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ESCOLA TÉCNICA SEQUENCIAL
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
ANANDA APARECIDA SANTOS DE ALMEIDA
MAYARA DA SILVACARVALHO
TAIZE DE MELO SILVA
TAMIRES DE MELO SILVA
THAIS ALVES NERY REIS
ATLS SUPORTE AVANÇADO DE VIDA NO TRAUMA
SÃO PAULO-SP
2023
Ananda Aparecida Santos de Almeida
Mayara da Silva Carvalho
Taize de Melo Silva
Tamires de Melo Silva
Thais Alves Nery Reis
ATLS SUPORTE AVANÇADO DE VIDA NO TRAUMA
Trabalho apresentado como exigência parcial para obtenção de nota na disciplina Pronto Socorro
do curso Técnico em Enfermagem na Escola Técnica Sequencial
Professora: Natany Brás
SÃO PAULO-SP
2023
INTRODUÇÃO
O tratamento de uma vítima de trauma requer uma avaliação rápida das lesões por
ele gerada e instituição de medidas terapêuticas de suporte de vida; sendo o fator
TEMPO essencial para um sucesso da assistência.
No Brasil é a terceira causa de morte; atrás de cardiopatias e cânceres.
uma vez que pode ocasionar graves consequências temporárias ou permanentes, ou
até mesmo, o óbito. Desta forma, torna-se essencial o desenvolvimento de um
sistema eficaz, multidisciplinar e extremamente organizado que otimize com sucesso
o atendimento com qualidade do traumatizado ou politraumatizado, a fim de,
inclusive, minimizar
taxas de morbidade e mortalidade.
Este trabalho aborta Passos para um atendimento de excelência segundo o suporte
avançado de vida no trauma do qual o ATLS que foi criado como um guia para
auxiliar e nortear qualquer pessoa que eventualmente esteja fazendo o papel de
socorrista. o ATLS foi responsável por melhorias radicais nos resultados do
tratamento do politrauma. Seu objetivo é proporcionar um atendimento rápido e
eficaz, ao paciente vítima de trauma, no caso de um acidente, por exemplo.
Com isso, é possível identificar, mais rapidamente, alterações nos parâmetros
fisiológicos que possam indicar risco de morte do paciente (obstrução de vias
aéreas, pneumotórax, choque hipovolêmico, entre outros).
O que é uma vítima de trauma?
Vítima de trauma (ou traumatismo) é qualquer paciente que tenha sofrido
ferimento(s) provocado(s) por causas externas, sejam eles de natureza física ou
química.
De acordo com dados da OMS, cerca de 9 pessoas morrem no mundo a cada
minuto devido a um politrauma – seja ele por acidente automobilístico, queda de
médias ou grandes alturas, violência com armas de fogo, incêndio, entre outros.
Se contarmos apenas os acidentes automobilísticos, temos cerca de 1 milhão de
mortes anualmente ao redor do mundo e 50 milhões de feridos significativamente –
os acidentes automobilísticos são a principal causa mundial de morte devido a
trauma.
Segundo os dicionários, a palavra “trauma” pode ser definida como perturbações
causadas por lesões físicas ou experiências emocionais desagradáveis que ficam
marcadas na mente de um indivíduo. Apesar de a segunda definição ser a mais
comum, um trauma, para os médicos, está relacionado com acidentes, violência ou
autoagressão.
Dependendo do tipo de lesão, os traumas podem ser divididos em três categorias:
Penetrantes – quando há rompimento e laceração da pele, como perfurações por
armas de fogo e fraturas expostas;
Contusos – quando não há perfuração da pele, como no caso de pancadas ou
escorregões;
Mistos – uma combinação dos dois tipos, bastante comuns em acidentes de trânsito,
por exemplo.
Graças a esses números assustadores, nas últimas décadas a comunidade médica
decidiu sistematizar e triar pacientes politraumatizados com o emprego do ATLS
(advanced trauma life support) e um de seus maiores pilares, o ABCDE do trauma.
ATLS
O ATLS surgiu nos Estados Unidos, na década de 70. Teve como fator precipitador
um acidente ocorrido com um ortopedista do estado de Nebraska, Dr. James
Stimmer, enquanto pilotava seu avião. O atendimento recebido por ele e sua família
no local da queda do avião foi adequado, entretanto o atendimento hospitalar foi
realizado de maneira imprópria. A partir deste momento entendeu-se que o
atendimento inicial dado de forma adequada e em tempo hábil, poderia melhorar
significativamente o resultado do atendimento a traumatizados graves. No ano de
1978 foi dado o primeiro curso piloto e em 1980 surgiu a primeira edição do Manual
ATLS. Logo o programa deixou a esfera da Universidade de Nebraska e foi
encampado pelo Comitê de Trauma do Colégio Americano de Cirurgiões. O
tratamento do trauma evoluiu significativamente nos últimos 40 anos. Fundamental
para este processo foi o desenvolvimento no estado norte-americano de Nebraska
de um conceito de gerenciamento de trauma que ficou conhecido como Advanced
Trauma Life Support ...
O que é o ABCDE do Trauma?
A sistematização do ABCDE do trauma foi adotada pelo COMITÊ DE TRAUMA do
Colégio Americano de Cirurgiões, dentro do conteúdo do ATLS (Advanced Trauma
Life Support). Seu objetivo é proporcionar um atendimento rápido e eficaz, ao
paciente vítima de trauma, no caso de um acidente, por exemplo.
Com isso, é possível identificar, mais rapidamente, alterações nos parâmetros
fisiológicos que possam indicar risco de morte do paciente (obstrução de vias aéreas,
pneumotórax, choque hipovolêmico, entre outros).
ABCDE – Avaliação Inicial
É importante ressaltar que a ordem dessas avaliações importa tanto quanto as
avaliações em si, pois ela prioriza situações que podem levar ao óbito primeiro.
Portanto, o médico deverá começar pelo A e não seguir para a próxima letra
enquanto o tratamento – se necessário – não for realizado.
A: Airway – Vias aéreas e restrição da coluna cervical
Na avaliação inicial de um paciente traumatizado, primeiro inspecione as vias aéreas
para verificar permeabilidade.
Essa avaliação rápida na busca por sinais de obstrução inclui a inspeção de corpos
estranhos, identificação de fraturas faciais, mandibulares e/ou traqueais e laríngeas
(ou outras lesões que possam resultar na impermeabilidade das vias aéreas).
Se necessário, empregue a aspiração de secreções e/ou sangue que também
podem estar causando obstrução.
Inicie medidas para estabelecer uma via aérea permanente – seja ela via intubação
orotraqueal ou cricotireoidostomia – caso necessário, ao mesmo tempo em que
restringe o movimento da coluna cervical.
Técnica de restrição de movimento da coluna cervical. Quando o colar cervical é
removido, um membro da equipe deve estabilizar manualmente a cabeça e o
pescoço do paciente. Fonte: ATLS 2018
Se o paciente consegue se comunicar verbalmente sem maiores problemas, é
provável que as vias aéreas não estejam em perigo imediato. Porém, se há alteração
no nível de consciência, a avaliação deverá ser repetida.
Um Glasgow menor que 8 indica a necessidade do estabelecimento de uma via
aérea permanente.
B: Breathing – Respiração e ventilação
A manutenção de vias aéreas pérvias por si só não assegura uma ventilação
adequada. A ventilação requer funcionamento adequado dos pulmões, pleuras, das
paredes torácicas e do diafragma, portanto deve-se avaliar cada um destes.
Para inspecionar corretamente a distensão venosa jugular, a posição da traqueia e a
expansão da parede torácica, expor o pescoço e o tórax do paciente. E Realizar a
ausculta para se certificar do fluxo aéreo pulmonar.
A inspeção visual e a palpação podem detectar lesões na parede torácica que podem
comprometer a ventilação. A percussão do tórax também pode auxiliar na
identificação de anormalidades (mas durante uma ressuscitação ruidosa pode ser
imprecisa).
Lesões que prejudicam significativamente a ventilação em curto prazo incluem
pneumotórax hipertensivo, hemotórax maciço, pneumotórax aberto, lesões traqueais
e brônquicas. Estas devem ser identificadas e tratadas de imediato para garantir uma
ventilação eficaz.
Todo paciente de trauma deve receber oxigênio suplementar. Se não houver
intubação, ele deve ser fornecido via BVM (bolsa válvula máscara – o conhecido
ambu) para oxigenação ideal. Usar um oxímetro de pulso para monitorar a
saturação.
C: Circulation – Circulação e controle hemorrágico
A hemorragia é a causa predominante de mortes evitáveis no trauma. Rápida
identificação e controle hemorrágico são passos cruciais na prevenção dessas
mortes. Os elementos de observação clínica mais importantes aqui são:
Nível de consciência
Quando o volume de sangue circulante é reduzido, a perfusão cerebral pode ser
prejudicada, resultando em nível de consciência alterado.
Perfusão cutânea
Um paciente com volume circulante prejudicado pode apresentar extremidades
pálidas e demora no retorno da circulação capilar (tempo de reperfusão capilar
aumentado ou “sinal da unha branca”).
Pulso
Um pulso rápido e filiforme tipicamente é um sinal de hipovolemia. Avaliar um pulso
central (femoral ou carotídeo) bilateralmente em sua qualidade, tempo e
regularidade. Ausência de pulsos centrais que não podem ser atribuídos a fatores
locais significam necessidade de ação ressuscitativa imediata.
Se há sinais de hemorragia, identificar se ela é interna ou externa. Caso seja
externa, deve ser estancada imediatamente com pressão manual ou, dependendo do
local, torniquete (que vem com o risco de isquemia do membro caso seja mantido por
muito tempo – avaliar se há risco de vida caso não realizado).
As principais áreas de hemorragia interna são tórax, abdome, retroperitônio, pelve e
ossos longos.
A fonte de sangramento é geralmente identificada por exame físico e imagem (por
exemplo, Rx de tórax, Rx de pélvis, avaliação focada com ultrassonografia para
trauma – o FAST – ou lavagem peritoneal diagnóstica).
O manejo pode incluir drenagem torácica e aplicação de um dispositivo estabilizador
pélvico e/ou talas nas extremidades. O manejo definitivo pode exigir tratamento
cirúrgico ou radiológico intervencionista, estabilização pélvica e de ossos longos.
Inicie precocemente a avaliação cirúrgica ou procedimentos de transferência desses
pacientes.
D: Disability – Disfunção neurológica
Uma avaliação neurológica rápida estabelece o nível de consciência do paciente e a
reação pupilar, identifica a presença de sinais lateralizantes e determina o nível de
lesão da medula espinhal (se presente).
A Escala de Glasgow é um método rápido, simples e objetivo de determinar o nível
de consciência.
A diminuição no nível de consciência de um paciente pode indicar diminuição da
oxigenação e/ou perfusão cerebral ou lesão cerebral direta.
Um nível de consciência alterado indica a necessidade de reavaliação imediata do
estado de oxigenação, ventilação e perfusão do paciente.
Hipoglicemia, álcool, narcóticos e outras drogas também podem influenciar nessa
alteração.
Até que se prove o contrário, sempre presumir que mudanças no nível de
consciência são resultado de lesão do sistema nervoso central.
Lembrar de que intoxicações por drogas ou álcool podem acompanhar uma lesão
cerebral traumática.
Os pacientes com evidência de lesão cerebral devem ser tratados em um
estabelecimento que tenha equipe e recursos para antecipar e gerenciar suas
necessidades.
Quando estes recursos não estão disponíveis, os procedimentos para transferência
devem começar assim que a condição for reconhecida.
Da mesma forma, é necessário consulta a um neurologista ou neurocirurgião assim
que qualquer lesão cerebral for identificada.
E: Exposure – Exposição e controle da temperatura
Durante o exame primário, é necessário remover completamente as roupas do
paciente para facilitar uma avaliação minuciosa.
Após a avaliação, é necessário cobrir o paciente com cobertores quentes ou utilizar
um aquecedor externo para evitar que ele desenvolva hipotermia.
Aquecer os fluidos intravenosos antes de infundi-los e manter o ambiente aquecido.
A hipotermia pode estar presente quando o paciente chega ou pode se desenvolver
rapidamente no atendimento, caso ele esteja descoberto e seja submetido à
administração rápida de fluidos em temperatura ambiente ou sangue refrigerado.
Como a hipotermia é uma complicação potencialmente letal em pacientes de trauma,
se faz necessário implementar medidas agressivas para evitar a perda de calor
corporal.
A temperatura corporal do paciente é uma prioridade mais alta do que o conforto dos
profissionais de saúde, e a temperatura da área de ressuscitação deve ser
aumentada para minimizar a perda de calor.
O uso de um aquecedor de fluidos de alto fluxo para elevar a temperatura dos
cristalóides a 39°C é recomendado.
Se não estiver disponível, um microondas pode ser usado (para cristalóides, mas
nunca para hemoderivados).
ABCDE – Avaliação Secundária
A avaliação secundária não deve ter início até que o ABCDE do trauma primário
esteja concluído, os esforços de ressuscitação estejam em andamento e a melhora
dos sinais vitais do paciente tenha sido demonstrada.
Quando há disponibilidade de equipe, parte da pesquisa secundária pode ser
conduzida enquanto a primária é realizada – desde que não interfira com esta.
A avaliação secundária examina da cabeça aos pés o paciente vítima de trauma – ou
seja, faz uma história completa que inclui exame físico e reavaliação periódica de
todos os sinais vitais.
Anamnese
O AMPLE [alergias, medicações, doenças prévias, última refeição (“last meal”),
eventos relacionados ao trauma] é um bom mnemônico para o que se deve
perguntar na anamnese direcionada ao trauma.
Exame Físico
Durante a avaliação secundária, o exame físico segue a sequência: cabeça;
estruturas bucomaxilofaciais; coluna cervical e pescoço; tórax, abdome e pelve;
períneo, reto e vagina; sistema musculoesquelético e sistema neurológico. Todos
esses sistemas devem ser avaliados de forma minuciosa e direcionada ao trauma.
Quais as vantagens da implementação do protocolo ABCDE do
trauma?
As vantagens do protocolo ABCDE do trauma podem ser resumidas em:
Sistematização do atendimento em todos os locais;
Esforços coordenados e treinados;
Rapidez e eficácia;
Hierarquização de prioridades;
Redução drástica da mortalidade no atendimento ao politraumatizado.
Escala de Coma de Glasgow
A Escala de Coma de Glasgow é uma ferramenta que avalia e calcula o nível de
consciência do paciente logo após o trauma. É um método amplamente utilizado
pelo simples sistema de pontuação, permitindo rápida aplicação.
A escala foi inicialmente utilizada para avaliar o nível de consciência em pacientes
vítimas de traumatismo cranioencefálico (TCE). Entretanto, ao longo dos anos, foi
sendo amplamente aplicada em outros pacientes agudamente doentes.
A escala utiliza uma pontuação de três critérios, sendo eles:
• Abertura ocular (máximo de 4 pontos);
• Resposta verbal (máximo de 5 pontos);
• Resposta motora (máximo de 6 pontos).
Após a análise do paciente, a pontuação total fica entre 3 e 15. É importante levar
em consideração na avaliação se o paciente possui alguma limitação anterior ou,
devido ao ocorrido, algo o impede de reagir adequadamente naquele tópico.
Estudo de Caso
Neste caso clínico de Emergência e Trauma, saiba o que deve ser feito na
abordagem e atendimento ao paciente politraumatizado.
Um homem de 37 anos de idade brigou em um bar e foi ferido por arma branca.
Chegou ao hospital Geral do Estado – HGE – trazido pelo suporte básico,
imobilizado em prancha longa, com colar cervical e ventilado com dispositivo de
máscara com válvula e balão. (Aspecto geral: palidez e confusão mental).
Exame Físico
A (Via aérea)
Via aérea pérvia;
Condutas:
Manutenção da imobilização em prancha longa e colar cervical;
Fornecimento em alto fluxo de oxigênio 100% com máscara não-reinalante;
Monitorização: FC: 145 bpm; FR: 40 ipm; S02: 94%; PA: 80×30 mmHg;
Acesso venoso periférico;
Exame laboratorial: Tipagem sanguínea, prova cruzada, gasometria, toxicológico e
função renal;
Reservar centro cirúrgico e bolsa de sangue;
B (Respiração)
Inspeção: Expansibilidade diminuída em hemitórax esquerdo. Lesão de 2 cm,
“respirante”;
Palpação: Dor à palpação de hemitórax esquerdo;
Percussão: Hipertimpânico;
Ausculta: Murmúrios vesiculares abolidos em hemitórax esquerdo.
Condutas:
Punção de alívio;
Curativo de três pontos;
Drenagem de torácica;
Reavaliação do atendimento primário (ABCDE);
C (Circulação)
Bulhas rítmicas e normofonéticas em 2T, ausência de bulhas extras ou sopros;
Buscar por sinais de Choque: pele fria; pulso filiforme, rápido e simétrico, Tempo de
enchimento capilar maior que 2 segundos;
Buscar por focos de hemorragia: toráx já foi avaliado no B, não evidenciando ser a
possível fonte de sangramento; abdome com equimose e lesão penetrante em
hipocôndrio esquerdo, reativo e doloroso a palpação superficial, sugerindo ser a
possível fonte do sangramento; pelve estável e ossos longos sem sinais de edema,
também não evidenciando serem a fonte do choque hipovolêmico. Dessa forma o
abdome é a principal suspeita.
Condutas para choque hemorrágico:
Controle da fonte de hemorragia;
Reposição volêmica com Ringer Lactato aquecido;
Ponderar a utilização do sangue;
Exame de imagem: USG fast;
Centro cirúrgico à Laparatomia exploratória;
D (Neurológico)
Pupilas fotorreagentes e isocóricas;
Escala de Coma de Glasgow: O3V4M6 = 13
E (Exposição)
Rolamento em bloco com inspeção minuciosa do dorso e palpação da coluna
cervical.
Prevenção de hipotermia: manta térmica e aumentar temperatura do ar
condicionado.
Atendimento secundário
Após estabilização:
História SAMPLA: S (sintomas) A (Alergia a dipirona), M (Não faz uso de
medicamento regular), P (sem comorbidades prévias), L (fez ingesta de bebida
alcoólica e “espetinhos de carne” há 2 horas), Ambiente (vide “Relato do
Acompanhante” infra-citado);
Exame craniocaudal: sem mais achados;
Exames complementares: Série trauma: Raio X de cervical, raio X de tórax, raio X de
pelve e TC de crânio. Solicitar Hemograma, Gasometria Arterial, Uréia e Creatinina,
TGO/TGP, ECG;
Encaminhar o paciente para UTI no pós-operatório.
Prescrição para o paciente politraumatizado
Dieta oral zero
SF 0,9% 500ml, IV, rápido a critério médico
Concentrado de hemácias 02U, IV
Concentrado de plaquetas 07U, IV
Plasma fresco congelado 07U, IV
Morfina 1 ampola + SG 5%, 9ml. Fazer 2 ml, IV
Codeína 1 ampola, IV, 8/8h
Ranitidina 50mg, IV, 8/8h
Glicemia capilar 4/4h
MOV contínua
Balanço hídrico
Discussão sobre o paciente politraumatizado
Ruptura de baço
Como o baço se encontra na parte superior esquerda do abdómen, uma facada no
hipocôndrio esquerdo muito possivelmente pode rompê-lo, rasgando a membrana
que o recobre e o seu tecido interno. A ruptura do baço é a complicação grave mais
frequente de lesão abdominal causada por acidentes de trânsito, por perfuro
cortante ou por pancadas.
Quando se rompe o baço, pode derramar-se uma grande quantidade de sangue no
abdômen. A cápsula exterior do baço pode conter a hemorragia temporariamente,
mas deve realizar-se uma operação imediatamente para evitar uma perda de
sangue potencialmente mortal.
A ruptura do baço causou a reatividade e equimose do paciente. O sangue que se
encontra no abdômen comporta-se como um elemento irritativo e causa dor; como
reflexo, a musculatura abdominal contrai-se e torna-se tensa.
Isso representa uma emergência que exige transfusões de sangue imediatas para
manter a circulação adequada, assim como uma intervenção cirúrgica para deter a
perda de sangue; sem estes procedimentos o doente pode entrar em choque e
morrer.
Papel da enfermagem no politrauma:
- Sinais vitais de 2/2h
- Observação de alterações neurológicas ou sinais de hemorragia.
-Contato com a enfermeira da UTI (priorizando meta 1 e meta 2 das metas de
segurança do paciente)
- Contato com o setor da tomografia para agilizar/agendar exame de imagem
-Coleta de tipagem sanguínea e exames laboratoriais ( meta 1 na identificação dos
frascos )
-controle de glicemia capilar (pra evitar hipoglicemia)
- controle de temperatura
- evolução de enfermagem
- prescrição de enfermagem com os cuidados relacionados ao paciente.
CONCLUSÃO
Concluímos que, uma vítima de trauma é um paciente que sofreu lesões
físicas ou químicas provocadas por causas externas, podendo ser
classificadas em penetrantes, contusas ou mistas. Essas lesões são
responsáveis por um alto índice de mortes no mundo, principalmente em
acidentes automobilísticos. Com o intuito de melhorar o atendimento a
essas vítimas, foi desenvolvido o ATLS (Advanced Trauma Life Support)
e seu pilar principal, o ABCDE do trauma, que tem como objetivo
proporcionar um atendimento rápido e eficaz ao paciente, identificando
precocemente alterações que possam levar à morte. A ordem de
avaliação, assim como a avaliação em si, é extremamente importante e
começa com a avaliação das vias aéreas e restrição da coluna cervical,
seguida da avaliação da respiração, circulação, deficiência neurológica e
exposição. O atendimento adequado e em tempo hábil pode melhorar
significativamente o resultado do tratamento do trauma.
Referências Bibliográficas
https://www.eumedicoresidente.com.br/post/abcde-trauma
https://posenfermagemdevalor.com.br/diferenca-entre-sbv-e-sva/
https://posenfermagemdevalor.com.br/trauma-na-emergencia/
https://www.ceen.com.br/precisamos-falar-sobre-abcde-do-
trauma/#:~:text=A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20inicial%20ou%20pr
im%C3%A1ria,de%20exame%20f%C3%ADsico%20c%C3%A9falo%2D
caudal.
https://www.bibliomed.com.br/lib/showdoc.cfm?LibDocID=1221&titulo=o-programa-
atls.html#:~:text=O%20ATLS%20surgiu%20nos%20Estados,Stimmer%2C%20enqu
anto%20pilotava%20seu%20avi%C3%A3o.
https://otrauma.com.br/2022/05/17/escala-de-coma-de-glasgow/
https://saolucascopacabana.com.br/pt/sobre-nos/blog/voce-sabe-o-que-e-trauma-
entenda-o-que-e-e-aprenda-a-preveni-lo

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ATLS Suporte de Vida no Trauma

  • 1. ESCOLA TÉCNICA SEQUENCIAL CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM ANANDA APARECIDA SANTOS DE ALMEIDA MAYARA DA SILVACARVALHO TAIZE DE MELO SILVA TAMIRES DE MELO SILVA THAIS ALVES NERY REIS ATLS SUPORTE AVANÇADO DE VIDA NO TRAUMA SÃO PAULO-SP 2023
  • 2. Ananda Aparecida Santos de Almeida Mayara da Silva Carvalho Taize de Melo Silva Tamires de Melo Silva Thais Alves Nery Reis ATLS SUPORTE AVANÇADO DE VIDA NO TRAUMA Trabalho apresentado como exigência parcial para obtenção de nota na disciplina Pronto Socorro do curso Técnico em Enfermagem na Escola Técnica Sequencial Professora: Natany Brás SÃO PAULO-SP 2023
  • 3. INTRODUÇÃO O tratamento de uma vítima de trauma requer uma avaliação rápida das lesões por ele gerada e instituição de medidas terapêuticas de suporte de vida; sendo o fator TEMPO essencial para um sucesso da assistência. No Brasil é a terceira causa de morte; atrás de cardiopatias e cânceres. uma vez que pode ocasionar graves consequências temporárias ou permanentes, ou até mesmo, o óbito. Desta forma, torna-se essencial o desenvolvimento de um sistema eficaz, multidisciplinar e extremamente organizado que otimize com sucesso o atendimento com qualidade do traumatizado ou politraumatizado, a fim de, inclusive, minimizar taxas de morbidade e mortalidade. Este trabalho aborta Passos para um atendimento de excelência segundo o suporte avançado de vida no trauma do qual o ATLS que foi criado como um guia para auxiliar e nortear qualquer pessoa que eventualmente esteja fazendo o papel de socorrista. o ATLS foi responsável por melhorias radicais nos resultados do tratamento do politrauma. Seu objetivo é proporcionar um atendimento rápido e eficaz, ao paciente vítima de trauma, no caso de um acidente, por exemplo. Com isso, é possível identificar, mais rapidamente, alterações nos parâmetros fisiológicos que possam indicar risco de morte do paciente (obstrução de vias aéreas, pneumotórax, choque hipovolêmico, entre outros).
  • 4. O que é uma vítima de trauma? Vítima de trauma (ou traumatismo) é qualquer paciente que tenha sofrido ferimento(s) provocado(s) por causas externas, sejam eles de natureza física ou química. De acordo com dados da OMS, cerca de 9 pessoas morrem no mundo a cada minuto devido a um politrauma – seja ele por acidente automobilístico, queda de médias ou grandes alturas, violência com armas de fogo, incêndio, entre outros. Se contarmos apenas os acidentes automobilísticos, temos cerca de 1 milhão de mortes anualmente ao redor do mundo e 50 milhões de feridos significativamente – os acidentes automobilísticos são a principal causa mundial de morte devido a trauma. Segundo os dicionários, a palavra “trauma” pode ser definida como perturbações causadas por lesões físicas ou experiências emocionais desagradáveis que ficam marcadas na mente de um indivíduo. Apesar de a segunda definição ser a mais comum, um trauma, para os médicos, está relacionado com acidentes, violência ou autoagressão. Dependendo do tipo de lesão, os traumas podem ser divididos em três categorias: Penetrantes – quando há rompimento e laceração da pele, como perfurações por armas de fogo e fraturas expostas; Contusos – quando não há perfuração da pele, como no caso de pancadas ou escorregões;
  • 5. Mistos – uma combinação dos dois tipos, bastante comuns em acidentes de trânsito, por exemplo. Graças a esses números assustadores, nas últimas décadas a comunidade médica decidiu sistematizar e triar pacientes politraumatizados com o emprego do ATLS (advanced trauma life support) e um de seus maiores pilares, o ABCDE do trauma. ATLS O ATLS surgiu nos Estados Unidos, na década de 70. Teve como fator precipitador um acidente ocorrido com um ortopedista do estado de Nebraska, Dr. James Stimmer, enquanto pilotava seu avião. O atendimento recebido por ele e sua família no local da queda do avião foi adequado, entretanto o atendimento hospitalar foi realizado de maneira imprópria. A partir deste momento entendeu-se que o atendimento inicial dado de forma adequada e em tempo hábil, poderia melhorar significativamente o resultado do atendimento a traumatizados graves. No ano de 1978 foi dado o primeiro curso piloto e em 1980 surgiu a primeira edição do Manual ATLS. Logo o programa deixou a esfera da Universidade de Nebraska e foi encampado pelo Comitê de Trauma do Colégio Americano de Cirurgiões. O tratamento do trauma evoluiu significativamente nos últimos 40 anos. Fundamental para este processo foi o desenvolvimento no estado norte-americano de Nebraska de um conceito de gerenciamento de trauma que ficou conhecido como Advanced Trauma Life Support ... O que é o ABCDE do Trauma? A sistematização do ABCDE do trauma foi adotada pelo COMITÊ DE TRAUMA do Colégio Americano de Cirurgiões, dentro do conteúdo do ATLS (Advanced Trauma Life Support). Seu objetivo é proporcionar um atendimento rápido e eficaz, ao paciente vítima de trauma, no caso de um acidente, por exemplo. Com isso, é possível identificar, mais rapidamente, alterações nos parâmetros fisiológicos que possam indicar risco de morte do paciente (obstrução de vias aéreas, pneumotórax, choque hipovolêmico, entre outros). ABCDE – Avaliação Inicial É importante ressaltar que a ordem dessas avaliações importa tanto quanto as avaliações em si, pois ela prioriza situações que podem levar ao óbito primeiro. Portanto, o médico deverá começar pelo A e não seguir para a próxima letra enquanto o tratamento – se necessário – não for realizado.
  • 6. A: Airway – Vias aéreas e restrição da coluna cervical Na avaliação inicial de um paciente traumatizado, primeiro inspecione as vias aéreas para verificar permeabilidade. Essa avaliação rápida na busca por sinais de obstrução inclui a inspeção de corpos estranhos, identificação de fraturas faciais, mandibulares e/ou traqueais e laríngeas (ou outras lesões que possam resultar na impermeabilidade das vias aéreas). Se necessário, empregue a aspiração de secreções e/ou sangue que também podem estar causando obstrução. Inicie medidas para estabelecer uma via aérea permanente – seja ela via intubação orotraqueal ou cricotireoidostomia – caso necessário, ao mesmo tempo em que restringe o movimento da coluna cervical. Técnica de restrição de movimento da coluna cervical. Quando o colar cervical é removido, um membro da equipe deve estabilizar manualmente a cabeça e o pescoço do paciente. Fonte: ATLS 2018 Se o paciente consegue se comunicar verbalmente sem maiores problemas, é provável que as vias aéreas não estejam em perigo imediato. Porém, se há alteração no nível de consciência, a avaliação deverá ser repetida.
  • 7. Um Glasgow menor que 8 indica a necessidade do estabelecimento de uma via aérea permanente. B: Breathing – Respiração e ventilação A manutenção de vias aéreas pérvias por si só não assegura uma ventilação adequada. A ventilação requer funcionamento adequado dos pulmões, pleuras, das paredes torácicas e do diafragma, portanto deve-se avaliar cada um destes. Para inspecionar corretamente a distensão venosa jugular, a posição da traqueia e a expansão da parede torácica, expor o pescoço e o tórax do paciente. E Realizar a ausculta para se certificar do fluxo aéreo pulmonar. A inspeção visual e a palpação podem detectar lesões na parede torácica que podem comprometer a ventilação. A percussão do tórax também pode auxiliar na identificação de anormalidades (mas durante uma ressuscitação ruidosa pode ser imprecisa). Lesões que prejudicam significativamente a ventilação em curto prazo incluem pneumotórax hipertensivo, hemotórax maciço, pneumotórax aberto, lesões traqueais e brônquicas. Estas devem ser identificadas e tratadas de imediato para garantir uma ventilação eficaz. Todo paciente de trauma deve receber oxigênio suplementar. Se não houver intubação, ele deve ser fornecido via BVM (bolsa válvula máscara – o conhecido ambu) para oxigenação ideal. Usar um oxímetro de pulso para monitorar a saturação. C: Circulation – Circulação e controle hemorrágico A hemorragia é a causa predominante de mortes evitáveis no trauma. Rápida identificação e controle hemorrágico são passos cruciais na prevenção dessas mortes. Os elementos de observação clínica mais importantes aqui são: Nível de consciência Quando o volume de sangue circulante é reduzido, a perfusão cerebral pode ser prejudicada, resultando em nível de consciência alterado.
  • 8. Perfusão cutânea Um paciente com volume circulante prejudicado pode apresentar extremidades pálidas e demora no retorno da circulação capilar (tempo de reperfusão capilar aumentado ou “sinal da unha branca”). Pulso Um pulso rápido e filiforme tipicamente é um sinal de hipovolemia. Avaliar um pulso central (femoral ou carotídeo) bilateralmente em sua qualidade, tempo e regularidade. Ausência de pulsos centrais que não podem ser atribuídos a fatores locais significam necessidade de ação ressuscitativa imediata. Se há sinais de hemorragia, identificar se ela é interna ou externa. Caso seja externa, deve ser estancada imediatamente com pressão manual ou, dependendo do local, torniquete (que vem com o risco de isquemia do membro caso seja mantido por muito tempo – avaliar se há risco de vida caso não realizado). As principais áreas de hemorragia interna são tórax, abdome, retroperitônio, pelve e ossos longos. A fonte de sangramento é geralmente identificada por exame físico e imagem (por exemplo, Rx de tórax, Rx de pélvis, avaliação focada com ultrassonografia para trauma – o FAST – ou lavagem peritoneal diagnóstica). O manejo pode incluir drenagem torácica e aplicação de um dispositivo estabilizador pélvico e/ou talas nas extremidades. O manejo definitivo pode exigir tratamento cirúrgico ou radiológico intervencionista, estabilização pélvica e de ossos longos. Inicie precocemente a avaliação cirúrgica ou procedimentos de transferência desses pacientes. D: Disability – Disfunção neurológica Uma avaliação neurológica rápida estabelece o nível de consciência do paciente e a reação pupilar, identifica a presença de sinais lateralizantes e determina o nível de lesão da medula espinhal (se presente).
  • 9. A Escala de Glasgow é um método rápido, simples e objetivo de determinar o nível de consciência. A diminuição no nível de consciência de um paciente pode indicar diminuição da oxigenação e/ou perfusão cerebral ou lesão cerebral direta. Um nível de consciência alterado indica a necessidade de reavaliação imediata do estado de oxigenação, ventilação e perfusão do paciente. Hipoglicemia, álcool, narcóticos e outras drogas também podem influenciar nessa alteração. Até que se prove o contrário, sempre presumir que mudanças no nível de consciência são resultado de lesão do sistema nervoso central. Lembrar de que intoxicações por drogas ou álcool podem acompanhar uma lesão cerebral traumática. Os pacientes com evidência de lesão cerebral devem ser tratados em um estabelecimento que tenha equipe e recursos para antecipar e gerenciar suas necessidades. Quando estes recursos não estão disponíveis, os procedimentos para transferência devem começar assim que a condição for reconhecida. Da mesma forma, é necessário consulta a um neurologista ou neurocirurgião assim que qualquer lesão cerebral for identificada. E: Exposure – Exposição e controle da temperatura Durante o exame primário, é necessário remover completamente as roupas do paciente para facilitar uma avaliação minuciosa. Após a avaliação, é necessário cobrir o paciente com cobertores quentes ou utilizar um aquecedor externo para evitar que ele desenvolva hipotermia.
  • 10. Aquecer os fluidos intravenosos antes de infundi-los e manter o ambiente aquecido. A hipotermia pode estar presente quando o paciente chega ou pode se desenvolver rapidamente no atendimento, caso ele esteja descoberto e seja submetido à administração rápida de fluidos em temperatura ambiente ou sangue refrigerado. Como a hipotermia é uma complicação potencialmente letal em pacientes de trauma, se faz necessário implementar medidas agressivas para evitar a perda de calor corporal. A temperatura corporal do paciente é uma prioridade mais alta do que o conforto dos profissionais de saúde, e a temperatura da área de ressuscitação deve ser aumentada para minimizar a perda de calor. O uso de um aquecedor de fluidos de alto fluxo para elevar a temperatura dos cristalóides a 39°C é recomendado. Se não estiver disponível, um microondas pode ser usado (para cristalóides, mas nunca para hemoderivados). ABCDE – Avaliação Secundária A avaliação secundária não deve ter início até que o ABCDE do trauma primário esteja concluído, os esforços de ressuscitação estejam em andamento e a melhora dos sinais vitais do paciente tenha sido demonstrada. Quando há disponibilidade de equipe, parte da pesquisa secundária pode ser conduzida enquanto a primária é realizada – desde que não interfira com esta. A avaliação secundária examina da cabeça aos pés o paciente vítima de trauma – ou seja, faz uma história completa que inclui exame físico e reavaliação periódica de todos os sinais vitais. Anamnese O AMPLE [alergias, medicações, doenças prévias, última refeição (“last meal”), eventos relacionados ao trauma] é um bom mnemônico para o que se deve perguntar na anamnese direcionada ao trauma. Exame Físico
  • 11. Durante a avaliação secundária, o exame físico segue a sequência: cabeça; estruturas bucomaxilofaciais; coluna cervical e pescoço; tórax, abdome e pelve; períneo, reto e vagina; sistema musculoesquelético e sistema neurológico. Todos esses sistemas devem ser avaliados de forma minuciosa e direcionada ao trauma. Quais as vantagens da implementação do protocolo ABCDE do trauma? As vantagens do protocolo ABCDE do trauma podem ser resumidas em: Sistematização do atendimento em todos os locais; Esforços coordenados e treinados; Rapidez e eficácia; Hierarquização de prioridades; Redução drástica da mortalidade no atendimento ao politraumatizado. Escala de Coma de Glasgow A Escala de Coma de Glasgow é uma ferramenta que avalia e calcula o nível de consciência do paciente logo após o trauma. É um método amplamente utilizado pelo simples sistema de pontuação, permitindo rápida aplicação. A escala foi inicialmente utilizada para avaliar o nível de consciência em pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico (TCE). Entretanto, ao longo dos anos, foi sendo amplamente aplicada em outros pacientes agudamente doentes. A escala utiliza uma pontuação de três critérios, sendo eles: • Abertura ocular (máximo de 4 pontos); • Resposta verbal (máximo de 5 pontos); • Resposta motora (máximo de 6 pontos).
  • 12. Após a análise do paciente, a pontuação total fica entre 3 e 15. É importante levar em consideração na avaliação se o paciente possui alguma limitação anterior ou, devido ao ocorrido, algo o impede de reagir adequadamente naquele tópico.
  • 13. Estudo de Caso Neste caso clínico de Emergência e Trauma, saiba o que deve ser feito na abordagem e atendimento ao paciente politraumatizado. Um homem de 37 anos de idade brigou em um bar e foi ferido por arma branca. Chegou ao hospital Geral do Estado – HGE – trazido pelo suporte básico, imobilizado em prancha longa, com colar cervical e ventilado com dispositivo de máscara com válvula e balão. (Aspecto geral: palidez e confusão mental). Exame Físico A (Via aérea) Via aérea pérvia; Condutas: Manutenção da imobilização em prancha longa e colar cervical; Fornecimento em alto fluxo de oxigênio 100% com máscara não-reinalante; Monitorização: FC: 145 bpm; FR: 40 ipm; S02: 94%; PA: 80×30 mmHg; Acesso venoso periférico; Exame laboratorial: Tipagem sanguínea, prova cruzada, gasometria, toxicológico e função renal; Reservar centro cirúrgico e bolsa de sangue; B (Respiração) Inspeção: Expansibilidade diminuída em hemitórax esquerdo. Lesão de 2 cm, “respirante”; Palpação: Dor à palpação de hemitórax esquerdo; Percussão: Hipertimpânico; Ausculta: Murmúrios vesiculares abolidos em hemitórax esquerdo. Condutas:
  • 14. Punção de alívio; Curativo de três pontos; Drenagem de torácica; Reavaliação do atendimento primário (ABCDE); C (Circulação) Bulhas rítmicas e normofonéticas em 2T, ausência de bulhas extras ou sopros; Buscar por sinais de Choque: pele fria; pulso filiforme, rápido e simétrico, Tempo de enchimento capilar maior que 2 segundos; Buscar por focos de hemorragia: toráx já foi avaliado no B, não evidenciando ser a possível fonte de sangramento; abdome com equimose e lesão penetrante em hipocôndrio esquerdo, reativo e doloroso a palpação superficial, sugerindo ser a possível fonte do sangramento; pelve estável e ossos longos sem sinais de edema, também não evidenciando serem a fonte do choque hipovolêmico. Dessa forma o abdome é a principal suspeita. Condutas para choque hemorrágico: Controle da fonte de hemorragia; Reposição volêmica com Ringer Lactato aquecido; Ponderar a utilização do sangue; Exame de imagem: USG fast; Centro cirúrgico à Laparatomia exploratória; D (Neurológico) Pupilas fotorreagentes e isocóricas; Escala de Coma de Glasgow: O3V4M6 = 13 E (Exposição) Rolamento em bloco com inspeção minuciosa do dorso e palpação da coluna cervical. Prevenção de hipotermia: manta térmica e aumentar temperatura do ar condicionado.
  • 15. Atendimento secundário Após estabilização: História SAMPLA: S (sintomas) A (Alergia a dipirona), M (Não faz uso de medicamento regular), P (sem comorbidades prévias), L (fez ingesta de bebida alcoólica e “espetinhos de carne” há 2 horas), Ambiente (vide “Relato do Acompanhante” infra-citado); Exame craniocaudal: sem mais achados; Exames complementares: Série trauma: Raio X de cervical, raio X de tórax, raio X de pelve e TC de crânio. Solicitar Hemograma, Gasometria Arterial, Uréia e Creatinina, TGO/TGP, ECG; Encaminhar o paciente para UTI no pós-operatório. Prescrição para o paciente politraumatizado Dieta oral zero SF 0,9% 500ml, IV, rápido a critério médico Concentrado de hemácias 02U, IV Concentrado de plaquetas 07U, IV Plasma fresco congelado 07U, IV Morfina 1 ampola + SG 5%, 9ml. Fazer 2 ml, IV Codeína 1 ampola, IV, 8/8h Ranitidina 50mg, IV, 8/8h Glicemia capilar 4/4h MOV contínua Balanço hídrico Discussão sobre o paciente politraumatizado Ruptura de baço Como o baço se encontra na parte superior esquerda do abdómen, uma facada no hipocôndrio esquerdo muito possivelmente pode rompê-lo, rasgando a membrana que o recobre e o seu tecido interno. A ruptura do baço é a complicação grave mais frequente de lesão abdominal causada por acidentes de trânsito, por perfuro cortante ou por pancadas.
  • 16. Quando se rompe o baço, pode derramar-se uma grande quantidade de sangue no abdômen. A cápsula exterior do baço pode conter a hemorragia temporariamente, mas deve realizar-se uma operação imediatamente para evitar uma perda de sangue potencialmente mortal. A ruptura do baço causou a reatividade e equimose do paciente. O sangue que se encontra no abdômen comporta-se como um elemento irritativo e causa dor; como reflexo, a musculatura abdominal contrai-se e torna-se tensa. Isso representa uma emergência que exige transfusões de sangue imediatas para manter a circulação adequada, assim como uma intervenção cirúrgica para deter a perda de sangue; sem estes procedimentos o doente pode entrar em choque e morrer. Papel da enfermagem no politrauma: - Sinais vitais de 2/2h - Observação de alterações neurológicas ou sinais de hemorragia. -Contato com a enfermeira da UTI (priorizando meta 1 e meta 2 das metas de segurança do paciente) - Contato com o setor da tomografia para agilizar/agendar exame de imagem -Coleta de tipagem sanguínea e exames laboratoriais ( meta 1 na identificação dos frascos ) -controle de glicemia capilar (pra evitar hipoglicemia) - controle de temperatura - evolução de enfermagem - prescrição de enfermagem com os cuidados relacionados ao paciente.
  • 17. CONCLUSÃO Concluímos que, uma vítima de trauma é um paciente que sofreu lesões físicas ou químicas provocadas por causas externas, podendo ser classificadas em penetrantes, contusas ou mistas. Essas lesões são responsáveis por um alto índice de mortes no mundo, principalmente em acidentes automobilísticos. Com o intuito de melhorar o atendimento a essas vítimas, foi desenvolvido o ATLS (Advanced Trauma Life Support) e seu pilar principal, o ABCDE do trauma, que tem como objetivo proporcionar um atendimento rápido e eficaz ao paciente, identificando precocemente alterações que possam levar à morte. A ordem de avaliação, assim como a avaliação em si, é extremamente importante e começa com a avaliação das vias aéreas e restrição da coluna cervical, seguida da avaliação da respiração, circulação, deficiência neurológica e exposição. O atendimento adequado e em tempo hábil pode melhorar significativamente o resultado do tratamento do trauma.