A educação na Roma Antiga valorizava a formação do homem racional capaz de pensar corretamente e se expressar de forma convincente. O sistema de ensino era dividido em três níveis: educação elementar, ensino secundário e educação superior. Os educadores buscavam cultivar a humanitas e formar cidadãos virtuosos capazes de servir ao império.
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A educação na Roma Antiga: sistema de ensino e formação do cidadão
1.
2. Por serem ambas, Roma e
Grécia, sociedades escravistas, o trabalho
manual era desvalorizado, enquanto o
intelectual constituía privilégio da
aristocracia; a única a desfrutar de tais
privilégios. Os educadores então buscam
formar o Homem racional capaz de pensar
corretamente e se expressar de forma
convincente,
Erauma sociedade composta por grandes
proprietários que monopolizavam o poder
e por plebeus que apesar de livres eram
excluídos do poder,
3. O poder do Império construido pelos romanos foi tão
grande que até os dias de hoje é uma referencia para
os povos Ocidentais,
Através de conquistas impuseram o latim a
numerosas províncias,
Os educadores buscavam formar o homem racional,
capaz de pensar corretamente e se expressar de
forma convincente,
Na época áurea do Império, existia um sistema de
educação com três graus de ensino:
- As escolas do ludi-magister – educação elementar;
- As escolas do gramático – ensino secundário;
- Os estabelecimentos de educação superior, que
iniciaram com a Retórica e seguidos do ensino do
Direito e da Filosofia, espécie de universidade,(estas
só surgiram na Idade Média).
4. Seus
estudos eram essencialmente
humanista,
Osromanos queriam universalizar a sua
humanitas, o que acabaram por conseguir
através do cristianismo.
humanitas ( tradução de paidéia) cultura
geral que transcende os interesses locais e
nacionais.
A Humanitas restringiu-se aos estudos das
letras, descuidando-se das ciências.
5. A humanitas era dada na escola do “gramático”, que
seguia as seguintes fases
• Ditado de um fragmento do texto, a título de
exercício ortográfico;
• Memorização do fragmento;
• Tradução do verso em prosa e vice-versa;
• Expressão de uma mesma ideia em diversas
construções;
• Análise das palavras e frases;
• Composição literária.
6. A praticidade do processo educativo romano inicia-se desde os tempos
mais remotos, na educação doméstica, em que a vida familiar serve de
principal instituição. Nesse processo, a criança recebe a máxima
reverência, dentro das exigências de uma educação austera, que visa
formá-la no amor à pátria e no culto aos deuses. O processo elementar
visará formar nela a piedade, a honestidade e a austeridade.
O jovem romano integra-se no processo educativo a partir da vida
diária, acompanhando o pai nos afazeres civis, pois o ideal imediato de
todo processo educativo é formar o bom cidadão, formar o homem que
um dia possa servir à pátria.
Tratava-se de uma educação pela vida e para a vida. Dentro desse mesmo
conceito, as meninas permanecem sob a vigilância da mãe para aprender
os deveres da vida doméstica.
Doravante, o principal valor do processo educativo será a formação do
caráter do educando, em sentido universal, cosmopolita, humanista.
7. Roma teve muitos teóricos da educação como:
Catão: (234 – 149 a C.) chamado “O antigo”, distinguiu-se pela
importância que atribuía à formação do caráter.
Marco Terêncio Varão: (116 – 27 a C.), foi partidário de uma cultura
Romano/Helênica; com base na “virtus” romana:
pietas, honestitas, austerits.
Marco Túlio Cícero (106 – 43 a C.), senador proclamado pelo Senado
Romano como “pai da Pátria”, considerava o ideal da educação formar
um orador que reunisse as qualidades do dialético, do filósofo, do
poeta, do jurista e do ator.
O orador encontrava sua base de sustentação na Humanitas. Essa, por
sua vez, vinculava-se ao projeto político de Roma: reunir os diversos
povos num grande império. Cícero foi o idealizador do Direito. Paz só
com vitórias e escravidão aos vencidos. Aos rebeldes a pena capital.
8. Marco Fábio Quintilliano- põe o peso
principal do ensino no conteúdo do discurso.
O estudo devia dar-se num espaço de
alegria(schola). O ensino da leitura e da
escrita era oferecido pelo ludi- magister (
centro do brinquedo)
Sêneca-insiste na educação para a vida e a
individualidade: “non scholae, sed vitae est
docendum” ( não se deve ensinar para a
escola mas sim para a vida)
Plutarco-insistia que a educação procurasse
mostrar a biografia dos grandes
homens, para funcionar como exemplos vivos
de virtude e de caráter
9. Direito do pai sobre os filhos (pater - polestas);
Direito do marido sobre a esposa (manus);
Direito do senhor sobre os escravos (potestas dominica);
Direito de um homem livre sobre um outro, que a lei lhe
dava por contrato ou por condenação judiciária (manus
capere);
O Direito sobre a propriedade (dominium).
Os direitos decorriam desses direitos:
No lar o pai pela Pater potestas infligia aos filhos as
obrigações do clã.
Na escola, os castigos eram severos e os culpados eram
açoitados com vara.
Todas as cidades e regiões conquistadas eram submetidas
aos mesmos hábitos e costumes, à mesma
administração, apesar de serem consideradas “aliados de
Roma”.
10. A instalação de escolas era livre à iniciativa
privada, deixando o Estado sua fiscalização
aos pais que deviam saber a quem
entregavam os filhos para educar.
O alojamento era bem modesto: um
alpendre, situado na proximidade dos
pórticos, separado de ruídos; a mobília
constava de bancos (os alunos escreviam
sobre os joelhos), as vezes de mesas e outros
móveis, como quadro-negro. O professor
sentava sobre um estrado.
11. O programa da escola primária abrangia a
leitura, a escrita e a aritmética. Antes de
conhecerem a forma das letras, os alunos
deviam aprender-lhes o nome e a ordem.
Conhecido o aspecto dos sinais, passava-se às
combinações silábicas e, depois às palavras
isoladas. Os alunos primários, em estágio de
alfabetização dividiam-se de acordo com seu
adiantamento. Da leitura de palavras
isoladas passava-se à de frases e pequenos
versos.
12. O magistério primário era uma profissão
penosa, mal paga e de baixa consideração, o
que ganhava mal dava para o sustento, então
necessitava juntar receitas de outras
fontes, escreviam nas horas vagas alguns
testamentos.
Os alunos eram levados à escola de manhã
por um escravo paedagogus, que às
vezes, desempenhava papel decisivo na
formação do adolescente.
O ano letivo durava de oito a nove meses e
as férias de verão iam de julho até meados
de outubro.
13. Após o término dos estudos elementares, os meninos
ingressavam na escola do grammaticus. A sala de aula
era forrada com mapas murais e bustos de autores
célebres. A situação financeira do grammaticus era
superior a do professor primário.
Os ensinamentos visavam o aperfeiçoamento da boa
linguagem e a explicação dos poetas clássicos.
Para a compreensão dos poetas, era indispensável
estudar certas noções de
História, Geografia, Astronomia, etc. Entre os poetas
gregos, estudados inicialmente em traduções e, ao
depois, nos textos originais, figuravam
Homero, Hesíodo e Menandro.
14. Nem todos os que concluíam seus estudos
elementares ingressavam no ensino
secundário. Menor ainda era o número dos
que podiam prosseguir os estudos de grau
superior. “A sociedade romana permaneceu
uma sociedade aristocrática e os estudos
aprofundados fazem parte dos privilégios da
elite” (Marrou 1975).
15. E para os romanos as escolas de direito. De
fato, representa a aparição de uma nova forma
de cultura, de um tipo de espírito que o mundo
grego não havia de modo algum pressentido. É
um tipo original: o homem que conhece o
direito, que sabe a fundo as leis, os costumes, as
regras processuais, o repertório da
jurisprudência (conjunto dos precedentes a que
determinados casos se pode referir para invocar
a autoridade da analogia, da tradição), que sabe
propor a elegante solução que triunfa sobre a
obscuridade da causa e a ambigüidade da lei. A
sabedoria não é constituída apenas de
trapaças, apóia-se sobre o justo, o bem e a
ordem. Esta sabedoria contribuiu para o
pensamento grego.
16. Havia, em Roma uma ciência do
direito, seu conhecimento que era
um precioso bem, ao qual aspiravam
muitos jovens romanos: abre uma
promissora carreira. Surge para
atender a este desejo o mestre do
direito (magister iuris), o mestre é
mais um prático que um professor, o
aluno o acompanha nas consultas
jurídicas e aprende as sutilezas do
caso.
17. Era utilitária e militarista, organizada pela disciplina e
justiça. Começava pela fidelidade administrativa;
educação para a pátria.
No âmbito do pensamento filosófico, tornaram-se
populares as correntes:
Epicurismo: baseado no desenvolvimento do espírito e na
prática das virtudes, procurava atingir o bem pela busca
do prazer.
Estoicismo: defendia a harmonia entre os indivíduos e a
natureza. Argumentava que o prazer e a dor eram
insignificantes diante da verdadeira felicidade. Propunham
o desprendimento em relação aos bens materiais e
defendia a fraternidade humana.
Cinismo: criticava sem nada oferecer, total desprezo aos
valores tradicionais, desprendimento de tudo (riqueza).
18. “A virtude está na ação”.
“Nada em nossa vida escapa ao dever”.
“Próprio do Homem é à procura da verdade”
Ensinar de acordo com a natureza humana”.
“De que modo se reconhecem os talentos nas
crianças e quais os que devem ser tratados”.