MODELO DE Projeto literatura na escola

MODELO DE PROJETO

PROJETO DE EXTENSÃO
Identificação do(a) coordenador(a):
Coordenador(a) do Projeto
Karina Klinke; Professor Adjunto III, FACIP/UFU, Doutora em Educação.
E-mail:
karinaklinke@pontal.ufu.br
Título do Projeto de Extensão:
LITERATURA NA ESCOLA
Resumo do Projeto:
O projeto de extensão se insere nas atividades desenvolvidas pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em
Leitura, Escrita e Literatura (GEPLEL) e tem por objetivo colaborar para a atualização de professores
dos Anos Iniciais de Ensino Fundamental (inclui modalidade EJA) do Sistema Municipal de Ensino de
Ituiutaba/MG, no que diz respeito às práticas escolares de ensino e de usos da literatura nas escolas e
bibliotecas. Propõe um curso de atualização desses professores, a ser desenvolvido em parceria com a
Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Ituiutaba/MG, no qual os professores terão
oportunidade de desenvolver estudos bibliográficos, reflexões de suas práticas de ensino e de leitura
literária, conhecer e desenvolver técnicas para uso da literatura nas aulas e nas bibliotecas com
objetivo de formar leitores, desenvolver sua capacidade de escrita, alterar as práticas escolares de
ensino e usos da literatura. Os resultados esperados são: desenvolver uma prática de leitura literária e
de ensino de leitura literária mais condizente com a formação de leitores proposta nos Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (1997).
Período de Duração do Projeto:
Abril a Novembro/2011
Local de Realização do Projeto:
Faculdade de Ciências Integradas do Pontal; Centro Municipal de Assistência Pedagógica e
Aperfeiçoamento Permanente de Professores (CEMAP) de Ituiutaba/MG; Escolas de Ensino
Fundamental do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba/MG.
Público Alvo:
Professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (inclui modalidade EJA) do Sistema Municipal
de Ensino de Ituiutaba/MG.
Órgãos Participantes:
- Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Ciências Integradas do Pontal;
- Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Ituiutaba/MG.
Detalhamento da proposta
Introdução e Justificativa:
Este projeto integrará as atividades acadêmicas que o Grupo de Estudos e Pesquisas em Leitura,
Escrita e Literatura (GEPLEL) desenvolve desde sua fundação em 2006, como os projetos de pesquisa
desenvolvidos pela coordenadora – Práticas de Leitura e Escrita de Jovens e Adultos: resignificando a
vida (UFSM, 2006-2008); Experiências femininas de leitura e escrita e a constituição de si no espaço
público: uma história cultural (UNICAMP, 2008-2009); Mulheres assentadas e suas leituras como
experiência política (2009-2011) – os mini-cursos realizados em congressos internacionais e regionais
– Abordagens teórico-metodológicas das pesquisas sobre leitura e escrita e suas implicações para o
campo da história da educação (IX CIHELA, 2009) e Um balanço das pesquisas sobre leituras e suas
implicações para o campo historiográfico (XVII Encontro Regional da ANPUH, 2010) – o Simpósio
História da Leitura e da Escrita no Brasil (XVII Encontro Regional da ANPUH, 2010) e o GT
Escolarização da literatura e da leitura literária: fronteiras e diversidades (II SELL, 2009), ambos
coordenados pela proponente deste projeto.
Os estudos desenvolvidos no GEPLEL e nos projetos individuais constatam que nas últimas décadas a
mundialização econômica e informacional trouxeram, sem dúvida, novas configurações que demoliram
algumas certezas e valores arraigados pela sociedade eurocêntrica, sobretudo aqueles universalizados.
Ademais, a diluição das fronteiras territoriais e do Estado-Nação, as migrações e diásporas, o pós-
colonialismo, o feminismo, os movimentos negro e homossexual deram também o tom principal dessa
nova ordem, que se constituiu sobre deslocamentos de olhares que até então não se punham como
questionáveis em suas bases conceituais. Por outro lado, as novas tecnologias e a massificação da
cultura midiática levaram para primeiro plano a entronização da imagem, concomitante ao desprestígio
da alta cultura e o fim da sociedade logocêntrica.
Nessa perspectiva, a Literatura como guardiã da narrativa da cidade das letras perdeu a valorização
anterior, principalmente quando seus modelos e fundamentos se tornaram motivos de questionamento,
tanto pela crítica literária, quanto por seus próprios produtores. O forte abalo que os cânones universais
sofreram desde o Modernismo é apenas um de seus resultados mais espesso, e que vem se desdobrando
em tantas possibilidades; a mais importante, para esse projeto de pesquisa, é o tratamento que literatura
tem recebido nos últimos tempos no processo de escolarização nos anos iniciais do Ensino
Fundamental. Segundo o PCN de Língua Portuguesa para os anos iniciais do Ensino Fundamental,
É importante que o trabalho com o texto literário esteja incorporado às práticas cotidianas da
sala de aula, visto tratar-se de uma forma específica de conhecimento. Essa variável de
constituição da experiência humana possui propriedades compositivas que devem ser
mostradas, discutidas e consideradas quando se trata de ler as diferentes manifestações
colocadas sob a rubrica geral de texto literário. (BRASIL, 1997, p. 29)
A forma específica de conhecimento e as propriedades compositivas do texto literário às quais se
refere o PCN, no entanto, têm sido desenvolvidas pelos(as) professores(as) dos Anos Iniciais, sem
formação em Letras, de modo mais utilitário do que propriamente para “valorizar a leitura como fonte
de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição estética,
sendo capazes de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos”, como propõem os
objetivos gerais da Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental. (BRASIL, 1997, p. 33) O texto do
próprio PCN explicita essa situação:
[...] uma série de equívocos que costumam estar presentes na escola em relação aos textos
literários, ou seja, tratá-los como expedientes para servir ao ensino das boas maneiras, dos
hábitos de higiene, dos deveres do cidadão, dos tópicos gramaticais, das receitas desgastadas
do “prazer do texto”, etc. Postos de forma descontextualizada, tais procedimentos pouco ou
nada contribuem para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as
particularidades, os sentidos, a extensão e a profundidade das construções literárias. (BRASIL,
1997, p. 30)
Esta condição também é observada através dos Relatórios de Observação in loco das alunas que
desenvolvem o Projeto Integrado de Prática Educativa (PIPE) no Curso de Pedagogia da FACIP/UFU.
Práticas de leitura nos Anos Iniciais que têm desconsiderado a literatura como exercício de formação
de leitores ao utilizá-la como meio para ensinar conteúdos programáticos, restringindo-se a recortes de
textos existentes em livros didáticos e não a livros literários, e quando esses são adotados se aplicam
avaliações de leitura que geram mais o desgosto pelo ato de ler do que o “prazer do texto”.
Observamos que um dos fatores que contribui para essa realidade é o desconhecimento dos
significados da leitura literária para a formação de leitores por parte dos(as) professores(as) que
lecionam nos Anos Iniciais. Existe, ainda, um desculpismo por parte desses profissionais sobre a falta
de condições financeiras dos alunos das escolas públicas para o acesso aos livros literários, mas
sabemos que tanto as bibliotecas públicas, quanto a biblioteca escolar e a biblioteca de classe são
recursos suficientes para o exercício constante da leitura literária, como aponta o próprio PCN:
Na biblioteca escolar é necessário que sejam colocados à disposição dos alunos textos dos
mais variados gêneros, respeitados os seus portadores: livros de contos, romances, poesia,
enciclopédias, dicionários, jornais, revistas (infantis, em quadrinhos, de palavras cruzadas e
outros jogos), livros de consulta das diversas áreas do conhecimento, almanaques, revistas de
literatura de cordel, textos gravados em áudio e em vídeo, entre outros. Além dos materiais
impressos que se pode adquirir no mercado, também aqueles que são produzidos pelos alunos
— produtos dos mais variados projetos de estudo — podem compor o acervo da biblioteca
escolar: coletâneas de contos, trava-línguas, piadas, brincadeiras e jogos infantis, livros de
narrativas ficcionais, dossiês sobre assuntos específicos, diários de viagens, revistas, jornais,
etc.
A biblioteca de classe não precisa ser excessivamente ampla no que se refere ao número de
volumes disponíveis. Ao contrário, é preciso que a variedade de materiais e títulos esteja
garantida, o que permite uma diversificação de leitura aos alunos. Também é possível que se
tenha, em algumas situações, um volume para cada aluno de um único título: nesse caso, é
preciso que se tenham propostas específicas de trabalho que justifiquem essa opção. Do acervo
da classe também podem constar produções dos próprios alunos. (grifos nossos, BRASIL,
1997, p. 61)
Ambos os recursos não têm sido utilizados nas escolas públicas, salvo algumas exceções. Acredita-se
que pelo desconhecimento das possibilidades que essas bibliotecas podem oferecer para a prática da
leitura literária, além do valor dela mesma para a formação geral dos(as) alunos(as).
O desinteresse pela literatura não é um fenômeno isolado apenas na escola brasileira, pois como
anuncia PERRONE-MOISÉS (2008, p.14), “o mesmo descrédito e a mesma diminuição do ensino de
literatura têm ocorrido em vários países, como Portugal e França”. Bem como um fenômeno recente,
pois como se pode observar desde os anos de 1968 que vem se falando de uma crise no ensino da
literatura, prova disso são os comentários de Lígia Leite.
Não é por acaso que, na França, o problema do ensino de literatura começa a ser discutido mais
sistematicamente, a partir de 1968, quando os estudantes, forçando a abertura de uma Universidade
encastelada para as contradições do mundo moderno, colocavam em questão tudo o que, no tranqüilo e
monacal espaço da Academia, era tido como um dado. A começar pela função das humanidades e, entre
elas, a literatura. Por que se ensina literatura? Por que se deve aprender literatura? O que se ensina quando
se ensina literatura? (LEITE, 1983 p. 36)
No Brasil, um dos primeiros a fazer uma reflexão mais pontuada sobre o ensino da literatura parece ter
sido Osman Lins em seu livro Do ideal e da gloria, quando discute sua prática de professor de língua e
literaturas portuguesas. Em um de seus artigos comenta que ao trabalhar em sala do Curso de Letras
com escritores como Gabriel Soares, Padre José de Anchieta e Padre Antonio Vieira, a reação foi: “os
olhos dos alunos brilham de recusa e atravessam o professor como balas. Que temos com essa gente? –
parecem dizer-nos. Não é para isso que estamos aqui. Queremos algo mais vivo e mais divertido”.
Nota-se dessa forma que o autor toca em pontos que estavam se iniciando como questionamento e,
com o passar do tempo, não deixaram de se suplementarem, tanto que as perguntas levantadas pelos
estudantes franceses e brasileiros ainda não foram respondidas, ou pelo menos estão sempre prontas
para ganharem novas respostas e questionamentos.
Ainda que sejam indagações de alunos universitários, não são muito diferentes das que hoje se vêem
na boca de estudantes do Ensino Fundamental: o que é literatura? para que serve? o que é um bom
livro? Se hoje alguns acham muito ingênuo responder pelo viés da linguagem literária, da estética e da
arte, há que se pensar também como PERRONE-MOISÉS (2008, p.20), que sai em defesa de uma prática
contrária a que chama de modismo.
Cabe então, ao professor de literatura, escolher as obras que proporá aos alunos, não em função de uma
atualidade que pode ser apenas um modismo, mas em função das qualidades literárias de uma obra,
passada ou recente. O tema não deve ser predominante na escolha, porque o que caracteriza a obra
literária é o como e não o que, sendo que a significação não está, nela, separada da forma.
É patente demais dizer que nos últimos 50 anos as formas de perceber o literário foram se
transformando, quer pela avalanche de novas teorias, quer pelo aparecimento de novas obras literárias,
quer ainda por fatores externos aos educacionais. Mas em que medida os livros literários têm circulado
na comunidade de docentes, principalmente os da rede pública? Esta é uma das questões postas como
pesquisa dentro deste projeto de extensão, a fim de que o levantamento da circulação da literatura nas
escolas contribua para apresentar caminhos na formação de leitores na atividade extensionista aqui
proposta de atualização dos professores dos Anos Iniciais do Sistema Municipal de Ensino de
Ituiutaba.
Objetivos:
OBJETIVO GERAL:
Capacitar professores(as) dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (incluindo a modalidade
EJA) do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba para o trabalho com literatura nas escolas e
bibliotecas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Proporcionar aos professores:
• Analisar o PCN de língua portuguesa;
• Estudar sobre o papel da literatura para a formação do leitor;
• Refletir sobre os usos da literatura nas práticas escolares;
• Conhecer técnicas de usos da literatura nas escolas para a formação de leitores;
• Elaborar propostas de alteração das práticas escolares de leitura;
• Praticar a leitura literária;
• Relatar as experiências vividas no Curso;
• Escrever seu próprio livro literário.
Metas:
Proporcionar formação continuada de professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (incluindo
a modalidade EJA) do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba para o trabalho com literatura em
escolas e bibliotecas, através de:
• Análise reflexiva do PCN de língua portuguesa em relação à prática dos professores no ensino
da literatura;
• Estudo bibliográfico sobre o papel da literatura na escola para a formação de leitores;
• Reflexões sobre os usos da literatura nas práticas escolares dos professores;
• Apresentação de técnicas de usos da literatura nas escolas visando a formação de leitores;
• Elaboração de propostas de alteração das práticas escolares de leitura propostas pelos
professores;
• Prática da leitura literária;
• Desenvolvimento da escrita em relatos das experiências vividas durante o Curso;
• Orientação de escrita de livro literário, desde o texto até a confecção do livro;
• Avaliação do Curso e projeção de outros cursos de interesse dos professores.
Metodologia:
Oferta de um Curso de Atualização para os(as) professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
(inclui modalidade EJA) do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba/MG, com apoio da Secretaria
Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Ituiutaba e do Centro Municipal de Assistência
Pedagógica e Aperfeiçoamento Permanente de Professores (CEMAP), na disponibilização de espaço
físico e horários de trabalho dos professores para participação no Curso. O Curso deve ter início em
abril de 2011 e término em outubro de 2011, com uma carga horária total de 72h. Será distribuído
em 2 módulos, com encontros quinzenais em um dia da semana definido pela coordenação do
CEMAP, conforme calendário letivo da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de
Ituiutaba e a carga horária dos(as) professores(as).
O 1° Modulo deve ser desenvolvido entre abril e junho de 2011, com encontros presenciais para
discussão e análise do PCN e do referencial teórico e para reflexões sobre as práticas escolares
desenvolvidas pelos professores. As leituras serão desenvolvidas fora dos encontros, sendo 6
encontros de 3 horas cada, com um total de 18h, mais 18h para as leituras, perfazendo um total de 36
horas neste módulo.
O 2° Módulo deve ser desenvolvido entre agosto e outubro de 2011, com atividades coletivas para
conhecimento de técnicas para os usos da literatura nas escolas e elaboração de propostas para
utilização dessas técnicas, durante 6 encontros de 3 horas cada, somando um total de 18h. Atividades
individuas supervisionadas pela aluna bolsista de aplicação das técnicas em sala de aula, práticas de
leitura literária e escrita de livro literário, desenvolvidas sob orientação da coordenadora do projeto
fora dos encontros, em mais 18h, perfazendo um total de 36 horas neste módulo.
Ambos os módulos somam um total geral de 72h de Curso.
As avaliações acontecerão durante todo o Curso através do relato oral e escrito sobre o
desenvolvimento do mesmo no que tange às aprendizagens, às reflexões desenvolvidas, à prática
docente, à leitura e escrita literária. A cada encontro os(as) professores(as) devem trazer uma escrita
contendo seu posicionamento sobre o encontro anterior e as atividades desenvolvidas fora dos
encontros, compondo um diário, que será organizado em pasta classificadora na conclusão do Curso.
Ações:
• Estudar, junto com os professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (inclui modalidade
EJA) do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba/MG, bibliografia que fundamente a reflexão
de suas práticas de ensino e usos escolares da literatura;
• Proporcionar reflexões sobre as práticas de ensino e usos escolares da literatura;
• Ensinar e desenvolver com os professores técnicas de usos da literatura nas aulas e nas
bibliotecas com objetivo de formar leitores;
• Desenvolver a capacidade de leitura literária dos professores através do estímulo e de
orientações de leitura literária;
• Desenvolver a capacidade de escrita dos professores através da produção orientada de
relatórios sobre as atividades do Curso;
• Intervir nas práticas de leitura literária desenvolvidas pelos professores individualmente e nas
aulas ministradas;
• Avaliar o Curso e elencar propostas de outros cursos de interesse dos professores.
Cronograma de execução:
Atividades Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.
1° Mod. – Leituras
fora dos encontros
x x x
1° Mod. – Análise do
PCN
x
1° Mod. – Reflexões x x x
sobre o uso da
literatura para
formação de leitores
Prática de litura
literária
x x x x x x x
Relatos sobre o
desenvolvimento do
Curso
x x x x x x
Entrega de relatório
parcial pela bolsista
x
2° Mod. –
Apresentação de
técnicas de usos da
literatura nas escolas
e elaboração de
propostas a serem
desenvolvidas nas
escolas
x x x
2° Mod. – Escrita de
livro literário
x x x
Elaboração de pasta
classificadora com os
relatos.
x
Entrega de relatório
final pela bolsista
x
Recursos Humanos envolvidos:
1) Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Ciências Integradas do Pontal:
- Professora Coordenadora: Karina Klinke. Principal ministrante do Curso e orientadora de
relatórios e leituras. Carga horária semanal dedicada ao Projeto: 10h.
- Profa.
Mical de Melo Marcelino. Ministrante do Curso. Carga horária total dedicada ao Projeto:
08h.
- Claudiane Rosa Mathias (Aluna do Curso de Pedagogia FACIP/UFU, mat. 92465). Auxiliar no
Curso e supervisora das atividades a serem desenvolvidas nas Escolas de Ensino Fundamental. Carga
horária semanal dedicada ao Projeto: 20h.
- Luciana Moura Silva (Aluna do Curso de Pedagogia FACIP/UFU, mat. 92689). Auxiliar no Curso
e supervisora das atividades a serem desenvolvidas nas Escolas de Ensino Fundamental. Carga horária
semanal dedicada ao Projeto: 20h.
2) Outras Universidades Federais:
- Profa.
Selma Martines Peres (UFG-Catalão). Ministrante do Curso. Carga horária total dedicada ao
Projeto: 08h.
- Prof. Márcio Araújo de Melo (UFT-Araguaína). Carga horária total dedicada ao Projeto: 08h.
2) Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Ituiutaba/MG:
- Profa. Joelma da Silva Almeida (coordenadora do CEMAP);
- Professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (incluindo a modalidade EJA) do Sistema
Municipal de Ensino de Ituiutaba/MG. Participantes beneficiários do Curso de Atualização, com carga
horária total de 72h.
Orçamento:
MATERIAIS
VALOR
INDIVIDUAL
APROXIMADO
EM REAIS
QUANTIDADE
VALOR
TOTAL
APROXIMADO
EM REAIS
Bolsa 364,00 08 2.912,00
Fardos de
Papel Chamex
12,00 50 600,00
Potes de tinta
cores primárias
e secundárias
8,00 40 320,00
Encadernações
(serviços de
terceiros)
2,50 100 250,00
Caixas de
papel cartão
12,00 20 240,00
Papel Kraft 0,30 100 300,00
Tesoura 6,00 50 300,00
Caixas de giz
de cera grosso
8,00 20 160,00
Folhas
pautadas
0,10 1000 100,00
Tubos grandes
de cola para
papel
8,00 10 80,00
Tonner 120,00 3 360,00
Caixas de lápis
de cor Faber
Castel com 24
cores
20,00 15 300,00
TOTAL 5.922,00
Observações:
I. Incluir no TOTAL a mensalidade para o(s) bolsista(s).
II. Os itens relacionados a serviços de terceiros (Pessoa Jurídica) e material de consumo
deverão estar devidamente especificado.
III. Os recursos do Projeto não poderão ser destinados para passagens, diárias, materiais
permanentes e compra de lanches e marmitex. Caso o Projeto destine verbas para
itens não previstos neste edital, será eliminado do processo de seleção
Referências Bibliográficas:
BIBLIOGRAFIA A SER ESTUDADA NO CURSO:
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua
Portuguesa. Brasília, 1997. Disponível em: <
http://www2.redepitagoras.com.br/main.asp?TeamID={26FB5E44-C3D8-41BD-A4A6-
9C38ED1977FC}> Acesso em: 16 ago. 2010
EVANGELISTA, A. A. M. (Org.) ; MACHADO, M. Z. V. (Org.) ; PAIVA, A. (Org.) ; PAULINO,
Graça (Org.) . Escolhas (Literárias) em jogo. 1. ed. Belo Horizonte: Ceale/Autêntica, 2009. v. 1. 205
p.
PAULINO, Graça; WALT, Ivete. Leitura Literária: enunciação e encenação. Disponível em
<http://www.ich.pucminas.br/posletras/Leitura%20literaria-
enunciacao%20e%20encenacao%20_definitivo_.pdf> Acesso em: 16 ago. 2010
PAULINO, Graça . Reprovando o trágico: sociedade de consumo e poesia na escola. Revista Mal-
Estar e Subjetividade, v. 8, p. 803-828, 2008.
PAULINO, Graça ; GRIJO, A. A. . Letramento literário: mediações configuradas pelos livros
didáticos. Revista da FACED, v. 9, p. 103-116, 2006.
PAULINO, Graça ; PAIVA, A. ; PINHEIRO, M. Passos . Literatura e leitura literária na formação
escolar. 1. ed. Belo Horizonte: UFMG, 2006. v. 1. 72 p.
ZILBERMAN, Regina ; COSSON, R. ; PAULINO, Graça ; LAJOLO, Marisa; RÖSING, Tania .
Letramento literário: para viver a literatura dentro e fora da escola. In: Regina Zilberman; Tania
Rösing. (Org.). Escola e leitura: velha crise, novas alternativas. 1 ed. São Paulo: Global, 2009, v. 1, p.
61-79.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua
Portuguesa. Brasília, 1997. Disponível em: <
http://www2.redepitagoras.com.br/main.asp?TeamID={26FB5E44-C3D8-41BD-A4A6-
9C38ED1977FC}> Acesso em: 16 ago. 2010
LEITE, Lígia Chiappini Moraes. Invasão da catedral: literatura e ensino em debate. Porto Alegre,
Mercado Aberto, 1983.
LINS, Osman. Do ideal e da glória: problemas inculturais brasileiros. São. Paulo: Summus, 1977.
PERRONE-MOISÉS, Leyla. “O ensino da literatura”. In: Nitrini, Sandra et al. Literatura, Artes e
Sabres. São Paulo: Aderaldo & Rothschild: Abralic, 2008.
____________________________________________________________
Assinatura do(a) coordenador(a) do projeto
_________________________________________________________________
Assinatura do(a) coordenador(a) do Núcleo de Extensão (se couber)
___________________________________________________________________
Carimbo e assinatura do(a) Diretor(a) da Unidade Acadêmica ou da Unidade Administrativa
Ituiutaba, 19 de agosto de 2010.

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MODELO DE Projeto literatura na escola

  • 1. PROJETO DE EXTENSÃO Identificação do(a) coordenador(a): Coordenador(a) do Projeto Karina Klinke; Professor Adjunto III, FACIP/UFU, Doutora em Educação. E-mail: karinaklinke@pontal.ufu.br Título do Projeto de Extensão: LITERATURA NA ESCOLA Resumo do Projeto: O projeto de extensão se insere nas atividades desenvolvidas pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Leitura, Escrita e Literatura (GEPLEL) e tem por objetivo colaborar para a atualização de professores dos Anos Iniciais de Ensino Fundamental (inclui modalidade EJA) do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba/MG, no que diz respeito às práticas escolares de ensino e de usos da literatura nas escolas e bibliotecas. Propõe um curso de atualização desses professores, a ser desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Ituiutaba/MG, no qual os professores terão oportunidade de desenvolver estudos bibliográficos, reflexões de suas práticas de ensino e de leitura literária, conhecer e desenvolver técnicas para uso da literatura nas aulas e nas bibliotecas com objetivo de formar leitores, desenvolver sua capacidade de escrita, alterar as práticas escolares de ensino e usos da literatura. Os resultados esperados são: desenvolver uma prática de leitura literária e de ensino de leitura literária mais condizente com a formação de leitores proposta nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (1997). Período de Duração do Projeto: Abril a Novembro/2011 Local de Realização do Projeto: Faculdade de Ciências Integradas do Pontal; Centro Municipal de Assistência Pedagógica e Aperfeiçoamento Permanente de Professores (CEMAP) de Ituiutaba/MG; Escolas de Ensino Fundamental do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba/MG.
  • 2. Público Alvo: Professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (inclui modalidade EJA) do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba/MG. Órgãos Participantes: - Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Ciências Integradas do Pontal; - Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Ituiutaba/MG. Detalhamento da proposta Introdução e Justificativa: Este projeto integrará as atividades acadêmicas que o Grupo de Estudos e Pesquisas em Leitura, Escrita e Literatura (GEPLEL) desenvolve desde sua fundação em 2006, como os projetos de pesquisa desenvolvidos pela coordenadora – Práticas de Leitura e Escrita de Jovens e Adultos: resignificando a vida (UFSM, 2006-2008); Experiências femininas de leitura e escrita e a constituição de si no espaço público: uma história cultural (UNICAMP, 2008-2009); Mulheres assentadas e suas leituras como experiência política (2009-2011) – os mini-cursos realizados em congressos internacionais e regionais – Abordagens teórico-metodológicas das pesquisas sobre leitura e escrita e suas implicações para o campo da história da educação (IX CIHELA, 2009) e Um balanço das pesquisas sobre leituras e suas implicações para o campo historiográfico (XVII Encontro Regional da ANPUH, 2010) – o Simpósio História da Leitura e da Escrita no Brasil (XVII Encontro Regional da ANPUH, 2010) e o GT Escolarização da literatura e da leitura literária: fronteiras e diversidades (II SELL, 2009), ambos coordenados pela proponente deste projeto. Os estudos desenvolvidos no GEPLEL e nos projetos individuais constatam que nas últimas décadas a mundialização econômica e informacional trouxeram, sem dúvida, novas configurações que demoliram algumas certezas e valores arraigados pela sociedade eurocêntrica, sobretudo aqueles universalizados. Ademais, a diluição das fronteiras territoriais e do Estado-Nação, as migrações e diásporas, o pós- colonialismo, o feminismo, os movimentos negro e homossexual deram também o tom principal dessa nova ordem, que se constituiu sobre deslocamentos de olhares que até então não se punham como questionáveis em suas bases conceituais. Por outro lado, as novas tecnologias e a massificação da cultura midiática levaram para primeiro plano a entronização da imagem, concomitante ao desprestígio
  • 3. da alta cultura e o fim da sociedade logocêntrica. Nessa perspectiva, a Literatura como guardiã da narrativa da cidade das letras perdeu a valorização anterior, principalmente quando seus modelos e fundamentos se tornaram motivos de questionamento, tanto pela crítica literária, quanto por seus próprios produtores. O forte abalo que os cânones universais sofreram desde o Modernismo é apenas um de seus resultados mais espesso, e que vem se desdobrando em tantas possibilidades; a mais importante, para esse projeto de pesquisa, é o tratamento que literatura tem recebido nos últimos tempos no processo de escolarização nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Segundo o PCN de Língua Portuguesa para os anos iniciais do Ensino Fundamental, É importante que o trabalho com o texto literário esteja incorporado às práticas cotidianas da sala de aula, visto tratar-se de uma forma específica de conhecimento. Essa variável de constituição da experiência humana possui propriedades compositivas que devem ser mostradas, discutidas e consideradas quando se trata de ler as diferentes manifestações colocadas sob a rubrica geral de texto literário. (BRASIL, 1997, p. 29) A forma específica de conhecimento e as propriedades compositivas do texto literário às quais se refere o PCN, no entanto, têm sido desenvolvidas pelos(as) professores(as) dos Anos Iniciais, sem formação em Letras, de modo mais utilitário do que propriamente para “valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição estética, sendo capazes de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos”, como propõem os objetivos gerais da Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental. (BRASIL, 1997, p. 33) O texto do próprio PCN explicita essa situação: [...] uma série de equívocos que costumam estar presentes na escola em relação aos textos literários, ou seja, tratá-los como expedientes para servir ao ensino das boas maneiras, dos hábitos de higiene, dos deveres do cidadão, dos tópicos gramaticais, das receitas desgastadas do “prazer do texto”, etc. Postos de forma descontextualizada, tais procedimentos pouco ou nada contribuem para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades, os sentidos, a extensão e a profundidade das construções literárias. (BRASIL, 1997, p. 30) Esta condição também é observada através dos Relatórios de Observação in loco das alunas que desenvolvem o Projeto Integrado de Prática Educativa (PIPE) no Curso de Pedagogia da FACIP/UFU. Práticas de leitura nos Anos Iniciais que têm desconsiderado a literatura como exercício de formação de leitores ao utilizá-la como meio para ensinar conteúdos programáticos, restringindo-se a recortes de textos existentes em livros didáticos e não a livros literários, e quando esses são adotados se aplicam avaliações de leitura que geram mais o desgosto pelo ato de ler do que o “prazer do texto”. Observamos que um dos fatores que contribui para essa realidade é o desconhecimento dos significados da leitura literária para a formação de leitores por parte dos(as) professores(as) que lecionam nos Anos Iniciais. Existe, ainda, um desculpismo por parte desses profissionais sobre a falta de condições financeiras dos alunos das escolas públicas para o acesso aos livros literários, mas
  • 4. sabemos que tanto as bibliotecas públicas, quanto a biblioteca escolar e a biblioteca de classe são recursos suficientes para o exercício constante da leitura literária, como aponta o próprio PCN: Na biblioteca escolar é necessário que sejam colocados à disposição dos alunos textos dos mais variados gêneros, respeitados os seus portadores: livros de contos, romances, poesia, enciclopédias, dicionários, jornais, revistas (infantis, em quadrinhos, de palavras cruzadas e outros jogos), livros de consulta das diversas áreas do conhecimento, almanaques, revistas de literatura de cordel, textos gravados em áudio e em vídeo, entre outros. Além dos materiais impressos que se pode adquirir no mercado, também aqueles que são produzidos pelos alunos — produtos dos mais variados projetos de estudo — podem compor o acervo da biblioteca escolar: coletâneas de contos, trava-línguas, piadas, brincadeiras e jogos infantis, livros de narrativas ficcionais, dossiês sobre assuntos específicos, diários de viagens, revistas, jornais, etc. A biblioteca de classe não precisa ser excessivamente ampla no que se refere ao número de volumes disponíveis. Ao contrário, é preciso que a variedade de materiais e títulos esteja garantida, o que permite uma diversificação de leitura aos alunos. Também é possível que se tenha, em algumas situações, um volume para cada aluno de um único título: nesse caso, é preciso que se tenham propostas específicas de trabalho que justifiquem essa opção. Do acervo da classe também podem constar produções dos próprios alunos. (grifos nossos, BRASIL, 1997, p. 61) Ambos os recursos não têm sido utilizados nas escolas públicas, salvo algumas exceções. Acredita-se que pelo desconhecimento das possibilidades que essas bibliotecas podem oferecer para a prática da leitura literária, além do valor dela mesma para a formação geral dos(as) alunos(as). O desinteresse pela literatura não é um fenômeno isolado apenas na escola brasileira, pois como anuncia PERRONE-MOISÉS (2008, p.14), “o mesmo descrédito e a mesma diminuição do ensino de literatura têm ocorrido em vários países, como Portugal e França”. Bem como um fenômeno recente, pois como se pode observar desde os anos de 1968 que vem se falando de uma crise no ensino da literatura, prova disso são os comentários de Lígia Leite. Não é por acaso que, na França, o problema do ensino de literatura começa a ser discutido mais sistematicamente, a partir de 1968, quando os estudantes, forçando a abertura de uma Universidade encastelada para as contradições do mundo moderno, colocavam em questão tudo o que, no tranqüilo e monacal espaço da Academia, era tido como um dado. A começar pela função das humanidades e, entre elas, a literatura. Por que se ensina literatura? Por que se deve aprender literatura? O que se ensina quando se ensina literatura? (LEITE, 1983 p. 36) No Brasil, um dos primeiros a fazer uma reflexão mais pontuada sobre o ensino da literatura parece ter sido Osman Lins em seu livro Do ideal e da gloria, quando discute sua prática de professor de língua e literaturas portuguesas. Em um de seus artigos comenta que ao trabalhar em sala do Curso de Letras com escritores como Gabriel Soares, Padre José de Anchieta e Padre Antonio Vieira, a reação foi: “os olhos dos alunos brilham de recusa e atravessam o professor como balas. Que temos com essa gente? – parecem dizer-nos. Não é para isso que estamos aqui. Queremos algo mais vivo e mais divertido”. Nota-se dessa forma que o autor toca em pontos que estavam se iniciando como questionamento e, com o passar do tempo, não deixaram de se suplementarem, tanto que as perguntas levantadas pelos estudantes franceses e brasileiros ainda não foram respondidas, ou pelo menos estão sempre prontas
  • 5. para ganharem novas respostas e questionamentos. Ainda que sejam indagações de alunos universitários, não são muito diferentes das que hoje se vêem na boca de estudantes do Ensino Fundamental: o que é literatura? para que serve? o que é um bom livro? Se hoje alguns acham muito ingênuo responder pelo viés da linguagem literária, da estética e da arte, há que se pensar também como PERRONE-MOISÉS (2008, p.20), que sai em defesa de uma prática contrária a que chama de modismo. Cabe então, ao professor de literatura, escolher as obras que proporá aos alunos, não em função de uma atualidade que pode ser apenas um modismo, mas em função das qualidades literárias de uma obra, passada ou recente. O tema não deve ser predominante na escolha, porque o que caracteriza a obra literária é o como e não o que, sendo que a significação não está, nela, separada da forma. É patente demais dizer que nos últimos 50 anos as formas de perceber o literário foram se transformando, quer pela avalanche de novas teorias, quer pelo aparecimento de novas obras literárias, quer ainda por fatores externos aos educacionais. Mas em que medida os livros literários têm circulado na comunidade de docentes, principalmente os da rede pública? Esta é uma das questões postas como pesquisa dentro deste projeto de extensão, a fim de que o levantamento da circulação da literatura nas escolas contribua para apresentar caminhos na formação de leitores na atividade extensionista aqui proposta de atualização dos professores dos Anos Iniciais do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba. Objetivos: OBJETIVO GERAL: Capacitar professores(as) dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (incluindo a modalidade EJA) do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba para o trabalho com literatura nas escolas e bibliotecas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Proporcionar aos professores: • Analisar o PCN de língua portuguesa; • Estudar sobre o papel da literatura para a formação do leitor; • Refletir sobre os usos da literatura nas práticas escolares; • Conhecer técnicas de usos da literatura nas escolas para a formação de leitores; • Elaborar propostas de alteração das práticas escolares de leitura; • Praticar a leitura literária; • Relatar as experiências vividas no Curso;
  • 6. • Escrever seu próprio livro literário. Metas: Proporcionar formação continuada de professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (incluindo a modalidade EJA) do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba para o trabalho com literatura em escolas e bibliotecas, através de: • Análise reflexiva do PCN de língua portuguesa em relação à prática dos professores no ensino da literatura; • Estudo bibliográfico sobre o papel da literatura na escola para a formação de leitores; • Reflexões sobre os usos da literatura nas práticas escolares dos professores; • Apresentação de técnicas de usos da literatura nas escolas visando a formação de leitores; • Elaboração de propostas de alteração das práticas escolares de leitura propostas pelos professores; • Prática da leitura literária; • Desenvolvimento da escrita em relatos das experiências vividas durante o Curso; • Orientação de escrita de livro literário, desde o texto até a confecção do livro; • Avaliação do Curso e projeção de outros cursos de interesse dos professores. Metodologia: Oferta de um Curso de Atualização para os(as) professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (inclui modalidade EJA) do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba/MG, com apoio da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Ituiutaba e do Centro Municipal de Assistência Pedagógica e Aperfeiçoamento Permanente de Professores (CEMAP), na disponibilização de espaço físico e horários de trabalho dos professores para participação no Curso. O Curso deve ter início em abril de 2011 e término em outubro de 2011, com uma carga horária total de 72h. Será distribuído em 2 módulos, com encontros quinzenais em um dia da semana definido pela coordenação do CEMAP, conforme calendário letivo da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Ituiutaba e a carga horária dos(as) professores(as). O 1° Modulo deve ser desenvolvido entre abril e junho de 2011, com encontros presenciais para discussão e análise do PCN e do referencial teórico e para reflexões sobre as práticas escolares desenvolvidas pelos professores. As leituras serão desenvolvidas fora dos encontros, sendo 6 encontros de 3 horas cada, com um total de 18h, mais 18h para as leituras, perfazendo um total de 36 horas neste módulo.
  • 7. O 2° Módulo deve ser desenvolvido entre agosto e outubro de 2011, com atividades coletivas para conhecimento de técnicas para os usos da literatura nas escolas e elaboração de propostas para utilização dessas técnicas, durante 6 encontros de 3 horas cada, somando um total de 18h. Atividades individuas supervisionadas pela aluna bolsista de aplicação das técnicas em sala de aula, práticas de leitura literária e escrita de livro literário, desenvolvidas sob orientação da coordenadora do projeto fora dos encontros, em mais 18h, perfazendo um total de 36 horas neste módulo. Ambos os módulos somam um total geral de 72h de Curso. As avaliações acontecerão durante todo o Curso através do relato oral e escrito sobre o desenvolvimento do mesmo no que tange às aprendizagens, às reflexões desenvolvidas, à prática docente, à leitura e escrita literária. A cada encontro os(as) professores(as) devem trazer uma escrita contendo seu posicionamento sobre o encontro anterior e as atividades desenvolvidas fora dos encontros, compondo um diário, que será organizado em pasta classificadora na conclusão do Curso. Ações: • Estudar, junto com os professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (inclui modalidade EJA) do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba/MG, bibliografia que fundamente a reflexão de suas práticas de ensino e usos escolares da literatura; • Proporcionar reflexões sobre as práticas de ensino e usos escolares da literatura; • Ensinar e desenvolver com os professores técnicas de usos da literatura nas aulas e nas bibliotecas com objetivo de formar leitores; • Desenvolver a capacidade de leitura literária dos professores através do estímulo e de orientações de leitura literária; • Desenvolver a capacidade de escrita dos professores através da produção orientada de relatórios sobre as atividades do Curso; • Intervir nas práticas de leitura literária desenvolvidas pelos professores individualmente e nas aulas ministradas; • Avaliar o Curso e elencar propostas de outros cursos de interesse dos professores. Cronograma de execução: Atividades Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. 1° Mod. – Leituras fora dos encontros x x x 1° Mod. – Análise do PCN x 1° Mod. – Reflexões x x x
  • 8. sobre o uso da literatura para formação de leitores Prática de litura literária x x x x x x x Relatos sobre o desenvolvimento do Curso x x x x x x Entrega de relatório parcial pela bolsista x 2° Mod. – Apresentação de técnicas de usos da literatura nas escolas e elaboração de propostas a serem desenvolvidas nas escolas x x x 2° Mod. – Escrita de livro literário x x x Elaboração de pasta classificadora com os relatos. x Entrega de relatório final pela bolsista x Recursos Humanos envolvidos: 1) Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Ciências Integradas do Pontal: - Professora Coordenadora: Karina Klinke. Principal ministrante do Curso e orientadora de relatórios e leituras. Carga horária semanal dedicada ao Projeto: 10h. - Profa. Mical de Melo Marcelino. Ministrante do Curso. Carga horária total dedicada ao Projeto: 08h. - Claudiane Rosa Mathias (Aluna do Curso de Pedagogia FACIP/UFU, mat. 92465). Auxiliar no Curso e supervisora das atividades a serem desenvolvidas nas Escolas de Ensino Fundamental. Carga horária semanal dedicada ao Projeto: 20h. - Luciana Moura Silva (Aluna do Curso de Pedagogia FACIP/UFU, mat. 92689). Auxiliar no Curso e supervisora das atividades a serem desenvolvidas nas Escolas de Ensino Fundamental. Carga horária semanal dedicada ao Projeto: 20h. 2) Outras Universidades Federais: - Profa. Selma Martines Peres (UFG-Catalão). Ministrante do Curso. Carga horária total dedicada ao Projeto: 08h.
  • 9. - Prof. Márcio Araújo de Melo (UFT-Araguaína). Carga horária total dedicada ao Projeto: 08h. 2) Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Ituiutaba/MG: - Profa. Joelma da Silva Almeida (coordenadora do CEMAP); - Professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (incluindo a modalidade EJA) do Sistema Municipal de Ensino de Ituiutaba/MG. Participantes beneficiários do Curso de Atualização, com carga horária total de 72h. Orçamento: MATERIAIS VALOR INDIVIDUAL APROXIMADO EM REAIS QUANTIDADE VALOR TOTAL APROXIMADO EM REAIS Bolsa 364,00 08 2.912,00 Fardos de Papel Chamex 12,00 50 600,00 Potes de tinta cores primárias e secundárias 8,00 40 320,00 Encadernações (serviços de terceiros) 2,50 100 250,00 Caixas de papel cartão 12,00 20 240,00 Papel Kraft 0,30 100 300,00 Tesoura 6,00 50 300,00 Caixas de giz de cera grosso 8,00 20 160,00 Folhas pautadas 0,10 1000 100,00 Tubos grandes de cola para papel 8,00 10 80,00 Tonner 120,00 3 360,00 Caixas de lápis de cor Faber Castel com 24 cores 20,00 15 300,00 TOTAL 5.922,00 Observações: I. Incluir no TOTAL a mensalidade para o(s) bolsista(s). II. Os itens relacionados a serviços de terceiros (Pessoa Jurídica) e material de consumo deverão estar devidamente especificado. III. Os recursos do Projeto não poderão ser destinados para passagens, diárias, materiais permanentes e compra de lanches e marmitex. Caso o Projeto destine verbas para
  • 10. itens não previstos neste edital, será eliminado do processo de seleção Referências Bibliográficas: BIBLIOGRAFIA A SER ESTUDADA NO CURSO: BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília, 1997. Disponível em: < http://www2.redepitagoras.com.br/main.asp?TeamID={26FB5E44-C3D8-41BD-A4A6- 9C38ED1977FC}> Acesso em: 16 ago. 2010 EVANGELISTA, A. A. M. (Org.) ; MACHADO, M. Z. V. (Org.) ; PAIVA, A. (Org.) ; PAULINO, Graça (Org.) . Escolhas (Literárias) em jogo. 1. ed. Belo Horizonte: Ceale/Autêntica, 2009. v. 1. 205 p. PAULINO, Graça; WALT, Ivete. Leitura Literária: enunciação e encenação. Disponível em <http://www.ich.pucminas.br/posletras/Leitura%20literaria- enunciacao%20e%20encenacao%20_definitivo_.pdf> Acesso em: 16 ago. 2010 PAULINO, Graça . Reprovando o trágico: sociedade de consumo e poesia na escola. Revista Mal- Estar e Subjetividade, v. 8, p. 803-828, 2008. PAULINO, Graça ; GRIJO, A. A. . Letramento literário: mediações configuradas pelos livros didáticos. Revista da FACED, v. 9, p. 103-116, 2006. PAULINO, Graça ; PAIVA, A. ; PINHEIRO, M. Passos . Literatura e leitura literária na formação escolar. 1. ed. Belo Horizonte: UFMG, 2006. v. 1. 72 p. ZILBERMAN, Regina ; COSSON, R. ; PAULINO, Graça ; LAJOLO, Marisa; RÖSING, Tania . Letramento literário: para viver a literatura dentro e fora da escola. In: Regina Zilberman; Tania Rösing. (Org.). Escola e leitura: velha crise, novas alternativas. 1 ed. São Paulo: Global, 2009, v. 1, p. 61-79. REFERÊNCIAS: BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília, 1997. Disponível em: < http://www2.redepitagoras.com.br/main.asp?TeamID={26FB5E44-C3D8-41BD-A4A6- 9C38ED1977FC}> Acesso em: 16 ago. 2010 LEITE, Lígia Chiappini Moraes. Invasão da catedral: literatura e ensino em debate. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1983. LINS, Osman. Do ideal e da glória: problemas inculturais brasileiros. São. Paulo: Summus, 1977. PERRONE-MOISÉS, Leyla. “O ensino da literatura”. In: Nitrini, Sandra et al. Literatura, Artes e Sabres. São Paulo: Aderaldo & Rothschild: Abralic, 2008. ____________________________________________________________ Assinatura do(a) coordenador(a) do projeto _________________________________________________________________ Assinatura do(a) coordenador(a) do Núcleo de Extensão (se couber)
  • 11. ___________________________________________________________________ Carimbo e assinatura do(a) Diretor(a) da Unidade Acadêmica ou da Unidade Administrativa Ituiutaba, 19 de agosto de 2010.