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Implementação do Sistema HACCP numa Queijaria

  1. Implementação do Sistema HACCP numa Queijaria
  2. Aspectos abordar Introdução; O que é o sistema HACCP?; Enquadramento legal; Projecto; Implementação do Sistema HAACP na “Queijaria Ideal”; Benefícios e Vantagens; Desvantagens; Conclusão
  3. Introdução • Actualmente todos os estabelecimentos públicos de produção e manipulação de produtos alimentares carecem de implementação de um sistema de HACCP; • Este sistema é uma ferramenta preventiva na metodologia de autocontrolo, segurança e higiene alimentares, bem como no estabelecimento de boas práticas; • Deve ser adaptado a cada estabelecimento e cada produto, não podendo ser o mesmo para dois locais diferentes; • Deve também ser um processo prático de melhoria continua e não, um plano estático e burocrático.;
  4. Introdução (cont.) • Objectivo implementar um sistema de HACCP numa queijaria • São abordados os seguintes aspectos: – explicação do sistema; – enquadramento legal; – criação do projecto em sim, com a definição dos princípios metodológicos; – implementação específica na queijaria, com a determinação dos respectivos pontos críticos de controlo e medidas preventiva; – benefícios e vantagens dessa mesma implementação; – actividade do Técnico de Saúde Ambiental; – curiosidades
  5. Introdução (Cont.) • Definições: • Perigo: agente microbiológico, químico ou físico, presente no alimento ou a condição em que este pode ocorrer, que pode causar um efeito adverso à saúde. • Risco: probabilidade de um dado perigo ocorrer. • Ponto crítico de controlo: ponto, procedimento, etapa, local ou situação susceptível de causar perigo de contaminação do alimento e a qual deve carecer de um controlo sistemático de modo a prevenir, reduzir a níveis aceitáveis ou mesmo eliminar o perigo. • Controlo/ monitorização: procedimentos sistemáticos que visam a verificação e melhoria de todos os aspectos do plano de HACCP.
  6. Introdução (Cont.) • O estabelecimento em questão apresenta as seguintes características gerais: • Produção de queijo fresco de leite de vaca pasteurizado; • Gasto diário de 5000L de leite; • Produção de 22 500 queijos de 60g cada um, • Comercialização em copos de poliestireno; • Para consumo de todo o público em geral, a cru ou em preparações culinária.
  7. Sistema HACCP O que é? Em que consiste? Visão actual do sistema Pré- requisitos Requisitos do sistema Princípios Etapas
  8. • A última década do século XX ficou marcada por mudanças e desenvolvimento tecnológico a nível alimentar • Inclui o local onde são produzidos os animais, o leite, os cereais e vegetais, até à mesa do consumidor, evitando que estes produtos se transformem em fonte de doença. introdução do conceito de inocuidade dos alimentos somos responsáveis pela manutenção
  9. Como surgiu o HACCP • Foi preconizado por microbiologistas nos anos 30 e aplicado, pela primeira vez, nos EUA pela Pillsbury Corporation e NASA, no fabrico da alimentação dos astronautas (1957), onde não poderia ocorrer distúrbio que pusesse em risco a missão espacial APOLLO. Hazard Analysis Points Control Critical Análise dos Riscos e Controlo dos Pontos Críticos
  10. • O HACCP foi desenvolvido para ser aplicado aos factores associados à matéria-prima, ingredientes, processo de produção, processamento prevenir a ocorrência de contaminações Garantindo a inocuidade do produto final
  11. • O conceito HACCP foi apresentado ao público pela primeira vez em 1971; • Identificava-se PCC como o ponto cuja perda de controlo poderia resultar num perigo inaceitável para a inocuidade do alimento; • Na Europa, por volta de 1985, o HACCP ganha popularidade crescente preocupação dos fabricantes em produzirem alimentos seguros e de boa qualidade
  12. • O sistema visa identificar as etapas críticas onde podem ocorrer perigos alimentares, bem como exercer sobre as mesmas um controlo efectivo; • Sistema preventivo que busca a produção de alimentos inócuos , englobando a produção e manuseamento - “do prado ao prato”; • O conceito básico destacado pelo HACCP consiste na prevenção. Os agricultores e produtores agro-pecuários, as pessoas encarregadas do manuseamento e distribuição e o consumidor devem possuir toda a informação necessária sobre o alimento e os procedimentos relacionados com o mesmo, pois só assim se poderá identificar o local onde uma hipotética contaminação possa ter ocorrido.
  13. Visão actual do HACCP • Tem sido crescente a preocupação dos responsáveis políticos pela elevação dos padrões de protecção da saúde humana e da vida; • As alterações legislativas, a publicação de novos referenciais e uma fiscalização mais apertada vieram enfatizar a questão da segurança alimentar
  14. • Nas últimas décadas do século XX, a população mundial alterou substancialmente os hábitos alimentares, o que provocou um aumento de surtos de doença; • Um controlo higiénico eficaz na produção, preparação e distribuição dos alimentos, torna-se fundamental para evitar as consequências nefastas para a saúde pública sistema de segurança alimentar
  15. • O sistema está concebido para identificar os perigos, estabelecer o seu controlo e para os monitorizar. Pretende reduzir o risco da sua ocorrência na cadeia alimentar; • Neste âmbito muitas são as questões que se colocam: • O que é o HACCP? • Onde se aplica o sistema de HACCP? • Este sistema é obrigatório?
  16. O que é? • Sistema de segurança alimentar concebido para prevenir ou minimizar, os riscos alimentares, através do controlo dos factores capazes de prejudicar a qualidade dos alimentos no que se refere à probabilidade de contaminações químicas, físicas ou biológicas dos alimentos, identificando os perigos específicos no decorrer das várias etapas de produção (recepção da matéria-prima, armazenagem, preparação e confecção do produto final); • Identifica os perigos específicos e as medidas preventivas para o seu controlo em todas as etapas de produção e baseia-se numa abordagem sistemática, documentada e verificável;
  17. • Resulta da aplicação do bom senso numa reflexão sobre : • O que é o meu produto? • Que perigos estão associados ao meu processo? • Em que etapas do processo podem ocorrer? • Qual a probabilidade destes perigos constituírem um risco para os consumidores? • Como devo prevenir ou controlar esses perigos por forma a garantir a segurança dos consumidores?
  18. Onde se aplica? • Todas as fases de produção, transformação e distribuição de alimentos, ou seja, desde a produção primária até ao fornecimento dos alimentos ao consumidor; • Todas as actividades que forneçam produtos/ materiais para alguma fase da cadeia alimentar (transportadores ou fabricantes de recipientes/ contentores para alimentos);  Possibilidade de analisar várias vertentes de um qualquer processo de transformação, armazenamento ou expedição de géneros alimentícios.
  19. Pré-requisitos • Antes da implementação do sistema, importa verificar o cumprimento de alguns pré-requisitos - pontos de partida para o controlo dos perigos • Instalações e infra-estruturas; • Higiene pessoal e formação; • Higiene de utensílios, equipamentos e instalações; • Controlo de pragas; • Controlo das operações/ Boas práticas de higiene (ex: armazenagem).  Conjunto de normas gerais dirigidas para o sector alimentar, aos quais qualquer operador do sector alimentar deve dar cumprimento, dependendo da especificidade e do sector a que se destinam.
  20. Higiene pessoal • As contaminações nos alimentos surgem muitas vezes por falta de rigor no manuseamento, higiene pessoal ou hábitos dos operadores e outros indivíduos que possam entrar em contacto com os alimentos. • Como tal deve ser assegurado que os operadores disponham de:  Formação adequada no posto de trabalho uma vez que, por vezes o conhecimento de que uma contaminação pode existir é suficiente para esta seja evitada;  Hábitos de higiene adequados (como lavar as mãos no início da actividade e sempre que possa existir uma contaminação cruzada)e sensibilização para o estado de saúde;  Comportamentos pessoais adequados que evitem fumar, beber, espirrar, tossir, comer ou mascar na presença de alimentos desprotegidos.
  21. • Todos os indivíduos envolvidos na manipulação, produção, transporte e comercialização devem apresentar formação em segurança alimentar; • Esta deve ser encarada como um investimento para adquirir conhecimentos, aptidões e atitudes para desempenhar as tarefas de forma satisfatória.
  22. Instalações 1. Localização • As instalações onde sejam produzidos produtos alimentares devem estar localizadas em áreas:  Ambientalmente não poluídas para minimizar potenciais fontes de contaminação ou na impossibilidade de tal, devem ser criadas medidas para minimizar a contaminação;  Onde permitam minimizar a poluição;  Longe de cursos de água ou áreas sujeitas a cheias;  De modo a evitar áreas de elevado perigo de fogos florestais ou na impossibilidade de tal, criar uma área de protecção em redor do estabelecimento;  De fácil comunicação e acesso com exterior.
  23. Controlo de pragas • Nos locais onde se manipulam, armazenam e expõem alimentos, deve efectuar-se o controlo de pragas a fim de evitar a contaminação e garantir a segurança. • O controlo de pragas pode contemplar medidas de carácter preventivo ou de carácter correctivo. As primeiras têm como objectivo minimizar a possibilidade das pragas entrarem nas instalações, enquanto que as acções correctivas visam a correcção das situações quando estas ocorrem, nomeadamente através da eliminação física das pragas.
  24. Requisitos do Sistema HACCP • O Sistema HACCP baseia-se em 7 princípios técnicos e científicos que devem ser usados e considerados na sua aplicação e têm por finalidade, garantir a inocuidade dos alimentos: – 1º Princípio - Análise dos perigos (identificando os potenciais perigos associados à produção de um dado alimento e determinando a probabilidade de ocorrência dos perigos); – 2º Princípio - Identificação dos Pontos Críticos de Controlo (PCC); – 3º Princípio - Estabelecimento dos Limites Críticos para cada Ponto Crítico de Controlo (PCC) que assegurem que estes estão sob controlo; – 4º Princípio - Estabelecimento de procedimentos de monitorização para controlo de cada ponto crítico, através de testes ou observações programadas;
  25. – 5º Princípio - Estabelecimento das Acções Correctivas a tomar quando um dado PCC se encontra fora dos níveis aceitáveis; – 6º Princípio - Estabelecimento de procedimentos para a verificação que evidenciem que o sistema HACCP funciona efectivamente; – 7º Princípio - Estabelecimento de sistemas de registo e arquivo de dados que documentem todo o plano de HACCP (nomeadamente, documentação relativa aos procedimentos a adoptar).
  26. Etapas do Sistema HACCP • A implementação prática do sistema segue uma metodologia constituída por 14 etapas sequenciais. Estas estão relacionadas com os princípios, sendo adicionados alguns pré-requisitos necessários à implementação do sistema e que, correspondem à estruturação da equipa que vai desenvolver o estudo e planeamento do HACCP e à recolha de toda a informação de suporte necessária para a realização da análise de perigos.
  27. • As 14 etapas da metodologia HACCP são as seguintes: – 1º - Definição do âmbito de estudo do plano HACCP; – 2º - Constituição da equipa HACCP; – 3º - Descrição do produto para o qual se implementa o HACCP; – 4º - Identificação do uso pretendido do produto para o qual se implementa o HACCP; – 5º - Construção do fluxograma de fabrico do produto para o qual se implementa o HACCP; – 6º - Confirmação do fluxograma de fabrico do produto para o qual se implementa o HACCP no local de produção; – 7º - Identificação e análise de perigos e das suas medidas preventivas, associado ao Princípio 1;
  28. – 8º - Determinação dos pontos críticos de controlo, relacionado com o Princípio 2; – 9º - Estabelecimento dos limites críticos de controlo para cada PCC, isto é, segundo o Princípio 3; – 10º - Estabelecimento do sistema de monitorização para cada PCC, contraposto com o Princípio 4; – 11º - Estabelecimento de acções correctivas, associado ao Princípio 5; – 12º - Estabelecimento de procedimentos de verificação ao sistema HACCP relacionado com o Princípio 6; – 13º - Estabelecimento de registos e documentação do sistema HACCP, segundo o Princípio 7; – 14º - Revisão do Plano HACCP.
  29. O que se pretende com cada etapa? • Na primeira etapa devem ser definidos os pontos de referência e os limites considerados para o Plano - como a linha do processo, o produto, o tipo de perigos a considerar (físicos, químicos ou biológicos). • Posteriormente, constitui-se a equipa HACCP, responsável pela elaboração, implementação e manutenção do Sistema na empresa. Esta, deve ter formação em HACCP e normalmente não excede os 6 elementos. É uma equipa multidisciplinar.
  30. • Na etapa seguinte deve ser feita a descrição do produto (informação sobre a composição e propriedades físico-químicas, durabilidade, condições de armazenamento e sistema de distribuição). • A identificação dos potenciais consumidores do produto é bastante importante para uma avaliação rigorosa dos riscos a ele associados. Esta indicação pode tornar necessária a rotulagem específica. Isto concretiza-se na quarta etapa. • No que respeita à elaboração do fluxograma, este é de formato livre, podendo ter mais ou menos informação dependendo da utilização. Deve incluir todos os passos do processo em sequência, assim como ser bem legível e de fácil compreensão.
  31. • Depois da elaboração é imprescindível a confirmação do fluxograma, pois existem sempre pequenas alterações. Esta verificação deve ser feita durante todos os turnos e envolver os membros da equipa HACCP. É aconselhável a manutenção de registos das alterações em actas ou relatórios. • Na etapa referente à identificação e análise de perigos e das suas medidas preventivas, surge a primeira dificuldade na elaboração do Plano HACCP. É muito importante assegurar que a equipa restringe o estudo aos termos de referência definidos, caso contrário corre o risco de se dispersar e tornar a análise dos perigos demasiado complexa. • Deve avaliar-se cada etapa do fluxograma para determinar os perigos que podem ser introduzidos ou se existem medidas preventivas disponíveis para esse perigo.
  32. • Uma vez identificados os perigos podem decidir-se as medidas preventivas e de controlo. • É importante identificar os pontos do processo nos quais o controlo é crítico (PCC). Para um dado perigo identificado pode existir mais do que um PCC e não existe um limite para o número de PCC que cada processo produtivo pode ter. • No estabelecimento dos limites críticos de controlo para cada PCC, o limite crítico é um critério que separa a aceitabilidade da inaceitabilidade em termos de segurança do produto e deve ser estabelecido e validado para cada PCC.
  33. • A monitorização é a medida ou observação programada de um PCC em relação aos seus limites críticos para detectar situações fora de controlo. • Um plano de acções correctivas descreve os procedimentos a adoptar caso o valor a medir ultrapasse os limites críticos. O plano de acção deve conter: – Acção a tomar de imediato; – Quem deve ser informado e o tipo de relatório a fazer; – Destino do produto não conforme; – Investigação sobre a possível causa do problema e sua prevenção; – Responsável pela decisão tomada. • Após a acção correctiva pode ser necessário efectuar uma revisão ao sistema de modo a evitar a repetição do problema. Os procedimentos relativos aos desvios e à eliminação dos produtos devem ser documentados em registos de HACCP.
  34. • Os procedimentos de verificação permitem determinar se o sistema está de acordo com o Plano HACCP definido e a sua frequência deve ser suficiente para confirmar que o sistema está a funcionar eficazmente. • Entre os procedimentos de verificação incluem-se: – Auditorias ao Sistema de HACCP e seus registos; – Revisão das acções correctivas; – Confirmação que os PCC estão sob controlo; – Medidas de validação que confirmem a eficácia de todos os elementos do Plano de HACCP; – Pesquisa de problemas aos produtos na cadeia de distribuição/postos de venda.
  35. • Um bom sistema de registo e arquivo é fundamental para o funcionamento eficaz do sistema de HACCP. • A revisão do Plano de HACCP é feita para verificar a adequação e necessidade de revisão.
  36. Em suma… • O Sistema HACCP é um importante método para se fazer um estudo sistematizado dos perigos que podem comprometer a segurança do produto, pois tem uma atitude voltada para o controlo ao longo do processo. • Contudo, existem alguns problemas na aplicação do HACCP, sobretudo ocasionados pela falta de motivação e informação dos empresários, falta de formação da maioria dos trabalhadores e dificuldade na constituição das equipas de qualidade responsáveis pelo plano de HACCP.
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