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Dengue
                                                    Classificação e Tratamento
        VERMELHO                                                                            AMARELO                                                                         VERDE
             Dengue Grave                                           Dengue com sinais de alarme ou que pertença a grupo de risco                                Dengue sem sinais de alarme e que
                                                                                                                                                               não pertença a grupo de risco clínico
                                                                 clínico ou social para complicações (sinais de alarme assistenciais)                           e social para complicações (sinais
Uma     ou    mais        das       seguintes                                                                                                                        de alarme assistenciais)
complicações:                                     Sinais de alarme: Dor abdominal intensa e contínua; vômito persistente; hipotensão postural ou
• Choque compensado ou não.                       lipotimia; sonolência, agitação ou irritabilidade; hepatomegalia; sangramento espontâneo das mucosas;
                                                  diminuição da diurese (normalmente o paciente deverá urinar pelo menos uma vez a cada 6 horas);              Capazes de ingerir líquidos e que
• Extravasamento plasmático mesmo                 aumento do hematócrito concomitante com queda rápida das plaquetas.                                          tenham urinado pelo menos uma vez
sem choque (ascite, derrame pleural                                                                                                                            nas últimas 6 horas.
                                                  Grupos de risco: Menores de 15 anos de idade; adultos com mais de 60 anos de idade; grávidas;
etc.).                                            adultos e crianças com hipertensão, obesidade, diabete ou doenças crônicas; incapazes do auto cuidado
                                                  que morem sozinhos ou que não tenham quem lhes preste cuidado; dificuldade de acesso aos serviços de
• Hemorragia, hematêmese, melena.                 saúde.                                                                                                       Classificação de risco → baixa
• Comprometimento sistêmico grave                 Classificação de risco → alta prioridade para avaliação médica.                                              prioridade para avaliação médica.
(fígado, SNC, coração e outros).                  Avaliação:                                                                                                   Obs.: Se enquadram neste grupo os
• Comprometimento respiratório.                   História, exame clínico e investigação laboratorial básica (hemograma com contagem de plaquetas antes        pacientes que faziam parte do grupo
                                                  de iniciada hidratação), conforme descrito em “avaliação geral” acima. Glicemia e outros exames              AMARELO e que foram liberados para
                                                  específicos conforme avaliação clínica.                                                                      tratamento ambulatorial.
Classificação de risco → Avaliação                Volume urinário horário nas primeiras 4 horas.
médica      imediata.    Internação
hospitalar. Cuidados de terapia                                                                                                                                Avaliação:
                                                  Tratamento:
intensiva, se indicados.                                                                                                                                       História, exame clínico e investigação
                                                   Manter em leito de observação (cadeira de hidratação ou maca em unidade com médico e enfermagem
                                                  de plantão 24h)                                                                                              laboratorial básica (hemograma com
                                                                                                                                                               contagem de plaquetas), conforme
Avaliação:                                         Hidratação oral enquanto aguarda avaliação médica.                                                         descrito em “avaliação geral” acima.
                                                   Hidratação oral nos pacientes dos grupos de risco sem sinais de alarme.
História, exame clínico e investigação
laboratorial básica (hemograma com                 Reposição volêmica em todos os pacientes com sinais de alarme, depois da avaliação clínica e do
                                                  hemograma.
contagem de plaquetas antes de
iniciada hidratação), conforme descrito            Reposição volêmica conforme fase de manutenção nos pacientes sem sinais de alarme que não                  Tratamento ambulatorial
em “avaliação geral” acima. Glicemia e            consigam ingerir líquidos.
outros exames específicos conforme                 Avaliação da necessidade de internação.
avaliação clínica.
                                                                                                                                                               Hidratação oral:
                                                  Reposição volêmica:                                                                                          Adulto: 60 a 80 mL/kg/dia, sendo 1/3
Atentar para sinais           de     choque       1. Fase de expansão (sob rigorosa observação clínica):                                                       deste volume através de soro de
hipovolêmico:                                     • Soro fisiológico a 0,9% ou Solução de Ringer: 20mL/kg em 30 minutos (adulto e criança), máximo de          hidratação oral e 2/3 de líquidos
                                                  2.000 mL por etapa, podendo ser repetida até 3 vezes ou mais a critério clínico.                             variados. Oferecer os líquidos na
• Pulso rápido e fino                                                                                                                                          proporção de 50% do volume diário pela
                                                  • Reavaliação clínica constante, incluindo sinais vitais e perfusão periférica.                              manhã, 35% no período da tarde e 15%
• Extremidades frias                              • Repetir o hematócrito ao fim da fase de expansão e a cada 2 horas na fase de manutenção.                   no período noturno.
• Pele pálida      e    úmida       (paciente     • Manter sob rigorosa observação de enfermagem e clínica.
sudoreico)                                                                                                                                                     Criança: Oferecer soro oral de forma
                                                                                                                                                               precoce e abundante na quantidade de
• Enchimento       capilar      lento    >   2    2. Fase de manutenção                                                                                        1/3     das     necessidades     basais,
segundos.                                                                                                                                                      complementando-se o restante com
                                                  Iniciar depois de observada melhora clínica e laboratorial com a fase de expansão. Reduzir gradualmente      água, suco de frutas, chá, água de coco,
• Pressão arterial convergente (PA                a infusão venosa.                                                                                            sopa e leite materno.
diferencial < 20 mmHg).                           Sinais de melhora clínica:
•         Hipotensão           postural           •Volume urinário adequado.
(queda>30mmHg na aferição de pé                   •Queda do hematócrito abaixo do valor de base em paciente estável.                                           • Repouso.
em relação à aferição sentado)
• Agitação ou prostração importante               Se não houver melhora classificar como VERMELHO – dengue grave.                                              •    Sintomáticos:      paracetamol      ou
• Hipotermia                                      • Adulto – 25mL/kg, de 6 em 6 horas ou, a critério clínico, de 8 em 8 horas ou de 12 em 12 horas.            dipirona.        Não     utilizar     ácido
                                                  • Criança – Usar regra de Holliday-Segar (vide tabela ao final do texto):                                    acetilsalissílico,              ibuprofeno,
                                                                                                                                                               antiinflamatórios    não    hormonais     e
                                                  • Até 10 kg: 100 mL/kg/dia.                                                                                  corticóides. Não aplicar medicação pela
Tratamento:                                                                                                                                                    via intramuscular.
                                                  • Entre 10 a 20 kg: 1000 mL + 50 mL/kg/dia para cada kg acima de 10 kg.
Reposição volêmica.                               • Acima de 20 kg: 1500 mL + 20mL/kg/dia para cada kg de peso acima de 20 kg.
 Dois acessos venosos calibrosos.                                                                                                                             • Orientar pacientes e familiares:
Evitar punção de vasos profundos,                 → A hidratação de manutenção deve ser realizada com solução glicosada a 5% (3/4 ou 2/3 da quantidade         repouso, formas de disseminação e
preferir vasos compressíveis.                     total) e soro fisiológico a 0,9% (1/4 ou 1/3 da quantidade total).                                           prevenção, sinais de alarme para
 Cautela     ao        instalar        cateter   → Acrescentar ao volume de manutenção de 20 a 50 mL/kg por dia se houver perdas anormais (metade             gravidade, especialmente no primeiro dia
nasogástrico.                                     com soro glicosado e metade com soro fisiológico).                                                           da redução da febre (defervescência).
 Hematócrito (hemoconcentração) a
cada 2 horas.                                     Eletrólitos de manutenção:                                                                                   •    Para   lactentes,     incentivar    o
 Rigorosa        observação   de                 • Sódio: 2-3 mEq/kg/dia. Cada 20 mL de soro fisiológico a 0,9% contém 3 mEq de sódio. Com a                  aleitamento materno,      aumentando     a
enfermagem e reavaliação clínica                  composição 1/4 ou 1/3 de soro fisiológico oferece-se o sódio basal.                                          frequência.
constante na fase de expansão.                    • Potássio: 2-3 mEq/kg/dia, com o máximo de 5 mEq em cada 100 mL de solução.
 Avaliar      necessidade      de     UTI                                                                                                                     • Para crianças, orientar a mãe a seguir
(hematócrito em queda e choque,                   Acompanhamento:                                                                                              rigorosamente a prescrição com as
gravidade       do      comprometimento           • Avaliação dos sinais vitais e perfusão periférica (de hora em hora até o final da fase de expansão,        necessidades basais.
clínico, insuficiência respiratória etc.).        passando para 4 em 4 horas na fase de manutenção).
 Havendo        melhora    clínica e             • Hemograma de controle a cada 4 horas e antes da alta da observação.
laboratorial,   tratar paciente como              • Contagem de plaquetas a cada 12 horas, glicemia e demais exames a critério clínico.                        •   Em    pacientes      incapazes      do
AMARELO.                                                                                                                                                       autocuidado, incluindo a dificuldade de
                                                  • Avaliar volume urinário horário pelo menos nas primeiras 4 horas.                                          ingestão de líquidos, avaliar internação.
                                                  • A hidratação venosa pode ser substituída pela via oral após normalização do hematócrito, sinais vitais e
Reposição volêmica:                               débito urinário.                                                                                             • Pacientes com hematócrito estável e
                                                                                                                                                               sem sinais de gravidade podem ser
• Fase de expansão           (sob    rigorosa                                                                                                                  liberados     para  acompanhamento
observação clínica):                              Critérios de alta dos leitos de observação:                                                                  ambulatorial.
                                                  • Pacientes dos grupos de risco com hematócrito e quadro clínico estáveis, sem sinais de alarme, podem
• Soro fisiológico a 0,9% ou Solução              ser liberados para tratamento ambulatorial depois de período de observação de pelo menos 4 horas.
de Ringer: 20mL/kg em 30 minutos                                                                                                                               • Monitoração com revisão diária para
(adulto e criança), máximo de 2.000               • Na gestante, observar especialmente a tolerância à ingesta de líquidos e alimentos. Em caso de
                                                  intolerância, manter em leito de observação.                                                                 avaliação da progressão da doença,
mL por etapa, podendo ser repetida                                                                                                                             atentando para:
até 3 vezes ou mais a critério clínico.           • Pacientes submetidos a reposição volêmica, depois de compensados, se não tiverem indicação de
                                                  internação, devem ser mantidos em observação em leito ou cadeira de hidratação por pelo menos 6 horas
• Se a resposta for inadequada, avaliar           antes da liberação para tratamento ambulatorial.
hemoconcentração. Se o hematócrito                • O tratamento ambulatorial deve ser conduzido da forma descrita para os pacientes VERDES.                   • Realizar hemograma com contagem de
estiver em ascensão e houver choque                                                                                                                            plaquetas no primeiro atendimento e a
persistente   apesar     da     reposição                                                                                                                      cada 48h ou a critério clínico.
volêmica       adequada,           utilizar       Sinais e sintomas de hidratação excessiva:
expansores    =>      coloide    sintético        • Dispnéia • Ortopnéia/ taquipnéia/ Cheyne-Stokes • Tosse de início súbito • Terceira Bulha (galope)
(HISOCEL®        ou        similar)       –
10mL/kg/hora.                                     • Estertores crepitantes basais    • Edema pulmonar     • Edema periorbitário bilateral em crianças.         •  Hemoconcentração        (aumento     do
                                                                                                                                                               hematócrito).
• Hematócrito em queda e choque:
iniciar cuidados intensivos. Investigar           Critérios de internação hospitalar:
possível      quadro       hemorrágico            • DENGUE GRAVE: extravasamento plasmático (ascite, derrame pleural, etc.), hipovolemia,                      • Defervescência da febre          (queda
associado.                                        comprometimento orgânico grave, comprometimento respiratório, hemorragia, hematêmese, melena.                abrupta da temperatura).
• Atenção na fase de reabsorção do                • Recusa ou dificuldade de ingesta de líquidos e alimentos.
volume extravasado:                               • Plaquetas inferiores a 20.000/mm3 independentemente de manifestações hemorrágicas.
                                                                                                                                                               • Sinais de alarme (mesmo fora da fase
• Considerar       a    possibilidade        de   • Outros sinais de comprometimento de órgãos.                                                                crítica).
hiperidratação.                                   • Impossibilidade de seguimento do paciente ou de seu retorno na unidade de saúde.
• Reduzir a velocidade e o volume                 • Doença de base descompensada.
infundido, de acordo com a avaliação                                                                                                                           • Retorno imediato à unidade de saúde
clínica e laboratorial.                                                                                                                                        na presença de qualquer um dos sinais
                                                  Critérios de alta hospitalar:                                                                                de    alarme    ou    em    caso   de
•    Monitorar         hiponatremia           e    • Mais de 24h afebril com hematócrito normal e hemodinamicamente estável.                                   desaparecimento da febre.
hipocalemia.
                                                    • Plaquetas em elevação ou >20.000/mm3.
• Depois da internação,             seguir    o       • Ausência de sintomas respiratórios.
protocolo do hospital.                                                                                                                                         • Instruções escritas para casa (por
                                                                                                                                                               exemplo usando o cartão de dengue).

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Dengue: classificação de risco e tratamento

  • 1. Dengue Classificação e Tratamento VERMELHO AMARELO VERDE Dengue Grave Dengue com sinais de alarme ou que pertença a grupo de risco Dengue sem sinais de alarme e que não pertença a grupo de risco clínico clínico ou social para complicações (sinais de alarme assistenciais) e social para complicações (sinais Uma ou mais das seguintes de alarme assistenciais) complicações: Sinais de alarme: Dor abdominal intensa e contínua; vômito persistente; hipotensão postural ou • Choque compensado ou não. lipotimia; sonolência, agitação ou irritabilidade; hepatomegalia; sangramento espontâneo das mucosas; diminuição da diurese (normalmente o paciente deverá urinar pelo menos uma vez a cada 6 horas); Capazes de ingerir líquidos e que • Extravasamento plasmático mesmo aumento do hematócrito concomitante com queda rápida das plaquetas. tenham urinado pelo menos uma vez sem choque (ascite, derrame pleural nas últimas 6 horas. Grupos de risco: Menores de 15 anos de idade; adultos com mais de 60 anos de idade; grávidas; etc.). adultos e crianças com hipertensão, obesidade, diabete ou doenças crônicas; incapazes do auto cuidado que morem sozinhos ou que não tenham quem lhes preste cuidado; dificuldade de acesso aos serviços de • Hemorragia, hematêmese, melena. saúde. Classificação de risco → baixa • Comprometimento sistêmico grave Classificação de risco → alta prioridade para avaliação médica. prioridade para avaliação médica. (fígado, SNC, coração e outros). Avaliação: Obs.: Se enquadram neste grupo os • Comprometimento respiratório. História, exame clínico e investigação laboratorial básica (hemograma com contagem de plaquetas antes pacientes que faziam parte do grupo de iniciada hidratação), conforme descrito em “avaliação geral” acima. Glicemia e outros exames AMARELO e que foram liberados para específicos conforme avaliação clínica. tratamento ambulatorial. Classificação de risco → Avaliação Volume urinário horário nas primeiras 4 horas. médica imediata. Internação hospitalar. Cuidados de terapia Avaliação: Tratamento: intensiva, se indicados. História, exame clínico e investigação  Manter em leito de observação (cadeira de hidratação ou maca em unidade com médico e enfermagem de plantão 24h) laboratorial básica (hemograma com contagem de plaquetas), conforme Avaliação:  Hidratação oral enquanto aguarda avaliação médica. descrito em “avaliação geral” acima.  Hidratação oral nos pacientes dos grupos de risco sem sinais de alarme. História, exame clínico e investigação laboratorial básica (hemograma com  Reposição volêmica em todos os pacientes com sinais de alarme, depois da avaliação clínica e do hemograma. contagem de plaquetas antes de iniciada hidratação), conforme descrito  Reposição volêmica conforme fase de manutenção nos pacientes sem sinais de alarme que não Tratamento ambulatorial em “avaliação geral” acima. Glicemia e consigam ingerir líquidos. outros exames específicos conforme  Avaliação da necessidade de internação. avaliação clínica. Hidratação oral: Reposição volêmica: Adulto: 60 a 80 mL/kg/dia, sendo 1/3 Atentar para sinais de choque 1. Fase de expansão (sob rigorosa observação clínica): deste volume através de soro de hipovolêmico: • Soro fisiológico a 0,9% ou Solução de Ringer: 20mL/kg em 30 minutos (adulto e criança), máximo de hidratação oral e 2/3 de líquidos 2.000 mL por etapa, podendo ser repetida até 3 vezes ou mais a critério clínico. variados. Oferecer os líquidos na • Pulso rápido e fino proporção de 50% do volume diário pela • Reavaliação clínica constante, incluindo sinais vitais e perfusão periférica. manhã, 35% no período da tarde e 15% • Extremidades frias • Repetir o hematócrito ao fim da fase de expansão e a cada 2 horas na fase de manutenção. no período noturno. • Pele pálida e úmida (paciente • Manter sob rigorosa observação de enfermagem e clínica. sudoreico) Criança: Oferecer soro oral de forma precoce e abundante na quantidade de • Enchimento capilar lento > 2 2. Fase de manutenção 1/3 das necessidades basais, segundos. complementando-se o restante com Iniciar depois de observada melhora clínica e laboratorial com a fase de expansão. Reduzir gradualmente água, suco de frutas, chá, água de coco, • Pressão arterial convergente (PA a infusão venosa. sopa e leite materno. diferencial < 20 mmHg). Sinais de melhora clínica: • Hipotensão postural •Volume urinário adequado. (queda>30mmHg na aferição de pé •Queda do hematócrito abaixo do valor de base em paciente estável. • Repouso. em relação à aferição sentado) • Agitação ou prostração importante Se não houver melhora classificar como VERMELHO – dengue grave. • Sintomáticos: paracetamol ou • Hipotermia • Adulto – 25mL/kg, de 6 em 6 horas ou, a critério clínico, de 8 em 8 horas ou de 12 em 12 horas. dipirona. Não utilizar ácido • Criança – Usar regra de Holliday-Segar (vide tabela ao final do texto): acetilsalissílico, ibuprofeno, antiinflamatórios não hormonais e • Até 10 kg: 100 mL/kg/dia. corticóides. Não aplicar medicação pela Tratamento: via intramuscular. • Entre 10 a 20 kg: 1000 mL + 50 mL/kg/dia para cada kg acima de 10 kg. Reposição volêmica. • Acima de 20 kg: 1500 mL + 20mL/kg/dia para cada kg de peso acima de 20 kg.  Dois acessos venosos calibrosos. • Orientar pacientes e familiares: Evitar punção de vasos profundos, → A hidratação de manutenção deve ser realizada com solução glicosada a 5% (3/4 ou 2/3 da quantidade repouso, formas de disseminação e preferir vasos compressíveis. total) e soro fisiológico a 0,9% (1/4 ou 1/3 da quantidade total). prevenção, sinais de alarme para  Cautela ao instalar cateter → Acrescentar ao volume de manutenção de 20 a 50 mL/kg por dia se houver perdas anormais (metade gravidade, especialmente no primeiro dia nasogástrico. com soro glicosado e metade com soro fisiológico). da redução da febre (defervescência).  Hematócrito (hemoconcentração) a cada 2 horas. Eletrólitos de manutenção: • Para lactentes, incentivar o  Rigorosa observação de • Sódio: 2-3 mEq/kg/dia. Cada 20 mL de soro fisiológico a 0,9% contém 3 mEq de sódio. Com a aleitamento materno, aumentando a enfermagem e reavaliação clínica composição 1/4 ou 1/3 de soro fisiológico oferece-se o sódio basal. frequência. constante na fase de expansão. • Potássio: 2-3 mEq/kg/dia, com o máximo de 5 mEq em cada 100 mL de solução.  Avaliar necessidade de UTI • Para crianças, orientar a mãe a seguir (hematócrito em queda e choque, Acompanhamento: rigorosamente a prescrição com as gravidade do comprometimento • Avaliação dos sinais vitais e perfusão periférica (de hora em hora até o final da fase de expansão, necessidades basais. clínico, insuficiência respiratória etc.). passando para 4 em 4 horas na fase de manutenção).  Havendo melhora clínica e • Hemograma de controle a cada 4 horas e antes da alta da observação. laboratorial, tratar paciente como • Contagem de plaquetas a cada 12 horas, glicemia e demais exames a critério clínico. • Em pacientes incapazes do AMARELO. autocuidado, incluindo a dificuldade de • Avaliar volume urinário horário pelo menos nas primeiras 4 horas. ingestão de líquidos, avaliar internação. • A hidratação venosa pode ser substituída pela via oral após normalização do hematócrito, sinais vitais e Reposição volêmica: débito urinário. • Pacientes com hematócrito estável e sem sinais de gravidade podem ser • Fase de expansão (sob rigorosa liberados para acompanhamento observação clínica): Critérios de alta dos leitos de observação: ambulatorial. • Pacientes dos grupos de risco com hematócrito e quadro clínico estáveis, sem sinais de alarme, podem • Soro fisiológico a 0,9% ou Solução ser liberados para tratamento ambulatorial depois de período de observação de pelo menos 4 horas. de Ringer: 20mL/kg em 30 minutos • Monitoração com revisão diária para (adulto e criança), máximo de 2.000 • Na gestante, observar especialmente a tolerância à ingesta de líquidos e alimentos. Em caso de intolerância, manter em leito de observação. avaliação da progressão da doença, mL por etapa, podendo ser repetida atentando para: até 3 vezes ou mais a critério clínico. • Pacientes submetidos a reposição volêmica, depois de compensados, se não tiverem indicação de internação, devem ser mantidos em observação em leito ou cadeira de hidratação por pelo menos 6 horas • Se a resposta for inadequada, avaliar antes da liberação para tratamento ambulatorial. hemoconcentração. Se o hematócrito • O tratamento ambulatorial deve ser conduzido da forma descrita para os pacientes VERDES. • Realizar hemograma com contagem de estiver em ascensão e houver choque plaquetas no primeiro atendimento e a persistente apesar da reposição cada 48h ou a critério clínico. volêmica adequada, utilizar Sinais e sintomas de hidratação excessiva: expansores => coloide sintético • Dispnéia • Ortopnéia/ taquipnéia/ Cheyne-Stokes • Tosse de início súbito • Terceira Bulha (galope) (HISOCEL® ou similar) – 10mL/kg/hora. • Estertores crepitantes basais • Edema pulmonar • Edema periorbitário bilateral em crianças. • Hemoconcentração (aumento do hematócrito). • Hematócrito em queda e choque: iniciar cuidados intensivos. Investigar Critérios de internação hospitalar: possível quadro hemorrágico • DENGUE GRAVE: extravasamento plasmático (ascite, derrame pleural, etc.), hipovolemia, • Defervescência da febre (queda associado. comprometimento orgânico grave, comprometimento respiratório, hemorragia, hematêmese, melena. abrupta da temperatura). • Atenção na fase de reabsorção do • Recusa ou dificuldade de ingesta de líquidos e alimentos. volume extravasado: • Plaquetas inferiores a 20.000/mm3 independentemente de manifestações hemorrágicas. • Sinais de alarme (mesmo fora da fase • Considerar a possibilidade de • Outros sinais de comprometimento de órgãos. crítica). hiperidratação. • Impossibilidade de seguimento do paciente ou de seu retorno na unidade de saúde. • Reduzir a velocidade e o volume • Doença de base descompensada. infundido, de acordo com a avaliação • Retorno imediato à unidade de saúde clínica e laboratorial. na presença de qualquer um dos sinais Critérios de alta hospitalar: de alarme ou em caso de • Monitorar hiponatremia e • Mais de 24h afebril com hematócrito normal e hemodinamicamente estável. desaparecimento da febre. hipocalemia. • Plaquetas em elevação ou >20.000/mm3. • Depois da internação, seguir o • Ausência de sintomas respiratórios. protocolo do hospital. • Instruções escritas para casa (por exemplo usando o cartão de dengue).