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O PAPEL DO ENSAIO
NO JORNALISMO
CONTEMPORÂNEO
Rodrigo Volponi
O Precursor
Visões e Tipos
Ensaio Jornalístico
12 Características
O Fluxo
Papel do Ensaio
Michel de Montaine
O Precursor do Ensaio Pessoal
Escritor e ensaísta francês do século XVI.
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história.
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metódicamente sem método;
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“Devemos evitar nos ater às opiniões correntes
e julgá-las pela razão, não pela voz do povo.”
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Apresentação de um assunto, seja ele filosófico, científico,
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“Eu considero um gênero. Eu considero o perfil,
o jornalismo literário de viagem, o texto de memórias
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especificidades muito claras, mas mantém uma matriz de
conexão com o básico do Jornalismo Literário.
E o que é o básico do JL? É a busca da compreensão,
mesmo intuitivamente, de uma leitura complexa do real.”
Um Gênero do Jornalismo Literário
Edvaldo Lima
O ensaio pessoal
“No ensaio como forma, o que se anuncia de modo inconsciente e
distante da teoria é a necessidade de anular, mesmo no procedimento
concreto do espírito, as pretensões de completude...
Ao se rebelar esteticamente contra o método mesquinho, cuja única
preocupação é não deixar escapar nada,
o ensaio obedece a um motivo da crítica epistemológica.”
Uma Forma de Pensamento
Theodor Adorno
O ensaio como forma
A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do
conhecimento, e também é conhecida como teoria do conhecimento.
“...o ensaio com sua combinação elaborada de
autobiografia, auto-reflexão e estilo sedutor e,
finalmente, com sua aliança entre a arte e ciência,
mostra-se, hoje, o modo mais adequado para recuperar
uma exuberância ornamental, agora plenamente criativa,
para a imaginação complexa.”
Um Modo de Exposição
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A estética do ensaio
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“O ensaio é um gênero e ao mesmo tempo é um método.
É um gênero porque é uma ampla forma orgânica de
modelo de construção de um tecido de pensamentos em
texto de reflexão sobre as realidades humanas.
É um método porque é um caminho para a construção
de conhecimentos nas ciências humanas e sociais.”
Raul Vargas
Reportagensaio
Formas de Pensamento
SIMPLISTA
Superficial, segmentado e direto
Tentativa de apropriação da verdade
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Busca pela completude:
exatas, simétricas e conclusivas
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Edgar Morin
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Superficial, segmentado e direto
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Parte de uma ideia pré-concebida
Tenta controlar a informação
Busca pela completude:
exatas, simétricas e conclusivas
Pensamento mutilador
Profundo e interligado;
Aproximação da realidade humana;
Busca pela clareza, aberto ao novo;
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Busca por novas possibilidades,
permite abertura e aceita assimetria;
Pensamento agregador
Edgar Morin
A reforma do pensamento
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Tudo, menos simplista.
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TIPOS DE ENSAIO
ENSAIO PESSOAL
Michel de Montaigne
ENSAIO
LITERÁRIO
Escritora americana. Possui dirversos trabalhamos como jornalista, ensaísta e romancista.
Colaborada do New Yorker Review of Books e na revista The New Yorker. Prêmio National Book Award.
Pai Polícia -Talita Virgínia, no seu TCC, contou a história de um policial, seu pai. Nessa trajetória acabou
revelando sua própria vida, captando de forma muito rica o universo ao seu redor, uma história contada com a
sensibilidade que apenas uma mulher, estudante, fotógrafa e filha, conseguiria produzir
ENSAIO FOTOGRÁFICO
Talita Virgínia
ENSAIO VISUAL
Pablo Ruiz Picasso | Pintor, escultor e poeta
Em janeiro de 1937, o governo espanhol pediu a Picasso que criasse algo para o pavilhão da Espanha na Exposição
Internacional de Paris. No dia 26 de março, a cidade basca de Guernica havia sido arrasada por aviões nazi-fascistas
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Roteirista e Cineasta Belga. Com entrevistas, fotografias, reportagens e trechos de suas obras,
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JORNALÍSTICO
Eliane Brum
Escritora, repórter e jornalista.
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A obra é um conjunto de ensaios-reportagens, reunidas em livro, sobre o olhar da autora, a repórter Eliane Brum,
em busca dos acontecimentos que não viram notícia e das pessoas que não são celebridades. Prêmio Jabuti 2007.
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O JORNALISMO DE TIPO
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Atualidade Método
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Polissemia Rigor
Polifonia
12
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Estilo
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FLUXOGRAMA
1º ATO | COMPREENDER
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O Papel do Ensaio no Jornalismo
À beira de um precipício só há uma maneira
de andar para frente: é dar um passo atrás.
(Michel de Montaigne)
A SEGURANÇA
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PÚBLICO DE SÃO PAULO
Atividade em Dupla
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Rodrigo Volponi
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O Papel do Ensaio no Jornalismo Contemporâneo

  • 1. O PAPEL DO ENSAIO NO JORNALISMO CONTEMPORÂNEO Rodrigo Volponi
  • 2. O Precursor Visões e Tipos Ensaio Jornalístico 12 Características O Fluxo Papel do Ensaio
  • 3. Michel de Montaine O Precursor do Ensaio Pessoal Escritor e ensaísta francês do século XVI. Autor da obra composta por 3 volumes batizada de Essays. Seus textos apresentavam análises de instituições, costumes e dogmas da época. Seu principal objeto de estudo era a generalidade da humanidade. Reflexões sobre o comportamento das pessoas, acontecimentos históricos e sua própria história.
  • 4. Michel de Montaine Estilo e público Escrita de forma acessível; Cumplicidade com o humano; Não tinha um público definido, Construía seus ensaios metódicamente sem método; Variedade de assuntos;
  • 5. “Devemos evitar nos ater às opiniões correntes e julgá-las pela razão, não pela voz do povo.” (Montaigne)
  • 6. Prova, experiência. Uma tentativa. Apresentação de um assunto, seja ele filosófico, científico, histórico ou de teoria literária. Caracterizado pela síntese e pelo tratamento crítico. Etimologia
  • 8. “Eu considero um gênero. Eu considero o perfil, o jornalismo literário de viagem, o texto de memórias gêneros. Eu chamo de gêneros, pois eles têm especificidades muito claras, mas mantém uma matriz de conexão com o básico do Jornalismo Literário. E o que é o básico do JL? É a busca da compreensão, mesmo intuitivamente, de uma leitura complexa do real.” Um Gênero do Jornalismo Literário Edvaldo Lima O ensaio pessoal
  • 9. “No ensaio como forma, o que se anuncia de modo inconsciente e distante da teoria é a necessidade de anular, mesmo no procedimento concreto do espírito, as pretensões de completude... Ao se rebelar esteticamente contra o método mesquinho, cuja única preocupação é não deixar escapar nada, o ensaio obedece a um motivo da crítica epistemológica.” Uma Forma de Pensamento Theodor Adorno O ensaio como forma A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento, e também é conhecida como teoria do conhecimento.
  • 10. “...o ensaio com sua combinação elaborada de autobiografia, auto-reflexão e estilo sedutor e, finalmente, com sua aliança entre a arte e ciência, mostra-se, hoje, o modo mais adequado para recuperar uma exuberância ornamental, agora plenamente criativa, para a imaginação complexa.” Um Modo de Exposição José Català A estética do ensaio
  • 11. Um Método & Gênero “O ensaio é um gênero e ao mesmo tempo é um método. É um gênero porque é uma ampla forma orgânica de modelo de construção de um tecido de pensamentos em texto de reflexão sobre as realidades humanas. É um método porque é um caminho para a construção de conhecimentos nas ciências humanas e sociais.” Raul Vargas Reportagensaio
  • 12. Formas de Pensamento SIMPLISTA Superficial, segmentado e direto Tentativa de apropriação da verdade Parte de uma ideia pré-concebida Tenta controlar a informação Busca pela completude: exatas, simétricas e conclusivas Pensamento mutilador Edgar Morin A reforma do pensamento
  • 13. Formas de Pensamento SIMPLISTA COMPLEXO Superficial, segmentado e direto Tentativa de apropriação da verdade Parte de uma ideia pré-concebida Tenta controlar a informação Busca pela completude: exatas, simétricas e conclusivas Pensamento mutilador Profundo e interligado; Aproximação da realidade humana; Busca pela clareza, aberto ao novo; Articulação transdisciplinar Busca por novas possibilidades, permite abertura e aceita assimetria; Pensamento agregador Edgar Morin A reforma do pensamento
  • 14. Forma de pensamento. Tudo isso Tudo, menos simplista. Método de construção de conhecimento Gênero textual do Jornalismo Literário Modo de exposição das camadas da realidade complexa
  • 17. ENSAIO LITERÁRIO Escritora americana. Possui dirversos trabalhamos como jornalista, ensaísta e romancista. Colaborada do New Yorker Review of Books e na revista The New Yorker. Prêmio National Book Award.
  • 18. Pai Polícia -Talita Virgínia, no seu TCC, contou a história de um policial, seu pai. Nessa trajetória acabou revelando sua própria vida, captando de forma muito rica o universo ao seu redor, uma história contada com a sensibilidade que apenas uma mulher, estudante, fotógrafa e filha, conseguiria produzir ENSAIO FOTOGRÁFICO Talita Virgínia
  • 19. ENSAIO VISUAL Pablo Ruiz Picasso | Pintor, escultor e poeta Em janeiro de 1937, o governo espanhol pediu a Picasso que criasse algo para o pavilhão da Espanha na Exposição Internacional de Paris. No dia 26 de março, a cidade basca de Guernica havia sido arrasada por aviões nazi-fascistas que testavam seus novos equipamentos. Profundamente comovido pelas fotografias que estampavam o horror nos jornais, decidiu traduzir seu sentimento de repulsa à guerra. Trancafiado no seu ateliê por cerca de um mês, materializou e expôs aquilo que se tornaria sua obra-prima: o painel de Guernica
  • 20. FILME Agnès Varda Fotógrafa e Cineasta Belga Roteirista e Cineasta Belga. Com entrevistas, fotografias, reportagens e trechos de suas obras, como uma espécie de álbum de família, Varda monta um ensaio sobre sua vida e obra. Uma tentativa exploratória de compreender retrospectivamente as formas em que sua vida e seu cinema evoluíram juntos. Prêmios: César de Melhor Documentário. National Society of Film Critics de Melhor Documentário
  • 21. JORNALÍSTICO Eliane Brum Escritora, repórter e jornalista. El País A obra é um conjunto de ensaios-reportagens, reunidas em livro, sobre o olhar da autora, a repórter Eliane Brum, em busca dos acontecimentos que não viram notícia e das pessoas que não são celebridades. Prêmio Jabuti 2007.
  • 22. Jornalismo “fora” da agenda; De profundidade; Novas formas de interpretar o Mundo; Argumentos X Fatos; A prática do ato de Compreender; As vozes das Pessoas X “Especialistas”. O JORNALISMO DE TIPO ENSAÍSTICO
  • 26. 1º ATO | COMPREENDER Buscar temas que causam sensações. Colocar-se no lugar do outro. Relacionar as perspectivas com os fatos. Viver a experiência.
  • 28. 2º ATO | INTERPRETAR Comunicação verbal entre os fatos, perspectivas e experiência pessoal com o tema. Papel de mediador dando ao leitor condições de interpretar as informações apresentadas.
  • 30. 3º ATO | REPORTAR Objetividade do tema. Fazer com que seja compreendido. Estilo de escrita com marca pessoal. Vigor! Proximidade entre o tema e o público.
  • 32. Mudar a forma do pensar. Construir conhecimento. Expressar assuntos de forma compreensiva. Libertar e integrar disciplinas, redes e pessoas. Levar à sociedade reflexões mais profundas. O Papel do Ensaio no Jornalismo
  • 33. À beira de um precipício só há uma maneira de andar para frente: é dar um passo atrás. (Michel de Montaigne)
  • 34.
  • 35. A SEGURANÇA NO TRANSPORTE PÚBLICO DE SÃO PAULO Atividade em Dupla 1 entrevista duas fontes + Revisão 1 escreve
  • 36. Baixe essa apresentação em: Rodrigo Volponi rodrigo@vpublic.com.br