2. Contextualização do Fascismo em Itália
O crescimento dos movimentos de extrema-direita explicam-se
pelas condições económicas e sociais do período entre as duas
guerras.
As dificuldades económicas que , nalguns países, se seguiram à
1ª Guerra Mundial e, mais tarde, a crise de 1929 provocaram
na Europa um grande aumento do desemprego e afetaram o
nível de vida de largos sectores da população.
Desde finais do século XIX que os sindicatos operários eram
cada vez mais influentes e cresciam, igualmente, os partidos de
esquerda (socialistas e comunistas). O triunfo, em 1917, da
Revolução Soviética , possibilitando a formação da U.R.S.S.
assustaram sectores da burguesia.
3. • A Europa, vivia nesta altura um clima propício à instauração
de regimes autoritários que prometiam às pessoas uma
melhoria da sua situação sócio - económica.
• Inicialmente, a população encarou a subida ao poder destas
ditaduras de forma positiva.
Mussolini - Itália Hitler - Alemanha
5. A Itália, Mussolini e o Fascismo
• No final da 1ª Grande Guerra vivia-se um clima de
agitação social. Em Itália, operários e camponeses
ocuparam fábricas e propriedades, as greves e
manifestações eram constantes. Além disso, a classe
média também via o seu poder de compra diminuir.
• A população descontente, passa a integrar ou apoiar “camisas negras”
um novo partido de extrema – direita: o Partido
Nacional Fascista, liderado por Benito Mussolini.
• Esta agitação social culminou com uma greve geral
em 1922. Os “camisas negras” combateram os grevistas
e Mussolini organizou uma “marcha sobre Roma”
apoiado por estas milícias armadas fascistas.
6. • Em 1922, o governo pediu a demissão e o rei Vítor Manuel III,
pressionado pelas manifestações de força do Partido Fascista,
encarregou Mussolini de formar governo.
• Nas eleições de 1924, recorrendo à violência e à fraude, os fascistas
obtiveram ¾ dos lugares no Parlamento. Mussolini passava, a
controlar os poderes executivo e legislativo.
• Mussolini dissolveu os partidos políticos e passou a ser o
“Duce”(chefe)
• A Itália tornou-se um país totalitarista, profundamente nacionalista
e Mussolini venerado.
O Culto do chefe - Duce
7. Leitura e análise do Documento B
“ Para o fascismo, o Estado é absoluto: perante ele os indivíduos e os
grupos não são mais que o relativo. Tudo no Estado, nada contra o
Estado, nada fora do Estado.
(…) O individuo só existe enquanto está no Estado: está subordinado
às necessidades do Estado e, à medida que a civilização toma formas
cada vez mais complexas, a liberdade do individuo restringe-se
sempre mais. (…)
Neste sentido, o fascismo é totalitário (…). Nem agrupamentos –
partidos políticos, associações, sindicatos - nem indivíduos fora do
Estado. (…)
Nós representamos um princípio novo no Mundo, representamos a
antítese nítida, categórica, definitiva da democracia (…).”
Benito Mussolini, O Fascismo, 1931
8. Os Princípios do Regime
Fascista
Culto ao chefe, considerado o guia e o Salvador da Nação que
concentrava em si todos os poderes e a quem se devia obediência
cega.
Partido único, Partido Nacional Fascista com rejeição do
parlamentarismo, acusado de gerar divisões e de enfraquecer a
unidade nacional.
Nacionalismo, que defendia a exaltação das glórias passadas, as
realizações do presente e a grandeza do futuro.
9. Imperialismo, necessidade de alargamento do espaço
territorial e restauração da concepção Imperial. Procurou
a reconstrução do Império Romano , através de conquistas.
Corporativismo, a criação de associações conjuntas de
patrões e operários ( corporações), controladas pelo Estado,
evitando a luta de classes.
Anti-socialismo e anticomunismo, que eram
considerados responsáveis pela destruição dos valores
nacionais.
O Ideal expansionista de Mussolini
10. A acção repressiva do regime
Formação de uma poderosa polícia política – OVRA vigiava e reprimia
os cidadãos, fazendo uso dos mais terríveis tipos de violência na
perseguição aos opositores.
Criação de um tribunal especial para julgar crimes considerados
ofensivos à segurança do Estado.
Jornais, rádio e cinema foram sujeitos à censura.
Os sindicatos livres foram proibidos, tais como, as greves e as
manifestações.
Milhares de pessoas foram presas, torturadas e outras foram expulsas
do país.
11. 9º D Doutrinação/Formação da
Juventude
O fascismo procurava incutir um espírito de disciplina e de
obediência, enquadrando os jovens em organismos de tipo militar
(Juventude Fascista).
12. Totalitarismo Culto da Personalidade
Corporativismo
Imperialismo FASCISMO Nacionalismo
Recurso à
Violência e Repressão
Propaganda
Antiparlamentarismo
13. NAÇÃO
Unidade /Tradições
CHEFE
Encarna a Nação
Autoridade Absoluta
PARTIDO ESTADO
(único) (totalitário)
DITADURA
Política Económica Intelectual
Ambições Nacionais
Progresso Poder Glória Imperialismo
14. Medidas económico - sociais
Mussolini empenhou-se em fazer da Itália uma grande potência
capitalista mundial. Para isso, promoveu a conquista da Etiópia, em
1936, e o desenvolvimento do sector industrial.
Através da ”batalha do trigo”procurou estimular a produção agrícola.
Investiu em infraestruturas que melhorassem a qualidade de vida dos
italianos, tais como: estradas, barragens e portos.
O governo estabeleceu vantagens para as famílias numerosas, para que a
expansão italiana fosse assegurada por uma população forte.
Tentou combater o desemprego;
16. A Rendição de Mussolini
• Em 1943, a Itália foi invadida por
tropas americanas e inglesas e
Mussolini rendeu-se.
• É preso e deportado, mais tarde
libertado por um comandante
alemão é levado para a Alemanha .
• Anuncia a constituição da
República Social Italiana da Alta
Itália.
• Em 1945 é fuzilado, após proferida
a sua sentença de morte..