1. A Sociologia de Durkheim
Professor
Monahyr Campos
Ciências Sociais
2. A Sociologia de Durkheim
Tentativa de emancipar a sociologia das demais teorias da sociedade ( bases
científicas);
Procura definir o objeto de estudo, o método e as aplicações das ciências
sociais;
Busca no positivismo o espírito científico ( inspiração );
N o seu livro : As regras do método sociológico define o objeto de estudo da
sociologia, segundo Durkheim, são os fatos sociais.
3. FATOS SOCIAIS
Para Durkheim o fato social é experiementado pelo indivíduo como
realidade independente e preexistente.
Características básicas que distinguem os fatos sociais:
1º) a “ Coerção Social “ ;
2º) fatores “ exteriores ao indivíduo”;
3º) a “generalidade”
4. 1º) COERÇÃO SOCIAL :
FORÇA QUE OS FATOS EXERCEM SOBRE OS INDÍVÍDUOS;
os indivíduos se conformam com as regras da sociedade
( essa força se dá através da língua, das leis, das regras morais )
A FORÇA COERCITIVA SE TORNA EVIDENTE PELAS “SANÇÕES LEGAIS”
OU “ESPONTÂNEAS”
Sanções
Legais:
prescritas
pela
sociedade
através de
leis
( penalidade
e infração
definidas)
Ex.: multas
de trânsito,
roubo...
Sanções
Espontâneas
:
Resposta a
uma conduta
inadequada.
“ olhar de
reprovação
das
pessoas”,
pois está
ferindo os
“bons
6. O comportamento desviante num grupo social pode não ter penalidade
prevista por lei, mas o grupo pode espontaneamente reagir castigando
quem não se comporta de forma discordante em relação a
determinados valores e princípios. A reação negativa da sociedade a
certa atitude ou comportamento é, muitas vezes, mais intimidadora do
que lei.
7. Educação:
Para Durkheim tem um papel importante na conformação do indivíduo à
sociedade em que vivem, seja e educação formal ou informal. A educação
tem o papel de ajudar a internalizar as regras sociais. Ex.: uso de
determinada língua, gosto culinário, determinados padrões de arte...
A arte também representa um recurso capaz de difundir valores e adequar
as pessoas a determinados hábitos.
Exemplo de adequação : riso
é uma forma de sanção social,
na encenação ou na vida real.
8. 2º) Fatores “ exteriores ao indivíduo”:
Esses fatores atuam sobre o indivíduo independentemente de sua
vontade ou de sua adesão consciente.
Exemplo:
Ao nascermos já encontramos as regras sociais , costumes e leis
que somos coagidos a aceitar por meio de mecanismo de
coerção social, como a educação.
Obs.: Você não tem escolha.
Os fatos sociais são ao mesmo tempo “coercitivos” e dotados de
existência exterior às consciências individuais.
9. 3º) a “generalidade”
É social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou,
pelo menos, na maioria deles; que ocorre em distintas sociedades, em
um determinado momento ou ao longo do tempo. Por generalidade, os
acontecimentos manifestam sua natureza coletiva, sejam eles os
costumes, os sentimentos comuns ao grupo, as crenças ou os valores.
Formas de habitação, sistemas de comunicação e a moral existente
numa sociedade apresentam essa generalidade.
10. Objetividade do fato social:
• O pesquisador deve manter distanciamento e neutralidade em
relação aos fatos, sendo o mais objetivo possível;
• o pesquisador deve, segundo Durkheim, deixar de lado pré-conceitos,
valores e sentimentos pessoais; ( busca de uma verdade,
conhecimento verdadeiro )
•Conselho de Durkheim para os cientistas sociais : encarar os fatos
sociais como “coisas” (objeto);
•Durkheim orienta o sociólogo a ater-se àqueles acontecimentos mais
gerais e repetitivos e que apresentam características exteriores
comuns. Ex.: os crimes;
11. Suicídio para Durkheim:
Para Durkheim o suicídio é um fato social por sua
presença universal;
fatores exteriores completamente independente aos
suicidas.
Durkheim verificou que o suicídio depende de leis
sociais e não da vontade dos sujeitos. Ao estudar as
taxas de suicídio percebeu a variação de acordo com o
contexto histórico.
12. Sociedade : um organismo em adaptação:
Para Durkheim , a sociologia tinha por finalidade não só explicar a
sociedade como também encontrar soluções para a vida social.
Encara a sociedade como um organismo que pode estar em estado
“normal” ou ´”patológico”;
Para Durkheim um fato social é “normal” “generalidade” garante a
“normalidade” representado através de um consenso social vontade
coletiva;
13. Sociedade : um organismo em adaptação:
Quando um fato põe em risco a “harmonia”, o “acordo”, o
“consenso” e, portanto, a adaptação e a evolução da
sociedade, estamos diante de um acontecimento mórbido e de
uma sociedade doente. Portanto, “normal” é aquele fato que
não extrapola os limites dos acontecimentos mais gerais da
sociedade...
“ Patológico” é aquele que se encontra fora dos limites
permitidos pela ordem social e pela moral vigente. Os fatos
patológicos , como as doenças, são considerados transitórios e
excepcionais.
14. A Consciência coletiva:
Para Durkheim os fatos sociais independem daquilo que indivíduo pensa e
faz em particular;
“consciência individual” X “consciência coletiva”
Consciência Coletiva:
“ conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à medida dos membros de
uma mesma sociedade” que “ forma um sistema determinado com a vida
própria”
Obs.: A consciência coletiva não se baseia na consciência de indivíduos
singulares ou de grupos específicos, mas está espalhada por toda
sociedade. A consciência coletiva define o que “imoral” ou “ criminoso”.
15. Morfologia social: as espécies sociais:
Para Durkheim toda sociedade havia evoluído de uma forma social mais
simples para uma mais complexa. Baseando –se nessa idéia diz que o “motor”
da evolução das sociedades era a passagem da solidariedade mecânica para
a solidariedade orgânica.
Solidariedade Mecânica: Solidariedade orgânica:
Predominava em sociedades pré-capitalistas,
onde os indivíduos se
identificavam por meio da família, da
religião, da tradição e dos costumes,
permanecendo em geral independentes e
autônomos em relação à divisão social do
trabalho. A consciência coletiva exerce
aqui todo seu poder de coerção sobre os
indivíduos.
É típico da sociedade capitalista, em que,
pela acelerada divisão do trabalho social,
os indivíduos se tornavam inter-independentes.
Essa inter-independência
garante a união social, em lugar dos
costumes e das tradições ou das relações
sociais estreitas, como ocorre nas
sociedades contemporâneas. Nas
sociedades capitalistas, a consciência
coletiva se afrouxa, ao mesmo tempo em
que os indivíduos tornam-se mutuamente
dependentes, cada qual se especializa
numa atividade e tende a desenvolver