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BIBLIOTECAS ZN
Expediente
A revista eletrônica é uma realização
da Coordenadoria Regional Norte jun-
tamente com os coordenadores das bi-
bliotecas públicas da Zona Norte de São
Paulo.
Contato:
smbnorte@gmail.com
Fone: 3904-1444
Coordenador Regional Norte
Sandro Luiz Coelho
Jovem Monitor Cultural
Nicoli Chiara De Bona
Colaboradores
Domitila Alves de Oliveira Vila Nova
Elaine Telles Rodrigues
Elisabete Ferreira Filipini
Emmanuela Fernandes Arantes
Maria Elizabeth Caldellas Pedrosa
Ormarina Bueno Perondi
Patrícia Muniz Marçal
Raquel Beatriz de Conceição
Regina Helena Lima Monteiro
Sandra Cristina Brasil Silva
Sandra Rodrigues Nascimento
Sandro Luiz Coelho
Thaís da Silva Farias
Agradecimentos
Michel Yakini
Diagramação
Thaís da Silva Farias
Idealização
Thaís da Silva Farias
Nicoli Chiara De Bona
AGOSTO 2016
Sumário
SARAU - LITERATURA AMPLIFICADA			 3
PROGRAMAÇÃO
BibliotecaPúblicaAfonsoSchmidt 5
BibliotecaPúblicaÁlvaresdeAzevedo 6
BibliotecaPúblicaBritoBroca 7
Biblioteca Pública Érico Veríssimo			 8
Biblioteca Pública José Mauro de Vasconcelos 9
Biblioteca Pública Menotti Del Picchia 10
Biblioteca Pública Narbal Fontes 11
Biblioteca Pública Nuto Sant’Anna 12
Biblioteca Pública Padre José de Anchieta 13
Biblioteca Pública Pedro Nava 14
Biblioteca Pública Sylvia Orthof 15
Biblioteca Pública Thales Castanho de Andrade 16
3
Saraus – Literatura amplificada
“Todo livro é uma lápide,
a menos que alguém o acorde.”
	 Não é de hoje que os saraus vem alterando a paisagem literária da cidade de São
Paulo, principalmente nas quebradas. Esses recitais são como livros sonoros, ecoando
em bares, escolas, praças, centro culturais e bibliotecas, estabelecendo outras leituras
e audições literárias.
	 Quando os saraus da Cooperifa¹ e do Binho² começaram, no início dos anos 2000,
os bares eram sede exclusiva da poesia periférica, pois os demais espaços relacionavam
a literatura, quase sempre, com o silêncio.Desde então, o caldo da palavra entornou
e a partir de 2007 surgiram os encontros do Elo da Corrente³,Brasa ,Ademar
Mesquiteiros ,O que dizem os umbigos , entre outros, que foram um estopim pra
dezenas de recitais que acontecem diariamente na cidade.
	 Há quem acredite, por conta dos saraus, que a poesia seja novidade nas perife-
rias,mas essa arte sempre foi presente, nas cantigas de capoeira, pontos de terreiro,
no samba, na embolada, no jongo e na poética recente do rap e do funk. Nesse con-
texto, a escrita também é fundamento, seja nos jornais da Imprensa Negra no início
do século XX, nos folhetos da Literatura de Cordel (vindos no pau-de-arara nordesti-
no), na obra de Carolina de Jesus, na Literatura Negra (consolidada com a antologia
Cadernos Negros desde 1978) e nas três edições da revista Caros Amigos – Literatura
Marginal , organizada por Ferréz.
	
	 Palavra e voz, escrita e corpo, são tranças antigas, celebradas desde a poesia
cancioneira e da oralidade de matriz afro-indígena, principais troncos da nossa formação
cultural, que nossa literatura segue regando.
	 Nos saraus, o ato sagrado é a poesia amplificada (por microfones, megafones ou
no gogó), dita pelas esquinas e ecoada mundo afora. Um exemplo significativo dessa
reverberação é a antologia Saraus – Movimiento/Poesia/Periferia/São Paulo (2014)
organizada por Lucía Tennina , publicada na Argentina, México e Chile. Outro fator
importante é o surgimento de saraus em diversas cidades como Salvador, Belo Hori-
zonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro, inspirados na cena paulistana.
	 Nesse contexto, a literatura das periferias vem sendo protagonista nas bibliote-
cas de São Paulo, através do programa Literatura Periférica - Veia e Ventania que,
desde 2011, por iniciativa do Sistema Municipal de Bibliotecas contratou temporadas
de saraus pela cidade. Essa foi a primeira experiência em aproximar a articulação dos
saraus com as bibliotecas dos seus respectivos bairros e assim o silêncio concedeu lugar
as vozes pra firmar o incentivo a leitura e ampliar o acesso à literatura.
	
4 5,
6 7
8
9
,
10
4
	 O Veia e Ventania antecipa alguns princípios, objetivos e eixos do Plano Municipal
do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (PMLLB) , e por isso deveria ser estendido
pra todas as bibliotecas da cidade, ou melhor, deveria ser garantido por lei, pra ser
implementado como politica cultural, pois é frustrante ler nas redes sociais a hash-
tag #ficaveiaeventania em reivindicação pela continuidade do programa, pois não há
garantia de continuação nos próximos meses, tampouco nos próximos anos.
	 Como escreveu Antonio Candido , literatura é direito básico, e deveria ser garantida
na constituição, já o poeta Sergio Vaz afirma que literatura faz bem pra saúde, pois “quem
lê enxerga melhor”, por isso é coerente que as bibliotecas tenham como totem a poesia fa-
lada, tão bem praticada pelos saraus, juntando o livro com a vontade de comer, em leituras
devoradas e vice-verso.
	 Os saraus são ações somatórias, e quando reconhecidas e incentivadas se tornam mais
relevantes. Assim, a literatura deixa de ser retrato de uma só cor, deixa de ser apenas si-
lêncio, pra consolidar uma representação mais parecida com a realidade dos seus potenciais
leitores, poetas e escritores que tanto emergem das periferias.
é escritor e produtor cultural. Co-fundador do Sarau Elo da Corrente, que
acontece desde 2007 em Pirituba. Autor dos livros “Desencontros” (Contos, 2007), Acorde
um verso (poesia, 2012), Crônicas de um Peladeiro (Crônicas, 2014) e de “Nascentes de
Mel” (romance, no prelo).
¹Sarau realizado desde 2001, no bar do Zé Batidão na bairro de Piraporinha Zona Sul de
SP, idealizado pelos poetas Sergio Vaz e Marco Pezão.
²Iniciou em 2004, no antigo bar do Binho e atualmente é realizado no Espaço Clariô e na
Praça do Campo Limpo, organizado pelo poeta Binho e pela produtora Suzi Soares.
³Saiba mais em: http://elo-da-corrente.blogspot.com
Saiba mais em: http://brasasarau.blogspot.com
Saiba mais em: http://sarau-da-ademar.blogspot.com.br/
Saiba mais em: http://mesquiteiros.blogspot.com.br/
Saiba mais em: http://oquedizemosumbigos.blogspot.com.br/
Edições publicadas em 2001, 2002 e 2004 que reúne escritores e escritoras da Literatu-
ra Marginal.
Tennina, Lúcia (org.). Saraus – Movimiento/Poesia/Periferia/São Paulo. Buenos Aires:Tin-
ta Limón Ediciones, 2014
Pesquisadora e professora de literatura, nascida em Buenos Aires, que debruça sua pesqui-
sa acadêmica em torno da literatura das periferias de São Paulo.
Saiba mais em: https://pmlllbsp.wordpress.com/
Candido, Antonio. Direitos Humanos e literatura. In: A.C.R. Fester (Org.) Direitos hu-
manos E… Cjp / Ed. Brasiliense, 1989.
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Biblioteca Pública AFONSO SCHMIDT
BIOGRAFIA DO PATRONO AFONSO
SCHMIDT
	 O jornalista, romancista e
poeta brasileiro Afonso Schmi-
dt nasceu no dia 29 de junho
de 1890, na cidade de Cubatão,
São Paulo.
	 Aos dezesseis anos e moran-
do em São Paulo, o escritor já
colaborava em pequenos jornais
do interior do Estado. Após uma estadia na Eu-
ropa, mudou-se para a cidade de Santos onde,
decidido a se dedicar ao jornalismo, fundou o peri-
ódico Vésper e publicou seu primeiro livro Janelas
Abertas.
	 Retornou à Europa em 1913, trabalhando
como correspondente de Língua portuguesa em
um jornal de Milão. Com o início da Primeira
Guerra Mundial retornou ao Brasil se estabele-
cendo na cidade do Rio de Janeiro e trabalhando
como diretor do “Jornal do Povo”. Trabalhou
também nos jornais “Folha da Noite” e “O Esta-
do de São Paulo”.
	 Foi justamente no “O Estado de São Pau-
lo” que Afonso Schmidt publicou em formato de
folhetim seus romances Zanzalá, A Marcha e A
sombra de Júlio Frank.
	 Poeta parnasiano, em suas obras destacava
as injustiças sociais. Também foi o pioneiro da
ficção científica no país com Zanzalá.
	 No ano de 1963 recebeu pela União Bra-
sileira de Escritores o troféu “Juca Pato” como
“Intelectual do Ano”. Foi sócio fundador do Sin-
dicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo,
além de membro da Academia Paulista de Letras
e do Instituto Histórico e Geográfico de São Pau-
lo.
	 Morreu em São Paulo, no dia 3 de abril de
1964, aos 73 anos.
	 Outras obras: A locomotiva: a outra face
da revolução de 1932; A marcha: romance da
abolição; Colônia Cecília; O romance de Paulo Eiró;
São Paulo de meus amores.
PROGRAMACÃO CULTURAL
. Exposição da história do bairro: Brasilândia
De 15 de agosto (seg) a 15 de setembro (qui)
. Apresentação do filme “De pai pra filha, histó-
rias da Brasilândia.” e Debate/Palestra
Direção: SONIA REGINA BISCHAIN
	 O filme é uma viagem no tempo, por meio
de entrevista, onde um antigo morador (que veio
morar na região em 1949) conta suas lembranças
da formação do bairro, dos primeiros moradores,
dos times de futebol, das lutas, dos costumes e
das transformações trazidas pelo progresso com o
passar dos anos. As imagens são construídas com
palavras e também com fotografias antigas e no-
vas e filmagens atuais feitas na Vila Brasilândia.
	
	 Após apresentação do filme a autora fará
um bate-papo (debate/palestra) com o público
presente, esclarecendo dúvidas, contando um pou-
co de suas experiências e pesquisas sobre a região.
26 de agosto (sex) às 14h
Mini currículo da autora
SONIA REGINA BISCHAIN
	 	 Moradora do Distrito Brasilândia,
São Paulo, em Vila Penteado, é fotó-
grafa, poetisa, e pesquisadora das me-
mórias do Distrito Brasilândia. Apai-
xonada pelas artes plásticas e visuais,
encontrou na fotografia um comple-
mento para divulgar a sua arte. Autora do livro
de poesias Rua de Trás, dos romances Nem tudo
é Silêncio e Vale dos Atalhos e coautora do livro
de fotografias Cultura daqui, olhares da Brasa.
Além de produtora de vídeos sobre a região.
	 É nesta mistura de poesia, fotografia e ví-
deo que conta muitas de nossas histórias. Preocu-
pada com as questões sociais, inserida na realidade
em que vive, e apaixonada pelo bairro, tem um
amplo trabalho de pesquisa e fotografia da região
de Brasilândia. Com seu olhar apurado, sua arte
retrata a realidade, as belezas e as dificuldades
enfrentadas pelos que moram no Distrito.
6
Biblioteca Pública ÁLVARES DE AZEVEDO
BIOGRAFIA DO PATRONO ÁLVARES
DE AZEVEDO
	 Manuel An-
tônio Álvares de
Azevedo, poeta,
contista e ensaís-
ta nasceu em 12
de setembro de
1831, em São Paulo. Foi aluno do Colégio Pe-
dro II, no Rio de Janeiro, e em 1848 entrou
para a Faculdade de Direito em São Paulo,
mas faleceu antes de concluí-la. Morou em
repúblicas com os amigos Aureliano Lessa e
Bernardo Guimarães, com os quais teve fortes
laços de amizade.
	 Participou ativamente da vida literária
paulistana e fundou, com amigos, a Revista
Mensal da Sociedade Ensaio Filosófico Pau-
listano. A sua poesia teve forte influência
Byroniana, tratando da morte, do amor e de
temas obscuros.
	 Foi acometido pela tuberculose agrava-
da por um tumor na região do abdômen. Um
mês antes de sua morte, escreveu o poema
Se eu morresse amanhã que foi lido em seu
enterro. Faleceu em 25 de abril de 1852, em
São Paulo, aos vinte anos. É um dos princi-
pais nomes da segunda geração do romantismo
brasileiro.
“Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida”.
(fragmento do poema “Lembrança de morrer”)
	 Lira dos vinte anos
(póstuma 1853); A noite na taverna (póstu-
ma 1855); Macário (drama póstumo 1855);
O Conde Lopo (poema póstumo 1886).
7
Biblioteca Pública BRITO BROCA
BIOGRAFIA DO PATRONO BRITO
BROCA
	José Brito Broca nasceu
em 6 de outubro de 1903
em Guaratinguetá, SP. Foi
um importante jornalista.
Em 1923 mudou-se para
São Paulo onde colaborou
em diversos jornais e sob os
pseudônimos de Lauro Rosas
e Alceste começou a publicar
crônicas literárias. Em 1937 mudou-se para o
Rio de Janeiro onde trabalhou no Departa-
mento de Imprensa e Propaganda e por mui-
tos anos foi redator e tradutor da Livraria
José Olympio Editora.
	 É considerado um importante crítico
literário e historiador cultural do Brasil. Des-
taca-se a obra A Vida Literária no Brasil -
1900, pela qual recebeu 4 dos maiores prê-
mios literários do país - Prêmio Paula Brito,
da Secretaria da Educação do Rio de Janeiro,
Prêmio Sílvio Romero, da Academia Brasileira
de Letras, Prêmio Fábio Prado, da Sociedade
Paulista de Escritores e Prêmio Luísa Cláudio
de Sousa, do Pen Club do Brasil.
	 Faleceu em janeiro de 1961, no Rio de
Janeiro.
	 A vida literária no Brasil - 1900,
Repórter impenitente, Horas de leitura, Pa-
péis de Alceste, Machado de Assis e a Po-
lítica: mais outros estudos, Ensaios da mão
canhestra: Cervantes, Goethe, Dostoievski,
Alencar, Coelho Netto, Pompéia, Românticos,
pré-românticos, ultra-românticos: vida literá-
ria e romantismo brasileiro.
8
Biblioteca Pública ÉRICO VERÍSSIMO
BIOGRAFIA DE ÉRICO VERÍSSIMO
	 Érico Lopes Veríssimo nas-
ceu na cidade Cruz Alta, no Rio
Grande do Sul, em 1905.
	 Desde novo, demonstrou sua
adoração pela literatura, lendo
autores brasileiros consagrados
como Coelho Neto, Aluísio Aze-
vedo, Joaquim Manoel de Ma-
cedo, Afrânio Peixoto e Afonso Arinos, e também
autores internacionais como Walter Scott, Tols-
toi, Eça de Queirós, Émile Zola e Dostoiévski.
	 Pode-se dizer que sua vida de escritor se
iniciou em 1929, com a publicação de um conto
seu “Chico: um conto de Natal”, no periódico
mensal “Cruz Alta em Revista”. A partir daí,
outros escritos de sua autoria são enviados às
revistas importantes da época e aos suplementos
de jornais.
	 No ano seguinte, Érico se mudou para Por-
to Alegre, com a intenção de viver apenas com
a literatura. O que realmente dá certo, pois foi
contratado como secretário de redação da revista
“O globo” e inicia uma brilhante carreira no peri-
ódico.
	 Apenas dois anos depois, em 1932, o au-
tor já era diretor da revista. Além disso, é cha-
mado para trabalhar no departamento editorial
da Livraria do Globo, seu trabalho consistia na
indicação de livros para serem traduzidos e publi-
cados.
	 Seu primeiro livro, “Fantoches”, foi uma
coletânea de histórias de peças de teatro. Já seu
primeiro romance foi o livro “Clarissa”, lançado
em 1933.
	 Após uma temporada nos Estados Unidos,
onde deu aulas de literatura e história do Brasil
no Mills College, de Oakland, Califórnia, retornou
para o Brasil em 1945.
	 O autor também fez traduções de clássicos
estrangeiros, publicou livros infantis, criou progra-
mas de auditório para crianças e escreveu mais de
30 livros, entre romances, autobiografias, relatos
de viagens e ensaios.
Em 1975, Érico faleceu subitamente.
PROGRAMACÃO CULTURAL
. Encontro Amigos da Biblioteca
Encontro entre as amigas da biblitoteca para
ações de leitura, reflexão, troca de experiências,
informação, oficina e busca de soluções para as
questões da biblioteca e da comunidade.
Todas as sextas-feiras das 14h às 17h
. Vocacional de Literatura com a Profª Marina
Ruivo
Oficina de literatura que busca despertar o leitor
e o escritor que existe em cada pessoa, através
de atividades diversas e troca de informações e
impressões entre os participantes.
Todas as quintas-feiras das 9h às 12h e 14h às
17h
. Mediação de leitura
Com as mediadoras de leituras Denize, Patrícia e
Thayná
Todas as quartas-feiras das 9h às 10h e 14h às
15h
. Visita Monitorada
Proposta de apresentar a Biblioteca Pública Érico
Veríssimo em todas as suas dimensões, complexi-
dades e possibilidades.
*Mediante agendamento prévio
9
Biblioteca Pública JOSÉ MAURO DE
VASCONCELOS
BIOGRAFIA DO PATRONO JOSÉ MAURO
DE VASCONCELOS
	 José Mauro de Vasconcelos
nasceu em 26 de fevereiro
de 1920, no Rio de Janeiro.
Passou a infância em Natal,
RN. Sua família era muito
pobre e José Mauro passou
por muitas dificuldades. Seu
grande sonho de infância era ser nadador pro-
fissional e chegou a ganhar alguns prêmios em
campeonatos que participava.
	 Tinha uma personalidade muito incons-
tante. Aos quinze anos mudou-se sozinho
para o Rio de Janeiro, teve diversos empre-
gos para conseguir se sustentar. Percorreu o
Brasil de norte a sul; foi treinador de boxe,
agricultor, operário, garimpeiro, carregador de
bananas, ator de cinema, jornalista, locutor
de rádio e escritor.
	 Iniciou diversos cursos superiores, mas
nunca concluiu nenhum deles.
	 Seu primeiro romance Banana Brava fixa
a aventura vivida por ele em terras do Rio
Araguaia. Em 1968 escreveu sua obra mais
conhecida O meu pé de laranja lima, baseada
em sua infância; nos primeiros meses de lan-
çamento vendeu mais de 217 mil exemplares.
	 José Mauro de Vasconcelos é figura
controvertida da literatura brasileira, margi-
nalizado pela crítica e aclamado pelo público,
é autor de largas tiragens com sucessivas re-
edições.
	 Faleceu em julho de 1984 em São Pau-
lo.
	 Banana brava, Barro
blanco, Coração de vidro, Rosinha - minha
canoa, Rua descalça, Palácio japonês, Vamos
aquecer o sol, O meu pé de laranja lima.
10
Biblioteca Pública MENOTTI DEL PICCHIA
BIOGRAFIA DO PATRONO ME-
NOTTI DEL PICCHIA
	 Paulo Menotti Del Picchia
nasceu em 20 de março de
1892 na capital paulista.
	 Cursou Direito, forman-
do-se em 1913. Nesta época
publicou seu primeiro livro de
poesias: Poemas do vício e da
virtude, de conteúdo neoparnasiano. Traba-
lhou em diversos jornais e revistas, sendo re-
dator e dirigindo alguns deles, como o Correio
Paulistano, o semanário literário O Planalto e
as revistas Papel e Tinta e a A Cigarra.
	 Menotti Del Picchia participou ati-
vamente da Semana de Arte Moderna em
1922, sendo não apenas um dos articulado-
res, como também arrebatado militante do
movimento modernista brasileiro. Em 1924
criou, com Cassiano Ricardo e Plínio Salgado,
o Movimento Verde e Amarelo, de tendência
nacionalista. Foi eleito membro da Academia
Brasileira de Letras em 1943. Além de se
dedicar à carreira literária, Menotti Del Pic-
chia foi artista plástico, deputado estadual e
jornalista.
	 Faleceu em 23 de agosto de 1988, em
São Paulo.
	 Algumas Obras: Juca Mulato, Moisés,
As máscaras, A revolução paulista, Salomé, A
outra perna do Saci, A longa viagem.
	 Sofre, Juca Mulato, é tua sina, so-
fre...
	 Fechar ao mal de amor nossa alma
adormecida é dormir sem sonhar, é viver sem
ter vida....
	 O poema Juca Mulato de Menotti del
Picchia, de 1917, é considerado uma das obras
precursoras do Modernismo
PROGRAMACÃO CULTURAL
. Oficina de Danças Urbanas
Com Alex Boog
Todas as segundas às 14h
. Oficina de percussão popular: Alegria na
parada
Com Mestre Avelar
27 de agosto (sáb) às 13h
. Mediação de leitura para primeira infância
Com Thaís Morais
Todas as quartas às 9h
11
Biblioteca Pública NARBAL FONTES
BIOGRAFIA DO PATRONO
NARBAL FONTES
		 Narbal de Mar-
sillac Fontes foi pedago-
go, teatrólogo, contista,
biógrafo e tradutor. Nas-
ceu em 10 de fevereiro
de 1899 em Tietê, São
Paulo. Em 1918 diplo-
mou-se pela Escola Nor-
mal Secundária da Capital e em 1930 pela
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Foi professor em escolas e penitenciárias
do interior de São Paulo. Em parceria com
sua esposa Ofélia de Barros Fontes dedi-
cou-se exclusivamente à literatura didática
escrevendo peças teatrais, poemas e no-
velas para crianças. “Pindorama”, “Regina
- a rosa de maio”, “O talismã de vidro”
e “Coração de onça” são algumas de suas
obras.
	 Em 1940 ele traduziu o livreto da
ópera “La traviata’” e em 1942 foi um
dos compositores da famosa música “Bra-
sileirinho”.
	 Fundou a Revista Nacional no Rio de
janeiro. Era também membro da Associa-
ção Brasileira de Escritores e da Associação
Brasileira de Educação.
	 Faleceu em 29 de abril de 1960 na
cidade do Rio de Janeiro.
12
Biblioteca Pública NUTO SANT’ANNA
BIOGRAFIA DO PATRONO NUTO
SANT´ANNA
	Benevenuto Silvério de
Arruda Sant’Anna nasceu em
5 de setembro de 1889 em
Itirapina, São Paulo.
	 Nuto, como era conheci-
do, foi escritor, jornalista e
historiador. Iniciou sua carreira no jornalismo
na cidade de São Carlos no jornal ’O Alfa’
e, ainda nesta profissão, mudou-se em 1910
para a capital do Estado, trabalhando então
como redator do Correio Paulistano, no setor
bibliográfico.
	 Essa experiência familiarizou-o com a
pesquisa e deu-lhe o embasamento para o
trabalho como historiador que exerceu em pa-
ralelo às suas atividades.
	 Aos 24 anos publicou sua primeira co-
letânea de poemas, Versos de Nuto Sant’An-
na. Entre suas obras estão Troféus, Miserere,
São Paulo histórico, As meninas da Casa Ver-
de e Primeiro amor.
	 Influenciou os círculos literários com
suas poesias, publicadas no Correio Paulista-
no. Colaborou também com O Estado de São
Paulo e, junto com seu irmão Leopoldo, fun-
dou um jornal em 1930 denominado O Dia.
	 Colaborou nas revistas O Pirralho, A
Vida Moderna e Cigarra. Foi diretor do De-
partamento de Cultura da Prefeitura de São
Paulo e fundou a Revista do Arquivo Munici-
pal, que depois ficou sob orientação de Sérgio
Milliet.
	 Organizou e publicou a série de doze
volumes Documentos interessantes, inventá-
rios e testamentos e sesmarias, do Institu-
to Histórico e Geográfico de São Paulo. Em
1945 foi eleito para a Academia Paulista de
Letras. Faleceu em 2 de janeiro de 1975, em
São Paulo.
13
Biblioteca Pública PE. JOSÉ DE ANCHIETA
BIOGRAFIA DO PATRONO PADRE
JOSÉ DE ANCHIETA
	 	 José de Anchieta
nasceu em 19 de março de
1534 em Tenerife, Ilhas
Canárias, Espanha. Em
1551 ingressou na Com-
panhia de Jesus, em Por-
tugal e dois anos depois
embarcou com destino ao
Brasil, na comitiva de Du-
arte da Costa - segundo
Governador Geral - para catequizar os índios.
	 Em 25 de janeiro de 1554 fundou,
com o Pe. Manoel da Nóbrega, um colégio em
Piratininga; aos poucos se formou um povoa-
do ao redor do colégio, batizado por José de
Anchieta, de São Paulo.
	 Foi mandado para São Vicente para ca-
tequizar os índios e com eles aprendeu a lín-
gua Tupi. Além de instruir os índios, Padre
José de Anchieta foi professor dos noviços
que entravam para a Companhia de Jesus no
Brasil. Viveu em São Paulo, Rio de Janeiro
e Espirito Santo. Em 1595 escreveu Arte da
gramática da língua mais usada na costa do
Brasil, a primeira gramática do Tupi - Guara-
ni.
	 Escreveu diversas poesias, cartas e au-
tos. A poesia de José Anchieta é marcada
por conceitos morais, espirituais e pedagógi-
cos. Compôs primeiro em sua língua materna,
o castelhano, e em latim e posteriormente
traduziu para o português e para o tupi.
Faleceu em 9 de junho de 1597 no Espirito
Santo.
De beata virgine dei matre
Maria, Sermão sobre a conversão de São Pau-
lo, Cartas jesuíticas.
PROGRAMACÃO CULTURAL
. Oficinas de break - dança de rua
- com Anderson StreetSon (Feijão)
De 3 de agosto até 9 de setembro to-
das as quartas às 14h
. Brinconversas
Brincadeiras e arte-educação focando na
discussão sobre preconceito.
Sextas dias: 5, 12, 19 e 26 de agosto
às 10h
. Oficina de LIBRAS
Todas às quartas das 18h30 às 20h30
As aulas irão até 30 de novembro
. Show de Rock - União Indepen-
dente
3 bandas de rock se apresentam na bi-
blioteca
20 de agosto (sáb) das 17h30 às
20h
14
Biblioteca Pública PEDRO NAVA
BIOGRAFIA DO PATRONO PEDRO
NAVA
“Eu sou um pobre homem
do caminho novo das minas
dos matos gerais”
	Pedro da Silva Nava nas-
ceu em 5 de junho de 1903
em Juiz de Fora, Minas
Gerais. Passou a infância
entre o Rio de Janeiro e
Minas Gerais, até que resolveu ficar em Belo
Horizonte. Cursou a faculdade de Medicina,
na Universidade Federal de Minas Gerais e
dedicou-se a esta profissão por muitos anos.
	 Escrevia poesias esporadicamente e foi
um dos primeiros mineiros a se envolver com
o Modernismo. Em 1933 sua namorada suici-
dou-se ao saber que estava com leucemia; por
este motivo, médico recém formado mudou-
-se para São Paulo e pouco depois, definitiva-
mente, para o Rio de Janeiro, onde se uniu
à roda de literatos modernistas.
	 Sua produção literária foi tardia. Aos
sessenta e oito anos começou a escrever suas
memórias, que retratam com muita clareza
todas as épocas de sua vida. É considerado o
mais importante memorialista em língua por-
tuguesa.
	 Pedro Nava suicidou-se no dia 13 de
maio de 1984, aos oitenta e um anos, no Rio
de Janeiro.
O Defunto (poesias 1946),
Memórias: baú de ossos 1 (1974), Balão ca-
tivo 2 (1973), Chão de ferro 3 (1976),
Beira-mar 4, Galo-das-trevas 5 (1981), O
círio perfeito 6 (1983), Cera das Almas 7
(incompleto).
PROGRAMACÃO CULTURAL
. Bordando memórias
Com Lilian Soares
Utilizando o bordado como linguagem artís-
tica, visa favorecer o resgate de memórias e
saberes antigos, tanto culturais, quanto pes-
soais, que serão ressignificados e atualizados
através de um olhar que permite abertura
para criação e expansão de novos conhecimen-
tos.
23 de agosto (ter) às 9h
. Curso de Formação Básica de con-
tadores de História
Com Ana Luisa Lacombe, Kelly Orasi e Simo-
ne Grande.
Realizado desde 2008, o curso abordará en-
tre vários temas: o papel do contador de
histórias, a memória e o resgate da infância,
a origem e a estrutura das histórias, a voz e
a presença corporal do contador de histórias,
etc.
Inscrições de 11 de julho a 6 de agosto, na
Biblioteca Pedro Nava.
. Conversando sobre cinema na Zona
Norte de SP
Com João Godoy e Sonia Perazzolo
Exibição de filme seguido de um debate redi-
gido por especialistas, gerando uma discussão
sobre a questão levantada no filme e seu
respectivo tema.
Todo último sábados do mês (no caso de
emendas de feriados, a sessão acontecerá no
sábado anterior)
15
Biblioteca Pública SYLVIA ORTHOF
BIOGRAFIA DA PATRONESSE
SYLVIA ORTHOF
	 Sylvia Or-
thof foi escritora
e dramaturga. Es-
tudou em Paris na
Escola de Teatro
fundada por Jean-
-Louis Barrault e
teve aulas de mímica com Marcel Marceau.
Trabalhou na década de 1960 no Grupo de
Teatro Artistas Unidos, no Teatro Brasileiro
de Comédia e na TV Record.
	 Iniciou na área de dramaturgia infantil
como autora, diretora, pesquisadora e pro-
fessora. Fundou, no Rio de Janeiro, a Casa
de Ensaios Sylvia Orthof, exclusivamente de-
dicada a espetáculos infantis. Escreveu para a
Revista Recreio. É uma das maiores escritoras
do Brasil em literatura infanto-juvenil; sua
obra, extensa, em torno de cem títulos, re-
cebeu todos os grandes prêmios brasileiros.
	 Escreveu, entre outras obras, A vaca
mimosa e a mosca Zenilda, Mudanças no ga-
linheiro mudam as coisas por inteiro e Os
bichos que tive.
	 Nasceu em 3 de setembro de 1932, no
Rio de Janeiro,e morreu em 24 de julho de
1997.
PROGRAMACÃO CULTURAL
. Pequenas leituras, gostosas aven-
turas
Leitura mediada de pequenos textos, narra-
tivas, contos, poesias para crianças, jovens,
adultos, melhor idade....
Todas as quartas às 15h
*Para agendamento prévio da atividade falar
com Sandra e/ou Roseli tel: 2981-6263
16
Biblioteca Pública Thales Castanho de
Andrade
BIOGRAFIA DO PATRONO THALES
CASTANHO DE ANDRADE
	 Thales Castanho de
Andrade foi professor
e escritor. Teve gran-
de importância na área
educacional na cidade de
São Paulo. Exercendo o
magistério no interior,
conheceu as carências
do sistema de ensino,
principalmente a falta
de livros infantis. Desse
conhecimento, resultaram as medidas oficiais
tomadas por ele quando foi diretor geral do
Departamento de Educação do Estado de São
Paulo. Foi colaborador de diversos jornais e
revistas estaduais.
	 Escreveu livros dirigidos ao público in-
fantil e juvenil. Publicou sua primeira obra em
1918 – A filha da floresta – em que retrata
sua preocupação com a devastação da nature-
za.
	 Recebeu o título de cidadão paulistano
e foi condecorado com diversas medalhas ho-
noríficas. Escreveu, entre outras obras, Sau-
dade, Encanto e verdade e Campo e cidade.
	 Nasceu em 15 de agosto de 1890, em
Piracicaba, São Paulo, e morreu em 1º de ou-
tubro de 1977.
PROGRAMACÃO CULTURAL
Leitura com mediação
. Os livros falam e a alma responde
Com Beth Filipini
Todas as segundas às 10h
Contação de histórias
Com Beth Filipini
Venham conhecer os “Dez sacizinhos”,
uma viagem pela magia e encanto de
um dos personagens mais conhecidos do
folclore brasileiro: o saci.
Todas as segundas às 14h30
*Ambas atividades podem ser realizadas
com agendamento prévio.

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  • 1.
  • 2. BIBLIOTECAS ZN Expediente A revista eletrônica é uma realização da Coordenadoria Regional Norte jun- tamente com os coordenadores das bi- bliotecas públicas da Zona Norte de São Paulo. Contato: smbnorte@gmail.com Fone: 3904-1444 Coordenador Regional Norte Sandro Luiz Coelho Jovem Monitor Cultural Nicoli Chiara De Bona Colaboradores Domitila Alves de Oliveira Vila Nova Elaine Telles Rodrigues Elisabete Ferreira Filipini Emmanuela Fernandes Arantes Maria Elizabeth Caldellas Pedrosa Ormarina Bueno Perondi Patrícia Muniz Marçal Raquel Beatriz de Conceição Regina Helena Lima Monteiro Sandra Cristina Brasil Silva Sandra Rodrigues Nascimento Sandro Luiz Coelho Thaís da Silva Farias Agradecimentos Michel Yakini Diagramação Thaís da Silva Farias Idealização Thaís da Silva Farias Nicoli Chiara De Bona AGOSTO 2016 Sumário SARAU - LITERATURA AMPLIFICADA 3 PROGRAMAÇÃO BibliotecaPúblicaAfonsoSchmidt 5 BibliotecaPúblicaÁlvaresdeAzevedo 6 BibliotecaPúblicaBritoBroca 7 Biblioteca Pública Érico Veríssimo 8 Biblioteca Pública José Mauro de Vasconcelos 9 Biblioteca Pública Menotti Del Picchia 10 Biblioteca Pública Narbal Fontes 11 Biblioteca Pública Nuto Sant’Anna 12 Biblioteca Pública Padre José de Anchieta 13 Biblioteca Pública Pedro Nava 14 Biblioteca Pública Sylvia Orthof 15 Biblioteca Pública Thales Castanho de Andrade 16
  • 3. 3 Saraus – Literatura amplificada “Todo livro é uma lápide, a menos que alguém o acorde.” Não é de hoje que os saraus vem alterando a paisagem literária da cidade de São Paulo, principalmente nas quebradas. Esses recitais são como livros sonoros, ecoando em bares, escolas, praças, centro culturais e bibliotecas, estabelecendo outras leituras e audições literárias. Quando os saraus da Cooperifa¹ e do Binho² começaram, no início dos anos 2000, os bares eram sede exclusiva da poesia periférica, pois os demais espaços relacionavam a literatura, quase sempre, com o silêncio.Desde então, o caldo da palavra entornou e a partir de 2007 surgiram os encontros do Elo da Corrente³,Brasa ,Ademar Mesquiteiros ,O que dizem os umbigos , entre outros, que foram um estopim pra dezenas de recitais que acontecem diariamente na cidade. Há quem acredite, por conta dos saraus, que a poesia seja novidade nas perife- rias,mas essa arte sempre foi presente, nas cantigas de capoeira, pontos de terreiro, no samba, na embolada, no jongo e na poética recente do rap e do funk. Nesse con- texto, a escrita também é fundamento, seja nos jornais da Imprensa Negra no início do século XX, nos folhetos da Literatura de Cordel (vindos no pau-de-arara nordesti- no), na obra de Carolina de Jesus, na Literatura Negra (consolidada com a antologia Cadernos Negros desde 1978) e nas três edições da revista Caros Amigos – Literatura Marginal , organizada por Ferréz. Palavra e voz, escrita e corpo, são tranças antigas, celebradas desde a poesia cancioneira e da oralidade de matriz afro-indígena, principais troncos da nossa formação cultural, que nossa literatura segue regando. Nos saraus, o ato sagrado é a poesia amplificada (por microfones, megafones ou no gogó), dita pelas esquinas e ecoada mundo afora. Um exemplo significativo dessa reverberação é a antologia Saraus – Movimiento/Poesia/Periferia/São Paulo (2014) organizada por Lucía Tennina , publicada na Argentina, México e Chile. Outro fator importante é o surgimento de saraus em diversas cidades como Salvador, Belo Hori- zonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro, inspirados na cena paulistana. Nesse contexto, a literatura das periferias vem sendo protagonista nas bibliote- cas de São Paulo, através do programa Literatura Periférica - Veia e Ventania que, desde 2011, por iniciativa do Sistema Municipal de Bibliotecas contratou temporadas de saraus pela cidade. Essa foi a primeira experiência em aproximar a articulação dos saraus com as bibliotecas dos seus respectivos bairros e assim o silêncio concedeu lugar as vozes pra firmar o incentivo a leitura e ampliar o acesso à literatura. 4 5, 6 7 8 9 , 10
  • 4. 4 O Veia e Ventania antecipa alguns princípios, objetivos e eixos do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (PMLLB) , e por isso deveria ser estendido pra todas as bibliotecas da cidade, ou melhor, deveria ser garantido por lei, pra ser implementado como politica cultural, pois é frustrante ler nas redes sociais a hash- tag #ficaveiaeventania em reivindicação pela continuidade do programa, pois não há garantia de continuação nos próximos meses, tampouco nos próximos anos. Como escreveu Antonio Candido , literatura é direito básico, e deveria ser garantida na constituição, já o poeta Sergio Vaz afirma que literatura faz bem pra saúde, pois “quem lê enxerga melhor”, por isso é coerente que as bibliotecas tenham como totem a poesia fa- lada, tão bem praticada pelos saraus, juntando o livro com a vontade de comer, em leituras devoradas e vice-verso. Os saraus são ações somatórias, e quando reconhecidas e incentivadas se tornam mais relevantes. Assim, a literatura deixa de ser retrato de uma só cor, deixa de ser apenas si- lêncio, pra consolidar uma representação mais parecida com a realidade dos seus potenciais leitores, poetas e escritores que tanto emergem das periferias. é escritor e produtor cultural. Co-fundador do Sarau Elo da Corrente, que acontece desde 2007 em Pirituba. Autor dos livros “Desencontros” (Contos, 2007), Acorde um verso (poesia, 2012), Crônicas de um Peladeiro (Crônicas, 2014) e de “Nascentes de Mel” (romance, no prelo). ¹Sarau realizado desde 2001, no bar do Zé Batidão na bairro de Piraporinha Zona Sul de SP, idealizado pelos poetas Sergio Vaz e Marco Pezão. ²Iniciou em 2004, no antigo bar do Binho e atualmente é realizado no Espaço Clariô e na Praça do Campo Limpo, organizado pelo poeta Binho e pela produtora Suzi Soares. ³Saiba mais em: http://elo-da-corrente.blogspot.com Saiba mais em: http://brasasarau.blogspot.com Saiba mais em: http://sarau-da-ademar.blogspot.com.br/ Saiba mais em: http://mesquiteiros.blogspot.com.br/ Saiba mais em: http://oquedizemosumbigos.blogspot.com.br/ Edições publicadas em 2001, 2002 e 2004 que reúne escritores e escritoras da Literatu- ra Marginal. Tennina, Lúcia (org.). Saraus – Movimiento/Poesia/Periferia/São Paulo. Buenos Aires:Tin- ta Limón Ediciones, 2014 Pesquisadora e professora de literatura, nascida em Buenos Aires, que debruça sua pesqui- sa acadêmica em torno da literatura das periferias de São Paulo. Saiba mais em: https://pmlllbsp.wordpress.com/ Candido, Antonio. Direitos Humanos e literatura. In: A.C.R. Fester (Org.) Direitos hu- manos E… Cjp / Ed. Brasiliense, 1989. 4 5 6 7 8 9 10 11 12 11 12
  • 5. 5 Biblioteca Pública AFONSO SCHMIDT BIOGRAFIA DO PATRONO AFONSO SCHMIDT O jornalista, romancista e poeta brasileiro Afonso Schmi- dt nasceu no dia 29 de junho de 1890, na cidade de Cubatão, São Paulo. Aos dezesseis anos e moran- do em São Paulo, o escritor já colaborava em pequenos jornais do interior do Estado. Após uma estadia na Eu- ropa, mudou-se para a cidade de Santos onde, decidido a se dedicar ao jornalismo, fundou o peri- ódico Vésper e publicou seu primeiro livro Janelas Abertas. Retornou à Europa em 1913, trabalhando como correspondente de Língua portuguesa em um jornal de Milão. Com o início da Primeira Guerra Mundial retornou ao Brasil se estabele- cendo na cidade do Rio de Janeiro e trabalhando como diretor do “Jornal do Povo”. Trabalhou também nos jornais “Folha da Noite” e “O Esta- do de São Paulo”. Foi justamente no “O Estado de São Pau- lo” que Afonso Schmidt publicou em formato de folhetim seus romances Zanzalá, A Marcha e A sombra de Júlio Frank. Poeta parnasiano, em suas obras destacava as injustiças sociais. Também foi o pioneiro da ficção científica no país com Zanzalá. No ano de 1963 recebeu pela União Bra- sileira de Escritores o troféu “Juca Pato” como “Intelectual do Ano”. Foi sócio fundador do Sin- dicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, além de membro da Academia Paulista de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de São Pau- lo. Morreu em São Paulo, no dia 3 de abril de 1964, aos 73 anos. Outras obras: A locomotiva: a outra face da revolução de 1932; A marcha: romance da abolição; Colônia Cecília; O romance de Paulo Eiró; São Paulo de meus amores. PROGRAMACÃO CULTURAL . Exposição da história do bairro: Brasilândia De 15 de agosto (seg) a 15 de setembro (qui) . Apresentação do filme “De pai pra filha, histó- rias da Brasilândia.” e Debate/Palestra Direção: SONIA REGINA BISCHAIN O filme é uma viagem no tempo, por meio de entrevista, onde um antigo morador (que veio morar na região em 1949) conta suas lembranças da formação do bairro, dos primeiros moradores, dos times de futebol, das lutas, dos costumes e das transformações trazidas pelo progresso com o passar dos anos. As imagens são construídas com palavras e também com fotografias antigas e no- vas e filmagens atuais feitas na Vila Brasilândia. Após apresentação do filme a autora fará um bate-papo (debate/palestra) com o público presente, esclarecendo dúvidas, contando um pou- co de suas experiências e pesquisas sobre a região. 26 de agosto (sex) às 14h Mini currículo da autora SONIA REGINA BISCHAIN Moradora do Distrito Brasilândia, São Paulo, em Vila Penteado, é fotó- grafa, poetisa, e pesquisadora das me- mórias do Distrito Brasilândia. Apai- xonada pelas artes plásticas e visuais, encontrou na fotografia um comple- mento para divulgar a sua arte. Autora do livro de poesias Rua de Trás, dos romances Nem tudo é Silêncio e Vale dos Atalhos e coautora do livro de fotografias Cultura daqui, olhares da Brasa. Além de produtora de vídeos sobre a região. É nesta mistura de poesia, fotografia e ví- deo que conta muitas de nossas histórias. Preocu- pada com as questões sociais, inserida na realidade em que vive, e apaixonada pelo bairro, tem um amplo trabalho de pesquisa e fotografia da região de Brasilândia. Com seu olhar apurado, sua arte retrata a realidade, as belezas e as dificuldades enfrentadas pelos que moram no Distrito.
  • 6. 6 Biblioteca Pública ÁLVARES DE AZEVEDO BIOGRAFIA DO PATRONO ÁLVARES DE AZEVEDO Manuel An- tônio Álvares de Azevedo, poeta, contista e ensaís- ta nasceu em 12 de setembro de 1831, em São Paulo. Foi aluno do Colégio Pe- dro II, no Rio de Janeiro, e em 1848 entrou para a Faculdade de Direito em São Paulo, mas faleceu antes de concluí-la. Morou em repúblicas com os amigos Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães, com os quais teve fortes laços de amizade. Participou ativamente da vida literária paulistana e fundou, com amigos, a Revista Mensal da Sociedade Ensaio Filosófico Pau- listano. A sua poesia teve forte influência Byroniana, tratando da morte, do amor e de temas obscuros. Foi acometido pela tuberculose agrava- da por um tumor na região do abdômen. Um mês antes de sua morte, escreveu o poema Se eu morresse amanhã que foi lido em seu enterro. Faleceu em 25 de abril de 1852, em São Paulo, aos vinte anos. É um dos princi- pais nomes da segunda geração do romantismo brasileiro. “Descansem o meu leito solitário Na floresta dos homens esquecida, À sombra de uma cruz, e escrevam nela: Foi poeta - sonhou - e amou na vida”. (fragmento do poema “Lembrança de morrer”) Lira dos vinte anos (póstuma 1853); A noite na taverna (póstu- ma 1855); Macário (drama póstumo 1855); O Conde Lopo (poema póstumo 1886).
  • 7. 7 Biblioteca Pública BRITO BROCA BIOGRAFIA DO PATRONO BRITO BROCA José Brito Broca nasceu em 6 de outubro de 1903 em Guaratinguetá, SP. Foi um importante jornalista. Em 1923 mudou-se para São Paulo onde colaborou em diversos jornais e sob os pseudônimos de Lauro Rosas e Alceste começou a publicar crônicas literárias. Em 1937 mudou-se para o Rio de Janeiro onde trabalhou no Departa- mento de Imprensa e Propaganda e por mui- tos anos foi redator e tradutor da Livraria José Olympio Editora. É considerado um importante crítico literário e historiador cultural do Brasil. Des- taca-se a obra A Vida Literária no Brasil - 1900, pela qual recebeu 4 dos maiores prê- mios literários do país - Prêmio Paula Brito, da Secretaria da Educação do Rio de Janeiro, Prêmio Sílvio Romero, da Academia Brasileira de Letras, Prêmio Fábio Prado, da Sociedade Paulista de Escritores e Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil. Faleceu em janeiro de 1961, no Rio de Janeiro. A vida literária no Brasil - 1900, Repórter impenitente, Horas de leitura, Pa- péis de Alceste, Machado de Assis e a Po- lítica: mais outros estudos, Ensaios da mão canhestra: Cervantes, Goethe, Dostoievski, Alencar, Coelho Netto, Pompéia, Românticos, pré-românticos, ultra-românticos: vida literá- ria e romantismo brasileiro.
  • 8. 8 Biblioteca Pública ÉRICO VERÍSSIMO BIOGRAFIA DE ÉRICO VERÍSSIMO Érico Lopes Veríssimo nas- ceu na cidade Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, em 1905. Desde novo, demonstrou sua adoração pela literatura, lendo autores brasileiros consagrados como Coelho Neto, Aluísio Aze- vedo, Joaquim Manoel de Ma- cedo, Afrânio Peixoto e Afonso Arinos, e também autores internacionais como Walter Scott, Tols- toi, Eça de Queirós, Émile Zola e Dostoiévski. Pode-se dizer que sua vida de escritor se iniciou em 1929, com a publicação de um conto seu “Chico: um conto de Natal”, no periódico mensal “Cruz Alta em Revista”. A partir daí, outros escritos de sua autoria são enviados às revistas importantes da época e aos suplementos de jornais. No ano seguinte, Érico se mudou para Por- to Alegre, com a intenção de viver apenas com a literatura. O que realmente dá certo, pois foi contratado como secretário de redação da revista “O globo” e inicia uma brilhante carreira no peri- ódico. Apenas dois anos depois, em 1932, o au- tor já era diretor da revista. Além disso, é cha- mado para trabalhar no departamento editorial da Livraria do Globo, seu trabalho consistia na indicação de livros para serem traduzidos e publi- cados. Seu primeiro livro, “Fantoches”, foi uma coletânea de histórias de peças de teatro. Já seu primeiro romance foi o livro “Clarissa”, lançado em 1933. Após uma temporada nos Estados Unidos, onde deu aulas de literatura e história do Brasil no Mills College, de Oakland, Califórnia, retornou para o Brasil em 1945. O autor também fez traduções de clássicos estrangeiros, publicou livros infantis, criou progra- mas de auditório para crianças e escreveu mais de 30 livros, entre romances, autobiografias, relatos de viagens e ensaios. Em 1975, Érico faleceu subitamente. PROGRAMACÃO CULTURAL . Encontro Amigos da Biblioteca Encontro entre as amigas da biblitoteca para ações de leitura, reflexão, troca de experiências, informação, oficina e busca de soluções para as questões da biblioteca e da comunidade. Todas as sextas-feiras das 14h às 17h . Vocacional de Literatura com a Profª Marina Ruivo Oficina de literatura que busca despertar o leitor e o escritor que existe em cada pessoa, através de atividades diversas e troca de informações e impressões entre os participantes. Todas as quintas-feiras das 9h às 12h e 14h às 17h . Mediação de leitura Com as mediadoras de leituras Denize, Patrícia e Thayná Todas as quartas-feiras das 9h às 10h e 14h às 15h . Visita Monitorada Proposta de apresentar a Biblioteca Pública Érico Veríssimo em todas as suas dimensões, complexi- dades e possibilidades. *Mediante agendamento prévio
  • 9. 9 Biblioteca Pública JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS BIOGRAFIA DO PATRONO JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS José Mauro de Vasconcelos nasceu em 26 de fevereiro de 1920, no Rio de Janeiro. Passou a infância em Natal, RN. Sua família era muito pobre e José Mauro passou por muitas dificuldades. Seu grande sonho de infância era ser nadador pro- fissional e chegou a ganhar alguns prêmios em campeonatos que participava. Tinha uma personalidade muito incons- tante. Aos quinze anos mudou-se sozinho para o Rio de Janeiro, teve diversos empre- gos para conseguir se sustentar. Percorreu o Brasil de norte a sul; foi treinador de boxe, agricultor, operário, garimpeiro, carregador de bananas, ator de cinema, jornalista, locutor de rádio e escritor. Iniciou diversos cursos superiores, mas nunca concluiu nenhum deles. Seu primeiro romance Banana Brava fixa a aventura vivida por ele em terras do Rio Araguaia. Em 1968 escreveu sua obra mais conhecida O meu pé de laranja lima, baseada em sua infância; nos primeiros meses de lan- çamento vendeu mais de 217 mil exemplares. José Mauro de Vasconcelos é figura controvertida da literatura brasileira, margi- nalizado pela crítica e aclamado pelo público, é autor de largas tiragens com sucessivas re- edições. Faleceu em julho de 1984 em São Pau- lo. Banana brava, Barro blanco, Coração de vidro, Rosinha - minha canoa, Rua descalça, Palácio japonês, Vamos aquecer o sol, O meu pé de laranja lima.
  • 10. 10 Biblioteca Pública MENOTTI DEL PICCHIA BIOGRAFIA DO PATRONO ME- NOTTI DEL PICCHIA Paulo Menotti Del Picchia nasceu em 20 de março de 1892 na capital paulista. Cursou Direito, forman- do-se em 1913. Nesta época publicou seu primeiro livro de poesias: Poemas do vício e da virtude, de conteúdo neoparnasiano. Traba- lhou em diversos jornais e revistas, sendo re- dator e dirigindo alguns deles, como o Correio Paulistano, o semanário literário O Planalto e as revistas Papel e Tinta e a A Cigarra. Menotti Del Picchia participou ati- vamente da Semana de Arte Moderna em 1922, sendo não apenas um dos articulado- res, como também arrebatado militante do movimento modernista brasileiro. Em 1924 criou, com Cassiano Ricardo e Plínio Salgado, o Movimento Verde e Amarelo, de tendência nacionalista. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 1943. Além de se dedicar à carreira literária, Menotti Del Pic- chia foi artista plástico, deputado estadual e jornalista. Faleceu em 23 de agosto de 1988, em São Paulo. Algumas Obras: Juca Mulato, Moisés, As máscaras, A revolução paulista, Salomé, A outra perna do Saci, A longa viagem. Sofre, Juca Mulato, é tua sina, so- fre... Fechar ao mal de amor nossa alma adormecida é dormir sem sonhar, é viver sem ter vida.... O poema Juca Mulato de Menotti del Picchia, de 1917, é considerado uma das obras precursoras do Modernismo PROGRAMACÃO CULTURAL . Oficina de Danças Urbanas Com Alex Boog Todas as segundas às 14h . Oficina de percussão popular: Alegria na parada Com Mestre Avelar 27 de agosto (sáb) às 13h . Mediação de leitura para primeira infância Com Thaís Morais Todas as quartas às 9h
  • 11. 11 Biblioteca Pública NARBAL FONTES BIOGRAFIA DO PATRONO NARBAL FONTES Narbal de Mar- sillac Fontes foi pedago- go, teatrólogo, contista, biógrafo e tradutor. Nas- ceu em 10 de fevereiro de 1899 em Tietê, São Paulo. Em 1918 diplo- mou-se pela Escola Nor- mal Secundária da Capital e em 1930 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Foi professor em escolas e penitenciárias do interior de São Paulo. Em parceria com sua esposa Ofélia de Barros Fontes dedi- cou-se exclusivamente à literatura didática escrevendo peças teatrais, poemas e no- velas para crianças. “Pindorama”, “Regina - a rosa de maio”, “O talismã de vidro” e “Coração de onça” são algumas de suas obras. Em 1940 ele traduziu o livreto da ópera “La traviata’” e em 1942 foi um dos compositores da famosa música “Bra- sileirinho”. Fundou a Revista Nacional no Rio de janeiro. Era também membro da Associa- ção Brasileira de Escritores e da Associação Brasileira de Educação. Faleceu em 29 de abril de 1960 na cidade do Rio de Janeiro.
  • 12. 12 Biblioteca Pública NUTO SANT’ANNA BIOGRAFIA DO PATRONO NUTO SANT´ANNA Benevenuto Silvério de Arruda Sant’Anna nasceu em 5 de setembro de 1889 em Itirapina, São Paulo. Nuto, como era conheci- do, foi escritor, jornalista e historiador. Iniciou sua carreira no jornalismo na cidade de São Carlos no jornal ’O Alfa’ e, ainda nesta profissão, mudou-se em 1910 para a capital do Estado, trabalhando então como redator do Correio Paulistano, no setor bibliográfico. Essa experiência familiarizou-o com a pesquisa e deu-lhe o embasamento para o trabalho como historiador que exerceu em pa- ralelo às suas atividades. Aos 24 anos publicou sua primeira co- letânea de poemas, Versos de Nuto Sant’An- na. Entre suas obras estão Troféus, Miserere, São Paulo histórico, As meninas da Casa Ver- de e Primeiro amor. Influenciou os círculos literários com suas poesias, publicadas no Correio Paulista- no. Colaborou também com O Estado de São Paulo e, junto com seu irmão Leopoldo, fun- dou um jornal em 1930 denominado O Dia. Colaborou nas revistas O Pirralho, A Vida Moderna e Cigarra. Foi diretor do De- partamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo e fundou a Revista do Arquivo Munici- pal, que depois ficou sob orientação de Sérgio Milliet. Organizou e publicou a série de doze volumes Documentos interessantes, inventá- rios e testamentos e sesmarias, do Institu- to Histórico e Geográfico de São Paulo. Em 1945 foi eleito para a Academia Paulista de Letras. Faleceu em 2 de janeiro de 1975, em São Paulo.
  • 13. 13 Biblioteca Pública PE. JOSÉ DE ANCHIETA BIOGRAFIA DO PATRONO PADRE JOSÉ DE ANCHIETA José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534 em Tenerife, Ilhas Canárias, Espanha. Em 1551 ingressou na Com- panhia de Jesus, em Por- tugal e dois anos depois embarcou com destino ao Brasil, na comitiva de Du- arte da Costa - segundo Governador Geral - para catequizar os índios. Em 25 de janeiro de 1554 fundou, com o Pe. Manoel da Nóbrega, um colégio em Piratininga; aos poucos se formou um povoa- do ao redor do colégio, batizado por José de Anchieta, de São Paulo. Foi mandado para São Vicente para ca- tequizar os índios e com eles aprendeu a lín- gua Tupi. Além de instruir os índios, Padre José de Anchieta foi professor dos noviços que entravam para a Companhia de Jesus no Brasil. Viveu em São Paulo, Rio de Janeiro e Espirito Santo. Em 1595 escreveu Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil, a primeira gramática do Tupi - Guara- ni. Escreveu diversas poesias, cartas e au- tos. A poesia de José Anchieta é marcada por conceitos morais, espirituais e pedagógi- cos. Compôs primeiro em sua língua materna, o castelhano, e em latim e posteriormente traduziu para o português e para o tupi. Faleceu em 9 de junho de 1597 no Espirito Santo. De beata virgine dei matre Maria, Sermão sobre a conversão de São Pau- lo, Cartas jesuíticas. PROGRAMACÃO CULTURAL . Oficinas de break - dança de rua - com Anderson StreetSon (Feijão) De 3 de agosto até 9 de setembro to- das as quartas às 14h . Brinconversas Brincadeiras e arte-educação focando na discussão sobre preconceito. Sextas dias: 5, 12, 19 e 26 de agosto às 10h . Oficina de LIBRAS Todas às quartas das 18h30 às 20h30 As aulas irão até 30 de novembro . Show de Rock - União Indepen- dente 3 bandas de rock se apresentam na bi- blioteca 20 de agosto (sáb) das 17h30 às 20h
  • 14. 14 Biblioteca Pública PEDRO NAVA BIOGRAFIA DO PATRONO PEDRO NAVA “Eu sou um pobre homem do caminho novo das minas dos matos gerais” Pedro da Silva Nava nas- ceu em 5 de junho de 1903 em Juiz de Fora, Minas Gerais. Passou a infância entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais, até que resolveu ficar em Belo Horizonte. Cursou a faculdade de Medicina, na Universidade Federal de Minas Gerais e dedicou-se a esta profissão por muitos anos. Escrevia poesias esporadicamente e foi um dos primeiros mineiros a se envolver com o Modernismo. Em 1933 sua namorada suici- dou-se ao saber que estava com leucemia; por este motivo, médico recém formado mudou- -se para São Paulo e pouco depois, definitiva- mente, para o Rio de Janeiro, onde se uniu à roda de literatos modernistas. Sua produção literária foi tardia. Aos sessenta e oito anos começou a escrever suas memórias, que retratam com muita clareza todas as épocas de sua vida. É considerado o mais importante memorialista em língua por- tuguesa. Pedro Nava suicidou-se no dia 13 de maio de 1984, aos oitenta e um anos, no Rio de Janeiro. O Defunto (poesias 1946), Memórias: baú de ossos 1 (1974), Balão ca- tivo 2 (1973), Chão de ferro 3 (1976), Beira-mar 4, Galo-das-trevas 5 (1981), O círio perfeito 6 (1983), Cera das Almas 7 (incompleto). PROGRAMACÃO CULTURAL . Bordando memórias Com Lilian Soares Utilizando o bordado como linguagem artís- tica, visa favorecer o resgate de memórias e saberes antigos, tanto culturais, quanto pes- soais, que serão ressignificados e atualizados através de um olhar que permite abertura para criação e expansão de novos conhecimen- tos. 23 de agosto (ter) às 9h . Curso de Formação Básica de con- tadores de História Com Ana Luisa Lacombe, Kelly Orasi e Simo- ne Grande. Realizado desde 2008, o curso abordará en- tre vários temas: o papel do contador de histórias, a memória e o resgate da infância, a origem e a estrutura das histórias, a voz e a presença corporal do contador de histórias, etc. Inscrições de 11 de julho a 6 de agosto, na Biblioteca Pedro Nava. . Conversando sobre cinema na Zona Norte de SP Com João Godoy e Sonia Perazzolo Exibição de filme seguido de um debate redi- gido por especialistas, gerando uma discussão sobre a questão levantada no filme e seu respectivo tema. Todo último sábados do mês (no caso de emendas de feriados, a sessão acontecerá no sábado anterior)
  • 15. 15 Biblioteca Pública SYLVIA ORTHOF BIOGRAFIA DA PATRONESSE SYLVIA ORTHOF Sylvia Or- thof foi escritora e dramaturga. Es- tudou em Paris na Escola de Teatro fundada por Jean- -Louis Barrault e teve aulas de mímica com Marcel Marceau. Trabalhou na década de 1960 no Grupo de Teatro Artistas Unidos, no Teatro Brasileiro de Comédia e na TV Record. Iniciou na área de dramaturgia infantil como autora, diretora, pesquisadora e pro- fessora. Fundou, no Rio de Janeiro, a Casa de Ensaios Sylvia Orthof, exclusivamente de- dicada a espetáculos infantis. Escreveu para a Revista Recreio. É uma das maiores escritoras do Brasil em literatura infanto-juvenil; sua obra, extensa, em torno de cem títulos, re- cebeu todos os grandes prêmios brasileiros. Escreveu, entre outras obras, A vaca mimosa e a mosca Zenilda, Mudanças no ga- linheiro mudam as coisas por inteiro e Os bichos que tive. Nasceu em 3 de setembro de 1932, no Rio de Janeiro,e morreu em 24 de julho de 1997. PROGRAMACÃO CULTURAL . Pequenas leituras, gostosas aven- turas Leitura mediada de pequenos textos, narra- tivas, contos, poesias para crianças, jovens, adultos, melhor idade.... Todas as quartas às 15h *Para agendamento prévio da atividade falar com Sandra e/ou Roseli tel: 2981-6263
  • 16. 16 Biblioteca Pública Thales Castanho de Andrade BIOGRAFIA DO PATRONO THALES CASTANHO DE ANDRADE Thales Castanho de Andrade foi professor e escritor. Teve gran- de importância na área educacional na cidade de São Paulo. Exercendo o magistério no interior, conheceu as carências do sistema de ensino, principalmente a falta de livros infantis. Desse conhecimento, resultaram as medidas oficiais tomadas por ele quando foi diretor geral do Departamento de Educação do Estado de São Paulo. Foi colaborador de diversos jornais e revistas estaduais. Escreveu livros dirigidos ao público in- fantil e juvenil. Publicou sua primeira obra em 1918 – A filha da floresta – em que retrata sua preocupação com a devastação da nature- za. Recebeu o título de cidadão paulistano e foi condecorado com diversas medalhas ho- noríficas. Escreveu, entre outras obras, Sau- dade, Encanto e verdade e Campo e cidade. Nasceu em 15 de agosto de 1890, em Piracicaba, São Paulo, e morreu em 1º de ou- tubro de 1977. PROGRAMACÃO CULTURAL Leitura com mediação . Os livros falam e a alma responde Com Beth Filipini Todas as segundas às 10h Contação de histórias Com Beth Filipini Venham conhecer os “Dez sacizinhos”, uma viagem pela magia e encanto de um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro: o saci. Todas as segundas às 14h30 *Ambas atividades podem ser realizadas com agendamento prévio.