SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 44
Downloaden Sie, um offline zu lesen
We First
Como consumidores e marcas podem 
estabelecer parcerias para construir um 
mundo melhor.
Por Simon Mainwaring
WE FIRST_ SIMON MAINWARING




Como consumidores e marcas podem
estabelecer parcerias para construir
um mundo melhor. Simon Mainwaring.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING

Há três anos atrás, li o discurso feito por Bill Gates no Fórum 
Econômico Mundial em Davos, em janeiro de 2008. Na 
ocasião, Gates era o homem mais rico do mundo e também o 
maior filantropo, uma ironia que me intrigou ao ler sua 
mensagem. Ele advertia que a filantropia e os governos não 
poderiam mais dar conta dos problemas do mundo. Ele fez o 
chamado para que empresas aceitassem uma nova lógica, 
onde deveriam assumir uma maior responsabilidade no 
desenvolvimento de soluções para os enormes problemas que 
assolam sem fim nosso planeta, em especial nos países em 
desenvolvimento onde a pobreza frequentemente impede 
lucros suficientes que justifiquem a atenção das corporações.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING


Ele destacou que os atuais governos e esforços filantrópicos 
são insuficientes em relação ao necessário para transformar 
as vidas de milhões de pessoas menos afortunadas ao redor 
do mundo. Gates propôs um desafio aos delegados, 
lideranças do mercado e aos chefes de estado na conferência:
WE FIRST_ SIMON MAINWARING


“Gostaria de pedir a todos os presentes – sejam vocês ligados ao 
  mundo das empresas, do governo ou sem fins lucrativos – a 
  envolver‐se em um projeto de capitalismo criativo no próximo 
  ano. Não precisa ser um projeto novo; pode ser um projeto já 
  em andamento, e ver onde você poderia “esticar” um pouco 
  mais o alcance das forças do mercado para ajudar a empurrar 
  as coisas à frente. Quando você oferece ajuda internacional, 
  quando faz doações, quando você tenta mudar o mundo –
  você poderia encontrar formas de colocar o poder das forças 
  de mercado por trás dos esforços para ajudar os pobres?”
NÓS PRIMEIRO_ SIMON MAINWARING

Suas palavras “capitalismo criativo” para “mudar o 
mundo” ficaram na minha mente. Como poderia o 
capitalismo criativamente colocar as forças do mercado 
para trabalhar para um mundo melhor? Seria possível 
inspirar as lideranças do mundo corporativo a recriar seu 
papel de forma a equilibrar seu auto‐interesse de 
lucratividade para seus acionistas com a necessidade de 
aumentar massivamente os recursos dedicados a 
transformação social local? Poderia o mundo corporativo 
desenvolver uma visão de um diferente tipo de 
capitalismo que não só desfizesse o estrago feito no 
passado, mas também transformasse o mundo dos 
negócios em um sustentável motor do progresso?
NÓS PRIMEIRO_ SIMON MAINWARING
• As mídias sociais como resposta_
 Como profissional de publicidade e marcas, passei minha vida 
 trabalhando em ideias criativas para campanhas de marketing de 
 marcas de sucesso como Nike, Toyota e Motorola. Quando li o 
 discurso de Bill Gates, as mídias sociais já tinham impactado a 
 comunicação e o relacionamento entre marcas e consumidores. 
 Havia uma migração em massa da atenção na mídia tradicional, 
 usada pelas marcas para falar com os consumidores e vender seus 
 produtos (por exemplo, redes de televisão, revistas e jornais), uma 
 vez que os consumidores se voltarampara o mundo digital da 
 internet, smartphones e das redes de mídia social como Facebook e 
 Twitter. Me perguntei se essas mudanças nas empresas e no 
 envolvimento dos consumidores poderia desencadear uma solução 
 para a transformação social que nunca havia sido possível antes. 
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
 •As mídias sociais como resposta_


Paulatinamente, novas ideias surgiram. Estamos testemunhando 
uma dinâmica inteiramente nova, emergindo entre consumidores e 
marcas. Consumidores de toda parte do mundo estão conectados 
como nunca, ganhando acesso a ferramentas de comunicação que 
lhes permite falar entre si, compartilhar e publicar suas ideias e 
opiniões, e organizar o ativismo social de formas mais poderosas 
do que em qualquer outra época de nossa história.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
• As mídias sociais como resposta_

 Por meio das mídias sociais, os consumidores agora têm a 
 capacidade de responder para as empresas e expor seus 
 maus comportamentos. Eles podem cada vez mais agir no 
 seu interesse de ver as empresas assumindo uma maior 
 responsabilidade social para com o mundo – usando suas 
 vozes e suas carteiras para recompensar marcas 
 conscientes e bem intencionadas, ao falar sobre elas, 
 referenciá‐las, recomendá‐las e comprando delas. Podem 
 também usar seu poder para denunciar não somente as 
 empresas que ofertam maus produtos, mas também 
 aquelas cujas mensagens não são autênticas, que fazem 
 falsas promessas e as que não são sustentáveis e 
 apresentam comportamentos sociais irresponsáveis.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
 Mas ao mesmo tempo, as mídias sociais oferecem às marcas 
novas oportunidades. Por meio das redes sociais, podem 
alcançar e envolver as audiências de formas mais profundas e 
significativas. As marcas podem encontrar o que “fisga” seus 
consumidores, e usar as mídias sociais para construir 
relacionamentos mais fortes, obtendo maior fidelidade.
 Então percebi as mídias sociais como introdutoras dessa nova 
dinâmica com potencial de tornar‐se força motriz de 
mudança. Um “ganha‐ganha‐ganha” para consumidores, 
marcas e para o mundo. Consumidores podem aproveitar seu 
poder de compra para recompensar as empresas que 
participam na construção de um mundo melhor, enquanto 
coordenam sua influência nas mídias sociais para punir 
aquelas que falham ao não aceitar uma responsabilidade 
social mais ampla. 
WE FIRST_ SIMON MAINWARING


Empresas podem ser mais ágeis ao responder ao desejo de seus 
consumidores, e fazendo isso construir uma comunidade global 
para seus produtos, o que eu chamo de “nações de marca”. E o 
mundo se beneficia porque, juntos, consumidores e marcas 
podem começar uma forma de parceria que torna todo o setor 
privado em um terceiro pilar de mudança, apoiando governos e 
a filantropia. Essa nova dinâmica pode provar‐se precisamente a 
solução para o problema de engajamento das empresas para 
repensar a lucratividade, como Bill Gates esperava.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING



   Por meio das mídias sociais, os 
consumidores agora têm a capacidade 
  de responder para as empresas e 
 expor seus maus comportamentos.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
• As bases para uma nova visão de
capitalismo
  Decidi responder ao desafio de Bill Gates e tentar criar um 
 novo paradigma para o capitalismo que daria conta da 
 mudança no equilíbrio de poder entre empresas e 
 consumidores. Não sou economista, mas acredito que minha 
 visão de mercado me credencia a oferecer alguns insights de 
 valor. Além disso, uma rápida pesquisa mostrou que eu não 
 era a única pessoa nesse terreno, uma vez que nos últimos 
 cinco anos, muitos pensadores reconhecidos tem afirmado 
 que o capitalismo tinha perdido seu caminho e precisava de 
 uma séria reengenharia. Esses críticos não são radicais ou 
 revolucionários, mas economistas de ponta e visionários 
 sociais.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
• As bases para uma nova visão de
capitalismo


  Estamos testemunhando uma dinâmica 
   inteiramente nova, emergindo entre 
          consumidores e marcas.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
• As bases para uma nova visão de
capitalismo
 Noreena Hertz, uma economista britânica, propôs o 
 capitalismo cooperativo; John Mackey, CEO da WholeFood, 
 criou o capitalismo consciente; o pensador UmairHaque
 inventou o capitalismo construtivo, e o chefe do escritório da 
 revista The Economist, Matthew Bishop e seu colega Michael 
 Green escreveram sobre o Filantrocapitalismo. Algumas de 
 suas propostas foram adotadas em algumas empresas, tendo 
 um impacto muito pequeno nas escolas de negócio e em 
 alguns conselhos de administração. Entretanto ainda não 
 alcançaram o impacto na população, requerido para levar a 
 mudança social para a escala necessária.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
•As bases para uma nova visão de
capitalismo



 Minha proposta para um novo tipo de capitalismo foi baseada 
 em três fatores reais e mensuráveis que têm impacto no 
 mercado, tanto para os consumidores como para as marcas:
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
1. Consumidores querem um mundo melhor, não apenas melhores 
   aparelhos. O movimento ambientalista marcou o começo de uma 
   consciência dos consumidores de que o mundo dos negócios não 
   pode fechar os olhos para o planeta – e de que eles tinham o 
   poder de pressionar as empresas. A partir do movimento 
   ambientalista, entretanto, observamos nos dias de hoje que a 
   consciência dos consumidores sobre a responsabilidade social das 
   empresas está se expandindo em muitas novas áreas: 
   sustentabilidade, conduta ética, comércio justo, direitos dos 
   trabalhadores, análise do ciclo de vida, e tripé da 
   sustentabilidade. Os consumidores estão cada vez mais 
   aumentando o apoio às empresas que buscam uma maior 
   responsabilidade social por meio de seus procedimentos 
   operacionais, bem como por meio de suas contribuições em 
   forma de doação e marketing relacionado a causas.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
2.    O futuro do lucro é o propósito. Estudos de pesquisa de 
      mercado como a Cone Cause EvolutionStudy e a Edelman 
      GoodpurposeSurvey demonstram que consumidores 
      acreditam que as empresas devem colocar igual peso aos 
      interesses da sociedade e aos resultados de seus 
      negócios. Os estudos mostram que os consumidores 
      preferem fechar negócio com empresas que apoiam
      causas e que eles inclusive mudariam para uma marca 
      que apoia uma causa se os preços forem similares.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
3. Consumidores e empresas precisam estabelecer parcerias na 
   construção de um mundo melhor, formando um terceiro pilar de 
   mudança social para apoiar governos e a filantropia. O mundo 
   está em um impasse. Os governos estão cada vez ais em débito e 
   não têm mais recursos para lidar com os problemas domésticos, 
   muito menos para lidar com as crises do mundo em 
   desenvolvimento. O investimento filantrópico está perdendo 
   muito de seus recursos devido à recessão financeira que reduziu 
   as doações em bilhões de dólares em 2008. O esgotamento dos 
   doadores tem sido um problema persistente. É hora do setor 
   privado tornar‐se um terceiro pilar de mudança, utilizando seus 
   vastos recursos, expertise, gerenciamento e redes de distribuição 
   para apoiar na luta contra as crises humanitárias mais sérias: 
   pobreza, má nutrição, mortalidade infantil, analfabetismo e 
   desemprego.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
• Do Eu Primeiro para o We First_


Esses princípios fundamentais me inspiraram a propor o que 
chamo de “Capitalismo do We First” – um paradigma de comércio 
oposto ao “Capitalismo do Eu Primeiro” que tem dominado nosso 
pensamento e comportamento até agora. O capitalismo do We
First afirma que não podemos mais aceitar a prática de capitalismo 
míope, de curto prazo e do lucro pelo lucro que convidamos as 
empresas e os consumidores a se engajar hoje. Permitir que cada 
indivíduo, cada investidor, cada empresa, e cada nação pensem 
somente em seu autointeresse e lucros não é a solução para criar 
um mundo mais pacífico, próspero e equânime. 
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
• Do Eu Primeiro para o We First_

 A transformação do Eu Primeiro para o We First não é mais 
 uma opção, porque nos agora vivemos em um mundo 
 globalizado, interconectado, complexo , com 7 bilhões de 
 pessoas que precisam de uma parte dos recursos e da 
 prosperidade que a Terra oferece. O capitalismo não pode 
 mais ser um sistema de uma elite econômica cujos resultados 
 financiem um grupo limitado de pessoas, deixando bilhões de 
 outros vivendo sem oportunidade ou esperança. As conexões 
 entre nós crescem e se estreitam, de forma que as ações de 
 um único indivíduo, banco, empresa ou nação podem ter um 
 impacto imediato e negativo em milhões de outras pessoas. 
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
 • Do Eu Primeiro para o We First_


No paradigma do We First, precisamos reconhecer que a 
prosperidade é o bem‐estar de muitos, não de uma pequena parcela 
de privilegiados. O modelo mental do We First nos ajuda a 
ultrapassar os atoleiros de tantos debates filosóficos e análises 
econômicas, para que possamos focar em soluções factíveis, 
pragmáticas e realistas orientadas por objetivos significativos 
capazes de colaborar para o avanço de nosso mundo.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
 • Quatro mudanças de mentalidade_
Quatro mudanças de mentalidade
No capitalismo do Eu Primeiro, marcas e consumidores 
reconhecem suas necessidades para trabalhar em conjunto 
como parceiros para transformar todo o setor privado em um 
terceiro pilar de mudança, apoiando governos e a filantropia. A 
transição envolve alterar tanto os modelos mentais como 
comportamentos; ela exige eliminar nossas maneiras egoístas de 
agir e trocá‐las por ações socialmente responsáveis, em 
alinhamento com as dinâmicas globais do século XXI.

No caso das empresas, We First requer quatro mudanças 
principais em como elas pensam: 
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
  • Quatro mudanças de mentalidade_
1. Redefinir o autointeresse. O capitalismo do Eu Primeiro é inclinado 
   a permitir o egoísmo e o excesso para substituir qualquer significado 
   razoável de autointeresse. Empresas e investidores frequentemente
   percebem seu autointeresse somente em termos de maximização 
   de lucros, sem considerar qualquer consequência negativa que lhes 
   toca com relação ao meio ambiente ou a sociedade. Essa é uma 
   visão míope de autointeresse, na qual não podemos mais definir 
   práticas de forma tão limitada e com frequência pessoalmente 
   egoísta. Precisamos de CEOs, conselhos de administração, 
   investidores e stakeholders de empresas que comecem a pensar no 
   longo prazo e a reconhecer que nossos mútuos autointeresses
   frequentemente oferecem benefícios maiores que as recompensas 
   imediatas de nosso autointeresse individual.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
  • Quatro mudanças de mentalidade_
2. Integrar propósito no lucro. A segunda mudança de 
   mentalidade que precisamos fazer diz respeito ao lucro 
   versus o propósito. No livre capitalismo de mercado, o lucro 
   pelo lucro tornou‐se o único objetivo, missão, e objetivo de 
   qualquer empresa, em detrimento do mundo. Empurradas 
   pelos investidores, empresas raramente prestam atenção 
   sobre os propósitos que podem integrar em suas atividades, 
   e muitos economistas argumentam constantemente que as 
   empresas não têm responsabilidade para com a sociedade, 
   somente para com seus acionistas. Essa é a atitude do Eu 
   Primeiro que não podemos mais aceitar atuante no mundo 
   de hoje, com enormes problemas econômicos, políticos e 
   sociais. Consumidores estão cada vez mais demandando que 
   empresas prestem atenção igualmente a propósitos sociais e 
   ao lucro.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
• Quatro mudanças de mentalidade_

3. Expandir a noção de sustentabilidade. Normalmente 
   pensamos na sustentabilidade aplicada somente ao meio 
   ambiente. Mas a abordagem do We First sugere que 
   devemos extender a ideia de sustentabilidade para muito 
   além disso. O capitalismo do We First deve ser sustentável, 
   economicamente, moralmente, socialmente, eticamente e 
   ambientalmente. Como um sistema econômico, o 
   capitalismo deve criar em cada um desses domínios as 
   condições para o sucesso no longo prazo, não apenas 
   recompensas imediatas.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
• Quatro mudanças de mentalidade_

4. Re‐incutir valores nas práticas de negócio. A quarta mudança 
   de mentalidade envolver o reconhecimento de que nossa 
   filosofia de capitalismo perdeu os valores humanos. Muitas 
   empresas manipulam, fraudam e criam condições para uma 
   corrida até o fim entre competidores. Na abordagem do We
   First, devemos re‐incutir valores em como as empresas e as 
   pessoas fazem negócio, Todas as empresas precisam adotar 
   esses valores profundamente, valores como accountability, 
   recompensas justas, responsabilidade, cidadania global e 
   sustentabilidade.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING

• Quatro mudanças de mentalidade_

Essas quatro mudanças são a essência do We First. Eles 
 são a base para como nós, como sociedade, podemos 
fazer a transição para fora das práticas e costumes que 
permitíssemos que comprometessem o capitalismo de 
                     livre mercado.

No capitalismo do Eu Primeiro, marcas e consumidores 
  reconhecem suas necessidades para trabalhar em 
             conjunto como parceiros...
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
  • Consumo contribuinte_


We First também propõe um outro passo par a transformação do 
capitalismo em um motor de prosperidade perpétua. Essa é a ideia
que chamo de“consumo contribuinte”, no qual cada transação do 
consumidor por produtos e serviços incluem um percentual para 
ser usado como contribuição para construir um mundo melhor. O 
consumo contribuinte vai além das quatro mudanças em como as 
empresas praticam o capitalismo, terminando na falsa separação 
entre viver e doar. Como marcas e consumidores interagem no 
comércio ordinário de nossa vida cotidiana, usamos cada única 
compra para gerar uma doação a uma causa.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
  • Consumo contribuinte_
O consumo contribuinte é um meio eficiente para chegar aos recursos, 
alcançar e autoperpetuar dinâmicas de consumo dentro do setor 
privado. Muitas empresas têm já seus programas de “marketing 
relacionado à causa” (CRM), nos quais doam para uma causa a cada 
compra de um de seus produtos, mas essas são campanhas específicas 
e de tempo limitado, ineficientes para gerar os recursos necessários 
para lidar com as demandas provocadas pelas crises que impactam o 
mundo. Precisamos de programas maiores e mais abrangentes como o 
que o consumo contribuinte se verdadeiramente quisermos criar 
soluções para reparar o mundo no tempo de nossas vidas. O consumo 
contribuinte tem o potencial para transformar cada shopping center, 
cada loja ou cada pequeno armazém, de monumentos ou locais de 
consumo autointeressado em motor de mudança social para o 
benefício de todos.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING



     O consumo contribuinte tem o potencial para 
  transformar cada shopping center, cada loja ou cada 
    pequeno armazém, de monumentos ou locais de 
consumo autointeressado em motor de mudança social 
               para o benefício de todos.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
1. A mais impactante forma em que o consumidor pode exercer seu 
   poder é tornar‐se um comprador consciente, oferecendo seu 
   dinheiro somente a empresas socialmente responsáveis. Dezenas 
   de sites na internet, como o brandkarma.com, estão disponíveis 
   para consumidores pesquisarem as empresas mais responsáveis 
   das quais podem adquirir seus produtos e serviços. Aplicativos 
   para smartphones como o GoodGuide oferecem um guia direto 
   para as prateleiras.
2. Canalize suas negociações para empresas com certificação, que 
   passaram por rigorosos processos de avaliação que garantem seu 
   compromisso com práticas de negócio socialmente responsáveis. 
   Existem atualmente 415 empresas certificadas como socialmente 
   responsáveis em 54 tipos de indústria ao redor dos Estados 
   Unidos.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING


3. Mova seus investimentos pessoais e fundos de pensão para 
   investimentos socialmente responsáveis (SRI). São fundos 
   que apoiam apenas empresas que assumem alto padrão de 
   comportamento. 
4. Apoie empreendedores sociais que começam seus negócios 
   com a missão de oferecer bens e serviços com propósito. (ou 
   torne‐se um empreendedor social você mesmo).
5. Dê ênfase a compras que impactam em causas. Compre     
   produtos ligados a campanhas de marketing relacionado a 
   causas.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
6. A mais impactante forma em que o consumidor pode 
   exercer seu poder é tornar‐se um comprador consciente, 
   oferecendo seu dinheiro somente a empresas socialmente 
   responsáveis. Dezenas de sites na internet, como o 
   brandkarma.com, estão disponíveis para consumidores 
   pesquisarem as empresas mais responsáveis das quais 
   podem adquirir seus produtos e serviços. Aplicativos para 
   smartphones como o GoodGuide oferecem um guia direto 
   para as prateleiras.
7. Canalize suas negociações para empresas com certificação, 
   que passaram por rigorosos processos de avaliação que 
   garantem seu compromisso com práticas de negócio 
   socialmente responsáveis. Existem atualmente 415 
   empresas certificadas como socialmente responsáveis em 
   54 tipos de indústria ao redor dos Estados Unidos.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING

8. Use a tecnologia para contribuir com a mudança 
    social o mais que puder. Doe para organizações da 
    sociedade civil via mensagem de texto de seu 
    smartphone, ou registre seus cartões de crédito em 
    novos sites de empreendedorismo social como o 
    SwipeGood ou SocialVest.
9. Envolva‐se em diálogos positivos com marcas para 
    mostra‐las quais os benefícios que elas obtém ao 
    estabelecer parcerias com consumidores em 
    iniciativas para transformação social.
10. Celebre e recompense marcas que empreendem na 
    busca de liderança socialmente responsável.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
  • O manifesto We First_
 O objetivo do We First é portanto mudar a prática do capitalismo 
de livre mercado ao utilizar a nova dinâmica entre marcas e 
consumidores para criar uma parceria para a mudança social. Nós 
Podemos se baseia na crença de que o pensamento egoísta do Eu 
Primeiro prejudica nossos negócios e as vidas de milhões de 
pessoas ao redor do mundo – e nós não podemos deixar que esse 
tipo de capitalismo continue. Essa abordagem afirma que um futuro 
melhor depende da integração entre o lucro e o propósito no setor 
privado. 

We First propõe os seguintes 10 princípios para guiar as práticas no 
mundo dos negócios:
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
• O manifesto We First_

1. Acreditamos que as empresas têm o direito de inovar, 
   empreender e ter lucro enquanto os consumidores têm o 
   direito a uma sociedade saudável e ao planeta onde viver.
2. Reconhecemos que uma comunidade global e 
   interdependente precisa de uma definição mais ampla de 
   autointeresse que considera as necessidades de todos os 
   habitantes do planeta.
3. Definimos sucesso através da prosperidade que significa o 
   bem‐estar de muitos, não a riqueza de poucos.
4. Acreditamos que o futuro do lucro é o propósito.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING

  • O manifesto We First_

5. Acreditamos que os interesses de empresas e consumidores são 
   melhor atendidos através de uma prática sustentável de 
   capitalismo – economicamente, moralmente, eticamente, 
   ambientalmente e socialmente.
6. Acreditamos que empresas e consumidores devem uns aos 
   outros um igual dever de transparência, autenticidade e 
   accountability.
7. Acreditamos que tecnologia social, negócios e compras tem 
   potencial para mudar o mundo através de novas formas de 
   envolvimento, colaboração e contribuição.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
  • O manifesto We First_

8. Acreditamos que valores que informam nossa prática 
    cotidiana de capitalismo incluem sustentabilidade, justiça 
    nas recompensas, responsabilidade fiscal, accountability, 
    propósito, envolvimento e cidadania global.
9. Acreditamos que empresas e consumidores estão 
    incumbidos do dever de servir como protetores do bem‐
    estar global para esta e futuras gerações.
10. Acreditamos que o setor privado deve cooperar, colaborar e 
    coordenar com governos e organizações sem fins lucrativos 
    para criar uma força unificada para o bem social.
WE FIRST_ SIMON MAINWARING

  • Chamado à Ação_

 Mudar como nós abordamos o capitalismo não é mais uma 
questão abstrata, filosófica ou idealista. Nós não temos mais 
tempo para hesitar. Se permitirmos que o capitalismo continue do 
jeito que está – no caminho que nos levou a crise financeira de 
2008 – vamos nos encontrar vivendo em um mundo danificado, 
cada vez mais em risco devido as enormes disparidades 
econômicas, caos político e disfunção social. We First propõe 
passos reais e práticos que consumidores e empresas podem 
adotar colaborativamente para começar uma transformação social 
substantiva. 
WE FIRST_ SIMON MAINWARING
  • Chamado à Ação_


 Se você é um CEO ou executivo em uma corporação, dono de um 
pequeno negócio, um consumidor, um cidadão preocupado, seria 
lógico que você também reconhecesse a necessidade de reparar 
esse capitalismo falho que permitimos que se desenvolvesse. O 
capitalismo não é imutável. Podemos moderar seus excessos, 
regular seu potencial de abuso e aparar suas arestas para 
transforma‐lo em um mais poderoso motor de prosperidade para 
o benefício da humanidade.
Sobre o autor_
•   Simon Mainwaring é fundador do We First, uma consultoria de ‘social branding’ 
    que auxilia empresas, organizações sem fins lucrativos e grupos de consumidores a 
    construir um mundo melhor através da mudança nas práticas do capitalismo, 
    branding e consumo usando tecnologia social. Maisinformações sobre o 
    capitalismo do We First e consumo contribuinte está disponível em seu livro, 
    WeFirst: HowBrandsandConsumers Use Social Media to Build a Better World 
    (Palgrave/Macmillan, Junho 2011). Ou visite www.wefirstbook.com. 

•   Envie 
    Passe uma cópia deste manifesto a outras pessoas.

•   Registre‐se
    Receba nossa e‐newsletter gratuita para saber sobre nossos mais recentes 
    manifestos tão logo sejam disponibilizados.
•   Data
    Este documento foi criado em 06 de julho de 2011, e é baseado na melhor 
    informação disponível naquela data. 
•   Sobre o ChangeThis
    ChangeThis é um veículo, não um editor. Nós ajudamos grandes ideias a serem 
    disseminadas. Os autores com quem trabalhamos são responsáveis pela sua própria 
    produção e não necessariamente concordam com tudo o que está disponível no 
    formato ChangeThis. 
    ChangeThis é apoiado pelo cuidade carinhoso do 0800‐CEO‐READ. Nos visite em 
    www.800ceoread.com ou em nosso blog diário.

•   Informações de copyright
    O copyright deste trabalho pertence ao seu autor, que é o único responsável pelo seu 
    conteúdo. Esse trabalho está licenciado de acordo com a licença 
    CreativeCommonsAttribution – Non comercial – NoDerivs. Para ver uma cópia dessa 
    licença, visite www.creativecommons.org ou envie uma carta para CreativeCommons, 
    559 Nathan Abbott Way, Stanford, California 94305, USA. A foto de coberta tem origem 
    em www.veer.com.

•   O que você pode fazer
    Você tem o direito ilimitado de imprimir esse manifesto e distribuí‐lo eletronicamente 
    (via e‐email, seu website, ou qualquer outro meio). Você pode imprimir paginas e 
    coloca‐las na janela de sua cafeteria favorita ou na sala de espera de seu médico. Você 
    pode transcreve as palavras do autor na calçada, ou você pode entregar cópias para 
    qualquer pessoa que você venha a encontrar. Você não pode alterar este manifesto de 
    qualquer forma, e você pode não mudar por causa dele.
We first

Weitere ähnliche Inhalte

Ähnlich wie We first

Artigo: As empresas sociais e a mudança que queremos ver
Artigo: As empresas sociais e a mudança que queremos verArtigo: As empresas sociais e a mudança que queremos ver
Artigo: As empresas sociais e a mudança que queremos verMarianne Costa
 
Introdução ao Empreendedorismo .pptx
Introdução ao Empreendedorismo .pptxIntrodução ao Empreendedorismo .pptx
Introdução ao Empreendedorismo .pptxDemetriusNarciso
 
O "espírito de marketing"
O "espírito de marketing"O "espírito de marketing"
O "espírito de marketing"ericarocha2704
 
Soraia aleixo a evolução do marketing acabado
Soraia aleixo a evolução do marketing acabadoSoraia aleixo a evolução do marketing acabado
Soraia aleixo a evolução do marketing acabadoSofia Ukhach
 
Caderno de Inovação | Organizações no séc. XXI - Número 20
Caderno de Inovação | Organizações no séc. XXI - Número 20Caderno de Inovação | Organizações no séc. XXI - Número 20
Caderno de Inovação | Organizações no séc. XXI - Número 20FGV | Fundação Getulio Vargas
 
HSM j an-fev-11-estratégia - quando os CEOs entrevistam porter
HSM  j an-fev-11-estratégia - quando os CEOs entrevistam porterHSM  j an-fev-11-estratégia - quando os CEOs entrevistam porter
HSM j an-fev-11-estratégia - quando os CEOs entrevistam porterRivadávia C. Drummond A. Neto,PhD
 
Programa Jovem Empreendedor - Marketing e Empreendedorismo
Programa Jovem Empreendedor - Marketing e EmpreendedorismoPrograma Jovem Empreendedor - Marketing e Empreendedorismo
Programa Jovem Empreendedor - Marketing e EmpreendedorismoPaulo de Jesus
 
1. Conceitos da Administracao de Marketing 1º Bimestre.ppt
1. Conceitos da Administracao de Marketing 1º Bimestre.ppt1. Conceitos da Administracao de Marketing 1º Bimestre.ppt
1. Conceitos da Administracao de Marketing 1º Bimestre.pptgabizinhamota
 
Desafios do Cooperativismo
Desafios do CooperativismoDesafios do Cooperativismo
Desafios do CooperativismoWORKRESULT
 
A Economia E Os Valores Femininos
A Economia E Os Valores FemininosA Economia E Os Valores Femininos
A Economia E Os Valores FemininosGleisi Hoffmann
 
Globalização Econômica - Internacionalização da Economia
Globalização Econômica - Internacionalização da EconomiaGlobalização Econômica - Internacionalização da Economia
Globalização Econômica - Internacionalização da EconomiaWicthor Cruz
 
Espírito de marketing 2003
Espírito de marketing   2003Espírito de marketing   2003
Espírito de marketing 2003filmenino
 
Espírito de marketing_-_2003
Espírito de marketing_-_2003Espírito de marketing_-_2003
Espírito de marketing_-_2003crisdejesus210385
 

Ähnlich wie We first (20)

Artigo: As empresas sociais e a mudança que queremos ver
Artigo: As empresas sociais e a mudança que queremos verArtigo: As empresas sociais e a mudança que queremos ver
Artigo: As empresas sociais e a mudança que queremos ver
 
Introdução ao Empreendedorismo .pptx
Introdução ao Empreendedorismo .pptxIntrodução ao Empreendedorismo .pptx
Introdução ao Empreendedorismo .pptx
 
O "espírito de marketing"
O "espírito de marketing"O "espírito de marketing"
O "espírito de marketing"
 
Soraia aleixo a evolução do marketing acabado
Soraia aleixo a evolução do marketing acabadoSoraia aleixo a evolução do marketing acabado
Soraia aleixo a evolução do marketing acabado
 
O novo marketing
O novo marketingO novo marketing
O novo marketing
 
Caderno de Inovação | Organizações no séc. XXI - Número 20
Caderno de Inovação | Organizações no séc. XXI - Número 20Caderno de Inovação | Organizações no séc. XXI - Número 20
Caderno de Inovação | Organizações no séc. XXI - Número 20
 
Movimentos Sociais e Redes Sociais
Movimentos Sociais e Redes SociaisMovimentos Sociais e Redes Sociais
Movimentos Sociais e Redes Sociais
 
Bill Gates
Bill GatesBill Gates
Bill Gates
 
HSM j an-fev-11-estratégia - quando os CEOs entrevistam porter
HSM  j an-fev-11-estratégia - quando os CEOs entrevistam porterHSM  j an-fev-11-estratégia - quando os CEOs entrevistam porter
HSM j an-fev-11-estratégia - quando os CEOs entrevistam porter
 
Programa Jovem Empreendedor - Marketing e Empreendedorismo
Programa Jovem Empreendedor - Marketing e EmpreendedorismoPrograma Jovem Empreendedor - Marketing e Empreendedorismo
Programa Jovem Empreendedor - Marketing e Empreendedorismo
 
6. conjuntura
6. conjuntura6. conjuntura
6. conjuntura
 
1. Conceitos da Administracao de Marketing 1º Bimestre.ppt
1. Conceitos da Administracao de Marketing 1º Bimestre.ppt1. Conceitos da Administracao de Marketing 1º Bimestre.ppt
1. Conceitos da Administracao de Marketing 1º Bimestre.ppt
 
Desafios do Cooperativismo
Desafios do CooperativismoDesafios do Cooperativismo
Desafios do Cooperativismo
 
A Economia E Os Valores Femininos
A Economia E Os Valores FemininosA Economia E Os Valores Femininos
A Economia E Os Valores Femininos
 
Globalização Econômica - Internacionalização da Economia
Globalização Econômica - Internacionalização da EconomiaGlobalização Econômica - Internacionalização da Economia
Globalização Econômica - Internacionalização da Economia
 
Espírito de marketing 2003
Espírito de marketing   2003Espírito de marketing   2003
Espírito de marketing 2003
 
Espírito de marketing_-_2003
Espírito de marketing_-_2003Espírito de marketing_-_2003
Espírito de marketing_-_2003
 
1 introdução ao marketing
1   introdução ao marketing1   introdução ao marketing
1 introdução ao marketing
 
1 - Introdução ao Marketing.ppt
1 - Introdução ao Marketing.ppt1 - Introdução ao Marketing.ppt
1 - Introdução ao Marketing.ppt
 
Evolução do Marketing
Evolução do MarketingEvolução do Marketing
Evolução do Marketing
 

Mehr von Social Good Brasil

Relatório SGB 2017 - edição de 5 anos
 Relatório SGB 2017 - edição de 5 anos  Relatório SGB 2017 - edição de 5 anos
Relatório SGB 2017 - edição de 5 anos Social Good Brasil
 
Dados abertos e melhoria na saúde
Dados abertos e melhoria na saúdeDados abertos e melhoria na saúde
Dados abertos e melhoria na saúdeSocial Good Brasil
 
Inovação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis
Inovação para os Objetivos de Desenvolvimento SustentáveisInovação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis
Inovação para os Objetivos de Desenvolvimento SustentáveisSocial Good Brasil
 
Relatório Social Good Brasil 2016
Relatório Social Good Brasil 2016 Relatório Social Good Brasil 2016
Relatório Social Good Brasil 2016 Social Good Brasil
 
Apresentação Hangout Fellow SGB
Apresentação Hangout Fellow SGBApresentação Hangout Fellow SGB
Apresentação Hangout Fellow SGBSocial Good Brasil
 
Impacto do SGB Lab - Edições 2013, 2014 e 2015
Impacto do SGB Lab - Edições 2013, 2014 e 2015Impacto do SGB Lab - Edições 2013, 2014 e 2015
Impacto do SGB Lab - Edições 2013, 2014 e 2015Social Good Brasil
 
SGB Lab 2016: apresentação Webinário pré-selecionados
SGB Lab 2016: apresentação Webinário pré-selecionados SGB Lab 2016: apresentação Webinário pré-selecionados
SGB Lab 2016: apresentação Webinário pré-selecionados Social Good Brasil
 
Versão enxuta - Relatório do Social Good Brasil 2015
Versão enxuta - Relatório do Social Good Brasil 2015Versão enxuta - Relatório do Social Good Brasil 2015
Versão enxuta - Relatório do Social Good Brasil 2015Social Good Brasil
 
Relatório do Social Good Brasil 2015
Relatório do Social Good Brasil 2015Relatório do Social Good Brasil 2015
Relatório do Social Good Brasil 2015Social Good Brasil
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Edgard Gouveia Júnior
Seminário Social Good Brasil 2015 | Edgard Gouveia JúniorSeminário Social Good Brasil 2015 | Edgard Gouveia Júnior
Seminário Social Good Brasil 2015 | Edgard Gouveia JúniorSocial Good Brasil
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Anna Penido
Seminário Social Good Brasil 2015 | Anna PenidoSeminário Social Good Brasil 2015 | Anna Penido
Seminário Social Good Brasil 2015 | Anna PenidoSocial Good Brasil
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Leonardo Aguiar
Seminário Social Good Brasil 2015 | Leonardo AguiarSeminário Social Good Brasil 2015 | Leonardo Aguiar
Seminário Social Good Brasil 2015 | Leonardo AguiarSocial Good Brasil
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Luis Fernando Guggenberger
Seminário Social Good Brasil 2015 | Luis Fernando GuggenbergerSeminário Social Good Brasil 2015 | Luis Fernando Guggenberger
Seminário Social Good Brasil 2015 | Luis Fernando GuggenbergerSocial Good Brasil
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Kathleen Bennett
Seminário Social Good Brasil 2015 | Kathleen Bennett Seminário Social Good Brasil 2015 | Kathleen Bennett
Seminário Social Good Brasil 2015 | Kathleen Bennett Social Good Brasil
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Haroldo Machado Filho
Seminário Social Good Brasil 2015 | Haroldo Machado FilhoSeminário Social Good Brasil 2015 | Haroldo Machado Filho
Seminário Social Good Brasil 2015 | Haroldo Machado FilhoSocial Good Brasil
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Alexa Clay
Seminário Social Good Brasil 2015 | Alexa Clay Seminário Social Good Brasil 2015 | Alexa Clay
Seminário Social Good Brasil 2015 | Alexa Clay Social Good Brasil
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Joana Castello Branco
Seminário Social Good Brasil 2015 | Joana Castello BrancoSeminário Social Good Brasil 2015 | Joana Castello Branco
Seminário Social Good Brasil 2015 | Joana Castello BrancoSocial Good Brasil
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Cida Franco
Seminário Social Good Brasil 2015 | Cida FrancoSeminário Social Good Brasil 2015 | Cida Franco
Seminário Social Good Brasil 2015 | Cida FrancoSocial Good Brasil
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Maria Julia Kurth de Azambuja
Seminário Social Good Brasil 2015 | Maria Julia Kurth de Azambuja Seminário Social Good Brasil 2015 | Maria Julia Kurth de Azambuja
Seminário Social Good Brasil 2015 | Maria Julia Kurth de Azambuja Social Good Brasil
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Américo Mattar
Seminário Social Good Brasil 2015 | Américo MattarSeminário Social Good Brasil 2015 | Américo Mattar
Seminário Social Good Brasil 2015 | Américo MattarSocial Good Brasil
 

Mehr von Social Good Brasil (20)

Relatório SGB 2017 - edição de 5 anos
 Relatório SGB 2017 - edição de 5 anos  Relatório SGB 2017 - edição de 5 anos
Relatório SGB 2017 - edição de 5 anos
 
Dados abertos e melhoria na saúde
Dados abertos e melhoria na saúdeDados abertos e melhoria na saúde
Dados abertos e melhoria na saúde
 
Inovação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis
Inovação para os Objetivos de Desenvolvimento SustentáveisInovação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis
Inovação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis
 
Relatório Social Good Brasil 2016
Relatório Social Good Brasil 2016 Relatório Social Good Brasil 2016
Relatório Social Good Brasil 2016
 
Apresentação Hangout Fellow SGB
Apresentação Hangout Fellow SGBApresentação Hangout Fellow SGB
Apresentação Hangout Fellow SGB
 
Impacto do SGB Lab - Edições 2013, 2014 e 2015
Impacto do SGB Lab - Edições 2013, 2014 e 2015Impacto do SGB Lab - Edições 2013, 2014 e 2015
Impacto do SGB Lab - Edições 2013, 2014 e 2015
 
SGB Lab 2016: apresentação Webinário pré-selecionados
SGB Lab 2016: apresentação Webinário pré-selecionados SGB Lab 2016: apresentação Webinário pré-selecionados
SGB Lab 2016: apresentação Webinário pré-selecionados
 
Versão enxuta - Relatório do Social Good Brasil 2015
Versão enxuta - Relatório do Social Good Brasil 2015Versão enxuta - Relatório do Social Good Brasil 2015
Versão enxuta - Relatório do Social Good Brasil 2015
 
Relatório do Social Good Brasil 2015
Relatório do Social Good Brasil 2015Relatório do Social Good Brasil 2015
Relatório do Social Good Brasil 2015
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Edgard Gouveia Júnior
Seminário Social Good Brasil 2015 | Edgard Gouveia JúniorSeminário Social Good Brasil 2015 | Edgard Gouveia Júnior
Seminário Social Good Brasil 2015 | Edgard Gouveia Júnior
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Anna Penido
Seminário Social Good Brasil 2015 | Anna PenidoSeminário Social Good Brasil 2015 | Anna Penido
Seminário Social Good Brasil 2015 | Anna Penido
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Leonardo Aguiar
Seminário Social Good Brasil 2015 | Leonardo AguiarSeminário Social Good Brasil 2015 | Leonardo Aguiar
Seminário Social Good Brasil 2015 | Leonardo Aguiar
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Luis Fernando Guggenberger
Seminário Social Good Brasil 2015 | Luis Fernando GuggenbergerSeminário Social Good Brasil 2015 | Luis Fernando Guggenberger
Seminário Social Good Brasil 2015 | Luis Fernando Guggenberger
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Kathleen Bennett
Seminário Social Good Brasil 2015 | Kathleen Bennett Seminário Social Good Brasil 2015 | Kathleen Bennett
Seminário Social Good Brasil 2015 | Kathleen Bennett
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Haroldo Machado Filho
Seminário Social Good Brasil 2015 | Haroldo Machado FilhoSeminário Social Good Brasil 2015 | Haroldo Machado Filho
Seminário Social Good Brasil 2015 | Haroldo Machado Filho
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Alexa Clay
Seminário Social Good Brasil 2015 | Alexa Clay Seminário Social Good Brasil 2015 | Alexa Clay
Seminário Social Good Brasil 2015 | Alexa Clay
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Joana Castello Branco
Seminário Social Good Brasil 2015 | Joana Castello BrancoSeminário Social Good Brasil 2015 | Joana Castello Branco
Seminário Social Good Brasil 2015 | Joana Castello Branco
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Cida Franco
Seminário Social Good Brasil 2015 | Cida FrancoSeminário Social Good Brasil 2015 | Cida Franco
Seminário Social Good Brasil 2015 | Cida Franco
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Maria Julia Kurth de Azambuja
Seminário Social Good Brasil 2015 | Maria Julia Kurth de Azambuja Seminário Social Good Brasil 2015 | Maria Julia Kurth de Azambuja
Seminário Social Good Brasil 2015 | Maria Julia Kurth de Azambuja
 
Seminário Social Good Brasil 2015 | Américo Mattar
Seminário Social Good Brasil 2015 | Américo MattarSeminário Social Good Brasil 2015 | Américo Mattar
Seminário Social Good Brasil 2015 | Américo Mattar
 

We first

  • 2. WE FIRST_ SIMON MAINWARING Como consumidores e marcas podem estabelecer parcerias para construir um mundo melhor. Simon Mainwaring.
  • 3. WE FIRST_ SIMON MAINWARING Há três anos atrás, li o discurso feito por Bill Gates no Fórum  Econômico Mundial em Davos, em janeiro de 2008. Na  ocasião, Gates era o homem mais rico do mundo e também o  maior filantropo, uma ironia que me intrigou ao ler sua  mensagem. Ele advertia que a filantropia e os governos não  poderiam mais dar conta dos problemas do mundo. Ele fez o  chamado para que empresas aceitassem uma nova lógica,  onde deveriam assumir uma maior responsabilidade no  desenvolvimento de soluções para os enormes problemas que  assolam sem fim nosso planeta, em especial nos países em  desenvolvimento onde a pobreza frequentemente impede  lucros suficientes que justifiquem a atenção das corporações.
  • 4. WE FIRST_ SIMON MAINWARING Ele destacou que os atuais governos e esforços filantrópicos  são insuficientes em relação ao necessário para transformar  as vidas de milhões de pessoas menos afortunadas ao redor  do mundo. Gates propôs um desafio aos delegados,  lideranças do mercado e aos chefes de estado na conferência:
  • 5. WE FIRST_ SIMON MAINWARING “Gostaria de pedir a todos os presentes – sejam vocês ligados ao  mundo das empresas, do governo ou sem fins lucrativos – a  envolver‐se em um projeto de capitalismo criativo no próximo  ano. Não precisa ser um projeto novo; pode ser um projeto já  em andamento, e ver onde você poderia “esticar” um pouco  mais o alcance das forças do mercado para ajudar a empurrar  as coisas à frente. Quando você oferece ajuda internacional,  quando faz doações, quando você tenta mudar o mundo – você poderia encontrar formas de colocar o poder das forças  de mercado por trás dos esforços para ajudar os pobres?”
  • 6. NÓS PRIMEIRO_ SIMON MAINWARING Suas palavras “capitalismo criativo” para “mudar o  mundo” ficaram na minha mente. Como poderia o  capitalismo criativamente colocar as forças do mercado  para trabalhar para um mundo melhor? Seria possível  inspirar as lideranças do mundo corporativo a recriar seu  papel de forma a equilibrar seu auto‐interesse de  lucratividade para seus acionistas com a necessidade de  aumentar massivamente os recursos dedicados a  transformação social local? Poderia o mundo corporativo  desenvolver uma visão de um diferente tipo de  capitalismo que não só desfizesse o estrago feito no  passado, mas também transformasse o mundo dos  negócios em um sustentável motor do progresso?
  • 7. NÓS PRIMEIRO_ SIMON MAINWARING • As mídias sociais como resposta_ Como profissional de publicidade e marcas, passei minha vida  trabalhando em ideias criativas para campanhas de marketing de  marcas de sucesso como Nike, Toyota e Motorola. Quando li o  discurso de Bill Gates, as mídias sociais já tinham impactado a  comunicação e o relacionamento entre marcas e consumidores.  Havia uma migração em massa da atenção na mídia tradicional,  usada pelas marcas para falar com os consumidores e vender seus  produtos (por exemplo, redes de televisão, revistas e jornais), uma  vez que os consumidores se voltarampara o mundo digital da  internet, smartphones e das redes de mídia social como Facebook e  Twitter. Me perguntei se essas mudanças nas empresas e no  envolvimento dos consumidores poderia desencadear uma solução  para a transformação social que nunca havia sido possível antes. 
  • 8. WE FIRST_ SIMON MAINWARING •As mídias sociais como resposta_ Paulatinamente, novas ideias surgiram. Estamos testemunhando  uma dinâmica inteiramente nova, emergindo entre consumidores e  marcas. Consumidores de toda parte do mundo estão conectados  como nunca, ganhando acesso a ferramentas de comunicação que  lhes permite falar entre si, compartilhar e publicar suas ideias e  opiniões, e organizar o ativismo social de formas mais poderosas  do que em qualquer outra época de nossa história.
  • 9. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • As mídias sociais como resposta_ Por meio das mídias sociais, os consumidores agora têm a  capacidade de responder para as empresas e expor seus  maus comportamentos. Eles podem cada vez mais agir no  seu interesse de ver as empresas assumindo uma maior  responsabilidade social para com o mundo – usando suas  vozes e suas carteiras para recompensar marcas  conscientes e bem intencionadas, ao falar sobre elas,  referenciá‐las, recomendá‐las e comprando delas. Podem  também usar seu poder para denunciar não somente as  empresas que ofertam maus produtos, mas também  aquelas cujas mensagens não são autênticas, que fazem  falsas promessas e as que não são sustentáveis e  apresentam comportamentos sociais irresponsáveis.
  • 10. WE FIRST_ SIMON MAINWARING Mas ao mesmo tempo, as mídias sociais oferecem às marcas  novas oportunidades. Por meio das redes sociais, podem  alcançar e envolver as audiências de formas mais profundas e  significativas. As marcas podem encontrar o que “fisga” seus  consumidores, e usar as mídias sociais para construir  relacionamentos mais fortes, obtendo maior fidelidade. Então percebi as mídias sociais como introdutoras dessa nova  dinâmica com potencial de tornar‐se força motriz de  mudança. Um “ganha‐ganha‐ganha” para consumidores,  marcas e para o mundo. Consumidores podem aproveitar seu  poder de compra para recompensar as empresas que  participam na construção de um mundo melhor, enquanto  coordenam sua influência nas mídias sociais para punir  aquelas que falham ao não aceitar uma responsabilidade  social mais ampla. 
  • 11. WE FIRST_ SIMON MAINWARING Empresas podem ser mais ágeis ao responder ao desejo de seus  consumidores, e fazendo isso construir uma comunidade global  para seus produtos, o que eu chamo de “nações de marca”. E o  mundo se beneficia porque, juntos, consumidores e marcas  podem começar uma forma de parceria que torna todo o setor  privado em um terceiro pilar de mudança, apoiando governos e  a filantropia. Essa nova dinâmica pode provar‐se precisamente a  solução para o problema de engajamento das empresas para  repensar a lucratividade, como Bill Gates esperava.
  • 12. WE FIRST_ SIMON MAINWARING Por meio das mídias sociais, os  consumidores agora têm a capacidade  de responder para as empresas e  expor seus maus comportamentos.
  • 13. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • As bases para uma nova visão de capitalismo Decidi responder ao desafio de Bill Gates e tentar criar um  novo paradigma para o capitalismo que daria conta da  mudança no equilíbrio de poder entre empresas e  consumidores. Não sou economista, mas acredito que minha  visão de mercado me credencia a oferecer alguns insights de  valor. Além disso, uma rápida pesquisa mostrou que eu não  era a única pessoa nesse terreno, uma vez que nos últimos  cinco anos, muitos pensadores reconhecidos tem afirmado  que o capitalismo tinha perdido seu caminho e precisava de  uma séria reengenharia. Esses críticos não são radicais ou  revolucionários, mas economistas de ponta e visionários  sociais.
  • 14. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • As bases para uma nova visão de capitalismo Estamos testemunhando uma dinâmica  inteiramente nova, emergindo entre  consumidores e marcas.
  • 15. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • As bases para uma nova visão de capitalismo Noreena Hertz, uma economista britânica, propôs o  capitalismo cooperativo; John Mackey, CEO da WholeFood,  criou o capitalismo consciente; o pensador UmairHaque inventou o capitalismo construtivo, e o chefe do escritório da  revista The Economist, Matthew Bishop e seu colega Michael  Green escreveram sobre o Filantrocapitalismo. Algumas de  suas propostas foram adotadas em algumas empresas, tendo  um impacto muito pequeno nas escolas de negócio e em  alguns conselhos de administração. Entretanto ainda não  alcançaram o impacto na população, requerido para levar a  mudança social para a escala necessária.
  • 16. WE FIRST_ SIMON MAINWARING •As bases para uma nova visão de capitalismo Minha proposta para um novo tipo de capitalismo foi baseada  em três fatores reais e mensuráveis que têm impacto no  mercado, tanto para os consumidores como para as marcas:
  • 17. WE FIRST_ SIMON MAINWARING 1. Consumidores querem um mundo melhor, não apenas melhores  aparelhos. O movimento ambientalista marcou o começo de uma  consciência dos consumidores de que o mundo dos negócios não  pode fechar os olhos para o planeta – e de que eles tinham o  poder de pressionar as empresas. A partir do movimento  ambientalista, entretanto, observamos nos dias de hoje que a  consciência dos consumidores sobre a responsabilidade social das  empresas está se expandindo em muitas novas áreas:  sustentabilidade, conduta ética, comércio justo, direitos dos  trabalhadores, análise do ciclo de vida, e tripé da  sustentabilidade. Os consumidores estão cada vez mais  aumentando o apoio às empresas que buscam uma maior  responsabilidade social por meio de seus procedimentos  operacionais, bem como por meio de suas contribuições em  forma de doação e marketing relacionado a causas.
  • 18. WE FIRST_ SIMON MAINWARING 2. O futuro do lucro é o propósito. Estudos de pesquisa de  mercado como a Cone Cause EvolutionStudy e a Edelman  GoodpurposeSurvey demonstram que consumidores  acreditam que as empresas devem colocar igual peso aos  interesses da sociedade e aos resultados de seus  negócios. Os estudos mostram que os consumidores  preferem fechar negócio com empresas que apoiam causas e que eles inclusive mudariam para uma marca  que apoia uma causa se os preços forem similares.
  • 19. WE FIRST_ SIMON MAINWARING 3. Consumidores e empresas precisam estabelecer parcerias na  construção de um mundo melhor, formando um terceiro pilar de  mudança social para apoiar governos e a filantropia. O mundo  está em um impasse. Os governos estão cada vez ais em débito e  não têm mais recursos para lidar com os problemas domésticos,  muito menos para lidar com as crises do mundo em  desenvolvimento. O investimento filantrópico está perdendo  muito de seus recursos devido à recessão financeira que reduziu  as doações em bilhões de dólares em 2008. O esgotamento dos  doadores tem sido um problema persistente. É hora do setor  privado tornar‐se um terceiro pilar de mudança, utilizando seus  vastos recursos, expertise, gerenciamento e redes de distribuição  para apoiar na luta contra as crises humanitárias mais sérias:  pobreza, má nutrição, mortalidade infantil, analfabetismo e  desemprego.
  • 20. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Do Eu Primeiro para o We First_ Esses princípios fundamentais me inspiraram a propor o que  chamo de “Capitalismo do We First” – um paradigma de comércio  oposto ao “Capitalismo do Eu Primeiro” que tem dominado nosso  pensamento e comportamento até agora. O capitalismo do We First afirma que não podemos mais aceitar a prática de capitalismo  míope, de curto prazo e do lucro pelo lucro que convidamos as  empresas e os consumidores a se engajar hoje. Permitir que cada  indivíduo, cada investidor, cada empresa, e cada nação pensem  somente em seu autointeresse e lucros não é a solução para criar  um mundo mais pacífico, próspero e equânime. 
  • 21. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Do Eu Primeiro para o We First_ A transformação do Eu Primeiro para o We First não é mais  uma opção, porque nos agora vivemos em um mundo  globalizado, interconectado, complexo , com 7 bilhões de  pessoas que precisam de uma parte dos recursos e da  prosperidade que a Terra oferece. O capitalismo não pode  mais ser um sistema de uma elite econômica cujos resultados  financiem um grupo limitado de pessoas, deixando bilhões de  outros vivendo sem oportunidade ou esperança. As conexões  entre nós crescem e se estreitam, de forma que as ações de  um único indivíduo, banco, empresa ou nação podem ter um  impacto imediato e negativo em milhões de outras pessoas. 
  • 22. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Do Eu Primeiro para o We First_ No paradigma do We First, precisamos reconhecer que a  prosperidade é o bem‐estar de muitos, não de uma pequena parcela  de privilegiados. O modelo mental do We First nos ajuda a  ultrapassar os atoleiros de tantos debates filosóficos e análises  econômicas, para que possamos focar em soluções factíveis,  pragmáticas e realistas orientadas por objetivos significativos  capazes de colaborar para o avanço de nosso mundo.
  • 23. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Quatro mudanças de mentalidade_ Quatro mudanças de mentalidade No capitalismo do Eu Primeiro, marcas e consumidores  reconhecem suas necessidades para trabalhar em conjunto  como parceiros para transformar todo o setor privado em um  terceiro pilar de mudança, apoiando governos e a filantropia. A  transição envolve alterar tanto os modelos mentais como  comportamentos; ela exige eliminar nossas maneiras egoístas de  agir e trocá‐las por ações socialmente responsáveis, em  alinhamento com as dinâmicas globais do século XXI. No caso das empresas, We First requer quatro mudanças  principais em como elas pensam: 
  • 24. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Quatro mudanças de mentalidade_ 1. Redefinir o autointeresse. O capitalismo do Eu Primeiro é inclinado  a permitir o egoísmo e o excesso para substituir qualquer significado  razoável de autointeresse. Empresas e investidores frequentemente percebem seu autointeresse somente em termos de maximização  de lucros, sem considerar qualquer consequência negativa que lhes  toca com relação ao meio ambiente ou a sociedade. Essa é uma  visão míope de autointeresse, na qual não podemos mais definir  práticas de forma tão limitada e com frequência pessoalmente  egoísta. Precisamos de CEOs, conselhos de administração,  investidores e stakeholders de empresas que comecem a pensar no  longo prazo e a reconhecer que nossos mútuos autointeresses frequentemente oferecem benefícios maiores que as recompensas  imediatas de nosso autointeresse individual.
  • 25. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Quatro mudanças de mentalidade_ 2. Integrar propósito no lucro. A segunda mudança de  mentalidade que precisamos fazer diz respeito ao lucro  versus o propósito. No livre capitalismo de mercado, o lucro  pelo lucro tornou‐se o único objetivo, missão, e objetivo de  qualquer empresa, em detrimento do mundo. Empurradas  pelos investidores, empresas raramente prestam atenção  sobre os propósitos que podem integrar em suas atividades,  e muitos economistas argumentam constantemente que as  empresas não têm responsabilidade para com a sociedade,  somente para com seus acionistas. Essa é a atitude do Eu  Primeiro que não podemos mais aceitar atuante no mundo  de hoje, com enormes problemas econômicos, políticos e  sociais. Consumidores estão cada vez mais demandando que  empresas prestem atenção igualmente a propósitos sociais e  ao lucro.
  • 26. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Quatro mudanças de mentalidade_ 3. Expandir a noção de sustentabilidade. Normalmente  pensamos na sustentabilidade aplicada somente ao meio  ambiente. Mas a abordagem do We First sugere que  devemos extender a ideia de sustentabilidade para muito  além disso. O capitalismo do We First deve ser sustentável,  economicamente, moralmente, socialmente, eticamente e  ambientalmente. Como um sistema econômico, o  capitalismo deve criar em cada um desses domínios as  condições para o sucesso no longo prazo, não apenas  recompensas imediatas.
  • 27. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Quatro mudanças de mentalidade_ 4. Re‐incutir valores nas práticas de negócio. A quarta mudança  de mentalidade envolver o reconhecimento de que nossa  filosofia de capitalismo perdeu os valores humanos. Muitas  empresas manipulam, fraudam e criam condições para uma  corrida até o fim entre competidores. Na abordagem do We First, devemos re‐incutir valores em como as empresas e as  pessoas fazem negócio, Todas as empresas precisam adotar  esses valores profundamente, valores como accountability,  recompensas justas, responsabilidade, cidadania global e  sustentabilidade.
  • 28. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Quatro mudanças de mentalidade_ Essas quatro mudanças são a essência do We First. Eles  são a base para como nós, como sociedade, podemos  fazer a transição para fora das práticas e costumes que  permitíssemos que comprometessem o capitalismo de  livre mercado. No capitalismo do Eu Primeiro, marcas e consumidores  reconhecem suas necessidades para trabalhar em  conjunto como parceiros...
  • 29. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Consumo contribuinte_ We First também propõe um outro passo par a transformação do  capitalismo em um motor de prosperidade perpétua. Essa é a ideia que chamo de“consumo contribuinte”, no qual cada transação do  consumidor por produtos e serviços incluem um percentual para  ser usado como contribuição para construir um mundo melhor. O  consumo contribuinte vai além das quatro mudanças em como as  empresas praticam o capitalismo, terminando na falsa separação  entre viver e doar. Como marcas e consumidores interagem no  comércio ordinário de nossa vida cotidiana, usamos cada única  compra para gerar uma doação a uma causa.
  • 30. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Consumo contribuinte_ O consumo contribuinte é um meio eficiente para chegar aos recursos,  alcançar e autoperpetuar dinâmicas de consumo dentro do setor  privado. Muitas empresas têm já seus programas de “marketing  relacionado à causa” (CRM), nos quais doam para uma causa a cada  compra de um de seus produtos, mas essas são campanhas específicas  e de tempo limitado, ineficientes para gerar os recursos necessários  para lidar com as demandas provocadas pelas crises que impactam o  mundo. Precisamos de programas maiores e mais abrangentes como o  que o consumo contribuinte se verdadeiramente quisermos criar  soluções para reparar o mundo no tempo de nossas vidas. O consumo  contribuinte tem o potencial para transformar cada shopping center,  cada loja ou cada pequeno armazém, de monumentos ou locais de  consumo autointeressado em motor de mudança social para o  benefício de todos.
  • 31. WE FIRST_ SIMON MAINWARING O consumo contribuinte tem o potencial para  transformar cada shopping center, cada loja ou cada  pequeno armazém, de monumentos ou locais de  consumo autointeressado em motor de mudança social  para o benefício de todos.
  • 32. WE FIRST_ SIMON MAINWARING 1. A mais impactante forma em que o consumidor pode exercer seu  poder é tornar‐se um comprador consciente, oferecendo seu  dinheiro somente a empresas socialmente responsáveis. Dezenas  de sites na internet, como o brandkarma.com, estão disponíveis  para consumidores pesquisarem as empresas mais responsáveis  das quais podem adquirir seus produtos e serviços. Aplicativos  para smartphones como o GoodGuide oferecem um guia direto  para as prateleiras. 2. Canalize suas negociações para empresas com certificação, que  passaram por rigorosos processos de avaliação que garantem seu  compromisso com práticas de negócio socialmente responsáveis.  Existem atualmente 415 empresas certificadas como socialmente  responsáveis em 54 tipos de indústria ao redor dos Estados  Unidos.
  • 33. WE FIRST_ SIMON MAINWARING 3. Mova seus investimentos pessoais e fundos de pensão para  investimentos socialmente responsáveis (SRI). São fundos  que apoiam apenas empresas que assumem alto padrão de  comportamento.  4. Apoie empreendedores sociais que começam seus negócios  com a missão de oferecer bens e serviços com propósito. (ou  torne‐se um empreendedor social você mesmo). 5. Dê ênfase a compras que impactam em causas. Compre      produtos ligados a campanhas de marketing relacionado a  causas.
  • 34. WE FIRST_ SIMON MAINWARING 6. A mais impactante forma em que o consumidor pode  exercer seu poder é tornar‐se um comprador consciente,  oferecendo seu dinheiro somente a empresas socialmente  responsáveis. Dezenas de sites na internet, como o  brandkarma.com, estão disponíveis para consumidores  pesquisarem as empresas mais responsáveis das quais  podem adquirir seus produtos e serviços. Aplicativos para  smartphones como o GoodGuide oferecem um guia direto  para as prateleiras. 7. Canalize suas negociações para empresas com certificação,  que passaram por rigorosos processos de avaliação que  garantem seu compromisso com práticas de negócio  socialmente responsáveis. Existem atualmente 415  empresas certificadas como socialmente responsáveis em  54 tipos de indústria ao redor dos Estados Unidos.
  • 35. WE FIRST_ SIMON MAINWARING 8. Use a tecnologia para contribuir com a mudança  social o mais que puder. Doe para organizações da  sociedade civil via mensagem de texto de seu  smartphone, ou registre seus cartões de crédito em  novos sites de empreendedorismo social como o  SwipeGood ou SocialVest. 9. Envolva‐se em diálogos positivos com marcas para  mostra‐las quais os benefícios que elas obtém ao  estabelecer parcerias com consumidores em  iniciativas para transformação social. 10. Celebre e recompense marcas que empreendem na  busca de liderança socialmente responsável.
  • 36. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • O manifesto We First_ O objetivo do We First é portanto mudar a prática do capitalismo  de livre mercado ao utilizar a nova dinâmica entre marcas e  consumidores para criar uma parceria para a mudança social. Nós  Podemos se baseia na crença de que o pensamento egoísta do Eu  Primeiro prejudica nossos negócios e as vidas de milhões de  pessoas ao redor do mundo – e nós não podemos deixar que esse  tipo de capitalismo continue. Essa abordagem afirma que um futuro  melhor depende da integração entre o lucro e o propósito no setor  privado.  We First propõe os seguintes 10 princípios para guiar as práticas no  mundo dos negócios:
  • 37. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • O manifesto We First_ 1. Acreditamos que as empresas têm o direito de inovar,  empreender e ter lucro enquanto os consumidores têm o  direito a uma sociedade saudável e ao planeta onde viver. 2. Reconhecemos que uma comunidade global e  interdependente precisa de uma definição mais ampla de  autointeresse que considera as necessidades de todos os  habitantes do planeta. 3. Definimos sucesso através da prosperidade que significa o  bem‐estar de muitos, não a riqueza de poucos. 4. Acreditamos que o futuro do lucro é o propósito.
  • 38. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • O manifesto We First_ 5. Acreditamos que os interesses de empresas e consumidores são  melhor atendidos através de uma prática sustentável de  capitalismo – economicamente, moralmente, eticamente,  ambientalmente e socialmente. 6. Acreditamos que empresas e consumidores devem uns aos  outros um igual dever de transparência, autenticidade e  accountability. 7. Acreditamos que tecnologia social, negócios e compras tem  potencial para mudar o mundo através de novas formas de  envolvimento, colaboração e contribuição.
  • 39. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • O manifesto We First_ 8. Acreditamos que valores que informam nossa prática  cotidiana de capitalismo incluem sustentabilidade, justiça  nas recompensas, responsabilidade fiscal, accountability,  propósito, envolvimento e cidadania global. 9. Acreditamos que empresas e consumidores estão  incumbidos do dever de servir como protetores do bem‐ estar global para esta e futuras gerações. 10. Acreditamos que o setor privado deve cooperar, colaborar e  coordenar com governos e organizações sem fins lucrativos  para criar uma força unificada para o bem social.
  • 40. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Chamado à Ação_ Mudar como nós abordamos o capitalismo não é mais uma  questão abstrata, filosófica ou idealista. Nós não temos mais  tempo para hesitar. Se permitirmos que o capitalismo continue do  jeito que está – no caminho que nos levou a crise financeira de  2008 – vamos nos encontrar vivendo em um mundo danificado,  cada vez mais em risco devido as enormes disparidades  econômicas, caos político e disfunção social. We First propõe  passos reais e práticos que consumidores e empresas podem  adotar colaborativamente para começar uma transformação social  substantiva. 
  • 41. WE FIRST_ SIMON MAINWARING • Chamado à Ação_ Se você é um CEO ou executivo em uma corporação, dono de um  pequeno negócio, um consumidor, um cidadão preocupado, seria  lógico que você também reconhecesse a necessidade de reparar  esse capitalismo falho que permitimos que se desenvolvesse. O  capitalismo não é imutável. Podemos moderar seus excessos,  regular seu potencial de abuso e aparar suas arestas para  transforma‐lo em um mais poderoso motor de prosperidade para  o benefício da humanidade.
  • 42. Sobre o autor_ • Simon Mainwaring é fundador do We First, uma consultoria de ‘social branding’  que auxilia empresas, organizações sem fins lucrativos e grupos de consumidores a  construir um mundo melhor através da mudança nas práticas do capitalismo,  branding e consumo usando tecnologia social. Maisinformações sobre o  capitalismo do We First e consumo contribuinte está disponível em seu livro,  WeFirst: HowBrandsandConsumers Use Social Media to Build a Better World  (Palgrave/Macmillan, Junho 2011). Ou visite www.wefirstbook.com.  • Envie  Passe uma cópia deste manifesto a outras pessoas. • Registre‐se Receba nossa e‐newsletter gratuita para saber sobre nossos mais recentes  manifestos tão logo sejam disponibilizados. • Data Este documento foi criado em 06 de julho de 2011, e é baseado na melhor  informação disponível naquela data. 
  • 43. Sobre o ChangeThis ChangeThis é um veículo, não um editor. Nós ajudamos grandes ideias a serem  disseminadas. Os autores com quem trabalhamos são responsáveis pela sua própria  produção e não necessariamente concordam com tudo o que está disponível no  formato ChangeThis.  ChangeThis é apoiado pelo cuidade carinhoso do 0800‐CEO‐READ. Nos visite em  www.800ceoread.com ou em nosso blog diário. • Informações de copyright O copyright deste trabalho pertence ao seu autor, que é o único responsável pelo seu  conteúdo. Esse trabalho está licenciado de acordo com a licença  CreativeCommonsAttribution – Non comercial – NoDerivs. Para ver uma cópia dessa  licença, visite www.creativecommons.org ou envie uma carta para CreativeCommons,  559 Nathan Abbott Way, Stanford, California 94305, USA. A foto de coberta tem origem  em www.veer.com. • O que você pode fazer Você tem o direito ilimitado de imprimir esse manifesto e distribuí‐lo eletronicamente  (via e‐email, seu website, ou qualquer outro meio). Você pode imprimir paginas e  coloca‐las na janela de sua cafeteria favorita ou na sala de espera de seu médico. Você  pode transcreve as palavras do autor na calçada, ou você pode entregar cópias para  qualquer pessoa que você venha a encontrar. Você não pode alterar este manifesto de  qualquer forma, e você pode não mudar por causa dele.