2. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
AGRADECIMENTO
Este trabalho enquadra-se no âmbito da Unidade Curricular de Metodologias de
Investigação I, do 1.º Ano do Curso de Educação Social, orientada pela docente, Susana
Pescada, que formal ou informalmente, contribuiu para este resultado. À Professora
Susana queremos manifestar desde já o nosso agradecimento pela acção e
personalização das aulas que ministrou e reconhecido envolvimento pessoal e
profissional.
Agradece-se ainda aos restantes elementos da turma pela partilha e divulgação das
grelhas de leitura respeitantes às leituras dos trabalhos, bem como às entrevistadas pela
colaboração prestada.
3. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
RESUMO
Este trabalho insere-se na Unidade Curricular Metodologias de Investigação I do curso de
Educação Social (ES) da Universidade do Algarve. É um trabalho qualitativo de carácter
exploratório, onde se procurou responder à pergunta de partida “ Quais as expectativas
que um aluno de ES tem relativamente à inserção no mercado de trabalho?”. Utilizou-se
como amostra duas alunas do curso, uma do 1º e outra do 3º ano que responderam a
uma entrevista semi directiva. Após as transcrições das entrevistas, o procedimento da
análise de dados foi a análise de conteúdo. A resposta à problemática central do trabalho
que é a das expectativas do aluno quanto à inserção no mercado de trabalho, ficou
aquém do esperado. Com o decorrer do estudo, ficámos familiarizados com as diferentes
etapas que constituem uma investigação científica, com métodos e técnicas e diversos
instrumentos de trabalho que se utilizam nas ciências sociais.
Palavras chave: educação social, educador social, inserção profissional, formação,
áreas de actuação, capacitação, problemas sociais.
4. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
ÍNDICE
AGRADECIMENTO .......................................................................................................... 2
RESUMO .......................................................................................................................... 3
Palavras chave .............................................................................................................. 3
ÍNDICE ............................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 6
ENQUADRAMENTO DO ESTUDO................................................................................... 7
METODOLOGIAS ............................................................................................................. 9
RESULTADOS ................................................................................................................11
ÁREAS DE INTERVENÇÃO ........................................................................................11
PREPARAÇÃO/FORMAÇÃO .......................................................................................11
NÍVEL DE SATISFAÇÃO/EXPECTATIVAS ..................................................................12
INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO ...............................................................12
CONTRIBUTO DO ES PARA A SOCIEDADE ..............................................................12
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................15
ANEXOS..........................................................................................................................17
GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: O Educador Social, desafiado pela diversidade
cultural das sociedades contemporâneas.....................................................................18
GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: Práticas e Métodos de Investigação em Ciências
Sociais .........................................................................................................................22
GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: A educação social e a investigação: algumas
generalidades em torno de um perfil profissional .........................................................23
GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: O perfil formativo – profissional do(a)
educador(a) social – Uma experiência de investigação a partir do enfoque biográfico -
narrativo .......................................................................................................................25
5. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: Educação Social – Fundamentos e Estratégias
.....................................................................................................................................27
GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: Pesquisa Qualitativa: “Reflexões sobre o
trabalho de campo” – Cadernos de pesquisa, n.º 115 ..................................................30
GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: “Pesquisa Qualitativa e Análise de Conteúdo” –
Sentidos e formas de uso .............................................................................................35
GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: “Educador Social: da Formação à Profissão”-
Cadernos de estudo .....................................................................................................37
GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: “Pensar e intervir socialmente no séc . XXI-
Licenciatura em Educação Social” ...............................................................................40
CRONOGRAMA ...........................................................................................................42
PLANO DE ESTUDOS DA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO SOCIAL .......................43
GRELHA ANALÍTICA: O FUTURO EDUCADOR SOCIAL - Expectativas quanto à
inserção no mercado de trabalho ................................................................................44
GUIÃO DE ENTREVISTA ............................................................................................45
ENTREVISTA 1............................................................................................................47
ENTREVISTA 2............................................................................................................53
FICHA DE REGISTO DA ENTREVISTA 1 ...................................................................61
FICHA DE REGISTO DA ENTREVISTA 2 ...................................................................62
SINOPSE .....................................................................................................................63
GRELHA DE ANÁLISE - ENTREVISTADO 1 ...............................................................65
GRELHA DE ANÁLISE - ENTREVISTADO 2 ...............................................................68
6. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
INTRODUÇÃO
O presente trabalho de investigação está inserido na Unidade Curricular de Metodologias
de Investigação I do 1º Ano do Curso de Educação Social (ES) Pós Laboral.
Sendo alunos do 1º ano de curso de ES e estando conscientes de, por um lado do
aumento dos problemas sociais e da importância cada vez maior desta profissão e por
outro, da dificuldade que é, nos dias de hoje, entrar no mercado de trabalho em Portugal,
pareceu-nos de todo pertinente escolher como tema a abordar, as expectativas que
futuros educadores sociais têm acerca da sua inserção profissional.
A entrada no mercado de trabalho é para a maioria dos estudantes uma questão de
extrema importância, revelando-se esta situação repleta de dúvidas e incertezas. Como
futuros Educadores Sociais (ES) existe, ao longo do curso, a preocupação de que este
nos forneça as melhores ferramentas e a formação mais adequada para o
desenvolvimento da nossa profissão e é provável que estas preocupações aumentem
com o aproximar do fim do curso. Por isso, a experiência pré profissional que é
proporcionada no 3º ano, com as unidades curriculares de Prática I e Prática II, revela-se
necessária e imprescindível, pois possibilita o contacto com as várias realidades em que
poderemos intervir futuramente.
A relevância deste trabalho será a de contribuir com um estudo acerca do curso de ES e
a futura inserção profissional dos seus diplomados, visto que muito pouco está estudado
e desenvolvido acerca desta matéria. Para isto muito ajuda o facto de ser uma profissão
nova, e pouco conhecida principalmente dos agentes empregadores. Os próprios autores
do estudo, alunos do 1º ano, têm também um grande interesse pessoal acerca deste
assunto.
Assim sendo, a questão de partida deste trabalho de investigação empírica e que no
fundo também enuncia o seu principal objectivo é a seguinte: quais as expectativas que
um aluno de ES tem relativamente à inserção no mercado de trabalho?
A partir desta interrogação, outras mais específicas surgiram, tais como:
- Qual o motivo da escolha do curso de Educação Social?
- Participou em voluntariado e/ou em formações ao longo do curso?
- O curso de ES prepara os alunos o suficiente para as necessidades do mercado
de trabalho?
6
7. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
- Com o decorrer do curso, este corresponde às expectativas iniciais?
- Quais as abordagens realizadas pelo aluno ao mercado de trabalho (envio de CV,
contacto com professores e profissionais da área, participação em projectos, entre
outros)?
- Quais as áreas em que o ES pode exercer a sua profissão?
- Qual a importância do ES na resolução dos problemas sociais?
Resumindo, e sendo as expectativas quanto à entrada no mercado de trabalho a
problemática central deste estudo, um conjunto de problemáticas depois emerge para
melhor explicar o problema principal, tais como, as diversas áreas de intervenção do ES,
o nível de satisfação do aluno e o contributo desta formação específica para a sociedade.
O presente estudo será desenvolvido numa metodologia própria dos estudos
exploratórios de carácter qualitativo – abordagem indutiva. Os dados serão recolhidos
através de entrevista semi-directiva. O público alvo é constituído pelos alunos do curso
de ES da Escola Superior da Educação e Comunicação da Universidade do Algarve,
sendo a amostra representada por um aluno do 1º e por um aluno do 3º ano. O
procedimento da análise dos dados obtidos será a análise de conteúdo.
Deste trabalho fazem parte os seguintes capítulos: Introdução; Enquadramento do
Estudo (quanto à sua natureza empírica, e quanto à sua natureza teórica com recurso à
literatura); Metodologia; Resultados (onde consta a apresentação e discussão dos
resultados mais significativos); Considerações Finais (no qual é apresentado a reflexão
final, as criticas a todo o desenrolar do estudo e algumas pistas para novos estudos que
entretanto foram surgindo); Referencias Bibliográficas e Anexos (composto por todos os
instrumentos de trabalho usados – cronograma, grelhas de leitura, guião da entrevista,
transcrição das entrevistas, sinopses, grelhas de análise do conteúdo).
ENQUADRAMENTO DO ESTUDO
No mundo actual, a Educação Social (ES) emerge para dar resposta a uma diversidade
de problemas sociais (Samagaio, 2003, Carvalho e Baptista, 2004). A ES articula
diferentes disciplinas e deve ter carácter prático (e aqui beneficia da experiência do
terreno do trabalho social), sendo os fundamentos científicos e os modelos teórico-
práticos que a sustentam obtidos na Pedagogia Social. O ES tem um saber próprio, com
capacidade para intervir no indivíduo, na família, nas instituições e na sociedade em
7
8. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
geral, podendo a sua acção passar tanto por lares idosos, prisões, centros de juventude,
centros comunitários, escolas autarquias, entre outros.(Carvalho, 2000).
O papel do Educador Social entende-se como a ajuda ao desenvolvimento social do
indivíduo com o objectivo de este viver correctamente os aspectos sociais da sua vida a
nível pessoal, comunitário, cívico e político. O ES tem um grande desafio que é preparar
os indivíduos para questões como as da solidariedade e da tolerância para que possa
combater problemáticas, tais como, por exemplo, a exclusão social (Serapicos, 2003). O
ES para poder ter um bom desempenho na sua profissão deve estar em constante
formação e deve também ter consciência da importância da investigação científica neste
desempenho (Carvalho, 2000; Samagaio, 2006). O Educador Social deve construir o seu
conhecimento à medida das necessidades e dos vários contextos sociais onde vai
trabalhando (Samagaio, 2006). O ES trabalha partindo do princípio que todas as pessoas
são seres educáveis e em transformação ao longo da sua vida. A intervenção do ES deve
ter atenção, no plano da educação, à diversidade cultural e só com o diálogo com o Outro
numa relação de empatia e de descentração é possível ao ES dar uma resposta realista
e eficaz (Gonçalves, 2006).
A profissão ES é uma profissão nova e pouco conhecida pela sociedade (Cardoso, 2006)
por isso denota ainda uma série de lacunas quer ao nível da carreira profissional quer a
nível relação com o mercado de trabalho. A formação académica tem assim uma grande
importância nos processos de profissionalização (Teixeira, 2008). Segundo Canastra
(2009), os processos de profissionalização fazem sentido através das práticas e da
acção. O perfil do ES deve estar relacionado por um lado com as tendências e posturas
pessoais e por outro com as iterações, reflexões e criticas que este faz durante o seu
percurso (Canastra, 2009).
O curso de licenciatura em Educação Social da Universidade do Algarve é um ciclo de
estudo estruturado em 6 semestres lectivos (plano de estudo em anexo). O curso tem
como principais objectivos o desenvolvimento de um conjunto de competências de
natureza teórica e prática, tendo como base teorias e paradigmas de intervenção
reflexivos, facilitar a aquisição de habilitações para a realização e avaliação de projectos
na área da ES; desenvolver o espírito crítico e reflexivo, ministrar formações para que o
profissional possa ajudar a melhorar a vida dos indivíduos e contribuir para a formação e
inserção ao longo da vida.
8
9. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
Relativamente à inserção profissional dos diplomados, este conceito surge a partir dos
anos 80 ligada às crescentes dificuldades dos jovens na passagem para a vida activa.
Deste modo, surge uma nova problemática social, a do acesso ao emprego por parte dos
jovens (Teixeira, 2008). Esta nova problemática científica tem sido desenvolvida por um
economista francês (Jean Vicens) que se tem debruçado sobre as relações entre a
economia educativa e a economia do trabalho (Teixeira, 2008). A partir desta altura,
muitos autores têm apresentado trabalho científico no campo da inserção profissional,
tanto na área da economia como na área da sociologia. A partir dos anos 90, surgem a
nível mundial, então, uma grande quantidade de estudos empíricos e teóricos sobre a
inserção profissional enquanto objecto de estudo (Teixeira, 2008).
METODOLOGIAS
Para que fosse possível a realização deste trabalho, foi necessário recorrer a métodos,
técnicas, metodologias e estratégias específicas consoante o assunto em questão
(Albarello et al, 1995).
A questão de investigação que optamos por definir foi “Quais as expectativas de um
aluno de educação social quanto inserção no mercado de trabalho?”. Foi a partir desta
questão de investigação que se começou a compor a investigação em si, é neste
momento que se decide o futuro da investigação.
Tendo em conta que a nossa investigação implica o estudo de relações sociais e a
compreensão de problemas, designa-se uma investigação de carácter qualitativo
(Guerra, 2006). A investigação qualitativa implica uma reflexão do estudo por parte do
investigador, sendo este o principal instrumento de recolha de dados adoptando uma
postura objectiva durante a recolha desses mesmos dados (observa, participa e
conversa, …).Dentro da investigação qualitativa o método do estudo de caso era o que
mais se adequava à investigação que pretendíamos realizar. Este método é uma
investigação aprofundada de um indivíduo, de uma família, de um grupo ou de uma
organização, que implica que a unidade social não seja demasiado extensa e o período
de observação não seja demasiado curto. O estudo de caso centra-se na recolha
intensiva de informação acerca de enumeras práticas e representações sociais, durante
este processo a conversação informal e a entrevista são técnicas que permitem a
9
10. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
imposição do investigador. O estudo de caso serve para aumentar o conhecimento
relativamente a um determinado individuo e gerar novas hipóteses (Gauthier, 2003).
O método indutivo permite-nos fazer a correspondência entre a observação e a
realidade, para além disso, parte de questões particulares para chegar a conclusões
generalizadas, tal como nos remete a nossa investigação, partimos de uma questão
particular “Quais as expectativas de um aluno do curso de Educação Social referente ao
mercado de trabalho”, para chegar a conclusões generalizadas. O investigador tem de
ser objectivo assumindo um papel neutro. Como o público que irá ser observado por nós,
investigadores, é um grupo específico de pessoas (alunos do curso de Educação Social),
a entrevista, é a técnica de investigação qualitativa que melhor se ajustava ao nosso
trabalho (Guerra, 2006). A recolha de dados foi feita através da entrevista semi-directiva
realizada, e pela observação do investigador durante a entrevista. Este é o tipo de
entrevista que se desenrola num local informal e descontraído, de modo a que o
entrevistado se sinta confortável para que este se sinta à vontade e se expresse
livremente, por isso escolhemos as salas da Universidade do Algarve para as realizar.
A amostragem característica da investigação qualitativa é a amostragem teórica, em que
não há a noção de quantos indivíduos vamos entrevistar, nem a preocupação com a
quantidade de entrevistas que se vão realizar, mas sim, com a qualidade daquelas que
serão realizadas, para além disso a qualidade da informação recolhida é bastante
fundamentada. No decorrer do planeamento da investigação, tivemos que optar por fazer
apenas duas entrevistas já que haviam alguns condicionalismos a uma maior amostra
(principalmente falta de tempo). A amostra foi constituída por duas alunas do curso de
Educação Social da Universidade do Algarve e a variável foi o ano de escolaridade que
frequentam, a entrevistada 1 frequenta o 3º ano do curso de Educação Social em regime
pós laboral e a entrevistada 2 frequenta o 1º ano em regime diurno. Amostragem de actor
é quando a entrevista é feita a um grupo de pessoas que fazem parte do mesmo grupo
social, como é este caso. Foi realizado um Guião de entrevista.
Após a realização e transcrição da entrevista e para finalizar esta etapa, procedemos à
análise de conteúdo (Bardin, 1977; Guerra, 2006), nomeadamente ao comparar e inferir
os dados recolhidos nas duas entrevistas. Segundo, Duarte (2002), os dados recolhidos
10
11. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
através da investigação qualitativa são geralmente abundantes, mas muitas vezes difíceis
de tratar.
RESULTADOS
Com o objectivo de ser mais fácil a apresentação e discussão dos resultados, estes são
apresentados segundo as problemáticas estabelecidas.
ÁREAS DE INTERVENÇÃO
Os entrevistados revelaram diferentes interesses. A entrevistada 1 frequenta o 3º ano do
curso de ES e referiu que a área que lhe desperta mais interesse é relacionada com as
crianças - “nas crianças” (grelha de análise da entrevista 1). Relativamente à entrevistada
2, as áreas que lhe despertam maior interesse são, a dos idosos, as vítimas de violência
doméstica e crianças em risco - “idosos, pelas pessoas que sofreram os mesmos
problemas que eu [vivenciou violência doméstica], pessoas fragilizadas a nível
psicológico, pessoas que precisam de ajuda, que precisam de apoio, crianças
desprotegidas” (grelha de análise da entrevista 2).
Estas respostas evidenciam o carácter multidisciplinar do ES já que os contextos de
trabalho são muito diversificados, podendo abranger diferentes áreas, desde a infância à
terceira idade e passando por todo o percurso da juventude e dos adultos (Samagaio,
2006; Carvalho e Baptista, 2004).
O percurso pessoal, na escolha da área de intervenção, também tem influência (sinopse
– entrevistado 2), tal como também é referido por Canastra (2009).
PREPARAÇÃO/FORMAÇÃO
Ambas as entrevistadas referem a importância das aulas práticas logo a partir do 1º ano.
Acerca deste assunto, a entrevista 1 refere - “Penso que não. […] Penso que ::: se
tivéssemos ao longo dos 3 anos práticas, logo, ou seja, se tivéssemos uma parte de
fundamentação, uma parte teórica e fosse acompanhada logo com a prática (xxx) era
muito mais fácil e preparava muito mais as pessoas […]”(grelha de análise da entrevista
1).
A entrevista 2 refere: “[…] eu tou no 1º ano […] no 1.º semestre, como já disse, foi muito
muito teórico” (grelha de análise da entrevista 2).
11
12. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
A opinião das entrevistadas está de acordo com vários autores, que afirmam que a
profissão do ES é essencialmente prática, de acção e que estes profissionais
desenvolvem melhor as suas competências profissionais em contextos de trabalho .
NÍVEL DE SATISFAÇÃO/EXPECTATIVAS
As entrevistadas tem expectativas diferentes, enquanto a entrevistada 1, que está no 3º
ano, sente que as suas expectativas se defraudaram ao longo do curso - “senti que as
minhas expectativas se defraudaram” (grelha de análise da entrevista 1). Enquanto a
entrevistada 2 que está no 1º ano refere que inicialmente o curso não estava a
corresponder as suas expectativas mas, que actualmente já está - “Agora já tá! No início
assustei-me […] agora sim posso dizer que ele tá a começar a corresponder ao que
estava à espera” (grelha de análise da entrevista 2).
Este assunto, da relação da formação académica versus mundo real do trabalho é de
extrema importância tal como refere Teixeira (2009), para que as expectativas inicias de
mantenham.
INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO
Ambas as entrevistadas não fizeram nenhuma abordagem ao mercado de trabalho. A
entrevistada 2 não fez abordagem ao mercado de trabalho porque está no 1º ano -“Não,
não” (grelha de análise do entrevistado 2). A entrevistada 1 não fez abordagem ao
mercado de trabalho porque têm uma profissão estável como bancária e não pretende
laborar na área de Educação Social “ (grelha de análise da entrevista 1).
CONTRIBUTO DO ES PARA A SOCIEDADE
Ambas as entrevistadas referem a importância da profissão para a resolução dos
problemas sociais. A entrevistada 1 refere que o Educador Social deverá promover o
empowerment, o desenvolvimento humano e a inclusão social dos indivíduos - “O ES
deve ser uma pessoal que deve facilitar, deve capacitar, deve promover o Empowerment,
o (xxx) desenvolvimento humano […] prover a inclusão social, portanto deve ser uma
pessoa que deve trabalhar o outro como alguém especial como uno e único […] só
através da capacitação dessas pessoas é que tu o poderás fazer” (grelha de análise do
entrevistado 1).
12
13. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
A entrevistada 2 refere acerca desta questão - “tem um papel muito importante porque
estas pessoas são esquecidas e o nosso papel é, além de educar, também apoiar essas
pessoas” (grelha de análise do entrevistado 2).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao finalizar esta investigação, o nosso balanço é positivo, para além de nos ter
enriquecido a nível pessoal, foi também benéfico para a nossa formação académica. A
ideia com que ficamos foi de que fizemos um óptimo trabalho e de que este foi bastante
produtivo. Apesar deste trabalho ter sido na sua generalidade benéfico para todo o grupo,
pensamos que também seria importante salientar algumas dificuldades e
condicionalismos durante a sua elaboração.
Ao analisar todo este processo de investigação retiramos algumas conclusões nesse
sentido, nomeadamente que o 2º semestre foi um tempo muito curto para a realização de
um trabalho tão complexo e que exigiu tanto de nós, o tipo de material utilizado para a
gravação da entrevista não foi o mais adequado, o que trouxe algumas complicações na
sua transcrição e por último, mas não menos importante, o facto de termos dado a
conhecer às entrevistadas o guião da entrevista, condicionou a realização da mesma.
Num futuro trabalho de investigação, faremos uma pré-selecção mais rigorosa dos
indivíduos escolhidos para serem entrevistados. No caso da entrevistada 1, esta não
tenciona seguir uma carreira dentro desta área, optando por este curso apenas como via
de enriquecimento pessoal e uma futura mais-valia para si. Neste caso uma pré-selecção
teria excluído a hipótese de entrevistar esta aluna, uma vez que o seu futuro não passa
pela profissão de Educação Social, teria sido mais importante/interessante entrevistar
alguém que perspectivasse o seu futuro nesta área. Quanto à entrevistada 2, por estar
ainda no primeiro ano, não tem ainda bem presente este tipo de questão. Por isso,
teríamos obtido respostas mais adequadas se a escolha da amostra fosse apenas no
âmbito dos alunos finalistas.
Assim sendo, a resposta à pergunta de partida “Quais as expectativas que um aluno de
ES tem relativamente à inserção no mercado de trabalho” não fica respondida
satisfatoriamente.
De resto, a metodologia desenvolvida no decorrer da investigação foi a mais adequada,
sendo que este foi um estudo/investigação exploratório de carácter qualitativo, em que
13
14. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
houve constantemente uma abordagem ao método indutivo, que se baseia na
correspondência entre a observação e a realidade partindo do particular para o geral.
Relativamente às problemáticas discutidas na sequência da nossa investigação e de
modo a assegurar uma possível continuação deste estudo sugeríamos que se
questionasse os alunos do curso de Educação Social relativamente ao plano curricular do
seu curso, de modo a perceber se este seria adequado para as futuras exigências do
mercado de trabalho. Seria também interessante realizar um estudo que tivesse como
principal objecto saber o que pensam os alunos empregados, após terminarem este
curso quanto ao seu futuro nesta área, ou seja, um estudo centrado no percurso
profissional dos alunos que terminaram o curso de Educação Social.
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15. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Cadernos de Estudo. Porto, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, n.º
3, pp. 7-15
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Teixeira, L. (2008). Trajectórias e cenários de inserção profissional de diplomados
em Educação Social do Ensino Politécnico. Pontes e vazios na relação entre
15
16. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
percursos de formação e percursos de inserção profissional. Lisboa, Universidade
Nova de Lisboa.
16
18. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
GRELHA DE LEITURA
Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I
Obra/Artigo: O Educador Social, desafiado pela diversidade cultural das
sociedades contemporâneas
Autor: José Luís de Almeida Gonçalves Páginas Consultadas: 111 a 117
Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura do texto
“ O reconhecimento da pluriculturalidade Sociedades modernas
das sociedades contemporâneas e das
tensões que este fenómeno suscita no
espaço público destas não é um facto
novo em si”( pág. 111)
“O elemento de novidade , no plano da
educação e a integração de tal
diversidade cultural na pedagogia e na
intervenção social”.
“Do ponto de vista Sociológico , bastar-
nos–á por ora constatar que as
sociedades actuais convivem com A dinâmica pluricultural das
diferentes tipos de pluralismos: por um sociedades
lado, um pluralismo monástico,
vincadamente mono cultural (…)por outro
lado temos o pluralismo poli cultural
baseado no diálogo na troca e na
negociação das diferenças nesse mesmo
espaço publico (…)” ( pág. 112)
“Esta pluriculturalidade social – que
resulta da internacionalização da vida
quotidiana (…)” (pág. 112)
“Do ponto de vista do educador social
torna-se mais determinante entender este
paradoxo; no momento em que as nossas
sociedade redescobrem a importância da
18
19. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
variável cultural, torna-se necessário
ultrapassa-la.”(pág. 113)
“Como o educador social age sobre as
consequências das fracturas que
atravessam o tecido social, ele depara-se
com um duplo desafio: por um lado
encetar uma compreensão racional dos
conflitos, uma vez que a intervenção de
educador se situa como reflexão critica ,
nestas tensões sociais (…)”
“Na verdade, esta perspectiva contraria
aquilo que parece ser uma ameaça à
identidade a diversidade pelo contrario e
transportada pela problemática para o
interior da educação social (…)”(pág. 114)
“A diversidade e a discrepância
constituem valores e oportunidades para
fomentar um diálogo intercultural gerador
de inclusão social, mediada pelo
educador social.”(pág. 114)
A noção de culturalidade facilita o
conhecimento de processos culturais e
ajuda a pensar a alteridade sem tornar o
Outro como objecto. Então, na sua
intervenção, o educador social interessar-
se-á mais pela produção da cultura do
próprio sujeito.”(pág. 114)
“O educador social será desafiado a
operar uma verdadeira metanóia cognitiva
(…)” (pág. 115)
“Para o educador social e para a dinâmica
intercultural pouco importa o que é
exactamente determinada cultura pois o
19
20. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
decisivo reside no esclarecimento daquilo
que ela representa para a pessoa.”(pág.
115)
“O educador social deve inserir-se a si e
ao utente num caminho auto reflexivo e A centralidade da noção de
inter-subjectivo, ajudando a discernir a culturalidade na proposta
lógica psico-social das relações entre os intercultural.
sujeitos portadores de cultura e a
identificar os seus efeitos
fracturantes.”(pág 115)
“(…) a cultivar pelo educador social na
sua intervenção , bem como algumas
chaves pedagógicas em registo
intercultural .”(pág. 116)
“(…) nas sociedades pluriculturais levanta
exigências de uma nova atitude ao
educador social.”(pág 116)
“(…) o educador social seja convocado a
fomentar uma pedagogia em acto que se
constrói e se desenvolve na confrontação,
na experiencia e na análise , pela
interacção comunicacional dos
sujeitos.”(pág.116)
“A realidade da educação social torna-se
evidente que as atitudes para a Exigências de uma nova
descentração e a empatia não são inatas atitude na intervenção
, elas necessitam de uma aprendizagem social.
sistemática e objectiva -fomentadas pelo
educador social _ para evitar o
surgimento do egocentrismo.”(pág 116)
“Tentamos, neste artigo , ilustrar as
rupturas sociais antropológicas e éticas
que uma educação aberta á alteridade do
20
21. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
Outro culturalmente diverso introduz, nas
práticas pedagógicas e intervenção social
das sociedade pluriculturais Construção de uma
contemporâneas e consequentemente , a identidade pessoal e social
vigilância critica e a mudança de dos educadores
competências hermenêuticas que exige
aos educadores.”(pág.117)
21
22. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
GRELHA DE LEITURA
Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I
Obra/Artigo: Práticas e Métodos de Investigação em Ciências Sociais
Autores: Luc Albarello, Françoise Digneffe, Jean-Pierre Hiernaux, Christian
Maroy, Danielle Ruqquoy, Pierre de Saint-Georges
Ideias / Conteúdo Tópicos para
estrutura do texto
A metodologia da Entrevista Característica das
“O Papel do entrevistador, numa óptica semi directiva, entrevistas
pode ser delimitado nestes termos: segue a linha de
pensamento do seu interlocutor, ao mesmo tempo zela pela
pertinência das afirmações relativamente ao objectivo da Método indutivo.
pesquisa”. (...) (p. 95)
“O procedimento indutivo parte da observação do terreno; Mais-valia da
pode abrir-se a pistas de investigação muito originais. Na sua pesquisa
exploratória.
base encontra-se uma pesquisa exploratória, fase aberta na
qual o investigador se situa como um verdadeiro explorador,
se familiariza com uma situação ou um fenómeno e tenta Preparação das
descrevê-los e analisá-los”. (p. 97) entrevistas:
Procedimentos e
As estratégias de intervenção do entrevistador cuidados a ter.
“O plano da entrevista: guia da entrevista e modo de
intervenção” (p. 109)
Instrumentos de
A análise qualitativa de entrevistas
trabalho a
Grelha de análise, comparação dos dados, sínteses, desenvolver.
explicação dos dados
Etapas da investigação
As várias etapas
A problemática e quadro teórico do trabalho
A constituição da amostra exploratório.
As entrevistas: guia de entrevista
Análise de entrevistas
Os resultados
22
23. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
GRELHA DE LEITURA
Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I
Obra/Artigo: A educação social e a investigação: algumas generalidades em
torno de um perfil profissional
Autor: Florbela Samagaio Páginas Consultadas: 17-23
Ideias / Conteúdo Tópicos para
estrutura do texto
Reflexão acerca do perfil profissional do educador social. Perfil do
Relaciona a sua prática profissional com a investigação. educador social
Educação Social como resposta às exigências da sociedade
pós moderna.
“(...) a Educação Social, apesar de intervir principalmente
através da formação/educação, partindo do pressuposto que
todo o indivíduo é, independentemente da sua idade, um ser
educável, não descura a flexibilidade e a elasticidade dos
saberes. Para bem intervir, o educador social é ele próprio,
um investigador. Num contexto de investigação acção ou não,
ele treina a observação, ele levanta um problema de
investigação (...) constrói um conhecimento para melhor
intervir à medida das suas necessidades e de acordo com Importância da
determinados contextos sociais, económicos e académicos.” investigação
(p. 18) científica no
“A intervenção da educação social faz-se com base num papel
conhecimento (relativamente) seguro da realidade (...) profissional
partindo da realidade, tal como ela é, nunca como deveria ser
e muito menos como gostaríamos que fosse, que o educador
social constrói o seu saber e realiza a sua intervenção.” (p.19)
É fundamental o contacto do educador social com as
Áreas de
populações. actuação
“Um educador é aquele que ajuda os outros a crescer e a ser
(...)” (p. 19).
“O educador social procura saber um pouco de tudo (...)
23
24. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
procura operacionalizar uma intervenção sócio pedagógica
junto de determinadas categorias sociais, consideradas mais Áreas de
actuação
vulneráveis a situações de exclusão.” (p. 21)
“Os contextos de trabalho dos educadores sociais são
diversificados. Desde a infância, à terceira idade, passando
pelas várias juventudes (...). Os contextos de pobreza e de
exclusão social, o universo das famílias existentes no
panorama social português, as populações (i)migrantes, as
diferenças sociais e económicas apelam à construção de uma
postura de trabalho marcada pelo conhecimento, pelo respeito
e pela sensibilidade face à diferença.” (p. 22).
24
25. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
GRELHA DE LEITURA
Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I
Obra/Artigo: O perfil formativo – profissional do(a) educador(a) social – Uma
experiência de investigação a partir do enfoque biográfico - narrativo
Autor: Fernando Canastra Páginas Consultadas: 1-10
Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura do
texto
Processos de profissionalização do Educador Social Perfil do Educador Social
Processos de configuração do perfil formativo
profissional dos futuros educadores sociais;
Formação académica no
(...) tende-se a questionar o papel que desempenha
exercício da profissão
a formação académica nos processos de
profissionalização; Qualificação e
“(...) revisão dos modelos de formação que se competências
inscreve, ainda, predominantemente, numa lógica
académica, isto é, onde se tende a valorizar a ideia
da “aplicação de saberes”. A lógica de qualificação
assenta, tendencialmente, na ideia da transmissão
de saberes técnicas e valores próprios de uma
profissão que, posteriormente, deverão ser aplicadas
e transferidas para as práticas profissionais (...).
trata-se de aprender a profissão a partir dos próprios
contextos laborais e numa Dinâmica de Formação de cada sujeito
autoformação ao longo da vida (...).” (p-3)
“(...) saberes importados de várias áreas
disciplinares e recontextualizados no quadro da Sentido da
actividade no quadro da actividade profissional, profissionalidade dos
como “transmitir esses mesmos saberes?” (p. 4) educadores sociais
“Do ponto de vista da formação (inicial), a principal
implicação teórica que tendemos a salientar parece
Educador social: sujeito em
estar relacionada com a necessidade de investir em
transformação ao longo da
dispositivos de formação, organizados e geridos em
25
26. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
função da singularidade de cada sujeito-aprendente.” vida.
(p.8)
“(...) é através da análise das práticas e mediante a
investigação da acção e da praxis profissional que
os processos de profissionalização se revestem de
sentido próprio para cada sujeito-aprendente.(...) de
se promoverem dispositivos de acompanhamento,
organizados e geridos em torno da prática da
investigação-acção(...)” (p. 8)
“Parece ser este processo de formalização (prática-
teoria-prática) dos saberes de acção e de
experiência que tende a dar sentido à
profissionalidade dos educadores sociais.” (p. 8)
“(...) necessidade de os dispositivos de
(auto)formação se organizarem e gerirem em torno
da Pessoa do (futuro) profissional(...) A pessoa,
neste sentido não é uma entidade fixa ou um
carácter inalterado; ela (auto) transforma-se ao longo
da sua vida (...) à medida que vai tomando
consciência das tensões (dilemas ou contradições)
que a habitam e a partir das quais se institui como
sujeito relacional da sua vida (...)”(p.8)
26
27. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
GRELHA DE LEITURA
Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I
Obra/Artigo: Educação Social – Fundamentos e Estratégias
Autores: Adalberto Dias de Carvalho e Isabel Baptista
Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura
do texto
Introdução: Introdução:
“Eis a grande finalidade deste livro: promover o jogo Objectivo do livro
entre a verdade e o ethos.” (p.7, 3º §)
“Um equilíbrio difícil de impor uma gestão entre a Individuo na
solidariedade e a tolerância, entre a identidade pessoal sociedade
e a identificação colectiva, entre os sentimentos de
autonomia e de partilha…” (p.8, 4º §)
“(…) a educação ser vista como uma tarefa não Desafio da
apenas escolar mas que dimana de todas as educação social
instancias sociais, conferindo-lhes (…) coesão pelos
projectos.” (p.10, 1º §)
1 - A emergência da Educação Social:
1 - A emergência da
“ (…) a actividade de formação dos seus profissionais Educação Social:
terá de assumir plenamente as dimensões sistémicas, Formação dos
hermenêutica e projectiva da própria Educação social” Educadores
(p.23, 2º§) Sociais
“Durkheim(…) falava mesmo de coisismo para
caracterizar as exigências da redução objectiva da Dicotomia
sociologia por analogia com o modelo das ciências sujeito/objecto
físicas” (p.38, 1º§)
“(…)o trabalho social comporta profissões de risco
porque com grandes e permanentes riscos de fracasso
O fracasso na
(…) Importa (…) evitar tanto a resignação conformista
Educação Social
como a impulsividade inconsciente.”(p.49, 4º § e p.50,
1º §)
“Já não é hoje suficiente promover processos de
27
28. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
adaptação e integração. (…) os imperativos da Solidariedade
solidariedade exigem hoje a superação do paradigma social na
economicista e do paradigma assistencialista actualidade
subjacentes á politica social (…)” (p.52 , 4º §) (séc.XXI)
2 - Educação Social e Pedagogia Social:
“(…) o educador social, reconhecendo-se, antes de
tudo, como actor social, exerce progressivamente
as suas funções educativas, enquanto mediador 2 - Educação Social e
social (…)” (p.58, 3º §) Pedagogia Social:
“ O seu objecto de estudo é afinal um objecto – Educador Social
projecto, o que significa que a sua formulação como actor social
epistemológica depende, em grande parte, da
perspectiva filosófica que for assumida (Carvalho,
1996) “ (p.59, 6º §)
“Áreas de intervenção. (...) destacamos a Teoria / Prática
seguintes: educação de adultos, educação
especializada (...) educação ambiental.” (p.63, 2º §)
“ (…) o projecto constitui a expressão efectiva da
capacidade humana de transcendência, O projecto e as
corporizando a crença na possibilidade de suas implicações
mudança, tanto ao nível de alteração do vivido
como da invenção de dias inteiramente novos,
desenhados na esfera do sonho onde a finitude do Educação Formal
humano realiza a sua vocação para a imortalidade ≠ Educação Social
e para o infinito.” (p.66, 2º §)
“Ao contrário do que acontece na educação formal,
a educação social não se apoia nas lógicas
curriculares previamente definidas. (…) a
planificação estratégica valoriza, antes de mais, a
decisão sobre o sentido, sobre a direcção a seguir
de acordo com uma visão de futuro solidariamente Áreas de
construída.” (p.69, 5º§) intervenção
“ (…) desenhados numa perspectiva humanista de
28
29. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
envolvimento, de autoria e de participação dos
próprios sujeitos, valorizando, ao mesmo tempo o
tecido social comunitário que suporta as redes
sociais de apoio aos seus percursos de vida.”
(p.71, 3º §)
3 - Educadores Sociais: Projectos
“ (…) o educador social não pode ser um consumidor
passivo de conceitos e até mesmo de valores sociais
entretanto sujeitos à delapidação ideológica (…)” (p.85,
3º §) 3 - Educadores Sociais:
O educador social
“Uma formação que ultrapassa necessariamente a fase
tem que adaptar
formal do educador para se prolongar no próprio
os conceitos às
exercício da profissão, com todos os riscos que isso
situações
implica.” (p.86, 2º §)
“(…) o educador poderá, com certeza, isolado ou
integrado em equipas, contribuir para protagonizar
Competências do
consequentemente o combate contra a exclusão social
Educador social
a partir da viabilização da liberdade de cada um para
construir responsavelmente os seus projectos de vida.”
“A formação de um educador torna-se, pois, um
processo de socialização profissional (…)” (p.86, 5º §)
Formação do
“ (...) preparados para adquirirem novas competências
Educador Social
de acordo com aquelas que são as exigências sempre
renovadas da própria sociedade, sob pena de a sua
actividade perder todo o sentido.” (p.89)
“Os educadores sociais são chamados a intervir em
territórios de intervenção partilhados por muitos outros
profissionais (...). Esta indeterminação traz problemas
Adaptação à
acrescidos para o desenvolvimento de uma identidade
realidade, novas
profissional ainda jovem (...)” (p.97)
competências
Reconhecimento
público como
direito profissional.
29
30. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
GRELHA DE LEITURA
Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I
Obra/Artigo: Pesquisa Qualitativa: “Reflexões sobre o trabalho de campo” –
Cadernos de pesquisa, n.º 115
Autor: Rosália Duarte Páginas Consultadas: 139-154
Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura do
texto
Introdução: Introdução:
“Uma pesquisa é sempre, de alguma forma, um A pesquisa deve ser
relato de longa viagem empreendida por um sujeito cujo intensiva.
olhar vasculha lugares muitas vezes já visitados” (pág.140, Ter atenção ao
1º §). objecto de estudo e ao
“…muitas vezes nos esquecemos de relatar o material a ser analisado.
processo que permitiu a realização do produto” (2º §). O relatar de uma
“… relatar procedimentos de pesquisa, mais do que pesquisa não é, por si só, o
cumprir uma formalidade, oferece a outros a possibilidade cumprir da formalidade,
de refazer o caminho” (3º §). permite a outros continuar e
1º Capítulo (Reflexões sobre o trabalho de campo): expandir a perspectiva.
“…frequentemente nos leva a um trabalho de 1º Capítulo (Reflexões sobre
reflexão em torno dos problemas enfrentados” (1º §). o trabalho de campo):
2º Capítulo (A selecção de sujeitos em abordagens Reflectir caso surjam
qualitativas) problemas, erros ou
“…a definição de critérios segundo os quais serão dificuldades no trabalho de
selecionados os sujeitos que vão compor o universo de campo.
investigação é algo primordial” (pág.141, 1º§) 2º Capítulo (A selecção de
3º Capítulo (Delimitação do universo de sujeitos a sujeitos em abordagens
serem entrevistados) qualitativas)
“Numa metodologia de base qualitativa o número de A escolha do público-
sujeitos que virão a compor o quadro das entrevistas alvo é a base do trabalho de
dificilmente pode ser determinado a priori…” (pág.143,1º§) campo.
“Quando já é possível identificar padrões 3º Capitulo (Delimitação do
simbólicos, práticas, sistemas classificatórios, categorias de universo de sujeitos a serem
30
31. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
análise da realidade e visões de mundo do universo em entrevistados)
questão, e as recorrências atingem o que se convencionou O número de sujeitos
chamar de «ponto de saturação», dá-se por finalizado o a ser entrevistado não deve
trabalho de campo, sabendo que se pode (e deve) voltar ser definido inicialmente.
para esclarecimentos” (pág.144, 2º§) Após finalizado o
“No que diz respeito ao número de pessoas trabalho de campo adoptar o
entrevistas, o procedimento que se têm mostrado mais método circular, de forma a
adequado é o de ir realizando entrevistas (a prática têm obter melhores resultados.
indicado um numero de vinte, mas isso varia em razão do Os sujeitos a
objecto e do universo de investigação), até que o material entrevistar variam consoante
obtido permita uma análise mais ou menos densa das o objecto de estudo e até
relações estabelecidas naquele meio e a compreensão de que se obtenha uma análise
«significados sistemas simbólicos e de classificação, densa do resultado das
códigos, práticas, valores, atitudes, ideias e sentimentos» ( entrevistas.
Dauster, 1999, p.2)” (pág.144, 2º§) 4º Capítulo (Situação de
4º Capítulo (Situação de contato) contacto)
“Registar o modo como são estabelecidos esses As metodologias
contatos, a forma como o entrevistador é recebido pelo utilizadas no trabalho de
entrevistado, o grau de disponibilidade para a concessão campo nomeadamente o
do depoimento, o local em que é concedido (casa, contacto resultante entre
escritório, espaço público etc.), a postura adotada durante entrevistador e sujeito deve
a coleta do depoimento, gestos, sinais corporais e/ou ser dotado de métodos e
mudanças de tom de voz etc., tudo fornece elementos técnicas que visem registar
significativos para a leitura/interpretação posterior daquele todos os sinais, gestos do
depoimento, bem como para a compreensão do universo sujeito bem como selecção
investigado.” (pág.145, 2º§) de um espaço físico viável.
5º Capítulo (A realização de entrevistas) 5º Capítulo (A realização de
“Por mais que se saiba, hipoteticamente, aquilo que entrevistas)
se está buscando, adquirir uma postura adequada à Os métodos e
realização de entrevistas semi-estruturadas, encontrar a técnicas exactos a serem
melhor maneira de formular as perguntas, ser capaz de usados nas entrevistas semi-
avaliar o grau de indução da resposta contido numa dada estruturadas, com o objecto
questão, ter algum controle das expressões corporais claro de se obter o que se
31
32. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
(evitando o máximo possível gestos de aprovação, rejeição, pretende, só se adquirem
desconfiança, dúvida, entre outros), são competências que com a experiência adquirida
só se constroem na reflexão suscitada pelas leituras e pelo quer pelas reflexões das
exercício de trabalhos dessa natureza.” (pág.146, 2º§) leituras quer através da
“À medida que perguntas vão sendo feitas diversas leitura de outros processos
vezes, para diferentes pessoas, em circunstâncias de investigação.
diversas, e passamos a ouvir nossa própria voz nas O ouvir a voz do
gravações realizadas é que se torna possível avaliar entrevistador, permite uma
criticamente nosso próprio desempenho e ir corrigindo-o avaliação, análise, critica e
gradativamente.” (pág. 146, 4º§) correcção das entrevistas.
“… situações de contato exigem atenção redobrada Colocar o sujeito à
por parte do pesquisador, pois ele corre o risco de ver a vontade partindo de
entrevista escapar-lhe completamente das mãos e perder- conversas banais, permite-
se dos objetivos da pesquisa, restringindo-se a divagações lhe uma maior liberdade para
ou, mesmo, resvalando para uma espécie de “troca de exprimir as ideias, opiniões,
experiências” mútuas, que compromete bastante a etc.., contudo, durante o
qualidade do trabalho..” (pág.147, 1§). contacto, este não pode ser
“Livros e artigos relatando vivências com entrevistas demasiado extenso para que
dessa modalidade e/ou coleta de depoimentos orais ou de não se corra o risco de
histórias de vida são de grande valia, especialmente para divagações ou induções que
pesquisadores iniciantes.” (pág.147, 2º§). comprometam a qualidade
“Para Queiroz (1988), a entrevista semi-estruturada do trabalho.
é uma técnica de coleta de dados que supõe uma Ter como exemplo
conversação continuada entre informante e pesquisador e outras entrevistas já
que deve ser dirigida por este de acordo com seus publicadas, são de extrema
objetivos.” (pág.147, 4º§). importância para
“Nesses casos, adverte, corre-se sempre o risco de entrevistadores iniciantes.
começar a explicar a realidade pelas categorias “nativas”, A entrevista semi-
ou seja, de passar a olhar a realidade exclusivamente pela estrutura deve ser dirigida
ótica do interlocutor.” (pág.148, 1º§). pelo investigador e de
“O que eles propõem é, basicamente, que os relatos acordo com os objectivos a
gravados e transcritos, assim como os procedimentos que se propõe o estudo.
utilizados para colhê-los, sejam acessíveis a diferentes No caso do
32
33. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
pesquisadores que não participam da pesquisa em investigador e sujeito
questão, para que cada um possa fazer suas própria partilhem o mesmo universo
interpretação do conteúdo dos relatos colhidos e, dessa cultural (gestos, valores,
forma, auxiliar na validação dos resultados apresentados concepções, etc.), haverá
(Armstrong et al., 1997).” (pág.149, 2º§). uma tendência arriscada
6º Capítulo (Problemas mais frequentes com o roteiro para que a realidade seja
da entrevista) explicada pelo investigador e
“Uma das razões é, por exemplo, quando o logo para que seja indutivo.
entrevistador sente necessidade de explicar a pergunta ao Os resultados obtidos
entrevistado, ou seja, todas as vezes em que é formulada, (dados colhidos, gravações,
tal pergunta suscita tantas dúvidas que é preciso reiterar transcrições…) devem ser
sempre o que se quer, de fato, saber.” (pág.149, 4º§). analisados por mais do que
“Algumas perguntas levam a divagações um investigador para uma
intermináveis e precisam ser repensadas, sob pena de maior fiabilidade e validade
acrescentarem ao material “bruto” uma enorme quantidade dos resultados.
de informações “descartáveis”, que dificultarão, em muito, o 6º Capítulo (Problemas mais
processo analítico.” (pág.150, 1º§). frequentes com o roteiro da
“Por essa razão, este deve ser um instrumento entrevista)
flexível para orientar a condução da entrevista e precisa ser No caso de as
periodicamente revisto para que se possa avaliar se ainda perguntas terem que ser
atende os objetivos definidos para aquela investigação.” reformuladas ou explicadas
(pág.150, 5º§). é necessário que estas
7º Capítulo (Análise de “dados” qualitativos) sejam concisas, com vista a
“Métodos qualitativos fornecem dados muito obter-se efectivamente o que
significativos e densos, mas, também, muito difíceis de se se pretende, não devendo a
analisarem.” (pág.151, 1º§). mesma pergunta ser
“Esse material precisa ser organizado e repetida /reformulada
categorizado segundo critérios relativamente flexíveis e constantemente (pode levar
previamente definidos, de acordo com os objetivos da à indução do investigador).
pesquisa.” (pág.151, 3º§). Caso necessário,
“Vencida a etapa de organização/classificação do formular novas questões e
material coletado, cabe proceder a um mergulho analítico retirar as que sejam
profundo em textos densos e complexos, de modo a indutivas ou que levem à
33
34. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
produzir interpretações e explicações que procurem dar divagação exagerada, de
conta, em alguma medida, do problema e das questões forma a não dificultar a
que motivaram a investigação.” (pág.152, 1º§). análise dos dados obtidos.
O guião deve ser
flexível e revisto várias vezes
para que se obtenha os
objectivos pré-definidos.
7º Capítulo (Análise de
“dados” qualitativos)
Dada a densidade
dos dados obtidos através
da pesquisa qualitativa,
embora muito indicativos,
leva a uma maior dificuldade
de serem analisados.
Os dados obtidos
devem ser devidamente
organizados e classificados
mas, de forma flexível e de
acordo com os objectivos da
pesquisa.
Após organizados
todos os dados recolhidos,
deve-se ler atentamente a
informação obtida de forma a
apurar-se resposta aos
motivos da investigação.
34
35. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
GRELHA DE LEITURA
Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I
Obra/Artigo: “Pesquisa Qualitativa e Análise de Conteúdo” – Sentidos e formas
de uso
Autor: Isabel Carvalho Guerra Páginas Consultadas: 42 a 46
Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura do texto
1 - “Não aconselhamos que se designe por « 1- A questão da amostragem
amostras» os universos de análise qualitativa,
apesar de ser essa a opção da maioria dos
autores que utiliza a noção de «amostra» num
sentido não probabilístico“ ( pág.43 , 2º §)
“Pires considera que esta discussão sobre
a amostragem probabilística ou não
probabilística não tem grande sentido na
análise qualitativa, na medida em que a
oposição se faz aqui mais entre o «caso
único» e o «caso múltiplo» (…)” (pág. 43,
2º §)
“As características da análise qualitativa
não facilitam uma definição a priori do
universo de análise, porque, em primeiro
lugar, a pesquisa qualitativa é muito
maleável, o objecto evolui, a amostra pode
alterar-se ao longo do percurso; e, por
outro lado, é difícil ( se não mesmo
impossível) definir uma amostra sem fazer
referência ao processo de construção do
objecto (…)”( pág. 43 ,3º§)
2 - “São sociologicamente mais frequentes 2- A amostragem por casos
múltiplos
as amostragens por «casos múltiplos» “(
pág. 45, 3º §)
3 -“ (…) Na amostragem por
3- Amostragem por
35
36. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
homogeneização, o analista quer estudar homogeneização
um grupo homogéneo”( pág. 46 , 4º §)
“O controlo da diversidade não é realizado
face a elementos externos ao grupo
seleccionado, mas internamente ao grupo”
(pág. 46, 4º §)
“Torna-se assim importante entrevistar
operários com grande diversidade de
características que se considera
susceptíveis de fazer variar a apreciação
face ao sindicalismo: idade, género, tipo de
actividade, tipos de contratos de trabalho,
experiencia de conflitos de trabalho, etc.”
(pág. 46,4º §)
“Neste tipo de amostra, é difícil prever o
número de entrevistas a realizar”
(pág.46,5º §)
“A maioria dos autores considera que a
saturação está presente a partir de 30 a 50
entrevistas, mas neste tipo de amostragem,
dependendo da definição de
homogeneidade, poderão ser menos.”(
pág.46 , 5º §)
36
37. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
GRELHA DE LEITURA
Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I
Obra/Artigo: “Educador Social: da Formação à Profissão”- Cadernos de estudo
Autores: Adalberto Dias de Carvalho Páginas Consultadas : 39-48
Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura
do texto
“A prática pode constituir-se, de facto, como uma Relação entre a
frente de investigação? (…) Boutinet tentou denunciar uma prática e a teoria
tentativa (ilusão) das ciências sociais - no quadro do
pressuposto da existência de uma continuidade linear
entre a teoria e a prática (…).” (pag.39-40)
“As fracturas teóricas e os fracassos práticos obrigam
uma razão polémica e uma acção autónoma a A importância da
identificarem, respectivamente, o papel ideologicamente relação
legitimador da razão instrumental e o enviesamento das
práticas concretas.” (pag.40; 3§)
“A necessidade de se entrecruzar uma lógica
epistemológica de conhecimento, uma lógica pragmática
de eficácia e uma lógica axiológica de sentido.” (pag.41; Saber pedagógico –
2§) social
“Uma actividade de formação impõe a conjugação
profissionalizante das três, isto é, a sua articulação e
direccionamento para acções marcadas pela singularidade
contextual e identitária e pela relação pessoal.” A contribuição de
outras ciências
(pag.41;2§)
Assim, “emerge o saber pedagógico - social enquanto
saber profissional, o qual se constrói com a construção da
Contribuição da
própria identidade profissional, identidade que conferirá ao
educação social nas
educador social o estatuto de mediador educativo entre ciências sociais
actores sociais - sendo ele um deles - e entre casa actor e
o seu próprio projecto.” (pag.24)
“(…) educação social, os saberes constituídos,
Dificuldades na
37
38. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
fundamentalmente, por ciências contributivas como a emergência da
antropologia cultural, sociologia, e a psicologia, por educação social
ciências nucleares como as ciências da educação e ainda
pela pedagogia social na qualidade de saber Pedagogia Social
especializado.” (pag.42; 1§)
“As ciências da educação, têm se apresentado como
um núcleo privilegiado do saber da educação social por
contraponto desta realidade à perspectiva assistencial,
Objectivos da
carente de um corpo de saber específico e, deste modo,
Pedagogia Social
integralmente subsidiária das ciências contributivas
sempre em busca uma fundamentação científica.” (pag.43;
3§)
“Contudo, a forte implicação escolar e formal das
ciências da educação tem bloqueado a emergência das
ciências da educação social, as quais deveriam constituir Dificuldades na
superação da
uma componente privilegiada da investigação na área.”
tradição existente
(pag.44; 1§) entre a teoria e a
“A pedagogia social, definida como “ciência e prática
tecnologia do fenómeno e da intervenção sócio –
educativa ou pedagógico – social”, aspirou a surgir como
uma simbiose de uma vertente, propriamente onto – lógico
– empirista, sobre o fenómeno e a realidade sócio –
educativas e uma outra vertente práxico – lógico –
tecnológica relativa a acções processuais ou intervenções
sócio – educativas.” (pag.44; 2§) A formação –
processo
“A P.S. (pedagogia social) é o campo de
investigativo
conhecimento que organizado como ciência numa
disciplina (…) tem como objectivo a formação e Diferentes dimensões
na formação dos
preparação dos profissionais de educação social.” (pag.
profissionais
44; 3§)
“Na imbricação das ciências sociais, das ciências da
educação e da pedagogia social no espaço da intervenção
sócio – educativa, emerge a originalidade da educação O educador social
38
39. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
social, quer pelas suas finalidades, quer ainda pelo seu
carácter interdisciplinar e praxiológico.” (pag. 45; 1§)
“Tem se tentado superar as tradições entre a teoria e
a prática mas, existem algumas dificuldades:
distanciamento sujeito/objecto e do profissional na
envolvências nas situações; “desfasamento entre a
morosidade da ponderação reflexiva sobre os fenómenos
sócio – educativos e o carácter de imediatez das
respectivas intervenções”; “divergência entre as situações
concretas e o conjunto de conceitos das perspectivas
disciplinares; diferença entre a utilização da verdade como
critério de validação das teorias científicas e a eficácia
enquanto critério das acções sócio – educativas”;
incongruência entre a busca de coerência interna
característica das teorias e a incontornabilidade da
conflitualidade e paradoxalidade inerente aos processos
da prática.“ (pag. 45-46)
“A formação deve ser um processo investigativo
devido “à sua capacidade problematizadora, actualizadora
e contextualizadora”, promovendo a formação e a própria
identidade e dignidade da educação social. (pag. 46; 2§)
“A formação dos profissionais das ciências sociais
deve ter diferentes dimensões: “sistemática, hermenêutica
e projectiva da própria educação social.” (pag. 46-47)
“(…) educador social, reconhecendo-se, antes de
mais, como uma actor social, exerce progressivamente as
suas funções educativas, enquanto mediador social,
através da concertação e edificação inter e intrapessoal de
projectos de vida individual e social.” (pag. 48; 2§)
39
40. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
GRELHA DE LEITURA
Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I
Obra/Artigo: “Pensar e intervir socialmente no séc . XXI- Licenciatura em
Educação Social”
Autor: Ana Maria Serapicos Páginas Consultadas: 55 à 58
Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura do texto
“Vivemos, realmente, um tempo particular: Problemas sociais do sec. XXI
liberdade, direitos humanos, intolerância e
exclusão social conseguem coexistir neste
dealbar do séc.XXI “ ( pág. 55)
“ Educar para estes valores supõe um
processo de inovação tanto nos conteúdos Perfil Educador Social
como nos métodos e organização educativa
que despoletem o aparecimento de novas
sensibilidades, saberes e comportamentos com
categoria ética.” (pág.55)
“Nesta atenção ao outro, a educação ocupa
um lugar privilegiado ao nível da formação uma Ética
vez que, operando na mudança de
mentalidades, poderá ser decisiva na mudança
das atitudes sociais.” (pág.55)
“A eclosão da Educação Social poder-se –
á explicar com o ressurgimento do pensamento
democrático (…)” (pág.56)
“(…) criou o curso de Educação Social Respeito pela individualidade
convicta da sua importância em contextos que com vista à coesão social
reclamem o reconhecimento e a prática dos
mais elementares direitos do homem.” (pág.56)
“ Este sentido é conferido ao Educador
Social pelo trabalho que desenvolve junto de Direitos do Homem
populações com todo o tipo de carências:
afectivas, pedagógicas, familiares, de
40
41. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
integração, na saúde, na solidão…” (pág.
56)“(…) grandes desequilíbrios sociais onde Diversas áreas de actuação
não é estranha a pobreza , a exclusão e a
discriminação , melhor compreenderemos ,
neste séc. XXI , a pertinência do Educador
Social .” (pág. 56)
“Tornando-se presente a finalidade última O Educador Social deve estar
da sua acção – ajudar o Outro a ser – este em constante processo de
profissional terá de se afirmar pela formação e actualização
diferença(pág.57)
“ Acreditamos que só um corpus de
conteúdos e de métodos em permanente
dialogo com o tecido social darão ao Educador
Social um saber em constante processo de
construção para a formação das identidades e
dos projectos pessoais daqueles com quem se
cruza profissionalmente.” (pág. 57)
“Na sua formação o educador social cruzar-
se-á com várias lógicas (…)” (pág. 57).
41
42. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
CRONOGRAMA
Mês Fev Fev/ Mar Mar/ Abr Abr/ Mai Mai/ Jun
Mar Abr Mai Jun
Semana 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª 21ª 22ª 23ª 24ª 25ª
1ªfase
Apresentação
do tema;
Planeamento
da
investigação;
Questões de
investigação.
2ªfase
Caracterização
do campo de
análise;
Amostragem;
Guião de
entrevista;
Entrega do
mini-ensaio;
3ª fase
Contacto com
o público-alvo;
Entrevistas;
Registo da
observação e
gravação das
entrevistas;
4ª fase
Análise de
gravações;
Análise dos
conteúdos das
entrevistas;
5ª fase
Conclusões da
investigação;
Entrega do
ensaio final;
42
43. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
PLANO DE ESTUDOS DA LICENCIATURA
EM EDUCAÇÃO SOCIAL
43
44. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
GRELHA ANALÍTICA
O FUTURO EDUCADOR SOCIAL
- Expectativas quanto à inserção no mercado de trabalho -
Problemáticas Dimensões
Áreas de intervenção Áreas de interesse do ES;
Áreas de inserção profissional;
Preparação/formação Visão pessoal do percurso escolar (com êxito,
dificuldades…);
Participações em conferências/seminários ao
longo do curso;
Voluntariado;
Contributo da formação para o exercício da
profissão.
Nível de Escolha do curso;
satisfação/expectativas
Expectativas iniciais/expectativas reais;
Melhor qualidade de vida;
Profissão/Profissão com melhor estatuto;
Inserção no mercado de Abordagem realizada ao mercado de trabalho;
trabalho
Contributo do ES para a Resolução de problemas sociais pelo ES.
sociedade
44
45. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
GUIÃO DE ENTREVISTA
Apresentação e Objectivos da Entrevista
Estamos a contactá-lo(a) no sentido de nos conceder uma entrevista, tendo como público
alvo estudantes do ensino superior na Licenciatura do Curso de Educação Social, a qual
consiste em obtermos dados sucintos quer da sua «história de vida» quer (em termos) da
sua trajectória escolar e profissional, e ainda, dos motivos que o (a) levaram à escolha do
curso e quais as expectativas após o seu “términus”, nomeadamente quanto à inserção
no mercado de trabalho.
1 - Caracterização social do entrevistado
De uma maneira geral, pode informar-nos a respeito de alguns dados pessoais:
Idade;
Naturalidade e nacionalidade;
Qual a sua área de residência actual;
Outras áreas/locais onde residiu;
Outras experiências/actividades profissionais;
Cursos/formação anteriores;
2 - Percurso escolar/académico
De um ponto de vista mais particular refira-nos:
O seu percurso escolar (estabelecimentos de ensino frequentados, tempo/anos de
ensino, percurso regular ou com paragens);
Durante o seu percurso escolar sentiu algum tipo de condicionalismos (de
natureza social, económica, psicológica…)
Como vê o seu percurso escolar até ao momento (potencialidades, dificuldades,
com êxito…)?
Ano em que iniciou?;
O que o(a) motivou a escolher o curso de Educação Social?;
45
46. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
Quais as suas áreas de interesse em Educação Social;
Já fez algum voluntariado ou participou em conferências/seminários ao longo do
curso?
3- Expectativas educacionais e futuras
Gostaríamos também de conhecer as suas expectativas face o seu presente e futuro
escolar e formativo e, ainda, saber a sua opinião em relação a alguns aspectos da sua
vida profissional futura.
Com o decorrer do curso de Educação Social, sentiu que o mesmo corresponde
às expectativas iniciais?
Considera que o curso lhe poderá facultar uma melhoria das suas condições de
vida (independência económica, subida de estatuto)?
Pensa que a aprendizagem desenvolvida durante a sua trajectória escolar lhe
permitirá aceder a uma profissão melhor ou melhorar a actual (mais rendimento,
estatuto…)?
Sente que o curso de ES prepara os alunos o suficiente para as necessidades do
mercado de trabalho?
O que espera do seu futuro após a conclusão do curso?
Quais as áreas em espera poder vir a exercer a sua profissão?
Que abordagem já fez ao mercado de trabalho? (envio de CV; contacto com
professores; entre outras).
4-Importância do Educador Social na Comunidade/Sociedade
Que importância tem o ES na resolução dos problemas sociais?
46
47. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
ENTREVISTA 1
1. DADOS
3º Ano do Curso
de Educação ESE -UALG 31-05-2011 16H48 Rita Gonçalves 0:12´14
Social
2. TRANSCRIÇÃO
RG: Boa Tarde [
E1: Boa Tarde
RG: Estamos a contactá-la no sentido de nos conceder uma entrevista
para a unidade curricular de Metodologias de Investigação do Curso de
Educação Social.
Esta entrevista consiste em obtermos informações à cerca da sua
história A::: de vida e a sua trajectória escolar e profissional. Também
os motivos que levaram à escolha do curso e as expectativas A:::: que
tinha iniciais e (as quem tem após o conclusão do curso),
nomeadamente a inserção no mercado de trabalho.
RG: A::::: Importa-se que (xxx) as imagens para... (xxx) [
E1: Não (podem)
RG: Podemos (assim dar início) à entrevista? [
E1: Com certeza.
RG: De um modo geral pode informar-nos acerca dos dados pessoais:
Idade, naturalidade (...) [
E1: Portanto:: tenho 38 anos, sou natural de Olhão, A::: resido no
concelho ainda mas não na cidade, A:: que mais? A:: Como profissão
sou bancária A:: e estudante (do 3º ano) também do Curso de
Educação Social Pós Laboral (0.1) -- mais alguma coisa? --
RG: A::: Trabalha na zona onde reside?
E1: Não, trabalho no concelho de Faro, na cidade de Faro.
47
48. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
RG: Ok. (xxx) já fez um curso além do que está a fazer agora?
E1: Não, (xxx) várias formações mas curso (formação) científica não
não.
RG: A::: Do ponto de vista mais particular, o seu percurso escolar...
E1: Portanto, o meu percurso escolar iniciou-se (xxx) aos 6 anos de
idade, fiz (xxx) até ao 12º ano, A::: terminei esse trajecto aos 18 anos,
ou ainda não tinha, A::: só voltei agora ((sorriso)), no ano 2008.
RG: (xxx) algum (problema) específico como deixou de estudar?
E1: A::: Sim, naquela altura o meu pai não estava de acordo em que eu
fosse pra Faro, A::: o curso que eu queria só havia em Coimbra (0.1)
E:: então cá em Faro não (estudei mais).
RG: Existiram algumas condicionantes lá? E ter A::: e ter (...)
E1: (xxx) não [
RG: Não?
E1: ((acena com a cabeça que não))
RG: A:: As dificuldades que sentiu durante o percurso escolar, até à
entrada na Universidade? A::: (0.2), ou seja, quais foram as suas
potencialidades, onde é que teve mais (xxx)? Até ao 12º ano, depois
(xxx) na entrada na Universidade. Sentiu algumas DIFICULDADES
(xxx) [
E1: Não, sempre fui uma aluna mediana, pronto nada de excepcional,
tendo maior êxito, maior aptidão para as línguas do que para o
científico, pronto para as matemáticas ou biologias mas, não (xxx)
sempre fui uma aluna mediana.
RG: Iniciou o curso de ES em que ano?
E1: 2008
RG: 2008 (xxx), e qual o motivo que a levou a escolher o curso de ES?
E1: Inicialmente não era o curso que eu pretendia (0.1), mas depois
após uma visita à Universidade e ter ficado colocada no mesmo e
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49. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
falado com o professor (xxx), convenceu-me completamente a fazer
este curso - [
RG: A::: E qual era o curso inicial? -
E1: Assessoria (e) Administração.
RG: (xxx)
E1: (xxx)
RG: Já fez algum voluntariado ou participou em conferências ou
seminários ao longo do curso?
E1: Sim (mesmo antes), sim.
RG: E especificamente qual foi o seminário?
E1: A::: Voluntariado pronto desde o início que faço, pertenci às (xxx)
de Portugal e fazíamos portanto A::: como voluntárias a recolha de
angariação de fundos, portanto em eventos específicos ou actividades
específicas como A:: o cancro, ... sei lá A::: as santas casas da
misericórdia... várias. Depois, já em adulta, fiz pro Euro 2004, como
voluntária de assistência ao público... A::: Mais tarde também fiz aqui
mesmo na Universidade para a (apátris)... E::: neste momento tou a
fazer uma formação para o voluntariado e sou voluntária... (xxx).
RG: Quais são as áreas que maior interesse (lhe despertam)?
E1: (0.4) A área que maior interesse me desperta?! É um pouco vago,
mas nas mas nas crianças e (xxx)
RG: Nunca pensou, ou seja, (tendo) A::: trabalhar mais direccionado
mais para os jovens do que para os idosos?
E1: (0.2) É assim, gosto muito da minha profissão... gosto daquilo que
faço, venho fazer este curso como uma forma de enriquecimento
pessoal e crescimento também pessoal... Não me vejo A::: laborar na
área de Educação Social, sendo que é um curso (xxx) e faz falta
qualquer pessoa, portanto, todos os dias A::::: como é que eu hei-de
dizer (xxx) e por em prática um pouco daquilo que aprendo ou que
49
50. METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I
Educação Social – 1º ano, Pós Laboral
aprendi na licenciatura. Portanto, são valores basilares, tanto teóricos
como... como práticos e... todos os dias damos uso a isso.
RG: No decorrer do curso sentiu que o mesmo correspondia às suas
expectativas?
E1: Com o decorrer do curso senti que as minhas expectativas se
defraudaram.
RG: E por algum motivo (xxx)?
E1: A::: Não é a velha questão da utopia da educação, e mais o "faz o
que eu digo não faças o que eu faço"... enfim...
RG: Considera que o curso lhe poderá (provocar) melhoria das suas
condições de vida? Ou seja, aqui é um pouco relativo visto que não...
não, não pretende [
E1: Não, não... Em termos económicos não.
RG: Pois seria de (xxx) na parte profissional [
E1: Não...
RG: Pensa que a aprendizagem desenvolvida durante a trajectória lhe
permitira ter melhores expectativas de vida, ou seja, aquilo que
aprendeu no decorrer do curso, A::: vai enriquecer (as suas condições)
de vida?
E1: Enriquece-me enquanto ser humano... enquanto cidadã deste país
ou de qualquer outro A::: parte do mundo... só por aí, pelo
enriquecimento pessoal e melhores conceitos e melhores hábitos,
melhores práticas.
RG: Acha que o curso de ES prepara os alunos o suficiente para as
necessidades do mercado de trabalho?
E1: Penso que não. É uma opinião minha, particular, muito minha, mas
penso que não. Penso que::: se tivéssemos ao longo dos 3 anos
práticas, logo, ou seja, se tivéssemos uma parte de fundamentação,
uma parte teórica e fosse acompanhada logo com a prática (xxx) era
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