2. Apresentação
Maria Angélica G. Guglielmi
Enfermeira do trabalho – 25 anos de experiência em enfermagem
do trabalho em enpresas de grande porte
Conselheira - Coren–SP – Gestão 2008/2011
Vice Presidente ANENT – Gestão 2002/2006
Gestão 2006/2010
Auditora das Normas ISO 9001; 14000; OHSAS 18000
SA 8000
6. Análise do Cenário...
• os riscos;
• aspectos culturais;
• estilo de vida.
Processo complexo que exige técnicas
multidisciplinares.
7. Base para Programa de Promoção, Prevenção e
Proteção da Saúde do Trabalhador...
•princípios de higiene ocupacional;
•segurança do trabalho;
•ergonomia;
•nutrição; e
•aspectos psicossociais.
8. Higiene Ocupacional
“È a ciência e o saber voltados
ao reconhecimento, avaliação e
ao controle desses fatores
ambientais ou tensões, que
surgem no local de trabalho, ou
resultam dele, e que podem
prejudicar saúde e bem estar ou
provocar incapacidades nos
trabalhadores”.(AIHA; Horstman,1992)
10. Biossegurança
“Conjunto de ações voltadas para a prevenção,
minimização ou eliminação de riscos inerentes
às atividades em ambientes biotecnológicos.”
Riscos Inerentes
Biológicos, físicos, químicos, ergonômicos e mecânicos
(OMS)
12. NR 1 – DISPOSIÇÕES GERAIS
Port. 3214/Mtb
1.1 – As NRs relativas à Segurança e Medicina do
Trabalho, são de observância obrigatória pelas
empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos
de administração direta e indireta, bem como pelos
órgãos do poder legislativo e judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho.
13. NR 32 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE
NO TRABALHO EM ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
32.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR tem por
finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a
implementação de medidas de proteção à
segurança e à saúde dos trabalhadores em
estabelecimentos de assistência à saúde, bem como
daqueles que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde em geral.
14. Serviço de Saúde Ocupacional
Zelar pela saúde do
trabalhador, promovendo o
seu bem estar físico, mental e
social,visando paralelamente
a continuidade operacional e
o aumento da produtividade.
16. Acidentes de Trabalho - AT
O acidente é uma ocorrência súbita e inesperada com resultado indesejado
(Kayserleing,1988).
Aqueles que ocorrem pelo exercício do trabalho
a serviço da empresa, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a
morte, a perda ou redução da capacidade para
o trabalho, permanente ou temporária
Típico e de trajeto
Doenças ocupacionais
18. Fatores Psicossociais
• Fadiga e tensão
• Impactos dos rodízios de trabalho
– turno e noturno
• Horas extras, dobras de plantão
• Trabalho fragmentado e
parcelado
• Repetição de tarefas
• Ritmo acelerado
• Desqualificação do profissional
Fatores predisponentes ao AT
19. • Identificar os riscos
• Analisar e determinar a natureza
dos riscos que afetam a saúde
do trabalhador
• Corrigir as não-conformidades e
introduzir melhorias contínuas
• Assegurar que as formas de
controle atendam as
necessidades previstas
• Certificar que os problemas no
local de trabalho sejam
minimizados
Requisitos mínimos para Programa de Segurança e
Saúde
22. Riscos Físicos
1- Temperatura excessiva
Reconhecimento:
Operações de limpeza, desinfecção e esterilização de artigos e áreas
hospitalares
SND, restaurantes e laboratórios de análises clínicas no preparo de
soluções especiais
Berços aquecidos e incubadoras
Lavanderia
Casa das caldeiras
24. Fontes de Radiação
Equipamentos Emissores de Fótons
•Raios-X Convencional
•Raios-X Fluoroscopia
•Tomografia Computadorizada
•Densitometria Óssea
•Medicina Nuclear
25. Efeito por temperaturas elevadas
• Desgaste físico (perda de eletrólitos)
• Diminuição da performance
• Sobrecarga térmica desidratação
• Erupção da pele
• Câimbras
• Fadiga física
• Distúrbios psiconeuróticos
• Problemas cardiocirculatórios
• Insolação
26. Exposição – Raios-X
Proteção contra a radiação
• Aventais de chumbo
• Distância
• Blindagem oferece segurança de 90%
para a radiação
• Protetores de Tireóide e óculos Pb
• Dosimetro de Controle nas salas
27. RISCOS QUÍMICOS
Reconhecimento:
•Agentes de limpeza
•Desinfecção
•Esterilização
•Soluções medicamentosas (quimioterápicos, psicotrópicos, gases
medicinais)
•Produtos de manutenção de equipamentos hospitalares (óleos, graxas,
colas, solventes, mercúrio)
•Gases anestésicos
29. RISCOS DE ACIDENTES/ MECANICOS
Condições com potencial de
causar danos aos
trabalhadores nas mais diversas
formas, levando-se em
consideração o não
cumprimento das normas
técnicas previstas
30. Reconhecimento
Arranjo físico inadequado
Máquinas e equipamentos sem proteção
Ferramentas inadequadas ou defeituosas
Iluminação inadequada
Eletricidade
Armazenamento inadequado
Movimentação de macas
Mais comuns: escorregões e quedas
31. • PPR – Plano de Proteção Radiológica;
• PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço
de Saúde;
• Programas de Controle de Infecção Hospitalar elaborados
pela CCIH/SCIH;
• Programa Nacional de Imunização - (Portaria 597/04 do
Ministério da Saúde);
• PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
• CIPA/ Comissão de Ética
Viabilizar a implantação NR32
32. • Comitê Multidisciplinar
• Elaboração de check list/situação
• Distribuição do check List por área/grupo
• Estabelecer periodicidade de reuniões
• Apresentar análise de dados à Direção
• Propor adequações necessárias
• Utilizar recursos e mão de obra próprios
• Grupo de verificação de eficácia de ações
• Análise de falhas e correção
Planejar a implantação
34. 32.2.4.9.
O empregador deve assegurar capacitação aos
trabalhadores, antes do início das atividades e de forma
continuada, devendo ser ministrada:
• Sempre que ocorra uma mudança das condições de
exposição dos trabalhadores aos agentes biológicos;
• Durante a jornada de trabalho;
• Por profissionais de saúde familiarizados com os riscos
inerentes aos agentes biológicos.
Avanços:
A capacitação quanto aos riscos biológicos
35. O Programa além do previsto na NR-07, deve contemplar a
relação contendo a identificação dos trabalhadores , sua
função, o local em que desempenham suas atividades o risco a
que estão expostos; a vigilância médica; o programa de
vacinação.
Destaque: PCMSO
Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional, na visão NR-32
36. Como RT de Enfermagem :
• Conhecer a NR-32 no que diz respeito à área de
interesse e de foco assistencial da Instituição;
• Incentivar a participação dos colaboradores e
promover a divulgação da NR-32;
• Investir em ações conjuntas com a CIPA-CCIH e
SESMT da Instituição;
• Formar Comissão de Estudos sobre a NR-32, com
participação de Enfermeiros e demais colaboradores
O que cabe ao Enfermeiro
37. O que cabe ao Enfermeiro
• Levantar todos os riscos pertinentes à execução dos procedimentos
técnicos de Enfermagem que estejam compreendidos pela NR-32;
• Elaborar Protocolos Técnicos e Regimento Disciplinar Interno,
prevendo atitudes, condutas e posturas em questões previstas na NR-
32, relacionadas com o processo assistencial institucional;
• Promover reunião mensal para discussão de situações de risco
identificadas e ações pro-ativas necessárias;
• Levar ao conhecimento do COREN-SP situações que impliquem em
risco assistencial e profissional por não observância à NR-32
38. 32.2.4.3.2 O uso de luvas não substitui a lavagem das mãos, o que deve
ocorrer, no mínimo, antes e depois de usar luvas.
Lavatórios / toalheiros
32.2.4 Das Medidas de Proteção do Risco
Biológico
39. 32.2.4.4 Os trabalhadores com feridas ou lesões nos
membros superiores só podem iniciar suas atividades
após avaliação médica obrigatória com emissão de
documento de liberação para o trabalho.
32.2.4 - Das Medidas de Proteção do Risco
Biológico
41. O ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes
de contato nos postos de trabalho
32.2.4.5
O empregador deve vedar:
42. - o consumo de alimentos e
bebidas nos postos de
trabalho;
- a guarda de alimentos em
locais não destinados para
este fim.
32.2.4.5 O empregador deve vedar:
43. 32.2.4.6 Todo trabalhador
com possibilidade de
exposição a agentes
biológicos deve utilizar
vestimenta de trabalho
adequada e em condições
de conforto.
32.2.4.6.1 A vestimenta
deve ser fornecida sem ônus
para o empregado.
Vestimenta/ EPI no local de
trabalho
Medidas de Proteção do Risco Biológico
44. 32.2.4.6.4 A higienização
das vestimentas utilizadas nos
centros cirúrgicos e
obstétricos, serviços de
tratamento intensivo,
unidades de pacientes com
doenças infecto-contagiosas
e quando houver contato
direto da vestimenta com
material orgânico, deve ser
de responsabilidade do
empregador.
Medidas de Proteção do Risco Biológico
46. Mas… uma única luva pode reduzir o volume de
sangue injetado em 70%, no caso de agulhas de
sutura (MAST et al., 1993; BENNET; HOWARD, 1994)
As luvas não impedem a perfuração por
agulhas
47. Mas... podem reduzir de 35 a 50% o volume de sangue
injetado no caso de agulhas ocas (ROSE et al., 2003)
As luvas não impedem a perfuração por
agulha
48. Após o uso, as agulhas devem ser
descartadas imediatamente no recipiente de
parede rígida
51. O limite máximo de preenchimento da caixa
deve ser rigorosamente observado
“Ao descartar uma agulha num recipiente de parede rígida que estava muito
cheio, peguei nas duas alças e sacudi para as seringas se acomodarem,
então uma seringa voltou e perfurou meu dedo” A15
52. São elementos físicos e
organizacionais que interferem
no conforto da atividade laboral
e conseqüentemente nas
características psicofisiológicas
do trabalhador (NR-17 )
RISCOS ERGONÔMICOS
53. • esforço físico excessivo;
• levantamento, transporte e descarga manual de peso;
• controle rígido de produtividade;
• ritmo excessivo de trabalho;
• jornadas de trabalho prolongadas;
• trabalho em turno e noturno;
• repetitividade;
• postura inadequada de trabalho;
• relações interpessoais inadequadas;
• mobiliário impróprio; e
• equipamentos, condições ambientais dos postos de trabalho
e organização do trabalho. (MS 1998)
RISCOS ERGONÔMICOS
55. “Exposição de trabalhadores a situações vexatórias,
constrangedoras e humilhantes durante o exercício de sua
função, de forma repetitiva e prolongada ao longo da jornada
de trabalho”, o assédio moral, que se caracteriza por ser uma
atitude desumana, violenta e sem ética nas relações de
trabalho, afeta a dignidade e identidade dos assediados,
violando seus direitos fundamentais.
“Muitos acreditam que o assédio moral é uma doença. Eu
prefiro defini-lo como um risco à saúde do trabalhador que
pode trazer inúmeras conseqüências, inclusive o adoecimento
físico e mental”,
Fonte: Margarida Barreto, 2003 - 2008
www.assediomoral.org
Assédio moral
56. Resposta física e emocional que ocorre quando as exigências do trabalho não se
adequam às capacidades, recursos e necessidades do trabalhador.
União Européia de 2000, sofreram de estresse:
• 40% dos trabalhadores expostos à violência física;
• 47% dos trabalhadores expostos à pressão moral;
• 46% dos trabalhadores expostos ao assédio sexual;
• Os custos envolvidos são enormes para o trabalhador, instituições e
comunidade.
• União Européia – 20 bilhões de euros a cada ano.
Fonte: OMS; International Council of Nurses; International Labour Organisation; Public Services International
Estresse no trabalho Violência
57. Violência: agressão verbal, agressão física, ameaças, assédio moral e sexual
Campinas: 5 Centros de Saúde + 1 Hospital Geral
Fonte: Moreno LC – UNICAMP,2005
47%
23%
11%
10%
6% 3%
Agressão Verbal
Ameaças
Agressão Física
Assédio Moral
Assédio Sexual
Outros
269 trabalhadores de enfermagem : feminino 82,9%
63,6%sofreram algum tipo de
violência no local de trabalho:
Resultados: ações que visem a promoção à saúde voltada para
restauração e manutenção da capacidade para o trabalho e
medidas de prevenção da violência no ambiente de trabalho.
58. • Os pacientes adultos são os agressores mais frequentes.
• Em 17% dos casos de violência verbal o agressor é um colega.
• Em 33% dos casos, a pressão moral é efetuada por profissionais
de saúde de fora da instituição.
• Todos os casos de assédio sexual (100%) foram efetuados por
pacientes.
• As mulheres as principais agressoras nos episódios de agressão/
ameaça verbal e pressão moral, os homens são agressores
principalmente nos outros tipos de violência.
Agressores no Centro de Saúde
Portugal (2008)
59. • Os agressores mais frequentes são os pacientes ou os seus
familiares
• As exceções são a pressão moral e a discriminação em que o
agressor é mais frequentemente um colega;
• Em 18% dos casos, a violência verbal é exercida por colegas.
• Os casos de assédio sexual foram efetuados por paciente,
seus familiares ou colegas.
• Todos os casos de violência física foram praticados por
elementos do sexo masculino.
Agressores no Hospital
60. “O trabalho é uma atividade tão específica do
homem que funciona como fonte de construção,
satisfação, riqueza, bens materiais e serviços úteis
à sociedade humana. Entretanto, o trabalho
também pode significar escravidão, exploração,
sofrimento, doença e morte”.
(Machado, A.C.S.; Cruz, D.D. & Aguiar, W.M. 1998)
Trabalho
61. O quanto EU estou colaborando para a
manutenção dos riscos ocupacionais
Escala
adequada
DESARMONIA
Não
capacitação
CONFLITO
GRATUITO
EPIManutenção de
equipamentos
62. EVITAR O ENFOQUE NEGATIVO- Ação corretiva punitiva
• Trabalhador exercendo tarefa inadequada
• Treinamento inadequado
• Ambiente laboral doente
• Aspectos motivacionais e comunicação deficientes
• Protecionismo
• Tratar as pessoas como máquinas não respeitando
suas limitações técnicas, físicas e psicológicas
Programa de melhoria das condições de trabalho
63. TRABALHAR MELHOR
Reclamação, mau humor, traição, mentira:
hábitos/condicionamento
Tolerância Zero com as Mentiras
Alavancar X Dar com a alavanca
Fé sem obras
BIOSSEGURANÇA
64. Maria Angélica G. Guglielmi
maria.guglielmi@coren-sp.org.br
Obrigada