O documento discute:
1) A escravidão no Brasil e como as mulheres desempenhavam um papel significativo no trabalho urbano como o comércio ambulante, trazido da África.
2) Os medos dos navegantes durante as viagens ultramarinas do século 15, como monstros marinhos e tempestades.
3) A exploração inicial da África pelos portugueses através de feitorias, que não caracterizou uma colonização, apesar de gerar lucros para Portugal no tráfico de escravos.
1. TD 03 - História I – GABARITO
1) (C)
O texto retrata uma característica da cultura africana que foi trazida para o Brasil pela escravidão, e se tornou uma das
maiores características escravistas brasileiras: o chamado escravismo de ganho (escravos que faziamserviços urbanos,
como o comércio ambulante). O destaque do texto é que tanto na África quanto no Brasil esse trabalho era exercido de
maneira significativa pelas mulheres.
2) (C)
As viagens ultramarinas do século XV foram rodeadas de expectativas com relação aos perigos que podiam ser
encontrados no mar. Monstros marinhos, rodamoinhos gigantescos que “engoliam” embarcações, pontos de
tempestades que nenhum navio atravessaria e a queda profunda ao se alcançar a linha do horizonte eram alguns dos
medos dos navegantes.
3) (D)
O texto retrata os primórdios da exploração europeia da África, realizada pelos portugueses à época das grandes
navegações e da colonização do Brasil. A exploração através de feitorias não se caracterizou como um processo de
colonização, apesar de garantir grandes lucros à Portugal responsável pelo tráfico negreiro. A colonização africana
pelos europeus ocorreu durante a segunda metade do século XIX e estendeu-se até o período subsequente à Segunda
Guerra Mundial.
4) (E)
A partir do movimento das Cruzadas, rotas ligando o Ocidente e o Oriente, fechadas desde a expansão árabe durante o
século VII, foram reabertas, em especial as rotas que levavam à China e à Índia. Mas a expansão do Império Otomano,
a partir da Ásia Menor, aumentou a tributação para a travessia das rotas, o que obrigou as Monarquias Europeias a
buscar rotas alternativas para alcançar o Oriente.
5)
Fernando Antônio Nogueira Pessoa, 1888-1935, conhecido como Fernando Pessoa, grande poeta português elaborou
diversas poesias sobre a Expansão Marítima Comercial Europeia que ocorreu nos séculos XV e XVI na qual a jovem
nação Portuguesa foi a pioneira. O auge da história de Portugal foi exatamente o contexto das Grandes Navegações,
durante a dinastia de Avis, conforme exalta o poeta português Luís Vaz de Camões na obra “Os Lusíadas”. No entanto
nos séculos XVIII e XIX, Portugal vivia uma grave crise econômica e política corroborada pela vinda da Corte
portuguesa para o Brasil em 1808. Neste sentido, o poeta Fernando Pessoa vivendo em contexto de profunda crise
reflete sobre as Grandes Navegações. O poeta faz referência a este contexto histórico quando escreve “Deus quis que a
terra fosse toda uma, / Que o mar unisse, já não separasse”. Aponta dúvidas sobre a esfericidade do planeta terra “E viu-
se a terra inteira, de repente, surgir, redonda, do azul profundo”. Faz menção ao pioneirismo português “Quemte sagrou
criou-te português”. Aponta também para a crise do império lusitano no Oriente “Cumpriu-se o Mar, e o Império se
desfez”. Ainda faz referência ao mito do Sebastianismo criado no contexto da morte do rei Sebastião em 1578 na
batalha de Alcácer-Quibir. O mito sugere que a nação portuguesa retomará sua importância histórica, “Senhor, falta
cumprir-se Portugal!”.
6)
a) O Império Asteca possuía uma sofisticada civilização e uma grande capital denominada Tenochtitlán, possuíam
também saberes que eram imprescindíveis para a organização da sociedade.Isto assustou os conquistadores que se auto
concebiam superiores. Era importante que os nativos sobreviventes aos massacres iniciais se adaptassem às
conveniências do conquistador/colonizador espanhol, para tanto os colonizadores tiveram que utilizar o trabalho dos
padres jesuítas. Diante de culturas nativas sofisticadas fez-se tambémnecessário à criação de sistemas educacionais que
pudessem enquadrar estes nativos e, paradoxalmente, absorver e aproveitar-se de parte dos “saberes” nativos. O
Impacto, portanto foi à destruição parcial das culturas nativas destruindo inúmeras fontes documentais desta civilização.
b) As civilizações Asteca, Maia e Inca, sociedades agrárias avançadas, possuíam diversos saberes. Desta forma, os
colonizadores aproveitaram-se deste saberes para ampliarem seus lucros, um exemplo importante foi o aproveitamento
dos nativos na mineração através da Mita bem como nas atividades agrárias. Na colônia portuguesa a mão de obra
indígena foi substituída pela mão de obra traficada da África para as lavouras que produziam bens primários a serem
2. exportados para Portugal. Vale dizer que os espanhóis encontrarammetais preciosos nas civilizações Asteca e Inca logo
no início da conquista e os portugueses não tiveram a mesma “sorte”, optando pela economia canavieira através de
trabalho escravo africano.
7) (D)
Somente a proposição [D] está correta. A questão remete à conquista espanhola na América entre 1520-1550. A poesia
de Pablo Neruda “A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem” significa a superioridade bélica dos
europeus que possuem armas de fogo, a conquista espiritual através da religião com a imposição do catolicismo e
presságios indígenas que preconizavam a chegada de deuses e o trabalho compulsório imposto pelos brancos eu ropeus
sobre os nativos modificando as formas tradicionais de produção e organização social. A dominação espanhola sobre a
América alterou violentamente o destino da civilização asteca e dos demais povos pré-colombianos. Os europeus
saquearamriquezas, dizimaram seus habitantes e destruíramculturas.
8) (D)
A questão aponta para a relação entre as obras e suas respectivas culturas. A alternativa [A] é falsa. A divindade que
cuida e conserva a vida na mitologia Indiana é Vishnu, cabendo a Shiva a destruição do mal. A proposição [B] também
é falsa. O monumento Mesa do Cavalo foi dinamitada pelo Califado do Estado Islâmico. A alternativa [C] é incorreta.
O Obelisco egípcio foi levado pelos franceses para Paris através de pilhagens imperialistas. A proposição [E] é
incorreta. Os Zigurates são templos observatórios dos Sumérios e não há evento histórico no qual os romanos os
protegiam da invasão hitita, uma vez que esses eventos expressam diferentes temporalidades. Os Maias criaram um
sistema numérico, simples e prático com o uso do 0 (zero) o que possibilitou controle mais eficiente de seus negócios
conforme aponta a proposição [D].