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Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano




                      Escola Cooperativa de Vale S. Cosme




               Situação das mulheres no Mundo Muçulmano




                   Trabalho da disciplina de:
                           Economia C

                        Realizado por:
                       Fátima Sousa, 5297

                          Orientador:
                   Professor Francisco Carvalho



                          Vale S. Cosme

                           Junho 2012




Fátima Sousa                                                Página 1
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano




Índice

Introdução ........................................................................................................................ 3
Direitos Humanos ............................................................................................................. 4
A mulher ........................................................................................................................... 5
   2.1 Direitos das Mulheres ............................................................................................. 6
      O que são os Direitos das Mulheres.......................................................................... 6
      Como surgiram os Direitos das Mulheres ................................................................. 6
      Quais são os Direitos das Mulheres .......................................................................... 7
      O papel da Mulher na sociedade .............................................................................. 8
      Emancipação das mulheres em Portugal e a sua atual situação .............................. 9
      Diferenças entre homens & mulheres .................................................................... 10
Mundo muçulmano ........................................................................................................ 11
   3.1 A mulher no mundo muçulmano .......................................................................... 11
      A opressão da mulher é maior no mundo árabe, porquê? ..................................... 12
   Curiosidades ................................................................................................................ 17
   3.2 Comparação entre a mulher portuguesa e a mulher afegã ................................. 17
      -Mulher portuguesa ................................................................................................ 17
      -Mulher afegã .......................................................................................................... 21
Conclusão........................................................................................................................ 23
Webgrafia ....................................................................................................................... 25




Fátima Sousa                                                                                                          Página 2
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Introdução


       A temática deste trabalho foi sugerida pelo Professor Francisco Carvalho com o
intuito de nos mostrar as várias facetas que os Direitos Humanos podem ter. Assim, eu
com este trabalho individual pretendo para além de ter boa nota para
consequentemente subir a minha nota final a Economia, aprender um pouco mais
sobre este tema. Um tema que é muito importante para a Humanidade e com a
situação que o mundo atravessa é um tema que levanta sempre várias questões.

       Este trabalho vai-se basear fundamentalmente nos direitos que as mulheres
muçulmanas têm e que apesar disso, ainda continuam a não ter um papel ativo na
sociedade. No entanto, irei abordar de uma forma geral o que são os Direitos
Humanos e mais tarde os Direitos das Mulheres.

       Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres
humanos e surgiram em 1789 e a partir daí já existiram três gerações: a 1ª geração
recai sobre os direitos individuais, civis e políticos; a 2ª geração abrange os direitos
económicos, sociais e culturais e por fim a 3ª geração fala dos direitos coletivos.

       Anos mais tarde, em 1975, as mulheres americanas organizaram uma
manifestação para reivindicar os seus direitos e como o golpe foi bem-sucedido, um
pouco por todo o mundo, as mulheres ganharam força e coragem para dar voz aos
seus direitos. Assim o termo Direito das Mulheres refere-se à liberdade inerente e
reclamada pelas mulheres de todas as idades e classes sem preconceito e
discriminação.

       Porém as mulheres ocupam uma posição de inferioridade na sociedade
muçulmana, que ainda continua a subjugar as mulheres!




Fátima Sousa                                                                      Página 3
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

                              1. Direitos Humanos

       Os Direitos Humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos.

       O conceito de Direitos Humanos apresenta a ideia de liberdade de pensamento,
de expressão, e de igualdade perante a lei. Estes são Direitos que todas as pessoas têm
devido á sua condição humana, de forma a viverem em liberdade e dignidade. Eles são
                                       um direito inato, ou seja, nasce com a pessoa.

                                              Os Direitos Humanos servem para
                                       eliminar todo o tipo de discriminação, proteger a
                                       vida e a integridade física, assegurar condições
                                       mínimas de vida e garantir o exercício dos
                                       direitos e das liberdades individuais.

                                              A Declaração dos Direitos do Homem e do
                                       Cidadão nasceu em França em 1789, mas só mais
tarde, a 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a
Declaração Universal dos Direitos Humanos, que apresenta 30 direitos referentes ao
Homem.

       No entanto, esta Declaração foi passando por várias etapas desde o Cilindro de
Giro em 539 a.C., Magna Carta em 1215, Habeas Corpus em 1679, Declaração de
Direitos da Virgínia em 1776, Declaração dos Direitos do Homem e do cidadão em
1789 e por fim a Declaração Universal dos Direitos do Homem em 1948.

       Ao longo da história, os Direitos Humanos foram sofrendo uma evolução,
passando por diferentes gerações de direitos, como:

       -1ª Geração de direitos humanos: surgiu no século XV||| e começou com os
direitos individuais, civis e políticos. Como por exemplo: direito de voto, liberdade de
expressão, de reunião, de manifestação




Fátima Sousa                                                                    Página 4
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

       -2ª Geração de direitos humanos: surgiu no século X|X e XX e passou a
abranger os direitos económicos, sociais e culturais. Como por exemplo: direito á
greve, á segurança social, á educação e ao trabalho.

                                          -3ª Geração de direitos humanos: surgiu no
                                           século XX e englobou os direitos coletivos.
                                            Como por exemplo: direito ao desemprego,
                                             á paz, ao desenvolvimento, á qualidade do
                                              ambiente, ao usufruto do património da
                                              humanidade.

                               Os Direitos Humanos também apresentam algumas
     características de entre as quais:

       -Universal: pertencem a todas as pessoas, qualquer que seja a sua condição
social, género, etnia, religião ou nacionalidade.

       -Interdependente: os direitos humanos estão inter-relacionados

        -Indivisíveis: todos os direitos humanos são igualmente importantes e
necessários não se podendo hierarquizar.

       - Inalienáveis: não podem ser cedidos ou retirados a ninguém.

       Deste modo, os Direitos Humanos são algo inatos e que cada pessoa tem o
direito de não ser privado desses mesmos direitos.



                                      2. A mulher

       A mulher não era considerada na sociedade, ou seja, não era tratada por igual,
era considerada meramente um objeto. Alguns homens matavam as filhas para não
terem despesas com o casamento. Na Arábia enterravam-se mulheres vivas como
forma de punição; noutras partes do mundo queimavam mulheres vivas que tinham
ficado sem o marido e noutras. Em alguns sítios a mulher era completamente



Fátima Sousa                                                                   Página 5
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

dependente dos homens, se casasse passava a ser propriedade do marido e em antes
de casar era dependente do pai ou de um irmão.

       A mulher não podia exercer nenhuma função pública ou civil, não podia adotar
nem ser adotada e nem podia fazer testamento ou contrato. Os homens casavam
quando queriam, divorciavam-se delas
quando lhes apeteciam e casavam com o
número de mulheres que desejavam.

       Só em 1870 a situação começou a
melhorar para o sexo feminino. Mas até hoje
a mulher no oriente, continua a lutar pelos
seus direitos.

       Atualmente, as reivindicações e movimentos pela garantia dos direitos da
mulher são assuntos prioritários nas sociedades que lutam contra a injustiça da
mulher, que faz com que a mulher se sinta aprisionada e injustiçada. Não é dado á
mulher o devido valor que ela tem, mesmo sendo ela o alicerce da família, da
sociedade e do mundo!




                     2.1 Direitos das Mulheres

       O que são os Direitos das Mulheres


       O termo Direitos das Mulheres refere-se à liberdade inerente e reclamada pelas
mulheres de todas as idades. Por vezes esses direitos são ignorados ou ilegalmente
suprimidos por leis ou por costumes de uma sociedade em particular.

       Como surgiram os Direitos das Mulheres


       Os Direitos das Mulheres surgiram juntamente com o Dia Internacional da
Mulher. Em 23 de Fevereiro de 1917 pelo calendário Juliano, que coincidentemente


Fátima Sousa                                                                   Página 6
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

caiu em 8 de Março pelo calendário gregoriano, o czar russo Nicolau II foi obrigado a
deixar o governo e garantir o direito ao voto das mulheres. Somente em 1975, 64 anos
depois da convenção socialista, as Nações Unidas resolveram adotar a data como
oficial para celebrar o Dia Internacional da Mulher, que é comemorado por causa de
uma manifestação de operárias em Nova Iorque, no ano de 1857. Sendo também um
símbolo de luta revolucionária que se transformou numa jornada mundial de ação das
mulheres pelos seus direitos próprios, contra todas as formas de discriminação.

       Se considerarmos o desempenho das conquistas europeias, observamos que as
francesas, ao contrário do que se pensa, foram tardias. Enquanto as britânicas e as
alemãs obtiveram o direito ao voto em 1918, pois conquistaram-no por influência da
Segunda Guerra Mundial, que possibilitou
também a criação do exército feminino (contou
com 430 mulheres encaixadas nas Forças
Francesas Livres, somado a um número muito
maior de voluntárias). As espanholas, por causa
da vitória da esquerda, conquistaram o direito
ao voto em 1931.

       Entre as mulheres pioneiras em vitórias alcançadas, é relevante ressaltar a
alemã Emmy Noether, inventora da álgebra moderna e do “teorema de Noether”, que
conseguiu ser admitida como ouvinte na universidade em 1900, tornando-se
professora em 1915.




      Quais são os Direitos das Mulheres


             1.        Direito à vida.
             2.        Direito à liberdade e à segurança pessoal.
             3.        Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de
      discriminação.
             4.        Direito à liberdade de pensamento.


Fátima Sousa                                                                       Página 7
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

              5.       Direito à informação e à educação.
              6.       Direito à privacidade.
              7.       Direito à saúde e à proteção desta.
              8.       Direito a construir relacionamento conjugal e a planejar a sua
       família.
              9.       Direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los.
              10.      Direito aos benefícios do progresso científico.
              11.      Direito à liberdade de reunião e participação política.
              12.      Direito a não ser submetida a torturas e maltrato.



       O papel da Mulher na sociedade


       Até ao século XX, a mulher era vista apenas como um utensílio que tinha como
únicas utilidades: parir, criar e educar.
       O filósofo grego Platão considerava a natureza das mulheres inferior à dos
homens, na “capacidade para a virtude”. A mulher era então vista por ele como um ser
humano sem raciocínio, comparando-a até aos escravos. Elas não tinham poder de
escolha ou de decisão em nada nas suas vidas,
nem o marido podiam escolher, limitando-se
a serem escolhidas e até a serem passadas
para outro se o marido assim o entendesse.
As suas obrigações eram venerar o marido,
educar e criar os filhos, cuidar da casa e
manter-se submissa ao seu marido. No
passado, os homens eram a super potência!

       Porém, surgiu "a emancipação das
mulheres". Atualmente, a vida mudou!
        Os homens não são tão superiores, como no passado. As mulheres tomaram
lugares em alguns deveres que os homens possuíam. Pode então dizer-se que em




Fátima Sousa                                                                      Página 8
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

geral, a emancipação das mulheres igualou o status social, tornando as mulheres
capazes de explorar-se mais e permitir ser bem-sucedidas na carreira.
       A emancipação das mulheres acabou com a inexistência de restrições
opressivas impostas pelo sexo, a autodeterminação e a autonomia, assim como a
realização dos seus objetivos económicos, políticos e religiosos.
       O principal objetivo da emancipação da mulher era a liberdade, até porque as
mulheres têm direito á igualdade tal como os homens, uma vez que no passado, as
mulheres eram apenas objetos.
       Atualmente, os direitos das mulheres estão numa lista na lei. Não deve haver
mais violência e discriminação às mulheres. Elas também são seres humanos que têm
os seus direitos de vida, liberdade de expressão, igualdade, direito á economia, á
cultura e aos direitos sociais.



       Emancipação das mulheres em Portugal e a sua atual situação


       A Idade Contemporânea ficou marcada pela luta social de largas massas
femininas, pois as mulheres consciencializaram-se da sua situação discriminatória na
sociedade. Esta luta social expressava-se por múltiplas ações comuns, em grande parte
de formas de organização e movimentos. O objetivo desta luta era a sua aspiração à
emancipação e à mudança para um estatuto social
mais dignificante.
As conquistas democráticas conseguidas com o 25
de Abril de 1974 tiveram uma contribuição de
grande relevo da mulher, que participou de forma
ativa e corajosa na luta reivindicativa económica e
social, para defender a liberdade.
O mérito de ter tomado as primeiras medidas
verdadeiramente a favor da emancipação da
mulher, ficou para o primeiro governo operário da história, a Comuna de Paris.
Ainda assim, não desapareceram de súbito os preconceitos sobre a mulher, pois esses
preconceitos têm na maior parte uma raiz histórica que não reside na essência do

Fátima Sousa                                                                  Página 9
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

sistema socioeconómico, pois ainda hoje as mulheres sentem preconceito apesar de
vivermos num mundo denominado de “ser tolerante”.
       Apesar do grande atraso socioeconómico herdado da era colonial e da
exploração neocolonialista, que liquidaram em vários países a poligamia e o
casamento de menores, o analfabetismo e elevou-se o nível de cultura das mulheres.

       Deste modo, Portugal é um país onde a igualdade entre homens e mulheres,
deixou de ser algo impensável. A luta contra a discriminação das mulheres é hoje um
troféu a erguer!



       Diferenças entre homens & mulheres

              -Educação: Existem 600 milhões de mulheres analfabetas e 320 milhões
de homens. Ainda há cerca de 130 milhões de crianças que não têm acesso ao ensino
primário, das quais mais de 80 milhões são raparigas.
Antigamente, a mulher frequentava apenas o 1ºciclo,
saindo depois para aprender a fazer as lidas domésticas.
       Atualmente, tal já não acontece, uma vez que a
mulher ganhou a sua própria independência. Hoje em dia,
as mulheres até já têm cursos superiores e cargos de
grande importância na sociedade!


              -Trabalho: Antes do século X|X, a mulher limitava-se a cuidar da casa, do
marido e dos filhos, porém hoje dia, a mulher para além de trabalhar durante 6 a 8h
fora de casa no seu emprego, ainda tem de cuidar da casa, dos filhos e até do marido.
No entanto, as mulheres ainda têm um salário inferior ao dos homens, pois por mais
que elas se esforcem, continuam a ter de provar dia após dia, que também elas são
capaz de exercer tarefas tal como os homens!




Fátima Sousa                                                                  Página 10
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

                           3.Mundo muçulmano

       Mundo islâmico ou mundo muçulmano é o nome dado ao conjunto de países
que tem o Islamismo como religião seguida pela maioria da população. O Islamismo
possui á volta de 1,3 a 1,5 bilhões de seguidores. A grande maioria dos muçulmanos
vive no terceiro mundo, ou seja nos países em desenvolvimento, por isso ainda são
considerados pobres.

       Num passado glorioso, as sociedades muçulmanas foram
ricas e poderosas. Porém atualmente, isso mudou e a sua
decadência tornou-se num estado de impotência de exploração.

       Todas as importantes religiões do mundo são baseadas
nos seus Livros Sagrados, os quais são frequentemente atribuídos
a revelações divinas. O livro sagrado do islamismo é “O Alcorão”
que é a palavra de Deus, revelada a Mohammad, desde a Surata
da Abertura até a Surata dos Humanos, constituindo o derradeiro dos livros revelados
à humanidade. Ele encerra, a sua totalidade, tal como: a felicidade, a reforma entre os
homens, a concórdia no presente e no futuro. Porém, uma parte do islamismo é um
pouco violento e preconiza uma guerra para estabelecer o reino de Deus na Terra. A
luta contra ele não é somente um interesse do mundo ocidental como também da
grande maioria dos muçulmanos, que seriam as suas primeiras vítimas. No entanto,
sem as transformações profundas na estrutura da desigualdade global que mantém
essas populações presas a um ciclo de empobrecimento e de isolamento.




              3.1 A mulher no mundo muçulmano

       No Islamismo ensina-se a origem do homem e da mulher, que provêm da
mesma essência, possuindo a mesma alma, e com capacidades iguais para os méritos
intelectuais, espirituais e morais, pois consideram os direitos da mulher sagrados.



Fátima Sousa                                                                 Página 11
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

       A mulher ocupa uma posição de inferioridade na sociedade muçulmana.
Quando falamos na mulher muçulmana, dois símbolos logo nos ocorrem: a burca (é
uma veste feminina que cobre todo o corpo, até o rosto e os olhos) e o véu (é um
tecido ou peça de vestuário, utilizado por mulheres de diferentes culturas, usado para
cobrir totalmente ou em parte a cabeça e a face). Estes sinais surgem na subordinação
das mulheres ao homem, apesar da igualdade espiritual.


       A subordinação da mulher é demonstrada e justificada pela lei, costumes e
tradições da Civilização Muçulmana, dizendo mesmo que há apenas um
reconhecimento dos diferentes papéis dos dois sexos e não uma inferioridade efetiva.
Assim, as marcas jurídicas da inferioridade da mulher são as seguintes:
       -A mulher só pode ter um marido, ao contrário do homem, que pode ter quatro
mulheres ao mesmo tempo.
       -A mulher só pode casar com um muçulmano, ao
contrário do homem, que pode casar com uma mulher
de outra religião.
       -A mulher apenas pode pedir o divórcio em
casos extremos, ficando a custódia dos seus filhos para
o pai e o testemunho do homem tem o dobro do valor
do da mulher.
       -A herança da mulher é duas vezes inferior à do
homem.
       -A maioria das mulheres vivem na reclusão, poucas foram as que tiveram
papéis ativos em questões públicas, embora atualmente haja uma crescente
liberalização do papel das mulheres fora de casa que começou sob a influência
ocidental.


       A opressão da mulher é maior no mundo árabe, porquê?


       Há locais em que a mulher não tem direito ao voto, não tem direito à
manifestação e a várias outras coisas. É o que acontece na Arábia Saudita. Mas,
novamente é preciso considerar o contexto social e político.

Fátima Sousa                                                               Página 12
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

         Nesse país, as mulheres também têm liberdades muito restritas, se
comparados às outras mulheres do mundo. Porém, como noutras situações históricas,
os mais profundamente afetados são as mulheres. Elas são os alvos, pois o regime é
muito mais repressivo aos que têm menos recursos físicos ou sociais. A liberdade
também depende da classe social, pois mulheres e homens da família real têm acesso
à educação e recursos ilimitados.

         Por outro lado, há outros locais em que as mulheres têm acesso à educação, ao
trabalho e á liberdade de expressão, como no Líbano e na Palestina. As questões
femininas que vivem são semelhantes às que as mulheres ocidentais enfrentam.
Porém, no mundo árabe, há outros valores que o Ocidente não leva em consideração,
mas que são valores humanos, como a dignidade e o respeito à mulher.

         Num futuro próximo, quando as mulheres viverem plenamente os seus direitos
na família, na sociedade e na política, as condições de vida das crianças melhorarão
significativamente. Até porque a discriminação das mulheres começa no lar e acentua-
se em todas as esferas da sua intervenção,
desde o local de trabalho até à vida política,
com evidentes prejuízos não só para as
mulheres, mas, também, para as crianças. É
negado, a muitas mulheres, o direito à
participação em decisões cruciais da vida
doméstica e até as que dizem respeito à sua
saúde.

         Algumas mulheres muçulmanas são discriminadas toda a vida. Essa
discriminação começa logo à nascença. Nos dois países mais populosos do Mundo
(Índia e China) há uma proporção inusitadamente elevada de nascimentos de rapazes.
O que sugere que, embora ilegais, as práticas de aborto provocado e de infanticídio,
com vista à seleção de bebés masculinos, continuam a ser uma realidade.

         Para as raparigas de muitos países do Mundo, o destino de desigualdade é
traçado logo na infância, quando são privadas de instrução. Entre as 15 milhões de
crianças que não vão à escola, a proporção de raparigas é muito mais elevada do que
Fátima Sousa                                                                 Página 13
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

de rapazes. Uma em cada cinco raparigas, nos países em desenvolvimento, não
completam o 1.º Ciclo.



                      10º Ano               11º Ano                12º Ano
Homens                3115                  192                    202
Mulheres              342                   290                    317


           No Ensino              Agricultura           Comunicação Social
           Homens Mulheres        Homens Mulheres       Homens Mulheres
           15%       85%          45%         55%       45%      55%



       Nos países em desenvolvimento, apenas 43% das raparigas frequentam o
Ensino Secundário. A falta de instrução está diretamente associada a indicadores como
o risco acrescido de morte no parto e o não envio dos filhos para a escola.

       Na puberdade, surgem os perigos ligados à mutilação genital e ao início
precoce da vida sexual. A Unicef estima em 130 milhões o número de mulheres e
raparigas que foram vítimas de amputação. Esta prática, além de representar uma
humilhação e uma submissão intolerável, tem graves consequências para a saúde,
como o aumento da suscetibilidade à sida, complicações no parto, doenças
inflamatórias e incontinência urinária. No entanto, as mulheres são vítimas de
violência por diversas formas. Aqui está um gráfico que representa as principais formas
de violência contra a mulher muçulmana.




Fonte: Centro Demográfico 2009



Fátima Sousa                                                                  Página 14
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

          No Afeganistão, outro país onde as mulheres continuam ainda a ser oprimidas,
existem regras que elas têm de obedecer durante o regime da milícia islâmica talibã,
como:


          - É absolutamente proibido às mulheres qualquer tipo de trabalho fora de casa,
incluindo professoras, médica, enfermeira, engenheira, etc.


          - É proibido às mulheres andar nas ruas sem a companhia de um homem (pai,
irmão ou marido).


          - É proibido falar com vendedores homens.


          - É proibido a mulher ser tratada por médicos homens, mesmo em risco de
vida.
          - É proibido o estudo em escolas, universidades ou qualquer outra instituição
educacional.
          - É permitido chicotear, bater ou agredir verbalmente as mulheres que não
usarem a burca ou que desobedeçam a uma
ordem talibã.
         - É permitido chicotear mulheres em
público se não estiverem com os calcanhares
cobertos.
         - É permitido atirar pedras publicamente a
mulheres que tenham tido sexo fora do
casamento, ou que sejam suspeitas de tal.
        - É proibido qualquer tipo de maquilhagem.
        - É proibido falar ou apertar as mãos de estranhos.
        - É proibido à mulher rir alto.


        - É proibido usar saltos altos que possam produzir sons enquanto andam.
    - A mulher não pode usar táxi sem a companhia de um homem (pai, irmão ou
marido).
    - É proibida a presença de mulheres em rádios, televisão ou qualquer outro meio


Fátima Sousa                                                                  Página 15
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

de comunicação.
    - É proibido às mulheres qualquer tipo de desporto ou mesmo entrar em clubes e
locais desportivos.
   - É proibido o uso de roupas que sejam coloridas
   - É proibida a participação de mulheres em festividades.
   - É proibido o uso de calças mesmo debaixo do véu.
   - As mulheres estão proibidas de lavar roupas nos rios ou locais públicos.
   - As mulheres não se podem deixar fotografar ou filmar.
   - É proibido às mulheres cantar.
   - É completamente proibido assistir a filmes, televisão, ou vídeo.


       A virgindade de uma rapariga muçulmana é propriedade de toda a família, pois
as comunidades muçulmanas são as mais afetadas por estas práticas arcaicas, quer
tenham lugar em países muçulmanos ou na Europa. Além disso, os homicídios e as
agressões cometidas em nome da honra de um homem, de uma família ou de uma
aldeia envolvem um código complexo onde se misturam costumes e tradições.
Todavia, é nos países governados pelo islão que os crimes ditos de honra se
                                      multiplicam. Aí condenam os pecados de violação
                                      e de adultério.


                                             As mulheres não dispõem de quaisquer
                                      recursos, pois precisamente pela honra ser uma
                                      noção subjetiva se estende à coletividade, pois
                                      não dizem respeito apenas ao marido. Muitas
                                      vezes analfabetas, sem qualquer meio de garantir
                                      a sua subsistência, não tendo dinheiro nem
passaporte que lhes permita fugir, acabam por admitir culpas que não têm. A morte e
a punição suprema são decididas pelo coletivo familiar ou pelo conselho da aldeia com
base nos costumes. A agressão será de preferência confiada a um irmão, e tanto
melhor se este for menor de idade, com mais fortes possibilidades de escapar ao
código penal nacional, ou então a um cunhado, ao pai, a um tio ou a um primo,



Fátima Sousa                                                                  Página 16
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

consoante os casos e as tradições, o crime é feito com uma arma branca ou com uma
arma de fogo.




                      Curiosidades

          -Quase um décimo da população mundial é formada por mulheres do
mundo muçulmano.


         -Mais de 2 milhões de mulheres por ano, são submetidas à mutilação genital.

         -1,3 bilhões de pessoas mergulhadas na pobreza, 70% são mulheres.


        -2/3 dos 876 milhões de analfabetos mundiais são mulheres.


        -Na África Sub-Saariana e Sul da Ásia apenas 2 a 7 mulheres em cada grupo de
1.000 frequentam o ensino secundário ou a universidade.


        -Mais de 1,2 milhão de mulheres morrem a cada ano, vitimas de complicações
evitáveis, durante a gravidez e o parto.




           3.2 Comparação entre a mulher portuguesa e a
       mulher afegã

       -Mulher portuguesa


       A Idade Contemporânea ficou marcada pela luta social de margas massas
femininas, pois as mulheres consciencializaram-se da sua situação discriminatória na
sociedade. O objetivo desta luta diversificada das mulheres é a sua aspiração á
emancipação e á mudança para um estatuto social mais dignificante. As conquistas
democráticas conseguidas como o 25 de Abril de 1974, teve uma grande contribuição


Fátima Sousa                                                                Página 17
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

para a mulher, que participou de forma ativa e corajosa na luta reivindicativa
económica e social para defender a liberdade.

       Apesar do grande atraso socioeconómico herdado da era colonial e da
exploração neocolonialista, liquidaram-se em vários países a poligamia e o casamento
de menores contratados por familiares, combateu-se o analfabetismo e elevou-se o
nível de cultura das mulheres.

       A educação da mulher portuguesa foi neglicenciada praticamente até o século
XX. O lugar do saber para a mulher estava dentro de casa, nos afazeres domésticos;
aquela que muito pensava “boa coisa não era”, porque significava uma ameaça para o
homem. Através de vários séculos alguns autores masculinos propuseram uma linha
diretriz de ação. Nessa altura, Ana Hatherly inverte esta ordem, dando à mulher
elementos para alcançar o conhecimento de modo auto-didático, usando a intuição
para atingir tal fim.

       Em Portugal, a presença da mulher na vida pública evidencia que nos
encontramos numa sociedade mista, sem discriminação sexual jurídica pelo menos no
que se refere a direitos e obrigações. Mas o acesso da mulher ao mundo da atividade
                                     política, da produção artística e das manifestações
                                     culturais nos mais variados aspetos, está ainda
                                     longe   de   complementar      suficientemente      a
                                     maneira masculina de abordar e desempenhar
                                     essas atividades. Supõe, indiscutivelmente, logo à
                                     partida, um empobrecimento na qualidade e na
                                     quantidade de bens produzidos e postos à
disposição da coletividade.

       Mudanças sociais de tanta envergadura como as requeridas para a cooperação,
aqui propugnada e tão desejável, não se improvisam. Deve precedê-las uma sólida
preparação formativa, desde o Ensino Básico ao Ensino Superior, passando também
pelas diversas escolas de artesanato, profissionais e de serviços, com as consequentes




Fátima Sousa                                                                Página 18
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

repercussões na maneira generalizada de pensar e até nas próprias estruturas
arquitetónicas e urbanas.


       Não há por que negar uma melhor disposição natural para determinados
esforços e trabalhos ligados ao sexo, nem o carácter insubstituível da mãe, se
queremos evitar toda a falha nas atenções que requer a educação da criança e do
jovem nos primeiros meses ou anos. Mas isto não implica que seja ela a carregar
exclusivamente com todos os cuidados que a higiene, a alimentação e a educação dos
filhos na infância requerem.


       Não se trata apenas de compensar, com a maior participação do pai no cuidado
dos filhos pequenos, o que se pode perder na atenção materna ao lar com o acesso da
mulher a trabalhos fora de casa. Trata-se de conseguir no interior do lar uma
valorização maior do cuidado educacional semelhante à diminuição que o acesso da
mulher à vida pública imprimiu ao trabalho económico e social. Não é somente o bem
particular da família e dos seus membros que está em jogo. Toda a sociedade, a paz, o
progresso dependem em grande parte de uma sã organização do matrimónio e da
família, como células do corpo social e vivência prévia necessária para o acesso de
todos os cidadãos à vida civil e de todos os cristãos à vida eclesial, como membros
ativos e fecundos das respetivas sociedades.


       Até há meio século na Europa, a reduzida idade média da mulher, a economia
predominantemente familiar e o seu notável papel na transmissão da cultura às novas
gerações costumavam levar a mulher, sem frustrações que se vissem, à sua aparente
plena realização. Mas hoje, a instrução tem lugar na escola, a função económica
concentra-se em instalações industriais, comerciais ou de serviços fora do lar e,
terminada a sua idade fecunda, restam à mulher ainda muitos anos de capacidade
produtiva, nos quais a sua plena satisfação dependerá fundamentalmente do que a
sua atividade profissional ou o desempenho do seu emprego lhe sejam gratificantes. A
educação é essencial para a realização plena da igualdade entre mulheres e homens.
Os estereótipos, as imagens e as atitudes relativamente às mulheres são obstáculos à
igualdade, e poderão ser eliminados através da educação formal, nomeadamente


Fátima Sousa                                                                 Página 19
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

através dos meios de comunicação social, organizações não-governamentais,
programas de partidos políticos e ações concretas.


       Relativamente ao papel da mulher na educação, em Portugal ela participa mais
que os homens quanto aos níveis de ensino, como também em alguns tipos de
empregos. Portugal é um país, onde a igualdade entre homens e mulheres, deixou de
ser uma mera utopia.


       Os factos históricos, acerca das conquistas femininas, não deixam margem para
dúvidas. Em 1867, surge o Primeiro Código Civil, que melhora a situação das mulheres
e, em 1910 o divórcio era finalmente permitido. Corria o ano de 1824 e o 1º Congresso
Feminista e de Educação, marcava um novo progresso na história das mulheres. Era
finalmente, permitido às mulheres trabalhar na Função Pública e mais tarde, votar.

        Em 1983, são introduzidas alterações de valor inequívoco, relativamente à
assistência prestada a mulheres, no campo familiar e a prostituição deixa de ser
penalizada.

       A própria Constituição da República Portuguesa, apresenta alterações de uma
importância extrema, no que compete à igualdade entre homens e mulheres.

       O princípio da igualdade, da família, casamento e filiação, a
participação na vida pública, são artigos que a constituição
consagra. A mulher conquista ainda o direito ao trabalho e à
sua segurança, à liberdade de escolha de profissão e acesso
à função pública, à saúde, ao ensino e à participação política
por parte de todos os cidadãos, independentemente do
sexo, a que pertencem. As mulheres invadem em maior
número o universo académico, do que os homens.

       A mulher conquistou também o merecido auxílio,
aos direitos reprodutivos, à maternidade, à invalidez, à
reforma e à velhice. Contudo, a violência nas mulheres, é um dos aspetos, mais
preocupantes em Portugal. O Código Penal introduziu alterações que, nem sempre são



Fátima Sousa                                                                Página 20
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

seguidas pelos cidadãos, em relação à violência que praticam. A proteção é
assegurada, mas não na sua plenitude.

          É na área dos serviços sociais, das empresas e da saúde que, encontramos com
mais frequência, alguém do sexo feminino. Na comunicação social e na vida política, é
notória uma subida dos números que, simbolizam a presença das mulheres, nestes
ramos.

          No atual governo, existem mulheres na chefia, como por exemplo a ministra da
agricultura, a ministra da justiça, entre outras. Deste modo, podemos dizer que a
mulher portuguesa se instalou na sociedade de “armas e bagagens” e que “veio para
ficar”!

                 -Mulher afegã

          O regime socialista reviu os direitos das mulheres no Afeganistão e concedeu a
permissão para não usar véu, aboliu o dote, promoveu a integração das mulheres ao
trabalho (cerca dos 245.000 trabalhadores, 40% dos médicos são mulheres) e
alfabetização feminina foi reduzida de 98% para 75%, cerca 60% do corpo docente da
Universidade de Cabul são mulheres).




Fátima Sousa                                                                 Página 21
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

        No entanto, ainda existem muitos problemas neste país para as mulheres. Elas
ainda continuam de luto pelas violações coletivas infligidas a duas afegãs, por serem
chicoteadas pelos sujeitos mais retrógrados, por serem leiloadas no mercado público e
pelas suas jovens filhas. Mas os perpetradores de todos estes crimes são perdoados e
por isso disfrutam de completa imunidade, continuando a manter as suas posições de
oficiais.


        Embora as mulheres Afegãs, não esperem nada de diferente do regime, a dor
delas torna-se crónica quando o mundo acredita que os EUA e a NATO trouxeram a
libertação, a democracia e os direitos humanos e das mulheres para o Afeganistão.


        No momento as mulheres do Afeganistão vivem uma nova era de catividade e
estão nas garras de monstros fundamentalistas.


        No Afeganistão, as mulheres preferem a dor física à dor da humilhação. A
tristeza é velha conhecida destas mulheres. Depois de enfrentar quase duas décadas
de guerras, elas foram impedidas pelo Governo de estudar ou trabalhar e o fim das
proibições, há três anos, não mudou muito a situação.

        Ainda são muitas as mulheres que se atrevem a
sair às ruas sem burcas e aquelas que decidiram
abandona-la para usar apenas o véu cobrindo a cabeça
ainda são vistas com alguma desconfiança por parte da
população local. As mulheres se escondem sob a burca
o medo da reação de famílias conservadoras, maridos
autoritários e até dos velhos talibãs, que mesmo fora
do Governo, ainda tentam fazer valer seu ponto de vista.

        Na enfermaria de um hospital, a maioria das mulheres não acredita em amor
ou em nenhum tipo de sentimento de afetuosidade. Assim como elas, centenas, todos
os dias, tomam a decisão de se auto – imolar, no que parece ser um silencioso
movimento do protesto das afegãs. Elas queimam-se.




Fátima Sousa                                                                Página 22
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

       O poder masculino, acima de qualquer lei e além de qualquer limite, mata de
alguma forma a condição feminina.


       Deste modo, depois de comparar estes dois países tão distantes, deparamo-nos
com uma realidade diferente para as mulheres. Enquanto num, as mulheres já
encontraram o seu papel na sociedade; no outro, as mulheres continuam a viver
oprimidas e continuam a lutar, em silêncio, para terem um papel ativo na sociedade.
Papel esse, que lhes é retirado dia após dia pelos homens!




Fátima Sousa                                                              Página 23
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Conclusão

       Após ter concluído este trabalho, cujo tema é uma problemática atual, pude
perceber um pouco mais sobre alguns assuntos relativamente ao mundo muçulmano,
aos direitos humanos e consequentemente da mulher e sobre a discriminação sentida
por alguns humanos, mesmo em pleno século XX|.

       Durante a realização deste trabalho, pude constatar que apesar de todos os
obstáculos, a mulher vem conseguindo o seu lugar ao “sol”. A mulher é mãe, é dona de
casa, é esposa, estuda, trabalha e faz tudo isso de “saltos altos”. Ser Mulher não é
tarefa fácil! Porém a cada dia que passa o espaço feminino aumenta. Aumenta porque
não cabe mais a ideia de submissão e de dependência de outros tempos. Os tempos
são outros, não que o feminismo pretenda mudar o mundo, mas a própria sociedade
tende à mudança. Ser mulher é sinónimo de luta e de sucesso!

       Mas nem tudo é um “mar de rosas”, e espalhadas por este mundo fora, ainda
existem mulheres que são submissas e oprimidas pelos pais, irmãos, maridos, no fundo
são discriminadas pela sociedade em que estão inseridas!

       No entanto, tal situação tem a mudar, porque todos nós lutamos para que
todos, sem exceção, tenham igual acesso a todos os direitos. Até porque só
construiremos um mundo mais justo e mais feliz se todos fizerem um esforço coletivo,
no mesmo sentido, que neste caso é libertar as mulheres da tirania em que vivem!




Fátima Sousa                                                                 Página 24
Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano

Webgrafia


http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofia_tra
balhos/direitosdasmulheres.htm

http://www.eselx.ipl.pt/ciencias-sociais/tratados/1789mulher.htm

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/direitodasmulheres.htm

www.porto.ucp.pt

www.humanrights.com

http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm

http://islam.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=217:a-mulher-
muculmana&catid=41:a-mulher-muculmana&directory=2

http://www.google.com/search?tbm=isch&hl=pt-
PT&source=hp&q=direitos+humanos&gbv=2&oq=direitos+&aq=0&aqi=g10&aql=&gs_l
=img.1.0.0l10.8970.11856.0.13369.13.10.2.0.0.0.452.1903.0j1j4j1j1.7.0...0.0.AtBnRZzq
zdA

http://www.google.com/search?q=direitos+das+mulheres&tbm=isch&hl=pt-
PT&gbv=2&gs_l=img.1.0.0l10.8970.11856.0.13369.13.10.2.0.0.0.452.1903.0j1j4j1j1.7.0
...0.0.AtBnRZzqzdA&oq=direitos+das+mulheres&aq=f&aqi=&aql=

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/guerra-do-afeganistao/mulher-no-
afeganistao.php




Fátima Sousa                                                               Página 25

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Mulheres no mundo muçulmano

  • 1. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano Escola Cooperativa de Vale S. Cosme Situação das mulheres no Mundo Muçulmano Trabalho da disciplina de: Economia C Realizado por: Fátima Sousa, 5297 Orientador: Professor Francisco Carvalho Vale S. Cosme Junho 2012 Fátima Sousa Página 1
  • 2. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano Índice Introdução ........................................................................................................................ 3 Direitos Humanos ............................................................................................................. 4 A mulher ........................................................................................................................... 5 2.1 Direitos das Mulheres ............................................................................................. 6 O que são os Direitos das Mulheres.......................................................................... 6 Como surgiram os Direitos das Mulheres ................................................................. 6 Quais são os Direitos das Mulheres .......................................................................... 7 O papel da Mulher na sociedade .............................................................................. 8 Emancipação das mulheres em Portugal e a sua atual situação .............................. 9 Diferenças entre homens & mulheres .................................................................... 10 Mundo muçulmano ........................................................................................................ 11 3.1 A mulher no mundo muçulmano .......................................................................... 11 A opressão da mulher é maior no mundo árabe, porquê? ..................................... 12 Curiosidades ................................................................................................................ 17 3.2 Comparação entre a mulher portuguesa e a mulher afegã ................................. 17 -Mulher portuguesa ................................................................................................ 17 -Mulher afegã .......................................................................................................... 21 Conclusão........................................................................................................................ 23 Webgrafia ....................................................................................................................... 25 Fátima Sousa Página 2
  • 3. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano Introdução A temática deste trabalho foi sugerida pelo Professor Francisco Carvalho com o intuito de nos mostrar as várias facetas que os Direitos Humanos podem ter. Assim, eu com este trabalho individual pretendo para além de ter boa nota para consequentemente subir a minha nota final a Economia, aprender um pouco mais sobre este tema. Um tema que é muito importante para a Humanidade e com a situação que o mundo atravessa é um tema que levanta sempre várias questões. Este trabalho vai-se basear fundamentalmente nos direitos que as mulheres muçulmanas têm e que apesar disso, ainda continuam a não ter um papel ativo na sociedade. No entanto, irei abordar de uma forma geral o que são os Direitos Humanos e mais tarde os Direitos das Mulheres. Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos e surgiram em 1789 e a partir daí já existiram três gerações: a 1ª geração recai sobre os direitos individuais, civis e políticos; a 2ª geração abrange os direitos económicos, sociais e culturais e por fim a 3ª geração fala dos direitos coletivos. Anos mais tarde, em 1975, as mulheres americanas organizaram uma manifestação para reivindicar os seus direitos e como o golpe foi bem-sucedido, um pouco por todo o mundo, as mulheres ganharam força e coragem para dar voz aos seus direitos. Assim o termo Direito das Mulheres refere-se à liberdade inerente e reclamada pelas mulheres de todas as idades e classes sem preconceito e discriminação. Porém as mulheres ocupam uma posição de inferioridade na sociedade muçulmana, que ainda continua a subjugar as mulheres! Fátima Sousa Página 3
  • 4. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano 1. Direitos Humanos Os Direitos Humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos. O conceito de Direitos Humanos apresenta a ideia de liberdade de pensamento, de expressão, e de igualdade perante a lei. Estes são Direitos que todas as pessoas têm devido á sua condição humana, de forma a viverem em liberdade e dignidade. Eles são um direito inato, ou seja, nasce com a pessoa. Os Direitos Humanos servem para eliminar todo o tipo de discriminação, proteger a vida e a integridade física, assegurar condições mínimas de vida e garantir o exercício dos direitos e das liberdades individuais. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão nasceu em França em 1789, mas só mais tarde, a 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que apresenta 30 direitos referentes ao Homem. No entanto, esta Declaração foi passando por várias etapas desde o Cilindro de Giro em 539 a.C., Magna Carta em 1215, Habeas Corpus em 1679, Declaração de Direitos da Virgínia em 1776, Declaração dos Direitos do Homem e do cidadão em 1789 e por fim a Declaração Universal dos Direitos do Homem em 1948. Ao longo da história, os Direitos Humanos foram sofrendo uma evolução, passando por diferentes gerações de direitos, como: -1ª Geração de direitos humanos: surgiu no século XV||| e começou com os direitos individuais, civis e políticos. Como por exemplo: direito de voto, liberdade de expressão, de reunião, de manifestação Fátima Sousa Página 4
  • 5. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano -2ª Geração de direitos humanos: surgiu no século X|X e XX e passou a abranger os direitos económicos, sociais e culturais. Como por exemplo: direito á greve, á segurança social, á educação e ao trabalho. -3ª Geração de direitos humanos: surgiu no século XX e englobou os direitos coletivos. Como por exemplo: direito ao desemprego, á paz, ao desenvolvimento, á qualidade do ambiente, ao usufruto do património da humanidade. Os Direitos Humanos também apresentam algumas características de entre as quais: -Universal: pertencem a todas as pessoas, qualquer que seja a sua condição social, género, etnia, religião ou nacionalidade. -Interdependente: os direitos humanos estão inter-relacionados -Indivisíveis: todos os direitos humanos são igualmente importantes e necessários não se podendo hierarquizar. - Inalienáveis: não podem ser cedidos ou retirados a ninguém. Deste modo, os Direitos Humanos são algo inatos e que cada pessoa tem o direito de não ser privado desses mesmos direitos. 2. A mulher A mulher não era considerada na sociedade, ou seja, não era tratada por igual, era considerada meramente um objeto. Alguns homens matavam as filhas para não terem despesas com o casamento. Na Arábia enterravam-se mulheres vivas como forma de punição; noutras partes do mundo queimavam mulheres vivas que tinham ficado sem o marido e noutras. Em alguns sítios a mulher era completamente Fátima Sousa Página 5
  • 6. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano dependente dos homens, se casasse passava a ser propriedade do marido e em antes de casar era dependente do pai ou de um irmão. A mulher não podia exercer nenhuma função pública ou civil, não podia adotar nem ser adotada e nem podia fazer testamento ou contrato. Os homens casavam quando queriam, divorciavam-se delas quando lhes apeteciam e casavam com o número de mulheres que desejavam. Só em 1870 a situação começou a melhorar para o sexo feminino. Mas até hoje a mulher no oriente, continua a lutar pelos seus direitos. Atualmente, as reivindicações e movimentos pela garantia dos direitos da mulher são assuntos prioritários nas sociedades que lutam contra a injustiça da mulher, que faz com que a mulher se sinta aprisionada e injustiçada. Não é dado á mulher o devido valor que ela tem, mesmo sendo ela o alicerce da família, da sociedade e do mundo! 2.1 Direitos das Mulheres O que são os Direitos das Mulheres O termo Direitos das Mulheres refere-se à liberdade inerente e reclamada pelas mulheres de todas as idades. Por vezes esses direitos são ignorados ou ilegalmente suprimidos por leis ou por costumes de uma sociedade em particular. Como surgiram os Direitos das Mulheres Os Direitos das Mulheres surgiram juntamente com o Dia Internacional da Mulher. Em 23 de Fevereiro de 1917 pelo calendário Juliano, que coincidentemente Fátima Sousa Página 6
  • 7. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano caiu em 8 de Março pelo calendário gregoriano, o czar russo Nicolau II foi obrigado a deixar o governo e garantir o direito ao voto das mulheres. Somente em 1975, 64 anos depois da convenção socialista, as Nações Unidas resolveram adotar a data como oficial para celebrar o Dia Internacional da Mulher, que é comemorado por causa de uma manifestação de operárias em Nova Iorque, no ano de 1857. Sendo também um símbolo de luta revolucionária que se transformou numa jornada mundial de ação das mulheres pelos seus direitos próprios, contra todas as formas de discriminação. Se considerarmos o desempenho das conquistas europeias, observamos que as francesas, ao contrário do que se pensa, foram tardias. Enquanto as britânicas e as alemãs obtiveram o direito ao voto em 1918, pois conquistaram-no por influência da Segunda Guerra Mundial, que possibilitou também a criação do exército feminino (contou com 430 mulheres encaixadas nas Forças Francesas Livres, somado a um número muito maior de voluntárias). As espanholas, por causa da vitória da esquerda, conquistaram o direito ao voto em 1931. Entre as mulheres pioneiras em vitórias alcançadas, é relevante ressaltar a alemã Emmy Noether, inventora da álgebra moderna e do “teorema de Noether”, que conseguiu ser admitida como ouvinte na universidade em 1900, tornando-se professora em 1915. Quais são os Direitos das Mulheres 1. Direito à vida. 2. Direito à liberdade e à segurança pessoal. 3. Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação. 4. Direito à liberdade de pensamento. Fátima Sousa Página 7
  • 8. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano 5. Direito à informação e à educação. 6. Direito à privacidade. 7. Direito à saúde e à proteção desta. 8. Direito a construir relacionamento conjugal e a planejar a sua família. 9. Direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los. 10. Direito aos benefícios do progresso científico. 11. Direito à liberdade de reunião e participação política. 12. Direito a não ser submetida a torturas e maltrato. O papel da Mulher na sociedade Até ao século XX, a mulher era vista apenas como um utensílio que tinha como únicas utilidades: parir, criar e educar. O filósofo grego Platão considerava a natureza das mulheres inferior à dos homens, na “capacidade para a virtude”. A mulher era então vista por ele como um ser humano sem raciocínio, comparando-a até aos escravos. Elas não tinham poder de escolha ou de decisão em nada nas suas vidas, nem o marido podiam escolher, limitando-se a serem escolhidas e até a serem passadas para outro se o marido assim o entendesse. As suas obrigações eram venerar o marido, educar e criar os filhos, cuidar da casa e manter-se submissa ao seu marido. No passado, os homens eram a super potência! Porém, surgiu "a emancipação das mulheres". Atualmente, a vida mudou! Os homens não são tão superiores, como no passado. As mulheres tomaram lugares em alguns deveres que os homens possuíam. Pode então dizer-se que em Fátima Sousa Página 8
  • 9. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano geral, a emancipação das mulheres igualou o status social, tornando as mulheres capazes de explorar-se mais e permitir ser bem-sucedidas na carreira. A emancipação das mulheres acabou com a inexistência de restrições opressivas impostas pelo sexo, a autodeterminação e a autonomia, assim como a realização dos seus objetivos económicos, políticos e religiosos. O principal objetivo da emancipação da mulher era a liberdade, até porque as mulheres têm direito á igualdade tal como os homens, uma vez que no passado, as mulheres eram apenas objetos. Atualmente, os direitos das mulheres estão numa lista na lei. Não deve haver mais violência e discriminação às mulheres. Elas também são seres humanos que têm os seus direitos de vida, liberdade de expressão, igualdade, direito á economia, á cultura e aos direitos sociais. Emancipação das mulheres em Portugal e a sua atual situação A Idade Contemporânea ficou marcada pela luta social de largas massas femininas, pois as mulheres consciencializaram-se da sua situação discriminatória na sociedade. Esta luta social expressava-se por múltiplas ações comuns, em grande parte de formas de organização e movimentos. O objetivo desta luta era a sua aspiração à emancipação e à mudança para um estatuto social mais dignificante. As conquistas democráticas conseguidas com o 25 de Abril de 1974 tiveram uma contribuição de grande relevo da mulher, que participou de forma ativa e corajosa na luta reivindicativa económica e social, para defender a liberdade. O mérito de ter tomado as primeiras medidas verdadeiramente a favor da emancipação da mulher, ficou para o primeiro governo operário da história, a Comuna de Paris. Ainda assim, não desapareceram de súbito os preconceitos sobre a mulher, pois esses preconceitos têm na maior parte uma raiz histórica que não reside na essência do Fátima Sousa Página 9
  • 10. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano sistema socioeconómico, pois ainda hoje as mulheres sentem preconceito apesar de vivermos num mundo denominado de “ser tolerante”. Apesar do grande atraso socioeconómico herdado da era colonial e da exploração neocolonialista, que liquidaram em vários países a poligamia e o casamento de menores, o analfabetismo e elevou-se o nível de cultura das mulheres. Deste modo, Portugal é um país onde a igualdade entre homens e mulheres, deixou de ser algo impensável. A luta contra a discriminação das mulheres é hoje um troféu a erguer! Diferenças entre homens & mulheres -Educação: Existem 600 milhões de mulheres analfabetas e 320 milhões de homens. Ainda há cerca de 130 milhões de crianças que não têm acesso ao ensino primário, das quais mais de 80 milhões são raparigas. Antigamente, a mulher frequentava apenas o 1ºciclo, saindo depois para aprender a fazer as lidas domésticas. Atualmente, tal já não acontece, uma vez que a mulher ganhou a sua própria independência. Hoje em dia, as mulheres até já têm cursos superiores e cargos de grande importância na sociedade! -Trabalho: Antes do século X|X, a mulher limitava-se a cuidar da casa, do marido e dos filhos, porém hoje dia, a mulher para além de trabalhar durante 6 a 8h fora de casa no seu emprego, ainda tem de cuidar da casa, dos filhos e até do marido. No entanto, as mulheres ainda têm um salário inferior ao dos homens, pois por mais que elas se esforcem, continuam a ter de provar dia após dia, que também elas são capaz de exercer tarefas tal como os homens! Fátima Sousa Página 10
  • 11. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano 3.Mundo muçulmano Mundo islâmico ou mundo muçulmano é o nome dado ao conjunto de países que tem o Islamismo como religião seguida pela maioria da população. O Islamismo possui á volta de 1,3 a 1,5 bilhões de seguidores. A grande maioria dos muçulmanos vive no terceiro mundo, ou seja nos países em desenvolvimento, por isso ainda são considerados pobres. Num passado glorioso, as sociedades muçulmanas foram ricas e poderosas. Porém atualmente, isso mudou e a sua decadência tornou-se num estado de impotência de exploração. Todas as importantes religiões do mundo são baseadas nos seus Livros Sagrados, os quais são frequentemente atribuídos a revelações divinas. O livro sagrado do islamismo é “O Alcorão” que é a palavra de Deus, revelada a Mohammad, desde a Surata da Abertura até a Surata dos Humanos, constituindo o derradeiro dos livros revelados à humanidade. Ele encerra, a sua totalidade, tal como: a felicidade, a reforma entre os homens, a concórdia no presente e no futuro. Porém, uma parte do islamismo é um pouco violento e preconiza uma guerra para estabelecer o reino de Deus na Terra. A luta contra ele não é somente um interesse do mundo ocidental como também da grande maioria dos muçulmanos, que seriam as suas primeiras vítimas. No entanto, sem as transformações profundas na estrutura da desigualdade global que mantém essas populações presas a um ciclo de empobrecimento e de isolamento. 3.1 A mulher no mundo muçulmano No Islamismo ensina-se a origem do homem e da mulher, que provêm da mesma essência, possuindo a mesma alma, e com capacidades iguais para os méritos intelectuais, espirituais e morais, pois consideram os direitos da mulher sagrados. Fátima Sousa Página 11
  • 12. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano A mulher ocupa uma posição de inferioridade na sociedade muçulmana. Quando falamos na mulher muçulmana, dois símbolos logo nos ocorrem: a burca (é uma veste feminina que cobre todo o corpo, até o rosto e os olhos) e o véu (é um tecido ou peça de vestuário, utilizado por mulheres de diferentes culturas, usado para cobrir totalmente ou em parte a cabeça e a face). Estes sinais surgem na subordinação das mulheres ao homem, apesar da igualdade espiritual. A subordinação da mulher é demonstrada e justificada pela lei, costumes e tradições da Civilização Muçulmana, dizendo mesmo que há apenas um reconhecimento dos diferentes papéis dos dois sexos e não uma inferioridade efetiva. Assim, as marcas jurídicas da inferioridade da mulher são as seguintes: -A mulher só pode ter um marido, ao contrário do homem, que pode ter quatro mulheres ao mesmo tempo. -A mulher só pode casar com um muçulmano, ao contrário do homem, que pode casar com uma mulher de outra religião. -A mulher apenas pode pedir o divórcio em casos extremos, ficando a custódia dos seus filhos para o pai e o testemunho do homem tem o dobro do valor do da mulher. -A herança da mulher é duas vezes inferior à do homem. -A maioria das mulheres vivem na reclusão, poucas foram as que tiveram papéis ativos em questões públicas, embora atualmente haja uma crescente liberalização do papel das mulheres fora de casa que começou sob a influência ocidental. A opressão da mulher é maior no mundo árabe, porquê? Há locais em que a mulher não tem direito ao voto, não tem direito à manifestação e a várias outras coisas. É o que acontece na Arábia Saudita. Mas, novamente é preciso considerar o contexto social e político. Fátima Sousa Página 12
  • 13. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano Nesse país, as mulheres também têm liberdades muito restritas, se comparados às outras mulheres do mundo. Porém, como noutras situações históricas, os mais profundamente afetados são as mulheres. Elas são os alvos, pois o regime é muito mais repressivo aos que têm menos recursos físicos ou sociais. A liberdade também depende da classe social, pois mulheres e homens da família real têm acesso à educação e recursos ilimitados. Por outro lado, há outros locais em que as mulheres têm acesso à educação, ao trabalho e á liberdade de expressão, como no Líbano e na Palestina. As questões femininas que vivem são semelhantes às que as mulheres ocidentais enfrentam. Porém, no mundo árabe, há outros valores que o Ocidente não leva em consideração, mas que são valores humanos, como a dignidade e o respeito à mulher. Num futuro próximo, quando as mulheres viverem plenamente os seus direitos na família, na sociedade e na política, as condições de vida das crianças melhorarão significativamente. Até porque a discriminação das mulheres começa no lar e acentua- se em todas as esferas da sua intervenção, desde o local de trabalho até à vida política, com evidentes prejuízos não só para as mulheres, mas, também, para as crianças. É negado, a muitas mulheres, o direito à participação em decisões cruciais da vida doméstica e até as que dizem respeito à sua saúde. Algumas mulheres muçulmanas são discriminadas toda a vida. Essa discriminação começa logo à nascença. Nos dois países mais populosos do Mundo (Índia e China) há uma proporção inusitadamente elevada de nascimentos de rapazes. O que sugere que, embora ilegais, as práticas de aborto provocado e de infanticídio, com vista à seleção de bebés masculinos, continuam a ser uma realidade. Para as raparigas de muitos países do Mundo, o destino de desigualdade é traçado logo na infância, quando são privadas de instrução. Entre as 15 milhões de crianças que não vão à escola, a proporção de raparigas é muito mais elevada do que Fátima Sousa Página 13
  • 14. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano de rapazes. Uma em cada cinco raparigas, nos países em desenvolvimento, não completam o 1.º Ciclo. 10º Ano 11º Ano 12º Ano Homens 3115 192 202 Mulheres 342 290 317 No Ensino Agricultura Comunicação Social Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 15% 85% 45% 55% 45% 55% Nos países em desenvolvimento, apenas 43% das raparigas frequentam o Ensino Secundário. A falta de instrução está diretamente associada a indicadores como o risco acrescido de morte no parto e o não envio dos filhos para a escola. Na puberdade, surgem os perigos ligados à mutilação genital e ao início precoce da vida sexual. A Unicef estima em 130 milhões o número de mulheres e raparigas que foram vítimas de amputação. Esta prática, além de representar uma humilhação e uma submissão intolerável, tem graves consequências para a saúde, como o aumento da suscetibilidade à sida, complicações no parto, doenças inflamatórias e incontinência urinária. No entanto, as mulheres são vítimas de violência por diversas formas. Aqui está um gráfico que representa as principais formas de violência contra a mulher muçulmana. Fonte: Centro Demográfico 2009 Fátima Sousa Página 14
  • 15. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano No Afeganistão, outro país onde as mulheres continuam ainda a ser oprimidas, existem regras que elas têm de obedecer durante o regime da milícia islâmica talibã, como: - É absolutamente proibido às mulheres qualquer tipo de trabalho fora de casa, incluindo professoras, médica, enfermeira, engenheira, etc. - É proibido às mulheres andar nas ruas sem a companhia de um homem (pai, irmão ou marido). - É proibido falar com vendedores homens. - É proibido a mulher ser tratada por médicos homens, mesmo em risco de vida. - É proibido o estudo em escolas, universidades ou qualquer outra instituição educacional. - É permitido chicotear, bater ou agredir verbalmente as mulheres que não usarem a burca ou que desobedeçam a uma ordem talibã. - É permitido chicotear mulheres em público se não estiverem com os calcanhares cobertos. - É permitido atirar pedras publicamente a mulheres que tenham tido sexo fora do casamento, ou que sejam suspeitas de tal. - É proibido qualquer tipo de maquilhagem. - É proibido falar ou apertar as mãos de estranhos. - É proibido à mulher rir alto. - É proibido usar saltos altos que possam produzir sons enquanto andam. - A mulher não pode usar táxi sem a companhia de um homem (pai, irmão ou marido). - É proibida a presença de mulheres em rádios, televisão ou qualquer outro meio Fátima Sousa Página 15
  • 16. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano de comunicação. - É proibido às mulheres qualquer tipo de desporto ou mesmo entrar em clubes e locais desportivos. - É proibido o uso de roupas que sejam coloridas - É proibida a participação de mulheres em festividades. - É proibido o uso de calças mesmo debaixo do véu. - As mulheres estão proibidas de lavar roupas nos rios ou locais públicos. - As mulheres não se podem deixar fotografar ou filmar. - É proibido às mulheres cantar. - É completamente proibido assistir a filmes, televisão, ou vídeo. A virgindade de uma rapariga muçulmana é propriedade de toda a família, pois as comunidades muçulmanas são as mais afetadas por estas práticas arcaicas, quer tenham lugar em países muçulmanos ou na Europa. Além disso, os homicídios e as agressões cometidas em nome da honra de um homem, de uma família ou de uma aldeia envolvem um código complexo onde se misturam costumes e tradições. Todavia, é nos países governados pelo islão que os crimes ditos de honra se multiplicam. Aí condenam os pecados de violação e de adultério. As mulheres não dispõem de quaisquer recursos, pois precisamente pela honra ser uma noção subjetiva se estende à coletividade, pois não dizem respeito apenas ao marido. Muitas vezes analfabetas, sem qualquer meio de garantir a sua subsistência, não tendo dinheiro nem passaporte que lhes permita fugir, acabam por admitir culpas que não têm. A morte e a punição suprema são decididas pelo coletivo familiar ou pelo conselho da aldeia com base nos costumes. A agressão será de preferência confiada a um irmão, e tanto melhor se este for menor de idade, com mais fortes possibilidades de escapar ao código penal nacional, ou então a um cunhado, ao pai, a um tio ou a um primo, Fátima Sousa Página 16
  • 17. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano consoante os casos e as tradições, o crime é feito com uma arma branca ou com uma arma de fogo. Curiosidades -Quase um décimo da população mundial é formada por mulheres do mundo muçulmano. -Mais de 2 milhões de mulheres por ano, são submetidas à mutilação genital. -1,3 bilhões de pessoas mergulhadas na pobreza, 70% são mulheres. -2/3 dos 876 milhões de analfabetos mundiais são mulheres. -Na África Sub-Saariana e Sul da Ásia apenas 2 a 7 mulheres em cada grupo de 1.000 frequentam o ensino secundário ou a universidade. -Mais de 1,2 milhão de mulheres morrem a cada ano, vitimas de complicações evitáveis, durante a gravidez e o parto. 3.2 Comparação entre a mulher portuguesa e a mulher afegã -Mulher portuguesa A Idade Contemporânea ficou marcada pela luta social de margas massas femininas, pois as mulheres consciencializaram-se da sua situação discriminatória na sociedade. O objetivo desta luta diversificada das mulheres é a sua aspiração á emancipação e á mudança para um estatuto social mais dignificante. As conquistas democráticas conseguidas como o 25 de Abril de 1974, teve uma grande contribuição Fátima Sousa Página 17
  • 18. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano para a mulher, que participou de forma ativa e corajosa na luta reivindicativa económica e social para defender a liberdade. Apesar do grande atraso socioeconómico herdado da era colonial e da exploração neocolonialista, liquidaram-se em vários países a poligamia e o casamento de menores contratados por familiares, combateu-se o analfabetismo e elevou-se o nível de cultura das mulheres. A educação da mulher portuguesa foi neglicenciada praticamente até o século XX. O lugar do saber para a mulher estava dentro de casa, nos afazeres domésticos; aquela que muito pensava “boa coisa não era”, porque significava uma ameaça para o homem. Através de vários séculos alguns autores masculinos propuseram uma linha diretriz de ação. Nessa altura, Ana Hatherly inverte esta ordem, dando à mulher elementos para alcançar o conhecimento de modo auto-didático, usando a intuição para atingir tal fim. Em Portugal, a presença da mulher na vida pública evidencia que nos encontramos numa sociedade mista, sem discriminação sexual jurídica pelo menos no que se refere a direitos e obrigações. Mas o acesso da mulher ao mundo da atividade política, da produção artística e das manifestações culturais nos mais variados aspetos, está ainda longe de complementar suficientemente a maneira masculina de abordar e desempenhar essas atividades. Supõe, indiscutivelmente, logo à partida, um empobrecimento na qualidade e na quantidade de bens produzidos e postos à disposição da coletividade. Mudanças sociais de tanta envergadura como as requeridas para a cooperação, aqui propugnada e tão desejável, não se improvisam. Deve precedê-las uma sólida preparação formativa, desde o Ensino Básico ao Ensino Superior, passando também pelas diversas escolas de artesanato, profissionais e de serviços, com as consequentes Fátima Sousa Página 18
  • 19. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano repercussões na maneira generalizada de pensar e até nas próprias estruturas arquitetónicas e urbanas. Não há por que negar uma melhor disposição natural para determinados esforços e trabalhos ligados ao sexo, nem o carácter insubstituível da mãe, se queremos evitar toda a falha nas atenções que requer a educação da criança e do jovem nos primeiros meses ou anos. Mas isto não implica que seja ela a carregar exclusivamente com todos os cuidados que a higiene, a alimentação e a educação dos filhos na infância requerem. Não se trata apenas de compensar, com a maior participação do pai no cuidado dos filhos pequenos, o que se pode perder na atenção materna ao lar com o acesso da mulher a trabalhos fora de casa. Trata-se de conseguir no interior do lar uma valorização maior do cuidado educacional semelhante à diminuição que o acesso da mulher à vida pública imprimiu ao trabalho económico e social. Não é somente o bem particular da família e dos seus membros que está em jogo. Toda a sociedade, a paz, o progresso dependem em grande parte de uma sã organização do matrimónio e da família, como células do corpo social e vivência prévia necessária para o acesso de todos os cidadãos à vida civil e de todos os cristãos à vida eclesial, como membros ativos e fecundos das respetivas sociedades. Até há meio século na Europa, a reduzida idade média da mulher, a economia predominantemente familiar e o seu notável papel na transmissão da cultura às novas gerações costumavam levar a mulher, sem frustrações que se vissem, à sua aparente plena realização. Mas hoje, a instrução tem lugar na escola, a função económica concentra-se em instalações industriais, comerciais ou de serviços fora do lar e, terminada a sua idade fecunda, restam à mulher ainda muitos anos de capacidade produtiva, nos quais a sua plena satisfação dependerá fundamentalmente do que a sua atividade profissional ou o desempenho do seu emprego lhe sejam gratificantes. A educação é essencial para a realização plena da igualdade entre mulheres e homens. Os estereótipos, as imagens e as atitudes relativamente às mulheres são obstáculos à igualdade, e poderão ser eliminados através da educação formal, nomeadamente Fátima Sousa Página 19
  • 20. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano através dos meios de comunicação social, organizações não-governamentais, programas de partidos políticos e ações concretas. Relativamente ao papel da mulher na educação, em Portugal ela participa mais que os homens quanto aos níveis de ensino, como também em alguns tipos de empregos. Portugal é um país, onde a igualdade entre homens e mulheres, deixou de ser uma mera utopia. Os factos históricos, acerca das conquistas femininas, não deixam margem para dúvidas. Em 1867, surge o Primeiro Código Civil, que melhora a situação das mulheres e, em 1910 o divórcio era finalmente permitido. Corria o ano de 1824 e o 1º Congresso Feminista e de Educação, marcava um novo progresso na história das mulheres. Era finalmente, permitido às mulheres trabalhar na Função Pública e mais tarde, votar. Em 1983, são introduzidas alterações de valor inequívoco, relativamente à assistência prestada a mulheres, no campo familiar e a prostituição deixa de ser penalizada. A própria Constituição da República Portuguesa, apresenta alterações de uma importância extrema, no que compete à igualdade entre homens e mulheres. O princípio da igualdade, da família, casamento e filiação, a participação na vida pública, são artigos que a constituição consagra. A mulher conquista ainda o direito ao trabalho e à sua segurança, à liberdade de escolha de profissão e acesso à função pública, à saúde, ao ensino e à participação política por parte de todos os cidadãos, independentemente do sexo, a que pertencem. As mulheres invadem em maior número o universo académico, do que os homens. A mulher conquistou também o merecido auxílio, aos direitos reprodutivos, à maternidade, à invalidez, à reforma e à velhice. Contudo, a violência nas mulheres, é um dos aspetos, mais preocupantes em Portugal. O Código Penal introduziu alterações que, nem sempre são Fátima Sousa Página 20
  • 21. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano seguidas pelos cidadãos, em relação à violência que praticam. A proteção é assegurada, mas não na sua plenitude. É na área dos serviços sociais, das empresas e da saúde que, encontramos com mais frequência, alguém do sexo feminino. Na comunicação social e na vida política, é notória uma subida dos números que, simbolizam a presença das mulheres, nestes ramos. No atual governo, existem mulheres na chefia, como por exemplo a ministra da agricultura, a ministra da justiça, entre outras. Deste modo, podemos dizer que a mulher portuguesa se instalou na sociedade de “armas e bagagens” e que “veio para ficar”! -Mulher afegã O regime socialista reviu os direitos das mulheres no Afeganistão e concedeu a permissão para não usar véu, aboliu o dote, promoveu a integração das mulheres ao trabalho (cerca dos 245.000 trabalhadores, 40% dos médicos são mulheres) e alfabetização feminina foi reduzida de 98% para 75%, cerca 60% do corpo docente da Universidade de Cabul são mulheres). Fátima Sousa Página 21
  • 22. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano No entanto, ainda existem muitos problemas neste país para as mulheres. Elas ainda continuam de luto pelas violações coletivas infligidas a duas afegãs, por serem chicoteadas pelos sujeitos mais retrógrados, por serem leiloadas no mercado público e pelas suas jovens filhas. Mas os perpetradores de todos estes crimes são perdoados e por isso disfrutam de completa imunidade, continuando a manter as suas posições de oficiais. Embora as mulheres Afegãs, não esperem nada de diferente do regime, a dor delas torna-se crónica quando o mundo acredita que os EUA e a NATO trouxeram a libertação, a democracia e os direitos humanos e das mulheres para o Afeganistão. No momento as mulheres do Afeganistão vivem uma nova era de catividade e estão nas garras de monstros fundamentalistas. No Afeganistão, as mulheres preferem a dor física à dor da humilhação. A tristeza é velha conhecida destas mulheres. Depois de enfrentar quase duas décadas de guerras, elas foram impedidas pelo Governo de estudar ou trabalhar e o fim das proibições, há três anos, não mudou muito a situação. Ainda são muitas as mulheres que se atrevem a sair às ruas sem burcas e aquelas que decidiram abandona-la para usar apenas o véu cobrindo a cabeça ainda são vistas com alguma desconfiança por parte da população local. As mulheres se escondem sob a burca o medo da reação de famílias conservadoras, maridos autoritários e até dos velhos talibãs, que mesmo fora do Governo, ainda tentam fazer valer seu ponto de vista. Na enfermaria de um hospital, a maioria das mulheres não acredita em amor ou em nenhum tipo de sentimento de afetuosidade. Assim como elas, centenas, todos os dias, tomam a decisão de se auto – imolar, no que parece ser um silencioso movimento do protesto das afegãs. Elas queimam-se. Fátima Sousa Página 22
  • 23. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano O poder masculino, acima de qualquer lei e além de qualquer limite, mata de alguma forma a condição feminina. Deste modo, depois de comparar estes dois países tão distantes, deparamo-nos com uma realidade diferente para as mulheres. Enquanto num, as mulheres já encontraram o seu papel na sociedade; no outro, as mulheres continuam a viver oprimidas e continuam a lutar, em silêncio, para terem um papel ativo na sociedade. Papel esse, que lhes é retirado dia após dia pelos homens! Fátima Sousa Página 23
  • 24. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano Conclusão Após ter concluído este trabalho, cujo tema é uma problemática atual, pude perceber um pouco mais sobre alguns assuntos relativamente ao mundo muçulmano, aos direitos humanos e consequentemente da mulher e sobre a discriminação sentida por alguns humanos, mesmo em pleno século XX|. Durante a realização deste trabalho, pude constatar que apesar de todos os obstáculos, a mulher vem conseguindo o seu lugar ao “sol”. A mulher é mãe, é dona de casa, é esposa, estuda, trabalha e faz tudo isso de “saltos altos”. Ser Mulher não é tarefa fácil! Porém a cada dia que passa o espaço feminino aumenta. Aumenta porque não cabe mais a ideia de submissão e de dependência de outros tempos. Os tempos são outros, não que o feminismo pretenda mudar o mundo, mas a própria sociedade tende à mudança. Ser mulher é sinónimo de luta e de sucesso! Mas nem tudo é um “mar de rosas”, e espalhadas por este mundo fora, ainda existem mulheres que são submissas e oprimidas pelos pais, irmãos, maridos, no fundo são discriminadas pela sociedade em que estão inseridas! No entanto, tal situação tem a mudar, porque todos nós lutamos para que todos, sem exceção, tenham igual acesso a todos os direitos. Até porque só construiremos um mundo mais justo e mais feliz se todos fizerem um esforço coletivo, no mesmo sentido, que neste caso é libertar as mulheres da tirania em que vivem! Fátima Sousa Página 24
  • 25. Situação das Mulheres no Mundo Muçulmano Webgrafia http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofia_tra balhos/direitosdasmulheres.htm http://www.eselx.ipl.pt/ciencias-sociais/tratados/1789mulher.htm http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/direitodasmulheres.htm www.porto.ucp.pt www.humanrights.com http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm http://islam.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=217:a-mulher- muculmana&catid=41:a-mulher-muculmana&directory=2 http://www.google.com/search?tbm=isch&hl=pt- PT&source=hp&q=direitos+humanos&gbv=2&oq=direitos+&aq=0&aqi=g10&aql=&gs_l =img.1.0.0l10.8970.11856.0.13369.13.10.2.0.0.0.452.1903.0j1j4j1j1.7.0...0.0.AtBnRZzq zdA http://www.google.com/search?q=direitos+das+mulheres&tbm=isch&hl=pt- PT&gbv=2&gs_l=img.1.0.0l10.8970.11856.0.13369.13.10.2.0.0.0.452.1903.0j1j4j1j1.7.0 ...0.0.AtBnRZzqzdA&oq=direitos+das+mulheres&aq=f&aqi=&aql= http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/guerra-do-afeganistao/mulher-no- afeganistao.php Fátima Sousa Página 25