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Programa de monitoramento da susceptibilidade
de Aedes aegypti aos inseticidas utilizados para
seu controle no Estado de São Paulo
Maria de Lourdes da Graça Macoris
Núcleo de Pesquisa - Sucen - Marília
DDT – Dedetização*
• Descoberta 1939
• Uso larga escala 1941
• Aedes aegypti Resistencia global (1986)**
**Brown AWA. Insecticide resistance in mosquitoes: a pragmatic review. J.
Am. Mosq. Control Assoc., 1986, 2: 123-140
* Significado de Dedetizar. Dicionário do Aurélio Online, 2019.
Disponível em: <https://dicionariodoaurelio.com/dedetizar>.
Acesso em: 01 de Aug. de 2019.
Programa estadual de monitoramento de Aedes
aegypti a inseticidas (1996 - 2019)
Barretos
Marília
P.Prudente
Ribeirão Preto
Araçatuba
S.J.R. Preto
Campinas
Bauru
SantosBotucatu
Itapevi
Sorocaba
Sâo Carlos
São Sebastião
Tópicos
•Conceito
•Mecanismos de resistência
•Detecção e monitoramento da resistência
•Como medir o impacto da resistência em campo
Capacidade de desenvolver uma habilidade de
tolerar a dose de uma substância tóxica que seja
letal para a maioria dos indivíduos da população de
uma mesma espécie sob condições naturais. Esta
capacidade tem base genética e assim pode ser
transmitida aos descendentes. (OMS, 1992)
Conceito
Conceito: processo de seleção natural
Fatores Envolvidos na Resistência a Inseticidas
•Genéticos: genes que conferem resistência (presença,
freqüência, dominância/recessividade).
•Biológicos/ecológicos: duração do ciclo biológico, grau de
isolamento (dispersão/ migração), variação das condições
ecológicas no tempo e no espaço, e seleção natural do
genótipo R.
•Operacionais: intensidade de exposição no tempo, no
espaço e nas várias fases do ciclo biológico e sexo,
aplicação residual ou não residual. (Georghiou e Taylor,
1976; OMS, 1976)
Exemplo velocidade desenvolvimento
resistência em insetos
Incidência acumulada de dengue
0,0
5000,0
10000,0
15000,0
20000,0
25000,0
Botucatu São Carlos Sorocaba Itu Marília Presidente
Prudente
Bauru Campinas São
Sebastião
Ribeirão
Preto
Barretos Santos Araçatuba São José do
Rio Preto
Casospor100milhabitantes
Municípios sentinelas
Incidência Acumulada de Dengue em Municípios Sentinelas
(1995-2014)
Associação entre uso de inseticida e perfil de
resistência.
Caracterização da susceptibilidade das
populações de Aedes aegypti – SP
Relatórios anuais do Programa de Monitoramento da susceptibilidade
de Aedes aegypti aos inseticidas utilizados para seu controle – Estado
de São Paulo.
http://www.ivcc.com/creating-
solutions/the-challenges/evolution
Liverpool School of Tropical Medicine
“Quanto mais intensos forem os esforços de controle como esforços de
eliminação, maior será a pressão de seleção para resistência, e mais
rapidamente o "ponto de inflexão" é atingido. É por isso que uma única
abordagem de inseticida está condenada ao fracasso”
To be sustainable resistance management ideally requires three active
ingredients with different modes of action and with initial susceptibility
to all three in the insect vector.
Tópicos
•Conceito
•Mecanismos de resistência
•Detecção e monitoramento da resistência
•Como medir o impacto da resistência em campo
Sítio de ação dos inseticidas
OC
e
Enzimas envolvidas no metabolismo de
inseticidas e resistência cruzada
*Reproduzido de Brogdon & McAllister (1998). “Insecticide Resistance and Vector Control”.
Mecanismo de resistência a inseticidas
Fonte: Corbel & Guessa, 2013. Distribution, Mechanisms, Impact and Management of Insecticide Resistance in
Malaria Vectors: A Pragmatic Review. https://api.intechopen.com/chapter/pdf-preview/43899
Principais mecanismos de resistência
identificados em mosquitos
Tópicos
•Conceito
•Mecanismos de resistência
•Detecção e monitoramento da resistência
•Como medir o impacto da resistência em campo
Etapas do monitoramento e seu significado
 Bioensaios O.M.S. Detecção e quantificação da
resistência
 Mecanismos de resistência
 Terceira etapa: provas de efetividade em campo
Detecção da resistência a inseticidas
através de bioensaios
Organização Mundial da Saúde
Guidelines – Aedes
(2016)
Detecção de resistência de insetos à inseticidas
através de bioensaios - WHO, 1970
• 1. Exposição dos
insetos à uma dose
chamada diagnóstico
(DD) pois é capaz de
discriminar resposta de
populações
• DD = CL/DL 99 linhagem
suscetível X 2
(larvas e adultos)
• 2. Avaliação da Razão
de Resistência (RR)
que é obtida por:
• RR = CL 50 de
linhagem teste / CL 50
de linhagem suscetível
• RR = CL 95 de
linhagem teste /CL 95
de linhagem suscetível
Bioensaio com uso de dose diagnóstica -
larvas
controle
25 larvas em cada copo : 100 controle
200 expostas ao inseticida
expostas
Interpretação - % de Mortalidade
98 a 100 = Suscetível
< 98 = Resistência sugerida
90 a 97 = Presença de genes
resistentes é sugerida
< 90 = Confirmação de presença
de genes
Bioensaio com uso de dose
diagnóstica – mosquitos adultos
controle
25 fêmeas em cada cone : 50 controle
100 expostas ao inseticida
expostas
Interpretação - % de Mortalidade
98 a 100 = Suscetível
< 98 = Resistência sugerida
90 a 97 = Presença de genes
resistentes é sugerida
< 90 = Confirmação de
presença de genes
Bioensaio para estimativa de
concentrações letais
Testemunha Expostos em concentrações crescentes
25 larvas por copo
Total = 100 larvas por concentração
Leitura de mortalidade 24 horas após exposição
Critério de interpretação
(WHO, 2016)
• RR < 5 - população susceptível
• RR 5 a 10 = resistência moderada
• RR ≥ 10 - resistência elevada
Proposta novas doses diagnósticas –
WHO 2016
D.D. = DL99 x 2
Maior que 98 % de mortalidade =
susceptível.
Menor que 98% - D.D. = DL99 x 5
ou
DD = DL 99 x 10
0
20
40
60
80
100
DC 5x 10x
%Mortalidade
Doses diagnósticas
DC
5x
10x
0
20
40
60
80
100
DC 5x 10x
%Mortalidade
Doses diagnósticas
DC
5x
10x
0
20
40
60
80
100
DC 5x 10x
%Mortalidade
Doses diagnósticas
DC
5x
10x
Resistência baixa Resistência moderada
Resistência alta
WHOPES, 2016
Bioensaios - Adultos
Núcleo de Pesquisa SUCEN - Marília
Sala de Bioensaios
Núcleo de Pesquisa SUCEN - Marília
Detecção de mecanismos de resistência
através de provas bioquímicas
Avaliação de atividade de enzimas envolvidas no
metabolismo de inseticidas
G-S-T
Provas Bioquímicas
Metodologia C.D.C.
MoReNAa – critério avaliação atividades
enzimáticas
Cálculo do percentil 99 de Rockefeller para cada enzima
(perc 99 Rock)
atividade < 15: normal
Classificação
15 < atividade < 50: alterada
atividade > 50: muito alterada
Cálculo do % da população testada que apresenta
atividade superior ao percentil 99 de Rock
Avaliação de atividade enzimática em cepa susceptível
(Rockefeller)
ACOMPANHAMENTO DA FREQUÊNCIA DO ALELO KDR
• Fiocruz - MoReNAa – desde 2000
• Lab. De Bioquímica e Biologia Molecular -
LBBM – Sucen – desde 2013 como
Programa
Tópicos
•Conceito
•Mecanismos de resistência
•Detecção e monitoramento da resistência
•Como medir o impacto da resistência em campo
A presença de níveis (mesmo
que altos) de resistência a
inseticidas pode ou não ser
relevante para controle do
vetor
Se não for para avaliar eficácia em
campo, não tem sentido monitorar
resistência.
Supondo que você detecte
resistência, você não saberá se isto
é importante ou não!
Fonte: W. Brogdon - CDC
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA RESISTÊNCIA NA ROTINA DE
CONTROLE: SIMULADOS DE CAMPO E EFETIVIDADE
W.H.O: Guias para avaliação de tratamento
residual (2006)
Provas de parede para avaliação de efeito residual
de tratamento de superfícies – Metodologia OMS
W.H.O: Guias para avaliação de tratamento
U.B.V.
Padronização de metodologias de entomologia
Programa estadual de monitoramento de Aedes aegypti
a inseticidas (1996 - 2017)
Barretos
Marília
P.Prudente
Ribeirão Preto
Araçatuba
S.J.R. Preto
Campinas
Bauru
SantosBotucatu
Itapevi
Sorocaba
Sâo Carlos
São Sebastião
Rotina anual:
• Identificar e quantificar resistência
• Identificar mecanismo de resistência presente
• Avaliar o impacto da resistência em campo
• Acompanhar, no tempo, sua frequência
Amostra – extensão geográfica
Resistência de Aedes aegypti a temephos. Dose diagnóstica 0,012 mg/L
(OMS)
Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível
1996
2000
2006
2012
Evolução da resistência ao temephos
no Brasil
• 2000 - Substituição do Temephos por Bti em Santos
• 2001 - Restrição do uso de Temephos para emergências em
todo o Estado de São Paulo
• 2007 – Substituição do Temephos em todo o Estado de SP
• 2011 – Substituição do Temephos no Brasil
RESULTADOS QUE SUBSIDIARAM PROGRAMA DE CONTROLE
Resistência de Aedes aegypti a temephos. Dose diagnóstica 0,012 mg/L
(OMS)
Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível
2015/2017
Susceptibilidade - adultos
CIPERMETRINA
Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível
PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE DE INSETOS
ADULTOS - 2000
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2001 – Manejo da Resistencia à piretróides com sua
substituição pelo Malathion
RESULTADOS QUE SUBSIDIARAM PROGRAMA DE CONTROLE
Resistência de Aedes aegypti
CIPERMETRINA
Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível
2006
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Resistência de Aedes aegypti
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Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível
2006
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Resistência de Aedes aegypti
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Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível
2001
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Resistência de Aedes aegypti
MALATHION
Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível
2017
97,9
97,7
94,4
0
20
40
60
80
100
DC 5x 10x
%Mortalidade
Doses diagnósticas
DC
5x
10x
Resistência baixa
Programa Brasileiro MRI Aedes aegypti,
2017-2018
Localidades com populações de Ae. aegypti
resistentes a pyriproxyfen
Programa Brasileiro MRI Aedes aegypti,
2017-2018
Localidades com populações de Ae. aegypti resistentes a malathion.
Mecanismos de resistência
Critério de interpretação de provas
bioquímicas
atividade < 15: normal
Classificação
15 < atividade < 50: alterada
atividade > 50: muito alterada
Atividade enzimática em populações
sentinelas
Larvas Alfa Beta MFO GST
Araçatuba A A MA MA
Barretos A A A A
Botucatu N N N A
Campinas A A A MA
Itapevi N A N A
Marília A N N A
P. Prudente A A A A
Registro A A A MA
Ribeirão Preto A A A A
Santana do Parnaíba A A A A
Santos A MA MA MA
SJ Campos A A A A
São Sebastiao A A MA A
SJR Preto A A A A
Sorocaba A A MA MA
Adultos Alfa Beta MFO GST
Araçatuba A A A A
Barretos A A A A
Campinas A A A A
Itapevi MA MA A MA
Marília A A A A
Pirituba A N A A
P. Prudente A A N A
Registro A A A A
Ribeirão Preto A MA A A
Santos A MA MA A
SJ Campos A A A MA
São Sebastiao A A A MA
SJR Preto A A A A
Sorocaba A A A A
Atividade Alterada A
Atividade Normal N
Atividade Muito Alterada MA
Correlação entre R.R.95 temephos e
atividade enzimática
ALFA BETA MFO GST
Número de pares 38 38 38 38
Pearson r 0,7637 0,5830 -0,09960 0,01860
Intervalo confiança 95%
0.5873 to
0.8708
0.3235 to
0.7609
-0.4064 to
0.2274
-0.3030 to
0.3364
Valor P P<0.0001 0,0001 0,5519 0,9118
Correlação significante
(alpha=0.,5) Sim Sim Não Não
R quadrado 0,58 0,33 0,009 0,003
Acompanhamento da frequência da
mutação KDR
Programa Brasileiro MRI Aedes
aegypti, 2017-2018
Mutações kdr (sítios 1016 e 1534 do gene NaV)
ACOMPANHAMENTO DA FREQUÊNCIA DO ALELO KDR*
*Relatório 2015 – José Eduardo Bracco
Avaliação da efetividade em
campo
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residual de larvicidas
Exemplo de montagem com reposição de
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Programa de monitoramento da susceptibilidade de Aedes aegypti aos inseticidas utilizados para seu controle no Estado de São Paulo
Exposição de larvas homogêneas
Programa de monitoramento da susceptibilidade de Aedes aegypti aos inseticidas utilizados para seu controle no Estado de São Paulo
R
ockefeller
<
3
3
-5
>
5
0
20
40
60
80
100
R.R.95
Mortalidademédia(%)Percentual médio de mortalidade de populações de
Aedes aegypti, segundo nível de resistência, expresso
como R.R.95
Macoris, 2011
Critério para substituição de
inseticida Ministério da Saúde
R.R. > 3
Teste em campo aberto – exemplo de
gaiolas
Resposta de controle em campo – Tratamento
Espacial 2000/2001
Mortalidade média de populações de Aedes aegypti
expostas, em gaiolas sentinelas, ao tratamento com
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Field efficacy tests – sentinel cages -
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Percentual médio de mortalidade de populações de
Aedes aegypti expostas ao tratamento UBV com
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aegypti (Barretos) expostas ao tratamento UBV
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Programa de monitoramento da susceptibilidade de Aedes aegypti aos inseticidas utilizados para seu controle no Estado de São Paulo
AVALIAÇÕES REALIZADAS EM 2001
Resposta em relação a mortalidade observada para Rockefeller
Tratamento residual em superfícies (2001 - 2004)M
arilia
C
iper
M
arília
D
eltam
etrina
M
arilia
B
endiocarb
M
arilia
Fenitro
Santos
C
iper
Santos
D
eltam
etrina
Santos
B
endiocarb
Santos
Fenitro
0
20
40
60
80
100
População de Ae aegypti
percentual
AVALIAÇÕES REALIZADAS EM 2011
AVALIAÇÕES REALIZADAS EM 2011
AVALIAÇÕES REALIZADAS EM 2011
Avaliações realizadas em 2013/2014
O propósito de monitorar não é
monitorar. O propósito de monitorar
é prover dados de um lugar
particular a um determinado tempo,
o que irá permitir decisões para que
o manejo seja implementado a
tempo
Conclusões
• O uso do controle químico seleciona vetores resistentes aos
inseticidas
• São Paulo é um exemplo mundial de investimento em moderação do
uso, alerta para resistência e garantia à população de que a
recomendação de produtos se baseia em estudos.
• Reforça-se a necessidade investimento em atividades de controle
sustentável.
Caracterização da suscetibilidade das populações de
Aedes aegypti a organophosforados
Caracterização da suscetibilidade das populações de
Aedes aegypti ao Temephos
Efeito residual
Caracterização da suscetibilidade das populações de Aedes
aegypti ao Temephos
Divulgação dos resultados no site da SVS
• http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf
/2014/novembro/21/Informa----es-sobre-
estudos-larvicidas--2-.pdf
Registros de resistência a temephos em Aedes
aegypti
Fonte: WIN project, 2017
Registros de resistência a piretróides em
Aedes aegypti
Fonte: WIN project, 2017
Obrigada
MARÍLIA
Manejo de resistência
Programa de monitoramento da susceptibilidade de Aedes aegypti aos inseticidas utilizados para seu controle no Estado de São Paulo

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  • 1. Programa de monitoramento da susceptibilidade de Aedes aegypti aos inseticidas utilizados para seu controle no Estado de São Paulo Maria de Lourdes da Graça Macoris
  • 2. Núcleo de Pesquisa - Sucen - Marília
  • 3. DDT – Dedetização* • Descoberta 1939 • Uso larga escala 1941 • Aedes aegypti Resistencia global (1986)** **Brown AWA. Insecticide resistance in mosquitoes: a pragmatic review. J. Am. Mosq. Control Assoc., 1986, 2: 123-140 * Significado de Dedetizar. Dicionário do Aurélio Online, 2019. Disponível em: <https://dicionariodoaurelio.com/dedetizar>. Acesso em: 01 de Aug. de 2019.
  • 4. Programa estadual de monitoramento de Aedes aegypti a inseticidas (1996 - 2019) Barretos Marília P.Prudente Ribeirão Preto Araçatuba S.J.R. Preto Campinas Bauru SantosBotucatu Itapevi Sorocaba Sâo Carlos São Sebastião
  • 5. Tópicos •Conceito •Mecanismos de resistência •Detecção e monitoramento da resistência •Como medir o impacto da resistência em campo
  • 6. Capacidade de desenvolver uma habilidade de tolerar a dose de uma substância tóxica que seja letal para a maioria dos indivíduos da população de uma mesma espécie sob condições naturais. Esta capacidade tem base genética e assim pode ser transmitida aos descendentes. (OMS, 1992) Conceito
  • 7. Conceito: processo de seleção natural
  • 8. Fatores Envolvidos na Resistência a Inseticidas •Genéticos: genes que conferem resistência (presença, freqüência, dominância/recessividade). •Biológicos/ecológicos: duração do ciclo biológico, grau de isolamento (dispersão/ migração), variação das condições ecológicas no tempo e no espaço, e seleção natural do genótipo R. •Operacionais: intensidade de exposição no tempo, no espaço e nas várias fases do ciclo biológico e sexo, aplicação residual ou não residual. (Georghiou e Taylor, 1976; OMS, 1976)
  • 10. Incidência acumulada de dengue 0,0 5000,0 10000,0 15000,0 20000,0 25000,0 Botucatu São Carlos Sorocaba Itu Marília Presidente Prudente Bauru Campinas São Sebastião Ribeirão Preto Barretos Santos Araçatuba São José do Rio Preto Casospor100milhabitantes Municípios sentinelas Incidência Acumulada de Dengue em Municípios Sentinelas (1995-2014)
  • 11. Associação entre uso de inseticida e perfil de resistência.
  • 12. Caracterização da susceptibilidade das populações de Aedes aegypti – SP Relatórios anuais do Programa de Monitoramento da susceptibilidade de Aedes aegypti aos inseticidas utilizados para seu controle – Estado de São Paulo.
  • 13. http://www.ivcc.com/creating- solutions/the-challenges/evolution Liverpool School of Tropical Medicine “Quanto mais intensos forem os esforços de controle como esforços de eliminação, maior será a pressão de seleção para resistência, e mais rapidamente o "ponto de inflexão" é atingido. É por isso que uma única abordagem de inseticida está condenada ao fracasso” To be sustainable resistance management ideally requires three active ingredients with different modes of action and with initial susceptibility to all three in the insect vector.
  • 14. Tópicos •Conceito •Mecanismos de resistência •Detecção e monitoramento da resistência •Como medir o impacto da resistência em campo
  • 15. Sítio de ação dos inseticidas OC e
  • 16. Enzimas envolvidas no metabolismo de inseticidas e resistência cruzada *Reproduzido de Brogdon & McAllister (1998). “Insecticide Resistance and Vector Control”.
  • 17. Mecanismo de resistência a inseticidas Fonte: Corbel & Guessa, 2013. Distribution, Mechanisms, Impact and Management of Insecticide Resistance in Malaria Vectors: A Pragmatic Review. https://api.intechopen.com/chapter/pdf-preview/43899
  • 18. Principais mecanismos de resistência identificados em mosquitos
  • 19. Tópicos •Conceito •Mecanismos de resistência •Detecção e monitoramento da resistência •Como medir o impacto da resistência em campo
  • 20. Etapas do monitoramento e seu significado  Bioensaios O.M.S. Detecção e quantificação da resistência  Mecanismos de resistência  Terceira etapa: provas de efetividade em campo
  • 21. Detecção da resistência a inseticidas através de bioensaios
  • 24. Detecção de resistência de insetos à inseticidas através de bioensaios - WHO, 1970 • 1. Exposição dos insetos à uma dose chamada diagnóstico (DD) pois é capaz de discriminar resposta de populações • DD = CL/DL 99 linhagem suscetível X 2 (larvas e adultos) • 2. Avaliação da Razão de Resistência (RR) que é obtida por: • RR = CL 50 de linhagem teste / CL 50 de linhagem suscetível • RR = CL 95 de linhagem teste /CL 95 de linhagem suscetível
  • 25. Bioensaio com uso de dose diagnóstica - larvas controle 25 larvas em cada copo : 100 controle 200 expostas ao inseticida expostas Interpretação - % de Mortalidade 98 a 100 = Suscetível < 98 = Resistência sugerida 90 a 97 = Presença de genes resistentes é sugerida < 90 = Confirmação de presença de genes
  • 26. Bioensaio com uso de dose diagnóstica – mosquitos adultos controle 25 fêmeas em cada cone : 50 controle 100 expostas ao inseticida expostas Interpretação - % de Mortalidade 98 a 100 = Suscetível < 98 = Resistência sugerida 90 a 97 = Presença de genes resistentes é sugerida < 90 = Confirmação de presença de genes
  • 27. Bioensaio para estimativa de concentrações letais Testemunha Expostos em concentrações crescentes 25 larvas por copo Total = 100 larvas por concentração Leitura de mortalidade 24 horas após exposição
  • 28. Critério de interpretação (WHO, 2016) • RR < 5 - população susceptível • RR 5 a 10 = resistência moderada • RR ≥ 10 - resistência elevada
  • 29. Proposta novas doses diagnósticas – WHO 2016 D.D. = DL99 x 2 Maior que 98 % de mortalidade = susceptível. Menor que 98% - D.D. = DL99 x 5 ou DD = DL 99 x 10
  • 30. 0 20 40 60 80 100 DC 5x 10x %Mortalidade Doses diagnósticas DC 5x 10x 0 20 40 60 80 100 DC 5x 10x %Mortalidade Doses diagnósticas DC 5x 10x 0 20 40 60 80 100 DC 5x 10x %Mortalidade Doses diagnósticas DC 5x 10x Resistência baixa Resistência moderada Resistência alta WHOPES, 2016
  • 31. Bioensaios - Adultos Núcleo de Pesquisa SUCEN - Marília
  • 32. Sala de Bioensaios Núcleo de Pesquisa SUCEN - Marília
  • 33. Detecção de mecanismos de resistência através de provas bioquímicas
  • 34. Avaliação de atividade de enzimas envolvidas no metabolismo de inseticidas G-S-T Provas Bioquímicas Metodologia C.D.C.
  • 35. MoReNAa – critério avaliação atividades enzimáticas Cálculo do percentil 99 de Rockefeller para cada enzima (perc 99 Rock) atividade < 15: normal Classificação 15 < atividade < 50: alterada atividade > 50: muito alterada Cálculo do % da população testada que apresenta atividade superior ao percentil 99 de Rock Avaliação de atividade enzimática em cepa susceptível (Rockefeller)
  • 36. ACOMPANHAMENTO DA FREQUÊNCIA DO ALELO KDR • Fiocruz - MoReNAa – desde 2000 • Lab. De Bioquímica e Biologia Molecular - LBBM – Sucen – desde 2013 como Programa
  • 37. Tópicos •Conceito •Mecanismos de resistência •Detecção e monitoramento da resistência •Como medir o impacto da resistência em campo
  • 38. A presença de níveis (mesmo que altos) de resistência a inseticidas pode ou não ser relevante para controle do vetor
  • 39. Se não for para avaliar eficácia em campo, não tem sentido monitorar resistência. Supondo que você detecte resistência, você não saberá se isto é importante ou não! Fonte: W. Brogdon - CDC
  • 40. AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA RESISTÊNCIA NA ROTINA DE CONTROLE: SIMULADOS DE CAMPO E EFETIVIDADE
  • 41. W.H.O: Guias para avaliação de tratamento residual (2006)
  • 42. Provas de parede para avaliação de efeito residual de tratamento de superfícies – Metodologia OMS
  • 43. W.H.O: Guias para avaliação de tratamento U.B.V.
  • 45. Programa estadual de monitoramento de Aedes aegypti a inseticidas (1996 - 2017) Barretos Marília P.Prudente Ribeirão Preto Araçatuba S.J.R. Preto Campinas Bauru SantosBotucatu Itapevi Sorocaba Sâo Carlos São Sebastião
  • 46. Rotina anual: • Identificar e quantificar resistência • Identificar mecanismo de resistência presente • Avaliar o impacto da resistência em campo • Acompanhar, no tempo, sua frequência
  • 47. Amostra – extensão geográfica
  • 48. Resistência de Aedes aegypti a temephos. Dose diagnóstica 0,012 mg/L (OMS) Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível 1996 2000 2006 2012
  • 49. Evolução da resistência ao temephos no Brasil
  • 50. • 2000 - Substituição do Temephos por Bti em Santos • 2001 - Restrição do uso de Temephos para emergências em todo o Estado de São Paulo • 2007 – Substituição do Temephos em todo o Estado de SP • 2011 – Substituição do Temephos no Brasil RESULTADOS QUE SUBSIDIARAM PROGRAMA DE CONTROLE
  • 51. Resistência de Aedes aegypti a temephos. Dose diagnóstica 0,012 mg/L (OMS) Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível 2015/2017
  • 53. CIPERMETRINA Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE DE INSETOS ADULTOS - 2000 PERMETRINA
  • 54. 2001 – Manejo da Resistencia à piretróides com sua substituição pelo Malathion RESULTADOS QUE SUBSIDIARAM PROGRAMA DE CONTROLE
  • 55. Resistência de Aedes aegypti CIPERMETRINA Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível 2006 2016
  • 56. Resistência de Aedes aegypti DELTAMETRINA Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível 2006 2016
  • 57. Resistência de Aedes aegypti MALATHION Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível 2001 2014
  • 58. Resistência de Aedes aegypti MALATHION Resistente Susceptibilidade diminuída Susceptível 2017 97,9 97,7 94,4 0 20 40 60 80 100 DC 5x 10x %Mortalidade Doses diagnósticas DC 5x 10x Resistência baixa
  • 59. Programa Brasileiro MRI Aedes aegypti, 2017-2018 Localidades com populações de Ae. aegypti resistentes a pyriproxyfen
  • 60. Programa Brasileiro MRI Aedes aegypti, 2017-2018 Localidades com populações de Ae. aegypti resistentes a malathion.
  • 62. Critério de interpretação de provas bioquímicas atividade < 15: normal Classificação 15 < atividade < 50: alterada atividade > 50: muito alterada
  • 63. Atividade enzimática em populações sentinelas Larvas Alfa Beta MFO GST Araçatuba A A MA MA Barretos A A A A Botucatu N N N A Campinas A A A MA Itapevi N A N A Marília A N N A P. Prudente A A A A Registro A A A MA Ribeirão Preto A A A A Santana do Parnaíba A A A A Santos A MA MA MA SJ Campos A A A A São Sebastiao A A MA A SJR Preto A A A A Sorocaba A A MA MA Adultos Alfa Beta MFO GST Araçatuba A A A A Barretos A A A A Campinas A A A A Itapevi MA MA A MA Marília A A A A Pirituba A N A A P. Prudente A A N A Registro A A A A Ribeirão Preto A MA A A Santos A MA MA A SJ Campos A A A MA São Sebastiao A A A MA SJR Preto A A A A Sorocaba A A A A Atividade Alterada A Atividade Normal N Atividade Muito Alterada MA
  • 64. Correlação entre R.R.95 temephos e atividade enzimática ALFA BETA MFO GST Número de pares 38 38 38 38 Pearson r 0,7637 0,5830 -0,09960 0,01860 Intervalo confiança 95% 0.5873 to 0.8708 0.3235 to 0.7609 -0.4064 to 0.2274 -0.3030 to 0.3364 Valor P P<0.0001 0,0001 0,5519 0,9118 Correlação significante (alpha=0.,5) Sim Sim Não Não R quadrado 0,58 0,33 0,009 0,003
  • 65. Acompanhamento da frequência da mutação KDR
  • 66. Programa Brasileiro MRI Aedes aegypti, 2017-2018 Mutações kdr (sítios 1016 e 1534 do gene NaV)
  • 67. ACOMPANHAMENTO DA FREQUÊNCIA DO ALELO KDR* *Relatório 2015 – José Eduardo Bracco
  • 69. Bioensaio para avaliação de efeito residual de larvicidas
  • 70. Exemplo de montagem com reposição de volume
  • 72. Exposição de larvas homogêneas
  • 74. R ockefeller < 3 3 -5 > 5 0 20 40 60 80 100 R.R.95 Mortalidademédia(%)Percentual médio de mortalidade de populações de Aedes aegypti, segundo nível de resistência, expresso como R.R.95 Macoris, 2011
  • 75. Critério para substituição de inseticida Ministério da Saúde R.R. > 3
  • 76. Teste em campo aberto – exemplo de gaiolas
  • 77. Resposta de controle em campo – Tratamento Espacial 2000/2001
  • 78. Mortalidade média de populações de Aedes aegypti expostas, em gaiolas sentinelas, ao tratamento com deltametrina (2011/2012).
  • 79. Field efficacy tests – sentinel cages - lambdacyalothrin (PY) 2015
  • 80. Resposta de controle em campo – Tratamento Espacial 2000/2001
  • 81. Percentual médio de mortalidade de populações de Aedes aegypti expostas ao tratamento UBV com malathion. Provas com gaiolas sentinelas realizadas em 2015
  • 82. Percentual médio de mortalidade de Aedes aegypti (Barretos) expostas ao tratamento UBV com malathion. Análise temporal
  • 83. Impacto da resistência a inseticidas na rotina de controle
  • 85. AVALIAÇÕES REALIZADAS EM 2001 Resposta em relação a mortalidade observada para Rockefeller Tratamento residual em superfícies (2001 - 2004)M arilia C iper M arília D eltam etrina M arilia B endiocarb M arilia Fenitro Santos C iper Santos D eltam etrina Santos B endiocarb Santos Fenitro 0 20 40 60 80 100 População de Ae aegypti percentual
  • 90. O propósito de monitorar não é monitorar. O propósito de monitorar é prover dados de um lugar particular a um determinado tempo, o que irá permitir decisões para que o manejo seja implementado a tempo
  • 91. Conclusões • O uso do controle químico seleciona vetores resistentes aos inseticidas • São Paulo é um exemplo mundial de investimento em moderação do uso, alerta para resistência e garantia à população de que a recomendação de produtos se baseia em estudos. • Reforça-se a necessidade investimento em atividades de controle sustentável.
  • 92. Caracterização da suscetibilidade das populações de Aedes aegypti a organophosforados
  • 93. Caracterização da suscetibilidade das populações de Aedes aegypti ao Temephos
  • 95. Caracterização da suscetibilidade das populações de Aedes aegypti ao Temephos
  • 96. Divulgação dos resultados no site da SVS • http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf /2014/novembro/21/Informa----es-sobre- estudos-larvicidas--2-.pdf
  • 97. Registros de resistência a temephos em Aedes aegypti Fonte: WIN project, 2017
  • 98. Registros de resistência a piretróides em Aedes aegypti Fonte: WIN project, 2017