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Os Lusíadas De Luís de Camões Contados às crianças e lembrados ao povo Adaptação em prosa de João de Barros
Introdução Neste trabalho vou falar do livro “Os Lusíadas”, que foi escrito pelo grande poeta Luís Vaz de Camões mas com adaptação de João de Barros. O livro tem dez capítulos. Estes falam de traições, de perigos, de saudade, de felicidade e, não esquecer o mais importante, de amor. O amor não só como o de Pedro e Inês e do Adamastor mas sim também o amor que sentiam pela pátria.
O livro retrata a viagem de um povo de marinheiros e heróis, o povo português, que comandado por Vasco da Gama, á mais de quatrocentos anos, quis descobrir o caminho marítimo para a Índia. A Índia, na altura, aos olhos dos europeus, era uma terra de esplendor e riqueza que todos os homens queriam e desejavam chegar mas que era quase impossível fazê-lo. Vasco da Gama Luís Vaz de Camões
Este trabalho, vai falar  sobretudo  do capitulo VII (A Índia) e do capitulo X (A ilha maravilhosa – chegada a Portugal). Capitulo VII: Vou escrever  o diário de Vasco da gama aonde ele fala sobre a chegada á Índia. Capitulo X: Vou transcrever um excerto que descreva a ilha dos amores e depois vou analisar.
Capitulo VII- A chegada á ÍndiaDiário de Vasco da Gama    Calecute , 20 de Maio de 1498    Caro diário,    Finalmente, esta manhã, conseguimos alcançar a tão desejada Índia depois de obstinados e rudes trabalhos, mas valeu a pena os sacrifícios que fizemos pela nossa pátria.    Fiquei tão contente que quando cheguei, me ajoelhei em terra e agradeci a Providência que me deixou obter a vitória que tanto ambicionara e que nos livrou de todas as dificuldades e perigos aparecidos no caminho.    Calecute é a capital da Índia onde vive o Imperador Samorim, e muitos índios e mouros que fazem comércio uns com os outros.
   Quando as naus Lusitanas chegaram ao seu porto muita gente acorreu a vê-los.    Um mensageiro desceu e foi a colher novas. A primeira pessoa que o meu mensageiro se cruzou foi um mouro chamado Monçaide que sabia falar espanhol, e então explicou-lhe que eu trazia um recado do rei de Portugal para o Rei da Índia e que não queria de maneira alguma guerrear ou combater.   Monçaide gostou tanto do nosso mensageiro que lhe ofereceu albergue e descanso em sua casa. Depois, este Lusitano mensageiro regressou a bordo na companhia de Monçaide… O mouro descreveu-nos tudo o que sabia sobre aquele magnifico país e anunciou-nos as grandes riquezas que nele existiam. Foi uma conversa muito agradável.    De seguida, desembarcamos na praia de Calecute e recebi os chamados naires (guerreiros e homens dos mais importantes da cidade) e, entre eles, Catual que é o governador da Terra, que nos vieram saudar em nome do Rei. Então, transportaram-me num palanquim até ao palácio real. Ao longo deste percurso, parámos num templo sumptuoso, onde existem ídolos de formas estranhos.
Logo que chegamos ao palácio, dirigiram-me para uma sala e quando lá cheguei, rodeado de várias pessoas, estava Samorim no seu leito de seda e pedras preciosas, coroado com um diadema de esmeraldas e diamantes e o corpo estava envolvido por um largo pano de tecido de fios de oiro. Sai do lado um padre, adiantando-se para mim e apresenta-me ao Imperador. Depois disto, sentei-me junto do seu leito e conversamos. O Rei respondeu com muito agrado e sentiu se feliz por ter aliados de um país tão ilustre e distante como o nosso Portugal mas, em relação à proposta de aliança nada referiu enquanto não falasse com os seus conselheiros e mandou preparar camas para todos nós.  	Enquanto eu ansiava pela resposta, Catual, por ordem do Rei, foi procurar o mouro Monçaide para melhor se informar de nós portugueses e, graças a deus, este deu informações muito positivas o que despertou no Catual, o desejo de ver mais de perto as naus e os marinheiros da minha frota.
    “Formosa ilha, a ilha dos Amores, que os navegantes viram um dia desabrochar, fresca e florida, do meio das ondas.      Numa curva e quieta enseada de branca areia, toda coberta de conchinhas vermelhas, deram fundo as naus lusitanas.      Três formosos outeiros se erguiam da terra, esmaltados de erva tenra.      Do cume dos outeiros manavam fontes claras e límpidas, que mantinham sempre verde e viçosa a vegetação, e cuja água corria num leito de pedras alvas. Avistava-se mais longe um vale ameno, onde as águas se juntavam em ribeira, e no qual se estendiam e alargavam à sombra do arvoredo carinhoso.      Mil árvores ali mostravam os seus pomos perfumados: laranjas, cidras e limões…      Outras árvores sombreiam o vale: - álamos, loureiros, mirtos, ciprestes que sobem direitos para o céu, cerejeiras, amoreiras, pessegueiros, que estavam carregados de frutos.      Romãzeiras, com as suas romãs cor de rubim, enlaçavam-se aos ramos dos ulmeiros. E havia pereiras com peras enormes, que os pássaros gulososdebicavam. Capitulo XDescrição da ilha dos amores
     No chão, a erva era um tapete rico, onde os narcisos e as anémonas cresciam à beira de uma nascente serena.      Goivos e lírios roxos, rosas e cecéns, que o orvalho refrescara, manjeronas e jacintos, tudo cresce e brilha naquele vale aconchegado.      E não faltam também os animais amigos do homem: - cisnes e rouxinóis, veados mansos, lebres fugitivas, gazelas tímidas e carinhosas aves levando no bico o alimento para os seus filhinhos implumes…      Tão atraenteera a vista dessa ilha maravilhosa, que os portugueses não hesitaram um minuto sequer em desembarcar numa das suas praias.” Legendas: Verbos no Pretérito Imperfeito/Presente Adjectivos de forma expressiva Figuras de estilo
Figuras de estilo “…fresca e florida…” “…claras e límpidas…”                 Adjectivação “...verde e viçosa…” “…laranjas, cidras e limões…”  “…álamos, loureiros, mirtos, ciprestes…”  “…cerejeiras, amoreiras, pessegueiros…”                            “Goivos e lírios roxos, rosas e cecéns,…”  “…cisnes e rouxinóis, veados mansos, lebres fugitivas, gazelas tímidas e carinhosas aves…” Enumeração Porque é que escolhi este excerto como descrição da ilha dos amores?A meu ver, este foi para mim o excerto que melhor descreve a ilha dos amores porque este tem os requisitos necessários para um descrição (adjectivos , verbos no presente e no pretérito imperfeito e figuras de estilo).
Chegada á Índia
Ilha dos amores
http://www.youtube.com/watch?v=bLlMvxIfpK (Chegada á índia) http://www.youtube.com/watch?v=uIJCI4FXtRg&feature=related  (Caminho marítimo para a Índia) Vídeos:
 Conclusão      Este trabalho foi mais uma forma de relembrar os contrastes existentes entre a actualidade e os tempos passados, que os antigos eram muito honrados e davam grande valor à pátria,  assim como à união entre os homens e à sua entreajuda enquanto que agora as pessoas são o contrário do que eram, agora não dão importância à pátria nem se juntam por ajudar a evoluir o país.
Fim!  Trabalho realizado por : Susana Sá        8ºb

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Os Lusíadas

  • 1. Os Lusíadas De Luís de Camões Contados às crianças e lembrados ao povo Adaptação em prosa de João de Barros
  • 2. Introdução Neste trabalho vou falar do livro “Os Lusíadas”, que foi escrito pelo grande poeta Luís Vaz de Camões mas com adaptação de João de Barros. O livro tem dez capítulos. Estes falam de traições, de perigos, de saudade, de felicidade e, não esquecer o mais importante, de amor. O amor não só como o de Pedro e Inês e do Adamastor mas sim também o amor que sentiam pela pátria.
  • 3. O livro retrata a viagem de um povo de marinheiros e heróis, o povo português, que comandado por Vasco da Gama, á mais de quatrocentos anos, quis descobrir o caminho marítimo para a Índia. A Índia, na altura, aos olhos dos europeus, era uma terra de esplendor e riqueza que todos os homens queriam e desejavam chegar mas que era quase impossível fazê-lo. Vasco da Gama Luís Vaz de Camões
  • 4. Este trabalho, vai falar sobretudo do capitulo VII (A Índia) e do capitulo X (A ilha maravilhosa – chegada a Portugal). Capitulo VII: Vou escrever o diário de Vasco da gama aonde ele fala sobre a chegada á Índia. Capitulo X: Vou transcrever um excerto que descreva a ilha dos amores e depois vou analisar.
  • 5. Capitulo VII- A chegada á ÍndiaDiário de Vasco da Gama Calecute , 20 de Maio de 1498 Caro diário, Finalmente, esta manhã, conseguimos alcançar a tão desejada Índia depois de obstinados e rudes trabalhos, mas valeu a pena os sacrifícios que fizemos pela nossa pátria. Fiquei tão contente que quando cheguei, me ajoelhei em terra e agradeci a Providência que me deixou obter a vitória que tanto ambicionara e que nos livrou de todas as dificuldades e perigos aparecidos no caminho. Calecute é a capital da Índia onde vive o Imperador Samorim, e muitos índios e mouros que fazem comércio uns com os outros.
  • 6. Quando as naus Lusitanas chegaram ao seu porto muita gente acorreu a vê-los. Um mensageiro desceu e foi a colher novas. A primeira pessoa que o meu mensageiro se cruzou foi um mouro chamado Monçaide que sabia falar espanhol, e então explicou-lhe que eu trazia um recado do rei de Portugal para o Rei da Índia e que não queria de maneira alguma guerrear ou combater. Monçaide gostou tanto do nosso mensageiro que lhe ofereceu albergue e descanso em sua casa. Depois, este Lusitano mensageiro regressou a bordo na companhia de Monçaide… O mouro descreveu-nos tudo o que sabia sobre aquele magnifico país e anunciou-nos as grandes riquezas que nele existiam. Foi uma conversa muito agradável. De seguida, desembarcamos na praia de Calecute e recebi os chamados naires (guerreiros e homens dos mais importantes da cidade) e, entre eles, Catual que é o governador da Terra, que nos vieram saudar em nome do Rei. Então, transportaram-me num palanquim até ao palácio real. Ao longo deste percurso, parámos num templo sumptuoso, onde existem ídolos de formas estranhos.
  • 7. Logo que chegamos ao palácio, dirigiram-me para uma sala e quando lá cheguei, rodeado de várias pessoas, estava Samorim no seu leito de seda e pedras preciosas, coroado com um diadema de esmeraldas e diamantes e o corpo estava envolvido por um largo pano de tecido de fios de oiro. Sai do lado um padre, adiantando-se para mim e apresenta-me ao Imperador. Depois disto, sentei-me junto do seu leito e conversamos. O Rei respondeu com muito agrado e sentiu se feliz por ter aliados de um país tão ilustre e distante como o nosso Portugal mas, em relação à proposta de aliança nada referiu enquanto não falasse com os seus conselheiros e mandou preparar camas para todos nós. Enquanto eu ansiava pela resposta, Catual, por ordem do Rei, foi procurar o mouro Monçaide para melhor se informar de nós portugueses e, graças a deus, este deu informações muito positivas o que despertou no Catual, o desejo de ver mais de perto as naus e os marinheiros da minha frota.
  • 8. “Formosa ilha, a ilha dos Amores, que os navegantes viram um dia desabrochar, fresca e florida, do meio das ondas. Numa curva e quieta enseada de branca areia, toda coberta de conchinhas vermelhas, deram fundo as naus lusitanas. Três formosos outeiros se erguiam da terra, esmaltados de erva tenra. Do cume dos outeiros manavam fontes claras e límpidas, que mantinham sempre verde e viçosa a vegetação, e cuja água corria num leito de pedras alvas. Avistava-se mais longe um vale ameno, onde as águas se juntavam em ribeira, e no qual se estendiam e alargavam à sombra do arvoredo carinhoso. Mil árvores ali mostravam os seus pomos perfumados: laranjas, cidras e limões… Outras árvores sombreiam o vale: - álamos, loureiros, mirtos, ciprestes que sobem direitos para o céu, cerejeiras, amoreiras, pessegueiros, que estavam carregados de frutos. Romãzeiras, com as suas romãs cor de rubim, enlaçavam-se aos ramos dos ulmeiros. E havia pereiras com peras enormes, que os pássaros gulososdebicavam. Capitulo XDescrição da ilha dos amores
  • 9. No chão, a erva era um tapete rico, onde os narcisos e as anémonas cresciam à beira de uma nascente serena. Goivos e lírios roxos, rosas e cecéns, que o orvalho refrescara, manjeronas e jacintos, tudo cresce e brilha naquele vale aconchegado. E não faltam também os animais amigos do homem: - cisnes e rouxinóis, veados mansos, lebres fugitivas, gazelas tímidas e carinhosas aves levando no bico o alimento para os seus filhinhos implumes… Tão atraenteera a vista dessa ilha maravilhosa, que os portugueses não hesitaram um minuto sequer em desembarcar numa das suas praias.” Legendas: Verbos no Pretérito Imperfeito/Presente Adjectivos de forma expressiva Figuras de estilo
  • 10. Figuras de estilo “…fresca e florida…” “…claras e límpidas…” Adjectivação “...verde e viçosa…” “…laranjas, cidras e limões…” “…álamos, loureiros, mirtos, ciprestes…” “…cerejeiras, amoreiras, pessegueiros…” “Goivos e lírios roxos, rosas e cecéns,…” “…cisnes e rouxinóis, veados mansos, lebres fugitivas, gazelas tímidas e carinhosas aves…” Enumeração Porque é que escolhi este excerto como descrição da ilha dos amores?A meu ver, este foi para mim o excerto que melhor descreve a ilha dos amores porque este tem os requisitos necessários para um descrição (adjectivos , verbos no presente e no pretérito imperfeito e figuras de estilo).
  • 13. http://www.youtube.com/watch?v=bLlMvxIfpK (Chegada á índia) http://www.youtube.com/watch?v=uIJCI4FXtRg&feature=related (Caminho marítimo para a Índia) Vídeos:
  • 14. Conclusão Este trabalho foi mais uma forma de relembrar os contrastes existentes entre a actualidade e os tempos passados, que os antigos eram muito honrados e davam grande valor à pátria, assim como à união entre os homens e à sua entreajuda enquanto que agora as pessoas são o contrário do que eram, agora não dão importância à pátria nem se juntam por ajudar a evoluir o país.
  • 15. Fim! Trabalho realizado por : Susana Sá 8ºb