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S A Ú D E M E N T A L P Ó S - P A R T O
As semanas pós-parto trazem alterações físicas, psicológicas, sociais
e afetivas que são parte do ajuste normal requerido pelas profundas
transformações da recém-maternidade. Por isso há uma dificuldade em
distinguir sintomas depressivos de mudanças físicas e mentais normais
da gravidez e de cuidar de um bebê.
Muitas mulheres sentem medo, vergonha ou culpa por contrariarem o
mito de felicidade veiculado pela mídia e partilhado pela família,
profissionais e sociedade em geral. O estigma associado à saúde
mental no período perinatal inibe a que busquem ajuda.
Desenvolvemos essa ferramenta para que você possa encontrar um guia,
uma forma de constatar possíveis sinais de alerta e fatores de risco
que podem caracterizar alterações emocionais no pós-parto e que
requerem atenção. Com essa ferramenta você poderá identificar
sentimentos e mudanças físicas significativas para procurar ajuda
especializada, auxílio psicológico ou médico, suporte e apoio social
se acredita ou desconfia que pode estar sofrendo com algum problema
relacionado à sua saúde mental durante o pós-parto.
Visamos facilitar o diálogo sobre o difícil tema da saúde mental
entre mães, famílias e profissionais, abrindo a porta para detectar
possíveis sinais de alerta que são tão sensíveis e difíceis para as
mães falarem com outras pessoas.
Esperamos poder ajudar a muitas mulheres!
ONG TEMOS QUE FALAR SOBRE ISSO
Rafaela Schiavo, Teresa Ruas e Thais Cimino
FALE SOBRE A SUA SAÚDE MENTAL NO PÓS-PARTO
D E P O I M E N T O S R E A I S D E M Ã E S
“Ninguém entende quando falamos o que sofremos, sempre escuto “mas tua filha está
linda e saudável”. Me dá uma raiva enorme quando escuto isso.”
"Estou tendo pensamentos suicidas. Tenho quase certeza de que tenho depressão
pós-parto. Mas não posso conversar com ninguém sobre isso."
“Eu não entendia o motivo de tanto choro, até que depois de ler muito relatos na
internet, descobri que o que tinha acontecido comigo, tinha sido uma violência
obstétrica. Eu só fui descobrir isso mais de 1 ano e meio depois do nascimento da
minha filha.”
“Aquela sensação de pânico era o primeiro sinal da depressão pós-parto. Cada vez
ia me sentindo pior, chorava por qualquer motivo. Não tinha disposição para nada,
tinha medo de assumir alguma responsabilidade. Fiquei introspectiva, só falava se
falassem comigo e, mesmo assim, só o necessário. Era quase monossilábica. Achei
que ia conseguir reagir sozinha. Só que não foi assim. Cheguei ao fundo do poço,
chorava muito e sentia uma insegurança incomum.”
“A pediatra que levei minha filha com 10 dias, não deu a mínima para o fato da
menina estar no leite artificial, nem sequer cogitou a possibilidade de me ajudar
nesse sentido.”
“Jogo as coisas longe, falo e faço coisas das quais me arrependo pela semana
toda. Depois que faço eu choro muito. Me sinto 24 horas por dia a pior mãe da
face da terra. Será que isso é normal…?”
“Vamos lá, mãe. Você tem que operar, ou então o bebê vai nascer dessa cor aqui
(apontando para um colchão roxo escuro).”
“Amo o meu filho mas às vezes me sinto incapaz de cuidar dele, acho que estou
fazendo algo errado ou deixando de fazer algo.”
“Acredito que se tivesse tido mais suporte, apoio e ajuda poderia ter sido
diferente!!! O peso que carregamos e as responsabilidades que achamos que damos
conta são demais para não serem compartilhadas!!!”
"Ser mãe tem sido algo penoso pra mim, me sinto sugada, escravizada, muitas vezes
me pego triste. Muitos dizem que filhos são bênção, mas eu me questiono se são
mesmo!!!”
"É exatamente assim que me sinto, como se não tivesse uma vida, eu acordo, faço
mamadeira, troco fralda, limpo, cozinho, troco fraldas, busco na escola, dou
almoço, lavo louça, troco fralda, dou banho, faço janta, troco fralda,
ponho a dormir e cadê minha vida???”
“E desde que me tornei uma mãe que perdeu um filho e conheci tantas outras,
acordei para uma triste e dura realidade: a nossa sociedade não está preparada
para apoiar uma mãe enlutada.”
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P R O C U R E A J U D A P S I C O L Ó G I C A
Dentre todas as fases da vida da mulher, o pós-parto é o período de maior
vulnerabilidade para o aparecimento de transtornos psiquiátricos.
A maternidade nem sempre é sinônimo de felicidade.
Não sinta vergonha ou culpa por não estar radiante, não sofra calada, passar
por dificuldades emocionais e psicológicas no pós-parto não lhe torna uma má
mãe ou incapaz de cuidar do seu bebê, apenas significa que você é humana, está
passando por uma imensa transição na sua vida: física, hormonal, social,
psicológica, espiritual e, por vezes, passando por tudo isso sozinha e
isolada! Significa que você está lutando com um problema que com os devidos
cuidados, atenção, suporte social, apoio especializado, terapia (e quando
necessário medicamento), pode ser revertido, acredite essa tristeza tem
solução, fale sobre isso com a equipe de saúde que lhe acompanha no pós-
parto!   
Utilize essa ferramenta e a Lista Indicativa, como um norteador para que você
possa conversar com um profissional e procurar ajuda. Se você desconfia que
alguma coisa não está bem, recomendamos que procure um psicólogo ou
profissional da saúde mental para uma avaliação mais detalhada a respeito de
sua saúde emocional no pós-parto.
***** A lista à seguir É APENAS UM INDICATIVO E NÃO TEM O INTUITO DE
DIAGNOSTICAR NENHUM TIPO DE DOENÇA MENTAL OU SOFRIMENTO PSÍQUICO. Se trata
apenas de uma ferramenta para que as mães possam conversar com os
PROFISSIONAIS - PSICÓLOGOS, PSIQUIATRAS, ASSISTENTES SOCIAIS, GINECOLOGISTAS,
MÉDICOS DA SAÚDE DA FAMÍLIA, CLÍNICO GERAL - SOBRE O SEU ESTADO DE SAÚDE
PSICOLÓGICO. Essa ferramenta é um instrumento de prevenção que visa facilitar
o diálogo e dar referências para as mães, familiares e profissionais. Existem
casos em que o suporte poderá ser encontrado em outras fontes, redes de apoio
e suporte social *****
A TQFSI tomou todas as precauções razoáveis para verificar a informação
contida nesta ferramenta. No entanto, o material publicado é distribuído sem
nenhum tipo de garantia, nem expressa nem implícita. A responsabilidade pela
interpretação e utilização deste material recai sobre o leitor. Em nenhum caso
se poderá responsabilizar a TQFSI por qualquer prejuízo resultante da sua
utilização.
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S I N A I S D E A L E R T A
Apresentamos aqui alguns sinais de alerta que podem caracterizar alteração
emocional na gravidez ou no pós-parto, marque os que lhe correspondam:
( ) Estou triste e infeliz, choro frequentemente
( ) Sinto que estou desconectada da minha vida, não sinto prazer em nada
( ) Quero ficar a maior parte do tempo sozinha ou dormindo
( ) Sinto que não consigo dar conta de cuidar do meu bebê
( ) Tenho medo que algo ruim possa acontecer comigo, com meu bebê ou com
outras pessoas (pensamentos intrusivos)
( ) Tenho medo de fazer mal ao meu bebê
( ) Tenho medo de fazer mal a mim mesma
( ) Tenho insônia quase todas as noites
( ) Sinto-me muito ansiosa, preocupada, culpada e/ou angustiada
( ) Sinto vontade de voltar atrás no tempo
( ) Estou sufocada e sobrecarregada com a minha vida e/ou com as tarefas com
o bebê
( ) Não sinto que estou formando vínculo com o meu bebê
( ) Sinto que “me desligo”, “fico fora do ar”
( ) Me preocupa que posso estar vendo coisas que ninguém vê ou que escuto
vozes que ninguém escuta (alucinações)
( ) Estou muito irritada, brigo com as pessoas a minha volta por qualquer
coisa
( ) Às vezes me pregunto se o meu bebê ou minha família estariam melhores
sem mim
( ) Sinto que estou enlouquecendo
( ) Não consigo me concentrar ou manter a concentração
( ) A única forma de me sentir melhor é tomando remédios, bebidas alcoólicas
ou usando outras substâncias
( ) Estou muito preocupada ou paranóica que outras pessoas poderiam me fazer
mal
( ) Já pensei seriamente em suicídio
( ) Acho que devo/preciso machucar o meu bebê ou outra pessoa
( ) Tenho sintomas físicos que não são normais para mim (dor de cabeça, dor
nas costas, ataque de pânico, crise de ansiedade, falta de ar, enxaqueca,
dor de barriga...)
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LISTA INDICATIVA PARA RECÉM-MÃES DETECTAREM A NECESSIDADE
DE BUSCAR AJUDA PSICOLÓGICA E/OU APOIO SOCIAL
F A T O R E S D E R I S C O
Existem fatores de risco (biológicos e sociais) para alterações emocionais
no pós-parto, abaixo apresentamos alguns deles, marque os que lhe
correspondam:
( ) Tenho 3 ou mais filhos com até 12 anos de idade
( ) Estudei no máximo até o primeiro grau completo
( ) Estou passando por dificuldades financeiras ou perdi o emprego
( ) Minha gestação não foi planejada ou desejada
( ) Usei drogas licitas ou ilícitas durante a gestação
( ) Tenho ou já tive em algum momento episódios de depressão, depressão pós-
parto, ansiedade, psicose ou qualquer outro transtorno do humor
( ) Tenho na minha família - pai, mãe ou irmão - pessoas que tem ou tiveram
episódios de algum transtorno mental
( ) Tenho problema na tireoide
( ) Tive um (ou mais) aborto espontâneo anterior à essa gravidez
( ) Meu bebê morreu antes de completar 1 ano de vida
( ) Não estou conseguindo ou não consegui amamentar nos 3 primeiros meses
pós-parto
( ) Sou mãe solo/autônoma ("mãe solteira")
( ) Não tenho apoio do/a parceiro/a ou da família ou qualquer outra pessoa
para me ajudar com o bebê ou nas tarefas domésticas
( ) Foi necessário realizar uma cirurgia cesariana de emergência
( ) Meu bebê nasceu prematuro ou precisou ficar internado após o nascimento
( ) Meu bebê tem algum problema de saúde
( ) Eu precisei ficar internada após o nascimento de meu bebê
( ) Houve intercorrências durante o nascimento de meu bebê
( ) Acho que sofri violência obstétrica / tenho certeza que sofri violência
obstétrica
( ) Estou longe do meu país, cultura, familiares ou amigos
( ) Tive que fazer tratamento para infertilidade
( ) Perdi um familiar ou uma pessoa querida recentemente
( ) Me separei recentemente ou estou enfrentando dificuldades no
relacionamento
( ) Sofri ou estou sofrendo algum trauma atualmente (violência doméstica,
maltrato verbal ou psicológico, abuso sexual, pobreza)
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T R A N S T O R N O S N O P Ó S - P A R T O
"BABY BLUES" - DISFORIA PUERPERAL: Acontece com cerca de 80% das mulheres, se
trata de uma tristeza, melancolia, choro fácil, que as mães não sabem muito bem
de onde vem e porque estão sentindo. Os sintomas geralmente se iniciam nos
primeiros dias após o nascimento do bebê, atingem um pico no quarto ou quinto
dia do pós-parto e remitem de forma espontânea, esperado que ocorra dentro dos
primeiros 45 dias depois do parto.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO: Episódios depressivos que ocorram nos meses que se seguem
ao nascimento do bebê, havendo estudos que consideram dois meses, três meses,
seis meses, e até um ano. Geralmente, o quadro inicia-se entre duas semanas até
três meses após o parto, ocorrem humor deprimido, perda de prazer e interesse
nas atividades, alteração de peso e/ou apetite, alteração de sono, agitação ou
retardo psicomotor, sensação de fadiga, sentimento de inutilidade ou culpa,
dificuldade para concentrar-se ou tomar decisões e até pensamentos de morte ou
suicídio.
PSICOSE PÓS-PARTO: É o transtorno mental mais grave que pode ocorrer no
puerpério. Ela tem prevalência de 0,1% a 0,2% (sendo esse percentual maior em
casos de mulheres bipolares), usualmente é de início rápido e os sintomas se
instalam já nos primeiros dias até duas semanas do pós-parto. Os sintomas
iniciais são euforia, humor irritável, logorreia, agitação e insônia. Aparecem,
então, delírios, ideias persecutórias, alucinações e comportamento
desorganizado, desorientação, confusão mental, perplexidade e despersonalização.
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG): O quadro clínico envolve a presença
persistente de ansiedade ou preocupações excessivas. As preocupações envolvem
diversos eventos e atividades de vida e são acompanhadas de sintomas como
inquietação, fadigabilidade, dificuldade para se concentrar, irritabilidade,
tensão muscular e perturbação do sono.
FOBIA SOCIAL: É compreensível que o puerpério seja um agravante para as
portadoras desse transtorno ou para mulheres com quadros subsindrômicos, já que
nesse período elas têm de lidar com um aumento de contatos sociais.
Profissionais de saúde diversos, familiares do parceiro e pessoas presentes em
sua residência para ajudar nos cuidados com o bebê são algumas das exposições
que podem levar as mulheres a ficarem embaraçadas e temerosas de críticas.
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T R A N S T O R N O S N O P Ó S - P A R T O
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO: O puerpério é o principal evento de vida
relacionado ao desencadeamento ou à exacerbação do transtorno obsessivo-
compulsivo (TOC), provavelmente devido às alterações hormonais e psicossociais
próprias desse período. O conteúdo das obsessões e compulsões no pós-parto
comumente envolve o bebê. São frequentes pensamentos obsessivos agressivos
contra o recém-nascido, tais como medo de deixar o bebê cair no chão,incluem
pensamentos e obsessões relacionados a possíveis contaminações da criança,
impulso de jogar água fervendo sobre o bebê, de jogá-lo contra a parede,
pensamento intrusivo de colocar o bebê no forno, imagens recorrentes do bebê
morrendo sufocado no berço, sendo picado por insetos ou sofrendo um acidente ou
sangrando. É necessário salientar que a ocorrência de pensamentos obsessivos
agressivos contra o bebê não está relacionada com comportamentos infanticidas.
Pensamentos obsessivos são intrusivos, não reconhecidos como pensamentos que se
esperaria ter, causam ansiedade e desconforto e a pessoa tenta resistir a eles,
ignorá-los ou neutralizá-los.
TRANSTORNO DO PÂNICO: Durante o pós-parto, no entanto, não parece haver dúvida
de que ocorre exacerbação dos sintomas do transtorno preexistente e também alta
taxa de aparecimento dos sintomas pela primeira vez.Algumas mulheres podem já
apresentar certo aumento sintomatológico no final da gravidez. Uma vez que
alterações fisiológicas associadas à gestação podem resultar em ocasionais
taquicardias, sudorese, tonturas e encurtamento da capacidade para inspirar,
elas podem interpretar esses sintomas de maneira catastrófica e ter crises de
pânico completas ou incompletas.
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (TEPT): Advoga-se que partos em que a
mulher vivencia situações como dor intensa e prolongada, procedimentos
obstétricos de urgência, experiência de ter sido humilhada pela equipe médica,
medo de morte ou morte do feto ou recém-nascido, percepção de anomalia congênita
no bebê, entre outras, podem ser considerados fatores traumáticos que
eventualmente podem desencadear o TEPT. TEPT no pós-parto pode afetar a decisão
da mãe quanto a ter outros filhos no futuro, além de interferir na lactação e no
desenvolvimento do vínculo mãe-bebê. Sendo assim, precisa ser revestido de mais
atenção tanto por parte dos clínicos como dos pesquisadores. Sugere-se que
apareçam no Brasil estudos pesquisando o TEPT no pós-parto secundário a
experiências de violência doméstica e também urbana durante a gravidez
comparando-o com o ocorrido fora do período perinatal, já que a mulher tende a
vivenciar esse período com mais vulnerabilidade emocional.
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D E T E R M I N A N T E S S O C I A I S D A S A Ú D E - O M S
"A maior parte da carga de doenças - assim como as iniquidades em saúde, que
existem  em  todos  os  países  -  acontece  por  conta  das  condições em
que as pessoas nascem, vivem, crescem, trabalham e envelhecem.
Esse conjunto de condições é chamado “determinantes sociais da saúde”, um
termo que resume os determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais
e ambientais da saúde. Os determinantes mais importantes são aqueles que
estratificam a sociedade - os determinantes estruturais -, tal como a
distribuição de renda, a discriminação (por exemplo,baseada em gênero,
classe, etnia, deficiência ou orientação sexual) e a existência de
estruturas políticas ou de governança que reforcem ao invés de reduzir as
iniquidades relativas ao poderio  econômico. Esses mecanismos estruturais
que influenciam a posição social ocupada pelos indivíduos são a causa mais
profunda das iniquidades em saúde. 
As discrepâncias atribuíveis a esses mecanismos moldam a saúde dos
indivíduos através de determinantes intermediários, como as condições de
moradia e psicossociais, fatores comportamentais e biológicos, além do
próprio sistema de saúde.
A lógica por detrás da implementação de ações sobre os determinantes sociais
baseia-se em três temas mais amplos.  
Primeiro, reduzir as iniquidades em saúde é um imperativo moral.  
Segundo, é essencial melhorar as condições de saúde e o bem-estar, promover
o desenvolvimento e alcançar objetivos gerais no campo da saúde. 
Terceiro, é  necessário  promover  ações  em  uma  série  de  prioridades
sociais - que estão para além do campo da saúde e que dependem de melhores
níveis de igualdade em saúde.
Portanto, apoiar a abordagem dos determinantes sociais significa compreender
o valor que a saúde tem para a sociedade e admitir que ela depende de ações
que, muitas vezes, não têm relação com o setor saúde"
Saúde: estado de bem-estar físico, mental e social, ao contrário da simples 
ausência de doenças ou enfermidades.
Conceito extraído da Biblioteca da Organização Mundial da Saúde: Diminuindo
diferenças: a prática das políticas sobre determinantes sociais da saúde:
documento de discussão.
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R E F E R Ê N C I A S
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ANDRADE,  L.H.S.G;  VIANA,  M.C;  SILBEIRA,  C.M.  Epidemiologia  dos  transtornos
psiquiátricos na mulher. Revista de Psiquiatria Clínica, v.33, n.2, p.43-54, 2006. Disponível em:
(http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol33/n2/43.html)
Acesso em 20 ago. 2015.
APTER-LEVI,  Y  et  al. Maternal depression  across the first years of life compromises child
psychosocial adjustment; relations to child HPA-axis functioning. Psychoneuroendocrinology., v.64,
p.47-56, 2016. Disponível em:
(https://www.researchgate.net/publication/284122377_Maternal_depression_across_the_first_
years_of_life_compromises_child_psychosocial_adjustment_relations_to_child_HPAaxis_functioning)
Acesso em 17 dez. 2015.
BALTIERI, L et al. Desempenho motor de lactantes frequentadores de berçários em creches
públicas. Rev. Paul. Pediatr., v.28, n.3,  p.283-289, 2010. Disponível em: (http://www.scielo.br
/pdf/rpp/v28n3/05.pdf) Acesso em 03 set. 2015.
BANSIL,P et al. Maternal and fetal outcomes among women with depression. J. Womens Helth
(Larchmt). v.19, n.2, p. 229-234, feb. 2010. Disponível em:
(http://online.liebertpub.com/doi/pdf/10.1089/jwh.2009.1387) Acesso em 13 jul. 2015.
BAPTISTA, M.N.; BAPTISTA, A.S.D.; TORRES, E.C.R. Associação entre suporte social, depressão  e
 ansiedade  em  gestantes. PSIC  Rev.  Psicol.,v.7,  n.1,  p.39-48, jan./jun.2006. Disponível
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BAN, L et al. Association between perinatal depression in mothers and the risk of childhood
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BENUTE, G.R.G et al. Depression during pregnancy in women with a medical disorder: risk factors  and
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/1s2.0016503279090006Tmain.pdf?_tid=2c53319c474d11e59fe600000aacb362&
acdnat=1440083428_7577c86d0120b20e388752f2c90411b9) Acesso em 20 ago. 2015.
CAMACHO, R. S et al. Transtornos psiquiátricos na gestação e no puerpério: classificação, diagnostico
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CAMARGO, A. P; CARRAPATO, J. F.L. Relação existente entre nível de estresse e perfil socioeconômico
de gestantes. Caderno Brasileiro de Saúde Mental . Florianópolis, v.4, n.10, p.105 - 133, 2012.
R E F E R Ê N C I A S
www.temosquefalarsobreisso.com.br
CANTININO, A et al. Transtornos psiquiátricos no pós-parto. Rev. psiquiatr. clín. vol.37 no.6 São
Paulo  2010. Disponível em: (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&
pid=S0101-60832010000600006&lng=pt&nrm=iso&tlng=en) Acesso em 11 mai.2018. 
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(http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165032710005227). Acesso em 20 jul. 2015.
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estar da mãe. Rev.Psiquiatr. Clín.,v.24, n.3, p.197-209, 2003.Disponível em:
(http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4217/1/Ansiedade%20na %20gravide%20%282003%29.pdf)
Acesso em 20 jul. 2015.
COSTA,  R;  PACHECO,  A;  FIGUEIREDO,  B.  Prevalência  e  preditores  de  sintomatologia depressiva
 após  o  parto. Revista  de  Psiquiatria  Clínica,  v.34,  n.4,  p.157-165, 2007. Disponível
em:(http://www.scielo.br/pdf/rpc/v34n4/a01v34n4) Acesso em 20 jul. 2015.
DOIS, A et al. Factores de riesgo associados a síntomas depresivos post parto en mujeres de bajo
riesgo obstétrico atendidas en el sistema público. Rev. Med. Chile, v.140,n.6,p.719725,jun.2012.
Disponível em: (http://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S003498872012000600004&script=sci_arttext)
Acesso em 20 jul. 2015
FAISAL-CURY, A.; MENEZES, P.R. Ansiedade no puerpério: prevalência e fatores de risco.
Rev. Bras. Ginecol. Obstet., v.28, n.3, p.171-178, mar. 2006. Disponível em: (http://www.scielo.br
/scielo.php?pid=S0100-72032006000300006&script=sci_arttext) Acesso em 20 jul. 2015.
New Mom Checklist for Maternal Mental Health Help. 2015 (Disponível em Postpartum Progress:
www.postpartumprogress.org) Acesso em 20 set. 2016
RASANATHAN, K. et al. Diminuindo diferenças: a prática das políticas sobre determinantes sociais da
saúde: documento de discussão. 2011 (Disponível em: http://www.who.int/sdhconference/discussion_paper
/Discussion_Paper_PT.pdf) Acesso em 12 mai. 2018
RESUMO SCHIAVO, R.A. Desenvolvimento  infantil: associação com estresse, ansiedade e depressão
materna,  da  gestação  ao  primeiro  ano  de  vida.  2016.  150  f.  Tese  (Doutorado  em  Saúde
Coletiva) – Faculdade  de  Medicina  de  Botucatu,  Universidade  Estadual  Paulista, Botucatu, 2016.
© ONG Temos que falar sobre isso 2018
Todos os direitos reservados. As publicações da Temos que falar sobre isso estão
disponíveis no sitio web da TQFSI (www.temosquefalarsobreisso.com.br)

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PUÉRPERA: cuidado com a sua saúde mental - Temos que falar sobre isso

  • 1. S A Ú D E M E N T A L P Ó S - P A R T O As semanas pós-parto trazem alterações físicas, psicológicas, sociais e afetivas que são parte do ajuste normal requerido pelas profundas transformações da recém-maternidade. Por isso há uma dificuldade em distinguir sintomas depressivos de mudanças físicas e mentais normais da gravidez e de cuidar de um bebê. Muitas mulheres sentem medo, vergonha ou culpa por contrariarem o mito de felicidade veiculado pela mídia e partilhado pela família, profissionais e sociedade em geral. O estigma associado à saúde mental no período perinatal inibe a que busquem ajuda. Desenvolvemos essa ferramenta para que você possa encontrar um guia, uma forma de constatar possíveis sinais de alerta e fatores de risco que podem caracterizar alterações emocionais no pós-parto e que requerem atenção. Com essa ferramenta você poderá identificar sentimentos e mudanças físicas significativas para procurar ajuda especializada, auxílio psicológico ou médico, suporte e apoio social se acredita ou desconfia que pode estar sofrendo com algum problema relacionado à sua saúde mental durante o pós-parto. Visamos facilitar o diálogo sobre o difícil tema da saúde mental entre mães, famílias e profissionais, abrindo a porta para detectar possíveis sinais de alerta que são tão sensíveis e difíceis para as mães falarem com outras pessoas. Esperamos poder ajudar a muitas mulheres! ONG TEMOS QUE FALAR SOBRE ISSO Rafaela Schiavo, Teresa Ruas e Thais Cimino FALE SOBRE A SUA SAÚDE MENTAL NO PÓS-PARTO
  • 2. D E P O I M E N T O S R E A I S D E M Ã E S “Ninguém entende quando falamos o que sofremos, sempre escuto “mas tua filha está linda e saudável”. Me dá uma raiva enorme quando escuto isso.” "Estou tendo pensamentos suicidas. Tenho quase certeza de que tenho depressão pós-parto. Mas não posso conversar com ninguém sobre isso." “Eu não entendia o motivo de tanto choro, até que depois de ler muito relatos na internet, descobri que o que tinha acontecido comigo, tinha sido uma violência obstétrica. Eu só fui descobrir isso mais de 1 ano e meio depois do nascimento da minha filha.” “Aquela sensação de pânico era o primeiro sinal da depressão pós-parto. Cada vez ia me sentindo pior, chorava por qualquer motivo. Não tinha disposição para nada, tinha medo de assumir alguma responsabilidade. Fiquei introspectiva, só falava se falassem comigo e, mesmo assim, só o necessário. Era quase monossilábica. Achei que ia conseguir reagir sozinha. Só que não foi assim. Cheguei ao fundo do poço, chorava muito e sentia uma insegurança incomum.” “A pediatra que levei minha filha com 10 dias, não deu a mínima para o fato da menina estar no leite artificial, nem sequer cogitou a possibilidade de me ajudar nesse sentido.” “Jogo as coisas longe, falo e faço coisas das quais me arrependo pela semana toda. Depois que faço eu choro muito. Me sinto 24 horas por dia a pior mãe da face da terra. Será que isso é normal…?” “Vamos lá, mãe. Você tem que operar, ou então o bebê vai nascer dessa cor aqui (apontando para um colchão roxo escuro).” “Amo o meu filho mas às vezes me sinto incapaz de cuidar dele, acho que estou fazendo algo errado ou deixando de fazer algo.” “Acredito que se tivesse tido mais suporte, apoio e ajuda poderia ter sido diferente!!! O peso que carregamos e as responsabilidades que achamos que damos conta são demais para não serem compartilhadas!!!” "Ser mãe tem sido algo penoso pra mim, me sinto sugada, escravizada, muitas vezes me pego triste. Muitos dizem que filhos são bênção, mas eu me questiono se são mesmo!!!” "É exatamente assim que me sinto, como se não tivesse uma vida, eu acordo, faço mamadeira, troco fralda, limpo, cozinho, troco fraldas, busco na escola, dou almoço, lavo louça, troco fralda, dou banho, faço janta, troco fralda, ponho a dormir e cadê minha vida???” “E desde que me tornei uma mãe que perdeu um filho e conheci tantas outras, acordei para uma triste e dura realidade: a nossa sociedade não está preparada para apoiar uma mãe enlutada.” www.temosquefalarsobreisso.com.br
  • 3. P R O C U R E A J U D A P S I C O L Ó G I C A Dentre todas as fases da vida da mulher, o pós-parto é o período de maior vulnerabilidade para o aparecimento de transtornos psiquiátricos. A maternidade nem sempre é sinônimo de felicidade. Não sinta vergonha ou culpa por não estar radiante, não sofra calada, passar por dificuldades emocionais e psicológicas no pós-parto não lhe torna uma má mãe ou incapaz de cuidar do seu bebê, apenas significa que você é humana, está passando por uma imensa transição na sua vida: física, hormonal, social, psicológica, espiritual e, por vezes, passando por tudo isso sozinha e isolada! Significa que você está lutando com um problema que com os devidos cuidados, atenção, suporte social, apoio especializado, terapia (e quando necessário medicamento), pode ser revertido, acredite essa tristeza tem solução, fale sobre isso com a equipe de saúde que lhe acompanha no pós- parto!    Utilize essa ferramenta e a Lista Indicativa, como um norteador para que você possa conversar com um profissional e procurar ajuda. Se você desconfia que alguma coisa não está bem, recomendamos que procure um psicólogo ou profissional da saúde mental para uma avaliação mais detalhada a respeito de sua saúde emocional no pós-parto. ***** A lista à seguir É APENAS UM INDICATIVO E NÃO TEM O INTUITO DE DIAGNOSTICAR NENHUM TIPO DE DOENÇA MENTAL OU SOFRIMENTO PSÍQUICO. Se trata apenas de uma ferramenta para que as mães possam conversar com os PROFISSIONAIS - PSICÓLOGOS, PSIQUIATRAS, ASSISTENTES SOCIAIS, GINECOLOGISTAS, MÉDICOS DA SAÚDE DA FAMÍLIA, CLÍNICO GERAL - SOBRE O SEU ESTADO DE SAÚDE PSICOLÓGICO. Essa ferramenta é um instrumento de prevenção que visa facilitar o diálogo e dar referências para as mães, familiares e profissionais. Existem casos em que o suporte poderá ser encontrado em outras fontes, redes de apoio e suporte social ***** A TQFSI tomou todas as precauções razoáveis para verificar a informação contida nesta ferramenta. No entanto, o material publicado é distribuído sem nenhum tipo de garantia, nem expressa nem implícita. A responsabilidade pela interpretação e utilização deste material recai sobre o leitor. Em nenhum caso se poderá responsabilizar a TQFSI por qualquer prejuízo resultante da sua utilização. www.temosquefalarsobreisso.com.br
  • 4. S I N A I S D E A L E R T A Apresentamos aqui alguns sinais de alerta que podem caracterizar alteração emocional na gravidez ou no pós-parto, marque os que lhe correspondam: ( ) Estou triste e infeliz, choro frequentemente ( ) Sinto que estou desconectada da minha vida, não sinto prazer em nada ( ) Quero ficar a maior parte do tempo sozinha ou dormindo ( ) Sinto que não consigo dar conta de cuidar do meu bebê ( ) Tenho medo que algo ruim possa acontecer comigo, com meu bebê ou com outras pessoas (pensamentos intrusivos) ( ) Tenho medo de fazer mal ao meu bebê ( ) Tenho medo de fazer mal a mim mesma ( ) Tenho insônia quase todas as noites ( ) Sinto-me muito ansiosa, preocupada, culpada e/ou angustiada ( ) Sinto vontade de voltar atrás no tempo ( ) Estou sufocada e sobrecarregada com a minha vida e/ou com as tarefas com o bebê ( ) Não sinto que estou formando vínculo com o meu bebê ( ) Sinto que “me desligo”, “fico fora do ar” ( ) Me preocupa que posso estar vendo coisas que ninguém vê ou que escuto vozes que ninguém escuta (alucinações) ( ) Estou muito irritada, brigo com as pessoas a minha volta por qualquer coisa ( ) Às vezes me pregunto se o meu bebê ou minha família estariam melhores sem mim ( ) Sinto que estou enlouquecendo ( ) Não consigo me concentrar ou manter a concentração ( ) A única forma de me sentir melhor é tomando remédios, bebidas alcoólicas ou usando outras substâncias ( ) Estou muito preocupada ou paranóica que outras pessoas poderiam me fazer mal ( ) Já pensei seriamente em suicídio ( ) Acho que devo/preciso machucar o meu bebê ou outra pessoa ( ) Tenho sintomas físicos que não são normais para mim (dor de cabeça, dor nas costas, ataque de pânico, crise de ansiedade, falta de ar, enxaqueca, dor de barriga...) www.temosquefalarsobreisso.com.br LISTA INDICATIVA PARA RECÉM-MÃES DETECTAREM A NECESSIDADE DE BUSCAR AJUDA PSICOLÓGICA E/OU APOIO SOCIAL
  • 5. F A T O R E S D E R I S C O Existem fatores de risco (biológicos e sociais) para alterações emocionais no pós-parto, abaixo apresentamos alguns deles, marque os que lhe correspondam: ( ) Tenho 3 ou mais filhos com até 12 anos de idade ( ) Estudei no máximo até o primeiro grau completo ( ) Estou passando por dificuldades financeiras ou perdi o emprego ( ) Minha gestação não foi planejada ou desejada ( ) Usei drogas licitas ou ilícitas durante a gestação ( ) Tenho ou já tive em algum momento episódios de depressão, depressão pós- parto, ansiedade, psicose ou qualquer outro transtorno do humor ( ) Tenho na minha família - pai, mãe ou irmão - pessoas que tem ou tiveram episódios de algum transtorno mental ( ) Tenho problema na tireoide ( ) Tive um (ou mais) aborto espontâneo anterior à essa gravidez ( ) Meu bebê morreu antes de completar 1 ano de vida ( ) Não estou conseguindo ou não consegui amamentar nos 3 primeiros meses pós-parto ( ) Sou mãe solo/autônoma ("mãe solteira") ( ) Não tenho apoio do/a parceiro/a ou da família ou qualquer outra pessoa para me ajudar com o bebê ou nas tarefas domésticas ( ) Foi necessário realizar uma cirurgia cesariana de emergência ( ) Meu bebê nasceu prematuro ou precisou ficar internado após o nascimento ( ) Meu bebê tem algum problema de saúde ( ) Eu precisei ficar internada após o nascimento de meu bebê ( ) Houve intercorrências durante o nascimento de meu bebê ( ) Acho que sofri violência obstétrica / tenho certeza que sofri violência obstétrica ( ) Estou longe do meu país, cultura, familiares ou amigos ( ) Tive que fazer tratamento para infertilidade ( ) Perdi um familiar ou uma pessoa querida recentemente ( ) Me separei recentemente ou estou enfrentando dificuldades no relacionamento ( ) Sofri ou estou sofrendo algum trauma atualmente (violência doméstica, maltrato verbal ou psicológico, abuso sexual, pobreza) www.temosquefalarsobreisso.com.br
  • 6. T R A N S T O R N O S N O P Ó S - P A R T O "BABY BLUES" - DISFORIA PUERPERAL: Acontece com cerca de 80% das mulheres, se trata de uma tristeza, melancolia, choro fácil, que as mães não sabem muito bem de onde vem e porque estão sentindo. Os sintomas geralmente se iniciam nos primeiros dias após o nascimento do bebê, atingem um pico no quarto ou quinto dia do pós-parto e remitem de forma espontânea, esperado que ocorra dentro dos primeiros 45 dias depois do parto. DEPRESSÃO PÓS-PARTO: Episódios depressivos que ocorram nos meses que se seguem ao nascimento do bebê, havendo estudos que consideram dois meses, três meses, seis meses, e até um ano. Geralmente, o quadro inicia-se entre duas semanas até três meses após o parto, ocorrem humor deprimido, perda de prazer e interesse nas atividades, alteração de peso e/ou apetite, alteração de sono, agitação ou retardo psicomotor, sensação de fadiga, sentimento de inutilidade ou culpa, dificuldade para concentrar-se ou tomar decisões e até pensamentos de morte ou suicídio. PSICOSE PÓS-PARTO: É o transtorno mental mais grave que pode ocorrer no puerpério. Ela tem prevalência de 0,1% a 0,2% (sendo esse percentual maior em casos de mulheres bipolares), usualmente é de início rápido e os sintomas se instalam já nos primeiros dias até duas semanas do pós-parto. Os sintomas iniciais são euforia, humor irritável, logorreia, agitação e insônia. Aparecem, então, delírios, ideias persecutórias, alucinações e comportamento desorganizado, desorientação, confusão mental, perplexidade e despersonalização. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG): O quadro clínico envolve a presença persistente de ansiedade ou preocupações excessivas. As preocupações envolvem diversos eventos e atividades de vida e são acompanhadas de sintomas como inquietação, fadigabilidade, dificuldade para se concentrar, irritabilidade, tensão muscular e perturbação do sono. FOBIA SOCIAL: É compreensível que o puerpério seja um agravante para as portadoras desse transtorno ou para mulheres com quadros subsindrômicos, já que nesse período elas têm de lidar com um aumento de contatos sociais. Profissionais de saúde diversos, familiares do parceiro e pessoas presentes em sua residência para ajudar nos cuidados com o bebê são algumas das exposições que podem levar as mulheres a ficarem embaraçadas e temerosas de críticas. www.temosquefalarsobreisso.com.br
  • 7. T R A N S T O R N O S N O P Ó S - P A R T O TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO: O puerpério é o principal evento de vida relacionado ao desencadeamento ou à exacerbação do transtorno obsessivo- compulsivo (TOC), provavelmente devido às alterações hormonais e psicossociais próprias desse período. O conteúdo das obsessões e compulsões no pós-parto comumente envolve o bebê. São frequentes pensamentos obsessivos agressivos contra o recém-nascido, tais como medo de deixar o bebê cair no chão,incluem pensamentos e obsessões relacionados a possíveis contaminações da criança, impulso de jogar água fervendo sobre o bebê, de jogá-lo contra a parede, pensamento intrusivo de colocar o bebê no forno, imagens recorrentes do bebê morrendo sufocado no berço, sendo picado por insetos ou sofrendo um acidente ou sangrando. É necessário salientar que a ocorrência de pensamentos obsessivos agressivos contra o bebê não está relacionada com comportamentos infanticidas. Pensamentos obsessivos são intrusivos, não reconhecidos como pensamentos que se esperaria ter, causam ansiedade e desconforto e a pessoa tenta resistir a eles, ignorá-los ou neutralizá-los. TRANSTORNO DO PÂNICO: Durante o pós-parto, no entanto, não parece haver dúvida de que ocorre exacerbação dos sintomas do transtorno preexistente e também alta taxa de aparecimento dos sintomas pela primeira vez.Algumas mulheres podem já apresentar certo aumento sintomatológico no final da gravidez. Uma vez que alterações fisiológicas associadas à gestação podem resultar em ocasionais taquicardias, sudorese, tonturas e encurtamento da capacidade para inspirar, elas podem interpretar esses sintomas de maneira catastrófica e ter crises de pânico completas ou incompletas. TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (TEPT): Advoga-se que partos em que a mulher vivencia situações como dor intensa e prolongada, procedimentos obstétricos de urgência, experiência de ter sido humilhada pela equipe médica, medo de morte ou morte do feto ou recém-nascido, percepção de anomalia congênita no bebê, entre outras, podem ser considerados fatores traumáticos que eventualmente podem desencadear o TEPT. TEPT no pós-parto pode afetar a decisão da mãe quanto a ter outros filhos no futuro, além de interferir na lactação e no desenvolvimento do vínculo mãe-bebê. Sendo assim, precisa ser revestido de mais atenção tanto por parte dos clínicos como dos pesquisadores. Sugere-se que apareçam no Brasil estudos pesquisando o TEPT no pós-parto secundário a experiências de violência doméstica e também urbana durante a gravidez comparando-o com o ocorrido fora do período perinatal, já que a mulher tende a vivenciar esse período com mais vulnerabilidade emocional. www.temosquefalarsobreisso.com.br
  • 8. D E T E R M I N A N T E S S O C I A I S D A S A Ú D E - O M S "A maior parte da carga de doenças - assim como as iniquidades em saúde, que existem  em  todos  os  países  -  acontece  por  conta  das  condições em que as pessoas nascem, vivem, crescem, trabalham e envelhecem. Esse conjunto de condições é chamado “determinantes sociais da saúde”, um termo que resume os determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais da saúde. Os determinantes mais importantes são aqueles que estratificam a sociedade - os determinantes estruturais -, tal como a distribuição de renda, a discriminação (por exemplo,baseada em gênero, classe, etnia, deficiência ou orientação sexual) e a existência de estruturas políticas ou de governança que reforcem ao invés de reduzir as iniquidades relativas ao poderio  econômico. Esses mecanismos estruturais que influenciam a posição social ocupada pelos indivíduos são a causa mais profunda das iniquidades em saúde.  As discrepâncias atribuíveis a esses mecanismos moldam a saúde dos indivíduos através de determinantes intermediários, como as condições de moradia e psicossociais, fatores comportamentais e biológicos, além do próprio sistema de saúde. A lógica por detrás da implementação de ações sobre os determinantes sociais baseia-se em três temas mais amplos.   Primeiro, reduzir as iniquidades em saúde é um imperativo moral.   Segundo, é essencial melhorar as condições de saúde e o bem-estar, promover o desenvolvimento e alcançar objetivos gerais no campo da saúde.  Terceiro, é  necessário  promover  ações  em  uma  série  de  prioridades sociais - que estão para além do campo da saúde e que dependem de melhores níveis de igualdade em saúde. Portanto, apoiar a abordagem dos determinantes sociais significa compreender o valor que a saúde tem para a sociedade e admitir que ela depende de ações que, muitas vezes, não têm relação com o setor saúde" Saúde: estado de bem-estar físico, mental e social, ao contrário da simples  ausência de doenças ou enfermidades. Conceito extraído da Biblioteca da Organização Mundial da Saúde: Diminuindo diferenças: a prática das políticas sobre determinantes sociais da saúde: documento de discussão. www.temosquefalarsobreisso.com.br
  • 9. R E F E R Ê N C I A S www.temosquefalarsobreisso.com.br ANDRADE,  L.H.S.G;  VIANA,  M.C;  SILBEIRA,  C.M.  Epidemiologia  dos  transtornos psiquiátricos na mulher. Revista de Psiquiatria Clínica, v.33, n.2, p.43-54, 2006. Disponível em: (http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol33/n2/43.html) Acesso em 20 ago. 2015. APTER-LEVI,  Y  et  al. Maternal depression  across the first years of life compromises child psychosocial adjustment; relations to child HPA-axis functioning. Psychoneuroendocrinology., v.64, p.47-56, 2016. Disponível em: (https://www.researchgate.net/publication/284122377_Maternal_depression_across_the_first_ years_of_life_compromises_child_psychosocial_adjustment_relations_to_child_HPAaxis_functioning) Acesso em 17 dez. 2015. BALTIERI, L et al. Desempenho motor de lactantes frequentadores de berçários em creches públicas. Rev. Paul. Pediatr., v.28, n.3,  p.283-289, 2010. Disponível em: (http://www.scielo.br /pdf/rpp/v28n3/05.pdf) Acesso em 03 set. 2015. BANSIL,P et al. Maternal and fetal outcomes among women with depression. J. Womens Helth (Larchmt). v.19, n.2, p. 229-234, feb. 2010. Disponível em: (http://online.liebertpub.com/doi/pdf/10.1089/jwh.2009.1387) Acesso em 13 jul. 2015. BAPTISTA, M.N.; BAPTISTA, A.S.D.; TORRES, E.C.R. Associação entre suporte social, depressão  e  ansiedade  em  gestantes. PSIC  Rev.  Psicol.,v.7,  n.1,  p.39-48, jan./jun.2006. Disponível em:(http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psic/v7n1/v7n1a06.pdf) Acesso em  13  jul. 2015. BAN, L et al. Association between perinatal depression in mothers and the risk of childhood infections  in  offspring:  a  population-based  cohort  study. BMC. Public  Helth,  v.10,  n.799, dec.  2010.  Disponível  em: (www.biomedcentral.com/1471-2458/10/799) Acesso  em  13  jul. 2015. BENUTE, G.R.G et al. Depression during pregnancy in women with a medical disorder: risk factors  and perinatal outcomes. Clinics, v.65, n.11, p.1127-1131, 2010. Disponível  em: (http://www.scielo.br /scielo.php?pid=S1807-59322010001100013&script=sci_arttext) Acesso em 13 jul. 2015. BROCKINGTON, I.F et al. Prepartum psychosis. Journal of Affective Disorders. v.19, n.1, p.31-35, 1990. Disponível em:(http://ac.els-cdn.com/016503279090006 /1s2.0016503279090006Tmain.pdf?_tid=2c53319c474d11e59fe600000aacb362& acdnat=1440083428_7577c86d0120b20e388752f2c90411b9) Acesso em 20 ago. 2015. CAMACHO, R. S et al. Transtornos psiquiátricos na gestação e no puerpério: classificação, diagnostico e tratamento. Rev. Psiq. Clin., v.33, n.2, p.92-102, 2006. Disponível em: (http://www.scielo.br /pdf/rpc/v33n2/a09v33n2.pdf) Acesso em 10 dez. 2015. CAMARGO, A. P; CARRAPATO, J. F.L. Relação existente entre nível de estresse e perfil socioeconômico de gestantes. Caderno Brasileiro de Saúde Mental . Florianópolis, v.4, n.10, p.105 - 133, 2012.
  • 10. R E F E R Ê N C I A S www.temosquefalarsobreisso.com.br CANTININO, A et al. Transtornos psiquiátricos no pós-parto. Rev. psiquiatr. clín. vol.37 no.6 São Paulo  2010. Disponível em: (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext& pid=S0101-60832010000600006&lng=pt&nrm=iso&tlng=en) Acesso em 11 mai.2018.  COELHO, H.F et al. Antenatal anxiety disorder as a predictor of postnatal depression: a longitudinal study. J. Affect Didord. v.129, n.1-3, p.348-353, mar. 2011. Disponível em:     (http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165032710005227). Acesso em 20 jul. 2015. CONDE, A.; FIGUEIREDO, B. Ansiedade na gravidez: fatores de risco e implicações para a saúde e bem estar da mãe. Rev.Psiquiatr. Clín.,v.24, n.3, p.197-209, 2003.Disponível em: (http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4217/1/Ansiedade%20na %20gravide%20%282003%29.pdf) Acesso em 20 jul. 2015. COSTA,  R;  PACHECO,  A;  FIGUEIREDO,  B.  Prevalência  e  preditores  de  sintomatologia depressiva  após  o  parto. Revista  de  Psiquiatria  Clínica,  v.34,  n.4,  p.157-165, 2007. Disponível em:(http://www.scielo.br/pdf/rpc/v34n4/a01v34n4) Acesso em 20 jul. 2015. DOIS, A et al. Factores de riesgo associados a síntomas depresivos post parto en mujeres de bajo riesgo obstétrico atendidas en el sistema público. Rev. Med. Chile, v.140,n.6,p.719725,jun.2012. Disponível em: (http://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S003498872012000600004&script=sci_arttext) Acesso em 20 jul. 2015 FAISAL-CURY, A.; MENEZES, P.R. Ansiedade no puerpério: prevalência e fatores de risco. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., v.28, n.3, p.171-178, mar. 2006. Disponível em: (http://www.scielo.br /scielo.php?pid=S0100-72032006000300006&script=sci_arttext) Acesso em 20 jul. 2015. New Mom Checklist for Maternal Mental Health Help. 2015 (Disponível em Postpartum Progress: www.postpartumprogress.org) Acesso em 20 set. 2016 RASANATHAN, K. et al. Diminuindo diferenças: a prática das políticas sobre determinantes sociais da saúde: documento de discussão. 2011 (Disponível em: http://www.who.int/sdhconference/discussion_paper /Discussion_Paper_PT.pdf) Acesso em 12 mai. 2018 RESUMO SCHIAVO, R.A. Desenvolvimento  infantil: associação com estresse, ansiedade e depressão materna,  da  gestação  ao  primeiro  ano  de  vida.  2016.  150  f.  Tese  (Doutorado  em  Saúde Coletiva) – Faculdade  de  Medicina  de  Botucatu,  Universidade  Estadual  Paulista, Botucatu, 2016. © ONG Temos que falar sobre isso 2018 Todos os direitos reservados. As publicações da Temos que falar sobre isso estão disponíveis no sitio web da TQFSI (www.temosquefalarsobreisso.com.br)