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REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353
                            Ano IX – Número 16 – Janeiro de 2011 – Periódicos Semestral




           SÍNDROME CÓLICA EQUINA – REVISÃO DE LITERATURA


                             MARIANO, Renata Sitta Gomes
                   Acadêmico do curso de Medicina Veterinária da FAMED

                             PACHECO, Alessandro Mendes
                   Acadêmico do curso de Medicina Veterinária da FAMED

                                   HAMZÉ, Abdul Latif
                   Acadêmico do curso de Medicina Veterinária da FAMED

                                 ABILIO, Alexandre Faria
                   Acadêmico do curso de Medicina Veterinária da FAMED

                              AVANZA, Marcel Ferreira Bastos
                     Docente do curso de Medicina Veterinária da FAMED




Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina
       veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e
      Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br –
                                                              www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br.
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RESUMO

A Síndrome Cólica nos eqüinos, caracterizada por manifestação de dor abdominal, é uma das
principais enfermidades que acometem a espécie eqüina, sendo mais comuns as dores de
origem gastrointestinal, sendo que seu reconhecimento precoce e diferenciação apurada é
muito importante para estabelecer a abordagem adequada.
Palavras-Chave: Cólica, Eqüinos, Abdômen Agudo.



ABSTRACT

Syndrome Colic in horses, characterized by manifestation of abdominal pain, is one of the
main diseases affecting the equine species, being most common pain of gastrointestinal
origin, and its early recognition and accurate differentiation is very important to establish the
proper approach.

Keywords: Colic, Equine, Acute Abdomen.


INTRODUÇÃO

         Por possuir peculiaridades anatômicas em seu aparelho digestório, a espécie eqüina
apresenta predisposição a alterações morfofisiológicas graves, responsáveis por sinais de
dores abdominais intensas, conhecidas como cólica ou abdômen agudo (PEIRÓ & MENDES,
2004).
         As doenças que envolvem o sistema digestório, tais como as cólicas, as diarréias e as
enterotoxemias, representam 50% dos problemas médicos que resultam na morte de cavalos
adultos (GONÇALVES et al., 2002).
         A cólica eqüina é uma síndrome que cursa com dor abdominal, distúrbios
hidroeletrolíticos e ácido-base e disfunção de órgãos vitais como pulmões e coração. Em
eqüinos com cólica, as alterações ocorridas nas alças intestinais repercutem diretamente na
composição dos fluidos orgânicos (VALADÃO et al., 1996), alterando-os na dependência do
tempo, localização e gravidade do processo obstrutivo (NAPPERT & JOHNSON, 2001).


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        É de fundamental importância o conhecimento da epidemiologia da Síndrome Cólica
nos eqüinos para o entendimento da etiologia, da sintomatologia clínica e para a identificação
dos fatores de risco, com o intuito de melhorar a eficiência na abordagem dos casos e para que
sejam adotadas medidas para reduzir o risco de ocorrência, de modo, sempre, a preservar a
saúde e o bem-estar dos eqüinos.
        Apesar da relativa facilidade na identificação de um eqüino com cólica, determinar a
origem da dor e os fatores que levam ao quadro clínico torna-se difícil, pois os fatores
desencadeantes são muitos e variam
de caso a caso. A multiplicidade das causas, a complexidade dos casos clínicos e o alto índice
de insucesso nos tratamentos, principalmente daqueles que demandam procedimentos
cirúrgicos, são apenas algumas das dificuldades na resolução dos casos.
        Este trabalho encontra-se no âmbito da realização de um estudo sobre a Síndrome
Cólica em Eqüinos, apontando suas principais características.


REVISÃO DE LITERATURA
   O termo Cólica é definido como “um paroxismo (do latim sinonimo de cólon) de dor
abdominal aguda localizada num órgão oco e frequentemente causada por um
espasmo,obstrução ou torção”, citado por White (1990).
   O eqüino é um animal herbívoro monogástrico, isto é, possui um único estômago e, em
condições naturais, se alimenta de forragens. Sua digestão possui particularidades que devem
ser observadas para um melhor manejo e aproveitamento dos nutrientes. Para que um animal
que apresente quadro clínico de Síndrome Cólica seja abordado de maneira correta é de
fundamental importância o conhecimento da anatomia do trato gastrintestinal, do seu
funcionamento e das possíveis alterações que possam ocorrer (MOORE et al., 2001).
        A cólica, por envolver fatores – de natureza e grandeza – distintos, apresenta patogenia
que pode variar desde um distúrbio passageiro a um episódio complexo e de difícil resolução,
constituindo-se na doença mais comum e severa (ALVES, 1994).
        Apesar dos avanços em relação aos métodos de diagnóstico, às técnicas anestésicas e
cirúrgicas e ao acompanhamento intensivo no pós-operatório, a mortalidade permanece alta
(THOEFNER et al., 2003).
        Segundo o mesmo autor, embora as manifestações clínicas dos equinos com abdômen
agudo guardem certa semelhança, a etiologia, a patofisiologia e o prognóstico podem ser
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extremamente diferentes. Por isso, é necessário que o clínico seja capaz de diferenciar casos
simples, que podem ser tratados de modo conservativo, daqueles cujos animais apresentam
lesões gastrintestinais graves e que podem evoluir para um colapso circulatório e, fatalmente,
para a morte.
         Peculiaridades anatômicas, tais como a pequena capacidade volumétrica do estômago,
quando comparada com outras espécies domésticas, a incapacidade de regurgitar, dada a
musculatura muito desenvolvida do cárdia, e a ausência do centro do vômito no sistema
nervoso central, bem como o longo mesentério associado ao jejuno, que favorece as torções,
além dos segmentos intestinais com diminuição abrupta do diâmetro do lume, como a flexura
pélvica e a transição para o cólon menor, que favorecem o acúmulo de alimentos, e ainda de
uma mucosa retal frágil, predisposta a rupturas, tudo isso predispõe os equinos a distúrbios
gastrentéricos (PEIRÓ & MENDES, 2004). Entretanto, outros fatores frequentemente
associados a alterações no manejo, na atividade física ou na dieta, infestações parasitárias e
fatores intrínsecos, tais como sexo, raça e idade, também tornam o equino propenso a
episódios de cólica (LACERDANETO et al., 1989).
         Os eventos fisiopatológicos que decorrem durante um episóio de cólica incluem
distensão intestinal, isquemia intestinal, reperfusão dos tecidos, necrose, inflamação,
apoptose, e mudanças na flora bacteriana. Estes eventos provocam alterações na motilidade
intestinal, nos processos de absorção e secreção de água e eletrólitos, na permeabilidade
vascular, ativação de células inflamatórias, e por último, na estrutura dos tecidos. A cólica
tem início com a estimulação dos reflexos nervosos e a formação de mediadores químicos que
causam um aumento do débito cardíaco, estase venosa, retenção de fluidos, e alteraçõees na
perfusão e oxigenação dos tecidos (White, 2006).
         O eqüino é muito exigente e sensível às alterações de manejo alimentar e ambiental. A
diminuição ou variação no nível de atividade física, alterações súbitas na dieta, alterações nas
condições de estabulação, dieta rica em concentrados, volumoso ou concentrado de má
qualidade, consumo excessivamente rápido da ração concentrada, privação de água e o
transporte em viagens podem influenciar a ocorrência de Síndrome Cólica (HILLYER et al.,
2001).
         Diversos estudos tem sugerido que os Árabes são, de alguma forma, mais susceptíveis
ao desenvolvimento de cólica (Morris et al., 1989; Cohen, Matejka, Honnas, & Hooper, 1995;


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Cohen, Gibbs, & Woods, 1999) que outras raças, no entanto, um outro estudo (Traub- Dargatz
et al., 2001) aponta para uma maior predisposição dos Puro-sangue Inglês (PSI).
        O tratamento específico de cada caso de cólica varia e depende da natureza e
severidade da lesão. Contudo, existem alguns princíios terapeuticos comuns à maioria das
cólicas, como analgesia e sedação, reposição de fluidos, correção de desequilíbrios
eletrolíticos e ácido-base, além da ubrificaçao gastrointestinal ou administração de laxantes, e
posteriormente o tratamento específico da doença em causa. A intervenção cirúrgica é
indicada:
• Quando é possível diagnosticar a causa exata da cólica e a lesão obstrutiva requer correcão
cirúrgica, como por exemplo o caso das obstruções por estrangulação;
• Quando não foi efetuado um diagnóstico específico, mas existem evidências
suficientes que indicam a necessidade de realização de cirurgia;
• Quando os pacientes com cólica recorrente, que se mantém durante dias ou semanas, são
suspeitos de sofrerem de uma lesão obstrutiva parcial devido a aderêcias,neoplasias, etc.
(Edwards, 1998).


CONCLUSÃO
   A cólica, ou dor abdominal aguda, é um sinal inespecífico que pode ter origem em
disfunções do trato gastrointestinal ou outras que não envolvam o mesmo, sendo neste caso
denominada “falsa cólica”. A cólica é responsael pelo maior numero de mortes em equinos, à
exceção de morte por idade avançada. Apesar dos avanços em relação aos métodos de
diagnóstico, técnicas anestésicas, cirúrgicas e acompanhamento intensivo no pós operatório, a
mortalidade permanece alta, sendo assim é necessário do médico veterinário ação muito
eficaz para impulsionar o correto tratamento, em curto espaço de tempo.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, G. E. S. Anamnese. In: FÓRUM DE GASTROENTEROLOGIAEQÜINA, 1., 1994,
Curitiba. Anais... Curitiba: CBCAV, 1994.


HILLYER, M. H.; TAYLOR, F. G. R.; FRENCH, N. P. A cross-sectional study of colic in
horses on Thoroughbred training premises in the British Isles in 1997. Equine Veterinary
Journal, v. 33, n. 4, p. 380-385, 2001.
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GONÇALVES, S.; JULLIAND, V.; LEBLOND, A. Risck factors associated with colic in
horses. Veterinary Research, v. 33, n. 6, p. 641-652, 2002.


MOORE, J. N.; MELTON, T.; CARTER, W. C.; WRITH, A. L.; SMITH, M. L. A new look
at equine gastrointestinal anatomy, function and selected intestinal displacements. In:
American Association of Equine Practitioners, 47, Proceedings…AAEP: Genebra, p. 53-60,
2001.
MORRIS D.D., MOORE J.N., & WARD S. (1989). Comparison of age, sex, breed, history
and management in 229 horses with colic. Equine Veterinary Journal, 7, 129-32.


NAPPERT, G.; JOHNSON, P. Determination of the acid-base status in 50 horses admitted
with colic between December 1998 and May 1999. Canadian Veterinary Journal, Ottawa,
v.42, n.9, p.703-707, 2001.


PEIRÓ, J.R.; MENDES, L.C. Semiologia do sistema digestório eqüino. In: FEITOSA, F.L.F.
Semiologia veterinária: a arte do diagnóstico. São Paulo: Roca, 2004. p.139-175.


THOEFNER, M. B.; THOEFNER, M. B.; ERSBOLL, B. K.; JANSSON, N.; HESSEL
HOLT, M. Diagnostic decision rule for support in clinical assessment of the need for surgical
intervention in horses with acute abdominal pain. Canadian Journal Veterinary Research,
v. 67, n. 1, p. 20-29, 2003.


VALADÃO, C.A.A. et al. Aspectos bioquímicos do plasma e fluido peritoneal de eqüinos
com cólica. Brazilian Journal Veterinary Research Animal Science, São Paulo, v.33, n.1,
p.32-35, 1996.


White N.A. Epidemiology and etiology of colic. In N.A. White (Ed.), The equine
acute abdomen. (pp.49-64). Philadelphia, PA: Lea and Febiger, 1990.


White N.A.Equine colic I: introduction [versão electronica]. In AAEP (Ed.),
Proceedings of the 52th Annual AAEP Convention, San Antonio, TX, USA. , 2006
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Síndrome cólica equina

  • 1. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano IX – Número 16 – Janeiro de 2011 – Periódicos Semestral SÍNDROME CÓLICA EQUINA – REVISÃO DE LITERATURA MARIANO, Renata Sitta Gomes Acadêmico do curso de Medicina Veterinária da FAMED PACHECO, Alessandro Mendes Acadêmico do curso de Medicina Veterinária da FAMED HAMZÉ, Abdul Latif Acadêmico do curso de Medicina Veterinária da FAMED ABILIO, Alexandre Faria Acadêmico do curso de Medicina Veterinária da FAMED AVANZA, Marcel Ferreira Bastos Docente do curso de Medicina Veterinária da FAMED Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br.
  • 2. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano IX – Número 16 – Janeiro de 2011 – Periódicos Semestral RESUMO A Síndrome Cólica nos eqüinos, caracterizada por manifestação de dor abdominal, é uma das principais enfermidades que acometem a espécie eqüina, sendo mais comuns as dores de origem gastrointestinal, sendo que seu reconhecimento precoce e diferenciação apurada é muito importante para estabelecer a abordagem adequada. Palavras-Chave: Cólica, Eqüinos, Abdômen Agudo. ABSTRACT Syndrome Colic in horses, characterized by manifestation of abdominal pain, is one of the main diseases affecting the equine species, being most common pain of gastrointestinal origin, and its early recognition and accurate differentiation is very important to establish the proper approach. Keywords: Colic, Equine, Acute Abdomen. INTRODUÇÃO Por possuir peculiaridades anatômicas em seu aparelho digestório, a espécie eqüina apresenta predisposição a alterações morfofisiológicas graves, responsáveis por sinais de dores abdominais intensas, conhecidas como cólica ou abdômen agudo (PEIRÓ & MENDES, 2004). As doenças que envolvem o sistema digestório, tais como as cólicas, as diarréias e as enterotoxemias, representam 50% dos problemas médicos que resultam na morte de cavalos adultos (GONÇALVES et al., 2002). A cólica eqüina é uma síndrome que cursa com dor abdominal, distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base e disfunção de órgãos vitais como pulmões e coração. Em eqüinos com cólica, as alterações ocorridas nas alças intestinais repercutem diretamente na composição dos fluidos orgânicos (VALADÃO et al., 1996), alterando-os na dependência do tempo, localização e gravidade do processo obstrutivo (NAPPERT & JOHNSON, 2001). Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br.
  • 3. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano IX – Número 16 – Janeiro de 2011 – Periódicos Semestral É de fundamental importância o conhecimento da epidemiologia da Síndrome Cólica nos eqüinos para o entendimento da etiologia, da sintomatologia clínica e para a identificação dos fatores de risco, com o intuito de melhorar a eficiência na abordagem dos casos e para que sejam adotadas medidas para reduzir o risco de ocorrência, de modo, sempre, a preservar a saúde e o bem-estar dos eqüinos. Apesar da relativa facilidade na identificação de um eqüino com cólica, determinar a origem da dor e os fatores que levam ao quadro clínico torna-se difícil, pois os fatores desencadeantes são muitos e variam de caso a caso. A multiplicidade das causas, a complexidade dos casos clínicos e o alto índice de insucesso nos tratamentos, principalmente daqueles que demandam procedimentos cirúrgicos, são apenas algumas das dificuldades na resolução dos casos. Este trabalho encontra-se no âmbito da realização de um estudo sobre a Síndrome Cólica em Eqüinos, apontando suas principais características. REVISÃO DE LITERATURA O termo Cólica é definido como “um paroxismo (do latim sinonimo de cólon) de dor abdominal aguda localizada num órgão oco e frequentemente causada por um espasmo,obstrução ou torção”, citado por White (1990). O eqüino é um animal herbívoro monogástrico, isto é, possui um único estômago e, em condições naturais, se alimenta de forragens. Sua digestão possui particularidades que devem ser observadas para um melhor manejo e aproveitamento dos nutrientes. Para que um animal que apresente quadro clínico de Síndrome Cólica seja abordado de maneira correta é de fundamental importância o conhecimento da anatomia do trato gastrintestinal, do seu funcionamento e das possíveis alterações que possam ocorrer (MOORE et al., 2001). A cólica, por envolver fatores – de natureza e grandeza – distintos, apresenta patogenia que pode variar desde um distúrbio passageiro a um episódio complexo e de difícil resolução, constituindo-se na doença mais comum e severa (ALVES, 1994). Apesar dos avanços em relação aos métodos de diagnóstico, às técnicas anestésicas e cirúrgicas e ao acompanhamento intensivo no pós-operatório, a mortalidade permanece alta (THOEFNER et al., 2003). Segundo o mesmo autor, embora as manifestações clínicas dos equinos com abdômen agudo guardem certa semelhança, a etiologia, a patofisiologia e o prognóstico podem ser Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br.
  • 4. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano IX – Número 16 – Janeiro de 2011 – Periódicos Semestral extremamente diferentes. Por isso, é necessário que o clínico seja capaz de diferenciar casos simples, que podem ser tratados de modo conservativo, daqueles cujos animais apresentam lesões gastrintestinais graves e que podem evoluir para um colapso circulatório e, fatalmente, para a morte. Peculiaridades anatômicas, tais como a pequena capacidade volumétrica do estômago, quando comparada com outras espécies domésticas, a incapacidade de regurgitar, dada a musculatura muito desenvolvida do cárdia, e a ausência do centro do vômito no sistema nervoso central, bem como o longo mesentério associado ao jejuno, que favorece as torções, além dos segmentos intestinais com diminuição abrupta do diâmetro do lume, como a flexura pélvica e a transição para o cólon menor, que favorecem o acúmulo de alimentos, e ainda de uma mucosa retal frágil, predisposta a rupturas, tudo isso predispõe os equinos a distúrbios gastrentéricos (PEIRÓ & MENDES, 2004). Entretanto, outros fatores frequentemente associados a alterações no manejo, na atividade física ou na dieta, infestações parasitárias e fatores intrínsecos, tais como sexo, raça e idade, também tornam o equino propenso a episódios de cólica (LACERDANETO et al., 1989). Os eventos fisiopatológicos que decorrem durante um episóio de cólica incluem distensão intestinal, isquemia intestinal, reperfusão dos tecidos, necrose, inflamação, apoptose, e mudanças na flora bacteriana. Estes eventos provocam alterações na motilidade intestinal, nos processos de absorção e secreção de água e eletrólitos, na permeabilidade vascular, ativação de células inflamatórias, e por último, na estrutura dos tecidos. A cólica tem início com a estimulação dos reflexos nervosos e a formação de mediadores químicos que causam um aumento do débito cardíaco, estase venosa, retenção de fluidos, e alteraçõees na perfusão e oxigenação dos tecidos (White, 2006). O eqüino é muito exigente e sensível às alterações de manejo alimentar e ambiental. A diminuição ou variação no nível de atividade física, alterações súbitas na dieta, alterações nas condições de estabulação, dieta rica em concentrados, volumoso ou concentrado de má qualidade, consumo excessivamente rápido da ração concentrada, privação de água e o transporte em viagens podem influenciar a ocorrência de Síndrome Cólica (HILLYER et al., 2001). Diversos estudos tem sugerido que os Árabes são, de alguma forma, mais susceptíveis ao desenvolvimento de cólica (Morris et al., 1989; Cohen, Matejka, Honnas, & Hooper, 1995; Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br.
  • 5. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano IX – Número 16 – Janeiro de 2011 – Periódicos Semestral Cohen, Gibbs, & Woods, 1999) que outras raças, no entanto, um outro estudo (Traub- Dargatz et al., 2001) aponta para uma maior predisposição dos Puro-sangue Inglês (PSI). O tratamento específico de cada caso de cólica varia e depende da natureza e severidade da lesão. Contudo, existem alguns princíios terapeuticos comuns à maioria das cólicas, como analgesia e sedação, reposição de fluidos, correção de desequilíbrios eletrolíticos e ácido-base, além da ubrificaçao gastrointestinal ou administração de laxantes, e posteriormente o tratamento específico da doença em causa. A intervenção cirúrgica é indicada: • Quando é possível diagnosticar a causa exata da cólica e a lesão obstrutiva requer correcão cirúrgica, como por exemplo o caso das obstruções por estrangulação; • Quando não foi efetuado um diagnóstico específico, mas existem evidências suficientes que indicam a necessidade de realização de cirurgia; • Quando os pacientes com cólica recorrente, que se mantém durante dias ou semanas, são suspeitos de sofrerem de uma lesão obstrutiva parcial devido a aderêcias,neoplasias, etc. (Edwards, 1998). CONCLUSÃO A cólica, ou dor abdominal aguda, é um sinal inespecífico que pode ter origem em disfunções do trato gastrointestinal ou outras que não envolvam o mesmo, sendo neste caso denominada “falsa cólica”. A cólica é responsael pelo maior numero de mortes em equinos, à exceção de morte por idade avançada. Apesar dos avanços em relação aos métodos de diagnóstico, técnicas anestésicas, cirúrgicas e acompanhamento intensivo no pós operatório, a mortalidade permanece alta, sendo assim é necessário do médico veterinário ação muito eficaz para impulsionar o correto tratamento, em curto espaço de tempo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, G. E. S. Anamnese. In: FÓRUM DE GASTROENTEROLOGIAEQÜINA, 1., 1994, Curitiba. Anais... Curitiba: CBCAV, 1994. HILLYER, M. H.; TAYLOR, F. G. R.; FRENCH, N. P. A cross-sectional study of colic in horses on Thoroughbred training premises in the British Isles in 1997. Equine Veterinary Journal, v. 33, n. 4, p. 380-385, 2001. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br.
  • 6. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano IX – Número 16 – Janeiro de 2011 – Periódicos Semestral GONÇALVES, S.; JULLIAND, V.; LEBLOND, A. Risck factors associated with colic in horses. Veterinary Research, v. 33, n. 6, p. 641-652, 2002. MOORE, J. N.; MELTON, T.; CARTER, W. C.; WRITH, A. L.; SMITH, M. L. A new look at equine gastrointestinal anatomy, function and selected intestinal displacements. In: American Association of Equine Practitioners, 47, Proceedings…AAEP: Genebra, p. 53-60, 2001. MORRIS D.D., MOORE J.N., & WARD S. (1989). Comparison of age, sex, breed, history and management in 229 horses with colic. Equine Veterinary Journal, 7, 129-32. NAPPERT, G.; JOHNSON, P. Determination of the acid-base status in 50 horses admitted with colic between December 1998 and May 1999. Canadian Veterinary Journal, Ottawa, v.42, n.9, p.703-707, 2001. PEIRÓ, J.R.; MENDES, L.C. Semiologia do sistema digestório eqüino. In: FEITOSA, F.L.F. Semiologia veterinária: a arte do diagnóstico. São Paulo: Roca, 2004. p.139-175. THOEFNER, M. B.; THOEFNER, M. B.; ERSBOLL, B. K.; JANSSON, N.; HESSEL HOLT, M. Diagnostic decision rule for support in clinical assessment of the need for surgical intervention in horses with acute abdominal pain. Canadian Journal Veterinary Research, v. 67, n. 1, p. 20-29, 2003. VALADÃO, C.A.A. et al. Aspectos bioquímicos do plasma e fluido peritoneal de eqüinos com cólica. Brazilian Journal Veterinary Research Animal Science, São Paulo, v.33, n.1, p.32-35, 1996. White N.A. Epidemiology and etiology of colic. In N.A. White (Ed.), The equine acute abdomen. (pp.49-64). Philadelphia, PA: Lea and Febiger, 1990. White N.A.Equine colic I: introduction [versão electronica]. In AAEP (Ed.), Proceedings of the 52th Annual AAEP Convention, San Antonio, TX, USA. , 2006 Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br.
  • 7. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353 Ano IX – Número 16 – Janeiro de 2011 – Periódicos Semestral Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária é uma publicação semestral da Faculdade de Medicina veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça ACEG. CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel.: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br – www.editorafaef.com.br – www.faef.edu.br.