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O “mundo” da simetria
Reflectindo sobre desafios do PMEB


        Ana Maria Roque Boavida
         ana.boavida@ese.ips.pt
PFCM 2010/2011                                                                                   ESE/IPS


Observando o PMEB tendo a simetria por horizonte




                 Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 2
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    Que imagens têm ou não têm simetria?




                 Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 3
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                 Simetria: Que significado?
                          Serão as mãos simétricas?

                        Será a nossa cara simétrica?

                       Serão os bonecos simétricos?




         Afinal, de que falamos quando falamos em simetria?

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                    Simetria: Que significado?
 A noção de simetria, sendo essencial em Matemática,
  não é exclusiva deste campo
      Simetria é uma ideia que o homem tem usado ao longo dos tempos
      para tentar compreender e criar ordem, beleza e perfeição. (Serra,
      1993, p. 304, cit. Weyl)


       A noção de simetria é deveras importante em Matemática, nas
       artes visuais e em diversas ciências como a Cristalografia e a
       Física. (Oliveira, 1997, p. 70)

 Em geometria, simetria define-se em termos de isometrias
       Quando a imagem de uma figura, através de uma isometria diferente
       da identidade, coincide com a figura original, então a figura tem
       simetria. (Serra, 1993)


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       Simetria: Estabilizando um significado
 Falar de simetria é falar de simetria de uma figura.
   Figura: um subconjunto de pontos do plano ou do                                            (Bastos, 2006)

   espaço. Exs: Recta, rectângulo, esfera, desenho
   artístico,...

 Não tem sentido perguntar se as duas bonecas (duas figuras) são
 simétricas...




... embora possa perguntar-se se a boneca                                         (uma figura)
  tem simetria.

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  Simetria de uma figura: Estabilizando um significado
                  Focando-nos nas figuras do plano
 Simetria de uma figura não é o mesmo que simetria axial de uma
  figura: a figura pode ter simetrias que não sejam axiais
     Simetria de uma figura F é uma particularidade dessa figura. Significa
     que existe uma isometria T do plano que deixa a figura invariante, isto é,
     tal que T (F ) = F. (adaptado de Bastos, 2006)

 Invariante significa globalmente invariante
     Podem alguns ou todos os pontos da figura mudar de posição, mas a
     figura, como um todo, fica invariante. (Veloso, 1998, p. 182)

 Manutenção da congruência e da posição
     O transformado da figura através da isometria coincide com a figura original:
     as figuras são geometricamente iguais e além disso ocupam a mesma posição
     no plano, mesmo que haja pontos que não coincidam com as suas imagens.

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    Revisitando isometrias a propósito de simetria

 Analisar a simetria de uma figura remete para investigar se há
  isometrias (diferentes da identidade) que a deixam invariante

 Isometria: Transformação geométrica que preserva as distâncias;
  as figuras do plano são transformadas noutras geometricamente
  iguais.

 Quatro tipos fundamentais de isometrias:
                 — Rotação
                 — Translação
                 — Reflexão
                 — Reflexão deslizante


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     Revisitando isometrias a propósito de simetria
                                                                        .O
        Rotação
                                                                     75º




O peixe da esquerda “rodou” no sentido contrário aos ponteiros do
relógio (sentido positivo), descrevendo um ângulo de vértice O e
amplitude 75 graus.

Rotação de centro O e amplitude 750

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      Revisitando isometrias a propósito de simetria
                                                                          .O                Centro de rotação:
         Rotação                                                                            pode ser um ponto
                                                                        75º                 que não pertence
Centro de rotação: pode ser                                                                 à figura
um ponto da figura



        .O

                                                              2700

750
                                                                                                       .O
                     .O                                     .O


             1800 (meia volta)                                                                       3600
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       Revisitando isometrias a propósito de simetria

          Rotação

Rotação de centro O e amplitude α é uma transformação geométrica tal que:
•qualquer que seja o ponto P do plano, a distância de O a P é igual à distância
de O à imagem de P (P’ );
•a amplitude do ângulo orientado definido por P, O e P’ é igual a α.


 Rotação de centro O e amplitude 900


                F                                                                 F




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      Revisitando isometrias a propósito de simetria
       Translação                                                                     ρ
                                                       Translação associada ao vector ϖ


                               ρ
Translação associada ao vector υ


                                                                                                  ρ
                                                                                                  ϖ



                    ρ
                    υ

Numa translação todos os pontos de uma figura se “deslocam” na
mesma direcção, no mesmo sentido e a mesma distância.
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       Revisitando isometrias a propósito de simetria
        Translação

                               
Translação associada ao vector u  é uma transformação geométrica
em que cada ponto O do plano é transformado num outro ponto O’
                                  
(imagem de O) em que O’ = O +    u
                                                                                          
                                                                                          u

 Translação da figura F
                                                                      F
            u
  associada ao vector


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    Revisitando isometrias a propósito de simetria
       Reflexão                     Os eixos de reflexão podem, ou não ter pontos em
                                    comum com a(s) figura(s)




                                  eixo de reflexão

Cada ponto de uma figura e a sua imagem estão sobre uma recta
perpendicular ao eixo de reflexão e a igual distância desse eixo.
É como se o peixe e a estrela se estivessem “a ver ao espelho”...
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       Revisitando isometrias a propósito de simetria
           Reflexão


Reflexão de eixo s é a transformação geométrica que faz corresponder a
cada ponto O do plano o ponto O’ (imagem de O) de tal modo que:
•a recta s é perpendicular a [O O’] e passa pelo ponto médio de [O O’] (ou
s é a mediatriz de [O O’];
•se O pertence a s, a sua imagem coincide com O.



           F

                                                Reflexão da figura F de de eixo s

       s

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     Revisitando isometrias a propósito de simetria
                                                          Transformação geométrica que
Reflexão deslizante                                       resulta da composição de uma
                                                          reflexão de eixo s com uma
                                                          translação cujo vector tem direcção
                                                          paralela a s.



                                                                                F

                                                                                                  
                                                                                                  u

                                                                                    s



                                                              O’’ imagem de O através da reflexão
                                                                                                   
                                                              deslizante associada a s e ao vector u


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     Retomando a ideia de simetria de uma figura

De entre as aplicações mais interessantes das transformações
e grupos de transformações estão as relacionadas com
questões de simetria. Existindo muitas espécies de simetrias
no plano e no espaço (...). (Oliveira, 1996, p. 187)

Há uma simetria para cada um dos quatro tipos de isometrias
referidos. (Serra, 1993, p. 305)

                 — Simetria de reflexão (ou simetria axial)
                 — Simetria de rotação (ou simetria rotacional)
                 —Simetria de translação
                 —Simetria de reflexão deslizante


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                  Simetria de reflexão de uma figura

               Existe, pelo menos, uma reflexão que deixa a figura
                             globalmente invariante
  Como a reconhecemos? Várias hipóteses...
 Se conseguirmos dobrar a figura de tal modo que as
  duas partes obtidas se sobreponham exactamente;
 Se conseguirmos colocar um espelho ou mira sobre a
  figura de modo a que a junção da parte reflectida com a
  não reflectida seja exactamente igual à figura toda;
 Se recortarmos a figura e conseguirmos preencher
  exactamente o buraco que fica na folha com a parte
  recortada mas virada ao contrário (com a parte de
  baixo do papel virada para cima);
 ...
                         Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 18
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                Simetria de reflexão de uma figura
   Por vezes a simetria de reflexão é designada por simetria axial; o eixo
    de reflexão também se pode designar por eixo de simetria ou linha de
    simetria. (Serra, 1993, p. 305)
  Eixo de simetria?




1 eixo de simetria    ? eixos de simetria       ? eixos de simetria       ? eixos de simetria        ? eixos de simetria




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                Simetria de reflexão de uma figura



  Eixo de simetria?




1 eixo de simetria    2 eixos de simetria       6 eixos de simetria       0 eixos de simetria        4 eixos de simetria


    Eixo de simetria de uma figura: Recta (sobre a qual se
    faz a dobra ou se coloca o espelho/mira…) que divide a figura ao
    meio de modo que uma metade da figura seja a reflexão da outra
    metade. Caso contrário, a recta não é eixo de simetria.
                          Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 20
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            Simetria rotacional de uma figura
Existe, pelo menos, uma rotação com uma amplitude superior a 00
e inferior a 3600 que deixa a figura globalmente invariante. Só
neste caso se admite também uma simetria rotacional associada a
um ângulo de 3600.
Como a reconhecemos?
  Se conseguirmos girar a figura em torno de um ponto fixo, de modo a que
  a imagem resultante, através da rotação, coincida com a figura original.




        Figura com simetria rotacional                            Figura sem simetria rotacional
                                                                 (ou qualquer outro tipo de simetria)
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             Simetria rotacional de uma figura
Que simetrias rotacionais tem a figura?
                                                                                 C
C: Centro da simetria rotacional (ponto
em torno do qual a figura “roda”)

Ângulo da simetria rotacional: ângulo orientado que descreve o
“movimento” da figura.




Um quarto de volta          Meia volta                    Três quartos de volta                Uma volta inteira
     (90º)                   (180º)                              (270º)                            (360º)


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        Simetria de translação de uma figura
  Existe, pelo menos, uma translação que deixa a figura
                 globalmente invariante
Como a reconhecemos?
  Se podemos movimentar a figura segundo uma dada distância e
   uma dada direcção (identificadas pelo vector da translação) de
   tal modo que o seu transformado coincide com a figura original

  Se a figura for infinita, existe essa possibilidade…




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       Simetria de reflexão deslizante de uma figura

Existe, pelo menos, uma reflexão deslizante que deixa a figura
                   globalmente invariante
 Como a reconhecemos?
   Se, por exemplo, depois de desenharmos a figura em papel transparente, de
    virarmos o papel ao contrário “em torno” de uma determinada recta e de o
    deslocarmos segundo a direcção dessa recta, conseguirmos que o
    transformado da figura coincida com a figura original.

   Se a figura for infinita, existe essa possibilidade…




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               Em busca de simetrias de figuras
Potencialidades
O estudo das simetrias das figuras constitui uma
                                                                                             Conhecimento
aplicação muito interessante das isometrias que permite                                       matemático
desenvolver o conhecimento matemático destas
transformações geométricas e fornecer,                                                Resolução de
consequentemente, ferramentas que podem ser muito                                     problemas
úteis na resolução de problemas geométricos. (...)
                                                                                             Conhecimento
O conceito de simetria pode ser também a base para
                                                                                              matemático
actividades de descrição e classificação de figuras
geométricas, de argumentação/demonstração (…)                                         Comunicação e
                                                                                      raciocínio

A análise de objectos artísticos ou de cristais através das
suas simetrias são actividades que estabelecem ligações                                Conexões matemáticas
entre a matemática e outros domínios do saber (...)
(Bastos, 2006, p. 11)
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                       Simetrias de polígonos
Que simetrias existem num quadrado?
                                                                                    D                C




                                                                                A                    B




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                       Simetrias de polígonos
Que simetrias existem num quadrado?
     Simetrias de reflexão
         4
         Eixos de simetria: 2 rectas que contêm as
         diagonais do quadrado e 2 rectas que passam
         pelos pontos médios de lados opostos

     Simetrias rotacionais                                                                    90º


        4                                                                           D
                                                                                                          C

        Com centro no ponto de encontro das diagonais
        do quadrado e amplitudes 900, 1800, 2700 e 3600.

                                                                                                           B


                   Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 27
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                       Simetrias de polígonos
Exemplo de material de apoio à exploração
de simetrias em polígonos




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   Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas
Exemplos de rosáceas                                                   Rosáceas
                                                                    Figuras compostas por diversos
                                                                     módulos geometricamente
                                                                     iguais que se repetem por
                                                                     rotação. O centro de rotação é
                                                                     sempre o mesmo ponto, a
                                                                     amplitude da rotação é sempre
                                                                     a mesma e a divisão entre 3600 e
                                                                     a medida desta amplitude é
                                                                     exacta.
                                                                    Existe sempre um ponto do
                                                                     plano que é fixo para o grupo
                                                                     de simetria da figura (conjunto
                                                                     das transformações de
                                                                     simetria da figura).
                                                                    Têm sempre simetrias
                                                                     rotacionais, podendo ter
                                                                     também simetrias de reflexão.
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   Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas

Que simetrias existem nestas rosáceas?                                                    Identificar

                                                                                              • assinala o
                                                                                              centro de simetria
                                                                          •                   (ou centro de
                                                                                              rotação) da figura




                   Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 30
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    Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas

 Que simetrias existem nestas rosáceas?                                                     Identificar

                                                                                                • assinala o
                                                                                                centro de simetria
                                                                            •                   (ou centro de
                                                                                                rotação) da figura



 Simetria de reflexão e simetria                                       Só simetria rotacional
rotacional                                                               R rotação de 600
    Simetria de reflexão
                                                                         R2 rotação de 1200
    2 eixos de simetria – lado/lado
                                                                         R3 rotação de 1800
    Simetria rotacional                                                 R4 rotação de 2400
   R rotação de 1800                                                     R5 rotação de 3000
   R2 rotação de 3600 (identidade)                                       R6 rotação de 3600 (identidade)


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   Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas

Exemplo de um recurso tecnológico de apoio à
construção de rosáceas: o scratch




Motivo
simples


                   Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 32
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   Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas

Exemplo de um recurso tecnológico de apoio à
construção de rosáceas: o scratch




Motivo
simples


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        Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Exemplos de frisos                                                                 Friso
                                                                                   Figura infinita
                                                                                    caracterizada por
                                                                                    apresentar sempre
                                                                                    simetrias de translação
                                                                                    com a mesma e uma só
                                                                                    direcção.
                                                                                   No friso, o grupo de
                                                                                    simetria fixa uma recta.
                                                                                   Pode haver outras
                                                                                    simetrias para além das
                                                                                    de translação



 As barras cinzentas ou os motivos incompletos, indicam que a figura se prolonga indefinidamente
 para a esquerda e para a direita
                       Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 34
PFCM 2010/2011                                                                                    ESE/IPS


       Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Que simetrias existem neste friso?
                                                                        Identificar
                                                                                            Nomenclatura
                                                                                              adoptada

                                                                                            recta horizontal


                                                                                                 recta vertical




                   Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 35
PFCM 2010/2011                                                                                        ESE/IPS


       Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Que simetrias existem neste friso?
                                                                            Identificar
                   
                   u                                                                            Nomenclatura
                                                                                                  adoptada

                                                                                                recta horizontal


                                                                                                     recta vertical
                                                
                                                v
    De translação. Por exemplo, translações associadas aos
               
    vectores u e v.

    De reflexão de eixo horizontal

                       Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 36
PFCM 2010/2011                                                                                    ESE/IPS


       Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Que simetrias existem neste friso?
                                                                                              Identificar




                   Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 37
PFCM 2010/2011                                                                                    ESE/IPS


       Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Que simetrias existem neste friso?
                                                                                              Identificar



   De reflexão de eixo horizontal


   De reflexão de eixos verticais


                                                                                 
   De translação da figura                                                      u
    associadas aρvectores com a
   direcção de υ e comprimento
   múltiplo do deste vector.
                   Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 38
PFCM 2010/2011                                                                                        ESE/IPS


           Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos
 A partir de um motivo simples
 podem-se construir frisos muito                                               Construir
 diversos usando isometrias



                                                        r
                               A                                       A                       A’’
                               ’                    B’                 ’                     B’                    B’’
                                                      C’                                       C’                    C’’
                                               D’                                       D’                      D’’

Motivo simples             [A´, B’, C’, D’] imagem do                         [A’´, B’’, C’’, D’’] imagem de
                           motivo simples através de                          [A´, B’, C’, D’] através de
                           uma reflexão de eixo r.                            uma translação de vector
                                                                              paralelo ao eixo de reflexão
Nota: O motivo simples é, por vezes, designado por módulo
                                                                              (recta r).
                          Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 39
PFCM 2010/2011                                                                                    ESE/IPS


         Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

                                                                     Construir (continuação)


Através de translações sucessivas da figura


  Obtém-se o friso




   Simetrias do friso: de translação e de reflexão deslizante
                     Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 40
PFCM 2010/2011                                                                                    ESE/IPS


      Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

Que tipos de frisos há?                                                       Investigar


 Investigar que tipos de frisos existem (...) [é] perceber que
 “estruturas” de frisos existem e, para isso, devemos
 investigar que grupos de simetria podem ter os frisos (...)
 [trata-se] de procurar uma classificação dos frisos baseada
 nos respectivos grupos de simetria. (Veloso, 1998, p. 202)




                  Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 41
PFCM 2010/2011                                                                                    ESE/IPS


          Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos
 Motivo simples                                                                                    Investigar




    Tipo 1: gerado por translação




Motivo composto
    Tipo 2: gerado por reflexão de eixo horizontal e translação
                      Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 42
PFCM 2010/2011                                                                             ESE/IPS


           Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos
Motivo simples
                                                                                             Investigar




Motivo composto
   Tipo 3: gerado por reflexão de eixo vertical e translação




   Tipo 4: gerado por reflexão de eixo horizontal, reflexão de eixo
    Motivo composto

   vertical e translação conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 43
                    Adaptação da
PFCM 2010/2011                                                                                    ESE/IPS


     Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

                                                                                              Investigar
Motivo simples




Tipo 5: gerado por rotação de 1800 e translação


                 Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 44
PFCM 2010/2011                                                                                    ESE/IPS


          Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

                                                                                                   Investigar
Motivo simples




   Tipo 6: gerado por reflexão deslizante e translação

                      Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 45
PFCM 2010/2011                                                                                    ESE/IPS


           Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos

                                                                                                    Investigar
Motivo simples




        Motivo composto

   Tipo 7: gerado por reflexão de eixo vertical, reflexão deslizante
   e translação
                                                Há apenas sete tipos de
                                                frisos...
                       Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 46
PFCM 2010/2011                                                                             ESE/IPS




                 Simetria: A da conferência apresentada por Anaharmonia, beleza... (Alcazar, Sevilha)
                     Adaptação busca de equilíbrio, Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 47
PFCM 2010/2011                                                                                         ESE/IPS


         Bibliografia e outros materiais consultados

Bastos, R. (2006). Notas sobre o Ensino da Geometria do Grupo de Trabalho de Geometria da APM –
Simetria. Educação Matemática, 88, 9-11.
Bastos, R. (2007). Notas sobre o ensino da Geometria: Transformações geométricas. Educação e
Matemática, 94, 23-27.
Deledicq, A. & Raba, R. (1997). Le monde des pavages. Paris: ACL- Éditions.
Devlin, K. (2002). Matemática: A ciência dos padrões. Porto: Porto Editora.
Hargittai, I. & Hargittai, M. (1994). Symmetry: A unifying concept. Bolinas, California: Shelter
Publications.
Haylock, D. (2001). Mathematics explained for primary teachers. London: Sage.
Musser, G., Burger, W. (1997). Mathematics for elementary teachers: A contemporary approach (4ª
ed.). Upper Saddle River: Prentice-Hall.
Oliveira, A. (1997). Transformações geométricas. Lisboa: Universidade Aberta.
Serra, M. (1993). Discovering geometry: An inductive approach. Berkeley: Key Curriculum Press.
Veloso, E., Bastos, R. & Figueirinhas, S. (2009). Notas para o ensino da Geometria: isometrias e
simetria com materiais manipuláveis. Educação e Matemática, 101, 23-28.
Veloso, E. (1998). Geometria. Temas actuais. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional

                       Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 48
PFCM 2010/2011                                                                                        ESE/IPS

        Bibliografia e outros materiais consultados
Documentos não publicados
Conjunto de slides elaborados por Ana Maria Boavida para a conferência Revisitando simetrias e
isometrias no plano... a propósito do PMEB realizada no âmbito do PFCM da Universidade de Évora
(Julho de 2010).
Conjunto de slides sobre Simetrias de uma figura e isometrias no plano elaborados por Ana Maria
Boavida, Fernanda Matias, Margarida Rodrigues e Sílvia Machado para a Formação de Professores
Acompanhantes do PMEB: Geometria promovida pela DGIDC (Setembro 2009) .
Conjunto de slides sobre isometrias e simetria de uma figura no plano elaborado por Lina Brunheira,
professora acompanhante do Plano da Matemática II (Fevereiro de 2011).
Conjunto de slides sobre Simetria e frisos elaborados pela equipa do Programa de Formação
Contínua em Matemática para professores dos 1º e 2º ciclos da Universidade de Évora (2008/2009).
Sites
http://www.apm.pt/formacao/tgs_2008/index.html
http://www.atm.org.uk/resources/
http://www.atractor.pt/simetria/matematica/index.html
http://illuminations.nctm.org/ActivityDetail.aspx?ID=168
http://mathstitch.com/Rosettes__Friezes_and_Wallp.html


                     Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 49
15º EREPM, 30/4/2011- Bragança




             O “mundo” da simetria
      Reflectindo sobre desafios do PMEB


                      Ana Maria Roque Boavida
                       ana.boavida@ese.ips.pt

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Simetria na Matemática

  • 1. O “mundo” da simetria Reflectindo sobre desafios do PMEB Ana Maria Roque Boavida ana.boavida@ese.ips.pt
  • 2. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Observando o PMEB tendo a simetria por horizonte Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 2
  • 3. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Que imagens têm ou não têm simetria? Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 3
  • 4. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetria: Que significado? Serão as mãos simétricas? Será a nossa cara simétrica? Serão os bonecos simétricos? Afinal, de que falamos quando falamos em simetria? Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 4
  • 5. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetria: Que significado?  A noção de simetria, sendo essencial em Matemática, não é exclusiva deste campo Simetria é uma ideia que o homem tem usado ao longo dos tempos para tentar compreender e criar ordem, beleza e perfeição. (Serra, 1993, p. 304, cit. Weyl) A noção de simetria é deveras importante em Matemática, nas artes visuais e em diversas ciências como a Cristalografia e a Física. (Oliveira, 1997, p. 70)  Em geometria, simetria define-se em termos de isometrias Quando a imagem de uma figura, através de uma isometria diferente da identidade, coincide com a figura original, então a figura tem simetria. (Serra, 1993) Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 5
  • 6. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetria: Estabilizando um significado  Falar de simetria é falar de simetria de uma figura. Figura: um subconjunto de pontos do plano ou do (Bastos, 2006) espaço. Exs: Recta, rectângulo, esfera, desenho artístico,...  Não tem sentido perguntar se as duas bonecas (duas figuras) são simétricas... ... embora possa perguntar-se se a boneca (uma figura) tem simetria. Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 6
  • 7. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetria de uma figura: Estabilizando um significado Focando-nos nas figuras do plano  Simetria de uma figura não é o mesmo que simetria axial de uma figura: a figura pode ter simetrias que não sejam axiais Simetria de uma figura F é uma particularidade dessa figura. Significa que existe uma isometria T do plano que deixa a figura invariante, isto é, tal que T (F ) = F. (adaptado de Bastos, 2006)  Invariante significa globalmente invariante Podem alguns ou todos os pontos da figura mudar de posição, mas a figura, como um todo, fica invariante. (Veloso, 1998, p. 182)  Manutenção da congruência e da posição O transformado da figura através da isometria coincide com a figura original: as figuras são geometricamente iguais e além disso ocupam a mesma posição no plano, mesmo que haja pontos que não coincidam com as suas imagens. Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 7
  • 8. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Revisitando isometrias a propósito de simetria  Analisar a simetria de uma figura remete para investigar se há isometrias (diferentes da identidade) que a deixam invariante  Isometria: Transformação geométrica que preserva as distâncias; as figuras do plano são transformadas noutras geometricamente iguais.  Quatro tipos fundamentais de isometrias: — Rotação — Translação — Reflexão — Reflexão deslizante Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 8
  • 9. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Revisitando isometrias a propósito de simetria .O Rotação 75º O peixe da esquerda “rodou” no sentido contrário aos ponteiros do relógio (sentido positivo), descrevendo um ângulo de vértice O e amplitude 75 graus. Rotação de centro O e amplitude 750 Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 9
  • 10. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Revisitando isometrias a propósito de simetria .O Centro de rotação: Rotação pode ser um ponto 75º que não pertence Centro de rotação: pode ser à figura um ponto da figura .O 2700 750 .O .O .O 1800 (meia volta) 3600 Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 10
  • 11. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Revisitando isometrias a propósito de simetria Rotação Rotação de centro O e amplitude α é uma transformação geométrica tal que: •qualquer que seja o ponto P do plano, a distância de O a P é igual à distância de O à imagem de P (P’ ); •a amplitude do ângulo orientado definido por P, O e P’ é igual a α. Rotação de centro O e amplitude 900 F F Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 11
  • 12. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Revisitando isometrias a propósito de simetria Translação ρ Translação associada ao vector ϖ ρ Translação associada ao vector υ ρ ϖ ρ υ Numa translação todos os pontos de uma figura se “deslocam” na mesma direcção, no mesmo sentido e a mesma distância. Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 12
  • 13. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Revisitando isometrias a propósito de simetria Translação  Translação associada ao vector u é uma transformação geométrica em que cada ponto O do plano é transformado num outro ponto O’  (imagem de O) em que O’ = O + u  u  Translação da figura F  F u associada ao vector Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 13
  • 14. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Revisitando isometrias a propósito de simetria Reflexão Os eixos de reflexão podem, ou não ter pontos em comum com a(s) figura(s) eixo de reflexão Cada ponto de uma figura e a sua imagem estão sobre uma recta perpendicular ao eixo de reflexão e a igual distância desse eixo. É como se o peixe e a estrela se estivessem “a ver ao espelho”... Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 14
  • 15. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Revisitando isometrias a propósito de simetria Reflexão Reflexão de eixo s é a transformação geométrica que faz corresponder a cada ponto O do plano o ponto O’ (imagem de O) de tal modo que: •a recta s é perpendicular a [O O’] e passa pelo ponto médio de [O O’] (ou s é a mediatriz de [O O’]; •se O pertence a s, a sua imagem coincide com O. F  Reflexão da figura F de de eixo s s Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 15
  • 16. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Revisitando isometrias a propósito de simetria Transformação geométrica que Reflexão deslizante resulta da composição de uma reflexão de eixo s com uma translação cujo vector tem direcção paralela a s. F  u s O’’ imagem de O através da reflexão  deslizante associada a s e ao vector u Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 16
  • 17. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Retomando a ideia de simetria de uma figura De entre as aplicações mais interessantes das transformações e grupos de transformações estão as relacionadas com questões de simetria. Existindo muitas espécies de simetrias no plano e no espaço (...). (Oliveira, 1996, p. 187) Há uma simetria para cada um dos quatro tipos de isometrias referidos. (Serra, 1993, p. 305) — Simetria de reflexão (ou simetria axial) — Simetria de rotação (ou simetria rotacional) —Simetria de translação —Simetria de reflexão deslizante Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 17
  • 18. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetria de reflexão de uma figura Existe, pelo menos, uma reflexão que deixa a figura globalmente invariante Como a reconhecemos? Várias hipóteses...  Se conseguirmos dobrar a figura de tal modo que as duas partes obtidas se sobreponham exactamente;  Se conseguirmos colocar um espelho ou mira sobre a figura de modo a que a junção da parte reflectida com a não reflectida seja exactamente igual à figura toda;  Se recortarmos a figura e conseguirmos preencher exactamente o buraco que fica na folha com a parte recortada mas virada ao contrário (com a parte de baixo do papel virada para cima);  ... Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 18
  • 19. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetria de reflexão de uma figura  Por vezes a simetria de reflexão é designada por simetria axial; o eixo de reflexão também se pode designar por eixo de simetria ou linha de simetria. (Serra, 1993, p. 305) Eixo de simetria? 1 eixo de simetria ? eixos de simetria ? eixos de simetria ? eixos de simetria ? eixos de simetria Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 19
  • 20. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetria de reflexão de uma figura Eixo de simetria? 1 eixo de simetria 2 eixos de simetria 6 eixos de simetria 0 eixos de simetria 4 eixos de simetria Eixo de simetria de uma figura: Recta (sobre a qual se faz a dobra ou se coloca o espelho/mira…) que divide a figura ao meio de modo que uma metade da figura seja a reflexão da outra metade. Caso contrário, a recta não é eixo de simetria. Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 20
  • 21. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetria rotacional de uma figura Existe, pelo menos, uma rotação com uma amplitude superior a 00 e inferior a 3600 que deixa a figura globalmente invariante. Só neste caso se admite também uma simetria rotacional associada a um ângulo de 3600. Como a reconhecemos? Se conseguirmos girar a figura em torno de um ponto fixo, de modo a que a imagem resultante, através da rotação, coincida com a figura original. Figura com simetria rotacional Figura sem simetria rotacional (ou qualquer outro tipo de simetria) Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 21
  • 22. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetria rotacional de uma figura Que simetrias rotacionais tem a figura? C C: Centro da simetria rotacional (ponto em torno do qual a figura “roda”) Ângulo da simetria rotacional: ângulo orientado que descreve o “movimento” da figura. Um quarto de volta Meia volta Três quartos de volta Uma volta inteira (90º) (180º) (270º) (360º) Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 22
  • 23. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetria de translação de uma figura Existe, pelo menos, uma translação que deixa a figura globalmente invariante Como a reconhecemos?  Se podemos movimentar a figura segundo uma dada distância e uma dada direcção (identificadas pelo vector da translação) de tal modo que o seu transformado coincide com a figura original  Se a figura for infinita, existe essa possibilidade… Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 23
  • 24. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetria de reflexão deslizante de uma figura Existe, pelo menos, uma reflexão deslizante que deixa a figura globalmente invariante Como a reconhecemos?  Se, por exemplo, depois de desenharmos a figura em papel transparente, de virarmos o papel ao contrário “em torno” de uma determinada recta e de o deslocarmos segundo a direcção dessa recta, conseguirmos que o transformado da figura coincida com a figura original.  Se a figura for infinita, existe essa possibilidade… Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 24
  • 25. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Em busca de simetrias de figuras Potencialidades O estudo das simetrias das figuras constitui uma Conhecimento aplicação muito interessante das isometrias que permite matemático desenvolver o conhecimento matemático destas transformações geométricas e fornecer, Resolução de consequentemente, ferramentas que podem ser muito problemas úteis na resolução de problemas geométricos. (...) Conhecimento O conceito de simetria pode ser também a base para matemático actividades de descrição e classificação de figuras geométricas, de argumentação/demonstração (…) Comunicação e raciocínio A análise de objectos artísticos ou de cristais através das suas simetrias são actividades que estabelecem ligações Conexões matemáticas entre a matemática e outros domínios do saber (...) (Bastos, 2006, p. 11) Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 25
  • 26. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias de polígonos Que simetrias existem num quadrado? D C A B Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 26
  • 27. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias de polígonos Que simetrias existem num quadrado?  Simetrias de reflexão 4 Eixos de simetria: 2 rectas que contêm as diagonais do quadrado e 2 rectas que passam pelos pontos médios de lados opostos  Simetrias rotacionais 90º 4 D C Com centro no ponto de encontro das diagonais do quadrado e amplitudes 900, 1800, 2700 e 3600. B Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 27
  • 28. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias de polígonos Exemplo de material de apoio à exploração de simetrias em polígonos Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 28
  • 29. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas Exemplos de rosáceas Rosáceas  Figuras compostas por diversos módulos geometricamente iguais que se repetem por rotação. O centro de rotação é sempre o mesmo ponto, a amplitude da rotação é sempre a mesma e a divisão entre 3600 e a medida desta amplitude é exacta.  Existe sempre um ponto do plano que é fixo para o grupo de simetria da figura (conjunto das transformações de simetria da figura).  Têm sempre simetrias rotacionais, podendo ter também simetrias de reflexão. Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 29
  • 30. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas Que simetrias existem nestas rosáceas? Identificar • assinala o centro de simetria • (ou centro de rotação) da figura Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 30
  • 31. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas Que simetrias existem nestas rosáceas? Identificar • assinala o centro de simetria • (ou centro de rotação) da figura  Simetria de reflexão e simetria  Só simetria rotacional rotacional R rotação de 600  Simetria de reflexão R2 rotação de 1200 2 eixos de simetria – lado/lado R3 rotação de 1800  Simetria rotacional R4 rotação de 2400 R rotação de 1800 R5 rotação de 3000 R2 rotação de 3600 (identidade) R6 rotação de 3600 (identidade) Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 31
  • 32. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas Exemplo de um recurso tecnológico de apoio à construção de rosáceas: o scratch Motivo simples Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 32
  • 33. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso das rosáceas Exemplo de um recurso tecnológico de apoio à construção de rosáceas: o scratch Motivo simples Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 33
  • 34. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos Exemplos de frisos Friso  Figura infinita caracterizada por apresentar sempre simetrias de translação com a mesma e uma só direcção.  No friso, o grupo de simetria fixa uma recta.  Pode haver outras simetrias para além das de translação As barras cinzentas ou os motivos incompletos, indicam que a figura se prolonga indefinidamente para a esquerda e para a direita Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 34
  • 35. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos Que simetrias existem neste friso? Identificar Nomenclatura adoptada recta horizontal recta vertical Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 35
  • 36. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos Que simetrias existem neste friso? Identificar  u Nomenclatura adoptada recta horizontal recta vertical  v  De translação. Por exemplo, translações associadas aos   vectores u e v.  De reflexão de eixo horizontal Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 36
  • 37. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos Que simetrias existem neste friso? Identificar Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 37
  • 38. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos Que simetrias existem neste friso? Identificar  De reflexão de eixo horizontal  De reflexão de eixos verticais   De translação da figura u associadas aρvectores com a direcção de υ e comprimento múltiplo do deste vector. Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 38
  • 39. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos A partir de um motivo simples podem-se construir frisos muito Construir diversos usando isometrias r A A A’’ ’ B’ ’ B’ B’’ C’ C’ C’’ D’ D’ D’’ Motivo simples [A´, B’, C’, D’] imagem do [A’´, B’’, C’’, D’’] imagem de motivo simples através de [A´, B’, C’, D’] através de uma reflexão de eixo r. uma translação de vector paralelo ao eixo de reflexão Nota: O motivo simples é, por vezes, designado por módulo (recta r). Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 39
  • 40. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos Construir (continuação) Através de translações sucessivas da figura Obtém-se o friso Simetrias do friso: de translação e de reflexão deslizante Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 40
  • 41. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos Que tipos de frisos há? Investigar Investigar que tipos de frisos existem (...) [é] perceber que “estruturas” de frisos existem e, para isso, devemos investigar que grupos de simetria podem ter os frisos (...) [trata-se] de procurar uma classificação dos frisos baseada nos respectivos grupos de simetria. (Veloso, 1998, p. 202) Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 41
  • 42. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos Motivo simples Investigar Tipo 1: gerado por translação Motivo composto Tipo 2: gerado por reflexão de eixo horizontal e translação Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 42
  • 43. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos Motivo simples Investigar Motivo composto Tipo 3: gerado por reflexão de eixo vertical e translação Tipo 4: gerado por reflexão de eixo horizontal, reflexão de eixo Motivo composto vertical e translação conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 43 Adaptação da
  • 44. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos Investigar Motivo simples Tipo 5: gerado por rotação de 1800 e translação Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 44
  • 45. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos Investigar Motivo simples Tipo 6: gerado por reflexão deslizante e translação Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 45
  • 46. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetrias na arte decorativa: o caso dos frisos Investigar Motivo simples Motivo composto Tipo 7: gerado por reflexão de eixo vertical, reflexão deslizante e translação Há apenas sete tipos de frisos... Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 46
  • 47. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Simetria: A da conferência apresentada por Anaharmonia, beleza... (Alcazar, Sevilha) Adaptação busca de equilíbrio, Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 47
  • 48. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Bibliografia e outros materiais consultados Bastos, R. (2006). Notas sobre o Ensino da Geometria do Grupo de Trabalho de Geometria da APM – Simetria. Educação Matemática, 88, 9-11. Bastos, R. (2007). Notas sobre o ensino da Geometria: Transformações geométricas. Educação e Matemática, 94, 23-27. Deledicq, A. & Raba, R. (1997). Le monde des pavages. Paris: ACL- Éditions. Devlin, K. (2002). Matemática: A ciência dos padrões. Porto: Porto Editora. Hargittai, I. & Hargittai, M. (1994). Symmetry: A unifying concept. Bolinas, California: Shelter Publications. Haylock, D. (2001). Mathematics explained for primary teachers. London: Sage. Musser, G., Burger, W. (1997). Mathematics for elementary teachers: A contemporary approach (4ª ed.). Upper Saddle River: Prentice-Hall. Oliveira, A. (1997). Transformações geométricas. Lisboa: Universidade Aberta. Serra, M. (1993). Discovering geometry: An inductive approach. Berkeley: Key Curriculum Press. Veloso, E., Bastos, R. & Figueirinhas, S. (2009). Notas para o ensino da Geometria: isometrias e simetria com materiais manipuláveis. Educação e Matemática, 101, 23-28. Veloso, E. (1998). Geometria. Temas actuais. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 48
  • 49. PFCM 2010/2011 ESE/IPS Bibliografia e outros materiais consultados Documentos não publicados Conjunto de slides elaborados por Ana Maria Boavida para a conferência Revisitando simetrias e isometrias no plano... a propósito do PMEB realizada no âmbito do PFCM da Universidade de Évora (Julho de 2010). Conjunto de slides sobre Simetrias de uma figura e isometrias no plano elaborados por Ana Maria Boavida, Fernanda Matias, Margarida Rodrigues e Sílvia Machado para a Formação de Professores Acompanhantes do PMEB: Geometria promovida pela DGIDC (Setembro 2009) . Conjunto de slides sobre isometrias e simetria de uma figura no plano elaborado por Lina Brunheira, professora acompanhante do Plano da Matemática II (Fevereiro de 2011). Conjunto de slides sobre Simetria e frisos elaborados pela equipa do Programa de Formação Contínua em Matemática para professores dos 1º e 2º ciclos da Universidade de Évora (2008/2009). Sites http://www.apm.pt/formacao/tgs_2008/index.html http://www.atm.org.uk/resources/ http://www.atractor.pt/simetria/matematica/index.html http://illuminations.nctm.org/ActivityDetail.aspx?ID=168 http://mathstitch.com/Rosettes__Friezes_and_Wallp.html Adaptação da conferência apresentada por Ana Maria Boavida no Encontro BragançaMat 11 (Abril 2011) 49
  • 50. 15º EREPM, 30/4/2011- Bragança O “mundo” da simetria Reflectindo sobre desafios do PMEB Ana Maria Roque Boavida ana.boavida@ese.ips.pt

Notas do Editor

  1. 05/23/12
  2. 05/23/12
  3. 05/23/12
  4. 05/23/12
  5. 05/23/12
  6. 05/23/12
  7. 05/23/12
  8. 05/23/12
  9. 05/23/12
  10. 05/23/12
  11. 05/23/12
  12. 05/23/12
  13. 05/23/12
  14. 05/23/12
  15. 05/23/12
  16. 05/23/12
  17. 05/23/12
  18. 05/23/12
  19. 05/23/12
  20. 05/23/12
  21. 05/23/12
  22. 05/23/12
  23. 05/23/12
  24. 05/23/12
  25. 05/23/12
  26. 05/23/12
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  29. 05/23/12
  30. 05/23/12
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  36. 05/23/12
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  39. 05/23/12
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  41. 05/23/12
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  43. 05/23/12
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  46. 05/23/12
  47. 05/23/12
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  50. 05/23/12