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TrabalhoTrabalho
Maria Sara Rocha Alves
Uninove - universidade nove de Julho
PropósitoPropósito
 Analisar as bases científicas da criação
 Verificar o rigor da metodologia
adotada em relação aos métodos
epidemiológicos
 Apreciar a pertinência do FAP do ponto
de vista do cenário atual da SST no
Brasil
CenárioCenário
 Acidentes e doenças do trabalho são
responsáveis por enorme impacto social,
econômico e sobre a saúde pública
– 3.000 mortes registradas anualmente no Brasil
– 9.000 quando corrigidas para a subenumeração
CenárioCenário
– Uma de suas singularidades é a possibilidade
de prevenção, pois se tratam de eventos
desencadeados pela transformação da
natureza pelo homem
– Existência de conhecimento científico e
tecnologia efetiva para a prevenção de grande
parte desses eventos
– Existir uma legislação relativamente avançada
para a proteção dos trabalhadores
Todavia…Todavia…
 Não dispomos de informações
convincentes de que estes eventos
estejam se reduzindo, de fato,
 Com uma tendência consistente ao longo
do tempo
 Especialmente se considerarmos que
algumas estatísticas mostram o aumento
da letalidade
Por que esse paradoxo?Por que esse paradoxo?
 Estudos epidemiológicos mostram que os
principais determinantes de redução de
AT/DT são:
– Grau de desenvolvimento político de um país
– Efetivação de fiscalização e aplicação de
medidas punitivas
– Grau de educação de trabalhadores, gestores
e empresários
Um outro aspecto a considerarUm outro aspecto a considerar
São os custos
– De acordo com Dorman (2000) em um
trabalho da OIT, o principal
determinante da adoção de medidas de
proteção do trabalhador por
empresários é se estas medidas irão se
refletir em redução de custos
operacionais
Os custos e a atual política de SSTOs custos e a atual política de SST
no Brasilno Brasil
 Muito pouco se conhece sobre os custos dos
AT/DT, no Brasil e em muitos países, mesmo os
mais desenvolvidos
 São difíceis de listar, identificar e mensurar
(exceção dos dados sobre benefícios da
Previdência Social)
 Não se dispõem de registros contábeis, e para os
gestores, não existe interesse de contabilização
de custos
Estudos no Brasil sobre custosEstudos no Brasil sobre custos
dos AT/DTdos AT/DT
 Estimou que os maiores custos eram com
– Indústria Química e Farmacêutica
– Ramo do Transporte
– Comunicação e Radiofusão
 Cicco F. Revista de Saúde Ocupacional. Fundacentro, 1983
Estudos no Brasil sobre custosEstudos no Brasil sobre custos
dos AT/DTdos AT/DT
 Estimou que os maiores custos eram com
– Indústria Química e Farmacêutica
– Ramo do Transporte
– Comunicação e Radiofusão
 Cicco F. Revista de Saúde Ocupacional. Fundacentro, 1983
Os custos e a atual política de SSTOs custos e a atual política de SST
no Brasilno Brasil
Da contabilização dos próprios
AT/DT,
o que origina uma grave
subenumeração desses eventos
Os critérios atuais para contribuiçãoOs critérios atuais para contribuição
do SATdo SAT
São definidos níveis de grau de risco
E que correspondem a alíquotas de
contribuição diferenciadas
Mas não encontramos evidências de
nenhuma base empírica para sua
definição
A PCMSOA PCMSO
 Introduzir bases científicas para a definição da
magnitude dessas alíquotas
 Escolha do método epidemiológico e o critério de
associação estatística para identificação de
Grupos Homogêneos de Risco
 Além dos critérios de Freqüência, Gravidade e
Custos
 Introduzindo também bases da Economia, e da
Estatística
Sobre o uso de bases científicasSobre o uso de bases científicas
 É inegável e for a de qualquer dúvida que
decisões baseadas em informação
(evidências) são melhores do que aquelas
originadas do senso comum
– Evitam-se vieses de opinião, e em especial,
reduzem-se as pressões de grupos com
interesses econômicos particulares, de
especial importância no campo da SST
Sobre a lógica do FAPSobre a lógica do FAP
Aparentemente, analisando-se os
termos específicos da Resolução, o
fulcro da proposta se assenta em
uma lógica de racionalidade de
custos
É muito mais…É muito mais…
A bonificação, com a possibilidade
de redução da alíquota para uma
determinada empresa, pode
significar um incentivo, inédito, para
a adoção de medidas de prevenção
desses agravos
Isto é bom para
– A empresa e os empresários
– O trabalhador e sua família
– O Estado – Previdência Social
SUS
Planos de Saúde
Vale lembrar queVale lembrar que
Como as decisões serão baseadas
em informação (evidências)
Há que se cuidar para que os dados
sobre os quais se assentam os
cálculos sejam de boa qualidade
E isto contrasta com a realidadeE isto contrasta com a realidade
 Grande subenumeração de dados sobre
os AT/DT devido a fatores relacionados a
– Empresários e gestores de empresas
– Profissionais de saúde e segurança
– Trabalhadores (medo de penalização,
discriminação, exclusão)
Sugere-se queSugere-se que
A implantação do FAP seja
imediata
E lamenta-se que o seu impacto
fique restrito apenas aos
trabalhadores contratados
formalmente
Outras recomendaçõesOutras recomendações
De que seja acompanhada de um
Programa de Melhoria da Qualidade
das Informações, que inclua um
adequado sistema de monitoramento
sistemático, penalização de fraudes
de registro, além de instrumentos de
controle social
Outras recomendaçõesOutras recomendações
 De que seja realizada uma análise para
verificação do impacto da
redução/ampliação da arrecadação em
relação às despesas da Previdência,
considerando diferentes cenários,
inclusive incluindo referências à
conjuntura econômica e polítca face ao
movimento de privatização do SAT (com
simulações)
Sobre os métodos empregadosSobre os métodos empregados
O uso de dados com propósitos
administrativos deve se pautar pela
– Simplicidade
– Qualidade
– Cobertura
– Permanência da sua disponibilidade ao
longo do tempo
Sobre os dados empregadosSobre os dados empregados
 Agregam-se os diferentes tipos de benefícios
sejam acidentários e previdenciário
 Agregam-se diferentes tipos de agravos e
desfechos (incapacidade parcial e total,
temporária e permanente, e também o óbito
 O que se justifica considerando a necessidade de
simplificação dos cálculos, mas que poderá vir a
ter uma ponderação em ajustes futuros
– Singular, como os acidentes traumáticos
– Ou doenças recidivantes, remitentes ou
recorrentes
– Mas será considerado o episódio, o que supera
os possíveis problemas de natureza
epidemiológica clássica relativos a caso
incidente vs prevalente
Ainda sobre a agregação e a diferença
na natureza do agravo
Sobre a não exigência do nexo causalSobre a não exigência do nexo causal
clínico ocupacionalclínico ocupacional
 Passa-se a utilizar o critério de associação
estatística, estimando-se o Excesso de
Risco
 Comentários:
– Maior facilidade de identificação
– Ampla disponibilidade dos dados em meio
eletrônico e para extensa série histórica
– Compreensão intuitiva imediata
– Evita-se subenumeração
– Aproxima-se do modelo baseado na chamada
Promoção da Saúde (Saúde Integral)
Sobre os critériosSobre os critérios
Frequência, gravidade e custos
São todos diferentes faces de uma
mesma dimensão (outras também)
– A dos custos
Sobre o Coeficiente de FreqüênciaSobre o Coeficiente de Freqüência
 O uso da palavra proporção em vez de
razão ficaria mais apropriado
 Como os casos (benefícios) ocorrem ao
longo do tempo entre trabalhadores
inicialmente livres dos AT/DT pode-se
considerá-los como casos incidentes
considerando-se, portanto, a Incidência
Cumulativa (risco)
Sobre o Coeficiente de FreqüênciaSobre o Coeficiente de Freqüência
 O uso da palavra proporção em vez de
razão ficaria mais apropriado
 Como os casos (benefícios) ocorrem ao
longo do tempo entre trabalhadores
inicialmente livres dos AT/DT pode-se
considerá-los como casos incidentes
considerando-se, portanto, a Incidência
Cumulativa (risco)
Sobre o coeficiente de gravidadeSobre o coeficiente de gravidade
 Proporção do tempo de trabalho perdido em
relação ao tempo de trabalho potencial
– Comentários:
– Disponibilidade da informação
– Boa qualidade dos dados
– Considera-se apenas a duração da incapacidade
– Incorpora-se indiretamente os Anos Potenciais de Vida
sem Incapacidade Perdidos
– Simplicidade do cálculo
Sobre a medida de custosSobre a medida de custos
 Razão entre os valores desembolsados pelo INSS
relativos ao pagamento de benefícios e o valor
médio potencialmente arrrecadado relativo ao
SAT
– Comentários:
– Disponibilidade da informação
– Boa qualidade dos dados
– A interpretação é a mesma da realizada para os riscos
relativos
– Simplicidade do cálculo
Sobre o uso do odds ratioSobre o uso do odds ratio
 Os odds ratio (OR), quando os agravos
são raros (-10%), são uma boa
aproximação dos riscos relativos (RR) que
se baseiam em proporções,
 Caso a freqüência populacional dos
benefícios seja pequena, o OR pode ser
utilizado embora recomende, no futuro, o
uso do RR que não requer pressupostos
Sobre o uso de inferência estatísticaSobre o uso de inferência estatística
 Mesmo com um alfa=0,01, baixíssimo para
os termos convencionais usados na
epidemiologia, acho desnecessário se
realizar a inferência estatística, por se
tratar de dados censitários (toda a
população) e não amostrais, o que
facilitará ainda mais a obtenção das
estimativas
Sobre o uso da análise deSobre o uso da análise de
conglomeradosconglomerados
 A análise de conglomerados é utilizada
para a identificação de dimensões que
agregam variáveis, que “medem”
caracteristicas semelhantes ou
aproximadas. Seu uso para identificar os
grupos homogêneos de risco deve ser
acompanhada de testes de sua viabilidade
e aplicabilidade nesse contexto.
RecomendaçõesRecomendações
Que seja, de fato, efetivado o
controle social
O acompanhamento anual por parte
de uma comissão técnica contando
com a participação da sociedade
Propósitos iniciaisPropósitos iniciais
 Analisar as bases científicas da criação
do FAP
 Verificar o rigor da metodologia
adotada em relação aos métodos
epidemiológicos
 Apreciar a pertinência do FAP do ponto
de vista do cenário atual da SST no
Brasil
Vida longa !!!Vida longa !!!

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Trabalho nr 6

  • 1. TrabalhoTrabalho Maria Sara Rocha Alves Uninove - universidade nove de Julho
  • 2. PropósitoPropósito  Analisar as bases científicas da criação  Verificar o rigor da metodologia adotada em relação aos métodos epidemiológicos  Apreciar a pertinência do FAP do ponto de vista do cenário atual da SST no Brasil
  • 3. CenárioCenário  Acidentes e doenças do trabalho são responsáveis por enorme impacto social, econômico e sobre a saúde pública – 3.000 mortes registradas anualmente no Brasil – 9.000 quando corrigidas para a subenumeração
  • 4. CenárioCenário – Uma de suas singularidades é a possibilidade de prevenção, pois se tratam de eventos desencadeados pela transformação da natureza pelo homem – Existência de conhecimento científico e tecnologia efetiva para a prevenção de grande parte desses eventos – Existir uma legislação relativamente avançada para a proteção dos trabalhadores
  • 5. Todavia…Todavia…  Não dispomos de informações convincentes de que estes eventos estejam se reduzindo, de fato,  Com uma tendência consistente ao longo do tempo  Especialmente se considerarmos que algumas estatísticas mostram o aumento da letalidade
  • 6. Por que esse paradoxo?Por que esse paradoxo?  Estudos epidemiológicos mostram que os principais determinantes de redução de AT/DT são: – Grau de desenvolvimento político de um país – Efetivação de fiscalização e aplicação de medidas punitivas – Grau de educação de trabalhadores, gestores e empresários
  • 7. Um outro aspecto a considerarUm outro aspecto a considerar São os custos – De acordo com Dorman (2000) em um trabalho da OIT, o principal determinante da adoção de medidas de proteção do trabalhador por empresários é se estas medidas irão se refletir em redução de custos operacionais
  • 8. Os custos e a atual política de SSTOs custos e a atual política de SST no Brasilno Brasil  Muito pouco se conhece sobre os custos dos AT/DT, no Brasil e em muitos países, mesmo os mais desenvolvidos  São difíceis de listar, identificar e mensurar (exceção dos dados sobre benefícios da Previdência Social)  Não se dispõem de registros contábeis, e para os gestores, não existe interesse de contabilização de custos
  • 9. Estudos no Brasil sobre custosEstudos no Brasil sobre custos dos AT/DTdos AT/DT  Estimou que os maiores custos eram com – Indústria Química e Farmacêutica – Ramo do Transporte – Comunicação e Radiofusão  Cicco F. Revista de Saúde Ocupacional. Fundacentro, 1983
  • 10. Estudos no Brasil sobre custosEstudos no Brasil sobre custos dos AT/DTdos AT/DT  Estimou que os maiores custos eram com – Indústria Química e Farmacêutica – Ramo do Transporte – Comunicação e Radiofusão  Cicco F. Revista de Saúde Ocupacional. Fundacentro, 1983
  • 11. Os custos e a atual política de SSTOs custos e a atual política de SST no Brasilno Brasil Da contabilização dos próprios AT/DT, o que origina uma grave subenumeração desses eventos
  • 12. Os critérios atuais para contribuiçãoOs critérios atuais para contribuição do SATdo SAT São definidos níveis de grau de risco E que correspondem a alíquotas de contribuição diferenciadas Mas não encontramos evidências de nenhuma base empírica para sua definição
  • 13. A PCMSOA PCMSO  Introduzir bases científicas para a definição da magnitude dessas alíquotas  Escolha do método epidemiológico e o critério de associação estatística para identificação de Grupos Homogêneos de Risco  Além dos critérios de Freqüência, Gravidade e Custos  Introduzindo também bases da Economia, e da Estatística
  • 14. Sobre o uso de bases científicasSobre o uso de bases científicas  É inegável e for a de qualquer dúvida que decisões baseadas em informação (evidências) são melhores do que aquelas originadas do senso comum – Evitam-se vieses de opinião, e em especial, reduzem-se as pressões de grupos com interesses econômicos particulares, de especial importância no campo da SST
  • 15. Sobre a lógica do FAPSobre a lógica do FAP Aparentemente, analisando-se os termos específicos da Resolução, o fulcro da proposta se assenta em uma lógica de racionalidade de custos
  • 16. É muito mais…É muito mais… A bonificação, com a possibilidade de redução da alíquota para uma determinada empresa, pode significar um incentivo, inédito, para a adoção de medidas de prevenção desses agravos
  • 17. Isto é bom para – A empresa e os empresários – O trabalhador e sua família – O Estado – Previdência Social SUS Planos de Saúde
  • 18. Vale lembrar queVale lembrar que Como as decisões serão baseadas em informação (evidências) Há que se cuidar para que os dados sobre os quais se assentam os cálculos sejam de boa qualidade
  • 19. E isto contrasta com a realidadeE isto contrasta com a realidade  Grande subenumeração de dados sobre os AT/DT devido a fatores relacionados a – Empresários e gestores de empresas – Profissionais de saúde e segurança – Trabalhadores (medo de penalização, discriminação, exclusão)
  • 20. Sugere-se queSugere-se que A implantação do FAP seja imediata E lamenta-se que o seu impacto fique restrito apenas aos trabalhadores contratados formalmente
  • 21. Outras recomendaçõesOutras recomendações De que seja acompanhada de um Programa de Melhoria da Qualidade das Informações, que inclua um adequado sistema de monitoramento sistemático, penalização de fraudes de registro, além de instrumentos de controle social
  • 22. Outras recomendaçõesOutras recomendações  De que seja realizada uma análise para verificação do impacto da redução/ampliação da arrecadação em relação às despesas da Previdência, considerando diferentes cenários, inclusive incluindo referências à conjuntura econômica e polítca face ao movimento de privatização do SAT (com simulações)
  • 23. Sobre os métodos empregadosSobre os métodos empregados O uso de dados com propósitos administrativos deve se pautar pela – Simplicidade – Qualidade – Cobertura – Permanência da sua disponibilidade ao longo do tempo
  • 24. Sobre os dados empregadosSobre os dados empregados  Agregam-se os diferentes tipos de benefícios sejam acidentários e previdenciário  Agregam-se diferentes tipos de agravos e desfechos (incapacidade parcial e total, temporária e permanente, e também o óbito  O que se justifica considerando a necessidade de simplificação dos cálculos, mas que poderá vir a ter uma ponderação em ajustes futuros
  • 25. – Singular, como os acidentes traumáticos – Ou doenças recidivantes, remitentes ou recorrentes – Mas será considerado o episódio, o que supera os possíveis problemas de natureza epidemiológica clássica relativos a caso incidente vs prevalente Ainda sobre a agregação e a diferença na natureza do agravo
  • 26. Sobre a não exigência do nexo causalSobre a não exigência do nexo causal clínico ocupacionalclínico ocupacional  Passa-se a utilizar o critério de associação estatística, estimando-se o Excesso de Risco  Comentários: – Maior facilidade de identificação – Ampla disponibilidade dos dados em meio eletrônico e para extensa série histórica – Compreensão intuitiva imediata – Evita-se subenumeração – Aproxima-se do modelo baseado na chamada Promoção da Saúde (Saúde Integral)
  • 27. Sobre os critériosSobre os critérios Frequência, gravidade e custos São todos diferentes faces de uma mesma dimensão (outras também) – A dos custos
  • 28. Sobre o Coeficiente de FreqüênciaSobre o Coeficiente de Freqüência  O uso da palavra proporção em vez de razão ficaria mais apropriado  Como os casos (benefícios) ocorrem ao longo do tempo entre trabalhadores inicialmente livres dos AT/DT pode-se considerá-los como casos incidentes considerando-se, portanto, a Incidência Cumulativa (risco)
  • 29. Sobre o Coeficiente de FreqüênciaSobre o Coeficiente de Freqüência  O uso da palavra proporção em vez de razão ficaria mais apropriado  Como os casos (benefícios) ocorrem ao longo do tempo entre trabalhadores inicialmente livres dos AT/DT pode-se considerá-los como casos incidentes considerando-se, portanto, a Incidência Cumulativa (risco)
  • 30. Sobre o coeficiente de gravidadeSobre o coeficiente de gravidade  Proporção do tempo de trabalho perdido em relação ao tempo de trabalho potencial – Comentários: – Disponibilidade da informação – Boa qualidade dos dados – Considera-se apenas a duração da incapacidade – Incorpora-se indiretamente os Anos Potenciais de Vida sem Incapacidade Perdidos – Simplicidade do cálculo
  • 31. Sobre a medida de custosSobre a medida de custos  Razão entre os valores desembolsados pelo INSS relativos ao pagamento de benefícios e o valor médio potencialmente arrrecadado relativo ao SAT – Comentários: – Disponibilidade da informação – Boa qualidade dos dados – A interpretação é a mesma da realizada para os riscos relativos – Simplicidade do cálculo
  • 32. Sobre o uso do odds ratioSobre o uso do odds ratio  Os odds ratio (OR), quando os agravos são raros (-10%), são uma boa aproximação dos riscos relativos (RR) que se baseiam em proporções,  Caso a freqüência populacional dos benefícios seja pequena, o OR pode ser utilizado embora recomende, no futuro, o uso do RR que não requer pressupostos
  • 33. Sobre o uso de inferência estatísticaSobre o uso de inferência estatística  Mesmo com um alfa=0,01, baixíssimo para os termos convencionais usados na epidemiologia, acho desnecessário se realizar a inferência estatística, por se tratar de dados censitários (toda a população) e não amostrais, o que facilitará ainda mais a obtenção das estimativas
  • 34. Sobre o uso da análise deSobre o uso da análise de conglomeradosconglomerados  A análise de conglomerados é utilizada para a identificação de dimensões que agregam variáveis, que “medem” caracteristicas semelhantes ou aproximadas. Seu uso para identificar os grupos homogêneos de risco deve ser acompanhada de testes de sua viabilidade e aplicabilidade nesse contexto.
  • 35. RecomendaçõesRecomendações Que seja, de fato, efetivado o controle social O acompanhamento anual por parte de uma comissão técnica contando com a participação da sociedade
  • 36. Propósitos iniciaisPropósitos iniciais  Analisar as bases científicas da criação do FAP  Verificar o rigor da metodologia adotada em relação aos métodos epidemiológicos  Apreciar a pertinência do FAP do ponto de vista do cenário atual da SST no Brasil
  • 37. Vida longa !!!Vida longa !!!