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DESEMPENHO
ACÚSTICO
EM SISTEMAS
DRYWALL
2a
EDIÇÃO
Rua Julio Diniz, 56 – cj. 41 – Vila Olímpia
CEP 04547-090 – São Paulo, SP
Tel. 55 (11) 3842-2433
www.drywall.org.br
Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:04 Page 1
Apresentação
Este manual prático aborda o desempenho acústico de pare-
des de vedação interna em drywall em edificações residen-
ciais e comerciais. Foi desenvolvido para orientar o trabalho
dos profissionais da construção civil nas áreas de projeto,
suprimentos e produção.
Apresenta conceitos básicos de acústica e relação de paredes
mais utilizadas em projetos residenciais e comerciais, forne-
cendo dados para atender a Norma de Desempenho (ABNT
NBR 15.575-4:2013), local de utilização e detalhes construti-
vos de aplicações mais frequentes.
Informações complementares podem ser solicitadas por meio
do FALE CONOSCO do site www.drywall.org.br.
Índice
Apresentação 3
Introdução 4
Conceitos básicos de acústica 6
Exigências da Norma 11
Padrões de desempenho 12
de algumas paredes drywall
Observações sobre a tabela 14
Norma de Desempenho 16
Detalhes executivos 17
Referências normativas 23
Desempenho acústico em sistemas drywall - 2a
Edição
Associação Brasileira do Drywall
Autor: Carlos Roberto de Luca
Revisão técnica: Davi Akkerman
Realização:
Conselho
Stenio de Almeida (presidente), Günter Leitner, Philippe Rainero e
Hildeberto Alencar
Gerência Executiva
Luiz Antonio Martins Filho
Comissão Técnica
José Luiz Gonçalves, Marcelo Pedrosa, Omair Zorzi e
Wenderson Fontenelle Lobo
Comissão de Desenvolvimento
Amedeo Salvatore, Marcelo Hansen Einsfeld e Sérgio Felsch
Comissão de Comunicação e Marketing
Allen A. Dupré, Eduardo Eboli, Fernanda Mattos, Pricila Correali e William Aloise
Coordenadora de Comunicação e Marketing
Glenda Gradilone
Empresas patrocinadoras*:
Apoio institucional:
Criação e produção gráfica: S7 Propaganda
Ilustrações: Nicoletti
Impresso em maio de 2015
(*) A Associação Drywall tem, como princípio ético, atuar com total neutralidade comercial. Nesse sentido, mantém
relações equidistantes com todos os fabricantes aprovados pelo PSQ-Drywall (Programa Setorial da Qualidade dos
Componentes para os Sistemas Construtivos em Drywall) e está aberta à participação destes em seus projetos.
Associação
Brasileira para a
Qualidade Acústica
Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 3
Causas e soluções
As principais causas de desconforto acústico dentro de uma edi-
ficação são os ruídos externos (que são propagados através das
fachadas) e os ruídos internos (transmitidos de um ambiente
para outro). A solução para esse problema requer o uso de sis-
temas e materiais destinados à isolação acústica, que minimi-
zem a propagação desses ruídos.
A exigência de desempenho acústico varia de acordo com o
tipo de edificação (residencial, comercial ou industrial), o local
(urbano, rural, com e sem tráfego intenso de veículos e cami-
nhões ou próximos a aeroportos) e a necessidade e sensibili-
dade ao controle de ruídos das pessoas que convivem dentro e
ao redor da edificação considerada.
Nesse sentido, cada projeto deve ser elaborado em função da
qualidade acústica requerida, buscando, ao mesmo tempo, sa-
tisfazer da melhor forma possível as necessidades estéticas, de-
corativas e funcionais de arquitetura.
Introdução
O efeito incômodo e nocivo que o ruído exerce sobre o ser hu-
mano já é amplamente estudado e conhecido. Além da perda
de audição, que pode ser provocada pela exposição contínua a
níveis sonoros altos, outros efeitos são percebidos no organismo
como: aumento da pressão arterial, aceleração da pulsação, di-
latação das pupilas, aumento da produção de adrenalina, rea-
ção muscular e contração dos vasos sanguíneos, entre outros.
Portanto, o ruído não somente dificulta a comunicação ver-
bal, mas influi diretamente no comportamento fisiológico e
emocional das pessoas expostas a ele em qualquer situação e
em qualquer ambiente (no trabalho, no trânsito, em casa, no
cinema, etc.).
Para reduzir os efeitos causados pelo ruído, muitas técnicas e
produtos foram desenvolvidos e têm sido usados principal-
mente na construção civil, visando a adequar os ambientes
das edificações às exigências de qualidade ou conforto acús-
tico requeridos, buscando garantir o bem-estar das pessoas
que aí vivem ou trabalham.
Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 5
DnT,w
Diferença padronizada de nível ponderada entre ambientes
para ensaio de campo (mínimo exigido pela norma ABNT
NBR 15575-4:2013).
Nota: os valores de desempenho de isolamento acústico medidos
(DnT,w) tipicamente são inferiores aos obtidos em laboratório(Rw).
A diferença entre resultados depende das condições de contorno
e execução dos sistemas e é estimada em 5 dB.
Propagação do som
Quando uma onda sonora incide sobre uma superfície ou parede,
acontecem três fenômenos: reflexão, absorção e transmissão.
Reflexão
É o fenômeno que acontece quando a onda sonora se choca con-
tra uma superfície e se reflete, retornando para o ambiente. Quanto
mais densa e estanque for a superfície, maior será a reflexão.
Conceitos básicos de acústica
Som
Ocorre quando um meio elástico é perturbado, excitando o
sistema auditivo, gerando o fenômeno da audição.
Percepção sonora
Reação do ouvido humano ao som.
O ouvido humano percebe sons nas frequências entre 20 e
20.000 Hz.
Frequência
Mede o número de vibrações por segundo e é expressa em
hertz (Hz)
Sons graves - 125 a 250 Hz
Sons médios - 250 a 1.000 Hz
Sons agudos - 1.000 a 4.000 Hz
A frequência da voz humana está entre 500 e 2.000 Hz.
A medição do nível de pressão sonora que se assemelha à
sensibilidade do ouvido humano é o dB.
Ruído
É uma onda sonora desordenada, ou seja, um som indesejável
que pode estar presente no ambiente ou ser transmitido a este.
Essa percepção é subjetiva e varia de pessoa para pessoa.
Os ruídos podem ser de transmissão aérea ou estrutural.
Conforto acústico
Quando é feito um mínimo esforço fisiológico com relação ao
som ou quando o som é agradável à audição.
Rw
O índice ponderado Rw é útil para definir a redução do som
aéreo de componentes isolados medida em laboratório.
E
n
e
r
g
i
a
r
e
f
l
e
t
i
d
a
Energia
dissipada
Energia transmitida
E
n
e
r
g
i
a
i
n
c
i
d
e
n
t
e
Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 7
Absorção e dissipação sonora
É a capacidade dos materiais ou sistemas construtivos absorve-
rem e dissiparem o som, diminuindo o excesso de reflexões,
tornando-o inteligível.
Isolação sonora
É a capacidade dos materiais ou sistemas construtivos de for-
marem uma barreira, reduzindo a transmissão do som de de-
terminado ambiente para os demais ambientes. Há duas
maneiras de se isolar essa passagem do som:
Para ser eficiente, este tipo de solução muitas vezes requer o
aumento de espessura da parede, diminuindo o espaço útil dos
ambientes e aumentando o peso da construção.
Este é constituído de uma chapa de gesso por exemplo (massa),
um “colchão” de ar ou um material que amortece e absorve a
maior parte da onda sonora, quebrando sua intensidade (mola)
e outra chapa de gesso (massa).
A eficiência do sistema se deve ao fato de ocorrer uma fricção
entre a onda sonora e o novo meio (o ar ou um material fibroso
como a lã mineral).
Essa fricção converte parte da energia sonora em calor, ou seja,
o ar ou a lã mineral faz com que a energia sonora perca inten-
sidade, resultando em aumento da isolação sonora.
Conforme mostram as figuras da página a seguir, fixando-se o
desempenho acústico em 60 dB e comparando-se as especifi-
cações de cada sistema, verifica-se que o sistema massa–mola–
massa (mostrado na página anterior) permite a obtenção de uma
parede com espessura menor (140 mm contra 200 mm) e ape-
nas 10% do peso de uma parede de concreto maciço:
A eficiência do sistema massa-mola-massa é proporcionada pela des-
continuidade dos meios
Massa Mola Massa
Massa
Ar
Lã mineral
Transmissão
de ruídos
Quanto maior for a massa da parede, melhor será o desempenho acús-
tico. A vibração da parede será dificultada pelo seu peso (Lei das Massas)
Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 9
Elemento
Abaixo é mostrado o desempenho comparativo entre paredes de
alvenaria convencional e suas equivalentes em drywall sem e com
lã mineral:
450 kg/m2
43 kg/m2
200 mm 140 mm
60 dB 60 dB
38 dB 44 a 46 dB
95 mm
95 mm
Bloco de concreto
Argamassa
Bloco cerâmico
Argamassa
38 dB 38 dB
140 mm
130 mm
Exigências da Norma
A tabela abaixo, que é parte integrante da Norma de Desempe-
nho (ABNT NBR 15.575-4:2013), estabelece o desempenho exi-
gido nas diferentes situações de separação entre ambientes, para
atender ao nível mínimo de desempenho. Os níveis de desem-
penho intermediário e superior constam do Anexo F dessa norma.
Cada elemento de separação apresentado na tabela é identificado
por letras (A a F), com o objetivo de facilitar a localização, na ta-
bela publicada nas páginas 12 e 13, das configurações de pare-
des drywall que atendem a essas exigências. Algumas dessas
paredes também atendem aos níveis intermediário e superior.
Tabela 18 -Valores mínimos da diferença padroni-
zada de nível ponderada, DnT,w, entre ambientes
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de germi-
nação), nas situações onde não haja ambiente dormitório
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de germi-
nação), no caso de pelo menos um dos ambientes ser dormitório
Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e
áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria
dos pavimentos
Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e
áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria
dos pavimentos
Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de
permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades esporti-
vas, como home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão
de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias
coletivas
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall
(DnT,w obtida entre as unidades)
DnT,w
dB
≥ 40
≥ 45
≥ 40
≥ 30
≥ 45
≥ 40
A
Item
B
F
C
D
E
Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 11
Padrões de desempenho das paredes drywall mais comuns
Resistência
ao fogo da parede
(min)
Corte da parede e designação
Altura limite
da parede (m)
sem com
Paredes citadas na
tabela 18
A
=
Distância
entre
montantes
(mm)
Quantidade
de
chapas
Espessura
das
chapas
(mm)
Peso
da
parede
(kg/m
2
)
STouRU
Simples Duplo
73/48/A/MS/ES/1ST12,5+1ST12,5/BR
73/48/A/MS/ES/1ST12,5+1ST12,5/BR/1LM50
98/48/A/MS/ES/2ST12,5+2ST12,5/BR/1LM50
95/70/A/MS/ES/1ST12,5+1ST12,5/BR
95/70/A/MS/ES/1ST12,5+1ST12,5/BR/1LM50
120/70/A/MS/ES/2ST12,5+2ST12,5/BR/1LM50
115/90/A/MS/ES/1ST12,5+1ST12,5/BR/1LM50
193/70/A/MS/DES/2ST12,5+2ST12,5/BR/1LM50
600 2,50 2,90
2 12,5 36dB
Item
1
2
3
4
5
6
7
8
- CF 30 22
CF 30
400
600
400
2,70 3,25
2,50 2,90
2 12,5 - 44dB CF 30 23
CF 30
2,70 3,25
600
400
2,90 3,50
4 12,5 - 50dB
38dB
CF 90 43
CF 60
3,20 3,80
600
400
3,00 3,60
2 12,5 - CF 30 22
CF 30
3,30 4,05
600
400
3,00 3,60
2 12,5 45dB
- CF 30 23
CF 30
3,30 4,05
600
400
3,70 4,40
4 12,5 51dB
- CF 90 43
CF 60
4,10 4,80
600
400
3,50 4,15
2 12,5 45dB
- CF 30 22
CF 30
3,85 4,60
600
400
2,90 3,40
4 12,5 61dB
- CF 90 45
CF 60
3,20 3,70
Item D
Item D
Itens A, B, C, D, E e F
Item D
Itens A, C, D e F
Itens A, B, C, D, E e F
Itens A, C, D e F
Itens, A, B, C, D, E e F
73
48
A
12,5
12,5
95
70
12,5
12,5
12,5
98
48
25
25
120
70
25
25
193
70
70
25
25
73
48
12,5
12,5
115
90
12,5
12,5
12,5
95
70
12,5
12,5
12,5
Isolamento
acústico Rw(dB)
Resistência
ao fogo (minutos)
RF
Ver nas páginas 14 e 15 observações sobre a tabela
Chapas
Montantes Isolante
A
A
A
A
A
A
A
Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 13
Fatores que alteram o desempenho das paredes
Espaços internos maiores entre as chapas proporcionam índices
de isolação maiores. Ver: item 1 = 36 dB e item 4 = 38 dB.
Nas paredes com lã mineral (LM), o desempenho acústico é si-
milar mantendo-se a mesma espessura de lã e de acordo com as
densidades dos tipos de lã: lã de vidro (LV) de 12 a 16 kg/m3
≅
lã de rocha (LR) de 32 kg/m3
.
A espessura de lã mais usada nas paredes drywall é de 50 mm,
aplicada nos itens 2, 3, 5, 6, 7 e 8. Mantas mais espessas, preen-
chendo todo o espaço entre chapas (largura da estrutura), me-
lhoram o isolamento acústico. No item 7, se for utilizada manta
de lã mineral com 100 mm, o Rw passará para 47 dB.
Quando aplicadas chapas RF com 15 mm de espessura, em vez
de chapas de 12,5 mm, os índices de resistência ao fogo são
melhorados: CF 30 passa para CF 60, CF 60 passa para CF 90 e
CF 90 passa para CF 120.
Ensaios de acústica
Todas as paredes apresentadas na tabela foram submetidas a en-
saios no IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Os números
e as datas a seguir referem-se a ensaios de acústica.
Item 1: 842296 (17/02/1997)
Item 2: 865428 (13/07/1999)
Item 3: 838605 (08/08/1996)
Item 4: 960529 (07/08/2007)
Item 5: 960530 (07/08/2007)
Item 6: 960531 (07/08/2007)
Item 7: 895960 (27/11/2002)
Item 8: 862883 (29/03/1999)
Designação das paredes
A designação das paredes drywall é composta pelos seguintes
elementos, tomando-se como exemplo o item 8:
193/70/A/MS/DES/2 ST 12,5 + 2 ST 12,5/BR/LM 50
193: espessura total da parede (mm)
70: largura dos montantes (mm)
A: espaçamento entre os montantes (mm)
MS: montante simples
DES: dupla estrutura separada
2 ST 12,5: número, tipo e espessura de chapa de um lado
2 ST 12,5: número, tipo e espessura de chapa do outro lado
BR: borda rebaixada
LM 50: lã mineral e espessura da manta ou painel
Legendas
ST: Chapa standard
RU: Chapa resistente à umidade
RF: Chapa resistente ao fogo
DES: Dupla estrutura separada
CF: Corta fogo
MD: Montante duplo
Rw: Índice ponderado de redução de som aéreo
medido em laboratório
Dnt,w: Diferença padronizada de nível ponderada entre
ambientes para ensaio de campo
dB: Decibel
MS: Montante simples
BR: Borda rebaixada
LM: Lã mineral
LV: Lã de vidro
LR: Lã de rocha
Observações sobre a tabela das páginas 12 e 13
Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 15
Detalhes executivos
Para atender os parâmetros exigidos pela Norma de Desempenho,
recomenda-se a execução dos detalhes construtivos seguintes:
Banda acústica
A banda acústica aplicada na estrutura de contorno da parede
em drywall, guias e montantes, além de impedir a passagem de
som por alguma fresta entre o perfil e o elemento estrutural, evita
que a onda sonora que atinge a parede transmita-se para os ele-
mentos estruturais por vibração.
A
B
B
Parede de drywall
Tratamento de junta
Tratamento de junta
Montante
Guia
Laje
Banda
acústica
Banda
acústica
Corte AA
vertical
Corte BB
horizontal
Lã
mineral
Lã mineral
Banda acústica
Alvenaria
Elevação
A
Os índices de desempenho apresentados pelas paredes em dry-
wall na tabela publicada na página central atendem a todos os
requisitos da norma ABNT NBR 15.575:2013 Edifícios habita-
cionais- Desempenho Parte 4: Requisitos para os sistemas de
vedações verticais internas e externas - SVVIE. Para melhor en-
tendimento dos requisitos citados, recomenda-se a leitura dos
seguintes itens da norma (os itens complementares indicados
em vermelho estão no Anexo F) ou em outras normas (em azul).
7 Segurança estrutural
7.1 Estabilidade e resistência estrutural dos SVVIE (sistemas de
vedações verticais internas e externas)
7.2 Deslocamentos, fissuração e descolamentos nos SVVIE
7.3 Solicitações de cargas proveniente de peças suspensas
atuantes nos SVVIE - Tabela F.1
7.4 Impacto de corpo mole nos SVVIE, com ou sem função
estrutural - Tabela F.2
7.6 Ações transmitidas por impactos nas portas
7.7 Impacto de corpo duro incidente nos SVVIE, com ou sem
função estrutural - Tabela F.6
8 Segurança contra incêndio -Ver ABNT NBR 15758 – 1:2009
9 Uso e operação - Ver ABNT NBR 15758 – 1:2009
10 Estanqueidade
10.2 Umidade nas vedações verticais internas e externas de-
corrente da ocupação do imóvel
12 Desempenho acústico
12.2 Níveis de ruído admitidos na habitação
Tabela 19 -Valores recomendados da diferença padronizada de
nível, DnT,w, para ensaios de campo
Tabela 20 - Índice de redução sonora ponderado dos compo-
nentes construtivos Rw, para ensaio de laboratório
14 Durabilidade e manutenabilidade
15 Saúde - Ver ABNT NBR 15758 – 1:2009
16 Funcionalidade - Ver também 7.6 Ações transmitidas por
impactos nas portas
18 Adequação ambiental
Norma de Desempenho
Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 17
Caixas elétricas
O posicionamento de caixas elétricas no mesmo alinhamento
numa parede drywall facilita a passagem de som de um lado
para o outro comprometendo o desempenho acústico da parede.
É recomendável a defasagem entre as peças de no mínimo
100 mm e o preenchimento com lã mineral no contorno e no
fundo das peças.
Lã mineral Caixa de luz
Caixa de luz
mínimo 100 mm
Instalações e isolação com lã mineral
Nas regiões das paredes drywall onde houver instalações com
tubulações de água e esgoto, eletrodutos e caixas elétricas, as
mantas de lã mineral devem receber cortes para encaixe e uma
melhor acomodação em torno das peças.
Caixa de luz
Tubulação
Corte
na
manta
Corte
na
manta
Manta
de lã mineral
Manta envolvendo adequadamente as peças
Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 19
Batente
Espaços
vazios
Espuma de fixação
em 6 pontos
Vão de porta
Fixação de batente com espuma de poliuretano
Normalmente os batentes são fixados com 6 pontos de aplicação
da espuma estrutural de poliuretano, 3 pontos em cada perna, fi-
cando espaços vazios entre os pontos por onde o som passa de
um lado para outro. Recomenda-se o preenchimento desses va-
zios com espuma de poliuretano não estrutural (mais econômico).
Vedação acústica recomendável
nas aberturas
No encontro do batente com o perfil de contorno das aberturas
e no rebaixo do batente, deve haver tratamento para evitar a pas-
sagem de som ou a transmissão de vibração na batida de porta.
No rebaixo do batente deve ser aplicada batedeira de vedação
que amortece a batida da porta e impede a passagem de som
com a porta fechada.
Na parte de baixo da porta é recomendável a aplicação de ele-
mento de vedação (selo acústico) para evitar a passagem de som
pela fresta inferior.
Fixação de batente com parafuso
Antes da fixação do batente deve ser aplicada banda acústica
nos perfis de contorno da abertura vedando a passagem de som.
Batedeira
de Borracha
Parafuso de
fixação do batente
Banda acústica
em todo o contorno
da abertura
Vão de ≅ 5 mm
Vão de ≅ 10 mm
Fixação de batente
com espuma de poliuretano
Batedeira
de borracha
Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 21
Tratamento acústico dos shafts
As prumadas de esgoto e água devem receber tratamento
acústico para evitar a transmissão de ruídos de descarga e
águas servidas para os ambientes contíguos. Este trata-
mento pode ser feito no fechamento do shaft com manta
de lã mineral ou através de tubos bipartidos de lã mineral
direto sobre os canos.
Referências Normativas
ABNT NBR – 10.151
Avaliação de ruído em áreas habitadas
ABNT NBR – 10.152 (em revisão)
Níveis de ruído para conforto acústico
ABNT NBR – 14.715:2010
Chapas de gesso para drywall Parte 1 - Requisitos
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drywall – Requisitos e métodos de ensaio.
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Sistemas construtivos em chapas de gesso para drywall –
Projeto e procedimentos executivos para montagem –
Parte 1: Requisitos para sistemas usados como parede.
ABNT NBR – 15.575-4:2013
Edifícios habitacionais– Desempenho – Parte 4: Requisitos para
sistemas de vedações verticais internas e externas - SVVIE.
Tratamento lã mineral
Tratamento com tubos bipartidos
de lã mineral envolvendo
a tubulação
Tubulação
esgoto/água
Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 23

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  • 1. DESEMPENHO ACÚSTICO EM SISTEMAS DRYWALL 2a EDIÇÃO Rua Julio Diniz, 56 – cj. 41 – Vila Olímpia CEP 04547-090 – São Paulo, SP Tel. 55 (11) 3842-2433 www.drywall.org.br Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:04 Page 1
  • 2. Apresentação Este manual prático aborda o desempenho acústico de pare- des de vedação interna em drywall em edificações residen- ciais e comerciais. Foi desenvolvido para orientar o trabalho dos profissionais da construção civil nas áreas de projeto, suprimentos e produção. Apresenta conceitos básicos de acústica e relação de paredes mais utilizadas em projetos residenciais e comerciais, forne- cendo dados para atender a Norma de Desempenho (ABNT NBR 15.575-4:2013), local de utilização e detalhes construti- vos de aplicações mais frequentes. Informações complementares podem ser solicitadas por meio do FALE CONOSCO do site www.drywall.org.br. Índice Apresentação 3 Introdução 4 Conceitos básicos de acústica 6 Exigências da Norma 11 Padrões de desempenho 12 de algumas paredes drywall Observações sobre a tabela 14 Norma de Desempenho 16 Detalhes executivos 17 Referências normativas 23 Desempenho acústico em sistemas drywall - 2a Edição Associação Brasileira do Drywall Autor: Carlos Roberto de Luca Revisão técnica: Davi Akkerman Realização: Conselho Stenio de Almeida (presidente), Günter Leitner, Philippe Rainero e Hildeberto Alencar Gerência Executiva Luiz Antonio Martins Filho Comissão Técnica José Luiz Gonçalves, Marcelo Pedrosa, Omair Zorzi e Wenderson Fontenelle Lobo Comissão de Desenvolvimento Amedeo Salvatore, Marcelo Hansen Einsfeld e Sérgio Felsch Comissão de Comunicação e Marketing Allen A. Dupré, Eduardo Eboli, Fernanda Mattos, Pricila Correali e William Aloise Coordenadora de Comunicação e Marketing Glenda Gradilone Empresas patrocinadoras*: Apoio institucional: Criação e produção gráfica: S7 Propaganda Ilustrações: Nicoletti Impresso em maio de 2015 (*) A Associação Drywall tem, como princípio ético, atuar com total neutralidade comercial. Nesse sentido, mantém relações equidistantes com todos os fabricantes aprovados pelo PSQ-Drywall (Programa Setorial da Qualidade dos Componentes para os Sistemas Construtivos em Drywall) e está aberta à participação destes em seus projetos. Associação Brasileira para a Qualidade Acústica Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 3
  • 3. Causas e soluções As principais causas de desconforto acústico dentro de uma edi- ficação são os ruídos externos (que são propagados através das fachadas) e os ruídos internos (transmitidos de um ambiente para outro). A solução para esse problema requer o uso de sis- temas e materiais destinados à isolação acústica, que minimi- zem a propagação desses ruídos. A exigência de desempenho acústico varia de acordo com o tipo de edificação (residencial, comercial ou industrial), o local (urbano, rural, com e sem tráfego intenso de veículos e cami- nhões ou próximos a aeroportos) e a necessidade e sensibili- dade ao controle de ruídos das pessoas que convivem dentro e ao redor da edificação considerada. Nesse sentido, cada projeto deve ser elaborado em função da qualidade acústica requerida, buscando, ao mesmo tempo, sa- tisfazer da melhor forma possível as necessidades estéticas, de- corativas e funcionais de arquitetura. Introdução O efeito incômodo e nocivo que o ruído exerce sobre o ser hu- mano já é amplamente estudado e conhecido. Além da perda de audição, que pode ser provocada pela exposição contínua a níveis sonoros altos, outros efeitos são percebidos no organismo como: aumento da pressão arterial, aceleração da pulsação, di- latação das pupilas, aumento da produção de adrenalina, rea- ção muscular e contração dos vasos sanguíneos, entre outros. Portanto, o ruído não somente dificulta a comunicação ver- bal, mas influi diretamente no comportamento fisiológico e emocional das pessoas expostas a ele em qualquer situação e em qualquer ambiente (no trabalho, no trânsito, em casa, no cinema, etc.). Para reduzir os efeitos causados pelo ruído, muitas técnicas e produtos foram desenvolvidos e têm sido usados principal- mente na construção civil, visando a adequar os ambientes das edificações às exigências de qualidade ou conforto acús- tico requeridos, buscando garantir o bem-estar das pessoas que aí vivem ou trabalham. Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 5
  • 4. DnT,w Diferença padronizada de nível ponderada entre ambientes para ensaio de campo (mínimo exigido pela norma ABNT NBR 15575-4:2013). Nota: os valores de desempenho de isolamento acústico medidos (DnT,w) tipicamente são inferiores aos obtidos em laboratório(Rw). A diferença entre resultados depende das condições de contorno e execução dos sistemas e é estimada em 5 dB. Propagação do som Quando uma onda sonora incide sobre uma superfície ou parede, acontecem três fenômenos: reflexão, absorção e transmissão. Reflexão É o fenômeno que acontece quando a onda sonora se choca con- tra uma superfície e se reflete, retornando para o ambiente. Quanto mais densa e estanque for a superfície, maior será a reflexão. Conceitos básicos de acústica Som Ocorre quando um meio elástico é perturbado, excitando o sistema auditivo, gerando o fenômeno da audição. Percepção sonora Reação do ouvido humano ao som. O ouvido humano percebe sons nas frequências entre 20 e 20.000 Hz. Frequência Mede o número de vibrações por segundo e é expressa em hertz (Hz) Sons graves - 125 a 250 Hz Sons médios - 250 a 1.000 Hz Sons agudos - 1.000 a 4.000 Hz A frequência da voz humana está entre 500 e 2.000 Hz. A medição do nível de pressão sonora que se assemelha à sensibilidade do ouvido humano é o dB. Ruído É uma onda sonora desordenada, ou seja, um som indesejável que pode estar presente no ambiente ou ser transmitido a este. Essa percepção é subjetiva e varia de pessoa para pessoa. Os ruídos podem ser de transmissão aérea ou estrutural. Conforto acústico Quando é feito um mínimo esforço fisiológico com relação ao som ou quando o som é agradável à audição. Rw O índice ponderado Rw é útil para definir a redução do som aéreo de componentes isolados medida em laboratório. E n e r g i a r e f l e t i d a Energia dissipada Energia transmitida E n e r g i a i n c i d e n t e Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 7
  • 5. Absorção e dissipação sonora É a capacidade dos materiais ou sistemas construtivos absorve- rem e dissiparem o som, diminuindo o excesso de reflexões, tornando-o inteligível. Isolação sonora É a capacidade dos materiais ou sistemas construtivos de for- marem uma barreira, reduzindo a transmissão do som de de- terminado ambiente para os demais ambientes. Há duas maneiras de se isolar essa passagem do som: Para ser eficiente, este tipo de solução muitas vezes requer o aumento de espessura da parede, diminuindo o espaço útil dos ambientes e aumentando o peso da construção. Este é constituído de uma chapa de gesso por exemplo (massa), um “colchão” de ar ou um material que amortece e absorve a maior parte da onda sonora, quebrando sua intensidade (mola) e outra chapa de gesso (massa). A eficiência do sistema se deve ao fato de ocorrer uma fricção entre a onda sonora e o novo meio (o ar ou um material fibroso como a lã mineral). Essa fricção converte parte da energia sonora em calor, ou seja, o ar ou a lã mineral faz com que a energia sonora perca inten- sidade, resultando em aumento da isolação sonora. Conforme mostram as figuras da página a seguir, fixando-se o desempenho acústico em 60 dB e comparando-se as especifi- cações de cada sistema, verifica-se que o sistema massa–mola– massa (mostrado na página anterior) permite a obtenção de uma parede com espessura menor (140 mm contra 200 mm) e ape- nas 10% do peso de uma parede de concreto maciço: A eficiência do sistema massa-mola-massa é proporcionada pela des- continuidade dos meios Massa Mola Massa Massa Ar Lã mineral Transmissão de ruídos Quanto maior for a massa da parede, melhor será o desempenho acús- tico. A vibração da parede será dificultada pelo seu peso (Lei das Massas) Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 9
  • 6. Elemento Abaixo é mostrado o desempenho comparativo entre paredes de alvenaria convencional e suas equivalentes em drywall sem e com lã mineral: 450 kg/m2 43 kg/m2 200 mm 140 mm 60 dB 60 dB 38 dB 44 a 46 dB 95 mm 95 mm Bloco de concreto Argamassa Bloco cerâmico Argamassa 38 dB 38 dB 140 mm 130 mm Exigências da Norma A tabela abaixo, que é parte integrante da Norma de Desempe- nho (ABNT NBR 15.575-4:2013), estabelece o desempenho exi- gido nas diferentes situações de separação entre ambientes, para atender ao nível mínimo de desempenho. Os níveis de desem- penho intermediário e superior constam do Anexo F dessa norma. Cada elemento de separação apresentado na tabela é identificado por letras (A a F), com o objetivo de facilitar a localização, na ta- bela publicada nas páginas 12 e 13, das configurações de pare- des drywall que atendem a essas exigências. Algumas dessas paredes também atendem aos níveis intermediário e superior. Tabela 18 -Valores mínimos da diferença padroni- zada de nível ponderada, DnT,w, entre ambientes Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de germi- nação), nas situações onde não haja ambiente dormitório Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de germi- nação), no caso de pelo menos um dos ambientes ser dormitório Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria dos pavimentos Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria dos pavimentos Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades esporti- vas, como home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall (DnT,w obtida entre as unidades) DnT,w dB ≥ 40 ≥ 45 ≥ 40 ≥ 30 ≥ 45 ≥ 40 A Item B F C D E Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 11
  • 7. Padrões de desempenho das paredes drywall mais comuns Resistência ao fogo da parede (min) Corte da parede e designação Altura limite da parede (m) sem com Paredes citadas na tabela 18 A = Distância entre montantes (mm) Quantidade de chapas Espessura das chapas (mm) Peso da parede (kg/m 2 ) STouRU Simples Duplo 73/48/A/MS/ES/1ST12,5+1ST12,5/BR 73/48/A/MS/ES/1ST12,5+1ST12,5/BR/1LM50 98/48/A/MS/ES/2ST12,5+2ST12,5/BR/1LM50 95/70/A/MS/ES/1ST12,5+1ST12,5/BR 95/70/A/MS/ES/1ST12,5+1ST12,5/BR/1LM50 120/70/A/MS/ES/2ST12,5+2ST12,5/BR/1LM50 115/90/A/MS/ES/1ST12,5+1ST12,5/BR/1LM50 193/70/A/MS/DES/2ST12,5+2ST12,5/BR/1LM50 600 2,50 2,90 2 12,5 36dB Item 1 2 3 4 5 6 7 8 - CF 30 22 CF 30 400 600 400 2,70 3,25 2,50 2,90 2 12,5 - 44dB CF 30 23 CF 30 2,70 3,25 600 400 2,90 3,50 4 12,5 - 50dB 38dB CF 90 43 CF 60 3,20 3,80 600 400 3,00 3,60 2 12,5 - CF 30 22 CF 30 3,30 4,05 600 400 3,00 3,60 2 12,5 45dB - CF 30 23 CF 30 3,30 4,05 600 400 3,70 4,40 4 12,5 51dB - CF 90 43 CF 60 4,10 4,80 600 400 3,50 4,15 2 12,5 45dB - CF 30 22 CF 30 3,85 4,60 600 400 2,90 3,40 4 12,5 61dB - CF 90 45 CF 60 3,20 3,70 Item D Item D Itens A, B, C, D, E e F Item D Itens A, C, D e F Itens A, B, C, D, E e F Itens A, C, D e F Itens, A, B, C, D, E e F 73 48 A 12,5 12,5 95 70 12,5 12,5 12,5 98 48 25 25 120 70 25 25 193 70 70 25 25 73 48 12,5 12,5 115 90 12,5 12,5 12,5 95 70 12,5 12,5 12,5 Isolamento acústico Rw(dB) Resistência ao fogo (minutos) RF Ver nas páginas 14 e 15 observações sobre a tabela Chapas Montantes Isolante A A A A A A A Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 13
  • 8. Fatores que alteram o desempenho das paredes Espaços internos maiores entre as chapas proporcionam índices de isolação maiores. Ver: item 1 = 36 dB e item 4 = 38 dB. Nas paredes com lã mineral (LM), o desempenho acústico é si- milar mantendo-se a mesma espessura de lã e de acordo com as densidades dos tipos de lã: lã de vidro (LV) de 12 a 16 kg/m3 ≅ lã de rocha (LR) de 32 kg/m3 . A espessura de lã mais usada nas paredes drywall é de 50 mm, aplicada nos itens 2, 3, 5, 6, 7 e 8. Mantas mais espessas, preen- chendo todo o espaço entre chapas (largura da estrutura), me- lhoram o isolamento acústico. No item 7, se for utilizada manta de lã mineral com 100 mm, o Rw passará para 47 dB. Quando aplicadas chapas RF com 15 mm de espessura, em vez de chapas de 12,5 mm, os índices de resistência ao fogo são melhorados: CF 30 passa para CF 60, CF 60 passa para CF 90 e CF 90 passa para CF 120. Ensaios de acústica Todas as paredes apresentadas na tabela foram submetidas a en- saios no IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Os números e as datas a seguir referem-se a ensaios de acústica. Item 1: 842296 (17/02/1997) Item 2: 865428 (13/07/1999) Item 3: 838605 (08/08/1996) Item 4: 960529 (07/08/2007) Item 5: 960530 (07/08/2007) Item 6: 960531 (07/08/2007) Item 7: 895960 (27/11/2002) Item 8: 862883 (29/03/1999) Designação das paredes A designação das paredes drywall é composta pelos seguintes elementos, tomando-se como exemplo o item 8: 193/70/A/MS/DES/2 ST 12,5 + 2 ST 12,5/BR/LM 50 193: espessura total da parede (mm) 70: largura dos montantes (mm) A: espaçamento entre os montantes (mm) MS: montante simples DES: dupla estrutura separada 2 ST 12,5: número, tipo e espessura de chapa de um lado 2 ST 12,5: número, tipo e espessura de chapa do outro lado BR: borda rebaixada LM 50: lã mineral e espessura da manta ou painel Legendas ST: Chapa standard RU: Chapa resistente à umidade RF: Chapa resistente ao fogo DES: Dupla estrutura separada CF: Corta fogo MD: Montante duplo Rw: Índice ponderado de redução de som aéreo medido em laboratório Dnt,w: Diferença padronizada de nível ponderada entre ambientes para ensaio de campo dB: Decibel MS: Montante simples BR: Borda rebaixada LM: Lã mineral LV: Lã de vidro LR: Lã de rocha Observações sobre a tabela das páginas 12 e 13 Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 15
  • 9. Detalhes executivos Para atender os parâmetros exigidos pela Norma de Desempenho, recomenda-se a execução dos detalhes construtivos seguintes: Banda acústica A banda acústica aplicada na estrutura de contorno da parede em drywall, guias e montantes, além de impedir a passagem de som por alguma fresta entre o perfil e o elemento estrutural, evita que a onda sonora que atinge a parede transmita-se para os ele- mentos estruturais por vibração. A B B Parede de drywall Tratamento de junta Tratamento de junta Montante Guia Laje Banda acústica Banda acústica Corte AA vertical Corte BB horizontal Lã mineral Lã mineral Banda acústica Alvenaria Elevação A Os índices de desempenho apresentados pelas paredes em dry- wall na tabela publicada na página central atendem a todos os requisitos da norma ABNT NBR 15.575:2013 Edifícios habita- cionais- Desempenho Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas - SVVIE. Para melhor en- tendimento dos requisitos citados, recomenda-se a leitura dos seguintes itens da norma (os itens complementares indicados em vermelho estão no Anexo F) ou em outras normas (em azul). 7 Segurança estrutural 7.1 Estabilidade e resistência estrutural dos SVVIE (sistemas de vedações verticais internas e externas) 7.2 Deslocamentos, fissuração e descolamentos nos SVVIE 7.3 Solicitações de cargas proveniente de peças suspensas atuantes nos SVVIE - Tabela F.1 7.4 Impacto de corpo mole nos SVVIE, com ou sem função estrutural - Tabela F.2 7.6 Ações transmitidas por impactos nas portas 7.7 Impacto de corpo duro incidente nos SVVIE, com ou sem função estrutural - Tabela F.6 8 Segurança contra incêndio -Ver ABNT NBR 15758 – 1:2009 9 Uso e operação - Ver ABNT NBR 15758 – 1:2009 10 Estanqueidade 10.2 Umidade nas vedações verticais internas e externas de- corrente da ocupação do imóvel 12 Desempenho acústico 12.2 Níveis de ruído admitidos na habitação Tabela 19 -Valores recomendados da diferença padronizada de nível, DnT,w, para ensaios de campo Tabela 20 - Índice de redução sonora ponderado dos compo- nentes construtivos Rw, para ensaio de laboratório 14 Durabilidade e manutenabilidade 15 Saúde - Ver ABNT NBR 15758 – 1:2009 16 Funcionalidade - Ver também 7.6 Ações transmitidas por impactos nas portas 18 Adequação ambiental Norma de Desempenho Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 17
  • 10. Caixas elétricas O posicionamento de caixas elétricas no mesmo alinhamento numa parede drywall facilita a passagem de som de um lado para o outro comprometendo o desempenho acústico da parede. É recomendável a defasagem entre as peças de no mínimo 100 mm e o preenchimento com lã mineral no contorno e no fundo das peças. Lã mineral Caixa de luz Caixa de luz mínimo 100 mm Instalações e isolação com lã mineral Nas regiões das paredes drywall onde houver instalações com tubulações de água e esgoto, eletrodutos e caixas elétricas, as mantas de lã mineral devem receber cortes para encaixe e uma melhor acomodação em torno das peças. Caixa de luz Tubulação Corte na manta Corte na manta Manta de lã mineral Manta envolvendo adequadamente as peças Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 19
  • 11. Batente Espaços vazios Espuma de fixação em 6 pontos Vão de porta Fixação de batente com espuma de poliuretano Normalmente os batentes são fixados com 6 pontos de aplicação da espuma estrutural de poliuretano, 3 pontos em cada perna, fi- cando espaços vazios entre os pontos por onde o som passa de um lado para outro. Recomenda-se o preenchimento desses va- zios com espuma de poliuretano não estrutural (mais econômico). Vedação acústica recomendável nas aberturas No encontro do batente com o perfil de contorno das aberturas e no rebaixo do batente, deve haver tratamento para evitar a pas- sagem de som ou a transmissão de vibração na batida de porta. No rebaixo do batente deve ser aplicada batedeira de vedação que amortece a batida da porta e impede a passagem de som com a porta fechada. Na parte de baixo da porta é recomendável a aplicação de ele- mento de vedação (selo acústico) para evitar a passagem de som pela fresta inferior. Fixação de batente com parafuso Antes da fixação do batente deve ser aplicada banda acústica nos perfis de contorno da abertura vedando a passagem de som. Batedeira de Borracha Parafuso de fixação do batente Banda acústica em todo o contorno da abertura Vão de ≅ 5 mm Vão de ≅ 10 mm Fixação de batente com espuma de poliuretano Batedeira de borracha Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 21
  • 12. Tratamento acústico dos shafts As prumadas de esgoto e água devem receber tratamento acústico para evitar a transmissão de ruídos de descarga e águas servidas para os ambientes contíguos. Este trata- mento pode ser feito no fechamento do shaft com manta de lã mineral ou através de tubos bipartidos de lã mineral direto sobre os canos. Referências Normativas ABNT NBR – 10.151 Avaliação de ruído em áreas habitadas ABNT NBR – 10.152 (em revisão) Níveis de ruído para conforto acústico ABNT NBR – 14.715:2010 Chapas de gesso para drywall Parte 1 - Requisitos ABNT NBR – 15.217:2009 Perfis de aço para sistemas construtivos em chapas de gesso para drywall – Requisitos e métodos de ensaio. ABNT NBR – 15.758:2009 Sistemas construtivos em chapas de gesso para drywall – Projeto e procedimentos executivos para montagem – Parte 1: Requisitos para sistemas usados como parede. ABNT NBR – 15.575-4:2013 Edifícios habitacionais– Desempenho – Parte 4: Requisitos para sistemas de vedações verticais internas e externas - SVVIE. Tratamento lã mineral Tratamento com tubos bipartidos de lã mineral envolvendo a tubulação Tubulação esgoto/água Folheto Acústica 05/2015:Layout 1 22/04/15 15:05 Page 23