Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
A relação do jogo, da brincadeira e do brincar simone helen drumond
1. A RELAÇÃO DO JOGO, DA BRINCADEIRA E DO LÚDICO.
Simone Helen Drumond Ischkanian
Na educação o brincar é um potente veículo de aprendizagem experiencial, visto que
permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. A
proposta do lúdico é promover uma alfabetização significativa na prática educacional,
é incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo.
O lúdico promove o rendimento escolar além do conhecimento, oralidade,
pensamento e o sentido. Entretanto, compreender a relevância do brincar possibilita
aos professores intervir de maneira apropriada, não interferindo e descaracterizando o
prazer que o lúdico proporciona. Portanto, o brincar utilizado como recurso
pedagógico não deve ser dissociado da atividade lúdica que o compõe, sob o risco de
descaracterizar-se, afinal, a vida escolar regida por normas e tempos determinados,
por si só já favorece este mesmo processo, fazendo do brincar na escola um brincar
diferente das outras ocasiões. A incorporação de brincadeiras, jogos e brinquedos na
prática pedagógica podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para
inúmeras aprendizagens e para a ampliação da rede de significados construtivos
tanto para crianças como para os jovens.
É por meio dos jogos, das brincadeiras e dos brinquedos que a criança partilha com o
outro, isso auxilia na prevenção e diagnóstico de problemas de aprendizagem. Essa
ludicidade voltada ao ato do aprender e ensinar deve levar em conta as realidades
interna e externa da aprendizagem por meio do movimento, da linguagem, do
desenvolvimento cognitivo, da afetividade, da socialização e da corporeidade. Dentro
do termo corporeidade, reporto-me ao texto dos educadores: Luiz Carlos Cerquinho
de Brito e Maria Sonia Souza de Oliveira, onde a reflexão da corporeidade evidenciam
contextos relevantes numa perspectiva mundial de criança. “A corporeidade esta
vinculada ao desenvolvimento de diversas dimensões do sujeito, da criança, aos
aspectos emocionais, as manifestações culturais, a relação com o meio ambiente
natural. Uma criança indígena, por exemplo, poderá apresentar sua corporeidade
bastante diferente de uma criança urbana, em vista da própria vivencia cotidiana, nas
relações com os outros, com o espaço físico e natural, com a cultura. Uma criança,
indígena que vive numa comunidade terá um desenvolvimento corporal que difere da
criança que vive em meio a objetos, relações e espaços de uma cidade, com ruas,
casas, prédios. [...] A corporeidade significa que as condições sociais, culturais e
2. afetivas impõem condições ao próprio desenvolvimento do corpo. [...] O conceito de
corporeidade poderá contribuir para que “os educadores” compreendam o corpo além
de uma estrutura física, mecânica, motora, para compreendê-lo como expressão de
diversas dimensões de desenvolvimento do sujeito, inclusive da cultura local,
relacionada aos modos de relações que travamos na vida social. Para a educação
infantil, essa noção é bastante importante, podendo contribuir para o desdobramento
das noções de Jogo, de brincadeira e de brinquedo. A criança joga e brinca, também
com o corpo, desenvolvendo sua corporeidade. Os meios, objetos, como os
brinquedos também estão inseridos nesta relação. Uma criança que corre nas
florestas do Quênia na África trás as marcas da sua relação com o ambiente, assim
como uma criança que vive em casas flutuantes no Lago do Catalão ou no município
de Iranduba/Amazonas. [...]”.
IDENTIFICANDO E REFLETINDO SOBRE AS ATIVIDADES TRABALHADAS NA
ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL, FOCANDO OS JOGOS, AS BRINCADEIRAS
E OS BRINQUEDOS COMO IMPLICADORES DO DESENVOLVIMENTO
INTEGRAL DA CRIANÇA.
As reflexões sobre a importância dos jogos, das brincadeiras e dos brinquedos na
Educação Infantil, são de extrema relevância para o desenvolvimento integral das
crianças nas escolas municipais de Manaus e são elementos indispensáveis ao
relacionamento com outras pessoas.
3. A partir desse contexto lúdico a criança estabelece uma relação natural e consegue
extravasar suas tristezas e alegrias, angústias, entusiasmos, passividades e
agressividades.
A brincadeira, o brinquedo e o jogo proporcionam mecanismo para desenvolver a
memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade e habilidade para
melhor desenvolver a aprendizagem.
Nessa perspectiva, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos vêm contribuir
significativamente para o importante desenvolvimento das estruturas psicológicas e
cognitivas da criança.
Vemos que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, mas
principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas como
diversão, mas com objetivo de desenvolver as potencialidades da criança, visto que o
conhecimento é construído pelas relações interpessoais e trocas recíprocas que se
estabelecem durante toda a formação integral da criança.
A introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante,
devido a influencia que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles
estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo
de ensino-aprendizagem. O lúdico enquanto recurso pedagógico na aprendizagem
deve ser encarado de forma séria, competente e responsável. Os jogos, as
brincadeiras e os brinquedos, quando usado de maneira correta, poderão oportunizar
ao educador e ao educando, importantes momentos de aprendizagens em múltiplos
aspectos.
http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/CMEIMADREELISIA e http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/EueoEnsinoInfantil.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial curricular nacional para a educação infantil Ministério da Educação e do
Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e
2.
DRUMOND. Simone Helen Ischkanian. Arquivo fotográfico de Simone Helen Drumond
Ischkanian,
disponível
em:
http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/CMEIMADREELISIA
e
http://simonehelendrumond.blogspot.com.br/EueoEnsinoInfantil. Acessado em 27/03/2013
Kishimoto, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. PERSPECTWA. Florianópolis,
UFSC/CED,
NUP,
n.
22,
p.
105-128.
Disponível
em:
http://cefort.ufam.edu.br/posinfantil/OjogoKishimoto.pdf. Acessado em 27/03/2013
Pereira. Laïs de Toledo Krücken. O desenho infantil e a construção da significação: um
estudo de caso. Disponível em: http://cefort.ufam.edu.br/posinfantil/DesenhInfantil.pdf.
Acessado em 12/04/2013
Vídeo: A Importância do Brincar. A professora da faculdade de Educação da USP, Tizuko
Morchida, fala um pouco mais sobre o papel das brincadeiras na educação infantil. Ela
destaca que até os bebês aprendem a fazer escolhas através dos brinquedos.
Fonte:http://www.univesp.tv.br/site/program. Acessado em 06/04/2013
Vídeo: Programa do Curso de Pedagogia Unesp/Univesp, da disciplina D14 -Educação
infantil: diferentes formas de linguagens expressivas e comunicativas - O programa
apresenta uma escola de São Paulo onde o movimento é o ponto de partida do trabalho
pedagógico. Além de entrevistas com professoras de alunos de várias idades, também
mostra a visão sobre o assunto de Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da PUC de
São
Paulo
e
estudiosa
da
educação
infantil
no
país..
Disponível
em
-
http://www.youtube.com. Acessado em 09/04/2013
Vídeo: Programa do Curso de Pedagogia Unesp/Univesp, da disciplina D14 - Educação
infantil: diferentes formas de linguagens expressivas e comunicativas - O programa
mostra duas escolas de São Paulo que utilizam o desenho como base de diversos
trabalhos pedagógicos. Márcia Aparecida Gobbi, da Faculdade de Educação da USP,
acompanha algumas atividades e explica sua importância para o desenvolvimento das
crianças. Disponível em - http://www.youtube.com. Acessado em 09/04/2013