1) O documento apresenta informações sobre a civilização grega antiga, abordando sua localização, economia, política e sociedade.
2) A economia grega era baseada no cultivo de oliveiras, trigo e vinhedos e no comércio marítimo de produtos como azeite, vinho e cerâmica.
3) Politicamente, a Grécia era constituída por cidades-estado autônomas chamadas pólis, como Atenas e Esparta, que desenvolveram diferentes formas de governo como a democracia e a
1. INTRODUÇÃO
Localização:
A Civilização Grega desenvolveu-se na Península
Balcânica, situada no continente europeu, conforme
orienta o mapa.
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Grécia Antiga – Economia, Política e Sociedade
Imagem: Localização da antiga Grécia / Emirr/MapLab / GNU Free Documentation License.
2. O litoral grego é
bastante entrecortado, o
que facilitou o
surgimento de muitos
portos naturais.
O relevo é marcado por
suas montanhas.
Na imagem, podemos
observar o topo da
montanha mais alta da
Grécia, Monte Olimpo.
Na época, os gregos
acreditavam ser o lugar
onde os deuses
moravam.
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Imagem: Mytikas, cume do Monte Olimpo / Bignoter / Licença GNU de
Documentação Livre.
3. Cronologia:
A história da Grécia é comumente dividida em 5
períodos:
Mais a frente os retomaremos mais detalhadamente.
Helenístico → decadência e choque com os romanos e macedônicos.
Clássico → apogeu da cultura.
Arcaico → formação da polis.
Homérico → formação do genos (base familiar) - “Ilíada” e “Odisseia”.
Pré-homérico → ocupação dos povos formadores.
Mais à frente nós retomaremos mais
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4. A economia grega era baseada no cultivo de oliveiras,
trigo e vinhedos, conforme suas possibilidades e
condições geográficas. O relevo montanhoso era
inicialmente um obstáculo para as comunicações
comerciais, superado pela habilidade nos mares.
A metrópole exportava azeite, vinho e perfumes em
ânforas para toda a Península Balcânica, além dos
artigos de cerâmica. As colônias forneciam madeiras,
peles, metais, lãs e cereais.
Com o comércio marítimo, os gregos alcançaram
grande desenvolvimento, chegando até mesmo a
cunhar moedas de metal.
Economia
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5. Nas imagens, podemos observar um ânfora de cerâmica grega
(à esquerda) e uma antiga moeda da cidade de Atenas, tendo
em um dos lados a representação de sua deusa protetora.
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Imagem: Kamares – estilo de cerâmica /
Wolfgang Sauber / GNU Free
Documentation License.
Imagem: Moeda ateniense / PHGCOM / GNU Free Documentation License.
6. Ao contrário do que temos
hoje, a Grécia Antiga não
chegou a formar um estado
unificado. Seu território era
de fato ocupado por várias
cidades autônomas: as polis,
cada uma delas com sua
própria organização social,
religiosa, política e
econômica. As principais
cidades-estado foram
Esparta, Atenas, Tebas e
Corinto.
Política
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Imagem: Mapa do Mar Mediterrâneo / William Faden / Public
Domain.
7. AS POLIS ERAM FORMADAS
POR:
- ALGUMAS VILAS;
- ÁREAS AGRÍCOLAS;
- NÚCLEO PRINCIPAL.
Era neste núcleo principal
que ficavam a acrópole, a
ágora e o asti (espécie de
mercado). Na imagem à
direita, vemos a ágora da
cidade de Tiro, que tinha a
função de praça central.
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Imagem:
Ágora
Romana
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Generic.
8. A ACRÓPOLE ERA O CENTRO RELIGIOSO DA POLIS, ABRIGANDO O
TEMPLO PRINCIPAL. TAMBÉM PODERIA SERVIR DE FORTALEZA
MILITAR.
A ACRÓPOLE ATENIENSE (RETRATADA NA IMAGEM ABAIXO) FICOU
CONHECIDA PELA CONSTRUÇÃO DO PARTENON, TEMPLO EM HONRA À
DEUSA ATENA.
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Imagem: Acrópole de Atenas / Leonard G / Public Domain.
9. No período pré-homérico,
aqueus, jônios, eólios e
dórios chegaram e se
fixaram na região, em
ondas sucessivas,
formando a base da
cultura grega.
Durante muito tempo, as
únicas informações sobre
o período posterior à
invasão dos dórios, na
Grécia Antiga, vinham dos
poemas épicos Ilíada e
Odisseia, atribuídos a
Homero, daí denominar-se
esse período de Homérico.
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Imagem: Busto de Homero / JW1805 / Public Domain.
10. Ainda no período homérico, a organização social passou a
ser baseada no genos, uma espécie de grande família, com
propriedade comunal das terras. Entretanto, os genos
entraram em colapso devido ao aumento populacional e a
poucas terras férteis para o cultivo, o que gerou uma série
de conflitos pelos direitos de usá-las.
Como consequência, a terra comunal foi, aos poucos,
tornando-se propriedade privada, o que acentuou
desigualdades sociais. As mais férteis ficavam com os
eupátridas (parentes mais próximos dos líderes dos
genos), formando uma espécie de aristocracia, em torno
de um monarca, um rei.
No fim do período homérico, a economia da região volta a
crescer, o desenvolvimento da navegação permitiu a
colonização de terras distantes, estabelecendo-se no
Egito, no sul da Península Itálica, entre outras. Essa
expansão ajudou a incrementar as atividades comerciais,
dando origem a uma intensa rede de comércio.
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11. No período Arcaico, algumas cidades gregas até então
governadas por soberanos aboliram a monarquia
(“governo de um”), substituindo, por uma pequena
elite governante, a aristocracia.
Em Atenas, mais especificamente, houve uma
reformulação completa das relações sociais, dando
surgimento à democracia (“governo da maioria”),
marcada pela participação do cidadão nos negócios
públicos. Enquanto isso, Esparta destacava-se por ser
uma sociedade rigidamente estratificada e por seu
espírito guerreiro.
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12. Atenas e Esparta, cada uma em
seu momento, conquistaram a
hegemonia do mundo grego,
mas a rivalidade entre elas
levou ao enfraquecimento
mútuo diante das investidas
expansionistas de outros
povos, como persas e
macedônios, durante o período
Clássico.
Da mescla dos valores e do
intercâmbio cultural e
econômico desses povos, sob o
domínio de Alexandre, o
Grande (ao lado), surgiu o
helenismo.
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Imagem: Busto de Alexandre / PHGCOM / GNU Free
Documentation License.
13. A política em Atenas:
Os atenienses experimentaram várias formas de
organização política. São elas:
Monarquia: um rei é chefe de guerra, juiz e
sacerdote. Seu poder é limitado por um Conselho de
aristocratas (Areópago).
Oligarquia: composta por nove Arcontes.
Timocracia: formada pelos mais ricos e somente donos de
terra podiam participar.
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14. Tirania: o chefe governava com poder ilimitado, sem perder
de vista que devia representar a vontade do povo. A nobreza
perdeu o monopólio político que detinha.
Democracia: participavam todos os cidadãos
gregos.
Não se engane, a democracia ateniense era
bem diferente da nossa!
Mas quem era cidadão e participava da
democracia em Atenas?
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15. Não eram todos os habitantes da polis ateniense!
Devemos ter em mente que, para os gregos, o
cidadão era quem estava envolvido com a defesa
militar da cidade, ou seja, os guerreiros (que
possuíssem terra e, consequentemente, pudessem
arcar com os seus equipamentos).
Mulheres, crianças, escravos e estrangeiros estavam
excluídos, por diferentes razões.
Se comparada com a nossa vivência de democracia,
percebemos que a experiência grega limitava
bastante.
Outro aspecto diferente da democracia grega é que
era direta, enquanto a nossa é representativa.
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16. Atenas:
A população estava divida em cinco classes:
- eupátridas: eram os “bem nascidos”, donos das melhores
terras;
- geomores: (georgoi) formada pelos pequenos
proprietários de terras;
- demiurgos: eram os comerciantes e artesãos;
- metecos: constituída de estrangeiros, eram comerciantes
livres, mas sem direitos civis ou políticos;
- escravos: prisioneiros de guerra, sem direitos políticos.
Em algumas polis poderiam exercer todos os ofícios,
menos política.
Sociedade
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17. A educação e a mulher na sociedade
ateniense:
A ideia de que o objetivo da educação é
a preparação do cidadão, tão
mencionada na atualidade, nasceu em
Atenas.
Para eles, o que dizia respeito à polis
afetava toda a sociedade e seus
membros, por isso mesmo a educação
priorizava a formação integral do
indivíduo, com bom preparo físico,
psicológico e intelectual.
Inicialmente, apresentava 2 finalidades:
o desenvolvimento do cidadão leal a
sua polis e a formação do homem com
pleno domínio de si, equilibrado.
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Imagem: Red-Figure Amphora with Musical Scene / Niobid
Painter / GNU Free Documentation License.
18. A condição da mulher em Atenas, assim como em toda a
Grécia Antiga, era de completa submissão ao mundo
masculino, com exceção de Esparta. As mulheres eram
dominadas pelos homens, chegando mesmo a serem
comparadas com a situação dos escravos.
“A mulher é um ser imperfeito, e
por isso mesmo inferior”.
Aristóteles, filósofo.
Em Atenas, as mulheres bem-nascidas viviam isoladas num
aposento da casa.
Para eles, as mulheres tinham apenas uma função: a de gerar
filhos, de preferência homens.
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Imagem:
Retrato
de
Aristoteles
/
Lysippos
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2.5
Generic.
19. Esparta:
A sociedade espartana era dividida em 3 camadas sociais
distintas:
- espartanos (ou espartíatas): classe dominante; eram
soldados profissionais. A única atividade a que podiam se
dedicar, além da guerra, era a política;
- periecos: camponeses, comerciantes e artesãos. Alguns
possuíam terras e bens; tinham certa autonomia. O
casamento entre espartanos e periecos era proibido.
Serviam no exército em unidades à parte;
- hilotas: eram os servos; cultivavam a terra; iam muitas
vezes à guerra, como escolta, carregadores, criados. Para
prevenir as constantes revoltas, os espartanos promoviam
matanças anuais de hilotas.
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20. A educação e a mulher na sociedade
espartana:
Em Esparta, a educação das crianças era
tarefa do Estado e tinha como
finalidade a preparação do indivíduo
para a guerra.
Aos 7 anos, os meninos espartanos já
iniciavam sua educação, como veremos
com mais detalhes a seguir.
A educação feminina limitava-se a fazer
das mulheres mães de crianças
saudáveis. As jovens praticavam
ginástica e eram acostumadas a se
mostrar nuas nas festas.
Comparativamente, eram mais livres do
que as atenienses, já que os maridos
passavam a maior parte do tempo nos
quartéis.
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Imagem: Estátua e mármore / Benutzer:Ticinese /.
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21. Ao nascer, a criança era examinada pelos anciãos
espartanos: se fosse sem defeitos físicos, a criança devia
viver; se não, era atirada do alto de um monte para que
não passasse sua inferioridade física a possíveis
descendentes.
Até os 7 anos, a criança era cuidada pela mãe. Em
seguida, era entregue ao Estado, que as educava de
acordo com os valores espartanos.
Aos 12 anos, tinha início a educação militar, sendo
enviados para o campo onde deviam sustentar-se por
conta própria e dormiam ao ar livre. Aprendiam a roubar
com agilidade, pois se fossem pegos roubando seriam
espancados até a morte, pela inabilidade. Esta fase tinha
por intuito fortalecer o físico e desenvolver habilidades
indispensáveis ao bom soldado.
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22. Aos 17 anos, os rapazes eram submetidos a uma prova, a
Kríptia: os jovens se escondiam pelos campos munidos de
punhais para degolar os escravos. Os que eram aprovados
neste teste tornavam- -se independentes, recebendo um
lote de terra.
Em seguida, passavam a viver como soldados no quartel,
sem poder casar até completar 30 anos.
Só a partir dos 30 anos podiam participar da Assembleia,
casar e deixar o cabelo crescer.
Aos 60 anos se aposentavam do exército e podiam
integrar o Conselho dos Anciãos (Gerúsia).
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Imagem: Jovens espartanos / Edgar Degas / Public Domain.