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Grupo de Economia da Inovação
Instituto de Economia/UFRJ
Seminário: Impactos da Economia Colaborativa
Dia 17 de abril das 13hs às 19h10
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
Luiz Martins de Melo – IE/UFRJ
Luiz Martins de Melo Grupo Economia da Inovação- Instituto de Economia UFRJ 2
A severa recessão em curso põe em em risco a sobrevivência de grande da estrutura
de produção de bens e serviços da economia brasileira
A forte queda da demanda, combina-se com
estrangulamento financeiro, escassez de crédito, incapacidade de pagar impostos
e desemprego. Multiplicam-se falências e recuperações judiciais.
A situação é crítica.
Para sobreviver é preciso a reativação cíclica da demanda. Além disso é imperativo
reescalonar dívidas, reduzir o custo do crédito, desburocratizar e simplificar a
tributação, acelerar a indução dos investimentos em infraestruturas e conter
a valorização da taxa de câmbio.
Luiz Martins de Melo Grupo Economia da Inovação- Instituto de Economia UFRJ 3
Além da expectativa de recuperação lenta da economia, precisará enfrentar
novos e graves riscos decorrentes da onda de transformações tecnológicas
nas economias desenvolvidas. Muitas delas poderão ser disruptivas.
Ressalto as estratégias de
inovação em marcha nos Estados Unidos, Alemanha, China,
Japão e Coreia para acelerar a automação computadorizada, abrangente e
integrada pela denominada "internet industrial“ ou “Industria 4.0”.
Brasil: indústria 2,0
Essas estratégias se inserem numa onda maior e acelerada de digitalização e
conectividade que engloba pessoas, equipamentos e objetos na chamada
"internet das coisas".
A expansão tem sido exponencial. Em 1995, apenas 15
milhões de pessoas tinham acesso à internet com cerca de 4,5 milhões de
computadores conectados; em 2020 estima-se que 7 bilhões de indivíduos
estarão ligados na web (via computadores e smartphones) e que cerca de 50
bilhões de dispositivos estarão instalados em máquinas, equipamentos,
veículos, bens duráveis conectando-os a redes/sistemas sob a internet.
Luiz Martins de Melo Grupo Economia da Inovação- Instituto de Economia UFRJ 4
Os sistemas econômicos nacionais serão protagonistas ou vítimas,
se não conseguirem mudar a tempo. Nas indústrias do futuro as máquinas,
equipamentos, sistemas de estocagem e
logística serão dotados de capacidade individual e autônoma de computação
e comunicação. Formarão redes inteligentes, verticais e horizontais, que
operarão em tempo real e abrangerão desde o design, produção,
comercialização, a gestão de estoques e logística.
Ao imitar os processos econômicos reais e integrados de modo
abrangente pela internet os computadores operarão, em paralelo, processos
virtuais e isso permitirá otimizações e sinergias hoje inalcançáveis. Os
modelos de negócio e de gestão estão fadados a mudar. O grau
de flexibilidade e de customização factíveis será
ampliado, com eficiência competitiva. As cadeias de valor serão afetadas...
Luiz Martins de Melo Grupo Economia da Inovação- Instituto de Economia UFRJ 5
No Brasil de hoje, a luta pela sobrevivência não deve ofuscar a visão do futuro.
Parece-me urgente formular um projeto brasileiro de ”economia do
futuro", que dê suporte à desafiadora metamorfose do estágio 2.0 em que nos
encontramos para o padrão 4.0.
Isto demanda que se enxergue muito além
das necessárias reformas nos planos fiscal, tributário, trabalhista, previdenciário -
para preparar o Brasil a enfrentar os riscos e oportunidades
da densa agenda de transformações tecnológicas que virá nos próximos anos.
Luiz Martins de Melo Grupo Economia da Inovação- Instituto de Economia UFRJ 6
Luiz Martins de Melo
Instituto de Economia da UFRJ-IE/UFRJ
luizmelo@ie.ufrj.br

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A importância da inovação para o desenvolvimento

  • 1. Grupo de Economia da Inovação Instituto de Economia/UFRJ Seminário: Impactos da Economia Colaborativa Dia 17 de abril das 13hs às 19h10 Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo Luiz Martins de Melo – IE/UFRJ
  • 2. Luiz Martins de Melo Grupo Economia da Inovação- Instituto de Economia UFRJ 2 A severa recessão em curso põe em em risco a sobrevivência de grande da estrutura de produção de bens e serviços da economia brasileira A forte queda da demanda, combina-se com estrangulamento financeiro, escassez de crédito, incapacidade de pagar impostos e desemprego. Multiplicam-se falências e recuperações judiciais. A situação é crítica. Para sobreviver é preciso a reativação cíclica da demanda. Além disso é imperativo reescalonar dívidas, reduzir o custo do crédito, desburocratizar e simplificar a tributação, acelerar a indução dos investimentos em infraestruturas e conter a valorização da taxa de câmbio.
  • 3. Luiz Martins de Melo Grupo Economia da Inovação- Instituto de Economia UFRJ 3 Além da expectativa de recuperação lenta da economia, precisará enfrentar novos e graves riscos decorrentes da onda de transformações tecnológicas nas economias desenvolvidas. Muitas delas poderão ser disruptivas. Ressalto as estratégias de inovação em marcha nos Estados Unidos, Alemanha, China, Japão e Coreia para acelerar a automação computadorizada, abrangente e integrada pela denominada "internet industrial“ ou “Industria 4.0”. Brasil: indústria 2,0 Essas estratégias se inserem numa onda maior e acelerada de digitalização e conectividade que engloba pessoas, equipamentos e objetos na chamada "internet das coisas". A expansão tem sido exponencial. Em 1995, apenas 15 milhões de pessoas tinham acesso à internet com cerca de 4,5 milhões de computadores conectados; em 2020 estima-se que 7 bilhões de indivíduos estarão ligados na web (via computadores e smartphones) e que cerca de 50 bilhões de dispositivos estarão instalados em máquinas, equipamentos, veículos, bens duráveis conectando-os a redes/sistemas sob a internet.
  • 4. Luiz Martins de Melo Grupo Economia da Inovação- Instituto de Economia UFRJ 4 Os sistemas econômicos nacionais serão protagonistas ou vítimas, se não conseguirem mudar a tempo. Nas indústrias do futuro as máquinas, equipamentos, sistemas de estocagem e logística serão dotados de capacidade individual e autônoma de computação e comunicação. Formarão redes inteligentes, verticais e horizontais, que operarão em tempo real e abrangerão desde o design, produção, comercialização, a gestão de estoques e logística. Ao imitar os processos econômicos reais e integrados de modo abrangente pela internet os computadores operarão, em paralelo, processos virtuais e isso permitirá otimizações e sinergias hoje inalcançáveis. Os modelos de negócio e de gestão estão fadados a mudar. O grau de flexibilidade e de customização factíveis será ampliado, com eficiência competitiva. As cadeias de valor serão afetadas...
  • 5. Luiz Martins de Melo Grupo Economia da Inovação- Instituto de Economia UFRJ 5 No Brasil de hoje, a luta pela sobrevivência não deve ofuscar a visão do futuro. Parece-me urgente formular um projeto brasileiro de ”economia do futuro", que dê suporte à desafiadora metamorfose do estágio 2.0 em que nos encontramos para o padrão 4.0. Isto demanda que se enxergue muito além das necessárias reformas nos planos fiscal, tributário, trabalhista, previdenciário - para preparar o Brasil a enfrentar os riscos e oportunidades da densa agenda de transformações tecnológicas que virá nos próximos anos.
  • 6. Luiz Martins de Melo Grupo Economia da Inovação- Instituto de Economia UFRJ 6 Luiz Martins de Melo Instituto de Economia da UFRJ-IE/UFRJ luizmelo@ie.ufrj.br