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revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 1
Ano XVII nº 187 – Outubro 2013
Saiba quem são os
15 agraciados com o
prêmio que reconhece
a contribuição ao
desenvolvimento de Brasília
Entrevista // Pág. 8
fábioulhoacoelho
Professor titular de direito comercial da PUC-SP
O mérito
é deles
revista FECOMÉRCIO | outubro 20132
Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722
Ouvidoria BB 0800 729 5678 • Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088
bompratodos.com.br
Crédito sujeito a aprovação cadastral e demais condições do produto.
BB Giro Décimo Terceiro Salário.
Cada vez mais crédito para a Micro
e Pequena Empresa crescer.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 3
Contrate o BB Giro Décimo
Terceiro Salário e leve mais
vantagens pra sua empresa.
Você financia até 100% da
folha de pagamento do 13º
salário e ainda conta com até
59 dias para pagar a primeira
parcela do empréstimo.
Acesse bb.com.br/mpe.
Banco do Brasil. Cada vez
mais o banco da Micro e
Pequena Empresa.
sumário
Parceria
bem-sucedida
Em sessão
solene, a Câmara
dos Deputados
homenageou o
Sesc-DF
Alta do
dólar
Turismoéumadas
áreasquejásentem
osefeitos
61
28
Cristiano Costa
Nina Quintana
Quiosques
Os prós e os contras
dessa modalidade, cada
vez mais presente nos
shoppings
42
Nina Quintana
seções
18
8	Entrevista
16	SEGREDOS DO MARKETING DIGITAL
17	vitrine
23	economia
24	gastronomix
27	 CASO DE SUCESSO
34	 direito no trabalho
40	 doses econômicas
41	 empresário do mês
48	gente
54	sindicatos
57	Agenda Fiscal
62	pesquisa conjuntural
66 pesquisa relâmpago
Orgulho e inspiração
Conheça os premiados da 7ª edição do Mercador Candango
6
cartas
Contribua com sugestões, críticas e
comentários sobre os assuntos que
são abordados na publicação. Envie
sua mensagem para Assessoria de
Comunicação da Fecomércio-DF –
SCS Quadra 6, Ed. Jessé Freire – 5º
andar – Brasília – 70306-908 ou para
o e-mail revista@fecomerciodf.com.br.
(61) 3038.7527.
Presidente
Adelmir Araújo Santana
Diretoria
Miguel Setembrino Emery de Carvalho • Antonio Augusto Carvalho de Moraes • Clayton Faria Machado • Francisco Maia
Farias • Antônio Tadeu Peron • Edy Elly Bender Kohnert Seidler • Fábio de Carvalho • Francisco das Chagas Almeida • José
Aparecido da Costa Freire • José Carlos Ulhoa Fonseca • José Geraldo Dias Pimentel • Oscar Perné do Carmo • Cecin Sarkis
Simão • Hamilton César Junqueira Guimarães • Miguel Soares Neto • Paolo Orlando Piacesi • Roger Benac • Joaquim Perei-
ra dos Santos • Diocesmar Felipe de Farias • Glauco Oliveira Santana • Suely Santos Nakao
Diretores Suplentes
Aldo Ramalho Picanço • Alexandre Machado Costa • Álvaro Jose da Silveira • Ana Alice de Souza • Antonio Delgado Torres •
Bartolomeu Gonçalves Martins • Carlos Hiran Bentes David • Clarice Valente Aragão • Edson de Castro • Elaine Furtado • Fran-
cisco Joaquim Loyola • Francisco Valdenir Machado Elias • Jó Rufino Alves • João Ricardo de Faria • José Fagundes Maia • Luiz
Alberto Cruz de Moraes • Milton Carlos da Silva • Osório Adriano Neto • Paulo Targino Alves Filho • Sandoval Antonio de Miranda
Conselho Fiscal
Arnaldo Sóter Braga Cardoso • Arnaldo Rocha Mudim Junior • Raul Carlos da Cunha Neto • Maria Auxiliadora Montandon
de Macedo • Henrique Pizzolante Cartaxo
Conselho Consultivo
Mitri Moufarrege • Antônio José Matias de Sousa • Laudenor de Souza Limeira • Luiz Carlos Garcia • José Djalma Silva
Bandeira • Orlando Antônio Vicente Taurisano • Rogério Tokarski
Diretor Regional do SESC
José Roberto Sfair Macedo
Diretor Regional do Senac
Luiz Otávio da Justa Neves
SUPERINTENDENTE DA FECOMércio
João Feijão
DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO
Elizabet Garcia Campos
Sindicatos filiados
Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra,
Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros,
Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sinccab)
• Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e
Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações,
dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato
das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produ-
ção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF
(Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis
e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato
do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes, Gêneros Alimentícios,
Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas
do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas
de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio
Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF
(Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos
Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do
Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc)
• Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc)
Sindicatosassociados
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combus-
tíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)
CoordenadordeComunicaçãodoSistemaFecomércio-DF
Diego Recena
Revista Fecomércio
Coordenação Editorial - Editora Meiaum
Editora-chefe - Anna Halley
Editora-executiva - Paula Oliveira
Editor Fecomércio - Diego Recena
Editora Senac - Ana Paula Gontijo
Editor Sesc - Marcus César Alencar
Editora de fotografia - Nina Quintana
Repórteres - Ana Paula Oliveira, Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Elton Pacheco, Fábio Setti, Larissa de Souza, Luciana Corrêa,
Marina Marquez, Naiara Leão, Natasha Cabral, Raíssa Lopes, Sheila Nascimento, Sílvia Melo e Talita Cavalcante
Fotógrafo da Fecomércio - Cristiano Costa
Projeto gráfico e diagramação - Gustavo Pinto
Capa - Gustavo Pinto
Revisora - Anna Cristina Rodrigues
Impressão - Ediouro Gráfica Tiragem - 60 mil exemplares
Contato comercial - Joaquim Barroncas (61) 3328.8046 – barroncas@sucessototal.com.br
Endereço
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília – 70306-911
(61) 3038.7500 – www.fecomerciodf.com.br – twitter.com/fecomerciodf
EMPRESA
À INFÂNCIA
2013
//O peso da folha
A matéria sobre os altos encargos,
na última edição [Peso pesadíssimo,
n° 186], mostra que o governo não
incentiva a classe empresarial do
Brasil, nem mesmo os trabalhadores.
Assim, acaba ficando ruim para todo
mundo. Caro para o consumidor
e com despesas exorbitantes aos
empreendedores do País. Uma
vergonha.
YuriFreitas
Estudante de direito
//Fotografia
As fotos representam sempre
um charme a mais nas matérias.
Excelentes retratos. Parabéns à
Revista Fecomércio DF por sempre
destacar as necessidades, os
problemas e os prós do comércio da
nossa capital.
AlineSantana
Estudante de gestão de políticas públicas
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 7
editorial
Heroísmo
candango
S
ão muitas as atribuições de
uma entidade do porte da Fe-
comércio-DF. Orientar, co-
ordenar, proteger e representar
os empreendedores de comércio,
serviços e turismo perante as auto-
ridades e a sociedade são a essência
do nosso trabalho. Reunimos 24
sindicatos filiados e 2 associados em
numerosas e constantes batalhas.
As lutas são duras, especial-
mente quando se trata da carga
tributária, da burocracia e do alto
custo dos aluguéis, inimigos de
quem se propõe a ter o próprio
negócio. Aqui no Distrito Federal,
temos a novela dos alvarás, que co-
loca os comerciantes em situação
de insegurança jurídica e desanima
quem pensa em abrir um negócio
em qualquer uma das nossas 31
regiões administrativas, algumas
delas totalmente irregulares.
Em esfera nacional, o que se
vê é incoerência com o discurso de
estímulo à criação de empregos.
Exemplo escandaloso é o caso da
manutenção da multa adicional de
10% do Fundo de Garantia do Tem-
po de Serviço (FGTS) nos casos de
demissão sem justa causa. Foi mais
um tapa na cara de quem escolheu
empreender, e carece de questio-
namento jurídico.
Mas o empreendedor é justa-
mente aquela figura que busca de-
Paulo Negreiros
safios, que enxerga oportunidades
nos momentos de adversidade, que
não tem medo de se arriscar por
um sonho. É mais que vocação, é
necessidade. E quando a empresa
se consolida, a satisfação é imen-
sa. Não tem preço o sentimento de
dever cumprido ao ver seu sonho
crescer e contribuir para o desen-
volvimento de uma comunidade, de
uma cidade, de um país.
O Mérito Mercador Candango,
que chega à 7ª edição, é forma de a
Fecomércio-DF prestar reconheci-
mento aos bravos empreendedores
que acreditaram no potencial do
Distrito Federal (veja os homenage-
ados a partir da página 18). E mais:
por meio de suas histórias, quere-
mos mostrar que empreender vale
a pena. Neste ano, premiamos 15
homens e mulheres que constru-
íram trajetórias inspiradoras nos
mais diversos segmentos. Repre-
sentam a coragem, a determinação
e o espírito empreendedor dos
candangos e merecem todo o nosso
respeito e admiração.
Os troféus vão para eles, mas
a homenagem é a todos nós, que
fizemos desta cidade muito mais
que um centro administrativo, lhe
dando alma e coração quando para
cá trouxemos nossos sonhos. Os
obstáculos são muitos, mas, juntos,
somos maiores do que todos eles.
Adelmir Santana
Presidente da Fecomércio-DF,
entidade que administra o Sesc,
o Senac e o Instituto Fecomércio
no Distrito Federal
revista FECOMÉRCIO | outubro 20138
//entrevista
Feitoem1850,oCódigoComercialéinócuo.Novasnormas
derrubaramseusartigos,ehojesóvaleotrechosobre
comérciomarítimo.Asrelaçõesentreempresassãojulgadas
combasenoCódigoCivil,naLeideFalênciaseaténoCódigo
deDefesadoConsumidor.FábioUlhoaCoelho,professor
titulardedireitocomercialdaPontifíciaUniversidadeCatólica
deSãoPaulo,integraosgruposqueestudamamatériano
Parlamento.Épresidentedacomissãodejuristascriadapela
CâmaradosDeputadoserelatornacomissãodoSenado.
“Asrelaçõesentreempresáriostêmassuasespecificidades.
Deveriamestarsujeitasaregraspróprias.”
// Por Paula Oliveira
Modernização
urgente
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 9
FábioUlhoaCoelho
Professortitularde
direitocomercialda
PUC-SP
Fotos:NinaQuintana
revista FECOMÉRCIO | outubro 201310
OCódigoComercialabrangeoquê?
Trata somente das relações ju-
rídicas entre os empresários. O em-
preendedor tem no seu dia a dia
relações jurídicas com os empre-
gados, com os consumidores, com
o Fisco, além de contratos e títulos
com outros empresários. O Código
Comercial trata exclusivamente des-
seâmbitodasrelaçõescomerciais.
Comoestãoasdiscussõesacerca
darevisão?
OSenadoeaCâmaradosDeputa-
dos trabalham de forma simultânea.
Na Câmara, já existe o Projeto de Lei
1.572/2011, e o relatório está quase
pronto. No Senado, estamos na fase
de elaboração do anteprojeto. A co-
missão de juristas está preparando o
texto para ser entregue em 18 de no-
vembro ao presidente Renan Calhei-
ros (PMDB-AL). O projeto da Câmara
eoanteprojetodoSenadoestãosendo
elaborados de forma coordenada.
Claro que há diferenças, mas eles
têm a mesma estrutura, a mesma
filosofia, os mesmos princípios, de
modo que sobra para os deputados e
para os senadores decidirem apenas
questõespontuaisdostextos.
Porque,emmaisde160anos,não
houvepreocupaçãoemmodernizar
essalegislação?
O Código Comercial é de 1850,
mas de lá para cá as mudanças que
a economia exigiu na legislação fo-
ram feitas todas por leis esparsas,
individuais. Temos leis que tratam do
direito comercial – parte delas está
no Código Civil – e este é o momento
de reunir tudo isso no Código Comer-
cial e atualizar a legislação. Embora
tenham sido feitas atualizações, não
atendem às necessidades atuais
do setor produtivo. Nos últimos dez
anos, a economia brasileira mudou
de forma muito acentuada. Uma lei
que há uma década era apropriada,
como o Código Civil de 2002, hoje já
estádefasada.
Essadefasagemnosprejudicade
queforma?
Hoje temos ferramentas eletrô-
nicas mais ágeis, econômicas e se-
Porfaltadeleiespecíficaparaoscontratos
empresariais,osjuízesacabamaplicando
oCódigodeDefesadoConsumidor,
própriodeumarelaçãodedesiguais.
Entreempresários,arelaçãoédeiguais.
guras para armazenar informações.
Toda documentação empresarial já
poderiaserproduzidadeformasegu-
ra em meio eletrônico. A legislação,
no entanto, ainda exige o emprego
do papel. Temos uma lei de 2012
[12.682] que diz que a documentação
empresarial pode ser digitalizada,
mas exige que primeiro se preencha
o formulário no papel e o digitalize. O
mundo todo mantém sua documen-
tação – contratos, títulos, escritura-
ção, correspondências – em meio
eletrônico há muito tempo. Esse é
apenas um exemplo de como a legis-
lação brasileira está atrasada. Sem
contar o custo que o uso do papel
representa e a dificuldade do resgate
de uma informação. O custo é, con-
sequentemente, repassado para o
preçofinaldoprodutooudoserviço.
Comoainvalidadedocódigocausa
insegurançajurídica?
Esse é um ponto importante. Hoje
temos normas que são aplicadas
para os mais variados contratos – o
Código Civil não contempla especi-
ficamente os empresariais – e isso
provoca maior insegurança jurídica.
As relações entre empresários têm
especificidades. Deveriam estar su-
jeitas a regras próprias, a princípios
próprios e, como não existem, apli-
cam-se aos contratos empresariais
regras do Código de Defesa do Con-
sumidor, por exemplo. Em uma rela-
ção de consumo, se o cliente fica em
posição desfavorável, a lei faz com
que o contrato não produza efeitos
naquilo que o está prejudicando. Essa
regra não pode ser aplicada entre os
empresários. Se uma empresa vai
contratar outra, se equivoca e assu-
me uma obrigação que a prejudica,
não pode ser poupada. Isso significa-
ria imputar as consequências desse
erro àquela empresa que acertou.
Precisamos de regras próprias, dife-
rentesdasrelaçõesentreempresário
e consumidor, por exemplo. Por falta
de lei específica para os contratos
empresariais, os juízes acabam apli-
cando o Código de Defesa do Con-
sumidor, próprio de uma relação de
desiguais. Entre empresários, a rela-
ção é de iguais e, portanto, as regras
precisamseroutras.
Naprática,oqueissosignificano
avançododesenvolvimentodoPaís?
Com toda a certeza, esse quadro
de insegurança jurídica e de exces-
siva burocratização da atividade em-
presarial não compõe um ambiente
de negócios atraente para o investi-
dor estrangeiro. Se não há previsibi-
lidade judicial, é um país que oferece
maior risco para investimento. Isso
provoca um efeito ruim para os con-
sumidores. Todo empresário, quando
está assumindo risco maior, e sem-
pre foi assim, quer retorno maior. Um
país com insegurança jurídica não
deixa de receber investimentos, mas
passa a ser atraente para investido-
res que estão atrás de altos riscos.
Aqueles que querem investir mais
e ter maior retorno, ou seja, preços
maiores de produtos e de serviços.
Quando compramos um celular no
Brasil, pagamos mais pelo mesmo
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 11
Quandoascoisas
sãosimples,
diretaseobjetivas,
ailegalidade
tendeadiminuir.
aparelho vendido em países mais se-
guros juridicamente. É assim, mes-
mo descontando-se os impostos. À
medida que a gente reduzir os riscos
jurídicos, garantir que os contratos
são para valer, que o empresário não
vaisersurpreendidoporumadecisão
judicial que altere a sua condição, os
riscos passam a ser menores, e os
preçostambém.
Comoosenhorvêaburocracia
noBrasil?
A burocracia tem sentido quando
é um controle adequado, necessá-
rio e que provoca consequências
jurídicas. O problema é que temos
regras que não precisariam existir.
Por exemplo, a lei estabelece que
toda sociedade limitada formalize
uma vez por ano as contas dos admi-
nistradores. Essa formalização pode
ser uma assembleia, uma reunião
ou um documento simples. Mas
80% das sociedades limitadas são
compostas por um grande sócio,
com mais de 90% do capital social.
Ou seja, ele mesmo aprova as contas
dele. Isso tem custo não só para o
empresário. Esse trabalho todo vai
provocar acúmulo de documentos na
Junta Comercial, por exemplo. Esta-
mos gastando dinheiro público para
cumprir uma exigência que não tem
importâncianenhuma.
Aburocraciafavoreceacorrupção?
Quando a lei cria um controle
desnecessário e exagerado com uma
norma burocrática, cria também um
campo favorável para a corrupção.
Quando as coisas são simples, dire-
tas e objetivas, a ilegalidade tende a
diminuir. Principalmente quando são
independentes da avaliação do servi-
dor público, com o uso mais intensivo
dossistemasinformatizados.
AfaltadoCódigoComercialtambém
contribuiparaisso?
Sim. A legislação foi elaborada
para que a documentação das em-
presas seja manual, mas hoje temos
várias ferramentas de informática
que tornariam isso mais seguro, ágil
e menos suscetível à corrupção. Por
exemplo,sehánecessidadedealtera-
ção do valor da sociedade, o controle
disso passa pelas mãos de funcio-
nários públicos. Eles vão verificar
se está tudo correto. À medida que
passarmos a utilizar os sistemas in-
formatizados,essaalteraçãovaidireto
para um banco de dados da Junta Co-
mercial, e o controle será automático.
Não passa pelas mãos de ninguém.
Se for um funcionário corrupto, ele
pode criar dificuldades para vender
facilidades.
EmqueaLeideFalências
(Lei11.101/2005)precisaser
aperfeiçoada?
A ideia inicial, já superada, era
trazer para o Código Comercial ape-
nas a parte de direito material das
falências. A lei será aperfeiçoada,
mas continuará separada do código.
Um aspecto muito importante que
vai ser alterado na Lei de Falências
diz respeito à desvinculação da re-
jeição da recuperação judicial da
decretação da falência. Hoje a lei
estabelece que, se o empresário não
consegue a recuperação judicial, o
juiz tem obrigatoriamente que de-
cretar a falência dele. Essa norma
é ruim porque os credores ficam
pressionados a aprovar qualquer
plano de recuperação, mesmo que
seja inconsistente. Se não aprovam,
é decretada a falência do devedor e,
nesse caso, dificilmente recebem o
pagamento do que é devido. Ou seja,
chegam a aprovar um plano de pa-
gamento de 20 anos somente para
garantir que vão ter a dívida quitada.
Sabendo disso, o devedor acaba fa-
zendo planos que sacrificam muito o
credor. Com a revisão da lei, desvin-
culando uma coisa da outra, se o de-
vedor não apresentar proposta razo-
ável, os credores podem não aceitar
e eles ficam expostos à execução.
Muitos devedores se aproveitam
dessa situação. Esse é um exemplo
de como a lei atrasada contribui
para o mau uso das regras.
//Serviço
Até 18 de outubro, qualquer
cidadão pode participar da consulta
pública sobre o anteprojeto do
Senado no Portal e-Cidadania.
www.senado.gov.br
comportamento
//Por Sheila Nascimento
Bom senso
na rede
Exposição em mídias sociais funde
cada vez mais vida profissional e
pessoal.Afinal,quaisoslimites?
U
m vendedor insatisfeito
com o salário publicou
uma foto do contracheque
em uma rede social. Dias
depois veio a demissão por justa
causa. Segundo ele, a publicação
expressava sua insatisfação com o
valor pago pelo seu serviço e rela-
cionava o problema com o alto custo
de vida. O gerente de recursos hu-
manos da companhia alegou que a
decisão foi baseada na violação do
acordo de confidencialidade previsto
no contrato de trabalho.
O caso, ocorrido nos Estados
Unidos em agosto, não difere da re-
alidade brasileira. Aqui funcionários
também já terminaram desligados
depois de publicar algo relacionado
ao ambiente profissional na inter-
net. Há também os casos de com-
portamento inadequado em relação
ao uso das mídias sociais durante
o expediente. Mas de que maneira
os empresários avaliam essas situ-
ações? O que deve ser considerado
prejudicial ou desrespeitoso?
Para quem trabalha com mídias
sociais, a palavra de ordem é o bom
senso. “Já não há como restringir
o uso das redes no trabalho, visto
que muitos funcionários têm ta-
blets e smartphones com acesso à
internet. O recomendado é orientar
o colaborador sobre o que é ou não
permitido na empresa e em relação
ao nome da marca”, analisa a con-
sultora e especialista no assunto
Carla Falcão.
Funcionários que utilizam as
mídias sociais de forma excessi-
va, prejudicando o rendimento e a
qualidade do trabalho, e aqueles
que usam essas ferramentas para
desabafar e falar mal da empresa
e de outros colaboradores podem
perder o emprego, segundo a ad-
vogada especialista em direito do
trabalho Clarisse Dinelly. “Os dois
casos oferecem margem para a de-
missão, sendo o último exemplo o
mais grave”, afirma.
A Consolidação das Leis do Tra-
balho (CLT) tem regras que podem
ser aplicadas à internet, segundo a
advogada. “O artigo 482 estabelece a
demissão por justa causa nos casos
em que ocorra a violação e a divul-
gação de dados da empresa, além
de responsabilizar as pessoas por
atos difamatórios.”
Para o Tribunal Superior do Tra-
balho, exibir fotos do ambiente de
trabalho nas redes sociais pode re-
sultar em demissão por justa causa.
O entendimento da corte é válido
para todos os tribunais regionais.
O caso que serviu de base para es-
tabelecer esse precedente foi o de
uma funcionária de um hospital par-
ticular em Olinda (PE). Ela publicou
fotos em uma rede social da equipe
trabalhando na unidade de terapia
intensiva (UTI).
A direção do hospital alegou que
as fotos motivaram comentários de
revista FECOMÉRCIO | outubro 201312
mau gosto na rede social, expondo a
intimidade de outros funcionários e
de pacientes sem autorização. Além
disso, afirmou que a imagem do
hospital foi associada a brincadeiras
de baixo nível. Na decisão, de abril
de 2012, a segunda turma do TST
citou a inadequação das imagens ao
descrever a foto de uma das enfer-
meiras semiagachada e uma mão
supostamente tentando apalpá-la.
//Código de conduta
Para evitar esse tipo de cons-
trangimento, algumas empresas
optaram nos últimos anos por ela-
borar um regimento interno, no qual
descrevem de maneira detalhada o
comportamento do funcionário em
relação ao uso das redes sociais.
“Acredito que essa seja a forma mais
eficaz e satisfatória para estabelecer
regras e a conduta dentro da organi-
zação”, defende Clarisse Dinelly.
Um dos itens que pode ser es-
tabelecido é o horário de acesso.
“Algumas empresas criam limites
de tempo ou de volume de dados
trafegados como forma de contro-
lar o uso, além de liberar o acesso
durante intervalos e no término do
expediente”, diz o especialista em
gerenciamento de tempo e carreiras
Christian Barbosa. “Não existe mais
essa história de bloqueio total, a não
ser que a organização reviste o bolso
dos colaboradores e os impeça de
trazer smartphone para o trabalho”,
completa.
A tendência é de que, com o pas-
sar dos anos, cada vez mais organi-
zações estabeleçam contratos, regi-
mentos e códigos de conduta para
evitar processos judiciais conse-
quentes de demissão por justa cau-
X
“Temos uma política estabelecida por meio de um regimento que
proíbe o uso das redes no horário considerado de pico no trabalho. A
empresa atua no ramo de serviço e, inevitavelmente, lidamos com
atendimento ao público. Não posso permitir que um funcionário deixe
de atender um cliente para estar na internet, por isso o investimento
em treinamento. Tudo é questão de bom senso e cooperação entre
empresa e colaboradores. Não interferimos em ações no perfil pessoal
dos funcionários, tais como a publicação de fotos, frases e material
compartilhado.”
Marly Vidal
44 anos, superintendente de Gestão de Recursos Humanos do Sabin
“Costumo me policiar para não publicar algo que denigra minha
imagem como profissional e a da empresa onde trabalho. Isso
ocorreu de forma mais acentuada durante as discussões das
manifestações de junho pelo Brasil. Apesar de concordar com
muitas coisas, evitei compartilhar mensagens do tipo: ‘greve
geral’. Evito o uso das mídias sociais durante o horário de
trabalho, geralmente publico material na hora do almoço ou após
o expediente. Estabeleço filtros de fotos para grupos de amigos –
dessa forma preservo minha vida pessoal, social e profissional.”
Vivian Accorsi
28 anos, secretária do Sabin
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 13
Fotos: Nina Quintana
X
“Fiscalizamos o uso das redes sociais durante o horário de trabalho.
Como atuamos no comércio, já houve situações de funcionário
dispensar um cliente para voltar a usar a rede por meio do
smartphone. É delicado abordar esse assunto com o empregado
porque é quase impossível proibir o acesso atualmente. O ideal é
deixar tudo claro durante a contratação por meio da orientação oral.
Não acredito que um documento por escrito seja necessário. Colocar
foto da vida pessoal, da balada, é uma escolha da pessoa que não
cabe à empresa, mas vale o bom senso para que em uma dessas
imagens a marca da empresa não esteja associada.”
James Barbosa
29 anos, gerente da Free Corner do Brasília Shopping
“Busco utilizar as redes como ferramenta de trabalho ao publicar
imagens dos produtos comercializados. Acho que o que coloco
de opinião ou foto pessoal só diz respeito a mim e não à empresa,
claro, desde que não denigra a imagem da organização, como
utilizar o produto de uma marca concorrente. Nesse caso, cabe o
bom senso do funcionário, além de evitar usar esse espaço para
desabafar sobre algo que o incomode no trabalho. Acredito que
esse seja o maior erro dos profissionais atualmente.”
Carlos Henrique Ribeiro
23 anos, vendedor da Free Corner
do Brasília Shopping
revista FECOMÉRCIO | outubro 201314
sa. Os empresários devem consul-
tar um especialista para redigir um
documento adequado à realidade
da empresa e da equipe. “Mas isso
não basta. É necessário orientação e
fiscalização da gerência de recursos
humanos”, recomenda Carla Falcão.
O coach e especialista em mí-
dias sociais Monclair Cammaro-
ta defende o livre acesso às redes
sociais, mas com moderação. “As
empresas devem orientar e treinar
os seus funcionários para que as
postagens sejam satisfatórias para
ambos. Um trabalhador satisfeito
tende a elogiar a organização, o que
é melhor do que qualquer propa-
ganda para fortalecer a marca. A
afirmação de um colaborador tem
credibilidade”, acredita.
O problema é se o bate-papo, por
exemplo, não termina e consome
longas horas no dia, levando ao acú-
mulo de trabalho. “Nesses casos, a
rede social faz mal para o desempe-
nho do trabalhador e da empresa”,
pondera Christian Barbosa.
Outro ponto a ser levado em con-
sideração é a imagem que o empre-
gado passa ao público externo. “As
pessoas esquecem que são uma
marca profissional, seja na empresa
X ou Y, e se comportam de maneira
inadequada. Utilizam as redes como
muro de lamentações. O nome é
algo tão valioso quanto o currículo”,
aconselha Carla Falcão. De acordo
com a especialista em mídias so-
ciais, alguns empregadores passa-
ram a verificar informações nas re-
des sociais para fins de contratação.
“Tudo o que se publica na internet,
por mais que seja pessoal, pode
contar como positivo ou negativo. A
rede é um espaço público.”
“Na nossa empresa, o uso das redes sociais é totalmente
liberado. Não cabe a nós avaliar o que um funcionário
publica ou deixa de publicar. Ao contrário de outras organizações,
incentivamos o uso dessa ferramenta como meio de conquistar
e fidelizar os clientes. Não estabelecemos regras ou códigos de
conduta para os colaboradores. Com isso respeitamos o direito
individual dos empregados e evitamos o vínculo da marca com a
insatisfação de um empregado que não se sinta à vontade.”
Higor Lúcio Félix
27 anos, gerente de Vendas da Peugeot do SIA
“Utilizo as redes sociais como ferramenta de trabalho e
comunicação com outros funcionários. Quando se está no
trabalho, aprende-se a separar a hora de descontração. Com
o tempo, percebemos que uma mídia social pode ter potencial
muito maior do que apenas descontrair ou bater papo com amigos
e conhecidos. Acredito que o único cuidado necessário para o uso
das redes para aqueles que se intitulam como parte integrante de
uma empresa seja não cometer erros de português. Isso depõe
contra o colaborador e a organização.”
Leidiane Cavalcante
22 anos, gerente de Mídias Sociais da Peugeot do SIA
X
X
“Não pega bem um funcionário utilizar o horário do
expediente para permanecer nas redes sociais. Isso contribui
para o acúmulo de trabalho e o estresse. Por esse motivo, há o
bloqueio do acesso às redes durante o trabalho. Nós não utilizamos
regimento ou código de conduta, mas orientamos oralmente nossos
colaboradores sobre o bom senso que deve haver. Na minha opinião,
fotos de baladas, festas e copos de cerveja não pegam bem para o
ambiente escolar, em que atuamos.”
Roberto Boechat
38 anos, proprietário da escola de inglês You Move da Asa Norte
“É difícil hoje em dia separar um perfil profissional do pessoal,
mas faço esse esforço. Creio que o uso das redes não deve
prejudicar o trabalho. O funcionário precisa ter noção do tempo
considerado saudável nas mídias sociais e saber se disciplinar
para que esse costume não interfira na carreira. Acho que, antes
de publicar algo, compartilhar e curtir, é necessário avaliar o
possível impacto perante amigos, colegas de trabalho e família.”
Deyse Gomes
25 anos, atendente da escola de inglês You Move da Asa Norte
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 15
revista FECOMÉRCIO | outubro 201316
//segredos do marketing digital
E-commerce brasileiro cresce
24% no primeiro semestre
Maximo Migliari
Sócio da ClickLab
Jens Schriver
Sócio da ClickLab
//Envieperguntaspara
info@clicklab.com.br ou
facebook.com/agencia.clicklab
4 milhões de
brasileiros fizeram
sua primeira compra
pela internet no
primeiro semestre.
Fonte:E-bit
E
m nossa coluna deste mês,
trazemos uma excelente
notícia para os comercian-
tes que já trabalham com
e-commerce e para quem pretende
trabalhar. Pesquisa realizada pelo
E-Bit mostra que o comércio ele-
trônico brasileiro cresceu, no pri-
meiro semestre, 24% em compa-
ração ao mesmo período de 2012,
com faturamento em torno de R$
12,74 bilhões.
A pesquisa ainda nos traz al-
guns dados dos setores que mais
se destacaram nas vendas on-line.
A categoria Moda e Acessórios che-
gou ao primeiro lugar, represen-
tando 13,7% do total das vendas,
seguida de perto pela categoria
Eletrodomésticos, com 12,3%. Em
terceiro, quarto e quinto lugares,
temos, respectivamente, as cate-
gorias: Cosméticos e Perfumaria/
Cuidados Pessoais/Saúde (12,2%),
Informática (9%) e Livros/Assinatu-
ras e Revistas (8,9%).
Mais interessante ainda é per-
ceber que esse aumento ocorreu
justamente em um momento de
retração da economia, quando há
crise econômica internacional, bai-
xo crescimento do PIB brasileiro,
alta da inflação e expectativa de alta
de juros. Apesar de parecer contra-
ditório, esse bom desempenho do
e-commerce pode ser explicado.
Em períodos de crise, o consumidor
passa a ser mais seletivo em suas
compras, além de pesquisar muito
mais os preços, sendo atraído pelos
valores e pelas condições ofereci-
dos on-line.
Estima-se que no primeiro se-
mestre do ano quase 4 milhões de
brasileiros tenham feito sua primei-
ra compra pela internet – número
que, comparado com o ano passa-
do, mostra estabilização do setor.
De acordo com o estudo, a maior
parte desse público é formada por
mulheres de 25 a 49 anos. Tam-
bém se notou grande participação
da classe C nesse comércio. Em
relação ao grau de escolaridade,
pessoas com ensinos fundamental
e médio são maioria (46%). Já no
quesito renda, a faixa mais relevan-
te é a de pessoas com ganhos de
até R$ 3 mil (58,62%).
Para finalizar, um dos pontos
altos da pesquisa mostra que os
números registrados no primeiro
semestre contribuem para manter
previsões positivas para todo o ano
de 2013, que deve chegar ao final
com faturamento de R$ 28 bilhões.
Ficou impressionado com esses
números? Nós também! Acredi-
tamos que eles mostrem, mais do
que nunca, que adotar uma es-
tratégia on-line para seu negócio
é item obrigatório. Uma boa pre-
sença on-line pode reforçar muito
as vendas, assim como criar certa
proteção em tempos de flutuações
econômicas. Lembre-se: quanto
mais cedo você começar, mais cedo
poderá colher os frutos.
GiovannaLeal
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 17
//vitrine
Até o fim do ano, duas grandes grifes
italianas abrirão lojas próprias em Brasília.
A Prada e a Dolce & Gabbana já estão alo-
jadas na ala internacional do Iguatemi. Por
enquanto, só é possível ver os tapumes. A
ala conta com outras marcas de luxo, como
Gucci, Tiffany & Co., Burberry e Hugo Boss.
Na foto, a bolsa Prada Twin Pockets. O Igua-
temiBrasíliaficanoLagoNorte,noCentrode
Atividades4.
Mais
luxo
Flutuaçãoe
relaxamento
Passar uma hora dentro de uma
bolha, sem contato com os proble-
mas e sem interferência da gravidade
é realidade no Float Brasília. Em um
tanque com mil litros d’água e 500
quilos de sais Epsom, o cliente flutua
naturalmente. A tecnologia, exclu-
siva em Brasília, promete reduzir
dores provocadas por tensão mus-
cular, melhorar a qualidade do sono
e acelerar a recuperação de lesões.
A sessão pode durar 1 hora ou 45
minutos. O spa oferece ainda pacotes
promocionais e massagens. O Float
Brasília fica no Centro de Atividades 7
do Lago Norte, lotes 8 e 9, na entrada
da academia Headway. Telefone: (61)
3034.5044.www.floatbrasilia.com.br
A Nardim Júnior Home, criada pelo arquiteto e decorador de mes-
mo nome, está maior, mais organizada e com produtos novos. Agora, o
ambiente de 650 metros quadrados está dividido em cinco seções: anti-
guidades,presentes,objetosdedecoração,listasdecasamentoefestas.
Osclientesganharam,ainda,umespaçoparadescansar,ouvirmúsicae
tomar drinques. São mais de 1,5 mil itens de marcas como Marchesa by
Lenox, Zanatta Casa e Voluspa. A Nardim Júnior Home fica na 409 Sul,
noblocoC.Telefone:(61)3244.0588.
Brasília ganha, em ou-
tubro, mais uma opção de
diversão noturna. A boate Noir
Club chega com foco no bom
atendimento. Os frequenta-
dores que tiverem o aplica-
tivo Snappin no smartphone
poderão fazer o check-in, ter
a comanda vinculada auto-
maticamente ao seu cadastro
virtual e não se preocupar em
pegar filas no fim da festa.
Com o aplicativo, vai ser pos-
sível fazer o pagamento da
conta pelo próprio celular. A
Noir Club será inaugurada no
Gilberto Salomão (SHIS QI 5),
no Lago Sul.
Balada
tecnológica
Compraorganizada
Alan Santos
Nina Quintana
revista FECOMÉRCIO | outubro 201318
Adão Gomes Pereira
Nasceu em Ubá, Minas Gerais,
há 70 anos. Veio para Brasília
em 1960 para a inauguração da
capital e acabou ficando. Casado,
tem três filhos e três netos.
Cursou ciências contábeis na
UDF e trabalhou no comércio no
início da carreira. Em 1975, criou
uma empresa de maquinário para
escritórios e outra de produtos
de apoio para restaurantes e
condomínios. Depois, fundou a DB
Distribuidora (focada no setor de
food service), com os seus filhos
Heda e Danilo Valim, no Núcleo
Rural de Ceilândia. Hoje, além da
matriz, tem filial em Goiânia.
Adriana Karina de Simões
Muniz Ricci
Nasceu em Brasília há 42 anos.
É casada há 22 e tem três
filhos. Formou-se em 1996 em
administração pela Fundação
Getulio Vargas. Fez pós-graduação
em marketing também pela FGV.
Administra a Lord Perfumaria
com o irmão Marcus Vinicius. A
empresa foi adquirida pela família
na década de 1980. A perfumaria
só cresceu. São nove lojas pela
capital e também vende on-line.
Em 2013, a marca fez um plano de
expansão e pretende alcançar o
número de cem franquias em todo
o território nacional.
Antonio do Valle
Tem 70 anos e nasceu em
Muriaé, interior de Minas
Gerais. Veio para Brasília em
1960 para a inauguração da
capital e ficou maravilhado. Seu
primeiro emprego em Brasília
foi de office boy em uma loja de
móveis. Depois, trabalhou como
frentista e garçom. Aproveitou
as oportunidades da recém-
inaugurada capital do País para
virar despachante imobiliário.
Logo depois, se tornou corretor
de imóveis, área em que virou
especialista, e montou sua própria
empresa, a Antonio do Valle
Empreendimentos Imobiliários.
O
Mérito Mercador Candan-
go chega à sétima edição
em 2013. Em 1° de outu-
bro, no Centro de Eventos
e Convenções Brasil 21, no Setor
Empreendedores
em evidência//Por Daniel Alcântara
Hoteleiro Sul, a cerimônia marca o
reconhecimento ao trabalho de 15
empresários que acreditaram no so-
nho de Brasília e contribuíram para
o seu desenvolvimento.
prêmio
Cristiano Costa Diego Bresani Cristiano Costa
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 19
Eunício Lopes de Oliveira
Nasceu em Lavras da
Mangabeira, no Ceará. Veio
para Brasília em 1978. É
senador da República desde
2011, pelo PMDB. Formado em
administração de empresas
pelo UniCeub, antes de entrar
para a vida política presidiu
empresas do setor de segurança
privada. Chegou também a ser
presidente da Fecomércio-DF
e presidente da Federação
Nacional de Empresas de
Segurança e Transporte de
Valores (Fenavist). Tem 60 anos,
é casado, tem quatro filhos e
uma neta.
Geraldo Tadeu Siqueira
Nasceu na cidade de Itajubá,
interior de Minas Gerais, e veio
para Brasília na década de 1970.
Morador de Taguatinga, tem
62 anos, é casado e tem três
filhos. Começou a trabalhar
no comércio logo após chegar
à capital federal, na antiga
Telebrasília. Depois de algum
tempo, prestou serviços a uma
empresa de ar-condicionado
e há 33 anos resolveu montar
seu próprio negócio em
Ceilândia Norte. O nome
do empreendimento é uma
homenagem à sua cidade natal:
Itajubá Materiais de Construção.
Hilton Carvalho
(in memoriam)
Nasceu em dezembro de 1924
na cidade de São Joaquim
da Barra, no interior de São
Paulo. Chegou em 1956,
antes da inauguração da nova
capital da República. Em 1964,
ele abriu a primeira loja HC
Pneus. Atualmente, a marca é
uma das líderes no segmento
automotivo e conta com 50
filiais nas Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste.
Casou-se em 1950 com Olga
Crispim. A união lhe rendeu
quatro filhos e 17 netos.
Morreu aos 87 anos, em 2012.
O evento é iniciativa da Fecomér-
cio-DF. Tem o apoio do Sesc-DF, do
Senac-DF, da empresa Qualicorp e
do Banco do Brasil. No ano passado,
12 empreendedores foram lembra-
dos. Desde sua criação, em 2003, o
Mercador Candango homenageou 82
personalidades (veja o quadro a par-
tir da pág. 20).
O presidente da Fecomércio-DF,
Adelmir Santana, diz que o prêmio
valoriza os empresários do comér-
cio, que alavancam cada vez mais o
setor na capital do País. “Eles acre-
ditaram em um sonho chamado
Brasília. Mais do que isso: fizeram
desse sonho razão para viver.” Para
ele, essas pessoas representam a
coragem, a determinação e o espí-
rito empreendedor dos candangos,
sejam pioneiros ou mais recentes.
Das mais de 30 indicações feitas
pelos sindicatos da base da Feco-
mércio, 15 nomes foram escolhidos
por uma comissão de notáveis for-
mada pelos seguintes nomes: Iba-
neis Rocha, presidente da OAB-DF;
Álvaro José da Silveira, diretor da
Fecomércio; Kátia Cubel, jornalista;
Adirson Vasconcelos, jornalista, his-
toriador e escritor; e Getúlio Lopes,
reitor do UniCeub.
“Trata-se de uma homenagem
aos nossos bravos e nobres brasi-
lienses. Em um País onde ter o pró-
prio negócio significa superar uma
avalanche de dificuldades, como a
elevada carga tributária e a extrema
burocracia, é preciso valorizar histó-
rias de sucesso e exemplos de quem
ajuda a transformar positivamente a
realidade do Brasil”, justifica Santana.
Assessoria de imprensa do senador Cristiano Costa Allisson Aragones
revista FECOMÉRCIO | outubro 201320
Jaira Saffadi Coca
Nasceu em Córdoba, na
Argentina, e foi criada em
Buenos Aires. Casada, mãe
de três e avó de cinco, é dona
do Jaira Coiffeur. Cabeleireira
profissional, a empresária de 61
anos já fez cursos na Argentina,
na Inglaterra e na Holanda. Há
50 anos vive no País. Montou o
seu primeiro salão em São Paulo.
Depois de um ano, a argentina
veio para a capital da República.
Abriu um estabelecimento no
Hotel Nacional e hoje corta
cabelos e faz penteados em seu
salão no Lago Sul.
Jonas da Costa Freire
Tem 49 anos, nasceu em
Corumbá de Goiás e veio
para Brasília em 1970. Aqui,
graduou-se em jornalismo,
mas a veia empreendedora
falou mais alto. Foi trabalhar
com o ramo de papelaria,
depois começou a atuar
no setor de turismo e
construção. A partir do ano
2000, se aventurou no ramo
de hotelaria, setor no qual
permanece até hoje. Jonas
é dono do Hotel Colorado,
no centro da cidade de
Taguatinga. É casado há 25
anos e tem dois filhos.
JosE do PatrocInio Leal
O médico de 72 anos nasceu
em Surubim, Pernambuco.
Formou-se no Recife e fez
especializações no Rio de
Janeiro e na França. Veio para
Brasília na década de 1970.
Quando chegou à capital,
trabalhou no Hospital das
Forças Armadas (HFA). Desde
1983, é presidente do Grupo
Santa Lúcia, responsável
pelos hospitais Santa Lúcia,
Santa Helena, Prontonorte,
Maria Auxiliadora e Renascer.
É casado, tem cinco filhos e
sete netos.
Saiba quem
já foi agraciado
1ª edição (2003)
Adelmir Araújo Santana • Antônio Carlos Pires • Antônio José Matias de Sousa •
Benedito Augusto Domingos • Claudio Oscar de Carvalho Sant Anna • Elson Cascão •
Franklin Roosewelt de Oliveira • Gilberto Salomão • Hely Walter Couto • José Neves
• Lindberg Aziz Cury • Maria de Moraes Barros (Dona Querida) • Miguel Setembrino
• Mitri Moufarrege • Mohamed Khodr • Newton Egydio Rossi • Ney Carneiro • Oredio
Alves de Rezende • Orlando Taurisano • Osório Adriano • Raimundo José Vasconcelos
• Salvador Ferreira Mota • Simon Pitel • Staikos Georges Tzemos
2ª edição (2007)
Antônio de Paula Pontes • Edmond Baracat • Getúlio Pinheiro de Brito • José
Gomes Ferreira •Júlio Adnet • Kazuo Mizuno • Lourival Abadia Juvenal de Almeida •
Roosevelt Dias Beltrão • Wanderval Calaça • Yoshiaki Onoyama
Cristiano Costa Cristiano Costa Cristiano Costa
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 21
Laudenor de Souza Limeira
Tem 80 anos, nasceu em
Caruaru, Pernambuco, e
veio para Brasília antes da
inauguração da cidade. Tem
três filhos e se formou em
técnico contábil. Desde 1964,
é sócio-diretor da Cascol
Combustíveis, que faz parte
de uma das maiores redes
de postos do Distrito Federal
e Entorno: a Rede Cascol. A
empresa representa 91 postos
de combustíveis e emprega mais
de 2,5 mil funcionários.
Luiz Maria de Ávila Duarte
Nasceu no estado de Ohio, nos
Estados Unidos, há 54 anos.
Veio para o Brasil com 4 anos,
quando seus pais decidiram voltar
para o país de origem. Casado,
tem três filhos e é formado em
processamento de dados pela
Universidade de Brasília, além
de pós-graduado em didática e
metodologia no ensino superior
pela Universidade Católica e em
sistemas da informação pela
UDF. Há 23 anos, fundou a Cast
Informática, na Asa Norte. Com
filiais por todo o Brasil, a empresa
presta serviços na área de
tecnologia da informação.
Paulo de Mendonça Maia
Tem 82 anos e nasceu em
Russas, no Ceará. Com espírito
empreendedor, chegou a vender
querosene quando jovem, pois em
sua terra natal não havia energia
elétrica. Em 1973, vendeu tudo
que tinha e veio para Brasília.
Comprou uma padaria com a
esposa, Nadyr, e, com os filhos
José Fagundes, César, Lurdes
e Liduina Maia, expandiu os
negócios. Na década de 1990,
criaram o Super Maia, hoje com
15 lojas no DF e em Goiás. É dono
do Grupo Santo Antônio, que
administra padarias e uma fábrica
de plástico e papel.
3ª edição (2008)
Alberto Salvatore Giovanni Vilardo • Aurenir da Silva Macedo • Carlos
de Oliveira Itacaramby • Gervásio Batista • José Alves Cardoso (Zé da
Mata) • José Eustáquio Elias • José Paulo Sarkis • Luiz Pouso Martins •
Mercedes Urquiza • Roberto Curi
4ª edição (2009)
Dílson Fernando Barbosa • Edson Alves Rezende • Ennius Marcus
de Moraes Muniz • Euzébio Pires de Araújo • Francisco Chiquinho do
Beirute • Gilberto Amaral • Gilvan Farah • Hilton Pinheiro Mendes •
Massae Tominaga • Olavo Pinto David • Pantelis Gean Gorgalas • Rogério
Tokarski
Cristiano Costa Cristiano Costa Arquivo pessoal
revista FECOMÉRCIO | outubro 201322
Ronaldo Martins Junqueira
Nasceu em Buriti Alegre (GO). Veio
para Brasília em 1961. Ingressou
no jornalismo aos 18 anos, na
Última Hora. Passou por veículos
como Jornal do Brasil, Diário
de Brasília, Revista Manchete e
Correio Braziliense. De 1968 a
1970, foi sócio de uma pequena
imobiliária. Em 1992, deu início ao
projeto do Jornal da Comunidade.
O Grupo Empresarial Comunidade
emprega 220 pessoas e é formado
ainda pela Revista Comunidade
VIP, pelo Jornal Coletivo e pelo
site Mais Comunidade. Tem
66 anos, é casado com Marisa
Junqueira e têm quatro filhos.	
Ruben Parrilla
Nasceu no Uruguai, na cidade
de Canelones, há 73 anos.
Veio para Brasília em 1975,
quando assumiu a gerência
do Hotel Eron. Projetou-se
na cidade trabalhando na
área de turismo e hotelaria.
Tem experiência de 35 anos
em promoção, planejamento,
criação, realização e montagem
de eventos e de mais de 40 anos
em administração de empresas,
com destaque para hotelaria
internacional e turismo de
eventos no Brasil, nos Estados
Unidos e no Uruguai. Fundador
e dono da Imagens Promoções.
Sandra Costa
Nasceu em Inhapim (MG), há
61 anos. Veio para Brasília em
1979. É cofundadora e diretora
técnica do Grupo Sabin. Formada
pela Faculdade de Farmácia e
Bioquímica da Universidade Federal
de Minas Gerais, tem mestrado
em ciências médicas pela UnB,
MBA em gestão de negócios
pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro e MBA em gestão
empresarial pela Fundação Dom
Cabral. Em 2011, foi eleita uma das
melhores gestoras de empresas do
Brasil pela Revista Valor Executivas.
Casada há 36 anos, tem três filhos
e uma neta.
5ª edição (2010)
Álvaro José da Silveira • Antonio Augusto Carvalho de Moraes • Edson Sebba • Elenita
Crisci da Valle • Fernando Bizerra • Geraldo Vasconcelos • Heraldo Cunha Moll •
José Aparecido Junqueira Guimarães • Nelson Serafim Cagali • Pedro Ribeiro (in
memoriam) • Raimundo Dias de Souza • Sebastião de Carvalho Neto • Sebastião
Lopes da Silva • Walter Machado
6ª edição (2011)
Antonio Carlos Dias Noleto • Ari Cunha • Arnaldo Cunha Campos • Domingos de
Freitas Ferreira • Janete Vaz • Kazuo Okubo • Nadja Regina V. Cavalcante Carvalho
• Olimpio Hanashiro • Rodrigo Rios Amorim • Salvador Ferreira Mota • Sebastião
Gomes da Silva • Wagner Canhedo
Saiba quem
já foi agraciado
Cristiano Costa Cristiano Costa Cristiano Costa
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 23
//economia
Como aperfeiçoar
as concessões
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente é consultor
econômico em Brasília
Joel Rodrigues
D
epois de adiar o discutível
trem-bala, e inaugurando
o seu programa de conces-
sões de transportes, o atual governo
colocou em leilão as duas rodovias
supostamente com maiores chan-
ces de sucesso, mas, para uma de-
las, a BR-262, que liga MG ao ES,
deu “vazio” no dia de apresentação
das propostas. Ou seja, mesmo
cientes da importância das conces-
sões de infraestrutura para a reto-
mada dos investimentos e do cresci-
mento do PIB, as autoridades ainda
não conseguiram se encontrar no
encaminhamento desse complexo
assunto. E isso é verdadeiro desde
2007, quando foi leiloada a chamada
fase dois das concessões rodoviá-
rias, conforme pode ser visto no livro
que escrevi com amigos especialis-
tas há um ano e foi publicado pelo
Inae (cópias podem ser obtidas pelo
e-mail: raul_velloso@uol.com.br).
Com efeito, o Estado parou de
investir, e há muito vem concentran-
do os seus gastos em pagamentos a
pessoas, ou seja, previdência, pesso-
al e assistência social. Com o tempo,
foi desmontando a máquina que cui-
dava dos investimentos e, com exce-
ção do primeiro quinquênio pós-real,
não se preparou adequadamente
para a única saída à mão. Tratava-se
de buscar associações com o setor
privado, para substituí-lo na oferta
de serviços nos segmentos em que a
rentabilidade potencial dos negócios
é suficiente para atraí-lo.
Osprincipaisproblemasdaestra-
tégia em vigor são a baixa qualifica-
ção dos gestores públicos; a insistên-
cia na imposição de tetos tarifários
os mais baixos imagináveis – e não
os mais baixos possíveis –; e um ri-
tual do processo de concessões que,
em face das dificuldades gerenciais,
queima etapas indispensáveis (como
apré-qualificaçãoeoexamedoplano
de negócios dos candidatos privados)
e até proíbe a apresentação dos in-
dispensáveis planos de negócios nos
leilões, ainda que os próprios bancos
oficiais que deverão suprir os finan-
ciamentos requeridos não abram
mão de analisá-los. Cria-se, assim,
enorme espaço para comportamen-
to “oportunista” de concorrentes que
oferecem preços baixos apenas para
vencer os leilões e depois procuram
obter concessões adicionais fora da
disputa inicial. Aproveitam-se de que,
politicamente, é muito difícil cancelar
concessões de serviços públicos.
A receita para aperfeiçoar o pro-
cesso deve incluir principalmente a
busca de tarifas (e retornos) realis-
tas e a urgente qualificação da má-
quina que lida com o assunto. Sem
isso, todo o esforço de retomada do
crescimento econômico do País re-
dundará em vão.
OEstadoparoude
investir,ehámuito
vemconcentrando
osseusgastos
empagamentosa
pessoas,ouseja,
previdência,pessoale
assistênciasocial.
revista FECOMÉRCIO | outubro 201324
Mono mon
Por Rodrigo Caetano
Francisco:
Um quarto de século em atividade
No meio gastronômico, quem
completa 25 anos precisa assoprar
muitas velinhas para comemorar. O
mercado pode ser trepidante. O ca-
tarinense e descendente de italianos
Francisco Ansiliero sabe disso e já
enfrentou muitas marés em duas
décadas e meia com sua rede de res-
taurantes Dom Francisco. As casas
conquistaramclientesfiéis,mantendo
a tradição de oferecer pratos elabora-
dos e saborosos, com bons azeites à
mesa, além de uma bela carta de vi-
nhos. O restaurante conta com uma
das adegas mais completas da capital
federal. São 1.520 rótulos de 25 países
– 12 mil garrafas. Para comemorar
estes 25 anos, lançou vinho próprio,
que leva o nome do restaurante e já
pode ser degustado em todas as ca-
sas da rede. Produzido na Itália, o vi-
nho Dom Francisco é importado pela
Max Brands e oferecido em duas op-
ções: o Barbera e o Barolo.
//Dom Francisco Restaurante
Asbac – SCES, trecho 2, conjunto 31 – (61) 3224.8429
ParkShopping – piso superior – (61) 3363.3079
402 Sul – SCLS 402, bl. B, lojas 5, 9 e 15 – (61) 3226.1816
Maceió
Viagens gastronômicas
Wanchako – O restaurante tem as
mãos generosas da chef Simone
Bert. Ela mistura ingredientes da
cozinha peruana com a brasileira.
Destaque para os tiraditos com lâminas
de pescado curtidas na laranja, acompanhados de
maionese de polvo e camarão com cebola curtida.
//R. São Francisco de Assis, 93 – Jatiúca
(82) 3377.6024
Picuí – Há mais de duas décadas fazendo
história graças à sua carne de sol, o
restaurante, comandado pelo chef Wanderson
Medeiros, serve mensalmente duas toneladas
de contrafilé de maneira primorosa. As
entradinhas também são
super-recomendadas.
//Travessa Emilio Cardoso Filho, 1.140 – Jaraguá
(82) 3223.8080
RafaelFontana
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 25
http://bloggastronomix.blogspot.com – rodcaetano@hotmail.com – www.facebook.com/sitegastronomix
Pequeno guia de
cervejas especiais
O Brasil é o terceiro maior mercado para cervejas, atrás da China e dos
EUA. E, cada vez mais, cresce a diversidade de rótulos com cervejas premium
ou feitas artesanalmente. Lojas e clubes especializados oferecem opções
como o mercado de vinho faz. Rótulos, países, blends, tipos de fermentação.
O universo é fascinante e o Gastronomix faz um convite para você conhecê-lo.
Seguem lojas que vendem cervejas especiais em Brasília:
Boutique do Godofredo
CLSW 101, bloco B, loja 54.
(61) 3021.6500
Empório Soares e Souza
CLN 212, bloco B, loja 3. (61) 3963.7022
Brilho Importados
Feira dos Importados, bloco D, lojas 8 e
9. (61) 3037.4533
Super Adega
SIA, atrás do Extra. (61) 3403.4700
Grote Market
CLN 409, bloco A, loja 19. (61) 3201.0592
Scotch House
CLS 403, bloco B, loja 28. (61) 3225.1153
Beer Selection
Setor Hoteleiro Sul, quadra 6, conj. A, bloco
F, Loja 56. (61) 3032.3285
Clubes de cerveja
Oh my Beer
ohmybeer.com.br
Have Nice Beer
www.haveanicebeer.com.br
Clube do Malte
www.clubedomalte.com.br
Clubeer
www.clubeer.com.br
Sequência
de tapas
Uma tradição espanhola ganha
mais um adepto na cidade. Depois
de o Dona Lenha colocar em seu car-
dápio um festival de tapas, agora o
Versão Tupiniquim oferece sequência
de tapas com 12 receitas em porções
pequenas a R$ 39. A proposta é de
renovar as tapas a cada 15 dias, mas
a cestinha de berinjela com relish de
mangaeoqueijodecoalhocomespu-
mademelaçofiguramentreascandi-
datas a permanentes.
// Versão Tupiniquim
302 Sul, bloco C, loja 2
(61) 3322.0555
// Dona Lenha
www.donalenha.com.br
Genaro Macedo é um inquieto.
Vive inventando novidades. As duas
maisrecentessãodoishambúrgueres
que entram no cardápio de seu café:
o Steak Havaiano (R$ 31), 160 gramas
de hambúrguer bovino, cheddar, gua-
camole, tomate, cebola e teriyaki, e
o Mássimo do Jazz (R$ 28), também
com carne bovina, rúcula, queijo este-
pe, muçarela de búfala, tomate seco e
batata palha. Na casa há hambúrgue-
res vegetarianos à base de legumes.
// Genaro Jazz Burger Café
114 Norte, bloco A, loja 60
(61) 3273.1525
Mais duas estrelas
revista FECOMÉRCIO | outubro 201326
//instituto fecomércio
//PorDanielAlcântara
@if_df
Inovação e
pioneirismo
O
Instituto Fecomércio-DF
oferece o curso de Auxi-
liar de Serviços em Lim-
peza e Manutenção. O
objetivo é promover educação pro-
fissional para formação de apren-
dizes, com princípios pedagógicos
norteados de desenvolvimento
educacional, e foco em questões
relevantes apontadas pelo mercado
de trabalho.
O instituto é pioneiro no curso
no Distrito Federal, de acordo com
a diretora-executiva do IF, Elizabet
Garcia Campos. “Nós estamos sem-
pre inovando na questão de apren-
dizagem para atender à demanda
de todos os setores. Agora estamos
abrindo espaço para o segmento de
limpeza e manutenção”, diz. O curso
será formatado de acordo com exi-
gências do Ministério do Trabalho e
atenderá a todas as necessidades
do estudante que pretende ingres-
sar na área. Ela também ressalta
que a cada ano o IF tem um salto no
número de aprendizes. “Em 2011
tínhamos cerca de 570, em 2012
passamos para mil e já temos 1,1
mil. Com essa nova demanda, espe-
ramos alcançar o número de mais
de 1,5 mil aprendizes, o que significa
muito para a instituição”, afirma Eli-
zabet Campos.
O curso será desenvolvido por
meio de atividades que estimulem
a participação ativa do aluno e a
contextualização teoria-prática.
Serão ensinadas noções de norma
de segurança, noções de primeiros
socorros, prevenção de combate a
incêndio, prevenção e controle de
riscos em máquinas e suas ins-
talações, etc. Durante o curso, os
alunos vão adquirir noções básicas
de segurança no trabalho, além de
interpretar as legislações e normas
de segurança e os elementos bási-
cos de prevenção de acidentes no
trabalho.
Instituto formará aprendizes para o segmento
de limpeza e manutenção
As aulas serão realizadas nos
períodos matutino e vespertino.
Serão 800 horas de curso – 400
de teoria e 400 de prática. Os
interessados em participar da
seleção devem ter no mínimo
18 anos e comparecer à sede
do IF Estágio, das 9 às 18
horas, de segunda a sexta-
feira (Setor Comercial Sul,
Quadra 6, Ed. Jessé Freire,
5º andar). É necessário levar
declaração de escolaridade,
cópia da carteira de identidade
autenticada ou original para
conferência, duas fotos 3x4
recentes, comprovante de
residência e cópia do CPF, além
de apresentar a Carteira de
Trabalho e Previdência Social.
Mais informações:
(61) 3962.2038 e 3962.2024.
ElizabetCampos
Diretora-executiva do IF
AuxiliardeServiçosem
LimpezaeManutenção
“Em2011tínhamos
cercade570,em2012
passamosparamile
játemos1,1mil.Com
essanovademanda,
esperamosalcançaro
númerodemaisde1,5
milaprendizes,oque
significamuitoparaa
instituição.”
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 27
//caso de sucesso
@senacdf
/senacdistritofederal
//Informações:(61)3313.8877
//Por Sílvia Melo
O
sonho de passar em um concurso público
acabou se transformando em depressão
para Vania Lima de Almeida Matias, de 36
anos, que tentou por alguns anos e não
conseguiu ser aprovada. Queria estabilidade e garantia
de boa remuneração. Por indicação médica para sair
do processo depressivo, decidiu fazer cursos, optando
primeiro pela graduação e, em seguida, por cursos pro-
fissionalizantes no Senac-DF. Após esse processo, con-
seguiu a tão sonhada independência financeira.
Mãe de três meninas, de 11, 15 e 18 anos, a moradora
de Taguatinga Sul casou cedo, aos 16 anos, e logo teve a
primeira filha. Trabalhava no comércio do pai, que faci-
litava para que Vania tivesse tempo de se dividir entre o
trabalho e os cuidados com a família. “Com ele dava para
conciliarcasa,filhaseestudo.”
Incentivada pelo marido, começou a se dedicar aos
estudos para concurso público em 2000. Indecisa, muitas
vezes desistia e retornava. Essa rotina durou dez anos, e a
frustração a levou à depressão. “Eu não sabia o que que-
ria.” Foi então que o médico sugeriu que ela fizesse cursos
ouentrasseemumaacademia.
Fez em 2011 os cursos de Depilação e Design de So-
brancelhas na unidade do Senac em Ceilândia. Já fazia
a faculdade de gestão de recursos humanos, em que se
graduou. Não parou mais de se qualificar. Atualmente,
faz três pós-graduações: Gestão Empresarial, Gestão
de Pessoas e Docência do Ensino Superior. Também já
investiu em cursos de ética profissional, administração
empresarial, administração e produção, como gerenciar,
como administrar dinheiro.
No Senac, Vania encontrou sua vocação. “Decidi fazer
esses dois cursos para cuidar das minhas filhas. No início,
não pretendia trabalhar nessa área”, conta. Porém, a iden-
tificaçãofoitãograndequeVanialogosurpreendeuafamília
quandoainformoudadecisãodetrabalharnaárea.
No fim de 2011, ela inaugurou o Espaço Íntimo. Fica
no mesmo lote em que mora, mas em espaços diferentes.
“Separei a loja da casa para minhas clientes ficarem à
vontade.” Oferece design de sobrancelhas, depilação com
cera e linha, limpeza de pele, massagem, banho de lua e
permanente de cílios. O trabalho é personalizado, com hora
Cristiano Costa
marcada e serviços adicionais para agradar à clientela.
Enquanto faz a sobrancelha, por exemplo, a cliente pode
relaxarnocolchãomassageador.
A empresária está realizada. Os sintomas da depressão
ficaram no passado, junto da vontade de se tornar funcio-
nária pública. “Estou muito bem, sou dona do meu próprio
negócio,soufelizefaçooqueamo”,dizVania.Elapensaem
dar aulas na área de beleza e prestar consultoria empresa-
rial.“Tenhomuitosplanosesonhos,graçasaDeus.”
//Sobreoscursos
A próxima turma do curso de Depilador, de 200 horas,
está prevista para se iniciar em 7 de outubro. As aulas são
das 19 às 22 horas, no Senac Ceilândia. O interessado deve
ter no mínimo 18 anos e pelo menos o 7º ano/6ª série do
ensinofundamental.CustatrêsparcelasdeR$220.
O curso Design de Sobrancelhas, de 20 horas, é ofereci-
dopelasunidadesdoGama,deSobradinho,deTaguatingae
doSetorComercialSul,nosperíodosdamanhã,tardeenoi-
te. A primeira turma terá aulas nos sábados, a partir de 19
de outubro, das 8 às 12 horas, no Senac do Setor Comercial
Sul.Paraparticipar,éprecisoternomínimo18anos,ensino
fundamental completo e conhecimentos específicos de de-
pilação.OinvestimentoédeR$110.
Concurseira torna-se
empreendedora
Após estudar no Senac, Vania Almeida abriu
clínica de depilação e estética
revista FECOMÉRCIO | outubro 201328
economia
A alta da moeda norte-americana já chegou
às lojas. Comerciantes tentam se adaptar
para não perder vendas
Vilão
gringo//Por Marina Marquez
D
epois de atingir o maior
valor dos últimos qua-
tro anos em agosto, R$
2,45, a cotação do dólar
começa a se estabilizar, mas com
valor bem diferente do vendido no
começo de 2013, abaixo de R$ 2. Em
20 de setembro, fechou em R$ 2,21.
Mas o efeito da valorização da mo-
eda norte-americana já chegou aos
comerciantes que trabalham com
mercadorias importadas. Não tem
jeito: é preciso muito jogo de cintura
para driblar os efeitos da alteração
no câmbio e não perder a clientela.
A alta do dólar tem efeito dire-
to sobre a inflação, os preços dos
produtos em geral. “Para cada 10%
de aumento no dólar, há impacto
de 0,5% na inflação. Isso porque,
quando as empresas usam maté-
ria-prima importada, o preço dessa
transação fica mais alto, e, claro, o
preço do produto final aqui dentro
tem que aumentar”, explica o es-
pecialista em finanças públicas da
Universidade de Brasília (UnB) José
Matias-Pereira.
É uma pista de mão dupla para
a economia brasileira, segundo Ma-
tias-Pereira. Favorece as empresas
exportadoras, uma vez que o pro-
duto nacional fica mais competitivo
lá fora, mas encarece as importa-
ções e provoca a inflação. “Política
cambial tem os prós e contras. De
maneira geral, é um impacto forte
no campo da atividade comercial.
Internamente, fortalece o turismo.
No sentido contrário, desestimula o
turismo externo. Resumidamente,
o que ocorre é que alguns setores
ganham, alguns perdem, e outros
perdem muito”.
Os que mais perdem são os
segmentos que dependem da im-
portação, seja de matéria-prima,
seja dos produtos em si. “Na eco-
nomia, não existe almoço grátis. Se
o custo subiu, o empresário vai pre-
cisar repassar isso para o preço”,
diz Matias-Pereira. E quando o em-
presário aumenta o preço, enfrenta
duas situações. Uma é o impacto
imediato de retração do consumi-
dor, que não quer pagar mais. A
outra é a perda de competitividade
diante de firmas que colocam pro-
dutos semelhantes em condições
mais vantajosas.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 29
“Amoeda
estrangeiraestar
maiscaranãoébom
nemparamimnem
parameucliente.”
ThiagoOrsi
TripStore
//Ajustes
O fato é que os preços nas lojas
brasileiras já subiram. Desde maio,
quando começaram as turbulências
no mercado de câmbio, a situação
começou a mudar. É o caso da Trip
Store, agência de turismo de Thiago
Orsi. De julho a setembro, o número
de pacotes vendidos caiu pela me-
tade, uma vez que a maior procura
dos clientes dele é para destinos
fora do Brasil, principalmente Esta-
dos Unidos, Caribe, América do Sul
e Europa.
De acordo com o empresário,
houve uma fuga inicial muito clara,
e as operadoras de turismo lan-
çaram diversas promoções para
tentar driblar o efeito da moeda
americana em alta. “As operadoras
acompanharam a alta do dólar, mas
reduziram a margem de lucro em
um primeiro momento. Enquanto
o dólar subiu uns 20%, o valor dos
pacotes aumentou 10%, por exem-
plo”, diz. Mesmo assim, o reflexo
na demanda é inevitável. “Houve
redução na venda efetiva de 50%.
Muitos clientes tinham as férias pro-
gramadas e começam a repensar
os destinos, o momento de comprar.
As pessoas continuam procurando,
fazendo orçamento, mas aguardam
um momento melhor para adquirir
as passagens, reservar os hotéis”,
explica.
Orsi conta que foi preciso pla-
nejamento para adaptar os serviços
e tentar captar mais clientes para
não diminuir o faturamento. Com a
flexibilização das operadoras que
oferecem os pacotes, ele facilitou as
formas de pagamento. Um produto
antes oferecido em cinco parcelas
passou a ser vendido em dez. Além
disso, investiu em propaganda e
Fotos: Nina Quintana
revista FECOMÉRCIO | outubro 201330
outrasformasdecaptaçãodeclientes.
Hoje, o empresário dá dicas para
que as pessoas que procuram a
agência também consigam econo-
mizar e superar o dólar mais alto.
“A moeda estrangeira estar mais
cara não é bom nem para mim nem
para meu cliente. Tentamos mostrar
como diminuir o custo da viagem,
com as compras, por exemplo. Além
disso, falamos da importância de
comprar o dólar aos poucos, em
pequenas quantidades, para sofrer
menos as variações”, ensina. Re-
comenda também que se evitem
compras no cartão de crédito para
não ficar refém de diferentes taxas
de câmbio.
A valorização da moeda ameri-
cana acaba acarretando maior pro-
cura por destinos nacionais. Matias
-Pereira, da UnB, explica que uma
janela de oportunidades se abre
para o turismo brasileiro. Ao mesmo
tempo, se o País não tiver capacida-
de de aproveitar isso e ofertar boa
qualidade de produtos e serviços, a
janela vira problema. “Quando exa-
minamos algumas faixas de renda,
verificamos que quem tem nível alto
é indiferente ao dólar mais alto ou
mais baixo, em relação ao real. São
pessoas que vão continuar viajando,
gastando, dentro ou fora do Brasil.
Agora, a classe média em geral
começa a se voltar para o produto
nacional. Começa a consumir bens
que estão aqui dentro, viagens ofe-
recidas aqui dentro, se houver oferta
que o satisfaça, claro.”
O especialista em finanças do Ib-
mec-DF e estrategista da JK Capital
José Kobori diz que, em alguns ca-
sos, o dólar mais alto pode forçar al-
gumas pessoas a adquirir no Brasil
o que esperavam para comprar em
viagem ao exterior. “É uma coisa que
acontece, mas pouco. Se a pessoa
ia para os Estados Unidos, juntava
o dinheiro para comprar óculos, no-
tebook, smartphones. Se depois de-
siste e não vai mais viajar, vai deixar
de adquirir algumas coisas que não
R$2,45
Amaiorcotaçãodo
dólarnosúltimos
quatroanos foi
registradaemagosto.
eram tão importantes, mas outras
vai pagar para ter mesmo assim”,
esclarece. Nesse momento, talvez
invista em um produto mais em con-
ta, considerando que os preços no
Brasil são normalmente mais altos.
//Quase sem saída
Por trabalhar em um setor de-
pendente de matéria-prima impor-
tada, a empresária Márcia Matos, da
Tecnótica, não teve como não repas-
sar para os produtos o efeito da alta
do dólar. As tabelas recebidas dos
fornecedores em setembro já vie-
ram com reajustes de 5% a 10% nos
preços. “Mesmo o produto sendo
fabricado no Brasil, a matéria-prima
vem de fora e ele é afetado direta-
mente. Nós não temos muito para
onde fugir. Tentamos facilitar no
prazo, na forma de pagamento, mas
o preço acaba sendo elevado”, diz.
Márcia explica que a empresa
precisou se adaptar e adiar alguns
investimentos. A empresária tem
hoje cinco lojas no Distrito Federal
e 25 funcionários e afirma que o es-
forço é para evitar demissões e ou-
tros reflexos da situação econômica
difícil. “Estamos percebendo que a
economia como um todo passa por
um processo complicado. É infla-
ção, alta do dólar e cautela maior
do consumidor de modo geral para
gastar. Um cliente que chegava e
comprava um valor X agora compra
um pouco menos e busca produtos
mais em conta. Isso tem efeito di-
reto no que chamamos de tíquete
médio e no faturamento da empre-
sa”, lamenta.
//Cenário ruim
Diferentemente de 2008 e 2009,
quando o dólar atingiu R$ 2,47 devido
à instabilidade da economia mundial
e da situação de crise dos Estados
Unidos, hoje a alta do dólar é estrutu-
ral, segundo os especialistas, e deve
permanecer no patamar de R$ 2,30,
variando pouco e se mantendo em
alta. A valorização perante o real se
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 31
dá tanto pelo cenário de recuperação
da economia dos americanos como
pela difícil situação econômica por
queoBrasilestápassando.
“Agora, a questão é estrutural. O
mercado americano está melhoran-
do, tem mais liquidez. O nosso país,
por sua vez, não apresenta o melhor
dos cenários”, diz José Kobori. Se-
gundo o especialista em finanças,
são várias as questões que afastam
o investidor estrangeiro e criam o
que os economistas chamam de
fuga de capitais, que é a saída de
dólares da economia brasileira,
diminuindo a oferta e, consequente-
mente, elevando os preços da moe-
da americana.
“A crítica que o Brasil recebe,
principalmente do investidor in-
ternacional, é que somos um país
muito intervencionista. Além disso,
vivemos um momento de economia
com crescimento baixo”, explica,
“Tentamosfacilitar
noprazo,naforma
depagamento,
masopreçoacaba
sendoelevado.”
MárciaMatos
Tecnótica
destacando a pequena evolução do
produto interno bruto, a inflação e
parâmetros regulatórios desfavorá-
veis para os estrangeiros.
Kobori aposta na estabilização
do dólar até o fim do ano e não vê
chances de que a taxa de câmbio
dólar/real volte ao patamar registra-
do no início de 2013. Só neste ano, a
moeda subiu mais de 19% – mais de
7% só em agosto.
Será preciso adaptação cons-
tante para superar os efeitos que o
dólar alto pode causar na economia,
diz José Kobori. “Não é à toa que
dizem que o Brasil é para profissio-
nais. Com a alta carga tributária, o
repasse do câmbio mais alto para o
consumidor acaba sendo maior até
que o reajuste do dólar. Os empre-
sários terão que pensar em diversos
cenários e ter uma gestão empresa-
rial preparada para essas adversida-
des”, aconselha.
revista FECOMÉRCIO | outubro 201332
Mono mon
Só a parceria da FECOMÉRCIO-DF com a Qualicorp
proporciona a você, Empregador do Comércio e sua família,
acesso aos melhores planos de saúde pelo menor preço.
• A solidez e a experiência de algumas das mais reconhecidas operadoras do Brasil.
• Os hospitais e clínicas mais conceituadas do país.1
• Os mais modernos laboratórios.1
• Livre escolha de prestadores médico-hospitalares com reembolso.2
Acesso à saúde de qualidade
para o Empregador do
Comércio viver melhor.
Menor preço: em comparação a produtos similares no mercado de planos de saúde individuais (tabela de agosto/2013). ¹ De acordo com a disponibilidade
da rede médica da operadora escolhida e do plano contratado. ² Conforme condições contratuais. A disponibilidade e as características desse benefício
especial podem variar conforme a operadora escolhida e o plano contratado.
Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. Os preços e a rede estão sujeitos a alterações, por parte das
respectivas operadoras, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei no
9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Outubro/2013.
pelo
Os melhores
planos
menor
preço.
ANS nº 326305
Amil:
ANS nº 403911
Golden Cross: SulAmérica:
ANS nº 417173
Qualicorp
Adm. de :Benefícios
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 33
Ligue e confira:
De segunda a sexta, das 9 às 21h, e aos sábados, das 10 às 16h.
www.economizecomaqualicorp.com.br
revista FECOMÉRCIO | outubro 201334
//direito no trabalho
E-mail corporativo pode ser
supervisionado pela empresa
Cely Sousa Soares
Consultora empresarial
da Fecomércio-DF
Joel Rodrigues
O
mundo virtual tem os seus
conflitos, gerando direitos
e deveres para seus usuá-
rios, e no mundo do trabalho não é
diferente. Um exemplo a ser citado
é a decisão recente do Tribunal Su-
perior do Trabalho que considerou
permitido o controle das mensagens
enviadas e recebidas pelo emprega-
do através do e-mail da empresa e
dos arquivos de computadores, in-
clusive para obter provas por justa
causa, desde que o correio eletrôni-
co seja corporativo.
A grande questão discutida é a
colisão do direito de sigilo das cor-
respondências, dos dados, direito à
intimidade e à privacidade do em-
pregado garantido pela Constituição
Federal no art. 5°, e o direito potes-
tativo do empregador de fiscalizar as
atividades exercidas pelo emprega-
do e controlar o bom uso das ferra-
mentas de trabalho.
A garantia da inviolabilidade
da esfera privada, no âmbito das
correspondências e da intimidade,
está ligada à própria vida privada.
Só que, embora o privado seja fun-
damental para o desenvolvimento
biológico e para a satisfação das
necessidades vitais da pessoa hu-
mana, na seara profissional há re-
gras que superam essa garantia na
medida em que são previamente e
claramente estabelecidas.
É que, segundo o entendimento
do TST, o e-mail corporativo é ferra-
menta de trabalho e, portanto, deve
ser usado apenas profissionalmen-
te, não sendo permitido o uso para
fins pessoais e particulares – o que
autoriza o empregador a ter acesso
a todas as mensagens e os conteú-
dos dos e-mails do empregado.
A justificativa é que nesse caso
não há privacidade ou intimidade a
ser protegida, podendo o e-mail e os
computadores serem monitorados.
A exigência é que o empregador es-
tabeleça regras claras sobre o uso
dessas ferramentas, avisando pre-
viamente que o e-mail e o computa-
dor foram disponibilizados somente
para assuntos e matérias relativos
ao serviço e que haverá supervisão
sem a necessidade de permissão do
empregado.
A grande questão é que nesses
casos a Justiça do Trabalho reconhe-
ce que o empregador tem o poder de
fiscalização sobre os instrumentos
de trabalho do empregado, como é
o caso dos computadores e e-mails
corporativos, quando estes são co-
locados à disposição do empregado
somente com a finalidade de realizar
os serviços contratados.
É um avanço, já que não é inco-
mum empregados confundirem am-
bientes virtuais de trabalho com o
seu pessoal, ao fazer acesso a redes
sociais ou usar e-mails corporativos
para fins particulares.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 35
artes cênicas
@sescdf
/sescdistritofederal
Uma semana
espetacular
Mostracompetitivada10ªediçãodoPrêmioSescdo
TeatroCandangoseráde25deoutubroa2denovembro
//Por Ana Paula Oliveira
E
m nove edições, foram mui-
tos os artistas brasileiros re-
conhecidos ou revelados pelo
Prêmio Sesc do Teatro Can-
dango. A lista é enorme. Contempla
nomes como Paulo Goulart, Nicette
Bruno, Milton Gonçalves, Hugo Ro-
das e Nathália Timberg. O brasilien-
se Juliano Cazarré, um dos prota-
gonistas da novela Amor à Vida, da
Rede Globo, também foi premiado.
Foi o melhor ator da edição de 2005,
com o espetáculo Adubo. Resta sa-
ber agora quem serão os vencedo-
res de 2013. A expectativa é grande.
A 10ª edição da mostra competi-
tiva ocorrerá de 25 de outubro a 2 de
novembro, no Teatro Sesc Garagem
(913 Sul), sempre às 20 horas, com
entrada franca. O público poderá
assistir a sete espetáculos selecio-
nados pelo Sesc. Em 5 de novembro,
os vencedores serão conhecidos e
premiados em uma solenidade.
Desde 2004, o Prêmio Sesc do
Teatro Candango revela talentos e
incentiva a divulgação dos trabalhos
cênicos de companhias teatrais do
Distrito Federal. O objetivo é demo-
cratizar o acesso à cultura, fomentar
as artes e incentivar os profissionais
do teatro. Os melhores espetáculos
serão premiados com troféus e va-
lores em dinheiro, que podem che-
gar a R$ 6 mil. São nove categorias:
peça, direção, ator, atriz, figurino,
cenografia, sonoplastia, iluminação
e dramaturgia. O total de prêmios
distribuído pelo Sesc neste ano será
de R$ 20 mil.
O coordenador cultural do Sesc-
DF, Rogero Torquato, destaca a im-
portância do incentivo aos artistas
locais. “São dez anos de grandes
revelações. Um dos exemplos mais
evidentes é o caso do ator Juliano
Cazarré, que participou do prêmio
e, em pouco tempo, alcançou gran-
des resultados. Além disso, artistas
que antes não tinham esperanças
têm a oportunidade de investir na
carreira”, afirma.
//Frio na barriga
Somente peças teatrais produ-
zidas em Brasília, direcionadas ao
público adulto e que não tenham
participado de outras edições do
prêmio participaram da seleção.
Cada grupo teatral pôde inscrever
até dois trabalhos. As inscrições fi-
caram abertas até 27 de setembro.
Alexandre Ribondi é autor e di-
retor do espetáculo Cru, vencedor
de diversas categorias da edição
de 2010 do Prêmio Sesc do Teatro
Candango. “A competição do Sesc
foi essencial. Por meio dela, meu
trabalho como autor e diretor pôde
ser apresentado em vários pontos
do País.”
Ribondi confirmou participação
nesta edição. “Já estou me prepa-
rando para, mais uma vez, sentir
aquele velho e bom friozinho na
barriga durante a competição”, diz.
O espetáculo Cru foi adaptado para
o cinema e escolhido como melhor
filme no Festival de Brasília do Cine-
ma Brasileiro em 2011. Que vençam
os melhores.
Máquina de Gargalhadas, da Cia. Teatro de Açúcar, participou da edição de 2009.
Hugo Pereira
revista FECOMÉRCIO | outubro 201336
planejamento
Fim de ano
sob controle
Oquepodeserfeitoagoraparaprepararsua
empresaparaacorreriaqueseaproxima
// Por Elton Pacheco
A
falta de planejamento,
às vezes, pesa mais na
consciência do que no
bolso dos empresários. É
comum não se planejar e se arre-
pender. No período em que há maior
movimento e correria de clientes,
isso pode significar muita dor de ca-
beça. “No Brasil, o dono do negócio
está mais preocupado em apagar o
fogo momentâneo, sanar o proble-
ma, geralmente financeiro, do que
em antecipá-lo”, afirma a coordena-
dora do curso de Gestão Comercial
e Marketing da Faculdade Senac,
Graciele Barroso.
Ainda dá tempo de se organi-
zar? Segundo o especialista em fi-
nanças Márcio Iavelberg, da Blue
Numbers Consultoria Empresarial,
sim, mas tem de ser logo. Antes de
fazer qualquer plano, é preciso sa-
ber como anda a saúde financeira
da empresa. “O empresário precisa
escrever todas as necessidades e
despesas de cada mês até o fim do
ano, ou seja, ter controle do fluxo de
seu caixa.”
Identificando tudo a ser recebido
e a ser gasto, é possível saber o que
comprar, quando e como pagar e o
que vender, como parcelar e quando
desistir da venda. Ter dinheiro, po-
rém, não significa por si só motivo
para gastá-lo. “É muito comum o
empresário administrar a empresa
pelo caixa. Achar que tem dinheiro
na conta e pode gastar é um erro
grande”, afirma Iavelberg.
Fotos: Nina Quintana
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 37
Apesar de ele fazer parte do calendário de toda empresa, há quem
ainda trate o 13° salário como despesa extra de fim de ano. Uma das
maneiras de evitar dor de cabeça é o que se chama de provisão. Ao
longo do ano, desde janeiro, deve-se separar um doze avos do gasto
com a folha de pagamento e guardar o valor numa aplicação. É sim-
ples, mas algumas vezes já é difícil garantir o pagamento da folha, e
não sobra dinheiro para essa reserva. Ou, quando sobra, há urgên-
cias que vão empurrando o 13° para o fim do ano mesmo. Outra pos-
sibilidade é pagar 50% do 13° já em junho. Assim, sobra para o fim
do ano só metade da conta. Para quem deixou mesmo para última
hora, restam poucas alternativas. “Uma é apertar um pouco mais o
cinto e guardar até três vezes mais o que deveria, uma vez que terá
só setembro, outubro, novembro e dezembro”, diz o especialista em
finanças. Outra alternativa é recorrer ao capital de giro que os bancos
costumam oferecer nesta época justamente para cobrir o 13º salário.
13° salário
Se o seu negócio requer aumento de estoque no fim do ano, é
preciso começar a fazê-lo agora, mas com cautela. “Não dá para
estocar demais justamente para não correr o risco de ficar com o
estoque parado. O empresário precisa tomar muito cuidado para não
exagerar na compra e perder dinheiro depois”, ensina Paulo Vicente,
professor de estratégia da Fundação Dom Cabral. De acordo com
ele, no melhor dos cenários, a orientação é receber à vista do con-
sumidor e parcelar o pagamento para o fornecedor. “Essa é a regra
de ouro das finanças. Se, ao fazer estoque, o empresário conseguir
fazer isso, é sempre a melhor saída”, explica. Se a negociação, pelo
contrário, for em cima da hora, perdem os dois, o empresário, que
terá de repassar os custos, e o consumidor, que pagará mais caro.
Não é bom deixar para comprar em novembro. Segundo Márcio
Iavelberg, a mercadoria comprada do fornecedor naquele mês só
voltará em dinheiro para a empresa nos primeiros meses do ano
seguinte. “Até lá, quem banca? Os fornecedores, em geral, dão prazo
de um mês, e o empresário que deixa para estocar em novembro
paga mais caro. É preciso ter em mente que, quanto antes comprar,
mais cedo o dinheiro vai entrar na empresa.”
Estoque
Hoje com 30 funcioná-
rios, a dona da Spa & Cia.,
Gizelle Monteiro, já sabe que
terá 40 até novembro – o do-
bro do que tinha no fim de
2012. No ano passado, ela e
o marido, Pedro Vasco, enca-
raram a demanda do período
mais movimentado às escu-
ras. A falta de planejamento
resultou em muita dor de
cabeça e menos dinheiro.
“Deixamos de faturar pelo
menos 30% do que podería-
mos se tivéssemos nos orga-
nizado”, revela a empresária.
Para não repetir o erro, que
dói até hoje na consciência, o
planejamento começou mais
cedo neste ano. Os dois bus-
caram ajuda de um contador
especializado em auditoria
financeira. “Ele nos mostrou
que, ao planejar, nós pou-
pamos dinheiro e corremos
menos riscos.” O processo
de seleção, que leva até um
mês e meio, já começou.
“Preciso de equipe, mas de
equipe de qualidade, trei-
nada, pronta para atender à
demanda. Se não tiver, nada
feito”, diz Gizelle. O risco de
deixar para cima da hora,
segundo o professor Paulo
Vicente, da Fundação Dom
Cabral, vai além de perda
nas vendas. “Se o atendi-
mento por parte desse novo
funcionário for ruim, pode
criar imagem negativa para
os clientes ou até a ausên-
cia de resultados”, explica.
Resumindo: é investimento
jogado no lixo.
Novas
contratações
revista FECOMÉRCIO | outubro 201338
Essas contratações não precisam, necessariamente, ser feitas
para quitar dívidas. Podem ser úteis ao planejamento. “Ao saber que
determinado mês será mais fraco, o empresário pode ir ao banco con-
versar. Se deixar para a última hora, vai entrar no cheque especial”,
diz Iavelberg. Quando a coisa aperta, uma saída pode ser a chamada
antecipação (ou desconto) de recebíveis. Na prática, trata-se de trans-
formar duplicatas de venda a prazo, vendas parceladas no cartão de
crédito ou de cheques pré-datados de clientes em capital para saldar
as contas. “Uma grande vantagem da antecipação é que o empresá-
rio não está pegando algo emprestado de alguém, mas usando algo
que já é da empresa, simplesmente antecipando datas e pagando por
isso”, explica o consultor. Os juros para esse tipo de operação são de-
finidos pelos bancos. No Banco do Brasil, por exemplo, é de 3,59%. Na
Caixa, 4,3%. Para o cheque especial, a taxa média cobrada é de 7,98%,
segundo dados de agosto do Banco Central. O professor da Fundação
Dom Cabral Paulo Vicente não acha que seja a melhor saída. “Se vai
ser bom ou ruim, depende da situação da empresa, não existe regra
fixa. Em geral, não vale a pena.”
Empréstimos
Confraternizações e
brindes para os clientes
Muitas empresas do
DF usarão o fim deste ano
como espécie de laboratório
para a Copa do Mundo no
Brasil, no meio do ano que
vem. Segundo Graciele Bar-
roso, da Faculdade Senac,
quem se prepara já poderá
ter funcionários bilíngues
e cardápios adaptados nos
restaurantes, por exemplo.
“A preocupação hoje é com
o evento e como ele vai ter
impacto no comércio do DF.
A Copa das Confederações,
em junho, mostrou muitas
deficiências nesse sentido.
Os empresários estão se
planejando para ver resulta-
dos já no fim deste ano”, diz.
A orientação dela é de que,
junto com a reserva feita
para o 13° salário, o empre-
sário tire uma quantia que
ache plausível para capaci-
tar o funcionário, melhorar
o aspecto visual da empresa
e até a estrutura. “Assim, o
fim do ano será com lucros
e sem dor de cabeça.”
Copa
doMundo
“Nós separamos uma verba todo ano para realizar a
confraternização de fim de ano com os nossos funcionários.
A festa ocorre em algum clube da cidade e abrimos o evento
para os familiares também, com tudo pago”, afirma Régia
Rezende, sócia-proprietária da Evviva Bertolini, loja de mó-
veis e armários planejados. Na empresa, o planejamento
para a confraternização começa até 12 meses antes. Em
relação aos brindes, é preciso colocar no papel os custos.
Se o empresário não quiser gastar, existe sempre a possibi-
lidade de permuta, como a negociação com o fornecedor de
algum tipo de suvenir.
“Vale a pena, mas só se
não perder muito tem-
po com a negociação.
Tempo é dinheiro”, afir-
ma Paulo Vicente.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 39
Anúncio
Sebrae
revista FECOMÉRCIO | outubro 201340
//doses econômicas
Por detrás da produtividade:
informação, tecnologia e inovação
A
economia brasileira vem
apresentando reduzido
crescimento da produtivi-
dade. É necessário entender o elo
da economia criativa com o au-
mento da produtividade, para defi-
nir políticas que possam retomar o
crescimento. A economia criativa é
constituída por atividades econômi-
cas que reúnem o tripé informação,
tecnologia e inovação. Os ganhos
de produtividade são baseados na
acumulação de conhecimento, que
influencia custos e lucratividade
das empresas.
O processo de inovação trans-
forma conhecimento em tecnologia.
As empresas buscam estratégias
de inovação que possam ampliar
produtividade e reduzir custos. O in-
vestimento é endógeno ao processo
de inovação. Porém, empresas que
investem mais nem sempre são
aquelas que mais inovam, uma vez
que, pela natureza do investimento,
há um grau enorme de incertezas,
no sentido keynesiano. A decisão de
investir na busca por novas trajetó-
rias tecnológicas, quando mal-su-
cedida, leva ao aumento de custo no
curto prazo, podendo reduzir a ca-
pacidade de investir. A competição
entre os agentes cria um ambiente
propício ao investimento e, conse-
quentemente, à inovação.
A abordagem estática das van-
tagens comparativas de que as
economias se especializam na
produção em que se encontram os
menores custos de oportunidades
não se aplica num ambiente “ino-
vativo”, capaz de alterar sucessi-
vamente os preços relativos dos
insumos. Numa visão dinâmica, a
criatividade é capaz de gerar novas
informações, que realimentam o
conjunto de ideias. As novas ma-
neiras de olhar para os problemas,
bem como enxergar oportunidades,
são marcantes na economia cria-
tiva. O setor empresarial reorga-
niza o conhecimento, no intuito de
potencializar riqueza, emprego e
produto, explorando a propriedade
intelectual e a eficiência produtiva.
Repensar o crescimento da pro-
dução na economia brasileira passa
a criar um ambiente favorável a ne-
gócios e conhecimento. A indústria
criativa tem papel importante nos
ganhos de produtividade e criação
de empregos. Porém, as políticas
públicas precisam atacar o principal
elo que está por detrás dos ganhos
de produtividade: ampliar o investi-
mento em educação. O investimen-
to educacional é base na política de
inovação. Enquanto as políticas não
forem direcionadas à promoção do
conhecimento, não se poderá pen-
sar em crescimento sustentável e,
assim, a produtividade da indústria
nacional se manterá no eterno voo
de galinha, sempre baixo e oscilante.
José Eustáquio
Ribeiro Vieira Filho
Bacharel em economia pela
UFMG, mestre em economia
aplicada pela UFV e doutor em
teoria econômica pela Unicamp.
Pesquisador do Ipea
(jose.vieira@ipea.gov.br)
Cristiano Costa
Parceria:
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 41
//empresário do mês
//Por Fábio Setti
Conheça a história de Marcilea Quintão, dona de um
salão só para pequenos clientes
O
ofício de cabeleireiro pode
ser delicado. Se lidar com
um cliente contrariado já
não é fácil, imagine quando este re-
solve chorar ou espernear. Marcilea
Couto Quintão, de 41 anos, não se
abala. Há 25 anos, ela corta os ca-
belos de crianças e bebês. E não há
manha que a faça mudar de fregue-
sia. “Cortar cabelo de adulto é muito
mais complicado.”
Foi em 2000 que ela abriu um
salão especialmente para o público
infantil, o Cabelo de Anjo. Em 2011,
o estabelecimento passou a se cha-
mar Cabelo Kids, uma vez que ela
não tinha registrado o nome anterior.
O salão funciona na 402 Norte e a
proprietária é a única cabeleireira.
“Cortar cabelo de criança é delicado.
Se houver mais de um funcioná-
rio, as crianças se estressam e um
cabeleireiro acaba atrapalhando o
outro”, justifica. Marcilea conta com
uma recepcionista para cuidar da
agenda, sempre mais cheia nos fins
desemana.
O salão recebe de 5 a 15 peque-
nos clientes por dia. Ao final do corte,
um pirulito ou outro doce é dado à
criança. A sala comercial tem duas
cadeiras para os clientes, em forma-
to de carrinho e de cavalinho, pare-
des coloridas, pufes e brinquedos.
Marcilea diz que não existe padrão
de tratamento, tudo depende da
criança. Muitas vezes o serviço é fa-
cilitado pelo uso de distrações, como
doces, televisão, tablets, DVDs e
videogames.“Antigamente era muito
mais complicado, hoje em dia temos
tantas tecnologias, qualquer coisa
distraiamentedacriança”,diz.
A experiente cabeleireira diz que
cortar cabelo de criança requer, além
de prática e habilidade, muita paci-
ência. Ao contrário do que a maioria
pensa, o primeiro corte não é o mais
traumático. “Apesar de as mães
ficarem apreensivas, normalmente
é mais fácil”, diz. O salão tem um cer-
tificado do primeiro corte, que vem
acompanhadodeumamecha.
O mais difícil, diz, é lidar com
bebês entre 1 e 2 anos, idade em
que aprendem a fazer manha, in-
dependentemente de ser menino
ou menina. Nestes anos, reuniu
histórias curiosas. Certa vez, uma
mãe argentina levou o filho recém-
nascido ao salão e pediu que Mar-
cilea raspasse o cabelo do bebê. Não
sabia que era tradição naquele país.
Confessa que ficou um pouco assus-
tada por se tratar de um neném de
apenas cinco dias cortando o cabelo,
mas adorou a experiência.
Nina Quintana
Com sabor
de pirulito
//Defamília
Trabalhar com o público infantil
nunca foi novidade para Marcilea,
que começou a carreira em salões
da própria família aqui no DF, tam-
bém especializados em crianças. Ela
foi criada nesse meio, desenvolveu
gosto e facilidade para trabalhar no
ramo. Optou por fazer cursos fora
de Brasília. O primeiro, feito em SP
com 16 anos, foi decisivo para que ela
soubesse que desejava seguir a pro-
fissão. O segundo, com seis meses
de duração, em Vila Velha, Espírito
Santo,acolocoudeveznomercado.
Em 1992, abriu um salão em Itu-
tinga (MG). Durou dois anos, pois ela
não gostou da experiência de aten-
der adultos. Resolveu então voltar a
Brasília e inaugurar seu salão infan-
til. Diz ser muito gratificante traba-
lhar com uma clientela tão especial.
“Muitas vezes ouvi crianças falando
que querem brincar de Marcilea e
cortar cabelos.”
revista FECOMÉRCIO | outubro 201342
mercado
//Por Naiara Leão
No meio do
caminho...
Osquiosquesestãoemtodolugar.Nos
shoppingsConjuntoNacional,Liberty
Mall,BrasíliaShoppingePátioBrasil,que
integramoprojetoComércioCopa2014,do
Sebrae-DF,representamemmédia10%
dosestabelecimentos.Saibaquaissãoas
particularidadesdosquiosqueseconheçaa
experiênciadequemprosperou
O
quiosque é especialmente
atrativo para iniciantes por-
que custa bem menos que
uma loja. O investimento em uma
franquia em quiosque, por exem-
plo, varia de R$ 60 mil a R$ 300 mil,
enquanto uma loja convencional de
shopping custa de R$ 500 mil a R$
1 milhão. Os dados são da Associa-
ção Brasileira de Franchising (ABF).
Além disso, o aluguel é reduzido em
função do espaço.
A manutenção do quiosque é de
duas a três vezes mais barata do que
a da loja. Cada shopping tem uma
política, mas em geral o quiosque
paga taxa única, enquanto lojas têm
extras relativos ao fundo de promo-
ção, água, energia elétrica. Nas pra-
ças de alimentação, soma-se ainda
a taxa de limpeza das mesas.
De acordo com Daniel Plá, ad-
vogado e professor de varejo da
Fundação Getulio Vargas e ex-presi-
dente da ABF, o investimento inicial
é menor principalmente por causa
das luvas. Os shoppings não costu-
mam cobrá-las de quiosques, mas
de lojistas com contratos superiores
a cinco anos. O valor varia geralmen-
te de R$ 100 mil a R$ 500 mil. A Lei
8.245/91, Lei das Locações, proíbe
a cobrança de luvas na renovação,
mas não no primeiro contrato.
//A permanência
Os contratos de aluguel são cur-
tos – de um mês a dois anos. No caso
das lojas, costumam ser de cinco
anos ou mais. “O lojista é pressiona-
do a sair o tempo todo. Ou para uma
loja, mais cara, ou para outro ponto.
Isso acontece quando ele começa a
ganhar dinheiro e o público passa a
saber onde ele está”, diz o ex-presi-
dente da ABF, Daniel Plá.
revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 43
A duração dos contratos costuma ser curta porque o
lojista ganha preferência na renovação do aluguel a par-
tir do quinto ano no mesmo local – o que na prática se
transforma no direito de ocupar o ponto indefinidamen-
te. “Isso está tão consolidado que, quando não acontece
amigavelmente, o lojista entra na Justiça, que sempre
lhe garante a manutenção do espaço”, diz Plá.
Entre os shoppings, entende-se que o espaço dos
quiosques é público. “É um espaço de circulação livre
e precisaremos movimentá-lo eventualmente para re-
alizar um evento ou até uma obra”, diz Geraldo Mello,
superintendente do Brasília Shopping.
O tratamento é diferente no caso de franquias conso-
lidadas, especialmente de grandes marcas, como McDo-
nald´s, que oferecem apoio ao franqueado nas negocia-
ções com o shopping. Nesse caso, a lógica se inverte. As
mais famosas exigem garantia do ponto por até 20 anos
antes de se instalar.
//O negócio
Alguns segmentos se adaptam melhor aos quiosques
do que a lojas maiores. Os mais comuns nos shoppings
assessorados pelo Sebrae-DF são de acessórios, como
óculos, joias e relógios, de perfumaria, de celulares e de
alimentação. São compras de itens pequenos e não mui-
to caros, feitas por impulso, explica Daniel Plá: “O que se
vê é a bijuteria, o doce, o salgadinho. Não dá certo para
vender roupa sofisticada, mas para sapatinhos de bebê,
bonés e mochilas, sim”, compara.
O diretor de Relações Institucionais da Associação
Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Luis Augusto
Ildefonso da Silva, acrescenta um ponto. “O produto tem
que ser pequeno. Senão, o proprietário vai ter que arcar
com uma logística de estoque”, argumenta.
Para a empresária Helena Montianini, a possibilida-
de de chamar mais a atenção do público foi decisiva ao
optar por um quiosque quando abriu, em 2010, um ponto
de venda de suvenires no Brasília Shopping, o Brasília
Conceito. “Temos produtos de pequeno porte, variados.
Com as quatro vitrines podemos mostrar que são dife-
renciados de outras lembrancinhas porque têm cara
contemporânea.”
O quiosque foi criado especialmente para a marca.
As vitrines e os balcões são independentes e têm rodi-
nhas, para que as pessoas possam circular entre eles
e também para que se mude sua disposição de tempos
em tempos. “O turista está acostumado a ver suvenires
sempre em quiosques. A ideia era que mais pessoas nos
vissem”, diz Helena, que também driblou o problema do
estoque. “As vitrines têm armários embaixo em que dá
para guardar algumas coisas. Mas todos os dias verifico
o que falta e trago no dia seguinte”, diz Helena, que man-
tém um depósito fora do shopping, que sai mais barato
do que alugar um espaço no subsolo, como fazia antes.
Muitos shoppings oferecem essa infraestrutura interna
de apoio, com depósitos, cozinha, refeitório e vestiários,
sem necessidade pagar mais taxas.
//O lugar
Um ponto importante para qualquer negócio é a lo-
calização. No caso do quiosque, o shopping deve ter o
mesmo público-alvo do produto que será vendido e, uma
vez ali, o ideal é que fique num ponto com alta circulação.
Mas essa escolha não depende só do comerciante. “Há
seleção muito criteriosa de quem vai ocupar esses pon-
tos. Quando o empresário nos procura, avaliamos pri-
meiro o projeto, o produto, a apresentação do quiosque
e se tem uma equipe bacana. Há também uma política
de equilíbrio do espaço do mall. A parte financeira vem
num segundo momento”, afirma o superintendente do
ParkShopping, Marcelo Martins.
O superintendente do Brasília Shopping, Geraldo
Mello, confirma. “O quiosque deve agregar ao mix do
mall, nunca competir. Se disputa com lojistas já estabe-
lecidos, vamos procurar uma localização que não bata
de frente ou, dependendo do caso, não vamos implan-
tá-lo”, explica.
O quiosque tem as mesmas obrigações administra-
tivas das demais lojas. É preciso abrir e fechar nos ho-
rários determinados pelo shopping e manter um visual
impecável. “Pelo fato de estar exposto em 360 graus aos
clientes, o quiosque e a equipe têm de manter nível de
apresentação excelente”, diz Martins. O descuido pode
levar a notificação ou a multa.
Balcões independentes
permitem que se mude a
disposição do quiosque Brasília
Conceito, de suvenires.
Fotos:NinaQuintana
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  • 1. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 1 Ano XVII nº 187 – Outubro 2013 Saiba quem são os 15 agraciados com o prêmio que reconhece a contribuição ao desenvolvimento de Brasília Entrevista // Pág. 8 fábioulhoacoelho Professor titular de direito comercial da PUC-SP O mérito é deles
  • 2. revista FECOMÉRCIO | outubro 20132 Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722 Ouvidoria BB 0800 729 5678 • Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 bompratodos.com.br Crédito sujeito a aprovação cadastral e demais condições do produto. BB Giro Décimo Terceiro Salário. Cada vez mais crédito para a Micro e Pequena Empresa crescer.
  • 3. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 3 Contrate o BB Giro Décimo Terceiro Salário e leve mais vantagens pra sua empresa. Você financia até 100% da folha de pagamento do 13º salário e ainda conta com até 59 dias para pagar a primeira parcela do empréstimo. Acesse bb.com.br/mpe. Banco do Brasil. Cada vez mais o banco da Micro e Pequena Empresa.
  • 4. sumário Parceria bem-sucedida Em sessão solene, a Câmara dos Deputados homenageou o Sesc-DF Alta do dólar Turismoéumadas áreasquejásentem osefeitos 61 28 Cristiano Costa Nina Quintana Quiosques Os prós e os contras dessa modalidade, cada vez mais presente nos shoppings 42 Nina Quintana
  • 5. seções 18 8 Entrevista 16 SEGREDOS DO MARKETING DIGITAL 17 vitrine 23 economia 24 gastronomix 27 CASO DE SUCESSO 34 direito no trabalho 40 doses econômicas 41 empresário do mês 48 gente 54 sindicatos 57 Agenda Fiscal 62 pesquisa conjuntural 66 pesquisa relâmpago Orgulho e inspiração Conheça os premiados da 7ª edição do Mercador Candango
  • 6. 6 cartas Contribua com sugestões, críticas e comentários sobre os assuntos que são abordados na publicação. Envie sua mensagem para Assessoria de Comunicação da Fecomércio-DF – SCS Quadra 6, Ed. Jessé Freire – 5º andar – Brasília – 70306-908 ou para o e-mail revista@fecomerciodf.com.br. (61) 3038.7527. Presidente Adelmir Araújo Santana Diretoria Miguel Setembrino Emery de Carvalho • Antonio Augusto Carvalho de Moraes • Clayton Faria Machado • Francisco Maia Farias • Antônio Tadeu Peron • Edy Elly Bender Kohnert Seidler • Fábio de Carvalho • Francisco das Chagas Almeida • José Aparecido da Costa Freire • José Carlos Ulhoa Fonseca • José Geraldo Dias Pimentel • Oscar Perné do Carmo • Cecin Sarkis Simão • Hamilton César Junqueira Guimarães • Miguel Soares Neto • Paolo Orlando Piacesi • Roger Benac • Joaquim Perei- ra dos Santos • Diocesmar Felipe de Farias • Glauco Oliveira Santana • Suely Santos Nakao Diretores Suplentes Aldo Ramalho Picanço • Alexandre Machado Costa • Álvaro Jose da Silveira • Ana Alice de Souza • Antonio Delgado Torres • Bartolomeu Gonçalves Martins • Carlos Hiran Bentes David • Clarice Valente Aragão • Edson de Castro • Elaine Furtado • Fran- cisco Joaquim Loyola • Francisco Valdenir Machado Elias • Jó Rufino Alves • João Ricardo de Faria • José Fagundes Maia • Luiz Alberto Cruz de Moraes • Milton Carlos da Silva • Osório Adriano Neto • Paulo Targino Alves Filho • Sandoval Antonio de Miranda Conselho Fiscal Arnaldo Sóter Braga Cardoso • Arnaldo Rocha Mudim Junior • Raul Carlos da Cunha Neto • Maria Auxiliadora Montandon de Macedo • Henrique Pizzolante Cartaxo Conselho Consultivo Mitri Moufarrege • Antônio José Matias de Sousa • Laudenor de Souza Limeira • Luiz Carlos Garcia • José Djalma Silva Bandeira • Orlando Antônio Vicente Taurisano • Rogério Tokarski Diretor Regional do SESC José Roberto Sfair Macedo Diretor Regional do Senac Luiz Otávio da Justa Neves SUPERINTENDENTE DA FECOMércio João Feijão DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO Elizabet Garcia Campos Sindicatos filiados Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sinccab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produ- ção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) Sindicatosassociados Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combus- tíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis) CoordenadordeComunicaçãodoSistemaFecomércio-DF Diego Recena Revista Fecomércio Coordenação Editorial - Editora Meiaum Editora-chefe - Anna Halley Editora-executiva - Paula Oliveira Editor Fecomércio - Diego Recena Editora Senac - Ana Paula Gontijo Editor Sesc - Marcus César Alencar Editora de fotografia - Nina Quintana Repórteres - Ana Paula Oliveira, Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Elton Pacheco, Fábio Setti, Larissa de Souza, Luciana Corrêa, Marina Marquez, Naiara Leão, Natasha Cabral, Raíssa Lopes, Sheila Nascimento, Sílvia Melo e Talita Cavalcante Fotógrafo da Fecomércio - Cristiano Costa Projeto gráfico e diagramação - Gustavo Pinto Capa - Gustavo Pinto Revisora - Anna Cristina Rodrigues Impressão - Ediouro Gráfica Tiragem - 60 mil exemplares Contato comercial - Joaquim Barroncas (61) 3328.8046 – barroncas@sucessototal.com.br Endereço SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília – 70306-911 (61) 3038.7500 – www.fecomerciodf.com.br – twitter.com/fecomerciodf EMPRESA À INFÂNCIA 2013 //O peso da folha A matéria sobre os altos encargos, na última edição [Peso pesadíssimo, n° 186], mostra que o governo não incentiva a classe empresarial do Brasil, nem mesmo os trabalhadores. Assim, acaba ficando ruim para todo mundo. Caro para o consumidor e com despesas exorbitantes aos empreendedores do País. Uma vergonha. YuriFreitas Estudante de direito //Fotografia As fotos representam sempre um charme a mais nas matérias. Excelentes retratos. Parabéns à Revista Fecomércio DF por sempre destacar as necessidades, os problemas e os prós do comércio da nossa capital. AlineSantana Estudante de gestão de políticas públicas
  • 7. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 7 editorial Heroísmo candango S ão muitas as atribuições de uma entidade do porte da Fe- comércio-DF. Orientar, co- ordenar, proteger e representar os empreendedores de comércio, serviços e turismo perante as auto- ridades e a sociedade são a essência do nosso trabalho. Reunimos 24 sindicatos filiados e 2 associados em numerosas e constantes batalhas. As lutas são duras, especial- mente quando se trata da carga tributária, da burocracia e do alto custo dos aluguéis, inimigos de quem se propõe a ter o próprio negócio. Aqui no Distrito Federal, temos a novela dos alvarás, que co- loca os comerciantes em situação de insegurança jurídica e desanima quem pensa em abrir um negócio em qualquer uma das nossas 31 regiões administrativas, algumas delas totalmente irregulares. Em esfera nacional, o que se vê é incoerência com o discurso de estímulo à criação de empregos. Exemplo escandaloso é o caso da manutenção da multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tem- po de Serviço (FGTS) nos casos de demissão sem justa causa. Foi mais um tapa na cara de quem escolheu empreender, e carece de questio- namento jurídico. Mas o empreendedor é justa- mente aquela figura que busca de- Paulo Negreiros safios, que enxerga oportunidades nos momentos de adversidade, que não tem medo de se arriscar por um sonho. É mais que vocação, é necessidade. E quando a empresa se consolida, a satisfação é imen- sa. Não tem preço o sentimento de dever cumprido ao ver seu sonho crescer e contribuir para o desen- volvimento de uma comunidade, de uma cidade, de um país. O Mérito Mercador Candango, que chega à 7ª edição, é forma de a Fecomércio-DF prestar reconheci- mento aos bravos empreendedores que acreditaram no potencial do Distrito Federal (veja os homenage- ados a partir da página 18). E mais: por meio de suas histórias, quere- mos mostrar que empreender vale a pena. Neste ano, premiamos 15 homens e mulheres que constru- íram trajetórias inspiradoras nos mais diversos segmentos. Repre- sentam a coragem, a determinação e o espírito empreendedor dos candangos e merecem todo o nosso respeito e admiração. Os troféus vão para eles, mas a homenagem é a todos nós, que fizemos desta cidade muito mais que um centro administrativo, lhe dando alma e coração quando para cá trouxemos nossos sonhos. Os obstáculos são muitos, mas, juntos, somos maiores do que todos eles. Adelmir Santana Presidente da Fecomércio-DF, entidade que administra o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal
  • 8. revista FECOMÉRCIO | outubro 20138 //entrevista Feitoem1850,oCódigoComercialéinócuo.Novasnormas derrubaramseusartigos,ehojesóvaleotrechosobre comérciomarítimo.Asrelaçõesentreempresassãojulgadas combasenoCódigoCivil,naLeideFalênciaseaténoCódigo deDefesadoConsumidor.FábioUlhoaCoelho,professor titulardedireitocomercialdaPontifíciaUniversidadeCatólica deSãoPaulo,integraosgruposqueestudamamatériano Parlamento.Épresidentedacomissãodejuristascriadapela CâmaradosDeputadoserelatornacomissãodoSenado. “Asrelaçõesentreempresáriostêmassuasespecificidades. Deveriamestarsujeitasaregraspróprias.” // Por Paula Oliveira Modernização urgente
  • 9. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 9 FábioUlhoaCoelho Professortitularde direitocomercialda PUC-SP Fotos:NinaQuintana
  • 10. revista FECOMÉRCIO | outubro 201310 OCódigoComercialabrangeoquê? Trata somente das relações ju- rídicas entre os empresários. O em- preendedor tem no seu dia a dia relações jurídicas com os empre- gados, com os consumidores, com o Fisco, além de contratos e títulos com outros empresários. O Código Comercial trata exclusivamente des- seâmbitodasrelaçõescomerciais. Comoestãoasdiscussõesacerca darevisão? OSenadoeaCâmaradosDeputa- dos trabalham de forma simultânea. Na Câmara, já existe o Projeto de Lei 1.572/2011, e o relatório está quase pronto. No Senado, estamos na fase de elaboração do anteprojeto. A co- missão de juristas está preparando o texto para ser entregue em 18 de no- vembro ao presidente Renan Calhei- ros (PMDB-AL). O projeto da Câmara eoanteprojetodoSenadoestãosendo elaborados de forma coordenada. Claro que há diferenças, mas eles têm a mesma estrutura, a mesma filosofia, os mesmos princípios, de modo que sobra para os deputados e para os senadores decidirem apenas questõespontuaisdostextos. Porque,emmaisde160anos,não houvepreocupaçãoemmodernizar essalegislação? O Código Comercial é de 1850, mas de lá para cá as mudanças que a economia exigiu na legislação fo- ram feitas todas por leis esparsas, individuais. Temos leis que tratam do direito comercial – parte delas está no Código Civil – e este é o momento de reunir tudo isso no Código Comer- cial e atualizar a legislação. Embora tenham sido feitas atualizações, não atendem às necessidades atuais do setor produtivo. Nos últimos dez anos, a economia brasileira mudou de forma muito acentuada. Uma lei que há uma década era apropriada, como o Código Civil de 2002, hoje já estádefasada. Essadefasagemnosprejudicade queforma? Hoje temos ferramentas eletrô- nicas mais ágeis, econômicas e se- Porfaltadeleiespecíficaparaoscontratos empresariais,osjuízesacabamaplicando oCódigodeDefesadoConsumidor, própriodeumarelaçãodedesiguais. Entreempresários,arelaçãoédeiguais. guras para armazenar informações. Toda documentação empresarial já poderiaserproduzidadeformasegu- ra em meio eletrônico. A legislação, no entanto, ainda exige o emprego do papel. Temos uma lei de 2012 [12.682] que diz que a documentação empresarial pode ser digitalizada, mas exige que primeiro se preencha o formulário no papel e o digitalize. O mundo todo mantém sua documen- tação – contratos, títulos, escritura- ção, correspondências – em meio eletrônico há muito tempo. Esse é apenas um exemplo de como a legis- lação brasileira está atrasada. Sem contar o custo que o uso do papel representa e a dificuldade do resgate de uma informação. O custo é, con- sequentemente, repassado para o preçofinaldoprodutooudoserviço. Comoainvalidadedocódigocausa insegurançajurídica? Esse é um ponto importante. Hoje temos normas que são aplicadas para os mais variados contratos – o Código Civil não contempla especi- ficamente os empresariais – e isso provoca maior insegurança jurídica. As relações entre empresários têm especificidades. Deveriam estar su- jeitas a regras próprias, a princípios próprios e, como não existem, apli- cam-se aos contratos empresariais regras do Código de Defesa do Con- sumidor, por exemplo. Em uma rela- ção de consumo, se o cliente fica em posição desfavorável, a lei faz com que o contrato não produza efeitos naquilo que o está prejudicando. Essa regra não pode ser aplicada entre os empresários. Se uma empresa vai contratar outra, se equivoca e assu- me uma obrigação que a prejudica, não pode ser poupada. Isso significa- ria imputar as consequências desse erro àquela empresa que acertou. Precisamos de regras próprias, dife- rentesdasrelaçõesentreempresário e consumidor, por exemplo. Por falta de lei específica para os contratos empresariais, os juízes acabam apli- cando o Código de Defesa do Con- sumidor, próprio de uma relação de desiguais. Entre empresários, a rela- ção é de iguais e, portanto, as regras precisamseroutras. Naprática,oqueissosignificano avançododesenvolvimentodoPaís? Com toda a certeza, esse quadro de insegurança jurídica e de exces- siva burocratização da atividade em- presarial não compõe um ambiente de negócios atraente para o investi- dor estrangeiro. Se não há previsibi- lidade judicial, é um país que oferece maior risco para investimento. Isso provoca um efeito ruim para os con- sumidores. Todo empresário, quando está assumindo risco maior, e sem- pre foi assim, quer retorno maior. Um país com insegurança jurídica não deixa de receber investimentos, mas passa a ser atraente para investido- res que estão atrás de altos riscos. Aqueles que querem investir mais e ter maior retorno, ou seja, preços maiores de produtos e de serviços. Quando compramos um celular no Brasil, pagamos mais pelo mesmo
  • 11. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 11 Quandoascoisas sãosimples, diretaseobjetivas, ailegalidade tendeadiminuir. aparelho vendido em países mais se- guros juridicamente. É assim, mes- mo descontando-se os impostos. À medida que a gente reduzir os riscos jurídicos, garantir que os contratos são para valer, que o empresário não vaisersurpreendidoporumadecisão judicial que altere a sua condição, os riscos passam a ser menores, e os preçostambém. Comoosenhorvêaburocracia noBrasil? A burocracia tem sentido quando é um controle adequado, necessá- rio e que provoca consequências jurídicas. O problema é que temos regras que não precisariam existir. Por exemplo, a lei estabelece que toda sociedade limitada formalize uma vez por ano as contas dos admi- nistradores. Essa formalização pode ser uma assembleia, uma reunião ou um documento simples. Mas 80% das sociedades limitadas são compostas por um grande sócio, com mais de 90% do capital social. Ou seja, ele mesmo aprova as contas dele. Isso tem custo não só para o empresário. Esse trabalho todo vai provocar acúmulo de documentos na Junta Comercial, por exemplo. Esta- mos gastando dinheiro público para cumprir uma exigência que não tem importâncianenhuma. Aburocraciafavoreceacorrupção? Quando a lei cria um controle desnecessário e exagerado com uma norma burocrática, cria também um campo favorável para a corrupção. Quando as coisas são simples, dire- tas e objetivas, a ilegalidade tende a diminuir. Principalmente quando são independentes da avaliação do servi- dor público, com o uso mais intensivo dossistemasinformatizados. AfaltadoCódigoComercialtambém contribuiparaisso? Sim. A legislação foi elaborada para que a documentação das em- presas seja manual, mas hoje temos várias ferramentas de informática que tornariam isso mais seguro, ágil e menos suscetível à corrupção. Por exemplo,sehánecessidadedealtera- ção do valor da sociedade, o controle disso passa pelas mãos de funcio- nários públicos. Eles vão verificar se está tudo correto. À medida que passarmos a utilizar os sistemas in- formatizados,essaalteraçãovaidireto para um banco de dados da Junta Co- mercial, e o controle será automático. Não passa pelas mãos de ninguém. Se for um funcionário corrupto, ele pode criar dificuldades para vender facilidades. EmqueaLeideFalências (Lei11.101/2005)precisaser aperfeiçoada? A ideia inicial, já superada, era trazer para o Código Comercial ape- nas a parte de direito material das falências. A lei será aperfeiçoada, mas continuará separada do código. Um aspecto muito importante que vai ser alterado na Lei de Falências diz respeito à desvinculação da re- jeição da recuperação judicial da decretação da falência. Hoje a lei estabelece que, se o empresário não consegue a recuperação judicial, o juiz tem obrigatoriamente que de- cretar a falência dele. Essa norma é ruim porque os credores ficam pressionados a aprovar qualquer plano de recuperação, mesmo que seja inconsistente. Se não aprovam, é decretada a falência do devedor e, nesse caso, dificilmente recebem o pagamento do que é devido. Ou seja, chegam a aprovar um plano de pa- gamento de 20 anos somente para garantir que vão ter a dívida quitada. Sabendo disso, o devedor acaba fa- zendo planos que sacrificam muito o credor. Com a revisão da lei, desvin- culando uma coisa da outra, se o de- vedor não apresentar proposta razo- ável, os credores podem não aceitar e eles ficam expostos à execução. Muitos devedores se aproveitam dessa situação. Esse é um exemplo de como a lei atrasada contribui para o mau uso das regras. //Serviço Até 18 de outubro, qualquer cidadão pode participar da consulta pública sobre o anteprojeto do Senado no Portal e-Cidadania. www.senado.gov.br
  • 12. comportamento //Por Sheila Nascimento Bom senso na rede Exposição em mídias sociais funde cada vez mais vida profissional e pessoal.Afinal,quaisoslimites? U m vendedor insatisfeito com o salário publicou uma foto do contracheque em uma rede social. Dias depois veio a demissão por justa causa. Segundo ele, a publicação expressava sua insatisfação com o valor pago pelo seu serviço e rela- cionava o problema com o alto custo de vida. O gerente de recursos hu- manos da companhia alegou que a decisão foi baseada na violação do acordo de confidencialidade previsto no contrato de trabalho. O caso, ocorrido nos Estados Unidos em agosto, não difere da re- alidade brasileira. Aqui funcionários também já terminaram desligados depois de publicar algo relacionado ao ambiente profissional na inter- net. Há também os casos de com- portamento inadequado em relação ao uso das mídias sociais durante o expediente. Mas de que maneira os empresários avaliam essas situ- ações? O que deve ser considerado prejudicial ou desrespeitoso? Para quem trabalha com mídias sociais, a palavra de ordem é o bom senso. “Já não há como restringir o uso das redes no trabalho, visto que muitos funcionários têm ta- blets e smartphones com acesso à internet. O recomendado é orientar o colaborador sobre o que é ou não permitido na empresa e em relação ao nome da marca”, analisa a con- sultora e especialista no assunto Carla Falcão. Funcionários que utilizam as mídias sociais de forma excessi- va, prejudicando o rendimento e a qualidade do trabalho, e aqueles que usam essas ferramentas para desabafar e falar mal da empresa e de outros colaboradores podem perder o emprego, segundo a ad- vogada especialista em direito do trabalho Clarisse Dinelly. “Os dois casos oferecem margem para a de- missão, sendo o último exemplo o mais grave”, afirma. A Consolidação das Leis do Tra- balho (CLT) tem regras que podem ser aplicadas à internet, segundo a advogada. “O artigo 482 estabelece a demissão por justa causa nos casos em que ocorra a violação e a divul- gação de dados da empresa, além de responsabilizar as pessoas por atos difamatórios.” Para o Tribunal Superior do Tra- balho, exibir fotos do ambiente de trabalho nas redes sociais pode re- sultar em demissão por justa causa. O entendimento da corte é válido para todos os tribunais regionais. O caso que serviu de base para es- tabelecer esse precedente foi o de uma funcionária de um hospital par- ticular em Olinda (PE). Ela publicou fotos em uma rede social da equipe trabalhando na unidade de terapia intensiva (UTI). A direção do hospital alegou que as fotos motivaram comentários de revista FECOMÉRCIO | outubro 201312
  • 13. mau gosto na rede social, expondo a intimidade de outros funcionários e de pacientes sem autorização. Além disso, afirmou que a imagem do hospital foi associada a brincadeiras de baixo nível. Na decisão, de abril de 2012, a segunda turma do TST citou a inadequação das imagens ao descrever a foto de uma das enfer- meiras semiagachada e uma mão supostamente tentando apalpá-la. //Código de conduta Para evitar esse tipo de cons- trangimento, algumas empresas optaram nos últimos anos por ela- borar um regimento interno, no qual descrevem de maneira detalhada o comportamento do funcionário em relação ao uso das redes sociais. “Acredito que essa seja a forma mais eficaz e satisfatória para estabelecer regras e a conduta dentro da organi- zação”, defende Clarisse Dinelly. Um dos itens que pode ser es- tabelecido é o horário de acesso. “Algumas empresas criam limites de tempo ou de volume de dados trafegados como forma de contro- lar o uso, além de liberar o acesso durante intervalos e no término do expediente”, diz o especialista em gerenciamento de tempo e carreiras Christian Barbosa. “Não existe mais essa história de bloqueio total, a não ser que a organização reviste o bolso dos colaboradores e os impeça de trazer smartphone para o trabalho”, completa. A tendência é de que, com o pas- sar dos anos, cada vez mais organi- zações estabeleçam contratos, regi- mentos e códigos de conduta para evitar processos judiciais conse- quentes de demissão por justa cau- X “Temos uma política estabelecida por meio de um regimento que proíbe o uso das redes no horário considerado de pico no trabalho. A empresa atua no ramo de serviço e, inevitavelmente, lidamos com atendimento ao público. Não posso permitir que um funcionário deixe de atender um cliente para estar na internet, por isso o investimento em treinamento. Tudo é questão de bom senso e cooperação entre empresa e colaboradores. Não interferimos em ações no perfil pessoal dos funcionários, tais como a publicação de fotos, frases e material compartilhado.” Marly Vidal 44 anos, superintendente de Gestão de Recursos Humanos do Sabin “Costumo me policiar para não publicar algo que denigra minha imagem como profissional e a da empresa onde trabalho. Isso ocorreu de forma mais acentuada durante as discussões das manifestações de junho pelo Brasil. Apesar de concordar com muitas coisas, evitei compartilhar mensagens do tipo: ‘greve geral’. Evito o uso das mídias sociais durante o horário de trabalho, geralmente publico material na hora do almoço ou após o expediente. Estabeleço filtros de fotos para grupos de amigos – dessa forma preservo minha vida pessoal, social e profissional.” Vivian Accorsi 28 anos, secretária do Sabin revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 13 Fotos: Nina Quintana
  • 14. X “Fiscalizamos o uso das redes sociais durante o horário de trabalho. Como atuamos no comércio, já houve situações de funcionário dispensar um cliente para voltar a usar a rede por meio do smartphone. É delicado abordar esse assunto com o empregado porque é quase impossível proibir o acesso atualmente. O ideal é deixar tudo claro durante a contratação por meio da orientação oral. Não acredito que um documento por escrito seja necessário. Colocar foto da vida pessoal, da balada, é uma escolha da pessoa que não cabe à empresa, mas vale o bom senso para que em uma dessas imagens a marca da empresa não esteja associada.” James Barbosa 29 anos, gerente da Free Corner do Brasília Shopping “Busco utilizar as redes como ferramenta de trabalho ao publicar imagens dos produtos comercializados. Acho que o que coloco de opinião ou foto pessoal só diz respeito a mim e não à empresa, claro, desde que não denigra a imagem da organização, como utilizar o produto de uma marca concorrente. Nesse caso, cabe o bom senso do funcionário, além de evitar usar esse espaço para desabafar sobre algo que o incomode no trabalho. Acredito que esse seja o maior erro dos profissionais atualmente.” Carlos Henrique Ribeiro 23 anos, vendedor da Free Corner do Brasília Shopping revista FECOMÉRCIO | outubro 201314 sa. Os empresários devem consul- tar um especialista para redigir um documento adequado à realidade da empresa e da equipe. “Mas isso não basta. É necessário orientação e fiscalização da gerência de recursos humanos”, recomenda Carla Falcão. O coach e especialista em mí- dias sociais Monclair Cammaro- ta defende o livre acesso às redes sociais, mas com moderação. “As empresas devem orientar e treinar os seus funcionários para que as postagens sejam satisfatórias para ambos. Um trabalhador satisfeito tende a elogiar a organização, o que é melhor do que qualquer propa- ganda para fortalecer a marca. A afirmação de um colaborador tem credibilidade”, acredita. O problema é se o bate-papo, por exemplo, não termina e consome longas horas no dia, levando ao acú- mulo de trabalho. “Nesses casos, a rede social faz mal para o desempe- nho do trabalhador e da empresa”, pondera Christian Barbosa. Outro ponto a ser levado em con- sideração é a imagem que o empre- gado passa ao público externo. “As pessoas esquecem que são uma marca profissional, seja na empresa X ou Y, e se comportam de maneira inadequada. Utilizam as redes como muro de lamentações. O nome é algo tão valioso quanto o currículo”, aconselha Carla Falcão. De acordo com a especialista em mídias so- ciais, alguns empregadores passa- ram a verificar informações nas re- des sociais para fins de contratação. “Tudo o que se publica na internet, por mais que seja pessoal, pode contar como positivo ou negativo. A rede é um espaço público.”
  • 15. “Na nossa empresa, o uso das redes sociais é totalmente liberado. Não cabe a nós avaliar o que um funcionário publica ou deixa de publicar. Ao contrário de outras organizações, incentivamos o uso dessa ferramenta como meio de conquistar e fidelizar os clientes. Não estabelecemos regras ou códigos de conduta para os colaboradores. Com isso respeitamos o direito individual dos empregados e evitamos o vínculo da marca com a insatisfação de um empregado que não se sinta à vontade.” Higor Lúcio Félix 27 anos, gerente de Vendas da Peugeot do SIA “Utilizo as redes sociais como ferramenta de trabalho e comunicação com outros funcionários. Quando se está no trabalho, aprende-se a separar a hora de descontração. Com o tempo, percebemos que uma mídia social pode ter potencial muito maior do que apenas descontrair ou bater papo com amigos e conhecidos. Acredito que o único cuidado necessário para o uso das redes para aqueles que se intitulam como parte integrante de uma empresa seja não cometer erros de português. Isso depõe contra o colaborador e a organização.” Leidiane Cavalcante 22 anos, gerente de Mídias Sociais da Peugeot do SIA X X “Não pega bem um funcionário utilizar o horário do expediente para permanecer nas redes sociais. Isso contribui para o acúmulo de trabalho e o estresse. Por esse motivo, há o bloqueio do acesso às redes durante o trabalho. Nós não utilizamos regimento ou código de conduta, mas orientamos oralmente nossos colaboradores sobre o bom senso que deve haver. Na minha opinião, fotos de baladas, festas e copos de cerveja não pegam bem para o ambiente escolar, em que atuamos.” Roberto Boechat 38 anos, proprietário da escola de inglês You Move da Asa Norte “É difícil hoje em dia separar um perfil profissional do pessoal, mas faço esse esforço. Creio que o uso das redes não deve prejudicar o trabalho. O funcionário precisa ter noção do tempo considerado saudável nas mídias sociais e saber se disciplinar para que esse costume não interfira na carreira. Acho que, antes de publicar algo, compartilhar e curtir, é necessário avaliar o possível impacto perante amigos, colegas de trabalho e família.” Deyse Gomes 25 anos, atendente da escola de inglês You Move da Asa Norte revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 15
  • 16. revista FECOMÉRCIO | outubro 201316 //segredos do marketing digital E-commerce brasileiro cresce 24% no primeiro semestre Maximo Migliari Sócio da ClickLab Jens Schriver Sócio da ClickLab //Envieperguntaspara info@clicklab.com.br ou facebook.com/agencia.clicklab 4 milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra pela internet no primeiro semestre. Fonte:E-bit E m nossa coluna deste mês, trazemos uma excelente notícia para os comercian- tes que já trabalham com e-commerce e para quem pretende trabalhar. Pesquisa realizada pelo E-Bit mostra que o comércio ele- trônico brasileiro cresceu, no pri- meiro semestre, 24% em compa- ração ao mesmo período de 2012, com faturamento em torno de R$ 12,74 bilhões. A pesquisa ainda nos traz al- guns dados dos setores que mais se destacaram nas vendas on-line. A categoria Moda e Acessórios che- gou ao primeiro lugar, represen- tando 13,7% do total das vendas, seguida de perto pela categoria Eletrodomésticos, com 12,3%. Em terceiro, quarto e quinto lugares, temos, respectivamente, as cate- gorias: Cosméticos e Perfumaria/ Cuidados Pessoais/Saúde (12,2%), Informática (9%) e Livros/Assinatu- ras e Revistas (8,9%). Mais interessante ainda é per- ceber que esse aumento ocorreu justamente em um momento de retração da economia, quando há crise econômica internacional, bai- xo crescimento do PIB brasileiro, alta da inflação e expectativa de alta de juros. Apesar de parecer contra- ditório, esse bom desempenho do e-commerce pode ser explicado. Em períodos de crise, o consumidor passa a ser mais seletivo em suas compras, além de pesquisar muito mais os preços, sendo atraído pelos valores e pelas condições ofereci- dos on-line. Estima-se que no primeiro se- mestre do ano quase 4 milhões de brasileiros tenham feito sua primei- ra compra pela internet – número que, comparado com o ano passa- do, mostra estabilização do setor. De acordo com o estudo, a maior parte desse público é formada por mulheres de 25 a 49 anos. Tam- bém se notou grande participação da classe C nesse comércio. Em relação ao grau de escolaridade, pessoas com ensinos fundamental e médio são maioria (46%). Já no quesito renda, a faixa mais relevan- te é a de pessoas com ganhos de até R$ 3 mil (58,62%). Para finalizar, um dos pontos altos da pesquisa mostra que os números registrados no primeiro semestre contribuem para manter previsões positivas para todo o ano de 2013, que deve chegar ao final com faturamento de R$ 28 bilhões. Ficou impressionado com esses números? Nós também! Acredi- tamos que eles mostrem, mais do que nunca, que adotar uma es- tratégia on-line para seu negócio é item obrigatório. Uma boa pre- sença on-line pode reforçar muito as vendas, assim como criar certa proteção em tempos de flutuações econômicas. Lembre-se: quanto mais cedo você começar, mais cedo poderá colher os frutos. GiovannaLeal
  • 17. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 17 //vitrine Até o fim do ano, duas grandes grifes italianas abrirão lojas próprias em Brasília. A Prada e a Dolce & Gabbana já estão alo- jadas na ala internacional do Iguatemi. Por enquanto, só é possível ver os tapumes. A ala conta com outras marcas de luxo, como Gucci, Tiffany & Co., Burberry e Hugo Boss. Na foto, a bolsa Prada Twin Pockets. O Igua- temiBrasíliaficanoLagoNorte,noCentrode Atividades4. Mais luxo Flutuaçãoe relaxamento Passar uma hora dentro de uma bolha, sem contato com os proble- mas e sem interferência da gravidade é realidade no Float Brasília. Em um tanque com mil litros d’água e 500 quilos de sais Epsom, o cliente flutua naturalmente. A tecnologia, exclu- siva em Brasília, promete reduzir dores provocadas por tensão mus- cular, melhorar a qualidade do sono e acelerar a recuperação de lesões. A sessão pode durar 1 hora ou 45 minutos. O spa oferece ainda pacotes promocionais e massagens. O Float Brasília fica no Centro de Atividades 7 do Lago Norte, lotes 8 e 9, na entrada da academia Headway. Telefone: (61) 3034.5044.www.floatbrasilia.com.br A Nardim Júnior Home, criada pelo arquiteto e decorador de mes- mo nome, está maior, mais organizada e com produtos novos. Agora, o ambiente de 650 metros quadrados está dividido em cinco seções: anti- guidades,presentes,objetosdedecoração,listasdecasamentoefestas. Osclientesganharam,ainda,umespaçoparadescansar,ouvirmúsicae tomar drinques. São mais de 1,5 mil itens de marcas como Marchesa by Lenox, Zanatta Casa e Voluspa. A Nardim Júnior Home fica na 409 Sul, noblocoC.Telefone:(61)3244.0588. Brasília ganha, em ou- tubro, mais uma opção de diversão noturna. A boate Noir Club chega com foco no bom atendimento. Os frequenta- dores que tiverem o aplica- tivo Snappin no smartphone poderão fazer o check-in, ter a comanda vinculada auto- maticamente ao seu cadastro virtual e não se preocupar em pegar filas no fim da festa. Com o aplicativo, vai ser pos- sível fazer o pagamento da conta pelo próprio celular. A Noir Club será inaugurada no Gilberto Salomão (SHIS QI 5), no Lago Sul. Balada tecnológica Compraorganizada Alan Santos Nina Quintana
  • 18. revista FECOMÉRCIO | outubro 201318 Adão Gomes Pereira Nasceu em Ubá, Minas Gerais, há 70 anos. Veio para Brasília em 1960 para a inauguração da capital e acabou ficando. Casado, tem três filhos e três netos. Cursou ciências contábeis na UDF e trabalhou no comércio no início da carreira. Em 1975, criou uma empresa de maquinário para escritórios e outra de produtos de apoio para restaurantes e condomínios. Depois, fundou a DB Distribuidora (focada no setor de food service), com os seus filhos Heda e Danilo Valim, no Núcleo Rural de Ceilândia. Hoje, além da matriz, tem filial em Goiânia. Adriana Karina de Simões Muniz Ricci Nasceu em Brasília há 42 anos. É casada há 22 e tem três filhos. Formou-se em 1996 em administração pela Fundação Getulio Vargas. Fez pós-graduação em marketing também pela FGV. Administra a Lord Perfumaria com o irmão Marcus Vinicius. A empresa foi adquirida pela família na década de 1980. A perfumaria só cresceu. São nove lojas pela capital e também vende on-line. Em 2013, a marca fez um plano de expansão e pretende alcançar o número de cem franquias em todo o território nacional. Antonio do Valle Tem 70 anos e nasceu em Muriaé, interior de Minas Gerais. Veio para Brasília em 1960 para a inauguração da capital e ficou maravilhado. Seu primeiro emprego em Brasília foi de office boy em uma loja de móveis. Depois, trabalhou como frentista e garçom. Aproveitou as oportunidades da recém- inaugurada capital do País para virar despachante imobiliário. Logo depois, se tornou corretor de imóveis, área em que virou especialista, e montou sua própria empresa, a Antonio do Valle Empreendimentos Imobiliários. O Mérito Mercador Candan- go chega à sétima edição em 2013. Em 1° de outu- bro, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, no Setor Empreendedores em evidência//Por Daniel Alcântara Hoteleiro Sul, a cerimônia marca o reconhecimento ao trabalho de 15 empresários que acreditaram no so- nho de Brasília e contribuíram para o seu desenvolvimento. prêmio Cristiano Costa Diego Bresani Cristiano Costa
  • 19. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 19 Eunício Lopes de Oliveira Nasceu em Lavras da Mangabeira, no Ceará. Veio para Brasília em 1978. É senador da República desde 2011, pelo PMDB. Formado em administração de empresas pelo UniCeub, antes de entrar para a vida política presidiu empresas do setor de segurança privada. Chegou também a ser presidente da Fecomércio-DF e presidente da Federação Nacional de Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist). Tem 60 anos, é casado, tem quatro filhos e uma neta. Geraldo Tadeu Siqueira Nasceu na cidade de Itajubá, interior de Minas Gerais, e veio para Brasília na década de 1970. Morador de Taguatinga, tem 62 anos, é casado e tem três filhos. Começou a trabalhar no comércio logo após chegar à capital federal, na antiga Telebrasília. Depois de algum tempo, prestou serviços a uma empresa de ar-condicionado e há 33 anos resolveu montar seu próprio negócio em Ceilândia Norte. O nome do empreendimento é uma homenagem à sua cidade natal: Itajubá Materiais de Construção. Hilton Carvalho (in memoriam) Nasceu em dezembro de 1924 na cidade de São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo. Chegou em 1956, antes da inauguração da nova capital da República. Em 1964, ele abriu a primeira loja HC Pneus. Atualmente, a marca é uma das líderes no segmento automotivo e conta com 50 filiais nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Casou-se em 1950 com Olga Crispim. A união lhe rendeu quatro filhos e 17 netos. Morreu aos 87 anos, em 2012. O evento é iniciativa da Fecomér- cio-DF. Tem o apoio do Sesc-DF, do Senac-DF, da empresa Qualicorp e do Banco do Brasil. No ano passado, 12 empreendedores foram lembra- dos. Desde sua criação, em 2003, o Mercador Candango homenageou 82 personalidades (veja o quadro a par- tir da pág. 20). O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, diz que o prêmio valoriza os empresários do comér- cio, que alavancam cada vez mais o setor na capital do País. “Eles acre- ditaram em um sonho chamado Brasília. Mais do que isso: fizeram desse sonho razão para viver.” Para ele, essas pessoas representam a coragem, a determinação e o espí- rito empreendedor dos candangos, sejam pioneiros ou mais recentes. Das mais de 30 indicações feitas pelos sindicatos da base da Feco- mércio, 15 nomes foram escolhidos por uma comissão de notáveis for- mada pelos seguintes nomes: Iba- neis Rocha, presidente da OAB-DF; Álvaro José da Silveira, diretor da Fecomércio; Kátia Cubel, jornalista; Adirson Vasconcelos, jornalista, his- toriador e escritor; e Getúlio Lopes, reitor do UniCeub. “Trata-se de uma homenagem aos nossos bravos e nobres brasi- lienses. Em um País onde ter o pró- prio negócio significa superar uma avalanche de dificuldades, como a elevada carga tributária e a extrema burocracia, é preciso valorizar histó- rias de sucesso e exemplos de quem ajuda a transformar positivamente a realidade do Brasil”, justifica Santana. Assessoria de imprensa do senador Cristiano Costa Allisson Aragones
  • 20. revista FECOMÉRCIO | outubro 201320 Jaira Saffadi Coca Nasceu em Córdoba, na Argentina, e foi criada em Buenos Aires. Casada, mãe de três e avó de cinco, é dona do Jaira Coiffeur. Cabeleireira profissional, a empresária de 61 anos já fez cursos na Argentina, na Inglaterra e na Holanda. Há 50 anos vive no País. Montou o seu primeiro salão em São Paulo. Depois de um ano, a argentina veio para a capital da República. Abriu um estabelecimento no Hotel Nacional e hoje corta cabelos e faz penteados em seu salão no Lago Sul. Jonas da Costa Freire Tem 49 anos, nasceu em Corumbá de Goiás e veio para Brasília em 1970. Aqui, graduou-se em jornalismo, mas a veia empreendedora falou mais alto. Foi trabalhar com o ramo de papelaria, depois começou a atuar no setor de turismo e construção. A partir do ano 2000, se aventurou no ramo de hotelaria, setor no qual permanece até hoje. Jonas é dono do Hotel Colorado, no centro da cidade de Taguatinga. É casado há 25 anos e tem dois filhos. JosE do PatrocInio Leal O médico de 72 anos nasceu em Surubim, Pernambuco. Formou-se no Recife e fez especializações no Rio de Janeiro e na França. Veio para Brasília na década de 1970. Quando chegou à capital, trabalhou no Hospital das Forças Armadas (HFA). Desde 1983, é presidente do Grupo Santa Lúcia, responsável pelos hospitais Santa Lúcia, Santa Helena, Prontonorte, Maria Auxiliadora e Renascer. É casado, tem cinco filhos e sete netos. Saiba quem já foi agraciado 1ª edição (2003) Adelmir Araújo Santana • Antônio Carlos Pires • Antônio José Matias de Sousa • Benedito Augusto Domingos • Claudio Oscar de Carvalho Sant Anna • Elson Cascão • Franklin Roosewelt de Oliveira • Gilberto Salomão • Hely Walter Couto • José Neves • Lindberg Aziz Cury • Maria de Moraes Barros (Dona Querida) • Miguel Setembrino • Mitri Moufarrege • Mohamed Khodr • Newton Egydio Rossi • Ney Carneiro • Oredio Alves de Rezende • Orlando Taurisano • Osório Adriano • Raimundo José Vasconcelos • Salvador Ferreira Mota • Simon Pitel • Staikos Georges Tzemos 2ª edição (2007) Antônio de Paula Pontes • Edmond Baracat • Getúlio Pinheiro de Brito • José Gomes Ferreira •Júlio Adnet • Kazuo Mizuno • Lourival Abadia Juvenal de Almeida • Roosevelt Dias Beltrão • Wanderval Calaça • Yoshiaki Onoyama Cristiano Costa Cristiano Costa Cristiano Costa
  • 21. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 21 Laudenor de Souza Limeira Tem 80 anos, nasceu em Caruaru, Pernambuco, e veio para Brasília antes da inauguração da cidade. Tem três filhos e se formou em técnico contábil. Desde 1964, é sócio-diretor da Cascol Combustíveis, que faz parte de uma das maiores redes de postos do Distrito Federal e Entorno: a Rede Cascol. A empresa representa 91 postos de combustíveis e emprega mais de 2,5 mil funcionários. Luiz Maria de Ávila Duarte Nasceu no estado de Ohio, nos Estados Unidos, há 54 anos. Veio para o Brasil com 4 anos, quando seus pais decidiram voltar para o país de origem. Casado, tem três filhos e é formado em processamento de dados pela Universidade de Brasília, além de pós-graduado em didática e metodologia no ensino superior pela Universidade Católica e em sistemas da informação pela UDF. Há 23 anos, fundou a Cast Informática, na Asa Norte. Com filiais por todo o Brasil, a empresa presta serviços na área de tecnologia da informação. Paulo de Mendonça Maia Tem 82 anos e nasceu em Russas, no Ceará. Com espírito empreendedor, chegou a vender querosene quando jovem, pois em sua terra natal não havia energia elétrica. Em 1973, vendeu tudo que tinha e veio para Brasília. Comprou uma padaria com a esposa, Nadyr, e, com os filhos José Fagundes, César, Lurdes e Liduina Maia, expandiu os negócios. Na década de 1990, criaram o Super Maia, hoje com 15 lojas no DF e em Goiás. É dono do Grupo Santo Antônio, que administra padarias e uma fábrica de plástico e papel. 3ª edição (2008) Alberto Salvatore Giovanni Vilardo • Aurenir da Silva Macedo • Carlos de Oliveira Itacaramby • Gervásio Batista • José Alves Cardoso (Zé da Mata) • José Eustáquio Elias • José Paulo Sarkis • Luiz Pouso Martins • Mercedes Urquiza • Roberto Curi 4ª edição (2009) Dílson Fernando Barbosa • Edson Alves Rezende • Ennius Marcus de Moraes Muniz • Euzébio Pires de Araújo • Francisco Chiquinho do Beirute • Gilberto Amaral • Gilvan Farah • Hilton Pinheiro Mendes • Massae Tominaga • Olavo Pinto David • Pantelis Gean Gorgalas • Rogério Tokarski Cristiano Costa Cristiano Costa Arquivo pessoal
  • 22. revista FECOMÉRCIO | outubro 201322 Ronaldo Martins Junqueira Nasceu em Buriti Alegre (GO). Veio para Brasília em 1961. Ingressou no jornalismo aos 18 anos, na Última Hora. Passou por veículos como Jornal do Brasil, Diário de Brasília, Revista Manchete e Correio Braziliense. De 1968 a 1970, foi sócio de uma pequena imobiliária. Em 1992, deu início ao projeto do Jornal da Comunidade. O Grupo Empresarial Comunidade emprega 220 pessoas e é formado ainda pela Revista Comunidade VIP, pelo Jornal Coletivo e pelo site Mais Comunidade. Tem 66 anos, é casado com Marisa Junqueira e têm quatro filhos. Ruben Parrilla Nasceu no Uruguai, na cidade de Canelones, há 73 anos. Veio para Brasília em 1975, quando assumiu a gerência do Hotel Eron. Projetou-se na cidade trabalhando na área de turismo e hotelaria. Tem experiência de 35 anos em promoção, planejamento, criação, realização e montagem de eventos e de mais de 40 anos em administração de empresas, com destaque para hotelaria internacional e turismo de eventos no Brasil, nos Estados Unidos e no Uruguai. Fundador e dono da Imagens Promoções. Sandra Costa Nasceu em Inhapim (MG), há 61 anos. Veio para Brasília em 1979. É cofundadora e diretora técnica do Grupo Sabin. Formada pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade Federal de Minas Gerais, tem mestrado em ciências médicas pela UnB, MBA em gestão de negócios pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e MBA em gestão empresarial pela Fundação Dom Cabral. Em 2011, foi eleita uma das melhores gestoras de empresas do Brasil pela Revista Valor Executivas. Casada há 36 anos, tem três filhos e uma neta. 5ª edição (2010) Álvaro José da Silveira • Antonio Augusto Carvalho de Moraes • Edson Sebba • Elenita Crisci da Valle • Fernando Bizerra • Geraldo Vasconcelos • Heraldo Cunha Moll • José Aparecido Junqueira Guimarães • Nelson Serafim Cagali • Pedro Ribeiro (in memoriam) • Raimundo Dias de Souza • Sebastião de Carvalho Neto • Sebastião Lopes da Silva • Walter Machado 6ª edição (2011) Antonio Carlos Dias Noleto • Ari Cunha • Arnaldo Cunha Campos • Domingos de Freitas Ferreira • Janete Vaz • Kazuo Okubo • Nadja Regina V. Cavalcante Carvalho • Olimpio Hanashiro • Rodrigo Rios Amorim • Salvador Ferreira Mota • Sebastião Gomes da Silva • Wagner Canhedo Saiba quem já foi agraciado Cristiano Costa Cristiano Costa Cristiano Costa
  • 23. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 23 //economia Como aperfeiçoar as concessões Raul Velloso Doutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente é consultor econômico em Brasília Joel Rodrigues D epois de adiar o discutível trem-bala, e inaugurando o seu programa de conces- sões de transportes, o atual governo colocou em leilão as duas rodovias supostamente com maiores chan- ces de sucesso, mas, para uma de- las, a BR-262, que liga MG ao ES, deu “vazio” no dia de apresentação das propostas. Ou seja, mesmo cientes da importância das conces- sões de infraestrutura para a reto- mada dos investimentos e do cresci- mento do PIB, as autoridades ainda não conseguiram se encontrar no encaminhamento desse complexo assunto. E isso é verdadeiro desde 2007, quando foi leiloada a chamada fase dois das concessões rodoviá- rias, conforme pode ser visto no livro que escrevi com amigos especialis- tas há um ano e foi publicado pelo Inae (cópias podem ser obtidas pelo e-mail: raul_velloso@uol.com.br). Com efeito, o Estado parou de investir, e há muito vem concentran- do os seus gastos em pagamentos a pessoas, ou seja, previdência, pesso- al e assistência social. Com o tempo, foi desmontando a máquina que cui- dava dos investimentos e, com exce- ção do primeiro quinquênio pós-real, não se preparou adequadamente para a única saída à mão. Tratava-se de buscar associações com o setor privado, para substituí-lo na oferta de serviços nos segmentos em que a rentabilidade potencial dos negócios é suficiente para atraí-lo. Osprincipaisproblemasdaestra- tégia em vigor são a baixa qualifica- ção dos gestores públicos; a insistên- cia na imposição de tetos tarifários os mais baixos imagináveis – e não os mais baixos possíveis –; e um ri- tual do processo de concessões que, em face das dificuldades gerenciais, queima etapas indispensáveis (como apré-qualificaçãoeoexamedoplano de negócios dos candidatos privados) e até proíbe a apresentação dos in- dispensáveis planos de negócios nos leilões, ainda que os próprios bancos oficiais que deverão suprir os finan- ciamentos requeridos não abram mão de analisá-los. Cria-se, assim, enorme espaço para comportamen- to “oportunista” de concorrentes que oferecem preços baixos apenas para vencer os leilões e depois procuram obter concessões adicionais fora da disputa inicial. Aproveitam-se de que, politicamente, é muito difícil cancelar concessões de serviços públicos. A receita para aperfeiçoar o pro- cesso deve incluir principalmente a busca de tarifas (e retornos) realis- tas e a urgente qualificação da má- quina que lida com o assunto. Sem isso, todo o esforço de retomada do crescimento econômico do País re- dundará em vão. OEstadoparoude investir,ehámuito vemconcentrando osseusgastos empagamentosa pessoas,ouseja, previdência,pessoale assistênciasocial.
  • 24. revista FECOMÉRCIO | outubro 201324 Mono mon Por Rodrigo Caetano Francisco: Um quarto de século em atividade No meio gastronômico, quem completa 25 anos precisa assoprar muitas velinhas para comemorar. O mercado pode ser trepidante. O ca- tarinense e descendente de italianos Francisco Ansiliero sabe disso e já enfrentou muitas marés em duas décadas e meia com sua rede de res- taurantes Dom Francisco. As casas conquistaramclientesfiéis,mantendo a tradição de oferecer pratos elabora- dos e saborosos, com bons azeites à mesa, além de uma bela carta de vi- nhos. O restaurante conta com uma das adegas mais completas da capital federal. São 1.520 rótulos de 25 países – 12 mil garrafas. Para comemorar estes 25 anos, lançou vinho próprio, que leva o nome do restaurante e já pode ser degustado em todas as ca- sas da rede. Produzido na Itália, o vi- nho Dom Francisco é importado pela Max Brands e oferecido em duas op- ções: o Barbera e o Barolo. //Dom Francisco Restaurante Asbac – SCES, trecho 2, conjunto 31 – (61) 3224.8429 ParkShopping – piso superior – (61) 3363.3079 402 Sul – SCLS 402, bl. B, lojas 5, 9 e 15 – (61) 3226.1816 Maceió Viagens gastronômicas Wanchako – O restaurante tem as mãos generosas da chef Simone Bert. Ela mistura ingredientes da cozinha peruana com a brasileira. Destaque para os tiraditos com lâminas de pescado curtidas na laranja, acompanhados de maionese de polvo e camarão com cebola curtida. //R. São Francisco de Assis, 93 – Jatiúca (82) 3377.6024 Picuí – Há mais de duas décadas fazendo história graças à sua carne de sol, o restaurante, comandado pelo chef Wanderson Medeiros, serve mensalmente duas toneladas de contrafilé de maneira primorosa. As entradinhas também são super-recomendadas. //Travessa Emilio Cardoso Filho, 1.140 – Jaraguá (82) 3223.8080 RafaelFontana
  • 25. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 25 http://bloggastronomix.blogspot.com – rodcaetano@hotmail.com – www.facebook.com/sitegastronomix Pequeno guia de cervejas especiais O Brasil é o terceiro maior mercado para cervejas, atrás da China e dos EUA. E, cada vez mais, cresce a diversidade de rótulos com cervejas premium ou feitas artesanalmente. Lojas e clubes especializados oferecem opções como o mercado de vinho faz. Rótulos, países, blends, tipos de fermentação. O universo é fascinante e o Gastronomix faz um convite para você conhecê-lo. Seguem lojas que vendem cervejas especiais em Brasília: Boutique do Godofredo CLSW 101, bloco B, loja 54. (61) 3021.6500 Empório Soares e Souza CLN 212, bloco B, loja 3. (61) 3963.7022 Brilho Importados Feira dos Importados, bloco D, lojas 8 e 9. (61) 3037.4533 Super Adega SIA, atrás do Extra. (61) 3403.4700 Grote Market CLN 409, bloco A, loja 19. (61) 3201.0592 Scotch House CLS 403, bloco B, loja 28. (61) 3225.1153 Beer Selection Setor Hoteleiro Sul, quadra 6, conj. A, bloco F, Loja 56. (61) 3032.3285 Clubes de cerveja Oh my Beer ohmybeer.com.br Have Nice Beer www.haveanicebeer.com.br Clube do Malte www.clubedomalte.com.br Clubeer www.clubeer.com.br Sequência de tapas Uma tradição espanhola ganha mais um adepto na cidade. Depois de o Dona Lenha colocar em seu car- dápio um festival de tapas, agora o Versão Tupiniquim oferece sequência de tapas com 12 receitas em porções pequenas a R$ 39. A proposta é de renovar as tapas a cada 15 dias, mas a cestinha de berinjela com relish de mangaeoqueijodecoalhocomespu- mademelaçofiguramentreascandi- datas a permanentes. // Versão Tupiniquim 302 Sul, bloco C, loja 2 (61) 3322.0555 // Dona Lenha www.donalenha.com.br Genaro Macedo é um inquieto. Vive inventando novidades. As duas maisrecentessãodoishambúrgueres que entram no cardápio de seu café: o Steak Havaiano (R$ 31), 160 gramas de hambúrguer bovino, cheddar, gua- camole, tomate, cebola e teriyaki, e o Mássimo do Jazz (R$ 28), também com carne bovina, rúcula, queijo este- pe, muçarela de búfala, tomate seco e batata palha. Na casa há hambúrgue- res vegetarianos à base de legumes. // Genaro Jazz Burger Café 114 Norte, bloco A, loja 60 (61) 3273.1525 Mais duas estrelas
  • 26. revista FECOMÉRCIO | outubro 201326 //instituto fecomércio //PorDanielAlcântara @if_df Inovação e pioneirismo O Instituto Fecomércio-DF oferece o curso de Auxi- liar de Serviços em Lim- peza e Manutenção. O objetivo é promover educação pro- fissional para formação de apren- dizes, com princípios pedagógicos norteados de desenvolvimento educacional, e foco em questões relevantes apontadas pelo mercado de trabalho. O instituto é pioneiro no curso no Distrito Federal, de acordo com a diretora-executiva do IF, Elizabet Garcia Campos. “Nós estamos sem- pre inovando na questão de apren- dizagem para atender à demanda de todos os setores. Agora estamos abrindo espaço para o segmento de limpeza e manutenção”, diz. O curso será formatado de acordo com exi- gências do Ministério do Trabalho e atenderá a todas as necessidades do estudante que pretende ingres- sar na área. Ela também ressalta que a cada ano o IF tem um salto no número de aprendizes. “Em 2011 tínhamos cerca de 570, em 2012 passamos para mil e já temos 1,1 mil. Com essa nova demanda, espe- ramos alcançar o número de mais de 1,5 mil aprendizes, o que significa muito para a instituição”, afirma Eli- zabet Campos. O curso será desenvolvido por meio de atividades que estimulem a participação ativa do aluno e a contextualização teoria-prática. Serão ensinadas noções de norma de segurança, noções de primeiros socorros, prevenção de combate a incêndio, prevenção e controle de riscos em máquinas e suas ins- talações, etc. Durante o curso, os alunos vão adquirir noções básicas de segurança no trabalho, além de interpretar as legislações e normas de segurança e os elementos bási- cos de prevenção de acidentes no trabalho. Instituto formará aprendizes para o segmento de limpeza e manutenção As aulas serão realizadas nos períodos matutino e vespertino. Serão 800 horas de curso – 400 de teoria e 400 de prática. Os interessados em participar da seleção devem ter no mínimo 18 anos e comparecer à sede do IF Estágio, das 9 às 18 horas, de segunda a sexta- feira (Setor Comercial Sul, Quadra 6, Ed. Jessé Freire, 5º andar). É necessário levar declaração de escolaridade, cópia da carteira de identidade autenticada ou original para conferência, duas fotos 3x4 recentes, comprovante de residência e cópia do CPF, além de apresentar a Carteira de Trabalho e Previdência Social. Mais informações: (61) 3962.2038 e 3962.2024. ElizabetCampos Diretora-executiva do IF AuxiliardeServiçosem LimpezaeManutenção “Em2011tínhamos cercade570,em2012 passamosparamile játemos1,1mil.Com essanovademanda, esperamosalcançaro númerodemaisde1,5 milaprendizes,oque significamuitoparaa instituição.”
  • 27. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 27 //caso de sucesso @senacdf /senacdistritofederal //Informações:(61)3313.8877 //Por Sílvia Melo O sonho de passar em um concurso público acabou se transformando em depressão para Vania Lima de Almeida Matias, de 36 anos, que tentou por alguns anos e não conseguiu ser aprovada. Queria estabilidade e garantia de boa remuneração. Por indicação médica para sair do processo depressivo, decidiu fazer cursos, optando primeiro pela graduação e, em seguida, por cursos pro- fissionalizantes no Senac-DF. Após esse processo, con- seguiu a tão sonhada independência financeira. Mãe de três meninas, de 11, 15 e 18 anos, a moradora de Taguatinga Sul casou cedo, aos 16 anos, e logo teve a primeira filha. Trabalhava no comércio do pai, que faci- litava para que Vania tivesse tempo de se dividir entre o trabalho e os cuidados com a família. “Com ele dava para conciliarcasa,filhaseestudo.” Incentivada pelo marido, começou a se dedicar aos estudos para concurso público em 2000. Indecisa, muitas vezes desistia e retornava. Essa rotina durou dez anos, e a frustração a levou à depressão. “Eu não sabia o que que- ria.” Foi então que o médico sugeriu que ela fizesse cursos ouentrasseemumaacademia. Fez em 2011 os cursos de Depilação e Design de So- brancelhas na unidade do Senac em Ceilândia. Já fazia a faculdade de gestão de recursos humanos, em que se graduou. Não parou mais de se qualificar. Atualmente, faz três pós-graduações: Gestão Empresarial, Gestão de Pessoas e Docência do Ensino Superior. Também já investiu em cursos de ética profissional, administração empresarial, administração e produção, como gerenciar, como administrar dinheiro. No Senac, Vania encontrou sua vocação. “Decidi fazer esses dois cursos para cuidar das minhas filhas. No início, não pretendia trabalhar nessa área”, conta. Porém, a iden- tificaçãofoitãograndequeVanialogosurpreendeuafamília quandoainformoudadecisãodetrabalharnaárea. No fim de 2011, ela inaugurou o Espaço Íntimo. Fica no mesmo lote em que mora, mas em espaços diferentes. “Separei a loja da casa para minhas clientes ficarem à vontade.” Oferece design de sobrancelhas, depilação com cera e linha, limpeza de pele, massagem, banho de lua e permanente de cílios. O trabalho é personalizado, com hora Cristiano Costa marcada e serviços adicionais para agradar à clientela. Enquanto faz a sobrancelha, por exemplo, a cliente pode relaxarnocolchãomassageador. A empresária está realizada. Os sintomas da depressão ficaram no passado, junto da vontade de se tornar funcio- nária pública. “Estou muito bem, sou dona do meu próprio negócio,soufelizefaçooqueamo”,dizVania.Elapensaem dar aulas na área de beleza e prestar consultoria empresa- rial.“Tenhomuitosplanosesonhos,graçasaDeus.” //Sobreoscursos A próxima turma do curso de Depilador, de 200 horas, está prevista para se iniciar em 7 de outubro. As aulas são das 19 às 22 horas, no Senac Ceilândia. O interessado deve ter no mínimo 18 anos e pelo menos o 7º ano/6ª série do ensinofundamental.CustatrêsparcelasdeR$220. O curso Design de Sobrancelhas, de 20 horas, é ofereci- dopelasunidadesdoGama,deSobradinho,deTaguatingae doSetorComercialSul,nosperíodosdamanhã,tardeenoi- te. A primeira turma terá aulas nos sábados, a partir de 19 de outubro, das 8 às 12 horas, no Senac do Setor Comercial Sul.Paraparticipar,éprecisoternomínimo18anos,ensino fundamental completo e conhecimentos específicos de de- pilação.OinvestimentoédeR$110. Concurseira torna-se empreendedora Após estudar no Senac, Vania Almeida abriu clínica de depilação e estética
  • 28. revista FECOMÉRCIO | outubro 201328 economia A alta da moeda norte-americana já chegou às lojas. Comerciantes tentam se adaptar para não perder vendas Vilão gringo//Por Marina Marquez D epois de atingir o maior valor dos últimos qua- tro anos em agosto, R$ 2,45, a cotação do dólar começa a se estabilizar, mas com valor bem diferente do vendido no começo de 2013, abaixo de R$ 2. Em 20 de setembro, fechou em R$ 2,21. Mas o efeito da valorização da mo- eda norte-americana já chegou aos comerciantes que trabalham com mercadorias importadas. Não tem jeito: é preciso muito jogo de cintura para driblar os efeitos da alteração no câmbio e não perder a clientela. A alta do dólar tem efeito dire- to sobre a inflação, os preços dos produtos em geral. “Para cada 10% de aumento no dólar, há impacto de 0,5% na inflação. Isso porque, quando as empresas usam maté- ria-prima importada, o preço dessa transação fica mais alto, e, claro, o preço do produto final aqui dentro tem que aumentar”, explica o es- pecialista em finanças públicas da Universidade de Brasília (UnB) José Matias-Pereira. É uma pista de mão dupla para a economia brasileira, segundo Ma- tias-Pereira. Favorece as empresas exportadoras, uma vez que o pro- duto nacional fica mais competitivo lá fora, mas encarece as importa- ções e provoca a inflação. “Política cambial tem os prós e contras. De maneira geral, é um impacto forte no campo da atividade comercial. Internamente, fortalece o turismo. No sentido contrário, desestimula o turismo externo. Resumidamente, o que ocorre é que alguns setores ganham, alguns perdem, e outros perdem muito”. Os que mais perdem são os segmentos que dependem da im- portação, seja de matéria-prima, seja dos produtos em si. “Na eco- nomia, não existe almoço grátis. Se o custo subiu, o empresário vai pre- cisar repassar isso para o preço”, diz Matias-Pereira. E quando o em- presário aumenta o preço, enfrenta duas situações. Uma é o impacto imediato de retração do consumi- dor, que não quer pagar mais. A outra é a perda de competitividade diante de firmas que colocam pro- dutos semelhantes em condições mais vantajosas.
  • 29. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 29 “Amoeda estrangeiraestar maiscaranãoébom nemparamimnem parameucliente.” ThiagoOrsi TripStore //Ajustes O fato é que os preços nas lojas brasileiras já subiram. Desde maio, quando começaram as turbulências no mercado de câmbio, a situação começou a mudar. É o caso da Trip Store, agência de turismo de Thiago Orsi. De julho a setembro, o número de pacotes vendidos caiu pela me- tade, uma vez que a maior procura dos clientes dele é para destinos fora do Brasil, principalmente Esta- dos Unidos, Caribe, América do Sul e Europa. De acordo com o empresário, houve uma fuga inicial muito clara, e as operadoras de turismo lan- çaram diversas promoções para tentar driblar o efeito da moeda americana em alta. “As operadoras acompanharam a alta do dólar, mas reduziram a margem de lucro em um primeiro momento. Enquanto o dólar subiu uns 20%, o valor dos pacotes aumentou 10%, por exem- plo”, diz. Mesmo assim, o reflexo na demanda é inevitável. “Houve redução na venda efetiva de 50%. Muitos clientes tinham as férias pro- gramadas e começam a repensar os destinos, o momento de comprar. As pessoas continuam procurando, fazendo orçamento, mas aguardam um momento melhor para adquirir as passagens, reservar os hotéis”, explica. Orsi conta que foi preciso pla- nejamento para adaptar os serviços e tentar captar mais clientes para não diminuir o faturamento. Com a flexibilização das operadoras que oferecem os pacotes, ele facilitou as formas de pagamento. Um produto antes oferecido em cinco parcelas passou a ser vendido em dez. Além disso, investiu em propaganda e Fotos: Nina Quintana
  • 30. revista FECOMÉRCIO | outubro 201330 outrasformasdecaptaçãodeclientes. Hoje, o empresário dá dicas para que as pessoas que procuram a agência também consigam econo- mizar e superar o dólar mais alto. “A moeda estrangeira estar mais cara não é bom nem para mim nem para meu cliente. Tentamos mostrar como diminuir o custo da viagem, com as compras, por exemplo. Além disso, falamos da importância de comprar o dólar aos poucos, em pequenas quantidades, para sofrer menos as variações”, ensina. Re- comenda também que se evitem compras no cartão de crédito para não ficar refém de diferentes taxas de câmbio. A valorização da moeda ameri- cana acaba acarretando maior pro- cura por destinos nacionais. Matias -Pereira, da UnB, explica que uma janela de oportunidades se abre para o turismo brasileiro. Ao mesmo tempo, se o País não tiver capacida- de de aproveitar isso e ofertar boa qualidade de produtos e serviços, a janela vira problema. “Quando exa- minamos algumas faixas de renda, verificamos que quem tem nível alto é indiferente ao dólar mais alto ou mais baixo, em relação ao real. São pessoas que vão continuar viajando, gastando, dentro ou fora do Brasil. Agora, a classe média em geral começa a se voltar para o produto nacional. Começa a consumir bens que estão aqui dentro, viagens ofe- recidas aqui dentro, se houver oferta que o satisfaça, claro.” O especialista em finanças do Ib- mec-DF e estrategista da JK Capital José Kobori diz que, em alguns ca- sos, o dólar mais alto pode forçar al- gumas pessoas a adquirir no Brasil o que esperavam para comprar em viagem ao exterior. “É uma coisa que acontece, mas pouco. Se a pessoa ia para os Estados Unidos, juntava o dinheiro para comprar óculos, no- tebook, smartphones. Se depois de- siste e não vai mais viajar, vai deixar de adquirir algumas coisas que não R$2,45 Amaiorcotaçãodo dólarnosúltimos quatroanos foi registradaemagosto. eram tão importantes, mas outras vai pagar para ter mesmo assim”, esclarece. Nesse momento, talvez invista em um produto mais em con- ta, considerando que os preços no Brasil são normalmente mais altos. //Quase sem saída Por trabalhar em um setor de- pendente de matéria-prima impor- tada, a empresária Márcia Matos, da Tecnótica, não teve como não repas- sar para os produtos o efeito da alta do dólar. As tabelas recebidas dos fornecedores em setembro já vie- ram com reajustes de 5% a 10% nos preços. “Mesmo o produto sendo fabricado no Brasil, a matéria-prima vem de fora e ele é afetado direta- mente. Nós não temos muito para onde fugir. Tentamos facilitar no prazo, na forma de pagamento, mas o preço acaba sendo elevado”, diz. Márcia explica que a empresa precisou se adaptar e adiar alguns investimentos. A empresária tem hoje cinco lojas no Distrito Federal e 25 funcionários e afirma que o es- forço é para evitar demissões e ou- tros reflexos da situação econômica difícil. “Estamos percebendo que a economia como um todo passa por um processo complicado. É infla- ção, alta do dólar e cautela maior do consumidor de modo geral para gastar. Um cliente que chegava e comprava um valor X agora compra um pouco menos e busca produtos mais em conta. Isso tem efeito di- reto no que chamamos de tíquete médio e no faturamento da empre- sa”, lamenta. //Cenário ruim Diferentemente de 2008 e 2009, quando o dólar atingiu R$ 2,47 devido à instabilidade da economia mundial e da situação de crise dos Estados Unidos, hoje a alta do dólar é estrutu- ral, segundo os especialistas, e deve permanecer no patamar de R$ 2,30, variando pouco e se mantendo em alta. A valorização perante o real se
  • 31. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 31 dá tanto pelo cenário de recuperação da economia dos americanos como pela difícil situação econômica por queoBrasilestápassando. “Agora, a questão é estrutural. O mercado americano está melhoran- do, tem mais liquidez. O nosso país, por sua vez, não apresenta o melhor dos cenários”, diz José Kobori. Se- gundo o especialista em finanças, são várias as questões que afastam o investidor estrangeiro e criam o que os economistas chamam de fuga de capitais, que é a saída de dólares da economia brasileira, diminuindo a oferta e, consequente- mente, elevando os preços da moe- da americana. “A crítica que o Brasil recebe, principalmente do investidor in- ternacional, é que somos um país muito intervencionista. Além disso, vivemos um momento de economia com crescimento baixo”, explica, “Tentamosfacilitar noprazo,naforma depagamento, masopreçoacaba sendoelevado.” MárciaMatos Tecnótica destacando a pequena evolução do produto interno bruto, a inflação e parâmetros regulatórios desfavorá- veis para os estrangeiros. Kobori aposta na estabilização do dólar até o fim do ano e não vê chances de que a taxa de câmbio dólar/real volte ao patamar registra- do no início de 2013. Só neste ano, a moeda subiu mais de 19% – mais de 7% só em agosto. Será preciso adaptação cons- tante para superar os efeitos que o dólar alto pode causar na economia, diz José Kobori. “Não é à toa que dizem que o Brasil é para profissio- nais. Com a alta carga tributária, o repasse do câmbio mais alto para o consumidor acaba sendo maior até que o reajuste do dólar. Os empre- sários terão que pensar em diversos cenários e ter uma gestão empresa- rial preparada para essas adversida- des”, aconselha.
  • 32. revista FECOMÉRCIO | outubro 201332 Mono mon Só a parceria da FECOMÉRCIO-DF com a Qualicorp proporciona a você, Empregador do Comércio e sua família, acesso aos melhores planos de saúde pelo menor preço. • A solidez e a experiência de algumas das mais reconhecidas operadoras do Brasil. • Os hospitais e clínicas mais conceituadas do país.1 • Os mais modernos laboratórios.1 • Livre escolha de prestadores médico-hospitalares com reembolso.2 Acesso à saúde de qualidade para o Empregador do Comércio viver melhor. Menor preço: em comparação a produtos similares no mercado de planos de saúde individuais (tabela de agosto/2013). ¹ De acordo com a disponibilidade da rede médica da operadora escolhida e do plano contratado. ² Conforme condições contratuais. A disponibilidade e as características desse benefício especial podem variar conforme a operadora escolhida e o plano contratado. Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. Os preços e a rede estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei no 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Outubro/2013. pelo Os melhores planos menor preço. ANS nº 326305 Amil: ANS nº 403911 Golden Cross: SulAmérica: ANS nº 417173 Qualicorp Adm. de :Benefícios
  • 33. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 33 Ligue e confira: De segunda a sexta, das 9 às 21h, e aos sábados, das 10 às 16h. www.economizecomaqualicorp.com.br
  • 34. revista FECOMÉRCIO | outubro 201334 //direito no trabalho E-mail corporativo pode ser supervisionado pela empresa Cely Sousa Soares Consultora empresarial da Fecomércio-DF Joel Rodrigues O mundo virtual tem os seus conflitos, gerando direitos e deveres para seus usuá- rios, e no mundo do trabalho não é diferente. Um exemplo a ser citado é a decisão recente do Tribunal Su- perior do Trabalho que considerou permitido o controle das mensagens enviadas e recebidas pelo emprega- do através do e-mail da empresa e dos arquivos de computadores, in- clusive para obter provas por justa causa, desde que o correio eletrôni- co seja corporativo. A grande questão discutida é a colisão do direito de sigilo das cor- respondências, dos dados, direito à intimidade e à privacidade do em- pregado garantido pela Constituição Federal no art. 5°, e o direito potes- tativo do empregador de fiscalizar as atividades exercidas pelo emprega- do e controlar o bom uso das ferra- mentas de trabalho. A garantia da inviolabilidade da esfera privada, no âmbito das correspondências e da intimidade, está ligada à própria vida privada. Só que, embora o privado seja fun- damental para o desenvolvimento biológico e para a satisfação das necessidades vitais da pessoa hu- mana, na seara profissional há re- gras que superam essa garantia na medida em que são previamente e claramente estabelecidas. É que, segundo o entendimento do TST, o e-mail corporativo é ferra- menta de trabalho e, portanto, deve ser usado apenas profissionalmen- te, não sendo permitido o uso para fins pessoais e particulares – o que autoriza o empregador a ter acesso a todas as mensagens e os conteú- dos dos e-mails do empregado. A justificativa é que nesse caso não há privacidade ou intimidade a ser protegida, podendo o e-mail e os computadores serem monitorados. A exigência é que o empregador es- tabeleça regras claras sobre o uso dessas ferramentas, avisando pre- viamente que o e-mail e o computa- dor foram disponibilizados somente para assuntos e matérias relativos ao serviço e que haverá supervisão sem a necessidade de permissão do empregado. A grande questão é que nesses casos a Justiça do Trabalho reconhe- ce que o empregador tem o poder de fiscalização sobre os instrumentos de trabalho do empregado, como é o caso dos computadores e e-mails corporativos, quando estes são co- locados à disposição do empregado somente com a finalidade de realizar os serviços contratados. É um avanço, já que não é inco- mum empregados confundirem am- bientes virtuais de trabalho com o seu pessoal, ao fazer acesso a redes sociais ou usar e-mails corporativos para fins particulares.
  • 35. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 35 artes cênicas @sescdf /sescdistritofederal Uma semana espetacular Mostracompetitivada10ªediçãodoPrêmioSescdo TeatroCandangoseráde25deoutubroa2denovembro //Por Ana Paula Oliveira E m nove edições, foram mui- tos os artistas brasileiros re- conhecidos ou revelados pelo Prêmio Sesc do Teatro Can- dango. A lista é enorme. Contempla nomes como Paulo Goulart, Nicette Bruno, Milton Gonçalves, Hugo Ro- das e Nathália Timberg. O brasilien- se Juliano Cazarré, um dos prota- gonistas da novela Amor à Vida, da Rede Globo, também foi premiado. Foi o melhor ator da edição de 2005, com o espetáculo Adubo. Resta sa- ber agora quem serão os vencedo- res de 2013. A expectativa é grande. A 10ª edição da mostra competi- tiva ocorrerá de 25 de outubro a 2 de novembro, no Teatro Sesc Garagem (913 Sul), sempre às 20 horas, com entrada franca. O público poderá assistir a sete espetáculos selecio- nados pelo Sesc. Em 5 de novembro, os vencedores serão conhecidos e premiados em uma solenidade. Desde 2004, o Prêmio Sesc do Teatro Candango revela talentos e incentiva a divulgação dos trabalhos cênicos de companhias teatrais do Distrito Federal. O objetivo é demo- cratizar o acesso à cultura, fomentar as artes e incentivar os profissionais do teatro. Os melhores espetáculos serão premiados com troféus e va- lores em dinheiro, que podem che- gar a R$ 6 mil. São nove categorias: peça, direção, ator, atriz, figurino, cenografia, sonoplastia, iluminação e dramaturgia. O total de prêmios distribuído pelo Sesc neste ano será de R$ 20 mil. O coordenador cultural do Sesc- DF, Rogero Torquato, destaca a im- portância do incentivo aos artistas locais. “São dez anos de grandes revelações. Um dos exemplos mais evidentes é o caso do ator Juliano Cazarré, que participou do prêmio e, em pouco tempo, alcançou gran- des resultados. Além disso, artistas que antes não tinham esperanças têm a oportunidade de investir na carreira”, afirma. //Frio na barriga Somente peças teatrais produ- zidas em Brasília, direcionadas ao público adulto e que não tenham participado de outras edições do prêmio participaram da seleção. Cada grupo teatral pôde inscrever até dois trabalhos. As inscrições fi- caram abertas até 27 de setembro. Alexandre Ribondi é autor e di- retor do espetáculo Cru, vencedor de diversas categorias da edição de 2010 do Prêmio Sesc do Teatro Candango. “A competição do Sesc foi essencial. Por meio dela, meu trabalho como autor e diretor pôde ser apresentado em vários pontos do País.” Ribondi confirmou participação nesta edição. “Já estou me prepa- rando para, mais uma vez, sentir aquele velho e bom friozinho na barriga durante a competição”, diz. O espetáculo Cru foi adaptado para o cinema e escolhido como melhor filme no Festival de Brasília do Cine- ma Brasileiro em 2011. Que vençam os melhores. Máquina de Gargalhadas, da Cia. Teatro de Açúcar, participou da edição de 2009. Hugo Pereira
  • 36. revista FECOMÉRCIO | outubro 201336 planejamento Fim de ano sob controle Oquepodeserfeitoagoraparaprepararsua empresaparaacorreriaqueseaproxima // Por Elton Pacheco A falta de planejamento, às vezes, pesa mais na consciência do que no bolso dos empresários. É comum não se planejar e se arre- pender. No período em que há maior movimento e correria de clientes, isso pode significar muita dor de ca- beça. “No Brasil, o dono do negócio está mais preocupado em apagar o fogo momentâneo, sanar o proble- ma, geralmente financeiro, do que em antecipá-lo”, afirma a coordena- dora do curso de Gestão Comercial e Marketing da Faculdade Senac, Graciele Barroso. Ainda dá tempo de se organi- zar? Segundo o especialista em fi- nanças Márcio Iavelberg, da Blue Numbers Consultoria Empresarial, sim, mas tem de ser logo. Antes de fazer qualquer plano, é preciso sa- ber como anda a saúde financeira da empresa. “O empresário precisa escrever todas as necessidades e despesas de cada mês até o fim do ano, ou seja, ter controle do fluxo de seu caixa.” Identificando tudo a ser recebido e a ser gasto, é possível saber o que comprar, quando e como pagar e o que vender, como parcelar e quando desistir da venda. Ter dinheiro, po- rém, não significa por si só motivo para gastá-lo. “É muito comum o empresário administrar a empresa pelo caixa. Achar que tem dinheiro na conta e pode gastar é um erro grande”, afirma Iavelberg. Fotos: Nina Quintana
  • 37. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 37 Apesar de ele fazer parte do calendário de toda empresa, há quem ainda trate o 13° salário como despesa extra de fim de ano. Uma das maneiras de evitar dor de cabeça é o que se chama de provisão. Ao longo do ano, desde janeiro, deve-se separar um doze avos do gasto com a folha de pagamento e guardar o valor numa aplicação. É sim- ples, mas algumas vezes já é difícil garantir o pagamento da folha, e não sobra dinheiro para essa reserva. Ou, quando sobra, há urgên- cias que vão empurrando o 13° para o fim do ano mesmo. Outra pos- sibilidade é pagar 50% do 13° já em junho. Assim, sobra para o fim do ano só metade da conta. Para quem deixou mesmo para última hora, restam poucas alternativas. “Uma é apertar um pouco mais o cinto e guardar até três vezes mais o que deveria, uma vez que terá só setembro, outubro, novembro e dezembro”, diz o especialista em finanças. Outra alternativa é recorrer ao capital de giro que os bancos costumam oferecer nesta época justamente para cobrir o 13º salário. 13° salário Se o seu negócio requer aumento de estoque no fim do ano, é preciso começar a fazê-lo agora, mas com cautela. “Não dá para estocar demais justamente para não correr o risco de ficar com o estoque parado. O empresário precisa tomar muito cuidado para não exagerar na compra e perder dinheiro depois”, ensina Paulo Vicente, professor de estratégia da Fundação Dom Cabral. De acordo com ele, no melhor dos cenários, a orientação é receber à vista do con- sumidor e parcelar o pagamento para o fornecedor. “Essa é a regra de ouro das finanças. Se, ao fazer estoque, o empresário conseguir fazer isso, é sempre a melhor saída”, explica. Se a negociação, pelo contrário, for em cima da hora, perdem os dois, o empresário, que terá de repassar os custos, e o consumidor, que pagará mais caro. Não é bom deixar para comprar em novembro. Segundo Márcio Iavelberg, a mercadoria comprada do fornecedor naquele mês só voltará em dinheiro para a empresa nos primeiros meses do ano seguinte. “Até lá, quem banca? Os fornecedores, em geral, dão prazo de um mês, e o empresário que deixa para estocar em novembro paga mais caro. É preciso ter em mente que, quanto antes comprar, mais cedo o dinheiro vai entrar na empresa.” Estoque Hoje com 30 funcioná- rios, a dona da Spa & Cia., Gizelle Monteiro, já sabe que terá 40 até novembro – o do- bro do que tinha no fim de 2012. No ano passado, ela e o marido, Pedro Vasco, enca- raram a demanda do período mais movimentado às escu- ras. A falta de planejamento resultou em muita dor de cabeça e menos dinheiro. “Deixamos de faturar pelo menos 30% do que podería- mos se tivéssemos nos orga- nizado”, revela a empresária. Para não repetir o erro, que dói até hoje na consciência, o planejamento começou mais cedo neste ano. Os dois bus- caram ajuda de um contador especializado em auditoria financeira. “Ele nos mostrou que, ao planejar, nós pou- pamos dinheiro e corremos menos riscos.” O processo de seleção, que leva até um mês e meio, já começou. “Preciso de equipe, mas de equipe de qualidade, trei- nada, pronta para atender à demanda. Se não tiver, nada feito”, diz Gizelle. O risco de deixar para cima da hora, segundo o professor Paulo Vicente, da Fundação Dom Cabral, vai além de perda nas vendas. “Se o atendi- mento por parte desse novo funcionário for ruim, pode criar imagem negativa para os clientes ou até a ausên- cia de resultados”, explica. Resumindo: é investimento jogado no lixo. Novas contratações
  • 38. revista FECOMÉRCIO | outubro 201338 Essas contratações não precisam, necessariamente, ser feitas para quitar dívidas. Podem ser úteis ao planejamento. “Ao saber que determinado mês será mais fraco, o empresário pode ir ao banco con- versar. Se deixar para a última hora, vai entrar no cheque especial”, diz Iavelberg. Quando a coisa aperta, uma saída pode ser a chamada antecipação (ou desconto) de recebíveis. Na prática, trata-se de trans- formar duplicatas de venda a prazo, vendas parceladas no cartão de crédito ou de cheques pré-datados de clientes em capital para saldar as contas. “Uma grande vantagem da antecipação é que o empresá- rio não está pegando algo emprestado de alguém, mas usando algo que já é da empresa, simplesmente antecipando datas e pagando por isso”, explica o consultor. Os juros para esse tipo de operação são de- finidos pelos bancos. No Banco do Brasil, por exemplo, é de 3,59%. Na Caixa, 4,3%. Para o cheque especial, a taxa média cobrada é de 7,98%, segundo dados de agosto do Banco Central. O professor da Fundação Dom Cabral Paulo Vicente não acha que seja a melhor saída. “Se vai ser bom ou ruim, depende da situação da empresa, não existe regra fixa. Em geral, não vale a pena.” Empréstimos Confraternizações e brindes para os clientes Muitas empresas do DF usarão o fim deste ano como espécie de laboratório para a Copa do Mundo no Brasil, no meio do ano que vem. Segundo Graciele Bar- roso, da Faculdade Senac, quem se prepara já poderá ter funcionários bilíngues e cardápios adaptados nos restaurantes, por exemplo. “A preocupação hoje é com o evento e como ele vai ter impacto no comércio do DF. A Copa das Confederações, em junho, mostrou muitas deficiências nesse sentido. Os empresários estão se planejando para ver resulta- dos já no fim deste ano”, diz. A orientação dela é de que, junto com a reserva feita para o 13° salário, o empre- sário tire uma quantia que ache plausível para capaci- tar o funcionário, melhorar o aspecto visual da empresa e até a estrutura. “Assim, o fim do ano será com lucros e sem dor de cabeça.” Copa doMundo “Nós separamos uma verba todo ano para realizar a confraternização de fim de ano com os nossos funcionários. A festa ocorre em algum clube da cidade e abrimos o evento para os familiares também, com tudo pago”, afirma Régia Rezende, sócia-proprietária da Evviva Bertolini, loja de mó- veis e armários planejados. Na empresa, o planejamento para a confraternização começa até 12 meses antes. Em relação aos brindes, é preciso colocar no papel os custos. Se o empresário não quiser gastar, existe sempre a possibi- lidade de permuta, como a negociação com o fornecedor de algum tipo de suvenir. “Vale a pena, mas só se não perder muito tem- po com a negociação. Tempo é dinheiro”, afir- ma Paulo Vicente.
  • 39. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 39 Anúncio Sebrae
  • 40. revista FECOMÉRCIO | outubro 201340 //doses econômicas Por detrás da produtividade: informação, tecnologia e inovação A economia brasileira vem apresentando reduzido crescimento da produtivi- dade. É necessário entender o elo da economia criativa com o au- mento da produtividade, para defi- nir políticas que possam retomar o crescimento. A economia criativa é constituída por atividades econômi- cas que reúnem o tripé informação, tecnologia e inovação. Os ganhos de produtividade são baseados na acumulação de conhecimento, que influencia custos e lucratividade das empresas. O processo de inovação trans- forma conhecimento em tecnologia. As empresas buscam estratégias de inovação que possam ampliar produtividade e reduzir custos. O in- vestimento é endógeno ao processo de inovação. Porém, empresas que investem mais nem sempre são aquelas que mais inovam, uma vez que, pela natureza do investimento, há um grau enorme de incertezas, no sentido keynesiano. A decisão de investir na busca por novas trajetó- rias tecnológicas, quando mal-su- cedida, leva ao aumento de custo no curto prazo, podendo reduzir a ca- pacidade de investir. A competição entre os agentes cria um ambiente propício ao investimento e, conse- quentemente, à inovação. A abordagem estática das van- tagens comparativas de que as economias se especializam na produção em que se encontram os menores custos de oportunidades não se aplica num ambiente “ino- vativo”, capaz de alterar sucessi- vamente os preços relativos dos insumos. Numa visão dinâmica, a criatividade é capaz de gerar novas informações, que realimentam o conjunto de ideias. As novas ma- neiras de olhar para os problemas, bem como enxergar oportunidades, são marcantes na economia cria- tiva. O setor empresarial reorga- niza o conhecimento, no intuito de potencializar riqueza, emprego e produto, explorando a propriedade intelectual e a eficiência produtiva. Repensar o crescimento da pro- dução na economia brasileira passa a criar um ambiente favorável a ne- gócios e conhecimento. A indústria criativa tem papel importante nos ganhos de produtividade e criação de empregos. Porém, as políticas públicas precisam atacar o principal elo que está por detrás dos ganhos de produtividade: ampliar o investi- mento em educação. O investimen- to educacional é base na política de inovação. Enquanto as políticas não forem direcionadas à promoção do conhecimento, não se poderá pen- sar em crescimento sustentável e, assim, a produtividade da indústria nacional se manterá no eterno voo de galinha, sempre baixo e oscilante. José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho Bacharel em economia pela UFMG, mestre em economia aplicada pela UFV e doutor em teoria econômica pela Unicamp. Pesquisador do Ipea (jose.vieira@ipea.gov.br) Cristiano Costa Parceria:
  • 41. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 41 //empresário do mês //Por Fábio Setti Conheça a história de Marcilea Quintão, dona de um salão só para pequenos clientes O ofício de cabeleireiro pode ser delicado. Se lidar com um cliente contrariado já não é fácil, imagine quando este re- solve chorar ou espernear. Marcilea Couto Quintão, de 41 anos, não se abala. Há 25 anos, ela corta os ca- belos de crianças e bebês. E não há manha que a faça mudar de fregue- sia. “Cortar cabelo de adulto é muito mais complicado.” Foi em 2000 que ela abriu um salão especialmente para o público infantil, o Cabelo de Anjo. Em 2011, o estabelecimento passou a se cha- mar Cabelo Kids, uma vez que ela não tinha registrado o nome anterior. O salão funciona na 402 Norte e a proprietária é a única cabeleireira. “Cortar cabelo de criança é delicado. Se houver mais de um funcioná- rio, as crianças se estressam e um cabeleireiro acaba atrapalhando o outro”, justifica. Marcilea conta com uma recepcionista para cuidar da agenda, sempre mais cheia nos fins desemana. O salão recebe de 5 a 15 peque- nos clientes por dia. Ao final do corte, um pirulito ou outro doce é dado à criança. A sala comercial tem duas cadeiras para os clientes, em forma- to de carrinho e de cavalinho, pare- des coloridas, pufes e brinquedos. Marcilea diz que não existe padrão de tratamento, tudo depende da criança. Muitas vezes o serviço é fa- cilitado pelo uso de distrações, como doces, televisão, tablets, DVDs e videogames.“Antigamente era muito mais complicado, hoje em dia temos tantas tecnologias, qualquer coisa distraiamentedacriança”,diz. A experiente cabeleireira diz que cortar cabelo de criança requer, além de prática e habilidade, muita paci- ência. Ao contrário do que a maioria pensa, o primeiro corte não é o mais traumático. “Apesar de as mães ficarem apreensivas, normalmente é mais fácil”, diz. O salão tem um cer- tificado do primeiro corte, que vem acompanhadodeumamecha. O mais difícil, diz, é lidar com bebês entre 1 e 2 anos, idade em que aprendem a fazer manha, in- dependentemente de ser menino ou menina. Nestes anos, reuniu histórias curiosas. Certa vez, uma mãe argentina levou o filho recém- nascido ao salão e pediu que Mar- cilea raspasse o cabelo do bebê. Não sabia que era tradição naquele país. Confessa que ficou um pouco assus- tada por se tratar de um neném de apenas cinco dias cortando o cabelo, mas adorou a experiência. Nina Quintana Com sabor de pirulito //Defamília Trabalhar com o público infantil nunca foi novidade para Marcilea, que começou a carreira em salões da própria família aqui no DF, tam- bém especializados em crianças. Ela foi criada nesse meio, desenvolveu gosto e facilidade para trabalhar no ramo. Optou por fazer cursos fora de Brasília. O primeiro, feito em SP com 16 anos, foi decisivo para que ela soubesse que desejava seguir a pro- fissão. O segundo, com seis meses de duração, em Vila Velha, Espírito Santo,acolocoudeveznomercado. Em 1992, abriu um salão em Itu- tinga (MG). Durou dois anos, pois ela não gostou da experiência de aten- der adultos. Resolveu então voltar a Brasília e inaugurar seu salão infan- til. Diz ser muito gratificante traba- lhar com uma clientela tão especial. “Muitas vezes ouvi crianças falando que querem brincar de Marcilea e cortar cabelos.”
  • 42. revista FECOMÉRCIO | outubro 201342 mercado //Por Naiara Leão No meio do caminho... Osquiosquesestãoemtodolugar.Nos shoppingsConjuntoNacional,Liberty Mall,BrasíliaShoppingePátioBrasil,que integramoprojetoComércioCopa2014,do Sebrae-DF,representamemmédia10% dosestabelecimentos.Saibaquaissãoas particularidadesdosquiosqueseconheçaa experiênciadequemprosperou O quiosque é especialmente atrativo para iniciantes por- que custa bem menos que uma loja. O investimento em uma franquia em quiosque, por exem- plo, varia de R$ 60 mil a R$ 300 mil, enquanto uma loja convencional de shopping custa de R$ 500 mil a R$ 1 milhão. Os dados são da Associa- ção Brasileira de Franchising (ABF). Além disso, o aluguel é reduzido em função do espaço. A manutenção do quiosque é de duas a três vezes mais barata do que a da loja. Cada shopping tem uma política, mas em geral o quiosque paga taxa única, enquanto lojas têm extras relativos ao fundo de promo- ção, água, energia elétrica. Nas pra- ças de alimentação, soma-se ainda a taxa de limpeza das mesas. De acordo com Daniel Plá, ad- vogado e professor de varejo da Fundação Getulio Vargas e ex-presi- dente da ABF, o investimento inicial é menor principalmente por causa das luvas. Os shoppings não costu- mam cobrá-las de quiosques, mas de lojistas com contratos superiores a cinco anos. O valor varia geralmen- te de R$ 100 mil a R$ 500 mil. A Lei 8.245/91, Lei das Locações, proíbe a cobrança de luvas na renovação, mas não no primeiro contrato. //A permanência Os contratos de aluguel são cur- tos – de um mês a dois anos. No caso das lojas, costumam ser de cinco anos ou mais. “O lojista é pressiona- do a sair o tempo todo. Ou para uma loja, mais cara, ou para outro ponto. Isso acontece quando ele começa a ganhar dinheiro e o público passa a saber onde ele está”, diz o ex-presi- dente da ABF, Daniel Plá.
  • 43. revista FECOMÉRCIO | outubro 2013 43 A duração dos contratos costuma ser curta porque o lojista ganha preferência na renovação do aluguel a par- tir do quinto ano no mesmo local – o que na prática se transforma no direito de ocupar o ponto indefinidamen- te. “Isso está tão consolidado que, quando não acontece amigavelmente, o lojista entra na Justiça, que sempre lhe garante a manutenção do espaço”, diz Plá. Entre os shoppings, entende-se que o espaço dos quiosques é público. “É um espaço de circulação livre e precisaremos movimentá-lo eventualmente para re- alizar um evento ou até uma obra”, diz Geraldo Mello, superintendente do Brasília Shopping. O tratamento é diferente no caso de franquias conso- lidadas, especialmente de grandes marcas, como McDo- nald´s, que oferecem apoio ao franqueado nas negocia- ções com o shopping. Nesse caso, a lógica se inverte. As mais famosas exigem garantia do ponto por até 20 anos antes de se instalar. //O negócio Alguns segmentos se adaptam melhor aos quiosques do que a lojas maiores. Os mais comuns nos shoppings assessorados pelo Sebrae-DF são de acessórios, como óculos, joias e relógios, de perfumaria, de celulares e de alimentação. São compras de itens pequenos e não mui- to caros, feitas por impulso, explica Daniel Plá: “O que se vê é a bijuteria, o doce, o salgadinho. Não dá certo para vender roupa sofisticada, mas para sapatinhos de bebê, bonés e mochilas, sim”, compara. O diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Luis Augusto Ildefonso da Silva, acrescenta um ponto. “O produto tem que ser pequeno. Senão, o proprietário vai ter que arcar com uma logística de estoque”, argumenta. Para a empresária Helena Montianini, a possibilida- de de chamar mais a atenção do público foi decisiva ao optar por um quiosque quando abriu, em 2010, um ponto de venda de suvenires no Brasília Shopping, o Brasília Conceito. “Temos produtos de pequeno porte, variados. Com as quatro vitrines podemos mostrar que são dife- renciados de outras lembrancinhas porque têm cara contemporânea.” O quiosque foi criado especialmente para a marca. As vitrines e os balcões são independentes e têm rodi- nhas, para que as pessoas possam circular entre eles e também para que se mude sua disposição de tempos em tempos. “O turista está acostumado a ver suvenires sempre em quiosques. A ideia era que mais pessoas nos vissem”, diz Helena, que também driblou o problema do estoque. “As vitrines têm armários embaixo em que dá para guardar algumas coisas. Mas todos os dias verifico o que falta e trago no dia seguinte”, diz Helena, que man- tém um depósito fora do shopping, que sai mais barato do que alugar um espaço no subsolo, como fazia antes. Muitos shoppings oferecem essa infraestrutura interna de apoio, com depósitos, cozinha, refeitório e vestiários, sem necessidade pagar mais taxas. //O lugar Um ponto importante para qualquer negócio é a lo- calização. No caso do quiosque, o shopping deve ter o mesmo público-alvo do produto que será vendido e, uma vez ali, o ideal é que fique num ponto com alta circulação. Mas essa escolha não depende só do comerciante. “Há seleção muito criteriosa de quem vai ocupar esses pon- tos. Quando o empresário nos procura, avaliamos pri- meiro o projeto, o produto, a apresentação do quiosque e se tem uma equipe bacana. Há também uma política de equilíbrio do espaço do mall. A parte financeira vem num segundo momento”, afirma o superintendente do ParkShopping, Marcelo Martins. O superintendente do Brasília Shopping, Geraldo Mello, confirma. “O quiosque deve agregar ao mix do mall, nunca competir. Se disputa com lojistas já estabe- lecidos, vamos procurar uma localização que não bata de frente ou, dependendo do caso, não vamos implan- tá-lo”, explica. O quiosque tem as mesmas obrigações administra- tivas das demais lojas. É preciso abrir e fechar nos ho- rários determinados pelo shopping e manter um visual impecável. “Pelo fato de estar exposto em 360 graus aos clientes, o quiosque e a equipe têm de manter nível de apresentação excelente”, diz Martins. O descuido pode levar a notificação ou a multa. Balcões independentes permitem que se mude a disposição do quiosque Brasília Conceito, de suvenires. Fotos:NinaQuintana