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2ª Edição 
Mais ilustrações, mais explicações 
Pesquisa e Texto: Andreia Nobre 
Gravidez não é Doença 
facebook.com/gravideznaoedoenca 
Revisão e Diagramação: Dani Fressato 
Humanize-se 
facebook.com/humanizesse 
2 | P á g i n a
PREFÁCIO 
Primeiramente uma pequena introdução sobre a razão desse guia. 
Tive dois partos normais em ambiente hospitalar e descobri que eu poderia ter ido mais além. Que eu 
poderia ter feito mais. Que poderia ter sido ainda melhor. Foram poucas intervenções, mas poderia não ter 
sido nenhuma. Então comecei a estudar a fundo a questão, a pesquisar e a falar com outras mães, e 
descobri que só com informação é possível fazê-lo. Por isso, relato aqui todos os passos que são possíveis 
traçar para uma gestação tranquila e um parto memorável. 
O medo de um parto via vaginal pode ser grande, mas é facilmente combatido com informação. A tentante 
ou gestante que se informou corretamente sobre o assunto é conhecida como “empoderada”. 
Dica: use esse guia para conhecer os principais assuntos. 
Caso tenha interesse em se aprofundar no tema, indico alguns sites no decorrer da leitura. 
No final há uma lista de vários outros sites que você pode consultar sempre que surgirem outras dúvidas e 
que não foram contempladas aqui por puro esquecimento da mãe. É verdade, essa é a sua primeira lição: a 
mãe fica bem esquecida durante a gravidez! Mas não se preocupe, a sua memória vai voltar ao normal 
eventualmente após o nascimento do bebê. 
Depois da lista de sites, há uma compilação de razões reais para se realizar uma cirurgia cesariana e outra 
de falsas indicações, bem como um Plano de Parto para você imprimir e preencher. 
Um agradecimento a todas as mães que compartilharam as suas histórias comigo. 
Um especial obrigada à doula Gabryelle Patriota (https://www.facebook.com/GabyPatrioa) pelas dicas e 
paciência. 
Boa leitura e bom empoderamento! 
Fique à vontade para distribuir e imprimir esse guia para fins educativos e não comerciais. 
Para reproduções do conteúdo na internet, favor citar a fonte. 
3 | P á g i n a
ÍNDICE 
De Mãe para Mãe: o que você precisa saber para Gerar 
O Sistema Reprodutor Feminino 6 
A Ovulação 6 
Potencializando suas Chances de Engravidar 7 
Verificando a Fertilidade do Casal 7 
O Ciclo Menstrual e a Fecundação 7 
Menino ou Menina? 8 
Como Detectar uma Gravidez 8 
De Mãe para Mãe: o que você precisa saber para Gestar 
Primeiro Trimestre 
Exames de Sangue, Urina e Fezes 9 
Exames Ultrassonográficos 9 
O Enjoo 9 
Medicamentos 10 
Alimentos 10 
Outras Substâncias 10 
Cuidados com a Pele 10 
Exercícios 11 
Exercícios Pélvicos 11 
Vestuário 13 
Irmãos mais velhos 13 
Curiosidades do Primeiro Trimestre 14 
Confira a tabela dos meses 15 
Classificação da Idade Gestacional 15 
Segundo Trimestre 
Exame de Diabetes Gestacional 16 
Exame Ultrassonográfico 16 
Segurança da Gestante 17 
Algumas Dicas 17 
O Berço 17 
As Roupas 18 
As Fraldas 18 
O Kit de Beleza 19 
A Alimentação 19 
O Aleitamento 19 
Outros Acessórios 19 
Organize o Chá de Bebê/Fraldas/Bençãos 20 
Curiosidade Sobre o Segundo Trimestre 20 
Terceiro Trimestre 
Exame do Streptococo B 21 
Curiosidades Sobre o Terceiro Trimestre 21 
De Mãe para Mãe: o que você precisa saber para Parir 
Conheça algumas Expressões sobre Partos 22 
Parto Natural 22 
Parto Normal 22 
Cesárea ou Cesariana 23 
Parto Humanizado 23 
Parto Domiciliar 23 
Parto Hospitalar 23 
O Trabalho de Parto 24 
Quando e Como Começa o Trabalho de Parto 24 
Por que esperar o trabalho de parto ocorrer naturalmente? 24 
O Pré-Parto 25 
4 | P á g i n a
Ondas do Parto 25 
Rompimento da Bolsa 26 
Tampão Mucoso 27 
Durante o pré-parto 27 
Induzir naturalmente o parto 28 
Ocitocina sintética 28 
Você sabe o que é uma contração? 29 
O Início do Trabalho de Parto 29 
O exame de toque 30 
Sobre a dor do parto 32 
Você está preparada para parir? 32 
Movimente-se durante o trabalho de parto 33 
Outras Formas de Indução e Aceleração do Parto 34 
Posição do Bebê 34 
Índices alterados que não indicam marcação de cesárea 35 
Benefícios do parto normal 36 
Para o parto hospitalar 36 
Analgesia 37 
Dilatação Completa 37 
Expulsão da Placenta 37 
Os Primeiros Momentos do Bebê 40 
De Mãe para Mãe: o que você precisa saber para Maternar 
Teoria da Extero-Gestação 41 
Maternagem 
Amamentação 43 
Mamadeira 44 
Arroto 44 
Chupeta 45 
Andador e Cadeirinhas 45 
Como pegar o Bebê 45 
Conforto 46 
Rotina 46 
Sono 46 
Vestir o Bebê 47 
Saídas 48 
Cordão Umbilical 48 
Banho 48 
Fralda 49 
Outros Cuidados com os bebês 49 
Segurança do bebê 50 
O quarto Montessoriano 50 
Vacinação 51 
Alimentação 51 
Desenvolviento do bebê: tabela de curva de crescimento 52 
Saltos de desenvolvimento 52 
Cuidados com a mãe 53 
Sites Recomendados 57 
Modelo de Plano de Parto 58 
Lei do Acompanhante no Parto 60 
Direitos da Gestante Conforme a OMS 60 
Indicações Reais de Cesárea 61 
Diagnóstico Equivocado para Cesárea 61 
Situações Especiais para ser Analisadas Caso a Caso 61 
Casos Onde Não Há Indicação de Cesárea 61 
5 | P á g i n a
DE MÃE PARA MÃE: O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA GERAR 
Você decidiu engravidar? 
Comece então a se tornar o mais saudável possível. 
Se houver sobrepeso, procure perder alguns quilos. Se estiver muito magra, tente não fazer muita dieta. O 
sobrepeso ou a magreza excessiva podem desregular a menstruação e, consequentemente, a ovulação. 
O Sistema Reprodutor Feminino 
A Ovulação 
A ovulação é o processo pelo qual os ovos femininos amadurecem nos ovários, tornando-se óvulos. 
A cada ciclo menstrual, um ovo amadurece e se torna óvulo. Depois deste amadurecimento ele é liberado, 
chega à trompa e desce por ela até atingir o útero. 
Se o ovo não amadurece, não há ovulação. Neste caso, o ovo fica preso no ovário. No ciclo seguinte, outro 
ovo pode também ficar preso. E assim, ciclo após ciclo, vários ovos presos passam a ser chamados de 
cistos, acarretando na Síndrome do Ovário Policístico, um problema comum entre as mulheres. 
O sobrepeso ou a magreza podem influenciar no processo de amadurecimento dos ovos. 
Qual a importância disso? A fecundação só ocorre na descida do óvulo até o útero, na trompa. Se o óvulo 
não é liberado, não poderá ser fecundado. 
A fecundação ocorre quando um espermatozoide alcança um óvulo durante a sua descida pela trompa. 
Se não há fecundação, o óvulo atinge o útero, envelhece e morre. 
6 | P á g i n a
Potencializando as suas Chances de Engravidar 
Engravidar pode não acontecer na primeira tentativa e isso é absolutamente normal. 
Casais férteis podem demorar um ano até conseguir conceber sem que haja problema de infertilidade. 
A fertilidade pode ser afetada de várias maneiras: ansiedade, uso excessivo de certas substâncias como 
cafeína, tabaco e álcool. Mas também pode ser melhorada de maneira natural. 
A primeira tarefa dos pais é se tornar mais saudáveis: dieta equilibrada, exercícios e boas conexões pessoais 
são a chave para engravidar mais rapidamente. 
Se possível, três meses antes de tentar engravidar, o casal deve incluir na sua dieta alimentar os vegetais 
verdes escuros, como espinafre, ervilha e alface. Eles são ricos em ácido fólico, uma substância que 
favorece o desenvolvimento celular. O ácido fólico pode tornar os óvulos e os espermatozoides mais 
“atraentes”. 
Consulte também http://www.ficargravida.com/2012/06/suplemento-acido-folico-gravidez.html 
Verificando a Fertilidade do Casal 
- Os testes de fertilidade caseiros são parecidos com os testes de gravidez de farmácia. Podem ser 
adquiridos até pela internet e detectam a fertilidade com uma amostra de urina. 
- Os testes de ovulação também funcionam como os testes de gravidez de farmácia e podem dizer 
exatamente o dia em que a mulher está ovulando. 
- Verificação da temperatura corporal: a mulher pode ter temperatura corporal ligeiramente maior durante 
o seu período fértil. 
- Observação do muco vaginal: durante o período fértil é comum o muco vaginal ser mais fino e 
transparente, como uma clara de ovo. 
O Ciclo Menstrual e a Fecundação 
Depois de tomar atitudes para se tornar mais saudáveis, é hora de partir para os cálculos. 
É divertido fazer tudo sem pensar muito, mas também pode ser interessante saber exatamente como 
ocorre a fecundação. 
Um ciclo menstrual regular dura em média entre 26 e 32 dias. Inicia-se com o primeiro dia da última 
menstruação e termina no dia anterior da menstruação seguinte. 
Algumas mulheres, no entanto, podem ter ciclos regulares com outros intervalos. 
O importante é saber se a mulher ovula, isto é, se os seus ovos amadurecem e são expelidos pelos ovários 
para que o espermatozoide possa fecundar o óvulo. 
A ovulação ocorre aproximadamente entre 9 e 16 dias após o primeiro dia da última menstruação. 
Portanto, se uma mulher menstruou no dia 1º de janeiro, por exemplo, ela pode ovular a partir do dia 9 de 
janeiro. 
Cada mulher, em cada ciclo, ovula em tempos diferentes. 
O que parece ser uma uniformidade maior é a duração do período menstrual após a ovulação. Geralmente 
a mulher volta a menstruar entre 14 e 16 dias após a ovulação. 
É bom saber que ciclo menstrual regular não é sinal de fertilidade, assim como um ciclo menstrual irregular 
não significa infertilidade. 
Para facilitar a fecundação, mantenha relações sexuais todos os dias do seu período fértil (entre 9 e 16 dias 
a partir do primeiro dia da última menstruação). 
7 | P á g i n a
Alguns especialistas também recomendam posições especiais para a hora da concepção. As mais populares 
são as que deixam a gravidade auxiliar a caminhada do esperma até as trompas, com a mulher deitada e o 
homem por cima. 
Depois da ejaculação, recomenda-se que a mulher permaneça deitada com um travesseiro debaixo do 
bumbum e com as pernas para cima por meia hora. Esta posição facilita a descida do esperma, e 
consequentemente a fecundação. 
Menino ou Menina? 
Alguns afirmam que é possível escolher o sexo do bebê. Os espermatozoides com gameta masculino, que 
darão origem a um feto menino, são mais ágeis e rápidos, e após a ejaculação são os primeiros a chegar ao 
óvulo. Em compensação, podem morrer mais rápido. Eles têm uma vida média de não muito mais do que 8 
horas. 
Já os espermatozoides com gameta feminino, que darão origem a um feto menina, são mais lentos e mais 
resistentes. Eles podem sobreviver até 24 horas dentro do corpo da mulher. 
Então, a dica é ter relações no dia exato da ovulação para aumentar as chances de ter meninos, e ter 
relações nos dias anteriores à ovulação para ter meninas. 
Como Detectar uma Gravidez 
É hora de tentar descobrir se a tentativa de engravidar deu certo. 
O melhor indicativo de gravidez é, sem dúvida, a ausência de período menstrual. 
Outros sinais de gravidez: vontade mais frequente de urinar; enjoos; cansaço inexplicado; irritabilidade; 
inchaço; seios maiores, enrijecidos e sensíveis ao toque; maior sede e fome; dor de cabeça; cólicas leves 
sem período menstrual. 
Se seu período não veio e se você tiver cólicas mais leves que o normal, é possível que você esteja grávida. 
Esta cólica leve pode ser resultado da nidação (implante do óvulo fecundado na parede uterina); ela é 
absolutamente normal a muitas mulheres. 
Quando a mulher engravida, uma série de hormônios é liberada no seu corpo e um deles (a gonadotrofina 
coriônica) pode ser detectado na urina (testes de farmácia) ou no sangue (exame laboratorial). 
Testes caseiros de urina podem ser adquiridos na internet 
ou em farmácias e alguns conseguem detectar a gravidez 
após o 3º dia de atraso menstrual. 
Um exame de farmácia negativo pode significar que a 
quantidade de hormônio liberado na urina é ainda 
insuficiente, não sendo possível detectá-lo. Neste caso, um 
novo teste deverá ser realizado após uma semana de 
ausência de período. 
Os testes de farmácia não são 100% confiáveis porque 
comumente podem dar resultados falsos-negativo e falsos-positivo. 
Na dúvida, faça um exame de sangue (b-HCG). Este exame 
pode ter caráter qualitativo (positivo ou negativo) ou 
quantitativo (indica os valores hormonais no sangue). O 
exame de sangue fornece um resultado absolutamente 
seguro 8 a 10 dias após a possível fecundação. 
8 | P á g i n a
DE MÃE PARA MÃE: O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA GESTAR 
Primeiro Trimestre 
Após a confirmação da gravidez, é hora de tomar determinados cuidados. Há uma série de providências a 
serem tomadas. A maioria dos países recomenda que a gestante tome um complemento de ácido fólico nas 
12 primeiras semanas de gravidez. 
Existem também multivitamínicos especialmente desenvolvidos para gestantes. Eles são ricos em ácido 
fólico e ferro e reduzidos em vitamina A. 
Confira mais esse artigo: http://bebe.abril.com.br/materia/primeiro-trimestre-invista-em-ferro-e-acido-folico 
O tempo de gestação deve ser calculado com base no primeiro dia da última menstruação. Por exemplo, se 
a mulher menstruou no dia 1º de janeiro, esse dia é contado como o primeiro dia da gravidez, 
independente da data de fecundação. Com base no primeiro dia de gravidez, calcula-se a data provável do 
parto (dpp), estipulada em 40 semanas. 
Exames de Sangue, Urina e Fezes 
Quando a gravidez é constatada, o ginecologista-obstetra ou a enfermeira obstétrica solicita alguns exames 
laboratoriais. Além do hemograma e glicemia de jejum, avalia-se o tipo sanguíneo, fator Rh, presença do 
vírus da AIDS e de anticorpos que indicam se a mãe já teve doenças que durante a gravidez podem 
comprometer a formação do bebê, como rubéola, hepatite B, citomegalovírus, toxoplasmose e sífilis. 
Exames de urina e de fezes detectam infecções urinárias e parasitoses. 
Exames Ultrassonográficos 
No primeiro trimestre, a maioria das mulheres pode fazer dois ultrassons: o primeiro até a 8ª semana e o 
segundo entre a 11ª e a 13ª semana. 
Ambos são feitos por via endovaginal. Este procedimento pode causar um certo desconforto à gestante, 
mas não é dolorido. 
O primeiro não tem grande importância e pode até ser deixado de lado. Nele é possível constatar apenas 
que existe a gravidez e se ela não é ectópica, ou seja, que o feto não se alojou fora do útero. 
O ultrassom realizado entre a 11ª e a 13ª semana é conhecido Translucência Nucal. Deve ser feito 
obrigatoriamente entre estas semanas de gestação para detectar o risco de o bebê ter uma alteração 
cromossômica, más formações ou alguma síndrome genética. Neste período o bebê já possui aparência 
humana e todos os seus órgãos já estão formados. 
O Enjoo 
A maioria das mulheres enjoa. E o enjoo pode ser acompanhado de azia. O enjoo pode começar a ficar 
mais forte a partir do segundo mês de gravidez. Pode desaparecer a partir da 12ª semana ou permanecer 
durante toda a gestação. 
9 | P á g i n a
Algumas coisas podem ser feitas para aliviar o desconforto: caminhadas ou exercícios moderados, chupar 
limão com uma pitada de sal e fazer lanches leves (biscoitos cream cracker, bolachas de arroz, nozes, 
amêndoas e amendoins) 
Os alimentos secos ajudam a aliviar o desconforto sem calorias adicionais. Em caso de enjoos mais severos, 
o médico poderá receitar remédios seguros para a gestante. 
Medicamentos 
A gestante deve evitar qualquer remédio sem recomendação e orientação médica. 
Até mesmo o uso do paracetamol e do soro fisiológico devem ser usados com cautela. 
Este site do governo faz um alerta: http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/04/22/durante-a-gravidez- 
cuidado-com-uso-de-remedios-deve-ser-redobrado 
Alimentos 
A alimentação da gestante também deve mudar para acomodar as exigências que seu bebê vai fazer. A 
recomendação é aumentar a dose diária de 1200 calorias para 1500. Deve-se comer normalmente, e não é 
preciso comer por dois. 
Alimentos ricos em ferro como o feijão, os vegetais verdes escuros e os frutos secos devem passar a fazer 
parte da dieta diária. 
É preciso ficar atenta à gordura, sal e açúcar em excesso. Sobrepeso na gravidez pode levar à diabetes 
gestacional. Este artigo possui mais informações: http://brasil.babycenter.com/a700349/diabete-gestacional 
Alguns alimentos não são recomendados durante a gravidez: queijos não pasteurizados (os azuis, brie, 
queijo de cabra), gema de ovo cru, carne mal passada ou crua e patês, presunto, fígado e lanches de rua. 
Recomenda-se não consumir qualquer alimento de procedência e/ou manipulação duvidosa. 
A gestante deve ainda cuidar com a quantidade de sal, açúcar, e pimenta consumidos. O sal pode aumentar 
as chances de inchaço no corpo por reter líquidos, e o açúcar pode contribuir com o aumento indesejado 
de peso (normalmente entre 12 e 20 quilos). A pimenta pode ser usada com moderação, mas pode causar 
azia. 
A cafeína também deve ser evitada, pois pode afetar o peso do bebê de forma negativa. A cafeína pode ser 
encontrada no café, no chá-mate, no chocolate e nos refrigerantes. 
Bebidas alcoólicas não devem ser consumidas durante a gestação e amamentação! 
Outras Substâncias 
Não é recomendado usar tinturas de cabelo à base de amônia. Dê preferência às tinturas feitas de produtos 
naturais. 
Produtos de limpeza com cheiro muito forte como a creolina e a água sanitária também devem ser usados 
com cuidado. Se possível, com luvas para evitar o contato com a pele. 
Gestantes devem evitar fumar e estar próximos a fumantes ativos. O tabaco é nocivo a sua saúde e à saúde 
do bebê. 
Cuidados com a Pele 
A pele da gestante é bastante sensível. A gestante poderá usar seu creme hidratante normalmente, 
inclusive seu creme facial, mas deverá evitar o uso de exfoliantes durante a gravidez. A grávida pode ter 
uma aparência bastante diferente durante a gravidez. O rosto pode ficar vermelho ou inchado. 
Para a barriga que vai crescer, recomenda-se óleo corporal e um creme anti-estrias. O óleo de amêndoas e 
de rosa mosqueta são bastante conhecidos, pois evitam o aparecimento de estrias. 
10 | P á g i n a
Pode ser difícil usar anéis e sapatos de salto alto, por causa do inchaço devido à retenção de líquidos. 
Exercícios 
É necessário evitar exercícios de alto impacto durante toda a gestação, principalmente os que podem fazer 
a grávida cair. Ciclismo, por exemplo, pode ser feito com moderação até o sexto mês. O problema não é a 
posição, mas a possibilidade de queda. Portanto, andar na rua de bicicleta não é recomendado, mas fazer 
exercício na bicicleta ergométrica pode! 
Exercícios Pélvicos 
“Entendendo o que são os músculos do assoalho pélvico 
Esses músculos estão localizados na região entre as pernas, a partir do osso púbico na frente até a base da 
espinha nas costas. Eles ajudam a sustentar a bexiga, o útero e o intestino, e a controlar os músculos que 
fecham o ânus, a vagina e a uretra. 
Quando estão fracos ou afetados de alguma forma, como em consequência do parto, por exemplo, eles 
não fazem seu trabalho de forma eficiente, chegando a causar incontinência urinária, redução no prazer 
sexual e prolapso ("queda" ou saída do lugar de algum órgão). 
Quem sofre da chamada incontinência de esforço pode deixar escapar um pouco de xixi ao tossir, dar 
risada ou fazer exercícios. Estima-se que até 25 por cento das mães de primeira viagem sofram desse tipo 
de incontinência. 
De que forma os exercícios pélvicos podem ajudar? 
Estes exercícios fortalecem os músculos para que eles voltem a funcionar bem. Quanto mais trabalhados, 
mais fortes eles ficarão. 
Músculos do assoalho pélvico fortes dão melhor apoio ao peso extra da gravidez, ajudam no segundo 
estágio do trabalho de parto e, ao aumentar a circulação, auxiliam na recuperação do períneo (área entre a 
vagina e o ânus) após o nascimento do bebê por parto normal. Quando feitos regularmente, esses 
exercícios ajudam a prevenir a manifestação da incontinência urinária e do prolapso. 
Outro benefício para as mulheres é que, quando os músculos do assoalho pélvico estão fortalecidos, há 
maior chance de se chegar ao orgasmo e de ter uma vida sexual mais satisfatória. 
Como saberei quais são os músculos do assoalho pélvico? 
Imagine estar, simultaneamente, tentando impedir um pum e o fluxo de urina (depois de já ter começado). 
Pode parecer fácil, mas para funcionar, você tem que fazer os exercícios sem encolher a barriga, apertar as 
pernas uma contra a outra, enrijecer o bumbum, prender a respiração. Ou seja, somente os músculos do 
assoalho pélvico devem ser trabalhados. 
Assim como as crianças aprendem a piscar com um olho só usando todos os músculos faciais no começo, 
você pode achar um tanto difícil usar os músculos pélvicos isoladamente. Mas saiba que, com a prática, fica 
mais fácil. No início, coloque a mão no abdome ao praticar, para se assegurar de que ele está relaxado. 
Se estiver na dúvida de que está fazendo o exercício corretamente, você pode tentar o seguinte (desde que 
não haja contraindicação e você já tenha se recuperado do parto): coloque um ou dois dedos limpos na 
vagina quando estiver tomando banho e tente fazer o exercício - você deverá sentir uma leve compressão. 
Outra possibilidade é contrair os músculos durante a relação sexual e perguntar para seu parceiro se ele 
11 | P á g i n a
sentiu alguma coisa (se o exercício estiver correto, ele sentirá como se você tivesse "abraçado" o pênis 
dele). É bem provável, aliás, que ele goste. 
Quando posso fazer os exercícios? 
Você pode praticar de pé, sentada ou deitada, mesmo quando estiver no meio das tarefas do dia-a-dia, 
como escovando os dentes, falando no telefone ou trabalhando no computador. Veja como: 
Contraia os músculos do ânus e da vagina como se estivesse tentando não ir ao banheiro. Contraia e relaxe 
os músculos três vezes. Mantenha-os contraídos, mas continue respirando! Relaxe. Ao voltar à posição 
normal, empurre os músculos para fora (este último movimento poderá ajudá-la a fazer a força necessária 
na hora do parto e evitar lacerações). A seguir, contraia o assoalho pélvico novamente.Repita os exercícios 
várias vezes ao dia. 
Agora tente fazer os exercícios de forma lenta e rápida. Primeiro deite, fique de pé ou sente com os joelhos 
ligeiramente afastados. Depois, siga as instruções abaixo: 
Exercícios pélvicos lentos: Vagarosamente, contraia e puxe para cima os músculos do assoalho pélvico o 
mais forte que conseguir. Mantenha-os assim pelo maior tempo possível e depois relaxe aos poucos. 
Exercícios pélvicos rápidos: Contraia e relaxe os músculos imediatamente. 
Repita os exercícios cinco vezes ou até que esteja cansada. 
À medida que os músculos ficam mais fortes, a contração pode ser mantida por mais tempo e a quantidade 
de repetições pode ser maior. Após algumas semanas, já será possível notar a diferença, mas, para que os 
músculos tenham força total, você terá que exercitá-los regularmente por meses. 
Qual a frequência dos exercícios? 
Isso varia muito, dependendo de quão enfraquecidos eles estão, mas tente fazer 50 por dia e vá 
aumentando, ao longo de algumas semanas, até chegar a 120 diários. 
Para ver como andam os músculos, tente interromper o fluxo do xixi no meio (mas não faça isso com a 
primeira urina do dia). 
Uma vez que seus músculos pélvicos tenham se fortalecido, é importante manter os exercícios pelo menos 
por duas ou três vezes ao dia pelo resto de sua vida. 
Outras coisas que podem ajudar 
Use os músculos do assoalho pélvico quando tiver receio de que urina poderá escapar - antes de levantar 
algum peso ou de tossir. Gradualmente, seu controle vai aumentar. Não faça abdominais com as pernas 
completamente estendidas e também não levante as duas pernas ao mesmo tempo nesse tipo de exercício, 
o que coloca forte pressão no assoalho pélvico e nas costas. Beba líquidos quando estiver com sede e não 
vá ao banheiro só "por ir"; faça xixi somente quando sentir que a bexiga está cheia. Fique de olho no peso, 
porque quilos a mais sobrecarregam os músculos do assoalho pélvico. 
Caso você faça parte dos 25 por cento de mamães de primeira viagem que ainda sofrem de incontinência 
urinária de esforço três meses após o parto, converse com seu médico, que poderá decidir se vale a pena 
consultar um especialista. 
Resumindo: 
Durante toda a gravidez, a gestante deve praticar exercícios na região pélvica para que o períneo (pele que 
cobre a área que vai se dilatar durante o trabalho de parto, localizada entre a vagina e o ânus) ganhe 
elasticidade. 
12 | P á g i n a
Os exercícios pélvicos são fundamentais para que o períneo não lacere durante a passagem do bebê pelo 
canal vaginal. E caso lacere, o músculo estará preparado para retornar ao estado original com mais 
facilidade. 
Não é preciso parar de trabalhar ou sequer reservar uma grande parte do dia para se praticar os exercícios 
pélvicos. Eles podem ser realizados rapidamente e nas mais variadas posições e situações. Procure praticá-los 
sempre que se lembrar. Tente fazer 3 séries de cada tipo de exercício pélvico diariamente. 
- Aperte a região vaginal como se estivesse tentando segurar a saída de urina. Segure por 5 segundos e 
solte. Descanse por 5 segundos. Repita esse procedimento mais quatro vezes. Com o passar do tempo, 
você vai notar que você será capaz de segurar por até 10 segundos. O objetivo é conseguir chegar a esse 
tempo gradualmente. A cada semana, tente segurar por um segundo a mais. Você pode até conseguir 
segurar por 12 ou 15 segundos com muita prática. 
- Aperte por um segundo e solte por um segundo. Faça esses movimentos cinco vezes. Descanse 5 
segundos e faça tudo de novo mais quatro vezes. Com o tempo, aumente o número de vezes até conseguir 
fazer 10 movimentos a cada série. 
Importante: para que o movimente tenha o efeito desejado, procure segurar apenas a região vaginal, sem 
prender a respiração e sem prender junto às nádegas durante o movimento. Esses exercícios podem ser 
praticados até mesmo quando estiver sentada no trabalho, em uma sala de espera ou de pé em uma fila, 
esperando pelo transporte público, no banco etc. 
- A Massagem Perineal 
A massagem perineal também é uma alternativa eficaz para se prevenir lacerações do períneo durante a 
saída do bebê. 
Faça depois do banho usando um óleo vegetal puro ou lubrificante. Lave as mãos, esfregue o lubrificante 
ou óleo, fique de cócoras contra uma parede e coloque os polegares na abertura da vagina, pressionando 
para baixo, durante um período de 5 minutos. Mova os dedos de um lado para outro até sentir um 
formigamento. A massagem pode ser feita a partir da 34ª semana de gestação. 
Assista a um vídeo explicativo em http://www.youtube.com/watch?v=rd3t0jm9ez4&feature=youtu.be 
Vestuário 
Apesar do aumento de peso repentino também ser um sinal de gravidez, não há razão para comprar roupa 
de maternidade assim que se descobre estar grávida. 
O que você deve lembrar é que você pode vir a vestir dois números acima do seu até o final da gravidez. 
O seu sutiã também pode subir dois tamanhos tanto pelo volume dos seios como pelo diâmetro maior à 
volta do corpo. 
Dê preferência a calças leggings (um ou dois tamanhos acima do peso anterior à descoberta da gravidez) e 
qualquer blusa ou vestido com transpasse ou abotoamento frontal. 
Calças próprias para gravidez podem ser usadas desde quando a gravidez for detectada, já que as calças 
normais vão começar a ficar apertadas logo no 2º ou 3º mês, e provavelmente durante quase todo o 
primeiro ano da criança. 
Irmãos Mais Velhos 
Quando a família está para aumentar é preciso contar a novidade aos filhos, que devem ser as primeiras 
pessoas saber da sua gestação. Assim, eles se sentirão parte do processo. Explique a eles o que está 
acontecendo com você. Que você estará mais cansada, que a sua barriga vai crescer, que vocês poderão 
13 | P á g i n a
sentir o bebê mexendo na barriga. Mas, principalmente, explique desde o começo e reforce mais no final 
da gestação o que vai acontecer quando você entrar em trabalho de parto para que crianças pequenas, por 
exemplo, não se assustem. Fale do processo de nascer, de como seu corpo vai trabalhar para trazer uma 
criança ao mundo e no que os seus filhos poderão te ajudar. Num parto domiciliar, as crianças podem 
seguir instruções como pegar um copo d'água para a mãe, segurar uma toalha, ligar um aparelho de som e 
tudo o que elas quiserem ajudar. 
Além disso, você pode incentivar a criação de laços de amizades entre os irmãos desde cedo. No terceiro 
trimestre ofereça aos seus filhos a chance de comprar ou fazer um presente para o novo bebê, e compre 
também ou arranje um presente para os filhos existentes, dizendo a eles que esse presente veio do bebê. 
Nos partos hospitalares, é comum a criança que ficou em casa se sentir um pouco abandonada. Uma boa 
dica para superar esse sentimento é avisar quando estiver para chegar em casa. Quando abrir a porta, a 
mãe deve estar com os braços livres (deixe o bebê com quem estiver te acompanhando por uns minutos) 
para que os filhos saibam que você ainda os ama. Pode parecer exagero, mas esse tipo de ansiedade é 
bastante comum nas crianças a partir de um ano de idade. 
Curiosidades sobre o Primeiro Trimestre 
O primeiro trimestre requer bastante da mulher, portanto faça as suas caminhadas, mas descanse também. 
Escalda-pés e ficar com os pés para cima são boas recomendações para pés inchados. 
O risco de aborto espontâneo é relativamente alto, principalmente até aproximadamente a 16ª semana de 
gestação. Depois disso, a probabilidade do aborto natural diminui a cada nova semana de gestação. 
Conheça o que pode acontecer em um aborto espontâneo em http://delas.ig.com.br/filhos/aborto-espontaneo- 
luto-no-primeiro-trimestre/n1237562954557.html 
Não existe correlação entre fazer sexo e aborto espontâneo. É possível ter relações com o parceiro até o 
fim da gravidez sem que o bebê corra riscos, salvo alguma recomendação médica. A crença popular diz que 
fazer sexo durante a gravidez também ajuda a esticar o períneo, evitando assim que ele lacere. 
É possível menstruar ou sangrar mesmo estando grávida e levar a gravidez até o fim. Sangramentos leves 
são comuns no 1º trimestre. O primeiro sinal de perigo é quando o sangramento vem em grande 
quantidade e é acompanhado de cólica ou dor forte. 
Com 4 semanas de gestação, seu bebê é do tamanho do ponto final desta frase. 
O coração do bebê começa a bater a partir da 7ª semana. É o primeiro órgão a se formar. 
A partir da 8ª semana, o bebê já consegue ouvir a mãe e se movimentar. Conversar com o bebê pode ser 
relaxante para mãe e filho. Também é uma boa ideia colocar música para o bebê ouvir. Pode ser qualquer 
coisa que a própria mãe ou pai gostarem, ou também música relaxante, clássica, etc. 
Curiosa para saber que aparência tem o seu bebê? 
Existem sites com calendários de gravidez semana a semana onde você pode encontrar informações úteis 
como o tamanho, peso e o estágio de desenvolvimento aproximado de cada fase de vida uterina. 
No final desse guia há uma lista desses sites. Você pode também calcular sozinha o seu tempo de gestação. 
Vá em http://brasil.babycenter.com/calculadora-da-gravidez e siga as instruções. 
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Confira a tabela dos meses: 
Classificação de Idade Gestacional 
A prematuridade é algo que pode acontecer naturalmente, mas que deve ser evitada sempre que possível. 
Confira na tabela abaixo a época em que um bebê é considerado a termo, ou seja, pronto para nascer, ou 
prematuro: 
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DE MÃE PARA MÃE: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA GESTAR 
Segundo Trimestre 
O segundo trimestre é tido geralmente com a melhor fase da gravidez para a mãe. O risco de aborto 
espontâneo é reduzido e a mulher se sente mais bem-disposta com o fim do cansaço e dos enjoos. 
Também é o tempo ideal para longas noites de sono. Se for possível, aproveite para descansar um pouco 
durante a tarde. Uma soneca de meia hora pode ser revigorante. 
Exercícios moderados devem ser mantidos durante toda a gestação, mas sem exagero. Se ficar com falta de 
ar, pare e descanse. O esforço físico excessivo pode causar câimbras, inchaço nas extremidades e dor na 
coluna. 
A gravidez também pode causar dores de cabeça, azia, falta de ar e desconforto ao sentar. Todos esses 
sintomas podem ser aliviados com exercício moderado e descanso. 
Pernas para cima aliviam o inchaço. 
Banhos de banheira ou chuveiradas aliviam a pressão geral que o corpo tem que aguentar. Afinal, gerar 
uma vida requer esforço do corpo da mãe. 
Sentar em uma bola de ginástica alivia a dor na coluna. 
Toda mulher é diferente e cada gravidez é única, portanto se essa não é sua primeira gestação procure 
olhar todos os sinais, mas controle a ansiedade. 
Exame de Diabetes Gestacional 
Por volta da 24ª semana faz-se um exame de sangue para avaliar o nível de glicose no sangue. 
Se o resultado der alterado, recomenda-se um exame mais completo, com sobrecarga de açúcar. 
Exame Ultrassonográfico 
A partir da 20ª semana a gestante pode fazer a Ultrassonografia Morfológica. Este exame pode detectar 
várias doenças. Ele capta bons resultados até 24ª semana. A mãe pode ver com maior definição o seu bebê 
em desenvolvimento. O médico poderá dizer o tamanho aproximado do bebê, o ritmo dos batimentos 
cardíacos e verificar o desenvolvimento geral do feto. 
O ultrassom morfológico é feito com a aplicação de 
um gel na barriga da mãe para facilitar o 
deslizamento do ponteiro que a radiologista encosta 
na pele da gestante. A pressão feita na barriga pode 
ser um pouco desconfortável, mas não é dolorida. 
Os ultrassons são importantes para se rastrear o 
desenvolvimento fetal e até ajudar a calcular a data 
provável para o parto (DPP), mas não se deve fazer 
uso excessivo dele. 
Há indicações de que muitos exames são prejudiciais 
ao feto. 
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ultrassom morfológico 
Saiba mais aqui: 
http://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Saude/noticia/2013/12/ultrassom-morfologico-entenda-esse-exame-na- 
gravidez.html 
Segurança da Gestante 
Você sabe a maneira correta de andar de carro quando se está grávida? 
A gestante deve colocar o cinto abaixo da barriga, conforme mostra a figura: 
Algumas Dicas 
O segundo trimestre também é uma boa hora para contar sobre a gestação aos familiares e amigos, e 
também para começar a organizar o enxoval do bebê. Os bebês precisam ser protegidos do frio e do calor 
excessivo, ter um local seguro para dormir e ser alimentados. 
O Berço 
Muitas são as opções atuais. Algumas sugestões são os cestos, que são bastante aconchegantes para um 
recém-nascido pois tendem a ajudar a imitar a segurança do útero. 
A cama compartilhada 
Compartilhar a cama dos pais é uma alternativa simples e eficiente para a amamentação exclusiva. Uma 
solução mais cara e nem sempre disponível são os berços encaixáveis de cama. Eles ficam na altura da 
cama dos pais e permitem que a família durma bem próxima, oferecendo, ao mesmo tempo, segurança e 
conforto ao bebê. 
Quem optar por comprar apenas o berço grande, que a criança vai usar até os dois anos aproximadamente, 
pode usar uma solução simples: tire uma das grades, coloque um tapete debaixo do berço e encoste na 
cama dos pais, com o fundo da cama na posição mais alta para emparelhar com o colchão da cama dos 
adultos. Assim, você terá os benefícios do berço encaixável sem precisar comprar dois berços ao mesmo 
tempo. 
O colchão do berço deve ter uma capa a prova d'água e um lençol. Não é preciso travesseiro – a 
Organização Mundial de Saúde não recomenda travesseiros para bebês com menos de um ano de idade. 
Um protetor de berço mantém o bebê protegido de batidas na superfície dura do gradeado. 
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Confira neste link mais dicas sobre segurança do bebê no berço: http://brasil.babycenter.com/a1500236/crie-um- 
ambiente-seguro-para-o-beb%C3%AA-dormir 
A criança também precisará de três cobertores: um de algodão bem leve, e dois mais quentinhos. Se a 
criança nascer em tempo quente, ela deve ser coberta com a manta de algodão. No inverno, a dica é usar 
um cobertor macio e quentinho sobre o lençol e usar o outro cobertor para cobrir a criança. O cobertor 
macio sobre o lençol vai impedir que a criança acorde de repente quando colocada no berço e entrar em 
contato com a superfície fria do lençol de algodão. 
As Roupas 
Os bebês recém-nascidos precisam de uma quantidade generosa de roupas. Uma dica é ter cerca de dois 
bodies por dia, suficiente para uma semana. Assim, o kit inicial deve ter 10 bodies (manga curta ou sem 
manga no verão, manga comprida no inverno) e cinco tip-tops (peça única, de abotoamento frontal). 
Durante os três primeiros meses de vida, os bebês arranham muito o próprio rosto, portanto é preciso ter 
também três pares de luvinhas. Gorros de malha de algodão e meias para o inverno, 10 babadores e 10 
fraldas de pano completam o enxoval. 
As Fraldas 
Este é um capítulo completamente à parte do enxoval do bebê, pois tudo depende da necessidade familiar. 
As mães que também trabalham fora podem se beneficiar com as fraldas descartáveis. 
Existem os modelos com capa plástica e os de papel tecido. Os de capa plástica podem ser mais baratos, já 
que há várias marcas e empresas caseiras que as fabricam. Algumas lojas de departamentos possuem até 
funcionários ou usam os serviços de pequenas empresas terceirizadas para produzir fraldas a um custo 
bastante baixo. A maior desvantagem delas, no entanto, é que podem ser um pouco quentes no verão e 
causar irritação na pele do bebê. 
Os modelos de papel tecido podem ser usados em qualquer época do ano, mas tem um custo muito maior 
e podem ser antiecológicos, pois demoram mais de 50 anos para se desintegrar. 
Uma solução mais econômica e ecológica 
atualmente é a fralda de pano reutilizável. 
Diferente das fraldas de pano de antigamente, elas 
são muito mais práticas e fáceis de manter. O 
modelo mais comum consiste de uma capa de 
tecido impermeável com abotoamento frontal. 
Nas fraldas de tamanho único, esses botões 
permitem reduzir o tamanho da fralda até caber 
no bebê recém-nascido. À medida que ele cresce é 
preciso abotoar a fralda com os botões laterais em 
posições diferentes para alargar, acompanhando a 
criança até a época do desfralde completo. 
A fralda possui ainda forros extras que facilitam o 
seu uso. Dependendo das necessidades fisiológicas 
do bebê, é possível trocar apenas o forro. 
Para garantir que o bebê fique sequinho e 
confortável o dia todo, é preciso ter cerca de 10 
capas e o dobro de forros. 
As capas compradas novas geralmente só ficam 
impermeáveis após cerca de dez lavagens. Antes 
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disso, elas aguentam o xixi por cerca de uma hora. Após ficarem impermeáveis, elas aguentam o xixi por 
cerca de 4 horas. Então devem ser totalmente trocadas. 
São facilmente lavadas em máquina de lavar. No entanto, meia hora de molho num balde com um 
pouquinho de sabão em pó é suficiente para sua lavagem. Há quem prefira também lavar manualmente 
com sabão de coco. Elas tem secagem rápida. 
Sua vantagem é permitir que o bebê tenha um contato mínimo com os seus fluidos, sem machucar a sua 
pele. 
Segundo especialistas em infância, a fralda de pano é uma grande aliada do desfralde, pois o bebê sente 
maior necessidade de usar o banheiro para não ficar molhado. 
Crianças que só usam fraldas descartáveis perdem essa sensação, pois ficam secas o tempo todo. 
Aprenda a fazer fraldas de pano em http://www.slingando.com/index.php/como-fazer-fraldas-de-pano-modernas. 
html 
Mais informações em http://eccomama.blogspot.co.uk/p/tudo-sobre-fraldas-de-pano.html 
O Kit de Beleza 
Um kit simples de beleza não pode ser esquecido. Ele deve conter um cortador de unhas ou tesoura, pente 
e escova de cabelo de pelo bem macio. 
A Alimentação 
Se for do desejo e da possibilidade da mãe a amamentação materna deve ser exclusiva durante os 
primeiros seis meses de vida. Portanto, a mãe pode se munir de acessórios que facilitem o seu trabalho, 
como conchas de plástico ou de silicone, protetores de seios, sutiãs e blusas de amamentação. 
As conchas são boas opções para armazenar leite. Enquanto o bebê mama em um peito, o outro se enche 
de leite e vaza dentro da concha. Depois, pode-se guardar aquele leite numa garrafa esterilizada para uso 
posterior. O leite materno pode ser congelado e utilizado até um mês depois de ser armazenado. 
Quando a quantidade de leite já não é tão grande, ou quando se está na rua, os protetores são uma boa 
alternativa para evitar vazamentos de leite durante a mamada. Atualmente existem protetores descartáveis 
e reutilizáveis. 
Há opções de sutiãs de amamentação que abrem totalmente na parte do bojo, expondo somente o seio 
que será utilizado na mamada. Na falta de um sutiã de maternidade, a alternativa são os sutiãs com alças 
removíveis. 
Blusas e vestidos de amamentação são especialmente desenvolvidas para facilitar a amamentação. Na falta 
delas as blusas e vestidos com transpasse frontal, de alcinhas, tomara-que-caia ou com abotoamento 
frontal são alternativas práticas para o aleitamento materno. 
O Aleitamento 
Caso a amamentação não seja possível, a alimentação do bebê será feita com a mamadeira e o leite de 
fórmula. O kit deve ter de duas a três mamadeiras com bico removível e escova para limpeza, além de um 
recipiente para esterilização. 
Outros Acessórios 
Muitos acham úteis as cadeirinhas de balanço para manter o bebê em uma posição sentada quando ele 
ainda não consegue se sentar sozinho. 
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Móbiles são bons brinquedos iniciais para se usar quando os bebês estiverem nessas cadeirinhas. No 
entanto, devem ser evitados sobre o berço para que a criança não fique brincando com eles na hora de 
dormir. 
Uma superfície macia é essencial para que a criança se exercite e desenvolva os músculos que vai precisar 
para se sentar, levantar a cabeça e engatinhar ou andar. 
Tapetes de borracha, edredons e tapetes de atividades são todas boas alternativas. 
Alguns bichos de pelúcia e brinquedos macios de borracha, plástico ou pano e chocalhos completam a cena 
e dão estímulo sensorial ao bebê nos primeiros meses. 
Organize o Chá de Bebê/Fraldas/Bençãos 
Ponha a criatividade para trabalhar e chame as amigas para uma reunião alegre. 
Você poder fazer uma lista do que gostaria de ganhar e passar por elas. 
Arranje lembrancinhas úteis como canetas, bloquinhos, chaveiros. 
Faça brincadeiras politicamente corretas como um concurso sobre quem já teve a noite mais mal dormida 
depois da chegada do bebê, ou estórias de “acidentes” - os meninos, por exemplo, costumam fazer xixi em 
um jato para cima quando se tira a fralda, e as crianças recém-nascidas fazem coco bem mole, que muitas 
vezes são projetados com alguma força. 
Curiosidades Sobre o Segundo Trimestre 
A barriga da mãe pode começar a crescer mais a partir já do 4º mês de gestação. 
No segundo trimestre, o crescimento rápido da barriga também pode provocar o aparecimento de uma 
linha escura vertical que começa no alto da barriga, junto à dobra dos seios, passa pelo umbigo e segue até 
o alto os pelos pubianos. É absolutamente normal e desaparece meses depois do bebê nascer. 
Se o seu cabelo cai muito normalmente, ele pode parar de cair durante a gravidez. 
É nesta época que as pessoas podem começar a notar que você está mais bonita, com cabelo mais 
brilhante e vistoso. 
Entre o segundo e o quarto mês é comum sentir dores na parte baixa da barriga: é o útero se expandindo 
para acomodar o bebê. 
A mãe pode começar a sentir o bebê chutar a partir das 16 semanas de gravidez. 
As primeiras sensações podem se parecer como se houvesse borboletas na barriga. Uma boa parte das 
mães já consegue sentir o chute do bebê com 20 semanas de gestação. 
A partir de 24 semanas de gravidez a sobrevivência do bebê começa a se tornar possível no caso de um 
nascimento prematuro. A cada semana que o bebê passa dentro do útero, suas chances de sobrevivência 
aumentam exponencialmente. 
É importante ficar atento a sinais de perigo como sangramentos acompanhados de dor forte, pressão alta 
ou baixa demais e ausência de sintomas de gravidez. 
Com seis meses, muitas mulheres já não conseguem ver seus pés quando estão de pé. 
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DE MÃE PARA MÃE: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA GESTAR 
Terceiro Trimestre 
O terceiro trimestre é a época mais cansativa para a grávida. No sétimo mês, a barriga já pode estar bem 
grande e começa uma nova série de desconfortos pelo peso extra: dor na parte baixa da coluna, dificuldade 
de achar uma posição confortável para sentar e deitar. É nessa altura que a mulher pode ser obrigada a se 
deitar no seu lado esquerdo para dormir. A posição auxilia na boa circulação do sangue e é a mais 
confortável nessa fase. 
Durante os três últimos meses também pode acontecer, a qualquer momento, um grande impulso de 
arrumar coisas. É o instinto maternal querendo organizar tudo para a chegada do bebê. 
A essa altura os pais já podem ter se informado sobre as possibilidades para o parto e é preciso organizar 
esse momento. Segundo as evidências científicas mais recentes endossadas pela Organização Mundial da 
Saúde, a maneira mais segura de se ter um bebê é através do trabalho de parto normal. 
Segue link de estudo sobre os riscos de intervenções desnecessárias: 
http://www.swissinfo.ch/por/reportagens/Cesariana_eletiva_dobra_risco_de_morte_do_bebe.html?cid=7527372 
Exame do Streptococo B 
Esse exame não é mais requerido em vários países. A sua obrigatoriedade está sendo questionada, portanto não é 
imprescindível. Caso você tenha sintomas que o exijam, veja o que você deve saber a respeito: 
O estreptococo do grupo B é uma bactéria que pode ser normalmente no intestino das pessoas. Essas 
bactérias podem acabar colonizar a vagina também, e aí existe o risco de transmissão ao bebê durante o 
parto. Embora seja perigoso para bebês, principalmente os prematuros, o estreptococo B não costuma 
provocar sintomas em adultos, e na maioria das vezes é inofensivo para a mulher. 
O exame é simples, feito com uma espécie de cotonete, que coleta amostras da vagina e da região anal, 
entre a 35a e a 37a semana da gravidez. 
Se o resultado for positivo, o médico administrará antibiótico (penicilina e ampicilina) na veia, na 
maternidade, antes de o bebê nascer. O objetivo é dar o antibiótico durante o trabalho de parto. 
Dependendo do hospital ou maternidade, muitas vezes o procedimento padrão é tratar toda mulher que 
não tiver o exame. 
A única exceção é se você tiver uma infecção urinária na gravidez causada pelo estreptococo B. Nesse caso, 
você vai tomar antibióticos por via oral, não importa em que fase da gestação esteja, e perto do parto 
poderá fazer novamente o teste para ver se vai precisar dos antibióticos na veia ou não. 
O estreptococo B pode causar a sepse neonatal precoce (infecção que afeta o sangue e que pode ser muito 
perigosa). Também pode causar outras doenças como a pneumonia e a meningite logo na primeira semana 
de vida. Esse tipo de infecção tem uma mortalidade maior em prematuros. E pode deixar sequelas. 
Curiosidades sobre o Terceiro Trimestre 
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O bebê pode soluçar dentro da barriga da mãe! Ele já aprendeu a engolir. 
DE MÃE PARA MÃE: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA PARIR 
A mulher tem o direito de escolher o local do parto e todas as condições em que deseja parir. 
Para fazer valer os seus direitos, é importante que os pais formulem um Plano de Parto. Nele, os pais 
devem estabelecer os procedimentos que permitem ser efetuados durante o trabalho de parto. 
No final deste guia há um modelo de Plano de Parto para você imprimir e preencher. 
A mulher com gravidez de baixo risco pode escolher o local onde ela se sente mais segura para ter o seu 
bebê. Esse local pode ser a sua própria casa; a casa de alguém próximo à gestante; uma casa de parto; a 
maternidade ou hospital. 
Conheça Algumas Expressões sobre os Partos 
Parto Natural 
É feito com a saída do bebê pelo canal vaginal sem nenhuma intervenção médica. 
Parto Normal 
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É feito com a saída do bebê pelo canal vaginal. 
Geralmente há alguma intervenção médica, rotineira ou necessária, como exemplos indução, fórceps para 
retirada do bebê, saída da placenta com ajuda de medicamento, analgesia. 
Cesárea ou Cesariana 
A mulher é submetida a uma cirurgia para a retirada do bebê através de uma abertura na parte baixa da 
barriga. Ela é levada para o bloco operatório e recebe analgesia. A seguir, é colocado um pano para não 
permitir a visão da cirurgia. O ginecologista-obstetra corta seis camadas de pele para chegar ao útero. A 
criança é retirada do útero e a mãe a incisão na barriga é então suturada. Ela pode levar cerca de 70 pontos 
nessa operação. 
Parto Humanizado: é qualquer parto onde prevaleça o respeito pelo nascimento, em todas as suas 
instâncias. 
Conheça as definições mais comuns do termo em http://www.despertardoparto.com.br/parto-humanizado--- 
o-que-eacute.html ou em http://guiadobebe.uol.com.br/parto-humanizado-devolve-a-mae-o-controle-no-parto/ 
Parto Domiciliar 
A principal vantagem do Parto Domiciliar ou em Casas de Parto é a possibilidade da gestante vivenciar um 
parto natural ou com um número mínimo de intervenções. O desenvolvimento do trabalho de parto 
natural fica a cargo da mãe e do seu preparo para esse momento. 
Em primeiro lugar, a gestante deve fazer o acompanhamento pré-natal com o ginecologista-obstetra. 
Um parto domiciliar requer uma série de arranjos prévios e só pode acontecer se a gravidez for de baixo 
risco. 
A mulher pode ser auxiliada por um médico ginecologista-obstetra, por parteiras ou enfermeiras 
obstetrizes. Geralmente, a equipe profissional também é composta por uma doula. 
A doula atua no âmbito emocional da gestante. Ela pode indicar todo tipo de informação que os pais 
precisam saber (melhor lugar para ter o bebê, melhores opções de alívio da dor, técnicas de respiração, 
relaxamento e movimentos para o trabalho de parto). 
As doulas são procuradas para todos os tipos de partos, mas principalmente para partos normais e 
naturais. Em ambiente hospitalar, elas também podem garantir que o Plano de Parto seja cumprido. 
Neste link você pode obter maiores informações sobre o trabalho de uma doula: 
http://www.despertardoparto.com.br/doula---o-que-eacute.html 
Quando o trabalho de parto estiver na fase ativa, a equipe vai até o local escolhido levando o próprio 
equipamento, como material de sutura, para os primeiros cuidados com recém-nascidos, medicação (a 
ocitocina sintética pode ser usada para conter uma hemorragia no pós-parto). Dependendo da equipe e da 
vontade da mãe, o equipamento de um parto domiciliar pode incluir piscina inflável, banqueta de parto, 
bola de pilates. 
A equipe, então, monta o equipamento e monitora mãe e feto a cada meia hora, verificando pressão, 
regularidade dos batimentos cardíacos, etc. O acompanhamento é feito até o momento da expulsão da 
placenta. 
Quando tudo corre bem, a equipe dá o atendimento pós-parto, verificando os sinais de vitalidade de mãe e 
bebê. Algumas equipes especializadas fazem ainda um acompanhamento posterior, visitando a mãe até o 
estabelecimento da amamentação e a queda do cordão umbilical. 
No link http://vilamamifera.com/parteriaurbana/parto-em-casa-passo-a-passo/ há mais informações sobre 
parto domiciliar. 
É de extrema importância buscar informações sobre o profissional contratado para o parto. Ginecologistas-obstetras, 
parteiras, obstetrizes e doulas devem ter um histórico profissional favorável. 
Parto Hospitalar 
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O parto hospitalar é uma opção para quem não se sente totalmente seguro de ter um filho em casa. 
É possível ter um trabalho de parto tranquilo e respeitoso no hospital ou maternidade através da 
elaboração do Plano de Parto. 
O Trabalho de Parto 
O trabalho de parto é a preparação do corpo para a expulsão do bebê através da vagina. 
O parto é dividido em três fases distintas: o pré-parto, o parto ativo e a expulsão da placenta. 
O pré-parto é a fase que vai desde o início das contrações até o momento em que elas se tornam regulares. 
O parto ativo, por sua vez, vai do início das contrações regulares até o momento do nascimento do bebê. 
A saída da placenta marca o término da gestação. 
Cada uma dessas fases tem um papel de vital importância para a saúde da mãe e do bebê. 
Como e Quando Começa o Trabalho de Parto 
A partir das 28 semanas de gestação, a grávida pode começar a sentir a sua barriga ficar enrijecida. Esse 
movimento involuntário é conhecido como contrações de treinamento ou Contrações de Braxton-Hicks. É o 
preparo inicial para o trabalho de parto. As contrações de Braxton-Hicks devem ser indolores e não são 
desconfortáveis. Elas duram poucos segundos, são irregulares e não aumentam de intensidade. 
As contrações de verdade são um pouco parecidas: a barriga fica rígida e contrai. A grande diferença é que 
a contração de verdade vem acompanhada de uma dor lombar ou parecida com uma cólica menstrual. 
Perto da data prevista para o parto, a gestante pode começar a ter desarranjos intestinais. Uma diarreia 
leve é bastante comum. É uma espécie de limpeza intestinal natural que pode ajudar a mãe a ter um parto 
livre de “acidentes” na hora de fazer força. 
O trabalho de parto pode começar entre as 38 e as 42 semanas de gestação, na maioria dos casos. É 
absolutamente seguro esperar o início do trabalho de parto até as 42 semanas ou mais, isto é, semanas 
após a data prevista, desde que a mulher tenha uma gravidez de baixo risco e gestante e bebê estejam 
bem. É possível ter uma gravidez de baixo risco e ter um parto normal ou natural até quase os 50 anos. 
Para isso, basta a gestante ser saudável, seguir uma dieta adequada e ter uma vida ativa. 
Mulheres com condições prévias como asma, diabetes, problemas cardíacos, transplantes, pressão alta ou 
que carreguem mais de um bebê devem sempre ser acompanhadas pelos médicos para saber se a gravidez 
está tendo um efeito negativo na sua condição. Entretanto, nenhuma dessas condições impede um parto 
vaginal. Se estiver tudo bem, o melhor a fazer é esperar o início do trabalho de parto. Só o bebê pode dizer 
que está pronto para nascer. 
O problema das cesarianas eletivas em gestações de baixo risco é que é possível se enganar, por exemplo, 
quanto à data da última menstruação ou com idade gestacional fornecida pelo ultrassom. Depois das 14 
semanas, as informações do ultrassom sobre peso, altura e idade gestacional não são mais acuradas. Elas 
são apenas uma estimativa. Um US pode errar a idade gestacional em duas semanas. A consequência é que 
a cesariana eletiva pode vir a ser marcada numa data muito cedo, provocando um nascimento prematuro 
do bebê. De fato, estudos recentes apontam que o recente aumento de nascimentos prematuros está 
diretamente relacionado com o aumento das cesarianas eletivas. O peso também pode ser equivocado, 
geralmente para mais, o que pode fazer o médico pensar que o bebê será muito grande e indicar a cesárea. 
Bebês grandes que não tem passagem suficiente pelo canal são raros. É uma condição chamada 
Desproporção Cefalo-Pélvica, que só pode ser diagnosticada durante o trabalho de parto, e não antes. 
Por que esperar o trabalho de parto ocorrer naturalmente? 
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Existem inúmeras vantagens de se esperar o trabalho de parto começar de forma natural. O coquetel de 
hormônios que a mãe libera não serve apenas para dar incio ao trabalho de parto, mas também para 
acelerá-lo e para aumentar a tolerância da mãe à dor. 
O bebê é colonizado com a flora bacteriana da mãe, prevenindo doenças, e a passagem pelo canal vaginal 
retira o líquido amniótico dos pulmões, facilitando a respiração. Bebês nascidos de parto normal, por essa 
razão, muitas vezes nem choram na hora em que nascem. 
O Pré-Parto 
Por volta do oitavo mês a gestante pode começar a sentir que a sua barriga parece estar se apertando. Ela 
fica dura ao toque, e isso dura alguns segundos. Isso pode acontecer várias vezes ao dia e não deve ser 
dolorido. Essas são as contrações de Braxton-Hicks. São contrações indolores que serão parecidas com as 
contrações do trabalho de parto. 
A partir da 38ª semana, o trabalho de parto pode iniciar de várias maneiras. As contrações podem, de uma 
hora pra outra, se tornar levemente doloridas, como se você estivesse com cólicas. Se isso acontecer, 
pegue em um bloquinho ou caderno e comece a anotar o tempo de duração das contrações e qual o 
intervalo entre elas. Dependendo da situação elas podem durar apenas uns 20 a 30 segundos no começo e 
vir de meia em meia hora. Se for assim, relaxe. Este é o pré-parto. 
Cada contração pode começar de formar bem suave, depois aumentar até atingir um pique, e retroceder. 
Procure relaxar entre os intervalos. Mas durante as contrações, movimente-se. Ande, fique de pé, rebole, 
dance com ou sem música, faça movimentos com os quadris como na dança do ventre que, afinal, foi 
inventada para isso mesmo, para aliviar a dor do parto. 
O trabalho de parto só começa mesmo quando a gestante estiver com contrações que durem de 60 a 90 
segundos cada, e que venham a cada 3 minutos. Contração é uma dor parecida com a da cólica menstrual 
no começo, talvez um pouco mais forte, que vem, fica mais forte, e depois some. Enquanto a gestante 
sente essa dor, a barriga fica dura. 
Antes disso, qualquer coisa que você sinta, como contrações irregulares, líquido escorrendo, são os 
pródromos, ou pré-parto. O pré-parto pode começar com a saída do tampão mucoso, com o rompimento 
da bolsa, ou com o início das contrações. 
Resumindo: 
Pródromos: contrações irregulares, ou até regulares, mas que venham curtas, alguns segundos apenas, 
bem menos do que um minuto, e em intervalos grandes, tipo a cada 5 minutos, a cada dez minutos, a cada 
meia hora, a cada uma hora. 
Trabalho de parto: contrações regulares que durem um minuto ou mais, e que venham cerca de 3 
contrações num intervalo de dez minutos. 
Ondas do parto 
“Ela (a contração) vai durar bem pouquinho no início. Tanto é que as primeiras, se você estiver dormindo, 
nem vai sentir. Duram segundinhos. E até vir a próxima “onda” leva tanto tempo que você já se esqueceu 
como foi a anterior. Está entendendo? 
Quando o TP engrenar, o que pode demorar horas ou dias, você já vai estar habituada com a contração. Já 
conseguirá identificar quando ela inicia, saberá quando está na “crista da onda” e também quando ela está 
indo embora. 
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Então o que muda para ficar tão difícil como dizem? Muda a duração da contração: que era segundinhos e 
passa a ser de um minuto ou pouco mais. Muda também o intervalo: que podia ser de hora ou longos 
minutos e pode passar a ter segundinhos. 
Ou seja, não existe um momento a partir do qual você sentirá uma dor dilacerante e ficará com ela por 
dias! 
Contrações são ondas. Vêm e vão. E algumas mulheres, com trabalho de parto prolongado, podem ter 
intervalos de minutos e até DORMIR entre uma contração e outra. Mas aí vem o grande mistério do poder 
feminino de parir: 
Se você entender muito bem que aquelas ondas estão trazendo seu filho, a cada contração você o sentirá 
mais próximo dos seus braços. Você não lutará contra a contração, porque você QUER que ela venha e lhe 
traga seu filho. Estar dando à luz e ser a protagonista daquele fenômeno é tão fabuloso que em vez de 
vestir aquele momento com dor… surpreendentemente você poderá fazê-lo com PRAZER. 
Porém, você só pode fazer aquilo que acredita que pode. 
Ainda resta algum tempo até o seu parto, portanto, eu gostaria de lhe dizer para reforçar a autoestima, 
olhar para a Cris que muitas vezes superou outros obstáculos na vida, encontrar força e confiança para 
assumir o nascimento do seu filho. 
Acredite que, apesar de tudo que já lhe disseram sobre dores insuportáveis, as mulheres têm sobrevivido a 
isso por milênios. E elas não o fariam tantas vezes, se realmente fosse maior do que elas podem aguentar.” 
Fonte: Waleska Nunes 
Rompimento da bolsa 
O trabalho de parto também pode estar dando sinais de que está para começar com o rompimento da 
bolsa. Se você notar um vazamento anormal de líquido, notifique a equipe de assistência ao parto. A 
condição de bolsa rota, entretanto, não e motivo para ir correndo ao hospital ou Casa de Parto, a não ser 
que o resultado do exame do strepcococo B tenha dado positivo. Caso contrário, é preciso apenas 
monitorar. O tempo de bolsa rota não tem nenhuma influência sobre o tipo de nascimento se mãe e bebê 
estiverem bem. 
“Para a maioria das mulheres, o trabalho de parto se inicia com contrações pouco doloridas, e a bolsa só se 
rompe muitas horas depois. 75% das mulheres cuja bolsa se rompe antes do TP entram em trabalho de 
parto naturalmente até 72h depois da bolsa estourar. Muitas mulheres relatam que ouvem um "ploc" no 
momento em que a bolsa estoura. A bolsa pode se romper em qualquer parte, e a rotura pode ser de 
tamanho variável, o que significa que a quantidade de líquido que vai sair, e a velocidade da saída podem 
variar muitíssimo de parto para parto. Algumas mulheres efetivamente sentem uma cachoeira de água 
escorrendo ao longo de suas pernas, enquanto outras apenas "gotejam". 
Quando a bolsa se rompe antes de qualquer outro sinal de trabalho de parto, isso pode ser um sinal de 
alerta, pelo fato do bebê não ter mais a sua proteção natural contra as bactérias externas. Por isso, a 
maioria dos obstetras aplicará um antibiótico de maneira profilática a partir de 12h de bolsa rota, para 
assegurar que não ocorra uma infecção, e monitorará de perto a temperatura materna e o bem-estar fetal. 
Com a rotura da bolsa, e a consequente saída do líquido amniótico, cria-se um movimento de vácuo no 
útero, que puxa a cabeça do bebê para baixo. A cabeça faz um efeito de "rolha" e impede que o líquido saia 
por completo. No momento em que a bolsa estoura, se o líquido que estiver saindo for abundante, é 
recomendável sentar-se um pouco para evitar que o cordão saia junto com o movimento do líquido e seja 
prensado pela cabeça, comprometendo a circulação e causando um sofrimento fetal. 
Depois do rompimento da bolsa, o líquido continua sendo produzido normalmente pela placenta, até o 
nascimento do bebê.” 
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Em caso de perda de líquido amniótico em data distante do término da gestação, beba bastante água para 
repor o líquido. 
“Como dá para saber quanto líquido tem dentro da barriga? Para medir a quantidade de líquido, é preciso 
fazer um ultra-som. Seu médico vai solicitar um se desconfiar de que a quantidade de líquido está abaixo 
da ideal. Veja alguns sinais de que isso pode estar ocorrendo: 
• quando a mulher está perdendo líquido amniótico pela vagina 
• quando o bebê está menor que o normal para a idade gestacional 
• quando o médico consegue apalpar fácil o bebê pelo lado de fora da barriga 
• quando a mulher não está sentindo o bebê mexer com frequência 
• quando a mulher já teve outro filho que nasceu pequeno para a idade gestacional 
• quando a mulher tem pressão alta 
• quando a mulher está com diabetes 
• quando a mulher sofre de lúpus 
Com a ultra-sonografia, dá para medir os bolsões de líquido em vários pontos do útero (o espaço entre o 
bebê e a parede uterina), e o especialista faz um cálculo que resulta no índice de líquido amniótico (ILA). 
No terceiro trimestre, o ILA deve estar entre 5 cm e 25 cm. Um índice abaixo de 7 cm é considerado sinal de 
alerta, e com menos de 5 cm pode fazer com que os médicos prefiram adiantar o parto.” 
Fonte: http://adeledoula.blogspot.com.br/2012/08/entendendo-melhor-bolsa-de-liquido.html 
Tampão mucoso 
A saída do tampão é outro sinal de que o trabalho de parto está para começar. Você pode notar um muco 
rosado na sua roupa íntima, indicando que o tampão, que fecha a saída do cérvix, desceu. 
O tampão também pode descer muito antes da hora de parir, mas se tudo estiver bem com mãe e bebê, 
não há razão para se preocupar. O tampão pode regenerar-se até o termo da gestação. 
Fonte: 
https://www.facebook.com/humanizesse/photos/a.1456429961268874.1073741835.1415831001995437/ 
1463318163913387/?type=1&theater 
Durante o pré-parto 
Nesse primeiro estágio, é hora de relaxar. Tome um banho, beba água, respire fundo, pratique seus 
exercícios de respiração, ande, peça uma massagem gentil na parte baixa das costas, sente na bola de 
ginástica ou ponha saco de água quente ou gelo nas costas, se estiver doendo. Quanto mais você andar, 
mais rápido o trabalho de parto vai ser. A fase do pré-parto pode durar algumas horas ou alguns dias. 
Se passar 40 semanas e o trabalho de parto não tiver iniciado, não se preocupe. A menos que haja sinais de 
perigo, como sangramentos ou dores que te deixem preocupada, não há razão para fazer qualquer 
intervenção médica. Nesse caso, o interessante é estimular o início do trabalho de parto de forma natural. 
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A partir das 38 semanas, a gestante deve escolher a sua atividade física favorita e praticar o quanto baste. 
Hidroginástica, ioga e caminhada são os mais recomendados para o propósito. As caminhadas são as mais 
eficazes. Tente fazer alguns dos seus trajetos habituais como se estivesse com pressa. 
Induzir naturalmente o parto 
Existem algumas lendas urbanas que mulheres do mundo inteiro compartilham e que garantem que 
podem ajudar a dar início ao trabalho de parto. 
De acordo com alguns vários estudos, quando os receptores de ocitocina estão ativos, estes truques podem 
fazer o nível de hormônio subir e dar início ao trabalho de parto. São eles: 
- caminhar perto de rios; 
- ouvir risadas de crianças pequenas; 
- beber muito suco de abacaxi ou chá de canela com cravo e gengibre; 
- comer curry e comidas apimentadas; 
- ter relações sexuais. Dizem até que ingerir esperma pode ajudar a liberar a ocitocina no organismo. A 
ocitocina é o hormônio que dá início ao trabalho de parto. Essa substância é muitas vezes apelidada de 
hormônio do amor. Este hormônio é que faz as pessoas se apaixonarem e se sentirem atraídas 
sexualmente. Ele também é responsável pelo ciclo menstrual e ajuda até na aparência feminina. Estudos 
afirmam que, durante o período fértil, a liberação de ocitocina melhora a aparência feminina, aumentando 
o tamanho dos seios, deixando a mulher mais inchada (e assim com mais curvas e mais corada) como uma 
verdadeira ferramenta do corpo para atrair parceiros. 
Se tudo estiver bem, é possível esperar até 42 semanas de gestação. Se o trabalho de parto não começar 
até lá, então o parto pode ser induzido. Esse processo é feito na maternidade. A mãe recebe, via injeção 
intravenosa, um soro que contém ocitocina sintética para estimular o início das contrações. 
Este procedimento é recomendado após o término do período de 42 semanas de gestação. Mas também 
há casos em que a gestação foi além de 42 semanas sem nenhum risco para mãe e feto. Bebês não passam 
da hora de nascer e placenta não envelhece. 
Ocitocina Sintética 
A ocitocina sintética é eficaz para iniciar o trabalho de parto e dilatar o colo do útero, mas se for feita 
rotineiramente pode fazer o trabalho de parto iniciar de maneira muito rápida. 
Quando a ocitocina endógena (natural) é liberada naturalmente no organismo, o trabalho de parto pode 
ser lento e gradual, preparando a mãe para a fase do parto ativo, enquanto que, com a ocitocina sintética, 
o processo de dilatação pode ocorrer de forma muito mais acelerada e, portanto, tornar o trabalho de 
parto muito mais dolorido e atrapalhar o trabalho de parto se não for usada com real indicação. 
Não é recomendada a indução do parto antes de 42 semanas de gravidez, salvo quando mãe ou bebê 
possam estar em sofrimento agudo. Também não se recomenda a indução em trabalho de parto já iniciado 
naturalmente, a não ser que mãe ou bebê mostrem sinais de sofrimento (como batimentos cardíacos 
irregulares, pressão muito alta ou baixa) e seja, portanto, preciso acelerar a dilatação para garantir a 
segurança de gestante e feto. 
Fonte: https://criaminha.wordpress.com/tag/ocitocina/ 
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Você sabe o que é uma contração? 
O Trabalho de Parto 
O trabalho de parto tem início quando as contrações passam a durar cerca de 60 a 90 segundos e têm 
intervalos de 3 minutos. Essa é a melhor indicação para a mãe saber que está entrando em trabalho de 
parto. 
Para o trabalho de parto, será preciso anotar cada contração que vier. Tentar ficar em casa o máximo que 
der. Quando as contrações começarem, elas podem ser bem fracas. Vá dançar, rebolar em pé, sentar na 
bola de pilates ou andar. Ficar parada pode fazer o trabalho de parto demorar mais. Descanse e beba água 
nos intervalos das contrações. Durma se possível. Você tem se preparar para quando você atingir 3 cm de 
dilatação, que é quando realmente começa o trabalho de parto. 
Quando a dor parecer apertar pra valer, conte as contrações. Se vierem 3 em dez minutos e cada uma 
durando um minuto, você provavelmente entrou em TP. É hora de deixar as contrações virem. Não lute 
contra elas. Em vez de lutar, vá tomar uma chuveirada. Peça ao marido uma massagem na parte baixa das 
costas. Converse com a doula. 
As contrações podem doer bastante até chegar aos 6 cm. E ai vão doer mais ainda. Mas deixe cada uma vir. 
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Mentalize sempre: cada contração que vem é uma a menos. Ela nunca mais vai voltar. Cada contração que 
vem, você estará mais próxima da chegada do bebê. Ficar nervosa aumenta a adrenalina e reduz a 
ocitocina. Portanto aceite a vinda das contrações, aguarde-as com tranquilidade. 
Quando você achar que a dor estiver insuportável, mesmo com todos esses métodos naturais de alívio, vá 
para o hospital, se esse for o seu plano. No hospital, peça liberdade de movimentos. Beba água. Descanse 
sempre entre as contrações. Mas durante elas abra a boca. Solte o ar bufando ou gritando. Respire!!!! 
Lembra dos filmes americanos que sempre mostram as mulheres respirando fundo em TP? Respire. 
Quem escolheu ter o seu parto normal em uma Casa de Parto ou em uma maternidade deve se dirigir ao 
local quando entrar em trabalho de parto ativo. 
Antes da fase ativa, ou seja, com contrações que venham de dois em dois minutos, ou a cada minuto, é 
preferível permanecer em casa, onde a gestante pode fazer uso do chuveiro, comer, beber e andar em total 
liberdade para relaxar. 
Muitos locais de parto aceitam gestantes que já apresentem 4 cm de dilatação. A recomendação atual é ir 
para o hospital ou Casa de Parto com cerca de 6 cm. O motivo principal é evitar que a mãe permaneça em 
ambiente hospitalar por um tempo desnecessário. O risco de infecção é sempre maior. 
O exame de toque 
Neste estágio, a praxe é realizar o exame de toque. Mas a gestante pode dispensá-lo e se basear apenas 
nas contrações. Esse exame é feito para detectar a dilatação da mãe durante o trabalho de parto e, 
portanto, deve ser recusado durante as consultas de pré-natal, a não ser que a mãe esteja apresentando 
sinais claros de que entrou em trabalho de parto prematuro. Seguem algumas considerações: 
"Um dos procedimentos de rotina dos pré-natais é o exame de toque, independentemente da idade 
gestacional. Mas este procedimento, como a maioria dos exames e intervenções, só pode trazer benefícios 
quando não é banalizado. 
O exame de toque serve basicamente para avaliar a evolução da dilatação no trabalho de parto, 
apresentação do útero e posicionamento do bebê. O que esperar de uma mulher com 24 semanas? Que o 
colo esteja grosso e fechado, o bebê na posição que desejar (não estará encaixado) e alto. E se a mulher 
não apresenta nenhuma queixa, para que realizá-lo? 
Se uma mulher apresentar contrações prematuras, vale avaliar se as mesmas indicam um trabalho de parto 
precoce. Aí sim, depois de investigar se não se trata de contrações de Braxton Hicks, infecção urinária, 
pode-se fazer um exame de toque. Mas ele é mera especulação. 
...Em trabalho de parto, a questão do exame de toque é uma faca de dois gumes. Ele é feito para protocolar 
a mulher que deve dilatar x cm por hora. Quando estaciona em X centímetros considera-se parada de 
progressão e aí vem as medidas intervencionistas. Uma analgesia para ver se a mulher (e o útero) relaxam e 
a progressão progride ou ocitocina para ajudar nas contrações. A medicina tradicional desconsidera os 
fatores emocionais. 
Imagine que você está com uma sensação de grande dor e passou 5 horas com determinada dilatação. 
Medem novamente e você não saiu do lugar. Essa informação vai fazer com que a mulher desista pensando 
que, se em X horas ela não dilatou, precisará de mais X para parir. E na mente dela ela decreta: não vou 
aguentar. Mas o que acontece é que a dilatação não é tão precisa. Existe a relação ocitocina X adrenalina. 
Se quiser aumentar a dilatação é preciso aumentar a ocitocina natural. E para aumentar a ocitocina é 
preciso de: 
- Pouca Luz 
- Silêncio 
- Privacidade 
- Não observação 
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- Ambiente quente e confortável 
- Beijo na boca do marido 
- Massagem 
- Paz 
Quando a mulher para de dilatar é aí que aumentam o monitoramento, a observação e a adrenalina da 
mulher (e da equipe) vai nas alturas, inibindo a ocitocina. 
Lá vem a ciência solucionar problemas para os quais ela mesma causou. Ocitocina sintética, dor, adrenalina, 
anestesia, mais ocitocina. Uma vez que a ocitocina sintética entra na corrente sanguínea da mulher, toda a 
ocitocina que ela liberaria naturalmente, antes, durante e depois do parto é bloqueada. 
E isso significa o que? Que depois do parto, momento em que é necessária a liberação do hormônio para 
criar vínculo com o bebê, segundo o obstetra Michel Odent é o êxtase – coquetel de hormônios- que 
sentimos no pós parto que faz com que criemos vinculo de amor com a cria) ele não se faz presente. 
A ocitocina é um hormônio natural presente e fundamental para a hora do parto. Em grande parte dos 
partos normais em todo o planeta, para acelerar a contração do útero e tornar o parto mais rápido, a 
ocitocina é usada de forma padronizada, é o caso do Brasil. O famoso “sorinho” torna as contrações 
extremamente fortes e doloridas, levando muitas vezes a alteração do batimento cardíaco do bebê, 
fazendo-se necessário o uso de anestesia e as cascatas de intervenções físicas e medicamentosas. 
Segundo Odent, por ser um hormônio, a ocitocina passa pela barreira placentária e chega à corrente 
sanguínea do bebê, atingindo o cérebro da criança. Segundo o obstetra, o uso da ocitocina sintética pode 
gerar seres humanos mais agressivos por ser um hormônio diretamente ligado a socialização. Ele o chama 
de “hormônio do amor”, porque está presente na relação sexual, na amamentação e no parto e pós parto, 
facilitando a relação instintiva entre mãe e filho. 
Outra conseqüência é a incapacidade ou dificuldade de produzir ocitocina em outros momentos da vida, 
uma vez que sua versão sintética bloqueia a produção de ocitocina natural. Atingindo o cérebro da criança, 
este ser humano pode ser incapaz de produzir este hormônio, tanto na hora do parto, como em outras 
situações de suas vidas. Sem a produção de ocitocina ficamos incapacitados de sentir prazer. 
...No Trabalho de Parto, com médicos não humanizados, exame de toque pode levar o médico romper a 
bolsa sem a mulher querer. Não aceitar o exame de toque é se poupar disso também. 
Perto do parto saber que o colo está amolecido e com x cm pode causar ansiedade. Sem contar que, 
mesmo com luva, fazer toque aumenta o risco de infecção, principalmente se a mulher estiver com bolsa 
rota.” 
Depois que o trabalho de parto começa, a gestante pode usufruir de técnicas para lidar com a dor. 
Caso ela deseje um parto natural, ela poderá entrar na banheira, na piscina ou ir para o chuveiro, fazer 
caminhadas, fazer movimentos como na dança do ventre a cada contração, pedir massagens lombares para 
o acompanhante, sentar numa bola de ginástica, beber água, comer, fazer exercícios de relaxamento e de 
respiração. 
No parto normal hospitalar, é preciso estabelecer no Plano de Parto o que a gestante e seu acompanhante 
permitem que se faça. Procedimentos padrões que podem ser recusados por não trazerem benefícios à 
mãe são a raspagem dos pelos pubianos, descolamento de membranas e a lavagem intestinal. Mesmo em 
um parto hospitalar é possível ter um parto respeitoso e natural. Os procedimentos descritos acima são 
comumente feitos nas maternidades brasileiras mas não têm nenhum respaldo científico e, portanto, 
devem ser evitados para que não deixar a gestante ansiosa. Segundo um dos maiores estudiosos do 
processo dos nascimentos humanos, Michel Odent, a ocitocina é a responsável pelo bom andamento do 
trabalho de parto. Em altos níveis no organismo, ela coordena todo o processo, desde o início do TP ativo 
até a saída da placenta e a descida do leite. No entanto, a ocitocina só funciona bem em clima de 
relaxamento. Um dos fatores que estariam no nervosismo que habitualmente toma conta da gestante 
durante o trabalho de parto é, justamente, o ambiente hospitalar, com seus aparelhos, instrumentos e 
cômodos padronizados, já que o parto em maternidades é um fenômeno extremamente recente na 
história da humanidade. Outro fator é a intervenção médica desnecessária. A mulher precisa se 
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movimentar, expressar a sua dor através do grito e da respiração profunda, andar e encontrar a posição 
mais confortável para permitir a evolução do trabalho de parto. Se a gestante ficar presa à cama ou se a 
equipe interferir na hora errada, ela pode ficar ansiosa, fazendo o nível de adrenalina subir e reduzindo o 
nível de ocitocina. 
Sobre a dor do parto: 
“Ina May Gaskin, a mãe do partejo moderno tem acunhado um termo chamado 'a lei do esfíncter'. Esta lei declara: 
Os esfíncteres (incluindo o anal, cervical e vaginal) são os responsáveis por trazer a seu bebê ao mundo. Se os 
esfíncteres estão apertados, o parto não progredirá e você sentirá mais dor. 
O que é exatamente a lei do esfíncter de Ina May? 
1. O esfíncter anal, o cervical (o colo do útero) e o vaginal funcionam melhor em uma atmosfera de intimidade e 
privacidade. Por exemplo, um banheiro com fechadura ou um quarto onde as interrupções são improváveis ou 
impossíveis. 
2. Estes esfíncteres não podem ser abertos à força nem respondem bem às ordens de empurrar e relaxar. 
3. Quando o esfíncter está em processo de abertura, pode ser fechado repentinamente se a pessoa se altera, assusta, 
é humilhada ou consciente de si mesma. Por que? Os níveis altos de adrenalina na corrente sanguínea não favorecem 
(e muitas vezes impedem) a abertura de esfíncteres. Estes fatores inibidores são uma razão importante pela qual as 
mulheres nas sociedades tradicionais normalmente escolhem outras mulheres, exceto em circunstâncias 
extraordinárias, para acompanhá-las e auxiliá-las durante a dilatação e o parto. 
4. O estado de relaxamento da boca e a mandíbula está diretamente relacionado à habilidade do cérvix, da vagina e 
do ânus para se abrirem completamente. 
Insisto, e em outras palavras: 
Boca aberta = Cérvix aberto 
Garganta aberta = Vagina aberta 
É quase impossível parir com eficácia com os lábios apertados e a garganta fechada. Pode tentar fazê-lo agora 
mesmo… quando relaxa a mandíbula, abre a boca e a garganta, as nádegas se relaxam automaticamente e você se 
afunda na cadeira. Ina May fala dos benefícios dos beijos, e de manter a boca e os lábios soltos e abertos. 
Beijar também provoca a secreção de ocitocina e outros hormônios do amor que elevam a tolerância à dor e 
aceleram o parto.” 
Você está preparada para parir? 
Para ter um filho de parto normal, é preciso muito mais do que apenas querer ter um parto normal. É preciso 
acreditar que mulheres sabem parir e bebês sabem nascer. Quando engravidar, tenha em mente que o sistema 
obstétrico brasileiro tem estimulado pouco o parto normal. Siga algumas dicas simples para garantir um parto 
normal: 
1-Busque um grupo de apoio ao PN: procure saber se há um grupo de apoio ao PN na sua cidade ou na região. Esses 
grupos têm coletado informações importantes não só sobre os benefícios de um PN, mas também sobre médicos 
que aceitem acompanhar PN, e médicos que afirme que o parto é da mulher. Vá aos encontros regularmente e 
comece a se preparar. 
2-Busque equipe que tenha maiores taxas de realizar PN: a primeira opção deve ser um médico com taxas maiores 
de PN do que de cesáreas, ou obstetriz, ou equipe de parto domiciliar. Na falta de um, procure ao menos por um 
médico que aceite fazer um pn. Sem um médico, verifique os hospitais da região para ver a taxa de cesáreas eletivas 
deles. Quanto menor, melhor. Veja os plantonistas também, ou se o hospital tem enfermeiras obstétricas que 
atendam de forma a priorizar o PN. Há ainda casas de parto. Em alguns locais é provável até que se encontre ainda 
parteiras tradicionais. Se possível, encontre uma doula para chamar de sua. Há muitos locais onde mulheres se 
oferecerem voluntariamente como doula. 
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3-Empodere-se: ter equipe que priorize um PN é metade do caminho. A outra metade depende da mãe. Ela tem que 
estudar sobre como se manter saudável na gravidez para aumentar suas chances de parir tranquilamente, incluindo 
alimentação e exercícios perineais. Tem que saber o que esperar do trabalho de parto: como começa, quanto tempo 
pode durar, como fazer para ter um parto tranquilo, formas naturais de alívio da dor. Sabendo isso, a mãe e a equipe 
estarão capacitadas para lidar com qualquer intercorrência que surgir de forma tranquila, inclusive aquelas 
complicações que somente é preciso ter tranquilidade para que o pn progrida sem maiores questões. 
4- Encontre a sua serenidade: ficar ansiosa não vai adiantar muito. A gestante tem de perceber que o parto é um 
processo natural e que é preciso muita calma nessa hora. Ler sobre o trabalho de parto, ver vídeos de parto, falar 
com outras mães, ler relatos de parto são fundamentais para a mentalização desse fato. Curta a barriga! Converse 
com o bebê, escreva uma carta para ele, diga a ele o quanto ele é amado e esperado, e que você está pronta par que 
ele venha. Curta até os sintomas ruins. Se depois disso tudo você ainda estiver nervosa porque você é naturalmente 
nervosa, vá ver comédias, vídeos de bebês rindo, de animaizinhos fofos para esperar o trabalho de parto começar. A 
ocitocina, que é responsável de todo o processo reprodutivo da mulher, só funciona bem com a mãe calma. Faça dez 
minutos de meditação todos os dias. Não diga que vai tentar parir. Diga que vai parir. 
5-Faça um plano de parto: tenha um documento dizendo como você quer o seu parto. Saiba que há muitos 
procedimentos de rotina que você pode e deve evitar. Peça a assinatura da equipe (se for "tipo humanizada") para 
que todos estejam cientes da sua vontade. 
6-Se for parir em casa, busque com antecedência por profissionais ou grupos de apoio para se informar sobre como 
registrar uma criança nascida em casa, há toda uma burocracia a ser vencida. 
7- Busque o apoio da família; traga os familiares para o seu lado, mostrando as evidências científicas de que você 
está fazendo a coisa certa para você e o bebê. A gravidez já é uma época muito especial para a mulher, e saber que 
estão todos te pressionando para fazer uma cesárea só vai te deixar nervosa. Se não houver jeito, simplesmente só 
fale sobre parto normal com quem entenda o seu ponto de vista e ignore comentários contrários. 
A mãe é a protagonista do seu parto, seja um parto natural, parto normal hospitalar ou cesariana. 
À gestante cabe o papel de se cuidar durante toda a gravidez, comer corretamente, fazer exercício 
moderado, descansar e se preparar para o trabalho de parto. 
Lidar com a dor pode ser muito estressante, portanto a chave do sucesso está em estudar todas as etapas 
do processo, fazer todos os arranjos e, acima de tudo, curtir muito a gravidez. Fazer sessões de fotos, 
arranjar formas engraçadas de contar a novidade à família, construir o relacionamento de irmãos mais 
velhos ao bebê que vai nascer são todas boas formas de manter a mente relaxada e satisfeita. 
Movimente-se durante o trabalho de parto 
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Outras Formas de Indução e Aceleração do Parto 
Existem formas naturais e artificiais de aceleração do trabalho de parto. Do lado natural, a caminhada e 
manter-se na posição em pé, bem como os exercícios pélvicos feitos durante a gravidez são os grandes 
aliados de um parto normal mais rápido e com menores complicações. 
Nos hospitais, há alguns procedimentos rotineiramente utilizados. Mas devido a sua ineficácia a gestante 
pode recusá-los: 
- descolamento de membrana: é um procedimento no qual a gestante deita em posição ginecológica (com 
as pernas colocadas em apoios que as mantêm abertas e para o alto) e o médico ou enfermeira coloca um 
ou dois dedos por dentro da área vaginal, com o objetivo de soltar a membrana que recobre o útero, 
fazendo assim com que o corpo seja estimulado a iniciar o trabalho de parto. 
- episiotomia: é o corte do períneo, área que dilata para a passagem do bebê. Não há evidência de que este 
procedimento é necessário. Se o períneo realmente rasgar na passagem da criança, a laceração natural será 
muito menor do que o corte artificial feito com tesoura pelo médico, e portanto a laceração natural sara 
muito mais rapidamente. 
A melhor maneira de evitar a laceração do períneo é praticando os exercícios pélvicos. Eles darão ao 
períneo a elasticidade necessária para alargar o suficiente para a passagem do bebê sem se rasgar no 
processo. 
Saiba mais sobre a abolição da episiotomia em http://www.mulheres.org.br/fiqueamigadela/episiotomia.html 
- rompimento artificial da bolsa. 
Posição do Bebê 
A imagem mais comum de um nascimento através de um parto normal é aquela que mostra a cabeça do 
bebê emergindo do corpo da mãe. 
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Por volta das 36 semanas o bebê procura uma posição mais confortável dentro do útero e se prepara para a 
sua saída. Em muitos casos, senão a maioria, ele se posiciona de cabeça para baixo, e vai aos poucos 
encaixando a sua cabeça no topo do canal vaginal por volta das 36 semanas de gravidez. A sua posição 
pode ser facilmente detectada através da barriga por parteiras com experiência. Na falta do exame da 
barriga, um ultrassom mostrará em que posição o bebê está. 
Entretanto, ao fim de 42 semanas de gestação, nem todos os bebês terão virado completamente. Alguns 
podem estar de lado. Outros, de cabeça para cima. O monitoramento nesta hora é fundamental para que a 
gestante saiba o que fazer. Até o momento em que o trabalho de parto começar é possível tentar métodos 
naturais para que a criança vire e encaixe a cabeça no canal vaginal. Um desses métodos consiste em ficar 
de quatro várias vezes por dias, por quanto tempo for possível. Essa posição alargaria temporariamente o 
espaço uterino e o bebê pode se incentivado a se virar. 
Você pode ficar de quatro com a barriga para baixo ou inclinar-se para frente. Pode ser com mãos e joelhos 
no chão. Pode ser com as mãos apoiadas na cama e joelhos no chão. Mãos na parede em pé, pés afastados 
da parede. Braços cruzados em cima da bola de pilates e joelhos no chão. A equipe de saúde também pode 
ter outras dicas úteis para ajudar. 
Equipes de parto humanizadas possuem conhecimento de uma técnica de versão do bebê. Mas se na hora 
de expulsar o bebê ele ainda se encontrar de cabeça para cima, não é preciso entrar em pânico. É 
perfeitamente possível ter um parto vaginal com bebê em posição pélvica. Neste caso, saem primeiro as 
pernas ou o bumbum do bebê. 
Em alguns casos, uma cesariana é considerada uma opção segura para fazer nascer os bebês que têm os 
seus pés embaixo do bumbum, ou com o pescoço inclinado para trás, ou se a mãe tem alguma outra 
condição médica que ponha a sua vida em risco, como a pré-eclâmpsia severa. 
A pré-eclâmpsia é uma condição detectada através do monitoramento da pressão sanguínea da mãe. 
Significa que ela poder ter eclâmpsia, ou seja, que o canal vaginal está sendo bloqueado de alguma forma. 
Nesses casos, o parto pode ser induzido para que seja acelerado. Pré-eclâmpsia, entretanto, não é 
indicação real de cesárea. Ela é um sinal de que a mãe pode vir a ter eclâmpsia, mas não de que a mãe já 
tem eclâmpsia. 
Em alguns casos, pode ser difícil levar a gravidez até o fim, sendo então recomendada a cirurgia cesariana. 
Mas a Organização Mundial de Saúde tranquiliza: apenas 15% de todas as gestações realmente necessitam 
de uma cesárea (http://super.abril.com.br/saude/brasil-campeao-mundial-cesarianas-447884.shtml). 
No final do guia há uma lista de indicações reais e outra de falsas indicações de cesariana. 
A cirurgia cesárea é um procedimento que salva vidas todos os dias em situações de risco de vida para 
criança e gestante. Mas a cesariana não é recomendada para mulheres em gestação de baixo risco. De fato, 
as pesquisas mais recentes apontam um aumento de óbitos de mães e bebês submetidos às cesarianas 
desnecessárias. Um dos estudos mais completos e atuais pode ser conferido aqui neste link: 
http://www.swissinfo.ch/por/reportagens/Cesariana_eletiva_dobra_risco_de_morte_do_bebe.html? 
cid=7527372 
Embora as cirurgias cesáreas tenham evoluído muito ao longo dos anos e se tornado muito mais seguras, 
elas podem aumentar em três vezes o risco de morte neonatal em parturientes de baixo risco. Na verdade, 
o que acontece é relativamente o mesmo de uma cirurgia plástica. É uma cirurgia que só deve ser feita 
quando há necessidade. Uma cirurgia plástica é necessária quando alguém precisa operar para recuperar 
funções do corpo que se perderam de alguma forma, como em vítimas de queimaduras, em pacientes de 
câncer mamário que perderam o seio, em pessoas que nasceram com lábio leporino. Com a cesariana é a 
mesma coisa. Nos casos em que mãe ou bebê corram perigo de vida, ela é o procedimento correto para 
garantir a sua segurança. Sem a real necessidade, a cesariana aumenta o risco de infecções, o tempo de 
recuperação é muito maior e o procedimento pode até atrasar a descida do leite. 
Lembre-se de que quem deve decidir a vinda do bebê é o próprio bebê. Só ele sabe a hora de nascer. 
35 | P á g i n a
Uma dica para perder o medo de um parto normal é ler o maior número possível de relatos de partos 
naturais. Veja vídeos de parto. E fale com quem teve parto normal ou natural para tirar dúvidas. 
O problema das cesarianas eletivas em gestações de baixo risco é que é possível se enganar, por exemplo, 
quanto à data da última menstruação. A consequência é que a cesariana eletiva pode vir a ser marcada 
numa data muito cedo, provocando um nascimento prematuro do bebê. De fato, estudos recentes 
apontam que o recente aumento de nascimentos prematuros está diretamente relacionado com o 
aumento das cesarianas eletivas. 
Índices alterados que não indicam marcação de cesárea 
Alguns pormenores são frequentemente usados para desestimular um parto normal e a marcação de uma 
cesárea. Fique atenta para razões como: 
Grau de placenta: existem três graus apenas e, no final da gravidez, é normal a placenta estar em grau 3, 
porque isso prova que o bebês está desenvolvido; 
Quantidade de líquido amniótico: no final da gravidez, é normal haver menos líquido amniótico, porque 
isso também prova que o bebê desenvolveu e ocupa mais espaço dentro da bolsa, o que faz sobrar menos 
espaço para o líquido. A oligodramnia severa só é diagnostica quando o índice de líquido amniótico (ILA) é 
menor que 5 cm. 
Batimentos cardíacos fetais (BCF) desregulados, caracterizando sofrimento fetal: pode ser considerado 
normais entre 110 e 180 batimentos por minuto. 
Desproporção céfalo pélvica: geralmente só pode ser diagnosticado durante o expulsivo, se for o caso da 
cabeça do bebê estar encaixada de maneira errada na pelve da mãe, dificultando a sua saída. 
Risco de ruptura uterina em parto após cesárea: esse risco é menor do que 2% e deve ser pesado contra 
fazer uma cesariana de repetição, que é considerada mais perigosa. 
Benefícios do parto normal 
Em contrapartida, alguns benefícios do parto normal que você provavelmente não sabia: 
Para a mãe: Tempo de recuperação mais rápido do que após uma cesariana; menor risco de infecção 
hospitalar; sem intervenções desnecessárias, não há corte; cada parto normal posterior pode ser bem mais 
fácil; a mulher participa ativamente no nascimento do bebê. 
Para o bebê: a passagem pelo canal vaginal “coloniza” o bebê com a flora bacteriana materna, protegendo-o 
de doenças; a passagem estreita também ajuda a retirar o líquido dos pulmões, facilitando a respiração; a 
amamentação pode fluir muito mais facilmente. 
Para o parto hospitalar 
É preciso arrumar duas bolsas para levar para a maternidade ou Casa de Parto: uma para a mãe e outra 
para o bebê. 
A bolsa da mãe deve conter uma camisola com abertura frontal para a amamentação, sutiã para 
amamentação, calcinhas, absorventes de maternidade, protetores de seios, acessórios para tomar banho 
36 | P á g i n a
(xampu, condicionador, sabonete, desodorante, creme facial etc), pente, roupa para saída do hospital. Mas 
nada impede de levar também o seu kit de maquiagem, mais um tocador de música e um livro. 
A bolsa do bebê deve conter no mínimo dois bodies, dois tip-tops, gorro, luvas, manta, um pacote de 
fraldas, creme para assadura, lenços umedecidos, duas ou três fraldas de pano para conter golfadas, 
manta, bichinho de pelúcia. 
Além disso, é preciso providenciar um assento apropriado (bebê conforto) para o bebê ser levado de carro 
para casa. 
Analgesia 
Analgesia é o termo usado para o alívio da dor do parto com medicamentos. Ele só é possível nos partos 
normais hospitalares porque requer a presença de um anestesista. 
A forma de analgesia mais popular é a epidural. Ela permite que a mãe deixe de sentir a dor das contrações 
sem perder a sensação das contrações. De fato, muitas mulheres afirmam que sentiram vontade de fazer 
força estando sob o efeito da epidural. 
A epidural é aplicada nas costas. A mãe é preparada previamente com um tubo nas costas de uma das 
mãos. Quando a equipe estiver pronta, pede-se à mãe que se sente e se curve ligeiramente para frente. Ela 
tem de ficar absolutamente parada durante o procedimento para não se machucar. Ela pode receber doses 
intervaladas ou contínuas do medicamento. As doses intervaladas permitem que a mãe recuse uma nova 
dose a qualquer momento, enquanto que a dose contínua é renovada sem muitas interferências até o 
momento do nascimento e da expulsão da placenta, conforme o desejo da mãe. As doses intervaladas 
podem durar de meia hora a 40 minutos em média. 
Dilatação Completa 
O próximo estágio do parto é o que se chama de expulsivo. É quando a mulher tem dilatação completa de 
10 cm e pode durar entre alguns minutos e algumas horas. Filhos subsequentes tendem a ser mais rápidos. 
A equipe de assistência ao parto poderá lhe mostrar através do toque vaginal a sua dilatação. Você mesma 
vai começar a sentir o impulso de fazer força. Se estiver na dúvida, peça a orientação do profissional que a 
assiste. Ele também poderá te dizer quando você pode se entregar à tarefa de trazer seu filho ao mundo. 
As contrações nessa fase são muito fortes. É preciso se concentrar nelas. Quando o trabalho de parto evolui 
normalmente, você poderá sentir vontade de fazer força. Nessa hora, procure encontrar a melhor posição 
possível (em pé, na cadeira de parto, de quatro), espere pela próxima contração e faça força para expulsar 
por três vezes, prendendo a respiração. A cada vez que faça força, inspire novamente. Tente não prender o 
ar por muito tempo. 
Você pode começar a sentir o coroamento, que é o surgimento da cabeça do bebê na saída do canal 
vaginal. O coroamento pode causar uma sensação de queimação durante a sua duração. Você já deve 
conseguir sentir a cabeça do bebê com as mãos. Geralmente, é possível fazer um descanso de alguns 
segundos quando a cabeça terminar de sair. 
Depois que a cabeça do bebê sai você tem que fazer força novamente para a saída dos ombros. O bebê, 
agora, pode já estar de lado, virado de cara para uma perna. Com as próximas contrações faça força para 
que o bebê termine de descer o canal. Quando ele sair, a sua equipe de assistência o examinará 
brevemente. Se for esse o seu desejo, peça que o bebê seja colocado imediatamente sobre o seu peito. 
Algumas vezes, porém, a mulher tem dilatação total, mas há algum impedimento para a criança sair 
normalmente. Quando o bebê precisa de um pouco de ajuda para nascer, o ginecologista obstetra auxilia a 
sua saída com algum procedimento, como o fórceps ou o vácuo extrator. 
37 | P á g i n a
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Guia completo para gestação saudável

  • 1.
  • 2. 2ª Edição Mais ilustrações, mais explicações Pesquisa e Texto: Andreia Nobre Gravidez não é Doença facebook.com/gravideznaoedoenca Revisão e Diagramação: Dani Fressato Humanize-se facebook.com/humanizesse 2 | P á g i n a
  • 3. PREFÁCIO Primeiramente uma pequena introdução sobre a razão desse guia. Tive dois partos normais em ambiente hospitalar e descobri que eu poderia ter ido mais além. Que eu poderia ter feito mais. Que poderia ter sido ainda melhor. Foram poucas intervenções, mas poderia não ter sido nenhuma. Então comecei a estudar a fundo a questão, a pesquisar e a falar com outras mães, e descobri que só com informação é possível fazê-lo. Por isso, relato aqui todos os passos que são possíveis traçar para uma gestação tranquila e um parto memorável. O medo de um parto via vaginal pode ser grande, mas é facilmente combatido com informação. A tentante ou gestante que se informou corretamente sobre o assunto é conhecida como “empoderada”. Dica: use esse guia para conhecer os principais assuntos. Caso tenha interesse em se aprofundar no tema, indico alguns sites no decorrer da leitura. No final há uma lista de vários outros sites que você pode consultar sempre que surgirem outras dúvidas e que não foram contempladas aqui por puro esquecimento da mãe. É verdade, essa é a sua primeira lição: a mãe fica bem esquecida durante a gravidez! Mas não se preocupe, a sua memória vai voltar ao normal eventualmente após o nascimento do bebê. Depois da lista de sites, há uma compilação de razões reais para se realizar uma cirurgia cesariana e outra de falsas indicações, bem como um Plano de Parto para você imprimir e preencher. Um agradecimento a todas as mães que compartilharam as suas histórias comigo. Um especial obrigada à doula Gabryelle Patriota (https://www.facebook.com/GabyPatrioa) pelas dicas e paciência. Boa leitura e bom empoderamento! Fique à vontade para distribuir e imprimir esse guia para fins educativos e não comerciais. Para reproduções do conteúdo na internet, favor citar a fonte. 3 | P á g i n a
  • 4. ÍNDICE De Mãe para Mãe: o que você precisa saber para Gerar O Sistema Reprodutor Feminino 6 A Ovulação 6 Potencializando suas Chances de Engravidar 7 Verificando a Fertilidade do Casal 7 O Ciclo Menstrual e a Fecundação 7 Menino ou Menina? 8 Como Detectar uma Gravidez 8 De Mãe para Mãe: o que você precisa saber para Gestar Primeiro Trimestre Exames de Sangue, Urina e Fezes 9 Exames Ultrassonográficos 9 O Enjoo 9 Medicamentos 10 Alimentos 10 Outras Substâncias 10 Cuidados com a Pele 10 Exercícios 11 Exercícios Pélvicos 11 Vestuário 13 Irmãos mais velhos 13 Curiosidades do Primeiro Trimestre 14 Confira a tabela dos meses 15 Classificação da Idade Gestacional 15 Segundo Trimestre Exame de Diabetes Gestacional 16 Exame Ultrassonográfico 16 Segurança da Gestante 17 Algumas Dicas 17 O Berço 17 As Roupas 18 As Fraldas 18 O Kit de Beleza 19 A Alimentação 19 O Aleitamento 19 Outros Acessórios 19 Organize o Chá de Bebê/Fraldas/Bençãos 20 Curiosidade Sobre o Segundo Trimestre 20 Terceiro Trimestre Exame do Streptococo B 21 Curiosidades Sobre o Terceiro Trimestre 21 De Mãe para Mãe: o que você precisa saber para Parir Conheça algumas Expressões sobre Partos 22 Parto Natural 22 Parto Normal 22 Cesárea ou Cesariana 23 Parto Humanizado 23 Parto Domiciliar 23 Parto Hospitalar 23 O Trabalho de Parto 24 Quando e Como Começa o Trabalho de Parto 24 Por que esperar o trabalho de parto ocorrer naturalmente? 24 O Pré-Parto 25 4 | P á g i n a
  • 5. Ondas do Parto 25 Rompimento da Bolsa 26 Tampão Mucoso 27 Durante o pré-parto 27 Induzir naturalmente o parto 28 Ocitocina sintética 28 Você sabe o que é uma contração? 29 O Início do Trabalho de Parto 29 O exame de toque 30 Sobre a dor do parto 32 Você está preparada para parir? 32 Movimente-se durante o trabalho de parto 33 Outras Formas de Indução e Aceleração do Parto 34 Posição do Bebê 34 Índices alterados que não indicam marcação de cesárea 35 Benefícios do parto normal 36 Para o parto hospitalar 36 Analgesia 37 Dilatação Completa 37 Expulsão da Placenta 37 Os Primeiros Momentos do Bebê 40 De Mãe para Mãe: o que você precisa saber para Maternar Teoria da Extero-Gestação 41 Maternagem Amamentação 43 Mamadeira 44 Arroto 44 Chupeta 45 Andador e Cadeirinhas 45 Como pegar o Bebê 45 Conforto 46 Rotina 46 Sono 46 Vestir o Bebê 47 Saídas 48 Cordão Umbilical 48 Banho 48 Fralda 49 Outros Cuidados com os bebês 49 Segurança do bebê 50 O quarto Montessoriano 50 Vacinação 51 Alimentação 51 Desenvolviento do bebê: tabela de curva de crescimento 52 Saltos de desenvolvimento 52 Cuidados com a mãe 53 Sites Recomendados 57 Modelo de Plano de Parto 58 Lei do Acompanhante no Parto 60 Direitos da Gestante Conforme a OMS 60 Indicações Reais de Cesárea 61 Diagnóstico Equivocado para Cesárea 61 Situações Especiais para ser Analisadas Caso a Caso 61 Casos Onde Não Há Indicação de Cesárea 61 5 | P á g i n a
  • 6. DE MÃE PARA MÃE: O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA GERAR Você decidiu engravidar? Comece então a se tornar o mais saudável possível. Se houver sobrepeso, procure perder alguns quilos. Se estiver muito magra, tente não fazer muita dieta. O sobrepeso ou a magreza excessiva podem desregular a menstruação e, consequentemente, a ovulação. O Sistema Reprodutor Feminino A Ovulação A ovulação é o processo pelo qual os ovos femininos amadurecem nos ovários, tornando-se óvulos. A cada ciclo menstrual, um ovo amadurece e se torna óvulo. Depois deste amadurecimento ele é liberado, chega à trompa e desce por ela até atingir o útero. Se o ovo não amadurece, não há ovulação. Neste caso, o ovo fica preso no ovário. No ciclo seguinte, outro ovo pode também ficar preso. E assim, ciclo após ciclo, vários ovos presos passam a ser chamados de cistos, acarretando na Síndrome do Ovário Policístico, um problema comum entre as mulheres. O sobrepeso ou a magreza podem influenciar no processo de amadurecimento dos ovos. Qual a importância disso? A fecundação só ocorre na descida do óvulo até o útero, na trompa. Se o óvulo não é liberado, não poderá ser fecundado. A fecundação ocorre quando um espermatozoide alcança um óvulo durante a sua descida pela trompa. Se não há fecundação, o óvulo atinge o útero, envelhece e morre. 6 | P á g i n a
  • 7. Potencializando as suas Chances de Engravidar Engravidar pode não acontecer na primeira tentativa e isso é absolutamente normal. Casais férteis podem demorar um ano até conseguir conceber sem que haja problema de infertilidade. A fertilidade pode ser afetada de várias maneiras: ansiedade, uso excessivo de certas substâncias como cafeína, tabaco e álcool. Mas também pode ser melhorada de maneira natural. A primeira tarefa dos pais é se tornar mais saudáveis: dieta equilibrada, exercícios e boas conexões pessoais são a chave para engravidar mais rapidamente. Se possível, três meses antes de tentar engravidar, o casal deve incluir na sua dieta alimentar os vegetais verdes escuros, como espinafre, ervilha e alface. Eles são ricos em ácido fólico, uma substância que favorece o desenvolvimento celular. O ácido fólico pode tornar os óvulos e os espermatozoides mais “atraentes”. Consulte também http://www.ficargravida.com/2012/06/suplemento-acido-folico-gravidez.html Verificando a Fertilidade do Casal - Os testes de fertilidade caseiros são parecidos com os testes de gravidez de farmácia. Podem ser adquiridos até pela internet e detectam a fertilidade com uma amostra de urina. - Os testes de ovulação também funcionam como os testes de gravidez de farmácia e podem dizer exatamente o dia em que a mulher está ovulando. - Verificação da temperatura corporal: a mulher pode ter temperatura corporal ligeiramente maior durante o seu período fértil. - Observação do muco vaginal: durante o período fértil é comum o muco vaginal ser mais fino e transparente, como uma clara de ovo. O Ciclo Menstrual e a Fecundação Depois de tomar atitudes para se tornar mais saudáveis, é hora de partir para os cálculos. É divertido fazer tudo sem pensar muito, mas também pode ser interessante saber exatamente como ocorre a fecundação. Um ciclo menstrual regular dura em média entre 26 e 32 dias. Inicia-se com o primeiro dia da última menstruação e termina no dia anterior da menstruação seguinte. Algumas mulheres, no entanto, podem ter ciclos regulares com outros intervalos. O importante é saber se a mulher ovula, isto é, se os seus ovos amadurecem e são expelidos pelos ovários para que o espermatozoide possa fecundar o óvulo. A ovulação ocorre aproximadamente entre 9 e 16 dias após o primeiro dia da última menstruação. Portanto, se uma mulher menstruou no dia 1º de janeiro, por exemplo, ela pode ovular a partir do dia 9 de janeiro. Cada mulher, em cada ciclo, ovula em tempos diferentes. O que parece ser uma uniformidade maior é a duração do período menstrual após a ovulação. Geralmente a mulher volta a menstruar entre 14 e 16 dias após a ovulação. É bom saber que ciclo menstrual regular não é sinal de fertilidade, assim como um ciclo menstrual irregular não significa infertilidade. Para facilitar a fecundação, mantenha relações sexuais todos os dias do seu período fértil (entre 9 e 16 dias a partir do primeiro dia da última menstruação). 7 | P á g i n a
  • 8. Alguns especialistas também recomendam posições especiais para a hora da concepção. As mais populares são as que deixam a gravidade auxiliar a caminhada do esperma até as trompas, com a mulher deitada e o homem por cima. Depois da ejaculação, recomenda-se que a mulher permaneça deitada com um travesseiro debaixo do bumbum e com as pernas para cima por meia hora. Esta posição facilita a descida do esperma, e consequentemente a fecundação. Menino ou Menina? Alguns afirmam que é possível escolher o sexo do bebê. Os espermatozoides com gameta masculino, que darão origem a um feto menino, são mais ágeis e rápidos, e após a ejaculação são os primeiros a chegar ao óvulo. Em compensação, podem morrer mais rápido. Eles têm uma vida média de não muito mais do que 8 horas. Já os espermatozoides com gameta feminino, que darão origem a um feto menina, são mais lentos e mais resistentes. Eles podem sobreviver até 24 horas dentro do corpo da mulher. Então, a dica é ter relações no dia exato da ovulação para aumentar as chances de ter meninos, e ter relações nos dias anteriores à ovulação para ter meninas. Como Detectar uma Gravidez É hora de tentar descobrir se a tentativa de engravidar deu certo. O melhor indicativo de gravidez é, sem dúvida, a ausência de período menstrual. Outros sinais de gravidez: vontade mais frequente de urinar; enjoos; cansaço inexplicado; irritabilidade; inchaço; seios maiores, enrijecidos e sensíveis ao toque; maior sede e fome; dor de cabeça; cólicas leves sem período menstrual. Se seu período não veio e se você tiver cólicas mais leves que o normal, é possível que você esteja grávida. Esta cólica leve pode ser resultado da nidação (implante do óvulo fecundado na parede uterina); ela é absolutamente normal a muitas mulheres. Quando a mulher engravida, uma série de hormônios é liberada no seu corpo e um deles (a gonadotrofina coriônica) pode ser detectado na urina (testes de farmácia) ou no sangue (exame laboratorial). Testes caseiros de urina podem ser adquiridos na internet ou em farmácias e alguns conseguem detectar a gravidez após o 3º dia de atraso menstrual. Um exame de farmácia negativo pode significar que a quantidade de hormônio liberado na urina é ainda insuficiente, não sendo possível detectá-lo. Neste caso, um novo teste deverá ser realizado após uma semana de ausência de período. Os testes de farmácia não são 100% confiáveis porque comumente podem dar resultados falsos-negativo e falsos-positivo. Na dúvida, faça um exame de sangue (b-HCG). Este exame pode ter caráter qualitativo (positivo ou negativo) ou quantitativo (indica os valores hormonais no sangue). O exame de sangue fornece um resultado absolutamente seguro 8 a 10 dias após a possível fecundação. 8 | P á g i n a
  • 9. DE MÃE PARA MÃE: O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA GESTAR Primeiro Trimestre Após a confirmação da gravidez, é hora de tomar determinados cuidados. Há uma série de providências a serem tomadas. A maioria dos países recomenda que a gestante tome um complemento de ácido fólico nas 12 primeiras semanas de gravidez. Existem também multivitamínicos especialmente desenvolvidos para gestantes. Eles são ricos em ácido fólico e ferro e reduzidos em vitamina A. Confira mais esse artigo: http://bebe.abril.com.br/materia/primeiro-trimestre-invista-em-ferro-e-acido-folico O tempo de gestação deve ser calculado com base no primeiro dia da última menstruação. Por exemplo, se a mulher menstruou no dia 1º de janeiro, esse dia é contado como o primeiro dia da gravidez, independente da data de fecundação. Com base no primeiro dia de gravidez, calcula-se a data provável do parto (dpp), estipulada em 40 semanas. Exames de Sangue, Urina e Fezes Quando a gravidez é constatada, o ginecologista-obstetra ou a enfermeira obstétrica solicita alguns exames laboratoriais. Além do hemograma e glicemia de jejum, avalia-se o tipo sanguíneo, fator Rh, presença do vírus da AIDS e de anticorpos que indicam se a mãe já teve doenças que durante a gravidez podem comprometer a formação do bebê, como rubéola, hepatite B, citomegalovírus, toxoplasmose e sífilis. Exames de urina e de fezes detectam infecções urinárias e parasitoses. Exames Ultrassonográficos No primeiro trimestre, a maioria das mulheres pode fazer dois ultrassons: o primeiro até a 8ª semana e o segundo entre a 11ª e a 13ª semana. Ambos são feitos por via endovaginal. Este procedimento pode causar um certo desconforto à gestante, mas não é dolorido. O primeiro não tem grande importância e pode até ser deixado de lado. Nele é possível constatar apenas que existe a gravidez e se ela não é ectópica, ou seja, que o feto não se alojou fora do útero. O ultrassom realizado entre a 11ª e a 13ª semana é conhecido Translucência Nucal. Deve ser feito obrigatoriamente entre estas semanas de gestação para detectar o risco de o bebê ter uma alteração cromossômica, más formações ou alguma síndrome genética. Neste período o bebê já possui aparência humana e todos os seus órgãos já estão formados. O Enjoo A maioria das mulheres enjoa. E o enjoo pode ser acompanhado de azia. O enjoo pode começar a ficar mais forte a partir do segundo mês de gravidez. Pode desaparecer a partir da 12ª semana ou permanecer durante toda a gestação. 9 | P á g i n a
  • 10. Algumas coisas podem ser feitas para aliviar o desconforto: caminhadas ou exercícios moderados, chupar limão com uma pitada de sal e fazer lanches leves (biscoitos cream cracker, bolachas de arroz, nozes, amêndoas e amendoins) Os alimentos secos ajudam a aliviar o desconforto sem calorias adicionais. Em caso de enjoos mais severos, o médico poderá receitar remédios seguros para a gestante. Medicamentos A gestante deve evitar qualquer remédio sem recomendação e orientação médica. Até mesmo o uso do paracetamol e do soro fisiológico devem ser usados com cautela. Este site do governo faz um alerta: http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/04/22/durante-a-gravidez- cuidado-com-uso-de-remedios-deve-ser-redobrado Alimentos A alimentação da gestante também deve mudar para acomodar as exigências que seu bebê vai fazer. A recomendação é aumentar a dose diária de 1200 calorias para 1500. Deve-se comer normalmente, e não é preciso comer por dois. Alimentos ricos em ferro como o feijão, os vegetais verdes escuros e os frutos secos devem passar a fazer parte da dieta diária. É preciso ficar atenta à gordura, sal e açúcar em excesso. Sobrepeso na gravidez pode levar à diabetes gestacional. Este artigo possui mais informações: http://brasil.babycenter.com/a700349/diabete-gestacional Alguns alimentos não são recomendados durante a gravidez: queijos não pasteurizados (os azuis, brie, queijo de cabra), gema de ovo cru, carne mal passada ou crua e patês, presunto, fígado e lanches de rua. Recomenda-se não consumir qualquer alimento de procedência e/ou manipulação duvidosa. A gestante deve ainda cuidar com a quantidade de sal, açúcar, e pimenta consumidos. O sal pode aumentar as chances de inchaço no corpo por reter líquidos, e o açúcar pode contribuir com o aumento indesejado de peso (normalmente entre 12 e 20 quilos). A pimenta pode ser usada com moderação, mas pode causar azia. A cafeína também deve ser evitada, pois pode afetar o peso do bebê de forma negativa. A cafeína pode ser encontrada no café, no chá-mate, no chocolate e nos refrigerantes. Bebidas alcoólicas não devem ser consumidas durante a gestação e amamentação! Outras Substâncias Não é recomendado usar tinturas de cabelo à base de amônia. Dê preferência às tinturas feitas de produtos naturais. Produtos de limpeza com cheiro muito forte como a creolina e a água sanitária também devem ser usados com cuidado. Se possível, com luvas para evitar o contato com a pele. Gestantes devem evitar fumar e estar próximos a fumantes ativos. O tabaco é nocivo a sua saúde e à saúde do bebê. Cuidados com a Pele A pele da gestante é bastante sensível. A gestante poderá usar seu creme hidratante normalmente, inclusive seu creme facial, mas deverá evitar o uso de exfoliantes durante a gravidez. A grávida pode ter uma aparência bastante diferente durante a gravidez. O rosto pode ficar vermelho ou inchado. Para a barriga que vai crescer, recomenda-se óleo corporal e um creme anti-estrias. O óleo de amêndoas e de rosa mosqueta são bastante conhecidos, pois evitam o aparecimento de estrias. 10 | P á g i n a
  • 11. Pode ser difícil usar anéis e sapatos de salto alto, por causa do inchaço devido à retenção de líquidos. Exercícios É necessário evitar exercícios de alto impacto durante toda a gestação, principalmente os que podem fazer a grávida cair. Ciclismo, por exemplo, pode ser feito com moderação até o sexto mês. O problema não é a posição, mas a possibilidade de queda. Portanto, andar na rua de bicicleta não é recomendado, mas fazer exercício na bicicleta ergométrica pode! Exercícios Pélvicos “Entendendo o que são os músculos do assoalho pélvico Esses músculos estão localizados na região entre as pernas, a partir do osso púbico na frente até a base da espinha nas costas. Eles ajudam a sustentar a bexiga, o útero e o intestino, e a controlar os músculos que fecham o ânus, a vagina e a uretra. Quando estão fracos ou afetados de alguma forma, como em consequência do parto, por exemplo, eles não fazem seu trabalho de forma eficiente, chegando a causar incontinência urinária, redução no prazer sexual e prolapso ("queda" ou saída do lugar de algum órgão). Quem sofre da chamada incontinência de esforço pode deixar escapar um pouco de xixi ao tossir, dar risada ou fazer exercícios. Estima-se que até 25 por cento das mães de primeira viagem sofram desse tipo de incontinência. De que forma os exercícios pélvicos podem ajudar? Estes exercícios fortalecem os músculos para que eles voltem a funcionar bem. Quanto mais trabalhados, mais fortes eles ficarão. Músculos do assoalho pélvico fortes dão melhor apoio ao peso extra da gravidez, ajudam no segundo estágio do trabalho de parto e, ao aumentar a circulação, auxiliam na recuperação do períneo (área entre a vagina e o ânus) após o nascimento do bebê por parto normal. Quando feitos regularmente, esses exercícios ajudam a prevenir a manifestação da incontinência urinária e do prolapso. Outro benefício para as mulheres é que, quando os músculos do assoalho pélvico estão fortalecidos, há maior chance de se chegar ao orgasmo e de ter uma vida sexual mais satisfatória. Como saberei quais são os músculos do assoalho pélvico? Imagine estar, simultaneamente, tentando impedir um pum e o fluxo de urina (depois de já ter começado). Pode parecer fácil, mas para funcionar, você tem que fazer os exercícios sem encolher a barriga, apertar as pernas uma contra a outra, enrijecer o bumbum, prender a respiração. Ou seja, somente os músculos do assoalho pélvico devem ser trabalhados. Assim como as crianças aprendem a piscar com um olho só usando todos os músculos faciais no começo, você pode achar um tanto difícil usar os músculos pélvicos isoladamente. Mas saiba que, com a prática, fica mais fácil. No início, coloque a mão no abdome ao praticar, para se assegurar de que ele está relaxado. Se estiver na dúvida de que está fazendo o exercício corretamente, você pode tentar o seguinte (desde que não haja contraindicação e você já tenha se recuperado do parto): coloque um ou dois dedos limpos na vagina quando estiver tomando banho e tente fazer o exercício - você deverá sentir uma leve compressão. Outra possibilidade é contrair os músculos durante a relação sexual e perguntar para seu parceiro se ele 11 | P á g i n a
  • 12. sentiu alguma coisa (se o exercício estiver correto, ele sentirá como se você tivesse "abraçado" o pênis dele). É bem provável, aliás, que ele goste. Quando posso fazer os exercícios? Você pode praticar de pé, sentada ou deitada, mesmo quando estiver no meio das tarefas do dia-a-dia, como escovando os dentes, falando no telefone ou trabalhando no computador. Veja como: Contraia os músculos do ânus e da vagina como se estivesse tentando não ir ao banheiro. Contraia e relaxe os músculos três vezes. Mantenha-os contraídos, mas continue respirando! Relaxe. Ao voltar à posição normal, empurre os músculos para fora (este último movimento poderá ajudá-la a fazer a força necessária na hora do parto e evitar lacerações). A seguir, contraia o assoalho pélvico novamente.Repita os exercícios várias vezes ao dia. Agora tente fazer os exercícios de forma lenta e rápida. Primeiro deite, fique de pé ou sente com os joelhos ligeiramente afastados. Depois, siga as instruções abaixo: Exercícios pélvicos lentos: Vagarosamente, contraia e puxe para cima os músculos do assoalho pélvico o mais forte que conseguir. Mantenha-os assim pelo maior tempo possível e depois relaxe aos poucos. Exercícios pélvicos rápidos: Contraia e relaxe os músculos imediatamente. Repita os exercícios cinco vezes ou até que esteja cansada. À medida que os músculos ficam mais fortes, a contração pode ser mantida por mais tempo e a quantidade de repetições pode ser maior. Após algumas semanas, já será possível notar a diferença, mas, para que os músculos tenham força total, você terá que exercitá-los regularmente por meses. Qual a frequência dos exercícios? Isso varia muito, dependendo de quão enfraquecidos eles estão, mas tente fazer 50 por dia e vá aumentando, ao longo de algumas semanas, até chegar a 120 diários. Para ver como andam os músculos, tente interromper o fluxo do xixi no meio (mas não faça isso com a primeira urina do dia). Uma vez que seus músculos pélvicos tenham se fortalecido, é importante manter os exercícios pelo menos por duas ou três vezes ao dia pelo resto de sua vida. Outras coisas que podem ajudar Use os músculos do assoalho pélvico quando tiver receio de que urina poderá escapar - antes de levantar algum peso ou de tossir. Gradualmente, seu controle vai aumentar. Não faça abdominais com as pernas completamente estendidas e também não levante as duas pernas ao mesmo tempo nesse tipo de exercício, o que coloca forte pressão no assoalho pélvico e nas costas. Beba líquidos quando estiver com sede e não vá ao banheiro só "por ir"; faça xixi somente quando sentir que a bexiga está cheia. Fique de olho no peso, porque quilos a mais sobrecarregam os músculos do assoalho pélvico. Caso você faça parte dos 25 por cento de mamães de primeira viagem que ainda sofrem de incontinência urinária de esforço três meses após o parto, converse com seu médico, que poderá decidir se vale a pena consultar um especialista. Resumindo: Durante toda a gravidez, a gestante deve praticar exercícios na região pélvica para que o períneo (pele que cobre a área que vai se dilatar durante o trabalho de parto, localizada entre a vagina e o ânus) ganhe elasticidade. 12 | P á g i n a
  • 13. Os exercícios pélvicos são fundamentais para que o períneo não lacere durante a passagem do bebê pelo canal vaginal. E caso lacere, o músculo estará preparado para retornar ao estado original com mais facilidade. Não é preciso parar de trabalhar ou sequer reservar uma grande parte do dia para se praticar os exercícios pélvicos. Eles podem ser realizados rapidamente e nas mais variadas posições e situações. Procure praticá-los sempre que se lembrar. Tente fazer 3 séries de cada tipo de exercício pélvico diariamente. - Aperte a região vaginal como se estivesse tentando segurar a saída de urina. Segure por 5 segundos e solte. Descanse por 5 segundos. Repita esse procedimento mais quatro vezes. Com o passar do tempo, você vai notar que você será capaz de segurar por até 10 segundos. O objetivo é conseguir chegar a esse tempo gradualmente. A cada semana, tente segurar por um segundo a mais. Você pode até conseguir segurar por 12 ou 15 segundos com muita prática. - Aperte por um segundo e solte por um segundo. Faça esses movimentos cinco vezes. Descanse 5 segundos e faça tudo de novo mais quatro vezes. Com o tempo, aumente o número de vezes até conseguir fazer 10 movimentos a cada série. Importante: para que o movimente tenha o efeito desejado, procure segurar apenas a região vaginal, sem prender a respiração e sem prender junto às nádegas durante o movimento. Esses exercícios podem ser praticados até mesmo quando estiver sentada no trabalho, em uma sala de espera ou de pé em uma fila, esperando pelo transporte público, no banco etc. - A Massagem Perineal A massagem perineal também é uma alternativa eficaz para se prevenir lacerações do períneo durante a saída do bebê. Faça depois do banho usando um óleo vegetal puro ou lubrificante. Lave as mãos, esfregue o lubrificante ou óleo, fique de cócoras contra uma parede e coloque os polegares na abertura da vagina, pressionando para baixo, durante um período de 5 minutos. Mova os dedos de um lado para outro até sentir um formigamento. A massagem pode ser feita a partir da 34ª semana de gestação. Assista a um vídeo explicativo em http://www.youtube.com/watch?v=rd3t0jm9ez4&feature=youtu.be Vestuário Apesar do aumento de peso repentino também ser um sinal de gravidez, não há razão para comprar roupa de maternidade assim que se descobre estar grávida. O que você deve lembrar é que você pode vir a vestir dois números acima do seu até o final da gravidez. O seu sutiã também pode subir dois tamanhos tanto pelo volume dos seios como pelo diâmetro maior à volta do corpo. Dê preferência a calças leggings (um ou dois tamanhos acima do peso anterior à descoberta da gravidez) e qualquer blusa ou vestido com transpasse ou abotoamento frontal. Calças próprias para gravidez podem ser usadas desde quando a gravidez for detectada, já que as calças normais vão começar a ficar apertadas logo no 2º ou 3º mês, e provavelmente durante quase todo o primeiro ano da criança. Irmãos Mais Velhos Quando a família está para aumentar é preciso contar a novidade aos filhos, que devem ser as primeiras pessoas saber da sua gestação. Assim, eles se sentirão parte do processo. Explique a eles o que está acontecendo com você. Que você estará mais cansada, que a sua barriga vai crescer, que vocês poderão 13 | P á g i n a
  • 14. sentir o bebê mexendo na barriga. Mas, principalmente, explique desde o começo e reforce mais no final da gestação o que vai acontecer quando você entrar em trabalho de parto para que crianças pequenas, por exemplo, não se assustem. Fale do processo de nascer, de como seu corpo vai trabalhar para trazer uma criança ao mundo e no que os seus filhos poderão te ajudar. Num parto domiciliar, as crianças podem seguir instruções como pegar um copo d'água para a mãe, segurar uma toalha, ligar um aparelho de som e tudo o que elas quiserem ajudar. Além disso, você pode incentivar a criação de laços de amizades entre os irmãos desde cedo. No terceiro trimestre ofereça aos seus filhos a chance de comprar ou fazer um presente para o novo bebê, e compre também ou arranje um presente para os filhos existentes, dizendo a eles que esse presente veio do bebê. Nos partos hospitalares, é comum a criança que ficou em casa se sentir um pouco abandonada. Uma boa dica para superar esse sentimento é avisar quando estiver para chegar em casa. Quando abrir a porta, a mãe deve estar com os braços livres (deixe o bebê com quem estiver te acompanhando por uns minutos) para que os filhos saibam que você ainda os ama. Pode parecer exagero, mas esse tipo de ansiedade é bastante comum nas crianças a partir de um ano de idade. Curiosidades sobre o Primeiro Trimestre O primeiro trimestre requer bastante da mulher, portanto faça as suas caminhadas, mas descanse também. Escalda-pés e ficar com os pés para cima são boas recomendações para pés inchados. O risco de aborto espontâneo é relativamente alto, principalmente até aproximadamente a 16ª semana de gestação. Depois disso, a probabilidade do aborto natural diminui a cada nova semana de gestação. Conheça o que pode acontecer em um aborto espontâneo em http://delas.ig.com.br/filhos/aborto-espontaneo- luto-no-primeiro-trimestre/n1237562954557.html Não existe correlação entre fazer sexo e aborto espontâneo. É possível ter relações com o parceiro até o fim da gravidez sem que o bebê corra riscos, salvo alguma recomendação médica. A crença popular diz que fazer sexo durante a gravidez também ajuda a esticar o períneo, evitando assim que ele lacere. É possível menstruar ou sangrar mesmo estando grávida e levar a gravidez até o fim. Sangramentos leves são comuns no 1º trimestre. O primeiro sinal de perigo é quando o sangramento vem em grande quantidade e é acompanhado de cólica ou dor forte. Com 4 semanas de gestação, seu bebê é do tamanho do ponto final desta frase. O coração do bebê começa a bater a partir da 7ª semana. É o primeiro órgão a se formar. A partir da 8ª semana, o bebê já consegue ouvir a mãe e se movimentar. Conversar com o bebê pode ser relaxante para mãe e filho. Também é uma boa ideia colocar música para o bebê ouvir. Pode ser qualquer coisa que a própria mãe ou pai gostarem, ou também música relaxante, clássica, etc. Curiosa para saber que aparência tem o seu bebê? Existem sites com calendários de gravidez semana a semana onde você pode encontrar informações úteis como o tamanho, peso e o estágio de desenvolvimento aproximado de cada fase de vida uterina. No final desse guia há uma lista desses sites. Você pode também calcular sozinha o seu tempo de gestação. Vá em http://brasil.babycenter.com/calculadora-da-gravidez e siga as instruções. 14 | P á g i n a
  • 15. Confira a tabela dos meses: Classificação de Idade Gestacional A prematuridade é algo que pode acontecer naturalmente, mas que deve ser evitada sempre que possível. Confira na tabela abaixo a época em que um bebê é considerado a termo, ou seja, pronto para nascer, ou prematuro: 15 | P á g i n a
  • 16. DE MÃE PARA MÃE: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA GESTAR Segundo Trimestre O segundo trimestre é tido geralmente com a melhor fase da gravidez para a mãe. O risco de aborto espontâneo é reduzido e a mulher se sente mais bem-disposta com o fim do cansaço e dos enjoos. Também é o tempo ideal para longas noites de sono. Se for possível, aproveite para descansar um pouco durante a tarde. Uma soneca de meia hora pode ser revigorante. Exercícios moderados devem ser mantidos durante toda a gestação, mas sem exagero. Se ficar com falta de ar, pare e descanse. O esforço físico excessivo pode causar câimbras, inchaço nas extremidades e dor na coluna. A gravidez também pode causar dores de cabeça, azia, falta de ar e desconforto ao sentar. Todos esses sintomas podem ser aliviados com exercício moderado e descanso. Pernas para cima aliviam o inchaço. Banhos de banheira ou chuveiradas aliviam a pressão geral que o corpo tem que aguentar. Afinal, gerar uma vida requer esforço do corpo da mãe. Sentar em uma bola de ginástica alivia a dor na coluna. Toda mulher é diferente e cada gravidez é única, portanto se essa não é sua primeira gestação procure olhar todos os sinais, mas controle a ansiedade. Exame de Diabetes Gestacional Por volta da 24ª semana faz-se um exame de sangue para avaliar o nível de glicose no sangue. Se o resultado der alterado, recomenda-se um exame mais completo, com sobrecarga de açúcar. Exame Ultrassonográfico A partir da 20ª semana a gestante pode fazer a Ultrassonografia Morfológica. Este exame pode detectar várias doenças. Ele capta bons resultados até 24ª semana. A mãe pode ver com maior definição o seu bebê em desenvolvimento. O médico poderá dizer o tamanho aproximado do bebê, o ritmo dos batimentos cardíacos e verificar o desenvolvimento geral do feto. O ultrassom morfológico é feito com a aplicação de um gel na barriga da mãe para facilitar o deslizamento do ponteiro que a radiologista encosta na pele da gestante. A pressão feita na barriga pode ser um pouco desconfortável, mas não é dolorida. Os ultrassons são importantes para se rastrear o desenvolvimento fetal e até ajudar a calcular a data provável para o parto (DPP), mas não se deve fazer uso excessivo dele. Há indicações de que muitos exames são prejudiciais ao feto. 16 | P á g i n a
  • 17. ultrassom morfológico Saiba mais aqui: http://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Saude/noticia/2013/12/ultrassom-morfologico-entenda-esse-exame-na- gravidez.html Segurança da Gestante Você sabe a maneira correta de andar de carro quando se está grávida? A gestante deve colocar o cinto abaixo da barriga, conforme mostra a figura: Algumas Dicas O segundo trimestre também é uma boa hora para contar sobre a gestação aos familiares e amigos, e também para começar a organizar o enxoval do bebê. Os bebês precisam ser protegidos do frio e do calor excessivo, ter um local seguro para dormir e ser alimentados. O Berço Muitas são as opções atuais. Algumas sugestões são os cestos, que são bastante aconchegantes para um recém-nascido pois tendem a ajudar a imitar a segurança do útero. A cama compartilhada Compartilhar a cama dos pais é uma alternativa simples e eficiente para a amamentação exclusiva. Uma solução mais cara e nem sempre disponível são os berços encaixáveis de cama. Eles ficam na altura da cama dos pais e permitem que a família durma bem próxima, oferecendo, ao mesmo tempo, segurança e conforto ao bebê. Quem optar por comprar apenas o berço grande, que a criança vai usar até os dois anos aproximadamente, pode usar uma solução simples: tire uma das grades, coloque um tapete debaixo do berço e encoste na cama dos pais, com o fundo da cama na posição mais alta para emparelhar com o colchão da cama dos adultos. Assim, você terá os benefícios do berço encaixável sem precisar comprar dois berços ao mesmo tempo. O colchão do berço deve ter uma capa a prova d'água e um lençol. Não é preciso travesseiro – a Organização Mundial de Saúde não recomenda travesseiros para bebês com menos de um ano de idade. Um protetor de berço mantém o bebê protegido de batidas na superfície dura do gradeado. 17 | P á g i n a
  • 18. Confira neste link mais dicas sobre segurança do bebê no berço: http://brasil.babycenter.com/a1500236/crie-um- ambiente-seguro-para-o-beb%C3%AA-dormir A criança também precisará de três cobertores: um de algodão bem leve, e dois mais quentinhos. Se a criança nascer em tempo quente, ela deve ser coberta com a manta de algodão. No inverno, a dica é usar um cobertor macio e quentinho sobre o lençol e usar o outro cobertor para cobrir a criança. O cobertor macio sobre o lençol vai impedir que a criança acorde de repente quando colocada no berço e entrar em contato com a superfície fria do lençol de algodão. As Roupas Os bebês recém-nascidos precisam de uma quantidade generosa de roupas. Uma dica é ter cerca de dois bodies por dia, suficiente para uma semana. Assim, o kit inicial deve ter 10 bodies (manga curta ou sem manga no verão, manga comprida no inverno) e cinco tip-tops (peça única, de abotoamento frontal). Durante os três primeiros meses de vida, os bebês arranham muito o próprio rosto, portanto é preciso ter também três pares de luvinhas. Gorros de malha de algodão e meias para o inverno, 10 babadores e 10 fraldas de pano completam o enxoval. As Fraldas Este é um capítulo completamente à parte do enxoval do bebê, pois tudo depende da necessidade familiar. As mães que também trabalham fora podem se beneficiar com as fraldas descartáveis. Existem os modelos com capa plástica e os de papel tecido. Os de capa plástica podem ser mais baratos, já que há várias marcas e empresas caseiras que as fabricam. Algumas lojas de departamentos possuem até funcionários ou usam os serviços de pequenas empresas terceirizadas para produzir fraldas a um custo bastante baixo. A maior desvantagem delas, no entanto, é que podem ser um pouco quentes no verão e causar irritação na pele do bebê. Os modelos de papel tecido podem ser usados em qualquer época do ano, mas tem um custo muito maior e podem ser antiecológicos, pois demoram mais de 50 anos para se desintegrar. Uma solução mais econômica e ecológica atualmente é a fralda de pano reutilizável. Diferente das fraldas de pano de antigamente, elas são muito mais práticas e fáceis de manter. O modelo mais comum consiste de uma capa de tecido impermeável com abotoamento frontal. Nas fraldas de tamanho único, esses botões permitem reduzir o tamanho da fralda até caber no bebê recém-nascido. À medida que ele cresce é preciso abotoar a fralda com os botões laterais em posições diferentes para alargar, acompanhando a criança até a época do desfralde completo. A fralda possui ainda forros extras que facilitam o seu uso. Dependendo das necessidades fisiológicas do bebê, é possível trocar apenas o forro. Para garantir que o bebê fique sequinho e confortável o dia todo, é preciso ter cerca de 10 capas e o dobro de forros. As capas compradas novas geralmente só ficam impermeáveis após cerca de dez lavagens. Antes 18 | P á g i n a
  • 19. disso, elas aguentam o xixi por cerca de uma hora. Após ficarem impermeáveis, elas aguentam o xixi por cerca de 4 horas. Então devem ser totalmente trocadas. São facilmente lavadas em máquina de lavar. No entanto, meia hora de molho num balde com um pouquinho de sabão em pó é suficiente para sua lavagem. Há quem prefira também lavar manualmente com sabão de coco. Elas tem secagem rápida. Sua vantagem é permitir que o bebê tenha um contato mínimo com os seus fluidos, sem machucar a sua pele. Segundo especialistas em infância, a fralda de pano é uma grande aliada do desfralde, pois o bebê sente maior necessidade de usar o banheiro para não ficar molhado. Crianças que só usam fraldas descartáveis perdem essa sensação, pois ficam secas o tempo todo. Aprenda a fazer fraldas de pano em http://www.slingando.com/index.php/como-fazer-fraldas-de-pano-modernas. html Mais informações em http://eccomama.blogspot.co.uk/p/tudo-sobre-fraldas-de-pano.html O Kit de Beleza Um kit simples de beleza não pode ser esquecido. Ele deve conter um cortador de unhas ou tesoura, pente e escova de cabelo de pelo bem macio. A Alimentação Se for do desejo e da possibilidade da mãe a amamentação materna deve ser exclusiva durante os primeiros seis meses de vida. Portanto, a mãe pode se munir de acessórios que facilitem o seu trabalho, como conchas de plástico ou de silicone, protetores de seios, sutiãs e blusas de amamentação. As conchas são boas opções para armazenar leite. Enquanto o bebê mama em um peito, o outro se enche de leite e vaza dentro da concha. Depois, pode-se guardar aquele leite numa garrafa esterilizada para uso posterior. O leite materno pode ser congelado e utilizado até um mês depois de ser armazenado. Quando a quantidade de leite já não é tão grande, ou quando se está na rua, os protetores são uma boa alternativa para evitar vazamentos de leite durante a mamada. Atualmente existem protetores descartáveis e reutilizáveis. Há opções de sutiãs de amamentação que abrem totalmente na parte do bojo, expondo somente o seio que será utilizado na mamada. Na falta de um sutiã de maternidade, a alternativa são os sutiãs com alças removíveis. Blusas e vestidos de amamentação são especialmente desenvolvidas para facilitar a amamentação. Na falta delas as blusas e vestidos com transpasse frontal, de alcinhas, tomara-que-caia ou com abotoamento frontal são alternativas práticas para o aleitamento materno. O Aleitamento Caso a amamentação não seja possível, a alimentação do bebê será feita com a mamadeira e o leite de fórmula. O kit deve ter de duas a três mamadeiras com bico removível e escova para limpeza, além de um recipiente para esterilização. Outros Acessórios Muitos acham úteis as cadeirinhas de balanço para manter o bebê em uma posição sentada quando ele ainda não consegue se sentar sozinho. 19 | P á g i n a
  • 20. Móbiles são bons brinquedos iniciais para se usar quando os bebês estiverem nessas cadeirinhas. No entanto, devem ser evitados sobre o berço para que a criança não fique brincando com eles na hora de dormir. Uma superfície macia é essencial para que a criança se exercite e desenvolva os músculos que vai precisar para se sentar, levantar a cabeça e engatinhar ou andar. Tapetes de borracha, edredons e tapetes de atividades são todas boas alternativas. Alguns bichos de pelúcia e brinquedos macios de borracha, plástico ou pano e chocalhos completam a cena e dão estímulo sensorial ao bebê nos primeiros meses. Organize o Chá de Bebê/Fraldas/Bençãos Ponha a criatividade para trabalhar e chame as amigas para uma reunião alegre. Você poder fazer uma lista do que gostaria de ganhar e passar por elas. Arranje lembrancinhas úteis como canetas, bloquinhos, chaveiros. Faça brincadeiras politicamente corretas como um concurso sobre quem já teve a noite mais mal dormida depois da chegada do bebê, ou estórias de “acidentes” - os meninos, por exemplo, costumam fazer xixi em um jato para cima quando se tira a fralda, e as crianças recém-nascidas fazem coco bem mole, que muitas vezes são projetados com alguma força. Curiosidades Sobre o Segundo Trimestre A barriga da mãe pode começar a crescer mais a partir já do 4º mês de gestação. No segundo trimestre, o crescimento rápido da barriga também pode provocar o aparecimento de uma linha escura vertical que começa no alto da barriga, junto à dobra dos seios, passa pelo umbigo e segue até o alto os pelos pubianos. É absolutamente normal e desaparece meses depois do bebê nascer. Se o seu cabelo cai muito normalmente, ele pode parar de cair durante a gravidez. É nesta época que as pessoas podem começar a notar que você está mais bonita, com cabelo mais brilhante e vistoso. Entre o segundo e o quarto mês é comum sentir dores na parte baixa da barriga: é o útero se expandindo para acomodar o bebê. A mãe pode começar a sentir o bebê chutar a partir das 16 semanas de gravidez. As primeiras sensações podem se parecer como se houvesse borboletas na barriga. Uma boa parte das mães já consegue sentir o chute do bebê com 20 semanas de gestação. A partir de 24 semanas de gravidez a sobrevivência do bebê começa a se tornar possível no caso de um nascimento prematuro. A cada semana que o bebê passa dentro do útero, suas chances de sobrevivência aumentam exponencialmente. É importante ficar atento a sinais de perigo como sangramentos acompanhados de dor forte, pressão alta ou baixa demais e ausência de sintomas de gravidez. Com seis meses, muitas mulheres já não conseguem ver seus pés quando estão de pé. 20 | P á g i n a
  • 21. DE MÃE PARA MÃE: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA GESTAR Terceiro Trimestre O terceiro trimestre é a época mais cansativa para a grávida. No sétimo mês, a barriga já pode estar bem grande e começa uma nova série de desconfortos pelo peso extra: dor na parte baixa da coluna, dificuldade de achar uma posição confortável para sentar e deitar. É nessa altura que a mulher pode ser obrigada a se deitar no seu lado esquerdo para dormir. A posição auxilia na boa circulação do sangue e é a mais confortável nessa fase. Durante os três últimos meses também pode acontecer, a qualquer momento, um grande impulso de arrumar coisas. É o instinto maternal querendo organizar tudo para a chegada do bebê. A essa altura os pais já podem ter se informado sobre as possibilidades para o parto e é preciso organizar esse momento. Segundo as evidências científicas mais recentes endossadas pela Organização Mundial da Saúde, a maneira mais segura de se ter um bebê é através do trabalho de parto normal. Segue link de estudo sobre os riscos de intervenções desnecessárias: http://www.swissinfo.ch/por/reportagens/Cesariana_eletiva_dobra_risco_de_morte_do_bebe.html?cid=7527372 Exame do Streptococo B Esse exame não é mais requerido em vários países. A sua obrigatoriedade está sendo questionada, portanto não é imprescindível. Caso você tenha sintomas que o exijam, veja o que você deve saber a respeito: O estreptococo do grupo B é uma bactéria que pode ser normalmente no intestino das pessoas. Essas bactérias podem acabar colonizar a vagina também, e aí existe o risco de transmissão ao bebê durante o parto. Embora seja perigoso para bebês, principalmente os prematuros, o estreptococo B não costuma provocar sintomas em adultos, e na maioria das vezes é inofensivo para a mulher. O exame é simples, feito com uma espécie de cotonete, que coleta amostras da vagina e da região anal, entre a 35a e a 37a semana da gravidez. Se o resultado for positivo, o médico administrará antibiótico (penicilina e ampicilina) na veia, na maternidade, antes de o bebê nascer. O objetivo é dar o antibiótico durante o trabalho de parto. Dependendo do hospital ou maternidade, muitas vezes o procedimento padrão é tratar toda mulher que não tiver o exame. A única exceção é se você tiver uma infecção urinária na gravidez causada pelo estreptococo B. Nesse caso, você vai tomar antibióticos por via oral, não importa em que fase da gestação esteja, e perto do parto poderá fazer novamente o teste para ver se vai precisar dos antibióticos na veia ou não. O estreptococo B pode causar a sepse neonatal precoce (infecção que afeta o sangue e que pode ser muito perigosa). Também pode causar outras doenças como a pneumonia e a meningite logo na primeira semana de vida. Esse tipo de infecção tem uma mortalidade maior em prematuros. E pode deixar sequelas. Curiosidades sobre o Terceiro Trimestre 21 | P á g i n a
  • 22. O bebê pode soluçar dentro da barriga da mãe! Ele já aprendeu a engolir. DE MÃE PARA MÃE: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA PARIR A mulher tem o direito de escolher o local do parto e todas as condições em que deseja parir. Para fazer valer os seus direitos, é importante que os pais formulem um Plano de Parto. Nele, os pais devem estabelecer os procedimentos que permitem ser efetuados durante o trabalho de parto. No final deste guia há um modelo de Plano de Parto para você imprimir e preencher. A mulher com gravidez de baixo risco pode escolher o local onde ela se sente mais segura para ter o seu bebê. Esse local pode ser a sua própria casa; a casa de alguém próximo à gestante; uma casa de parto; a maternidade ou hospital. Conheça Algumas Expressões sobre os Partos Parto Natural É feito com a saída do bebê pelo canal vaginal sem nenhuma intervenção médica. Parto Normal 22 | P á g i n a
  • 23. É feito com a saída do bebê pelo canal vaginal. Geralmente há alguma intervenção médica, rotineira ou necessária, como exemplos indução, fórceps para retirada do bebê, saída da placenta com ajuda de medicamento, analgesia. Cesárea ou Cesariana A mulher é submetida a uma cirurgia para a retirada do bebê através de uma abertura na parte baixa da barriga. Ela é levada para o bloco operatório e recebe analgesia. A seguir, é colocado um pano para não permitir a visão da cirurgia. O ginecologista-obstetra corta seis camadas de pele para chegar ao útero. A criança é retirada do útero e a mãe a incisão na barriga é então suturada. Ela pode levar cerca de 70 pontos nessa operação. Parto Humanizado: é qualquer parto onde prevaleça o respeito pelo nascimento, em todas as suas instâncias. Conheça as definições mais comuns do termo em http://www.despertardoparto.com.br/parto-humanizado--- o-que-eacute.html ou em http://guiadobebe.uol.com.br/parto-humanizado-devolve-a-mae-o-controle-no-parto/ Parto Domiciliar A principal vantagem do Parto Domiciliar ou em Casas de Parto é a possibilidade da gestante vivenciar um parto natural ou com um número mínimo de intervenções. O desenvolvimento do trabalho de parto natural fica a cargo da mãe e do seu preparo para esse momento. Em primeiro lugar, a gestante deve fazer o acompanhamento pré-natal com o ginecologista-obstetra. Um parto domiciliar requer uma série de arranjos prévios e só pode acontecer se a gravidez for de baixo risco. A mulher pode ser auxiliada por um médico ginecologista-obstetra, por parteiras ou enfermeiras obstetrizes. Geralmente, a equipe profissional também é composta por uma doula. A doula atua no âmbito emocional da gestante. Ela pode indicar todo tipo de informação que os pais precisam saber (melhor lugar para ter o bebê, melhores opções de alívio da dor, técnicas de respiração, relaxamento e movimentos para o trabalho de parto). As doulas são procuradas para todos os tipos de partos, mas principalmente para partos normais e naturais. Em ambiente hospitalar, elas também podem garantir que o Plano de Parto seja cumprido. Neste link você pode obter maiores informações sobre o trabalho de uma doula: http://www.despertardoparto.com.br/doula---o-que-eacute.html Quando o trabalho de parto estiver na fase ativa, a equipe vai até o local escolhido levando o próprio equipamento, como material de sutura, para os primeiros cuidados com recém-nascidos, medicação (a ocitocina sintética pode ser usada para conter uma hemorragia no pós-parto). Dependendo da equipe e da vontade da mãe, o equipamento de um parto domiciliar pode incluir piscina inflável, banqueta de parto, bola de pilates. A equipe, então, monta o equipamento e monitora mãe e feto a cada meia hora, verificando pressão, regularidade dos batimentos cardíacos, etc. O acompanhamento é feito até o momento da expulsão da placenta. Quando tudo corre bem, a equipe dá o atendimento pós-parto, verificando os sinais de vitalidade de mãe e bebê. Algumas equipes especializadas fazem ainda um acompanhamento posterior, visitando a mãe até o estabelecimento da amamentação e a queda do cordão umbilical. No link http://vilamamifera.com/parteriaurbana/parto-em-casa-passo-a-passo/ há mais informações sobre parto domiciliar. É de extrema importância buscar informações sobre o profissional contratado para o parto. Ginecologistas-obstetras, parteiras, obstetrizes e doulas devem ter um histórico profissional favorável. Parto Hospitalar 23 | P á g i n a
  • 24. O parto hospitalar é uma opção para quem não se sente totalmente seguro de ter um filho em casa. É possível ter um trabalho de parto tranquilo e respeitoso no hospital ou maternidade através da elaboração do Plano de Parto. O Trabalho de Parto O trabalho de parto é a preparação do corpo para a expulsão do bebê através da vagina. O parto é dividido em três fases distintas: o pré-parto, o parto ativo e a expulsão da placenta. O pré-parto é a fase que vai desde o início das contrações até o momento em que elas se tornam regulares. O parto ativo, por sua vez, vai do início das contrações regulares até o momento do nascimento do bebê. A saída da placenta marca o término da gestação. Cada uma dessas fases tem um papel de vital importância para a saúde da mãe e do bebê. Como e Quando Começa o Trabalho de Parto A partir das 28 semanas de gestação, a grávida pode começar a sentir a sua barriga ficar enrijecida. Esse movimento involuntário é conhecido como contrações de treinamento ou Contrações de Braxton-Hicks. É o preparo inicial para o trabalho de parto. As contrações de Braxton-Hicks devem ser indolores e não são desconfortáveis. Elas duram poucos segundos, são irregulares e não aumentam de intensidade. As contrações de verdade são um pouco parecidas: a barriga fica rígida e contrai. A grande diferença é que a contração de verdade vem acompanhada de uma dor lombar ou parecida com uma cólica menstrual. Perto da data prevista para o parto, a gestante pode começar a ter desarranjos intestinais. Uma diarreia leve é bastante comum. É uma espécie de limpeza intestinal natural que pode ajudar a mãe a ter um parto livre de “acidentes” na hora de fazer força. O trabalho de parto pode começar entre as 38 e as 42 semanas de gestação, na maioria dos casos. É absolutamente seguro esperar o início do trabalho de parto até as 42 semanas ou mais, isto é, semanas após a data prevista, desde que a mulher tenha uma gravidez de baixo risco e gestante e bebê estejam bem. É possível ter uma gravidez de baixo risco e ter um parto normal ou natural até quase os 50 anos. Para isso, basta a gestante ser saudável, seguir uma dieta adequada e ter uma vida ativa. Mulheres com condições prévias como asma, diabetes, problemas cardíacos, transplantes, pressão alta ou que carreguem mais de um bebê devem sempre ser acompanhadas pelos médicos para saber se a gravidez está tendo um efeito negativo na sua condição. Entretanto, nenhuma dessas condições impede um parto vaginal. Se estiver tudo bem, o melhor a fazer é esperar o início do trabalho de parto. Só o bebê pode dizer que está pronto para nascer. O problema das cesarianas eletivas em gestações de baixo risco é que é possível se enganar, por exemplo, quanto à data da última menstruação ou com idade gestacional fornecida pelo ultrassom. Depois das 14 semanas, as informações do ultrassom sobre peso, altura e idade gestacional não são mais acuradas. Elas são apenas uma estimativa. Um US pode errar a idade gestacional em duas semanas. A consequência é que a cesariana eletiva pode vir a ser marcada numa data muito cedo, provocando um nascimento prematuro do bebê. De fato, estudos recentes apontam que o recente aumento de nascimentos prematuros está diretamente relacionado com o aumento das cesarianas eletivas. O peso também pode ser equivocado, geralmente para mais, o que pode fazer o médico pensar que o bebê será muito grande e indicar a cesárea. Bebês grandes que não tem passagem suficiente pelo canal são raros. É uma condição chamada Desproporção Cefalo-Pélvica, que só pode ser diagnosticada durante o trabalho de parto, e não antes. Por que esperar o trabalho de parto ocorrer naturalmente? 24 | P á g i n a
  • 25. Existem inúmeras vantagens de se esperar o trabalho de parto começar de forma natural. O coquetel de hormônios que a mãe libera não serve apenas para dar incio ao trabalho de parto, mas também para acelerá-lo e para aumentar a tolerância da mãe à dor. O bebê é colonizado com a flora bacteriana da mãe, prevenindo doenças, e a passagem pelo canal vaginal retira o líquido amniótico dos pulmões, facilitando a respiração. Bebês nascidos de parto normal, por essa razão, muitas vezes nem choram na hora em que nascem. O Pré-Parto Por volta do oitavo mês a gestante pode começar a sentir que a sua barriga parece estar se apertando. Ela fica dura ao toque, e isso dura alguns segundos. Isso pode acontecer várias vezes ao dia e não deve ser dolorido. Essas são as contrações de Braxton-Hicks. São contrações indolores que serão parecidas com as contrações do trabalho de parto. A partir da 38ª semana, o trabalho de parto pode iniciar de várias maneiras. As contrações podem, de uma hora pra outra, se tornar levemente doloridas, como se você estivesse com cólicas. Se isso acontecer, pegue em um bloquinho ou caderno e comece a anotar o tempo de duração das contrações e qual o intervalo entre elas. Dependendo da situação elas podem durar apenas uns 20 a 30 segundos no começo e vir de meia em meia hora. Se for assim, relaxe. Este é o pré-parto. Cada contração pode começar de formar bem suave, depois aumentar até atingir um pique, e retroceder. Procure relaxar entre os intervalos. Mas durante as contrações, movimente-se. Ande, fique de pé, rebole, dance com ou sem música, faça movimentos com os quadris como na dança do ventre que, afinal, foi inventada para isso mesmo, para aliviar a dor do parto. O trabalho de parto só começa mesmo quando a gestante estiver com contrações que durem de 60 a 90 segundos cada, e que venham a cada 3 minutos. Contração é uma dor parecida com a da cólica menstrual no começo, talvez um pouco mais forte, que vem, fica mais forte, e depois some. Enquanto a gestante sente essa dor, a barriga fica dura. Antes disso, qualquer coisa que você sinta, como contrações irregulares, líquido escorrendo, são os pródromos, ou pré-parto. O pré-parto pode começar com a saída do tampão mucoso, com o rompimento da bolsa, ou com o início das contrações. Resumindo: Pródromos: contrações irregulares, ou até regulares, mas que venham curtas, alguns segundos apenas, bem menos do que um minuto, e em intervalos grandes, tipo a cada 5 minutos, a cada dez minutos, a cada meia hora, a cada uma hora. Trabalho de parto: contrações regulares que durem um minuto ou mais, e que venham cerca de 3 contrações num intervalo de dez minutos. Ondas do parto “Ela (a contração) vai durar bem pouquinho no início. Tanto é que as primeiras, se você estiver dormindo, nem vai sentir. Duram segundinhos. E até vir a próxima “onda” leva tanto tempo que você já se esqueceu como foi a anterior. Está entendendo? Quando o TP engrenar, o que pode demorar horas ou dias, você já vai estar habituada com a contração. Já conseguirá identificar quando ela inicia, saberá quando está na “crista da onda” e também quando ela está indo embora. 25 | P á g i n a
  • 26. Então o que muda para ficar tão difícil como dizem? Muda a duração da contração: que era segundinhos e passa a ser de um minuto ou pouco mais. Muda também o intervalo: que podia ser de hora ou longos minutos e pode passar a ter segundinhos. Ou seja, não existe um momento a partir do qual você sentirá uma dor dilacerante e ficará com ela por dias! Contrações são ondas. Vêm e vão. E algumas mulheres, com trabalho de parto prolongado, podem ter intervalos de minutos e até DORMIR entre uma contração e outra. Mas aí vem o grande mistério do poder feminino de parir: Se você entender muito bem que aquelas ondas estão trazendo seu filho, a cada contração você o sentirá mais próximo dos seus braços. Você não lutará contra a contração, porque você QUER que ela venha e lhe traga seu filho. Estar dando à luz e ser a protagonista daquele fenômeno é tão fabuloso que em vez de vestir aquele momento com dor… surpreendentemente você poderá fazê-lo com PRAZER. Porém, você só pode fazer aquilo que acredita que pode. Ainda resta algum tempo até o seu parto, portanto, eu gostaria de lhe dizer para reforçar a autoestima, olhar para a Cris que muitas vezes superou outros obstáculos na vida, encontrar força e confiança para assumir o nascimento do seu filho. Acredite que, apesar de tudo que já lhe disseram sobre dores insuportáveis, as mulheres têm sobrevivido a isso por milênios. E elas não o fariam tantas vezes, se realmente fosse maior do que elas podem aguentar.” Fonte: Waleska Nunes Rompimento da bolsa O trabalho de parto também pode estar dando sinais de que está para começar com o rompimento da bolsa. Se você notar um vazamento anormal de líquido, notifique a equipe de assistência ao parto. A condição de bolsa rota, entretanto, não e motivo para ir correndo ao hospital ou Casa de Parto, a não ser que o resultado do exame do strepcococo B tenha dado positivo. Caso contrário, é preciso apenas monitorar. O tempo de bolsa rota não tem nenhuma influência sobre o tipo de nascimento se mãe e bebê estiverem bem. “Para a maioria das mulheres, o trabalho de parto se inicia com contrações pouco doloridas, e a bolsa só se rompe muitas horas depois. 75% das mulheres cuja bolsa se rompe antes do TP entram em trabalho de parto naturalmente até 72h depois da bolsa estourar. Muitas mulheres relatam que ouvem um "ploc" no momento em que a bolsa estoura. A bolsa pode se romper em qualquer parte, e a rotura pode ser de tamanho variável, o que significa que a quantidade de líquido que vai sair, e a velocidade da saída podem variar muitíssimo de parto para parto. Algumas mulheres efetivamente sentem uma cachoeira de água escorrendo ao longo de suas pernas, enquanto outras apenas "gotejam". Quando a bolsa se rompe antes de qualquer outro sinal de trabalho de parto, isso pode ser um sinal de alerta, pelo fato do bebê não ter mais a sua proteção natural contra as bactérias externas. Por isso, a maioria dos obstetras aplicará um antibiótico de maneira profilática a partir de 12h de bolsa rota, para assegurar que não ocorra uma infecção, e monitorará de perto a temperatura materna e o bem-estar fetal. Com a rotura da bolsa, e a consequente saída do líquido amniótico, cria-se um movimento de vácuo no útero, que puxa a cabeça do bebê para baixo. A cabeça faz um efeito de "rolha" e impede que o líquido saia por completo. No momento em que a bolsa estoura, se o líquido que estiver saindo for abundante, é recomendável sentar-se um pouco para evitar que o cordão saia junto com o movimento do líquido e seja prensado pela cabeça, comprometendo a circulação e causando um sofrimento fetal. Depois do rompimento da bolsa, o líquido continua sendo produzido normalmente pela placenta, até o nascimento do bebê.” 26 | P á g i n a
  • 27. Em caso de perda de líquido amniótico em data distante do término da gestação, beba bastante água para repor o líquido. “Como dá para saber quanto líquido tem dentro da barriga? Para medir a quantidade de líquido, é preciso fazer um ultra-som. Seu médico vai solicitar um se desconfiar de que a quantidade de líquido está abaixo da ideal. Veja alguns sinais de que isso pode estar ocorrendo: • quando a mulher está perdendo líquido amniótico pela vagina • quando o bebê está menor que o normal para a idade gestacional • quando o médico consegue apalpar fácil o bebê pelo lado de fora da barriga • quando a mulher não está sentindo o bebê mexer com frequência • quando a mulher já teve outro filho que nasceu pequeno para a idade gestacional • quando a mulher tem pressão alta • quando a mulher está com diabetes • quando a mulher sofre de lúpus Com a ultra-sonografia, dá para medir os bolsões de líquido em vários pontos do útero (o espaço entre o bebê e a parede uterina), e o especialista faz um cálculo que resulta no índice de líquido amniótico (ILA). No terceiro trimestre, o ILA deve estar entre 5 cm e 25 cm. Um índice abaixo de 7 cm é considerado sinal de alerta, e com menos de 5 cm pode fazer com que os médicos prefiram adiantar o parto.” Fonte: http://adeledoula.blogspot.com.br/2012/08/entendendo-melhor-bolsa-de-liquido.html Tampão mucoso A saída do tampão é outro sinal de que o trabalho de parto está para começar. Você pode notar um muco rosado na sua roupa íntima, indicando que o tampão, que fecha a saída do cérvix, desceu. O tampão também pode descer muito antes da hora de parir, mas se tudo estiver bem com mãe e bebê, não há razão para se preocupar. O tampão pode regenerar-se até o termo da gestação. Fonte: https://www.facebook.com/humanizesse/photos/a.1456429961268874.1073741835.1415831001995437/ 1463318163913387/?type=1&theater Durante o pré-parto Nesse primeiro estágio, é hora de relaxar. Tome um banho, beba água, respire fundo, pratique seus exercícios de respiração, ande, peça uma massagem gentil na parte baixa das costas, sente na bola de ginástica ou ponha saco de água quente ou gelo nas costas, se estiver doendo. Quanto mais você andar, mais rápido o trabalho de parto vai ser. A fase do pré-parto pode durar algumas horas ou alguns dias. Se passar 40 semanas e o trabalho de parto não tiver iniciado, não se preocupe. A menos que haja sinais de perigo, como sangramentos ou dores que te deixem preocupada, não há razão para fazer qualquer intervenção médica. Nesse caso, o interessante é estimular o início do trabalho de parto de forma natural. 27 | P á g i n a
  • 28. A partir das 38 semanas, a gestante deve escolher a sua atividade física favorita e praticar o quanto baste. Hidroginástica, ioga e caminhada são os mais recomendados para o propósito. As caminhadas são as mais eficazes. Tente fazer alguns dos seus trajetos habituais como se estivesse com pressa. Induzir naturalmente o parto Existem algumas lendas urbanas que mulheres do mundo inteiro compartilham e que garantem que podem ajudar a dar início ao trabalho de parto. De acordo com alguns vários estudos, quando os receptores de ocitocina estão ativos, estes truques podem fazer o nível de hormônio subir e dar início ao trabalho de parto. São eles: - caminhar perto de rios; - ouvir risadas de crianças pequenas; - beber muito suco de abacaxi ou chá de canela com cravo e gengibre; - comer curry e comidas apimentadas; - ter relações sexuais. Dizem até que ingerir esperma pode ajudar a liberar a ocitocina no organismo. A ocitocina é o hormônio que dá início ao trabalho de parto. Essa substância é muitas vezes apelidada de hormônio do amor. Este hormônio é que faz as pessoas se apaixonarem e se sentirem atraídas sexualmente. Ele também é responsável pelo ciclo menstrual e ajuda até na aparência feminina. Estudos afirmam que, durante o período fértil, a liberação de ocitocina melhora a aparência feminina, aumentando o tamanho dos seios, deixando a mulher mais inchada (e assim com mais curvas e mais corada) como uma verdadeira ferramenta do corpo para atrair parceiros. Se tudo estiver bem, é possível esperar até 42 semanas de gestação. Se o trabalho de parto não começar até lá, então o parto pode ser induzido. Esse processo é feito na maternidade. A mãe recebe, via injeção intravenosa, um soro que contém ocitocina sintética para estimular o início das contrações. Este procedimento é recomendado após o término do período de 42 semanas de gestação. Mas também há casos em que a gestação foi além de 42 semanas sem nenhum risco para mãe e feto. Bebês não passam da hora de nascer e placenta não envelhece. Ocitocina Sintética A ocitocina sintética é eficaz para iniciar o trabalho de parto e dilatar o colo do útero, mas se for feita rotineiramente pode fazer o trabalho de parto iniciar de maneira muito rápida. Quando a ocitocina endógena (natural) é liberada naturalmente no organismo, o trabalho de parto pode ser lento e gradual, preparando a mãe para a fase do parto ativo, enquanto que, com a ocitocina sintética, o processo de dilatação pode ocorrer de forma muito mais acelerada e, portanto, tornar o trabalho de parto muito mais dolorido e atrapalhar o trabalho de parto se não for usada com real indicação. Não é recomendada a indução do parto antes de 42 semanas de gravidez, salvo quando mãe ou bebê possam estar em sofrimento agudo. Também não se recomenda a indução em trabalho de parto já iniciado naturalmente, a não ser que mãe ou bebê mostrem sinais de sofrimento (como batimentos cardíacos irregulares, pressão muito alta ou baixa) e seja, portanto, preciso acelerar a dilatação para garantir a segurança de gestante e feto. Fonte: https://criaminha.wordpress.com/tag/ocitocina/ 28 | P á g i n a
  • 29. Você sabe o que é uma contração? O Trabalho de Parto O trabalho de parto tem início quando as contrações passam a durar cerca de 60 a 90 segundos e têm intervalos de 3 minutos. Essa é a melhor indicação para a mãe saber que está entrando em trabalho de parto. Para o trabalho de parto, será preciso anotar cada contração que vier. Tentar ficar em casa o máximo que der. Quando as contrações começarem, elas podem ser bem fracas. Vá dançar, rebolar em pé, sentar na bola de pilates ou andar. Ficar parada pode fazer o trabalho de parto demorar mais. Descanse e beba água nos intervalos das contrações. Durma se possível. Você tem se preparar para quando você atingir 3 cm de dilatação, que é quando realmente começa o trabalho de parto. Quando a dor parecer apertar pra valer, conte as contrações. Se vierem 3 em dez minutos e cada uma durando um minuto, você provavelmente entrou em TP. É hora de deixar as contrações virem. Não lute contra elas. Em vez de lutar, vá tomar uma chuveirada. Peça ao marido uma massagem na parte baixa das costas. Converse com a doula. As contrações podem doer bastante até chegar aos 6 cm. E ai vão doer mais ainda. Mas deixe cada uma vir. 29 | P á g i n a
  • 30. Mentalize sempre: cada contração que vem é uma a menos. Ela nunca mais vai voltar. Cada contração que vem, você estará mais próxima da chegada do bebê. Ficar nervosa aumenta a adrenalina e reduz a ocitocina. Portanto aceite a vinda das contrações, aguarde-as com tranquilidade. Quando você achar que a dor estiver insuportável, mesmo com todos esses métodos naturais de alívio, vá para o hospital, se esse for o seu plano. No hospital, peça liberdade de movimentos. Beba água. Descanse sempre entre as contrações. Mas durante elas abra a boca. Solte o ar bufando ou gritando. Respire!!!! Lembra dos filmes americanos que sempre mostram as mulheres respirando fundo em TP? Respire. Quem escolheu ter o seu parto normal em uma Casa de Parto ou em uma maternidade deve se dirigir ao local quando entrar em trabalho de parto ativo. Antes da fase ativa, ou seja, com contrações que venham de dois em dois minutos, ou a cada minuto, é preferível permanecer em casa, onde a gestante pode fazer uso do chuveiro, comer, beber e andar em total liberdade para relaxar. Muitos locais de parto aceitam gestantes que já apresentem 4 cm de dilatação. A recomendação atual é ir para o hospital ou Casa de Parto com cerca de 6 cm. O motivo principal é evitar que a mãe permaneça em ambiente hospitalar por um tempo desnecessário. O risco de infecção é sempre maior. O exame de toque Neste estágio, a praxe é realizar o exame de toque. Mas a gestante pode dispensá-lo e se basear apenas nas contrações. Esse exame é feito para detectar a dilatação da mãe durante o trabalho de parto e, portanto, deve ser recusado durante as consultas de pré-natal, a não ser que a mãe esteja apresentando sinais claros de que entrou em trabalho de parto prematuro. Seguem algumas considerações: "Um dos procedimentos de rotina dos pré-natais é o exame de toque, independentemente da idade gestacional. Mas este procedimento, como a maioria dos exames e intervenções, só pode trazer benefícios quando não é banalizado. O exame de toque serve basicamente para avaliar a evolução da dilatação no trabalho de parto, apresentação do útero e posicionamento do bebê. O que esperar de uma mulher com 24 semanas? Que o colo esteja grosso e fechado, o bebê na posição que desejar (não estará encaixado) e alto. E se a mulher não apresenta nenhuma queixa, para que realizá-lo? Se uma mulher apresentar contrações prematuras, vale avaliar se as mesmas indicam um trabalho de parto precoce. Aí sim, depois de investigar se não se trata de contrações de Braxton Hicks, infecção urinária, pode-se fazer um exame de toque. Mas ele é mera especulação. ...Em trabalho de parto, a questão do exame de toque é uma faca de dois gumes. Ele é feito para protocolar a mulher que deve dilatar x cm por hora. Quando estaciona em X centímetros considera-se parada de progressão e aí vem as medidas intervencionistas. Uma analgesia para ver se a mulher (e o útero) relaxam e a progressão progride ou ocitocina para ajudar nas contrações. A medicina tradicional desconsidera os fatores emocionais. Imagine que você está com uma sensação de grande dor e passou 5 horas com determinada dilatação. Medem novamente e você não saiu do lugar. Essa informação vai fazer com que a mulher desista pensando que, se em X horas ela não dilatou, precisará de mais X para parir. E na mente dela ela decreta: não vou aguentar. Mas o que acontece é que a dilatação não é tão precisa. Existe a relação ocitocina X adrenalina. Se quiser aumentar a dilatação é preciso aumentar a ocitocina natural. E para aumentar a ocitocina é preciso de: - Pouca Luz - Silêncio - Privacidade - Não observação 30 | P á g i n a
  • 31. - Ambiente quente e confortável - Beijo na boca do marido - Massagem - Paz Quando a mulher para de dilatar é aí que aumentam o monitoramento, a observação e a adrenalina da mulher (e da equipe) vai nas alturas, inibindo a ocitocina. Lá vem a ciência solucionar problemas para os quais ela mesma causou. Ocitocina sintética, dor, adrenalina, anestesia, mais ocitocina. Uma vez que a ocitocina sintética entra na corrente sanguínea da mulher, toda a ocitocina que ela liberaria naturalmente, antes, durante e depois do parto é bloqueada. E isso significa o que? Que depois do parto, momento em que é necessária a liberação do hormônio para criar vínculo com o bebê, segundo o obstetra Michel Odent é o êxtase – coquetel de hormônios- que sentimos no pós parto que faz com que criemos vinculo de amor com a cria) ele não se faz presente. A ocitocina é um hormônio natural presente e fundamental para a hora do parto. Em grande parte dos partos normais em todo o planeta, para acelerar a contração do útero e tornar o parto mais rápido, a ocitocina é usada de forma padronizada, é o caso do Brasil. O famoso “sorinho” torna as contrações extremamente fortes e doloridas, levando muitas vezes a alteração do batimento cardíaco do bebê, fazendo-se necessário o uso de anestesia e as cascatas de intervenções físicas e medicamentosas. Segundo Odent, por ser um hormônio, a ocitocina passa pela barreira placentária e chega à corrente sanguínea do bebê, atingindo o cérebro da criança. Segundo o obstetra, o uso da ocitocina sintética pode gerar seres humanos mais agressivos por ser um hormônio diretamente ligado a socialização. Ele o chama de “hormônio do amor”, porque está presente na relação sexual, na amamentação e no parto e pós parto, facilitando a relação instintiva entre mãe e filho. Outra conseqüência é a incapacidade ou dificuldade de produzir ocitocina em outros momentos da vida, uma vez que sua versão sintética bloqueia a produção de ocitocina natural. Atingindo o cérebro da criança, este ser humano pode ser incapaz de produzir este hormônio, tanto na hora do parto, como em outras situações de suas vidas. Sem a produção de ocitocina ficamos incapacitados de sentir prazer. ...No Trabalho de Parto, com médicos não humanizados, exame de toque pode levar o médico romper a bolsa sem a mulher querer. Não aceitar o exame de toque é se poupar disso também. Perto do parto saber que o colo está amolecido e com x cm pode causar ansiedade. Sem contar que, mesmo com luva, fazer toque aumenta o risco de infecção, principalmente se a mulher estiver com bolsa rota.” Depois que o trabalho de parto começa, a gestante pode usufruir de técnicas para lidar com a dor. Caso ela deseje um parto natural, ela poderá entrar na banheira, na piscina ou ir para o chuveiro, fazer caminhadas, fazer movimentos como na dança do ventre a cada contração, pedir massagens lombares para o acompanhante, sentar numa bola de ginástica, beber água, comer, fazer exercícios de relaxamento e de respiração. No parto normal hospitalar, é preciso estabelecer no Plano de Parto o que a gestante e seu acompanhante permitem que se faça. Procedimentos padrões que podem ser recusados por não trazerem benefícios à mãe são a raspagem dos pelos pubianos, descolamento de membranas e a lavagem intestinal. Mesmo em um parto hospitalar é possível ter um parto respeitoso e natural. Os procedimentos descritos acima são comumente feitos nas maternidades brasileiras mas não têm nenhum respaldo científico e, portanto, devem ser evitados para que não deixar a gestante ansiosa. Segundo um dos maiores estudiosos do processo dos nascimentos humanos, Michel Odent, a ocitocina é a responsável pelo bom andamento do trabalho de parto. Em altos níveis no organismo, ela coordena todo o processo, desde o início do TP ativo até a saída da placenta e a descida do leite. No entanto, a ocitocina só funciona bem em clima de relaxamento. Um dos fatores que estariam no nervosismo que habitualmente toma conta da gestante durante o trabalho de parto é, justamente, o ambiente hospitalar, com seus aparelhos, instrumentos e cômodos padronizados, já que o parto em maternidades é um fenômeno extremamente recente na história da humanidade. Outro fator é a intervenção médica desnecessária. A mulher precisa se 31 | P á g i n a
  • 32. movimentar, expressar a sua dor através do grito e da respiração profunda, andar e encontrar a posição mais confortável para permitir a evolução do trabalho de parto. Se a gestante ficar presa à cama ou se a equipe interferir na hora errada, ela pode ficar ansiosa, fazendo o nível de adrenalina subir e reduzindo o nível de ocitocina. Sobre a dor do parto: “Ina May Gaskin, a mãe do partejo moderno tem acunhado um termo chamado 'a lei do esfíncter'. Esta lei declara: Os esfíncteres (incluindo o anal, cervical e vaginal) são os responsáveis por trazer a seu bebê ao mundo. Se os esfíncteres estão apertados, o parto não progredirá e você sentirá mais dor. O que é exatamente a lei do esfíncter de Ina May? 1. O esfíncter anal, o cervical (o colo do útero) e o vaginal funcionam melhor em uma atmosfera de intimidade e privacidade. Por exemplo, um banheiro com fechadura ou um quarto onde as interrupções são improváveis ou impossíveis. 2. Estes esfíncteres não podem ser abertos à força nem respondem bem às ordens de empurrar e relaxar. 3. Quando o esfíncter está em processo de abertura, pode ser fechado repentinamente se a pessoa se altera, assusta, é humilhada ou consciente de si mesma. Por que? Os níveis altos de adrenalina na corrente sanguínea não favorecem (e muitas vezes impedem) a abertura de esfíncteres. Estes fatores inibidores são uma razão importante pela qual as mulheres nas sociedades tradicionais normalmente escolhem outras mulheres, exceto em circunstâncias extraordinárias, para acompanhá-las e auxiliá-las durante a dilatação e o parto. 4. O estado de relaxamento da boca e a mandíbula está diretamente relacionado à habilidade do cérvix, da vagina e do ânus para se abrirem completamente. Insisto, e em outras palavras: Boca aberta = Cérvix aberto Garganta aberta = Vagina aberta É quase impossível parir com eficácia com os lábios apertados e a garganta fechada. Pode tentar fazê-lo agora mesmo… quando relaxa a mandíbula, abre a boca e a garganta, as nádegas se relaxam automaticamente e você se afunda na cadeira. Ina May fala dos benefícios dos beijos, e de manter a boca e os lábios soltos e abertos. Beijar também provoca a secreção de ocitocina e outros hormônios do amor que elevam a tolerância à dor e aceleram o parto.” Você está preparada para parir? Para ter um filho de parto normal, é preciso muito mais do que apenas querer ter um parto normal. É preciso acreditar que mulheres sabem parir e bebês sabem nascer. Quando engravidar, tenha em mente que o sistema obstétrico brasileiro tem estimulado pouco o parto normal. Siga algumas dicas simples para garantir um parto normal: 1-Busque um grupo de apoio ao PN: procure saber se há um grupo de apoio ao PN na sua cidade ou na região. Esses grupos têm coletado informações importantes não só sobre os benefícios de um PN, mas também sobre médicos que aceitem acompanhar PN, e médicos que afirme que o parto é da mulher. Vá aos encontros regularmente e comece a se preparar. 2-Busque equipe que tenha maiores taxas de realizar PN: a primeira opção deve ser um médico com taxas maiores de PN do que de cesáreas, ou obstetriz, ou equipe de parto domiciliar. Na falta de um, procure ao menos por um médico que aceite fazer um pn. Sem um médico, verifique os hospitais da região para ver a taxa de cesáreas eletivas deles. Quanto menor, melhor. Veja os plantonistas também, ou se o hospital tem enfermeiras obstétricas que atendam de forma a priorizar o PN. Há ainda casas de parto. Em alguns locais é provável até que se encontre ainda parteiras tradicionais. Se possível, encontre uma doula para chamar de sua. Há muitos locais onde mulheres se oferecerem voluntariamente como doula. 32 | P á g i n a
  • 33. 3-Empodere-se: ter equipe que priorize um PN é metade do caminho. A outra metade depende da mãe. Ela tem que estudar sobre como se manter saudável na gravidez para aumentar suas chances de parir tranquilamente, incluindo alimentação e exercícios perineais. Tem que saber o que esperar do trabalho de parto: como começa, quanto tempo pode durar, como fazer para ter um parto tranquilo, formas naturais de alívio da dor. Sabendo isso, a mãe e a equipe estarão capacitadas para lidar com qualquer intercorrência que surgir de forma tranquila, inclusive aquelas complicações que somente é preciso ter tranquilidade para que o pn progrida sem maiores questões. 4- Encontre a sua serenidade: ficar ansiosa não vai adiantar muito. A gestante tem de perceber que o parto é um processo natural e que é preciso muita calma nessa hora. Ler sobre o trabalho de parto, ver vídeos de parto, falar com outras mães, ler relatos de parto são fundamentais para a mentalização desse fato. Curta a barriga! Converse com o bebê, escreva uma carta para ele, diga a ele o quanto ele é amado e esperado, e que você está pronta par que ele venha. Curta até os sintomas ruins. Se depois disso tudo você ainda estiver nervosa porque você é naturalmente nervosa, vá ver comédias, vídeos de bebês rindo, de animaizinhos fofos para esperar o trabalho de parto começar. A ocitocina, que é responsável de todo o processo reprodutivo da mulher, só funciona bem com a mãe calma. Faça dez minutos de meditação todos os dias. Não diga que vai tentar parir. Diga que vai parir. 5-Faça um plano de parto: tenha um documento dizendo como você quer o seu parto. Saiba que há muitos procedimentos de rotina que você pode e deve evitar. Peça a assinatura da equipe (se for "tipo humanizada") para que todos estejam cientes da sua vontade. 6-Se for parir em casa, busque com antecedência por profissionais ou grupos de apoio para se informar sobre como registrar uma criança nascida em casa, há toda uma burocracia a ser vencida. 7- Busque o apoio da família; traga os familiares para o seu lado, mostrando as evidências científicas de que você está fazendo a coisa certa para você e o bebê. A gravidez já é uma época muito especial para a mulher, e saber que estão todos te pressionando para fazer uma cesárea só vai te deixar nervosa. Se não houver jeito, simplesmente só fale sobre parto normal com quem entenda o seu ponto de vista e ignore comentários contrários. A mãe é a protagonista do seu parto, seja um parto natural, parto normal hospitalar ou cesariana. À gestante cabe o papel de se cuidar durante toda a gravidez, comer corretamente, fazer exercício moderado, descansar e se preparar para o trabalho de parto. Lidar com a dor pode ser muito estressante, portanto a chave do sucesso está em estudar todas as etapas do processo, fazer todos os arranjos e, acima de tudo, curtir muito a gravidez. Fazer sessões de fotos, arranjar formas engraçadas de contar a novidade à família, construir o relacionamento de irmãos mais velhos ao bebê que vai nascer são todas boas formas de manter a mente relaxada e satisfeita. Movimente-se durante o trabalho de parto 33 | P á g i n a
  • 34. Outras Formas de Indução e Aceleração do Parto Existem formas naturais e artificiais de aceleração do trabalho de parto. Do lado natural, a caminhada e manter-se na posição em pé, bem como os exercícios pélvicos feitos durante a gravidez são os grandes aliados de um parto normal mais rápido e com menores complicações. Nos hospitais, há alguns procedimentos rotineiramente utilizados. Mas devido a sua ineficácia a gestante pode recusá-los: - descolamento de membrana: é um procedimento no qual a gestante deita em posição ginecológica (com as pernas colocadas em apoios que as mantêm abertas e para o alto) e o médico ou enfermeira coloca um ou dois dedos por dentro da área vaginal, com o objetivo de soltar a membrana que recobre o útero, fazendo assim com que o corpo seja estimulado a iniciar o trabalho de parto. - episiotomia: é o corte do períneo, área que dilata para a passagem do bebê. Não há evidência de que este procedimento é necessário. Se o períneo realmente rasgar na passagem da criança, a laceração natural será muito menor do que o corte artificial feito com tesoura pelo médico, e portanto a laceração natural sara muito mais rapidamente. A melhor maneira de evitar a laceração do períneo é praticando os exercícios pélvicos. Eles darão ao períneo a elasticidade necessária para alargar o suficiente para a passagem do bebê sem se rasgar no processo. Saiba mais sobre a abolição da episiotomia em http://www.mulheres.org.br/fiqueamigadela/episiotomia.html - rompimento artificial da bolsa. Posição do Bebê A imagem mais comum de um nascimento através de um parto normal é aquela que mostra a cabeça do bebê emergindo do corpo da mãe. 34 | P á g i n a
  • 35. Por volta das 36 semanas o bebê procura uma posição mais confortável dentro do útero e se prepara para a sua saída. Em muitos casos, senão a maioria, ele se posiciona de cabeça para baixo, e vai aos poucos encaixando a sua cabeça no topo do canal vaginal por volta das 36 semanas de gravidez. A sua posição pode ser facilmente detectada através da barriga por parteiras com experiência. Na falta do exame da barriga, um ultrassom mostrará em que posição o bebê está. Entretanto, ao fim de 42 semanas de gestação, nem todos os bebês terão virado completamente. Alguns podem estar de lado. Outros, de cabeça para cima. O monitoramento nesta hora é fundamental para que a gestante saiba o que fazer. Até o momento em que o trabalho de parto começar é possível tentar métodos naturais para que a criança vire e encaixe a cabeça no canal vaginal. Um desses métodos consiste em ficar de quatro várias vezes por dias, por quanto tempo for possível. Essa posição alargaria temporariamente o espaço uterino e o bebê pode se incentivado a se virar. Você pode ficar de quatro com a barriga para baixo ou inclinar-se para frente. Pode ser com mãos e joelhos no chão. Pode ser com as mãos apoiadas na cama e joelhos no chão. Mãos na parede em pé, pés afastados da parede. Braços cruzados em cima da bola de pilates e joelhos no chão. A equipe de saúde também pode ter outras dicas úteis para ajudar. Equipes de parto humanizadas possuem conhecimento de uma técnica de versão do bebê. Mas se na hora de expulsar o bebê ele ainda se encontrar de cabeça para cima, não é preciso entrar em pânico. É perfeitamente possível ter um parto vaginal com bebê em posição pélvica. Neste caso, saem primeiro as pernas ou o bumbum do bebê. Em alguns casos, uma cesariana é considerada uma opção segura para fazer nascer os bebês que têm os seus pés embaixo do bumbum, ou com o pescoço inclinado para trás, ou se a mãe tem alguma outra condição médica que ponha a sua vida em risco, como a pré-eclâmpsia severa. A pré-eclâmpsia é uma condição detectada através do monitoramento da pressão sanguínea da mãe. Significa que ela poder ter eclâmpsia, ou seja, que o canal vaginal está sendo bloqueado de alguma forma. Nesses casos, o parto pode ser induzido para que seja acelerado. Pré-eclâmpsia, entretanto, não é indicação real de cesárea. Ela é um sinal de que a mãe pode vir a ter eclâmpsia, mas não de que a mãe já tem eclâmpsia. Em alguns casos, pode ser difícil levar a gravidez até o fim, sendo então recomendada a cirurgia cesariana. Mas a Organização Mundial de Saúde tranquiliza: apenas 15% de todas as gestações realmente necessitam de uma cesárea (http://super.abril.com.br/saude/brasil-campeao-mundial-cesarianas-447884.shtml). No final do guia há uma lista de indicações reais e outra de falsas indicações de cesariana. A cirurgia cesárea é um procedimento que salva vidas todos os dias em situações de risco de vida para criança e gestante. Mas a cesariana não é recomendada para mulheres em gestação de baixo risco. De fato, as pesquisas mais recentes apontam um aumento de óbitos de mães e bebês submetidos às cesarianas desnecessárias. Um dos estudos mais completos e atuais pode ser conferido aqui neste link: http://www.swissinfo.ch/por/reportagens/Cesariana_eletiva_dobra_risco_de_morte_do_bebe.html? cid=7527372 Embora as cirurgias cesáreas tenham evoluído muito ao longo dos anos e se tornado muito mais seguras, elas podem aumentar em três vezes o risco de morte neonatal em parturientes de baixo risco. Na verdade, o que acontece é relativamente o mesmo de uma cirurgia plástica. É uma cirurgia que só deve ser feita quando há necessidade. Uma cirurgia plástica é necessária quando alguém precisa operar para recuperar funções do corpo que se perderam de alguma forma, como em vítimas de queimaduras, em pacientes de câncer mamário que perderam o seio, em pessoas que nasceram com lábio leporino. Com a cesariana é a mesma coisa. Nos casos em que mãe ou bebê corram perigo de vida, ela é o procedimento correto para garantir a sua segurança. Sem a real necessidade, a cesariana aumenta o risco de infecções, o tempo de recuperação é muito maior e o procedimento pode até atrasar a descida do leite. Lembre-se de que quem deve decidir a vinda do bebê é o próprio bebê. Só ele sabe a hora de nascer. 35 | P á g i n a
  • 36. Uma dica para perder o medo de um parto normal é ler o maior número possível de relatos de partos naturais. Veja vídeos de parto. E fale com quem teve parto normal ou natural para tirar dúvidas. O problema das cesarianas eletivas em gestações de baixo risco é que é possível se enganar, por exemplo, quanto à data da última menstruação. A consequência é que a cesariana eletiva pode vir a ser marcada numa data muito cedo, provocando um nascimento prematuro do bebê. De fato, estudos recentes apontam que o recente aumento de nascimentos prematuros está diretamente relacionado com o aumento das cesarianas eletivas. Índices alterados que não indicam marcação de cesárea Alguns pormenores são frequentemente usados para desestimular um parto normal e a marcação de uma cesárea. Fique atenta para razões como: Grau de placenta: existem três graus apenas e, no final da gravidez, é normal a placenta estar em grau 3, porque isso prova que o bebês está desenvolvido; Quantidade de líquido amniótico: no final da gravidez, é normal haver menos líquido amniótico, porque isso também prova que o bebê desenvolveu e ocupa mais espaço dentro da bolsa, o que faz sobrar menos espaço para o líquido. A oligodramnia severa só é diagnostica quando o índice de líquido amniótico (ILA) é menor que 5 cm. Batimentos cardíacos fetais (BCF) desregulados, caracterizando sofrimento fetal: pode ser considerado normais entre 110 e 180 batimentos por minuto. Desproporção céfalo pélvica: geralmente só pode ser diagnosticado durante o expulsivo, se for o caso da cabeça do bebê estar encaixada de maneira errada na pelve da mãe, dificultando a sua saída. Risco de ruptura uterina em parto após cesárea: esse risco é menor do que 2% e deve ser pesado contra fazer uma cesariana de repetição, que é considerada mais perigosa. Benefícios do parto normal Em contrapartida, alguns benefícios do parto normal que você provavelmente não sabia: Para a mãe: Tempo de recuperação mais rápido do que após uma cesariana; menor risco de infecção hospitalar; sem intervenções desnecessárias, não há corte; cada parto normal posterior pode ser bem mais fácil; a mulher participa ativamente no nascimento do bebê. Para o bebê: a passagem pelo canal vaginal “coloniza” o bebê com a flora bacteriana materna, protegendo-o de doenças; a passagem estreita também ajuda a retirar o líquido dos pulmões, facilitando a respiração; a amamentação pode fluir muito mais facilmente. Para o parto hospitalar É preciso arrumar duas bolsas para levar para a maternidade ou Casa de Parto: uma para a mãe e outra para o bebê. A bolsa da mãe deve conter uma camisola com abertura frontal para a amamentação, sutiã para amamentação, calcinhas, absorventes de maternidade, protetores de seios, acessórios para tomar banho 36 | P á g i n a
  • 37. (xampu, condicionador, sabonete, desodorante, creme facial etc), pente, roupa para saída do hospital. Mas nada impede de levar também o seu kit de maquiagem, mais um tocador de música e um livro. A bolsa do bebê deve conter no mínimo dois bodies, dois tip-tops, gorro, luvas, manta, um pacote de fraldas, creme para assadura, lenços umedecidos, duas ou três fraldas de pano para conter golfadas, manta, bichinho de pelúcia. Além disso, é preciso providenciar um assento apropriado (bebê conforto) para o bebê ser levado de carro para casa. Analgesia Analgesia é o termo usado para o alívio da dor do parto com medicamentos. Ele só é possível nos partos normais hospitalares porque requer a presença de um anestesista. A forma de analgesia mais popular é a epidural. Ela permite que a mãe deixe de sentir a dor das contrações sem perder a sensação das contrações. De fato, muitas mulheres afirmam que sentiram vontade de fazer força estando sob o efeito da epidural. A epidural é aplicada nas costas. A mãe é preparada previamente com um tubo nas costas de uma das mãos. Quando a equipe estiver pronta, pede-se à mãe que se sente e se curve ligeiramente para frente. Ela tem de ficar absolutamente parada durante o procedimento para não se machucar. Ela pode receber doses intervaladas ou contínuas do medicamento. As doses intervaladas permitem que a mãe recuse uma nova dose a qualquer momento, enquanto que a dose contínua é renovada sem muitas interferências até o momento do nascimento e da expulsão da placenta, conforme o desejo da mãe. As doses intervaladas podem durar de meia hora a 40 minutos em média. Dilatação Completa O próximo estágio do parto é o que se chama de expulsivo. É quando a mulher tem dilatação completa de 10 cm e pode durar entre alguns minutos e algumas horas. Filhos subsequentes tendem a ser mais rápidos. A equipe de assistência ao parto poderá lhe mostrar através do toque vaginal a sua dilatação. Você mesma vai começar a sentir o impulso de fazer força. Se estiver na dúvida, peça a orientação do profissional que a assiste. Ele também poderá te dizer quando você pode se entregar à tarefa de trazer seu filho ao mundo. As contrações nessa fase são muito fortes. É preciso se concentrar nelas. Quando o trabalho de parto evolui normalmente, você poderá sentir vontade de fazer força. Nessa hora, procure encontrar a melhor posição possível (em pé, na cadeira de parto, de quatro), espere pela próxima contração e faça força para expulsar por três vezes, prendendo a respiração. A cada vez que faça força, inspire novamente. Tente não prender o ar por muito tempo. Você pode começar a sentir o coroamento, que é o surgimento da cabeça do bebê na saída do canal vaginal. O coroamento pode causar uma sensação de queimação durante a sua duração. Você já deve conseguir sentir a cabeça do bebê com as mãos. Geralmente, é possível fazer um descanso de alguns segundos quando a cabeça terminar de sair. Depois que a cabeça do bebê sai você tem que fazer força novamente para a saída dos ombros. O bebê, agora, pode já estar de lado, virado de cara para uma perna. Com as próximas contrações faça força para que o bebê termine de descer o canal. Quando ele sair, a sua equipe de assistência o examinará brevemente. Se for esse o seu desejo, peça que o bebê seja colocado imediatamente sobre o seu peito. Algumas vezes, porém, a mulher tem dilatação total, mas há algum impedimento para a criança sair normalmente. Quando o bebê precisa de um pouco de ajuda para nascer, o ginecologista obstetra auxilia a sua saída com algum procedimento, como o fórceps ou o vácuo extrator. 37 | P á g i n a