A Geração de 1945 foi a terceira fase do Modernismo brasileiro, que se destacou por autores como João Cabral de Melo Neto e Clarice Lispector. O Concretismo surgiu em 1952 com a revista Noigandres e seus principais representantes foram Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos, que valorizaram a objetividade e o planejamento na arte.
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1. RESUMO/ LITERATURA: A Geração de 1945 e o Concretismo
Geração de 45 - Modernismo
Essa foi a terceira fase da literatura modernista brasileira, que se destacou por grandes escritores e obras.
O que foi
O Modernismo foi um amplo movimento cultural surgido no Brasil na primeira metade do século XX, sobretudo na
literatura e nas artes plásticas, desencadeado pela influência das vanguardas europeias que antecederam a
Primeira Guerra Mundial, como o Cubismo e o Futurismo. O enfoque do movimento nacional era, no entanto, a
cultura brasileira. Costuma-se dividir esse movimento em três fases, e a chamada “Geração de 1945” corresponde
à terceira delas. Ela teria durado até 1960.
Também conhecidos como “neomodernistas”, essa terceira geração, em contraposição ao modernismo original, de
1922, procurava distanciar-se do nacionalismo e pregava um maior rigor na elaboração poética, usando para tanto
uma grande quantidade de metáforas e de formas clássicas (como o soneto). Isso fez com que fossem chamados
de “neoparnasianos” por parte de seus críticos. Em vez do despojamento tradicional modernista, valorizavam mais
a linguagem, e não necessariamente o tema de suas obras.
Contexto histórico
A terceira fase do Modernismo é marcada pelo fim da Segunda Guerra Mundial (1945) e pelas explosões atômicas
nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, assim como pela posterior divisão do mundo em dois blocos:
capitalista, liderado pelos Estados Unidos; e comunista, liderado pela ex-União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (URSS). Essa divisão resultou na “Guerra Fria”, um período alimentado por um medo constante de
novos ataques nucleares que se arrastou até a década de 1980.
No Brasil, 1945 representa o fim da era Vargas (que voltaria ao poder em 1950, para depois se suicidar em 1954),
ou seja, a queda do populismo e da ditadura, bem como o início de uma época de redemocratização política e de
desenvolvimento econômico. Liderado por Juscelino Kubitschek (1945-1960), o país cresce em ritmo acelerado,
com a atração de capital estrangeiro e a instalação de multinacionais. 1945 também é o ano da morte de Mário de
Andrade (1893-1945), principal figura do Modernismo.
Principais características do movimento
No campo da prosa (romance e conto), destaca-se a literatura intimista (que segue uma tendência), de sondagem
psicológica e introspectiva (ligada ao íntimo), com a exploração dos conflitos entre o homem e a modernidade, a
busca da universalização e de uma literatura engajada, tendo como destaque a escritora Clarice Lispector.
Também o regionalismo desperta interesse, tendo a recriação dos costumes e da fala sertaneja como principal
mote (Guimarães Rosa).
No campo da poesia, a Geração de 45 nega a liberdade formal, as ironias, as sátiras (contra instituições,
costumes e ideias do período) e outras características modernistas, buscando uma poesia mais equilibrada e séria
(como a de João Cabral e Melo Neto). A poesia, aqui, deveria seguir um modelo mais formal, com versificação
mais regrada, maior erudição e uso de temas mais universais. Por outro lado, nesse momento surgem também o
concretismo, a poesia-práxis, o poema-processo, o poema social, a poesia marginal e os músicos-poetas, que
buscam a intertextualidade com outros meios de expressão.
Principais escritores e suas principais obras:
- João Cabral de Melo Neto (1920-1999): O Cão sem Plumas (1950).
- Clarice Lispector (1920-1977): A Paixão Segundo G. H. (1964) e A Hora da Estrela (1977).
- Guimarães Rosa (1908-1967): Sagarana (1946) e Grande Sertão: Veredas (1956).
- Ariano Suassuna (1927-2014): O Auto da Compadecida (1955).
- Lygia Fagundes Telles (1923): Ciranda de Pedra (1954).
- Mário Quintana (1906-1994): Antologia Poética (1966).
Concretismo
O Concretismo brasileiro surgiu com a publicação da revista Noigandres, em 1952. Seus principais representantes
são Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos.
Concretismo é um movimento artístico e literário do século XX. Tal estética é marcada pelo experimentalismo,
principalmente no que se refere ao trabalho com o espaço. No Brasil, a poesia concreta surgiu, em 1952, com a
publicação da revista Noigandres. Assim, os três principais nomes do concretismo brasileiro foram:
Augusto de Campos
Décio Pignatari
Haroldo de Campos
Historicamente, o movimento surgiu no início da Guerra Fria, responsável pela influência americana sobre a
cultura brasileira. No entanto, o concretismo se afasta do local e valoriza o caráter universal, de maneira que as
obras desse estilo se opõem ao que é intuitivo ou sentimental, e buscam se amparar na técnica e nos elementos
formais.
Resumo sobre o concretismo
O concretismo surgiu no contexto da Guerra Fria, iniciada em 1947.
O geometrismo é a principal característica do movimento.
A arte concreta valoriza a objetividade, a simplicidade e o planejamento.
No Brasil, seus principais representantes são Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos.
O concretismo brasileiro foi criado, em 1952, pelo grupo Noigandres.
O neoconcretismo faz oposição à objetividade do concretismo e valoriza a subjetividade.