrofizao.ppt
eutrofizao.ppt
 
Slide juliany 1
Slide juliany 1Slide juliany 1
Slide juliany 1
 
limnociclo
limnociclolimnociclo
limnociclo
 
Agua
AguaAgua
Agua
 
Limnociclo
LimnocicloLimnociclo
Limnociclo
 
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade rural
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade ruralÁgua Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade rural
Água Na Propriedade Rural - Tratamento de água e esgoto na propriedade rural
 
Tratamento de águas residuais
Tratamento de águas residuaisTratamento de águas residuais
Tratamento de águas residuais
 
Aula 06 água
Aula 06   águaAula 06   água
Aula 06 água
 
Pontal Verde-Azul
Pontal Verde-AzulPontal Verde-Azul
Pontal Verde-Azul
 
Biomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptx
Biomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptxBiomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptx
Biomas Aquaticos - Ecologia - Integrado.pptx
 
Apresentação Projecto de Licenciatura
Apresentação Projecto de LicenciaturaApresentação Projecto de Licenciatura
Apresentação Projecto de Licenciatura
 
Curso Manejo Água e Tratamento Águas Servidas - Humanaterra - Nov/2012
Curso Manejo Água e Tratamento Águas Servidas - Humanaterra - Nov/2012Curso Manejo Água e Tratamento Águas Servidas - Humanaterra - Nov/2012
Curso Manejo Água e Tratamento Águas Servidas - Humanaterra - Nov/2012
 

Recuperação de lagos

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE SISTEMÁTICA E ECOLOGIA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS RECUPERAÇÃO DE LAGOS Valberta Alves Cabral - 11012444
  • 2. INTRODUÇÃO  Lago é uma depressão natural na superfície da Terra que contém permanentemente uma quantidade de água. Lagoa dos Patos - RS  Açude é uma construção para represar água de chuva, de rio ou levada. É muito utilizado em regiões semiáridas como forma de prevenção contra a Açude Coremas - PB seca.
  • 3. INTRODUÇÃO  As atividades humanas têm contribuído significativamente para o comprometimento de grande parte dos sistemas aquáticos.  Um dos principais impactos é a eutrofização das águas, a qual é estimulada, principalmente, pelo acúmulo de P e N.  A eutrofização pode ocorrer de forma natural ou por fatores externos.
  • 4. Eutrofização  A eutrofização é mais freqüente em lagos e represas que em rios, devido às condições ambientais mais favoráveis como exemplo, baixa turbidez e menor velocidade da água.  Principais fontes de nutrientes são:  Drenagem pluvial - áreas com matas e florestas - áreas agrícolas -áreas urbanas  Esgotos
  • 5.
  • 6. Níveis de trofia  Oligotrófico - lagos claros e com baixa produtividade;  Mesotrófico - lagos com produtividade intermediária;  Eutrófico - lagos com elevada produtividade, comparada ao nível natural básico;  Hipereutrófico: enriquecimento máximo de nutrientes; número excessivo de algas e plantas aquáticas (ao ponto de impedir ou dificultar a navegação). Exige intervenção do homem.
  • 7. Item Classe de trofia Ultraoligotrófico Oligotrófico Mesotrófico Eutrófico Hipereutrófico Biomassa Bastante baixa Reduzida Média Alta Bastante alta Fração de algas Baixa Baixa Variável Alta Bastante alta verdes e/ou cianofíceas Macrófitas Baixa ou ausente Baixa Variável Alta ou baixa Baixa Dinâmica de Bastante baixa Baixa Média Alta Alta, instável produção Dinâmica de Normalmente Normalmente Variável em torno Frequentemente Bastante instável, oxigênio na saturado saturado da supersaturação supersaturado de supersaturação camada superior à ausência Dinâmica de Normalmente Normalmente Variável abaixo da Abaixo da Bastante instável, oxigênio na saturado saturado saturação saturação à de supersaturação camada inferior completa ausência à ausência Prejuízo aos usos Baixo Baixo Variável Alto Bastante alto múltiplos Adaptado de Vollenweider (apud Salas e Martino, 1991)
  • 8. Dinâmica dos lagos  epilímnio: camada superior, mais quente, menos densa, com maior circulação;  termoclina: camada de transição;  hipolímnio: camada inferior, mais fria, mais densa, com maior estagnação;
  • 9. Métodos Aplicados  Medidas preventivas -Redução das fontes externas  Medidas corretivas -Métodos biológicos -Metódos mecânicos -Métodos químicos
  • 10. Medidas preventivas  Controle dos esgotos  Tratamento convencional dos esgotos e lançamento a jusante da represa  Exportação dos esgotos para outra bacia hidrográfica que não possua lagos ou represas  Infiltração dos esgotos no terreno  Controle da drenagem pluvial  Controle do uso e ocupação do solo na bacia  Faixa verde ao longo da represa e tributários  Construção de barragens de contenção
  • 11. Métodos Biológicos  Introdução de herbívoros para remoção da biomassa vegetal;  Introdução de cianófagos.
  • 12. Métodos Biológicos  Fitorremediação- Uso de plantas para reduzir ou remover contaminantes da água ou do solo. Vantagens: Eficiência e baixo custo  Podem ser utilizadas para tratar áreas extensas  Valorização estética da paisagem Typha dominguensis Desvantagens: Longo tempo (até anos)  Só se aplica em águas rasas Podem tornar-se pragas Eichhornia crassipes
  • 13. Métodos químicos - Floculação  Após adicionar os coagulantes, como, Sulfato de Alumínio, Sulfato de Zinco ou Cloreto férrico as partículas em suspensão se tornam pequenos flocos, dencantando em seguida.
  • 14. Métodos químicos - Herbicidas  Os herbicidas mais utilizados são Sulfato de Cobre e Óxido Cloreto de Cobre por serem menos danosos aos ecossistemas lacustres.  Em geral o uso de herbicidas não é recomendado por sua alta taxa de toxidade.
  • 15. Outros métodos químicos  Oxidação do sedimento com nitratos: Eficiente para a redução do problema de fertilização interna. Impede a redução excessiva de nutrientes das águas profundas.  Neutralização: Aplicação de cal para a desinfecção do sedimento e neutralização de lagos acidificados.
  • 16. Métodos mecânicos - Aeração  A recuperação por meio de aeração pode ocorrer de duas maneiras principais: por meio da introdução de ar comprimido no hipolímnio ou por areação de toda a coluna d’água.
  • 17. Métodos mecânicos - Dragagem por sucção Recuperação de Lagos por meio de dragagem de Sucção:1) Balsa de Sucção; 2)Tanque de Sedimentação; 3) Conduto de Sobrenadante; 4a) Adição de sulfato de alumínio; 4b) Aeração; 4c) Precipitação de fosfato; 4d) Retirada do fosfato precipitado; 5) Retorno do sobrenadante livre de fosfato para o lago; 6) Utilização de sedimento em jardinagens, hortas, etc. Fonte: GELIN (1978).
  • 18. Métodos mecânicos -Retirada de Macrófitas Aquáticas  As plantas precisam ser coletadas, transportadas e depositadas em local adequado, o que torna o processo dispendioso e com eficácia de curto prazo.
  • 19. Métodos mecânicos - Sombreamento  Arborização, proteção com anteparos com o objetivo de reduzir a incidência da luz solar. Desvantagem: •Efeitos somente nas margens
  • 20. Métodos mecânicos - Retirada seletiva de massas d’água • Alta taxa de renovação da água. •Deve haver condições morfológicas para que possa se estabelecer o princípio dos vasos comunicantes.
  • 21. Considerações finais  A eutrofização é um fenômeno comum que traz graves consequências para os ecossistemas aquáticos. Existem vários métodos para a recuperação destes ecossistemas e alguns aspectos devem ser respeitados para a escolha do procedimento adequado, entre eles, morfologia, profundidade e grau trófico do lago.
  • 22. Referências  MARTINS, A. P. L. Capacidade da Typha dominguensis na fitorremediação de efluentes de tanques de piscicultura na Bacia do Iraí – Paraná .R. Bras. Eng. Agríc. Ambiental, v.11, n.3, p.324– 330, 2007.  PALMA-SILVA, C et al. USO DE Eichhornia crassipes (Mart.) Solms PARA FITORREMEDIAÇÃO DE AMBIENTES EUTROFIZADOS SUBTROPICAIS NO SUL DO BRASIL. PERSPECTIVA, Erechim. v.36, n.133, p.73-81, março/2012  PAULINO, W. D. et al. METODOLOGIA PARA DEFINIÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO. 2011  ROVERI, V. Recursos Hídricos Eutrofizados: Descrição de métodos preventivos e corretivos para sua recuperação. Simpósio Internacional De Ciências Integradas Da Unaerp Campus Guarujá. 2009  SPERLING. M. V. Introdução à qualidade das água e ao tratamento de esgotos. 3ed. Belo Horizonte: Departamento de engenharia sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; 2005  BRASIL. Programa Brasileiro para conservação e manejo das águas interiores: síntese das discussões