2. ma boa comunicação terapêutica está
associada a:
Maior capacidade para obter o consentimento
informado
Resultados clínicos positivos
Maiores níveis de satisfação do cliente
Níveis mais elevados de adesão ao tratamento
3. A comunicação pode ser verbal e não verbal e inclui a
capacidade de nos ligarmos ao outro e compreender as
suas emoções e estados psicológicos.
Uma comunicação eficaz é uma parte essencial de uma
relação terapêutica de confiança.
4. Comunicação Verbal
Competências verbais que promovem a
comunicação na relação terapêutica:
Cumprimentar os clientes usando o seu nome preferido e apresentar-se
como profissional (disponibilizando informação académica)
Informar o cliente sobre o processo psicoterapêutico (quais as fases,
expectativas)
Usar linguagem profissional, respeitosa e clara, evitando termos
técnicos
Ter algum cuidado com o sentido de humor
5. Comunicação Verbal
Competências verbais que promovem a comunicação
na relação terapeutica:
Estar preparado para clientes com limitações cognitivas, dificuldades
auditivas e/ou visuais e outras perturbações
Escutar activamente, validar as palavras do cliente para garantir que foi
compreendido correctamente
Estar preparado para possíveis barreiras à linguagem (língua e/ou culturas
distintas)
6. Comunicação Verbal
Competências verbais que promovem a
comunicação na relação terapêutica:
Formulação e reformulação: uma das técnicas comunicacionais mais
neutras e comuns que o terapeuta deve usar para resumir ou
parafrasear o que o cliente diz, uma vez que não influencia a narrativa
do mesmo e pode ser co-construtiva (Phillips, 1998)
7. Comunicação Não-Verbal
O terapeuta pode usar a comunicação não verbal como um complemento
à narrativa do cliente e pode fazê-lo trazer à consciencia do cliente que a
linguagem corporal é comunicar algo diferente que na narrativa (Leijssen, M.
2006).
Quando uma expressão não verbal não é coerente com a narrativa do
cliente, um determinado gesto do cliente pode ser identificado pelo
terapeuta, incentivando o cliente a reconhecer a linguagem corporal e
aceder a emoções que possam estar bloqueadas (Leijssen, M. 2006).
8. Comunicação Não-Verbal
O toque em psicoterapia pode ser uma expressão
genuina na relação com o cliente, pode ser uma forma
estratégica e subtil de promover o apoio, a empatia e a
expressão de sentimentos mais profundos (Smith,
1998 cit. por Leijssen, M.,2006)
9. Comunicação Não-Verbal
Competências não-verbais que promovem a
comunicação na relação terapeutica:
Estar atento à comunicação não-verbal que se manifesta frequentemente
com os clientes, à expressão do olhar do terapeuta, a frequência com que
este olha para o relógio. Estamos constantemente a dar informação nãoverbal aos nossos clientes.
Estar atento aos preconceitos, que poderão manifestar-se de forma nãoverbal (através da expressão facial, por exemplo)
Agir sobre os sinais/indicadores não-verbais do cliente. Muitas vezes, ele
dá informação não-verbal do nível de sofrimento na forma como se agarra
a si prório, pelas expressões faciais ou estremecimento
10. Competências Comunicacionais
na Gestão de Conflitos
Em momentos de conflito:
Usar a escuta ativa
Usar uma comunicação calma e objetiva
Pensar antes de agir, para evitar uma resposta emocional
11. Competências Comunicacionais
na Gestão de Conflitos
Potenciais fontes
de conflito
- Objetivos e expetativas do cliente que diferem das do terapeuta
- Limites entre a relação terapeutica e pessoal
- Personalidades distintas, estilos e sistema de valores
Prevenção do conflito
-
Gestão do conflito
-
Recolha de
informação
Comunicação de forma clara dos objetivos e expetativas (verbal e por escrito,
se necessário)
Ser respeitoso em todos os momentos – ouvir atentamente e falar com
respeito
Identificar áreas potenciais de conflito/desacordo e resolvê-las de imediato
Encontrar um local e tempo adequados para abordar a situação conflituosa,
permitindo a gestão das emoções de raiva, medo por forma a regulá-las antes
de iniciar a conversa com o cliente
Colocar de lado preconceitos sobre o cliente/situação e tentar resolver o
problema através do diálogo
- renegociar as condições do contrato terapeutico
quando a resolução do conflito nao pode ser alcançada, planear uma
transição suave da situação-problema que garanta que as necessidades de
tratamento do cliente não serão comprometidas
-Quando o processo terapeutico é afetado de alguma forma, é necessaria uma
recolha de informação clara e completa: os fatos da situação, as medidas tomadas
para resolver o problema, as soluções e o acordo atingido
12. Comunicação – estilos,
preferências e diferenças culturais
Alguns comportamentos comunicacionais que possam
ser confusos ou frustrantes:
Rir sem motivo aparente, poderá ser sinal de nervosismo
Dar um aperto de mão “frouxo”
Manter-se demasiado perto enquanto conversam
Nao disponibilizar muita informação
Fazer perguntas pessoais
13. The RESPECT Model
APPORT: olhar para o ponto de vista do cliente, evitar julgamentos e
preconceitos
EMPATHY: compreender o raciocínio do cliente e conhecer os seus
sentimentos
UPPORT: compreender as barreiras aos cuidados de saúde e envolver a
família e a rede social se for caso disso
ARTNERSHIP: reforçar que este é um trabalho em equipa
XPLANATIONS: peça, com frequencia explicações para facilitar a
compreensão
ULTURAL COMPETENCE: respeitar os clientes, a sua cultura e crenças
RUST: trabalhar com tempo e preseverança para ganhar e manter a
confiança
14. Bibliografia
Bavelas, J. B., McGee, D., Phillips, B. &Routledge, R. Microanalysis of communication
in psychotherapy. Human systems: the jounal of systemic consultation e management
Department of Psychology. University of Victoria, Canada.
Leijssen, M. (2006). Validation of the Body in Psychotherapy. Journal of Humanistic
Psychology. 46, 2, 126-146.
Making a connection, communication in the therapeutic relationship (2012). College of
Physical Therapists of British Columbia