O relatório resume:
1. A Codeba apresentará projetos para arrendar três terminais no Porto de Aratu à iniciativa privada, atraindo R$800 milhões em investimentos.
2. Parlamentares entraram com ação na Justiça contra o aumento de 9% nas tarifas de pedágio da Via Bahia na BR-324.
3. O metrô de Salvador deve começar a operar no primeiro semestre de 2012, dependendo de subsídio federal de R$33 milhões para cobrir custos operacionais.
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2. Relatório de Infraestrutura é uma publicação mensal da Federação das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB), produzida pela Superintendência de Desenvolvimento Industrial (SDI).
Presidente: José de F. Mascarenhas
Diretor Executivo: Roberto de Miranda Musser
Superintendente: João Marcelo Alves
(Economista, Mestre em Administração pela UFBA/ISEG-UTL,
Especialista em Finanças Corporativas pela New York University)
Equipe Técnica: Marcus Emerson Verhine
(Mestre em Economia e Finanças pela Universidade da Califórnia)
Carlos Danilo Peres Almeida
(Mestre em Economia pela UFBA)
Ricardo Menezes Kawabe
(Mestre em Administração Pública pela UFBA)
Everaldo Guedes
(Bacharel em Ciências Estatísticas – ESEB)
Layout e Diagramação: SCI - Superintendência de Comunicação Institucional
Data de Fechamento: 21 de dezembro de 2011
Críticas e sugestões serão bem recebidas.
Endereço Internet: http://www.fieb.org.br
E-mail: sdi@fieb.org.br
Reprodução permitida, desde que citada a fonte.
3. SUMÁRIO
Pág.
DESTAQUES DO MÊS 3
1. ENERGIA ELÉTRICA 6
2. PETRÓLEO E GÁS 9
3. LOGÍSTICA 14
4. ANEXOS 16
4. NOTA AO LEITOR
A Superintendência de Desenvolvimento Industrial da FIEB não apresentará nesta edição do
Relatório de Infraestrutura a seção “Acompanhamento das Obras do PAC no Estado da Bahia”. O
Governo Federal não divulgou o relatório estadual de acompanhamento do PAC até a data de
fechamento desta publicação.
DESTAQUES DO MÊS
Arrendamento de três terminais em Aratu aguarda sinal verde da agência
Dez anos depois do último grande arrendamento de área em portos baianos, a Companhia das Docas do
Estado da Bahia (Codeba) apresentará à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) projetos para
ceder três áreas no Porto de Aratu à iniciativa privada. Com as operações, que envolvem os terminais 1 e 2 de
granéis sólidos, além do terminal de líquidos e gasosos, Aratu deverá receber R$ 800 milhões em
investimentos privados. O projeto do terminal 1 é o mais adiantado e será enviado nos próximos dias, de
acordo com a Codeba. As outras duas áreas estão sendo estudadas e o envio deve acontecer em 2012. A
realização dos arrendamentos poderá trazer dificuldades para o desejo do governo do Estado, reiterado pelo
governador Jaques Wagner, de ver o Porto de Aratu sob o comando da iniciativa privada. O governador tem
em mãos um projeto da Log-in, Braskem e Ultracargo, que se propõem a investir R$ 1,7 bilhão nos próximos
cinco anos, em troca do controle de Aratu. A avaliação nos bastidores é de que o arrendamento,
principalmente do terminal de líquidos e gasosos, inviabilizaria a concessão. A explicação para tantos anos
sem processos de licitações para grandes arrendamentos está na burocracia, defende-se Rebouças. "Nós
temos que tocar o processo com todo o cuidado para evitar questionamentos", diz. O diretor-executivo da
Associação dos Usuários de Portos da Bahia (Usuport), Paulo Villa, é um tradicional crítico à ausência de
licitações. Ele cobra a realização de arrendamentos para quatro grandes áreas. "Insistimos na necessidade de
um novo terminal de contêineres em Salvador", diz. Villa lembra que a questão portuária não aparece, mas
afeta a vida de toda a sociedade. Segundo estudo apresentado pela Usuport na última semana, a economia
baiana perde R$ 403 milhões por ano em cargas escoadas por meio de portos em outros estados e com o
tempo de espera por atracação dos navios. Segundo ele, a licitação para o terminal de granéis sólidos
anunciada agora pela Codeba poderia ter sido feita há um ano e meio, quando o estudo teria ficado pronto.
(A Tarde, 5/12/2011).
Parlamentares entram com ação na Justiça Federal contra Via Bahia
Deputados Estaduais, Federais e Senadores da Bahia entraram nesta quinta-feira (15) com uma ação na
Justiça Federal de Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador, pedindo a suspensão do aumento da tarifa
do pedágio na BR-324 praticado pela concessionária Via Bahia. O reajuste médio, que entrou em vigor na
quarta-feira (14) é de 9%. Ao total, 45 parlamentares baianos participam da ação. “Nós temos plena
convicção de que esse aumento é ilegítimo, é ilegal, porque não foram cumpridas as obrigações que constam
no contrato”, afirma o deputado estadual José Neto (PT-BA). Outra ação contra a Concessionária já está
sendo julgada no Ministério Público Federal (MPF). O órgão deu prazo de dois meses, que vence no dia 24 de
janeiro, para que a Via Bahia termine as obras de recuperação das vias. “Uma estrada nessas condições é para
ser pedagiada? Não existe”, opina o condutor Nélio Sampaio. A Via Bahia relata que os serviços de melhorias
nas pistas estão sendo feitos normalmente e que o aumento estava previsto em contrato. A empresa informa
ainda que só vai comentar a ação quando receber a notificação da Justiça. (Rede Bahia/G1, 15/12/2011).
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2011 3
5. Metrô de Salvador depende de subsídio de R$ 33 milhões
Apesar do anúncio do início dos testes das composições do metrô de Salvador este mês, a concretização da
previsão dos secretários municipais João Leão (Casa Civil) e José Mattos (Transportes) de que o sistema
passará a operar até o final do primeiro semestre do ano que vem ainda aparece condicionada a mais aportes
financeiros. O secretário Mattos afirmou, nesta terça,13, que há um pedido da Prefeitura de Salvador, junto
ao governo federal, em avaliação no Ministério das Cidades, para liberação de R$ 33 milhões, cuja destinação
seria a de subsidiar, por 12 meses, os custos operacionais do metrô da capital baiana, com 6,5 km de
extensão. “Nenhum sistema de metrô no Brasil funciona sem subsídios”, argumentou o secretário, embora a
realidade da capital paulista indique que os 4,2 milhões de passageiros/dia bancam os custos operacionais da
rede, conforme dados da Companhia Metropolitana de São Paulo. Sem fornecer detalhes de uma planilha de
custos de operação do sistema, Mattos garantiu ao “A TARDE” que o valor da tarifa “será a mesma do
transporte público (de ônibus)”, hoje em R$ 2,50. O pedido de R$ 33 milhões para subsidiar o funcionamento
do metrô é quase 9% do valor inicial, de R$ 370 milhões, previsto para a instalação completa dos 12 km de
extensão da linha Lapa-Pirajá, abortada depois de recorrentes denúncias de superfaturamento, apuradas pelo
Ministério Público Federal (MPF). A obra já consumiu quase R$ 1 bilhão, segundo cálculos do órgão. (A Tarde,
14/12/2011).
BA-270 permanece em péssimas condições
O trecho mais danificado das rodovias baianas está situado entre a BR 101, passando por Potiraguá (a 671 km
de Salvador, no centro-sul baiano), e o entroncamento da própria BA 270 com a BA -275. São, pelo menos, 40
km de buracos, entre curvas, ladeiras e beiras de ponte, Alguns deles contêm verdadeiras crateras há mais de
um ano. Na BA-270 não há acostamento e, em vários trechos, a beirada da pista está destruída. Falta
sinalização e constantemente animais atravessam a rodovia. O Derba informou que a restauração desse
trecho da BA 270 será realizada em 2012 e custará R$ 5 milhões. (A Tarde, 12/12/2011).
Sem acordo, PDDU da Copa deve ficar para 2012
Vai ficando mesmo para 2012 a votação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) na Câmara
Municipal do Salvador. A matéria prevê, em suma, as alterações no Entorno da Arena Fonte Nova (construção
de estacionamentos, estabelecimentos comerciais etc.) e nos imóveis destinados à hotelaria em dez áreas da
cidade. Ambos os pontos visam a Copa do Mundo 2014 e o projeto é conhecido como PDDU da Copa. Desde
sua chegada ao parlamento municipal, há três semanas, os ânimos estão exaltados por parte dos
vereadores. Além de haver muita discordância entre as bancadas, oficialmente o PDDU ainda não pode ser
apreciado antes da realização de quatro audiências públicas (Tribuna da Bahia, 12/12/2011).
Ferrovias brasileiras precisam de investimentos de R$ 151,3 bilhões
A construção, duplicação e recuperação das ferrovias brasileiras, mais o saneamento dos gargalos logísticos e
operacionais no sistema ferroviário do país, demandam R$ 151,3 bilhões em investimentos. A conclusão é da
Pesquisa CNT de Ferrovias 2011, divulgada nesta quinta-feira na sede da Confederação Nacional do
Transporte, em Brasília. Apesar dos problemas, a pesquisa constatou que, de 2006 a 2010, a quantidade de
carga transportada pelo modal ferroviário cresceu 16,3%, saindo de 404,2 milhões de TU (toneladas úteis)
para 470,1 milhões. Entre os principais gargalos verificados estão as invasões da faixa de domínio, ou seja,
construções próximas aos trilhos. Sua remoção, estima a CNT, teria um custo total de R$ 70,3 milhões. Outro
problema são as passagens em nível, ou seja, o cruzamento com rodovias e vias urbanas. Das 3.375 existentes
no país, 279 são consideradas críticas. A pesquisa aponta ainda para os gargalos físicos e operacionais; a
necessidade de uma expansão integrada da malha, unificando o tipo de bitola usada no país; a aquisição de
nova tecnologia e de materiais; a regulamentação do setor; e captação de recursos. (O Globo, 15/12/2011).
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2011 4
6. Porto recebe Portêiners importados da China
O Porto de Salvador recebeu no dia 02/12/2011 três modernos e gigantescos guindastes (portêineres), para
movimentação dos contêineres entre o cais e o navio, e seis novas pontes rolantes sobre rodas (RTGs -
Rubber Tyred Gantry), utilizadas na movimentação dos contêineres no pátio. O ato de entrega dos
equipamentos importados da China pela Tecon Salvador e fabricados pela ZPMC (Shangai Zhenhua Heavy
Industries Company Limited), atualmente a maior fabricante mundial de equipamentos portuários, será
acompanhado pelo governador Jaques Wagner. Com essa aquisição, o Porto de Salvador avança mais um
passo no que se refere à modernização da sua infraestrutura, e o Terminal de Contêineres se posiciona como
um equipamento capaz de receber os maiores cargueiros do mundo em atividade. A compra integra um
volume de investimentos da ordem de R$ 180 milhões, que incluem as obras de ampliação e dragagem. São
R$ 160 milhões no terminal portuário e R$ 20 milhões no depósito de vazios, localizado em Porto Seco. Com
os novos equipamentos, a utilização do espaço do terminal será otimizada com ganho de 30%, possibilitando,
ainda, o aumento da produtividade de carga e descarga, além da redução do custo do frete. A capacidade de
movimentação sai dos atuais 37 para 55 movimentos por hora. Isso representa estadias mais curtas, com
redução de custos para o armador, aumentando sensivelmente a competitividade e atratividade do Porto de
Salvador. Por serem os primeiros totalmente elétricos a operar na América Latina, a previsão é que o uso
possibilite a eliminação anual de emissão de gases do efeito estufa equivalente a 26 mil árvores da mata
atlântica, reforçando a preocupação com a sustentabilidade. (Tribuna da Bahia, 02/12/2011).
Gás pago pela indústria baiana é mais caro que a média mundial
A tarifa média de gás natural paga pela indústria da Bahia é de US$ 17,92/MMBtu, 24,88% superior à média
de US$ 14,35/MMBtu encontrada para um conjunto de 23 países, como Estados Unidos, Reino Unido e
França. As conclusões fazem parte do estudo Quanto Custa o Gás Natural para a Indústria no Brasil?,
realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Aqui no Brasil, a tarifa média
paga pela indústria é de US$ 16,84/MMBtu. Entre os 23 países que fazem parte do estudo, 17 apresentam
preços mais baixos do que o Brasil. A menor tarifa foi encontrada na Rússia (US$ 2,99/MMBtu), seguida por
Canadá (US$3,31), Estados Unidos (US$ 5,09), Índia (US$ 5,23) e México (US$ 10,81). (Correio, 16/12/2011).
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2011 5
7. 1. ENERGIA ELÉTRICA
1.1 Nível dos Reservatórios do Nordeste: Sobradinho
Volume Útil de Sobradinho (2010-2011)
(em % do volume máximo)
90,00
80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: ONS; elaboração FIEB/SDI.
O reservatório de Sobradinho alcançou o volume de 37,3% de sua capacidade máxima em novembro de
2011, este valor é 10% menor do que o registrado em outubro, mas é superior ao registrado em igual mês do
ano anterior, quando o volume alcançou 33,2%. O nível do reservatório em novembro está em valor
confortável para o período seco na região Nordeste, que vai até novembro.
1.2 Energia Armazenada e Curva de Aversão ao Risco (2011) – Nordeste
Energia Armazenada e Curva de Aversão ao Risco - Região Nordeste (2010 - 2011)
(em % do volume máximo)
100,00
80,00
60,00
40,00
20,00
,00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011 Risco 2011
Fonte: ONS; elaboração FIEB/SDI.
Na comparação da curva de energia armazenada, que engloba todos os reservatórios da região Nordeste, vê-
se que o nível acumulado em novembro de 2011 alcançou 47,9% do volume máximo, 22,5% acima do
registrado em igual mês do ano anterior. O atual nível de energia armazenada situa-se 36,9% acima da curva
de risco calculada pelo ONS, o que indica um nível relativamente confortável dos reservatórios.
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2011 6
8. 1.3 Consumo de Energia Elétrica – Brasil (2010 – 2011)
Consumo de Energia Elétrica - Brasil (2010-2011)
(em GWh)
37.000
36.000
35.000
34.000
33.000
32.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.
O consumo nacional de energia elétrica em outubro de 2011 apresentou alta de 3,7% em relação ao
registrado em igual mês do ano anterior. No acumulado do ano, totaliza aumento de 3,8% em relação ao
mesmo período de 2010 e, em 12 meses, alcança 3,9%. Neste ano, a alta do consumo de energia elétrica está
sendo puxada pelas classes comercial (+6,6%) e residencial (+4,8%), a classe industrial tem apresentado
pequeno crescimento, reduzindo a média nacional.
1.4 Consumo Industrial de Energia Elétrica – Brasil (2010 – 2011)
Consumo Industrial de Energia Elétrica - Brasil (2010 - 2011)
(em GWh)
16.500
16.000
15.500
15.000
14.500
14.000
13.500
13.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.
Em outubro, o consumo industrial cresceu 1,2% na comparação com outubro de 2010. No acumulado do ano,
está 2,6% acima do registrado em igual período do ano anterior e, em 12 meses, apresenta alta de 3,2%. De
acordo com a EPE, o pequeno aumento do consumo em outubro reflete o arrefecimento da atividade
industrial, que opera com capacidade instalada de abaixo de 85%.
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2011 7
9. 1.5 Consumo de Energia Elétrica – Nordeste (2010 – 2011)
Consumo de Energia Elétrica - Nordeste (2010-2011)
(em GWh)
6.200
6.000
5.800
5.600
5.400
5.200
5.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.
O consumo de energia elétrica na região Nordeste em outubro apresentou alta de 1,4% em relação ao
verificado em outubro de 2010. Nos primeiros dez meses do ano, o consumo total na região apresenta leve
alta de 0,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O aumento do consumo total da região
neste ano está sendo puxado pelo consumo residencial, que registrou alta de 4,9% no ano, contra aumento
de 4,6% do consumo comercial e queda de 3,1% no consumo industrial.
1.6 Consumo Industrial de Energia Elétrica – Nordeste (2010 – 2011)
Consumo Industrial de Energia Elétrica - Nordeste (2010-2011)
(em GWh)
2.600
2.500
2.400
2.300
2.200
2.100
2.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.
O consumo industrial de energia elétrica na região Nordeste apresentou queda de 3,7% em outubro
de 2011 na comparação com igual mês do ano anterior. No ano essa queda chega a 3,1% na
comparação com o mesmo período de 2010. O resultado negativo do consumo do setor industrial na
região ainda reflete a paralisação das atividades da Novelis, em dezembro do ano passado. Além
disso, paradas técnicas de unidades da indústria de mineração e de produtos químicos contribuíram
para a queda do consumo no ano.
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2011 8
10. 2. PETRÓLEO E GÁS
2.1 Preço médio dos petróleos – Cesta OPEP (1999-2011)
Preço Médio do Petróleo - Cesta OPEP (1999 - 2011)
120
106,9
94
100
77
80
69
US$/barril
61 61
60 51
36
40
28 28
23 24
17
20
0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Fonte: OPEP; elaboração FIEB/SDI.
Os preços dos petróleos da cesta OPEP apresentaram forte aceleração entre 2004 e 2008, resultado
da forte elevação na demanda dos países em desenvolvimento, notadamente China e Índia. Esse
movimento foi interrompido após meados de 2008, quando a crise econômica global provocou um
forte recuo dos preços. A partir de 2009, no entanto, iniciou-se um processo de recuperação. Com
dados atualizados até 14/12/2011, a média dos preços no ano alcançou US$ 106,9/barril.
2.2 Preço médio mensal do petróleo – Cesta OPEP
Preço Médio Mensal do Petróleo - Cesta OPEP
130
107,4
110
88,6
90
US$/barril
74,0
70
50 41,5
30
jul/09
jul/10
jul/11
jun/11
fev/09
ago/09
set/09
ago/10
set/10
ago/11
set/11
mar/09
mai/09
jun/09
fev/10
out/09
nov/09
mar/10
mai/10
jun/10
fev/11
out/10
nov/10
mar/11
mai/11
out/11
nov/11
jan/09
dez/09
jan/10
abr/10
dez/10
jan/11
dez/11
abr/09
abr/11
Fonte: OPEP; elaboração FIEB/SDI. Média de 2011 calculada com dados até o dia 21/12/2011
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2011 9
11. 2.3 Preço médio do Petróleo WTI (2005-2011)
Preço Spot do Petróleo WTI (2005 - 2011)
160
140
120
100
US$/barril
80
60
40
20
0
jul-06
jul-07
jul-08
jul-09
jul-10
jul-11
set-06
set-07
set-08
set-09
set-10
set-11
mai-08
mai-09
nov-05
mar-06
mai-06
nov-06
mar-07
mai-07
nov-07
mar-08
nov-08
mar-09
nov-09
mar-10
mai-10
nov-10
mar-11
mai-11
nov-11
jan-06
jan-07
jan-08
jan-09
jan-10
jan-11
Fonte: EIA (Energy Information Administration); elaboração FIEB/SDI.
Analogamente, o preço do petróleo WTI (West Texas Intermediate) no mercado spot apresentou
trajetória de contínuo crescimento no período 2003-2008, decorrente da forte demanda dos países
em desenvolvimento. Tal como no caso dos petróleos da cesta OPEP, os preços do WTI também
despencaram de US$ 147,27 em julho de 2008 para cerca de US$ 33/barril em dezembro do mesmo
ano. Nos últimos meses apresentam uma trajetória de crescimento progressivo, alcançando cotação
máxima de 2011 com US$ 113,4/barril, em 29/04/2011. Por conta do recente agravamento da crise, o
preço do petróleo WTI recuou gradativamente até o início de outubro (US$ 75,40/barril), a partir de
então, observa-se uma nova tendência de crescimento, alcançando, em 20/12/2011, a cotação de
US$ 97,24/barril.
2.4 Produção Nacional de Petróleo (2010-2011)
Produção Nacional de Petróleo (2010-2011)
(em mil barris de petróleo)
71.000
66.000
61.000
56.000
51.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
A produção nacional de petróleo alcançou em outubro de 2011 o volume de 65,2 milhões de barris,
equivalentes a 2,1 milhões de barris/dia, valor 5,4% superior ao de igual mês de 2010. A produção de petróleo
da Bahia representou apenas 2% da produção nacional no mês, contribuindo com aproximadamente 42,9 mil
barris/dia.
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2011 10
12. 2.5 Importação Nacional de Petróleo (2010 – 2011)
Importação Nacional de Petróleo (2010-2011)
(em mil barris de petróleo)
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
Em outubro deste ano, a importação de petróleo apresentou forte alta de 48,6% em comparação com igual
mês de 2010. Nos primeiros dez meses acumula queda de 2,4% em relação a igual período de 2010. A
tendência, no longo prazo, é de queda nas importações por conta do aumento da produção dos novos
campos, como os das bacias de Campos e Santos e nos campos do pré-sal. Em 2010, por exemplo, o Brasil
importou 123,6 milhões de barris de petróleo, contra 142 milhões de barris em 2009.
2.6 Exportação Nacional de Petróleo (2010 – 2011)
Exportação Nacional de Petróleo (2010-2011)
(em mil barris de petróleo)
40.000
30.000
20.000
10.000
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
Em outubro de 2011, o Brasil exportou 17,3 milhões de barris, registrando forte alta de 69,5% em relação ao
registrado em igual mês do ano anterior. No médio prazo, a tendência é de aumento das exportações, por
conta do incremento na produção nacional de óleo pesado. Em 2010, o Brasil exportou 230,5 milhões de
barris, contra 191,9 milhões de barris em 2009. O petróleo exportado foi do tipo pesado (extraído de campos
marítimos), sendo no momento pouco aproveitado nas refinarias nacionais, que foram projetadas para
processar óleo leve (de grau API maior que 31,1). Em 2014, esse percentual exportado deverá diminuir com o
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2011 11
13. processamento de óleo pesado da Bacia de Campos pela refinaria da Petrobras integrada ao COMPERJ, que
terá capacidade para processar 165 mil barris/dia.
2.7 Dependência Externa de Petróleo – Brasil (2010 – 2011)
Em outubro de 2011, o Brasil realizou uma importação líquida (exportações menos importações) de 6 milhões
de barris de petróleo (200 mil barris/dia), equivalente a 8,8% da produção nacional. No ano, a dependência
externa foi negativa, sinalizando, um superávit de 20 milhões de barris, equivalentes a 3% da produção
nacional de petróleo.
2.8 Produção Nacional de Gás Natural (2010-2011)
Produção Nacional de Gás Natural (2010-2011)
(em milhões m3)
2.200
2.000
1.800
1.600
1.400
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2011 12
14. 3
A oferta de gás natural no Brasil alcançou a média de 68,1 milhões m /dia em 2011, contabilizando aumento
de 2,5% em relação ao registrado em igual período de 2010. Vê-se que a produção nacional líquida é bastante
superior a do ano passado (+19,7%), o que proporcionou uma redução de 14,9% das importações.
2.9 Produção Baiana de Gás Natural (2010-2011)
Produção Baiana de Gás Natural (2010-2011)
(em milhões m3)
330
300
270
240
210
180
150
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
3
O volume de gás produzido na Bahia em outubro de 2011 alcançou 203,5 milhões de m (ou 6,6 milhões de
3
m /dia), com queda de 35,8% em comparação com igual mês de 2010. Embora apresente queda nos
primeiros dez meses deste ano (-25,9%), a produção de gás natural na Bahia aumentou muito com a entrada
3
em operação do campo de Manati no início de 2007, que adicionou de 4 a 6 milhões m /dia ao sistema. Em
3
dezembro de 2009, por exemplo, Manati produziu uma média de 6,3 milhões m /dia, maior valor alcançado
pelo campo, de acordo com a série da ANP. A produção baiana respondeu por 10,3% da produção nacional
de gás natural em agosto de 2011.
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15. 3. LOGÍSTICA
3.1 Movimentação de Passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador-BA (2010-2011)
Bahia: Movimentação de Passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador (2010-2011)
(em mil)
900
800
700
600
500
400
300
200
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: Infraero; elaboração FIEB/SDI.
Em outubro deste ano, a movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador ficou
praticamente no mesmo patamar da registrada em 2010. No acumulado do ano, registra alta de 10% em
relação a igual período de 2010, alcançando o montante de 6,9 milhões de passageiros. Em 12 meses até
outubro, o movimento no aeroporto de Salvador alcança 8,3 milhões de passageiros.
3.2 Movimentação de Cargas no Porto de Salvador-BA (2010-2011)
Bahia: Movimentação de Cargas no Porto de Salvador (2010-2011)
(em mil toneladas)
350
300
250
200
150
100
50
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
Em outubro, a movimentação de cargas no porto de Salvador apresentou queda de 10,8% em relação ao
registrado em igual período no ano anterior. No ano, apresenta alta de 5% na comparação com mesmo
período de 2010, alcançando a montante de 3 milhões de toneladas.
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16. 3.3 Movimentação de Contêineres no Porto de Salvador-BA (2010-2011)
Bahia: Movimentação de Contêiner no Porto de Salvador (2010-2011)
(em mil)
28
24
20
16
12
8
4
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
A movimentação de contêineres no porto de Salvador em outubro registrou queda de 16,3% na comparação
com igual período de 2010. No ano acumula um montante 207 mil contra 195,4 mil contêineres
movimentados no mesmo período de 2010.
3.2 Movimentação de Cargas no Porto de Aratu-BA (2010-2011)
Bahia: Movimentação de Cargas no Porto de Aratu - (2010-2011)
(em mil toneladas)
600
500
400
300
200
100
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2010 2011
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
Em outubro, a movimentação de cargas no porto de Aratu registrou queda de 4,7% na comparação com
outubro de 2010. Nos primeiros dez meses do ano, acumula queda de 7,5% em comparação com mesmo
período de 2010, alcançando o montante de 4,4 milhões de toneladas.
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17. 4. ANEXOS
4.1 Brasil: Previsão para Entrada em Operação de Novos Empreendimentos de Geração
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18. 4.2 Brasil: Adição de Capacidade de Geração Elétrica em 2011
UHE-Usinas Hidroelétricas UTE-Usinas Termoelétricas PCH-Pequenas Centrais Hidroelétricas EOL-Usinas Eólicas
Fonte: ANEEL, elaboração; FIEB/SDI.
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