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CURSO BÁSICO DE
ECONOMIA
1
APRESENTAÇÃO
Este trabalho é resultado de uma série de pesquisas realizadas numa gama de livros
textos voltados para o estudo da economia.
Tem como objetivo, servir de complemento à disciplina Teoria Econômica para os
cursos de Administração, Economia, Ciências Contábeis, Marketing, Comércio Exterior e
cursos de especialização na área gerencial. Sendo assim, este trabalho é um valioso guia
para aqueles estudantes e pesquisadores interessados em assimilar noções básicas de
economia.
O trabalho é subdividido em três partes: A economia como uma ciência social,
noções de microeconomia e noções de macroeconomia.
Prof. Leandro Maia Fernandes
É PROIBIDA A DUPLICAÇÃO OU REPRODUÇÃO DESTE TRABALHO SOB
QUALQUER FORMA OU MEIO SEM A PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR
2
A ECONOMIA COMO UMA CIÊNCIA SOCIAL
Definição de economia
A definição de economia tem origem na palavra grega oikos, que significa casa,
fortuna e riqueza, e na palavra nomos que quer dizer lei, regra ou administrar. Assim
podemos dizer que a economia é a ciência que preocupa-se em administrar a casa ou lugar
onde vivemos que é em outras palavras o mercado.Estudar economia é o processo de
tomada de decisão em um ambiente de escassez.
O objetivo da economia
Podemos afirmar que a economia tem por objetivo estudar alguns aspectos do
comportamento humano. A economia tem como finalidade estudar os problemas que
envolvem o homem e o mercado. Podemos afirmar que o objetivo da economia é melhorar
a qualidade de vida do ser humano utilizando da melhor maneira possível os recursos, uma
vez que os recursos presentes no mundo são de características escassa e as necessidades
humanas ilimitadas ou infinitas.
Como as necessidades são ilimitadas e os recursos ou fatores de produção são
escassos o homem se defronta com uma situação conflitante, pois ele precisa satisfazer suas
necessidades porém os recursos não são ilimitados, dessa situação há uma divergência de
conceitos e essa divergência é chamada de problema econômico ou paradoxo econômico.
3
A escassez é o grande problema econômico, a economia existe por causa da escassez, sem
a escassez dos recursos não haveria necessidade de administramos da melhor maneira
possível nossos recursos.
Os recursos ou fatores de produção
Os recursos ou fatores de produção são os elementos fundamentais no processo
produtivo, sem a presença dos fatores de produção é impossível a produção de bens ou
serviços.
O produto é resultado da utilização dos fatores de produção. Os fatores de produção
são:
TERRA: Todo recurso ou insumo proveniente da natureza ( solo, água, ar)
TECNOLOGIA: Conjunto de conhecimentos técnicos utilizados no processo de
produção
TRABALHO: Mão de obra
CAPITAL: Montante financeiro necessário para iniciar e manter o processo de
produção. Também pode ser considerado como o conjunto de máquinas e equipamentos ou
capital fixo.
TERRA, TECNOLOGIA, TRABALHO,
CAPITAL
4
Texto para discussão
Fonte: http://veja.abril.com.br/051108/p_096.shtml
A exploração dos recursos naturais da Terra permite à humanidade atingir
patamares de conforto cada vez maiores. Diante da abundância de riquezas proporcionada
pela natureza, sempre se aproveitou como se o dote fosse inesgotável. Essa visão foi
reformulada. Hoje se sabe que a maioria dos recursos naturais dos quais o homem depende
para manter seu padrão de vida pode desaparecer num prazo relativamente curto – e que é
urgente evitar o desperdício. Um relatório publicado na semana passada pela ONG World
Wildlife Fund dá a dimensão de como a exploração dos recursos da Terra saiu do controle e
das conseqüências que isso pode ter no futuro. O estudo mostra que o atual padrão de
consumo de recursos naturais pela humanidade supera em 30% a capacidade do planeta de
recuperá-los. Ou seja, a natureza não mais dá conta de repor tudo o que o bicho-homem tira
dela. A conta da ONG foi feita da seguinte forma. Primeiro, estimou-se a quantidade de
terra, água e ar necessária para produzir os bens e serviços utilizados pelas populações e
para absorver o lixo que elas geram durante um ano. A seguir, esses valores foram
transformados em hectares e o resultado dividido pelo número de habitantes do planeta.
Chegou-se à conclusão de que cada habitante usa 2,7 hectares do planeta por ano.
Nesta conta, o brasileiro utiliza 2,4 hectares. De acordo com a análise, para usar os recursos
sem provocar danos irreversíveis à natureza, seria preciso que cada habitante utilizasse, no
máximo, 2,1 hectares. Se o homem continuar a explorar a natureza sem dar tempo para que
ela se restabeleça, em 2030 serão necessários recursos equivalentes a dois planetas Terra
para atender ao padrão de consumo. Essa perspectiva, conclui o relatório, é uma ameaça à
prosperidade futura da humanidade, com impacto no preço dos alimentos e da energia.
Nos últimos 45 anos, a demanda pelos recursos naturais do planeta dobrou. Esse
aumento se deve, principalmente, à elevação do padrão de vida das nações ricas e
emergentes e ao crescimento demográfico dos países pobres. A população africana triplicou
nas últimas quatro décadas. O crescimento econômico dos países em desenvolvimento,
como a China e a Índia, vem aumentando em ritmo frenético a necessidade de matérias-
primas para as indústrias. China e Estados Unidos, juntos, consomem quase metade das
riquezas naturais da Terra. O impacto ambiental da China se explica pela demanda de sua
5
imensa população e, nos Estados Unidos, pelo elevado nível de consumo. Nas contas da
World Wildlife Fund, enquanto o chinês usa 2,1 hectares do planeta, o americano chega a
utilizar 9,4 hectares. Se todos os habitantes do planeta tivessem o mesmo padrão de vida
dos americanos, seriam necessárias quatro Terras e meia para suprir suas necessidades.
A exploração abusiva do planeta já tem conseqüências visíveis. A cada ano, uma
área de floresta equivalente a duas vezes o território da Holanda desaparece. Metade dos
rios do mundo está contaminada por esgoto, agrotóxicos e lixo industrial. A degradação e a
pesca predatória ameaçam reduzir em 90% a oferta de peixes utilizados para a alimentação.
As emissões de CO2 cresceram em ritmo geométrico nas últimas décadas, provocando o
aumento da temperatura do globo.
Evitar uma catástrofe planetária é possível. O grande desafio é conciliar o
desenvolvimento dos países com a preservação dos recursos naturais. Para isso, segundo os
especialistas, são necessárias soluções tecnológicas e políticas. "Os governos precisam criar
medidas que assegurem a adoção de hábitos sustentáveis, em vez de apenas esperar que as
pessoas o façam voluntariamente", disse a VEJA o antropólogo americano Richard Walker,
especialista em desenvolvimento sustentável da Universidade Indiana, nos Estados Unidos.
O engenheiro agrônomo uruguaio Juan Izquierdo, do Programa das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação, propõe que se concedam incentivos e subsídios a
agricultores que produzam de forma sustentável. Diz ele: "Hoje, a produtividade de uma
lavoura é calculada com base nos quilos de alimento produzidos por hectare. No futuro,
deverá ser baseada na capacidade de economizar recursos escassos, como a água". Como
mostra o relatório da World Wildlife Fund, é preciso evitar a todo custo que se usem mais
recursos do que a natureza é capaz de repor.
Água doce
Apenas 1% de toda a água do planeta é apropriada para beber ou ser usada na
agricultura. O restante corresponde à água salgada dos mares e ao gelo dos pólos e
montanhas. Hoje, a humanidade utiliza metade das fontes de água doce do planeta.
6
Em quarenta anos, utilizará 80%. A situação fica mais grave quando se considera
que 50% dos rios do mundo estão poluídos
Terras cultiváveis
O planeta é formado por 15 bilhões de hectares de terras, mas só 12% delas
servem para o cultivo. As demais correspondem a cidades, pastos, desertos, zonas
montanhosas e geleiras. Nas últimas três décadas, o total de terras atingidas por
secas severas dobrou por causa do aquecimento global. Na China, todos os anos uma
área equivalente à metade de Sergipe se transforma em deserto
Cardumes
Das 200 espécies de peixe com maior interesse comercial, 120 são exploradas
além do nível
sustentável.
7
Nesse ritmo, o volume de pescado disponível terá diminuído em mais de 90% por
volta de 2050
Oceanos
Estima-se que 40% da área dos oceanos esteja gravemente degradada pela
ação do homem. Nas últimas cinco décadas, o número de zonas mortas nos oceanos
cresceu de três para 150. Das 1 400 espécies de coral conhecidas, treze estavam
ameaçadas de extinção há dez anos. Hoje, são 231
8
Atmosfera
Desde 1961, a quantidade de dióxido de carbono (CO2) despejada pela
humanidade na atmosfera com a queima de combustíveis fósseis cresceu dez vezes.
Essa descarga poluente provoca o aquecimento do planeta, o que causa secas,
inundações, acidificação dos oceanos e extinção de espécies
Fotos AFP, Mark A. Johnson/Corbis/Latinstock,
Fred Bavendam/Minden Pictures/Latinstock, Case/divulgação e divulgação
O FLUXO CIRCULAR DA ECONOMIA
As economias tem seu funcionamento feito por meio do relacionamento de
elementos também chamados de agentes econômicos. Da interação dos agentes
econômicos é derivada a produção nacional dos países, eles são responsáveis pelo
9
consumo, pelas exportações e importações, investimentos agregados e gastos
governamentais.
Os agentes econômicos são:
a) Governo
b) Famílias
c) Firmas
d) Setor Externo
e)Setor financeiro
Fluxo Circular Básico
╔ ═► Pagamento dos bens e serviços ═ ╗
Famílias Empresas
╚ ═ Remuneração dos Fatores de Produção ◄═ ╝
10
OS SISTEMAS ECONÔMICOS
A forma mais comum de resolver os problemas econômicos neste sistema é feita
pelo governo e não pelo mercado. As propriedades produtivas, as máquinas, equipamentos
e prédios públicos pertencem ao governo, não existe iniciativa privada.
Os sistemas econômicos podem ser caracterizados como sendo a forma que os
países organizam-se para resolver seus problemas econômicos: de como produzir, para
quem produzir, quanto produzir e onde produzir.
De acordo Passos e Nogami (2003), a sociedade pode se organizar sua
economicamente de três formas, a fim de resolver os problemas de o que, como e para
quem produzir. As quais são: economia de mercado, economia planificada centralmente e
economia mista.
Economia de mercado
Na economia de mercado ou economia livre, o Estado participa da vida econômica
com ações reguladoras. Em uma economia baseada na propriedade privada e na livre
iniciativa, os agentes econômicos preocupam-se em resolver isoladamente seus próprios
problemas, tentando sobreviver na concorrência imposta pelos mercados.
Os consumidores podem escolher o que compram, dentro de suas possibilidades de
renda. Suponhamos que os consumidores procuram maximizar suas rendas de forma que
lhes tragam maior satisfação pessoal. Pessoas podem comprar ou alugar os fatores de
produção e, desta forma, converter-se em produtores, e oferecer bens e serviços
demandados pelo mercado.
Economia planificada centralmente
Esse tipo de organização econômica é característico dos países socialistas, em que
prevalece a propriedade estatal dos meios de produção. Nesse tipo de sistema as questões
11
de o que, como e para quem produzir não são resolvidas de maneira descentralizada, por
meio de mercados e preços, mas pelo planejamento central, em que a maior parte das
decisões de natureza econômica é tomada pelo Estado.
Economia mista
Nos sistemas de economia mista, uma parte dos meios de produção pertence ao
Estado e outra parte pertence ao setor privado.
Decisões econômicas
Considerando a questão da escassez dos recursos e o problema econômico a
sociedade se depara com o dilema de tomar certas decisões. Decisões estas relativas à
produção e ao consumo de bens e serviços. Estas escolhas referem-se a:
a)“O que produzir”
O produtor deve escolher o produto com base nas necessidade da sociedade e
levando-se em conta a disponibilidade dos recursos. Uma vez que os recursos são escassos,
nenhuma economia pode produzir todas as quantidades de todos os produtos desejados por
todos os membros da sociedade.
b)“Como produzir”
Como produzir está relacionado com a escolha das técnicas de produção, como
utilizar o fator trabalho, o fator capital a tecnologia são escolhas fundamentais para a
produção.
c) Quanto produzir
Esta decisão refere-se ao nível produtivo que a firma deve adotar, esta decisão
também envolve os níveis de preços dos produtos e a os custos de produção. O empresário
vai adotar o nível de produção que maximize seu lucro.
d)“Para quem produzir”
A escolha do público consumidor é uma questão que diz respeito ao perfil da
população e envolve gostos, preferência e nível de renda.
12
Exercícios
QUESTÕES PROPOSTAS
1. O problema fundamental com o qual a Economia se preocupa é:
a) A pobreza.
b) O controle dos bens produzidos.
c) A escassez.
d) A taxação daqueles que recebem toda e qualquer espécie de
renda.
e) A estrutura de mercado de uma economia.
2. Os três problemas econômicos relativos a “o quê”, “como”, e
“para quem” produzir existem:
a) Apenas nas sociedades de planejamento centralizado.
b) Apenas nas sociedades de “livre empresa” ou capitalistas, nas
quais o problema da escolha é mais agudo.
c) Em todas as sociedades, não importando seu grau de
desenvolvimento ou sua forma de organização política.
d) Apenas nas sociedades “subdesenvolvidas”, uma vez que
desenvolvimento é, em grande parte, enfrentar esses três
problemas.
e) Todas as respostas anteriores estão corretas.
3. Em um sistema de livre iniciativa privada, o sistema de preços
restabelece a posição de equilíbrio:
a) Por meio da concorrência entre compradores, quando houver
excesso de demanda.
b) Por meio da concorrência entre vendedores, quando houver
excesso de demanda.
c) Por pressões para baixo e para cima nos preços, tais que
acabem, respectivamente, com o excesso de demanda e com o
excesso de oferta.
d) Por meio de pressões sobre os preços que aumentam a
quantidade demandada e diminuem a quantidade ofertada e
diminuem a demanda, quando há excesso de demanda.
e) Todas as alternativas anteriores são falsas.
Em uma economia de mercado, os problemas do “o quê”,
“quanto”, “como” e “para quem” deve ser produzido são
resolvidos:
a) Pelos representantes do povo, eleitos por meio do voto.
13
b) Pelos preços dos serviços econômicos.
c) Pelo mecanismo de preços.
d) Pelos preços dos recursos econômicos.
e) Pela quantidade dos fatores produtivos.
3. Numa economia do tipo centralizado, os problemas econômicos fundamentais
são resolvidos:
a) Pela produção em grande escala de bens de consumo.
b) Pelo sistema de preços.
c) Pelo controle da curva de possibilidades de produção.
d) Pelo planejamento da atividade econômica.
As Externalidades como Ação Econômica
Fonte: http://www.eps.ufsc.br/disserta98/moreira/cap6.html
A ação econômica de produtores e consumidores promovem efeitos sobre outros
produtores e consumidores que escapam ao mecanismo de preços, ainda que estes sejam
determinados em regime de mercados perfeitamente competitivos. Esses efeitos não
refletidos nos preços são chamados externalidades.
Uma externalidade tanto pode ser positiva como negativa. Filellini (1994) descreve
o exemplo de duas propriedades agrícolas vizinhas, onde uma produz laranjas e a outra mel,
as quais se beneficiam mutuamente de economias externas na medida em que as abelhas ao
se abastecerem de pólen nos laranjais, contribuem para o aumento da produção de laranjas,
pelo processo de polinização que proporcionam. Como não existe uma cobrança por esses
serviços, os custos de produção das duas unidades caem, trazendo reflexos sobre os níveis
de preço e absorção de mercado.
Se os benefícios sociais de um produto excedem os benefícios privados, ocorre uma
externalidade positiva. Nesta situação, a firma produtora irá produzir menos que o
necessário, porque os benefícios que concede à sociedade são maiores que aqueles a que
fará jus via mecanismos de mercado. A medida alocativa neste caso é fazer a correção da
oferta pela concessão de um subsídio à firma para incentivar maior produção e consumo.
Em situação oposta, quando os custos sociais excedem os custos privados, obtém-se
uma deseconomia externa, quando haverá a tendência a uma superoferta, porquanto os
14
custos de produção estarão sendo absorvidos por outros agentes que não o inicial. A melhor
medida alocativa é a imposição de um tributo sobre a produção, de modo a que seja inibida.
Uma fábrica de cimento que esteja gerando poluição do ar pela emissão de partículas
através de suas chaminés, pode ser obrigada por atos regulatórios a instalar equipamentos
de controle da poluição, de forma a evitar efeitos negativos (custos) para outros produtores
e moradores próximos.
Também se demonstra que este componente externo faz parte do ato de consumir.
Por exemplo, quando um consumidor decide comprar um perfume, ele considera suas
próprias preferências, mas também leva em conta a opinião de terceiros (preferências),
porque sabe que a satisfação que deriva de seu consumo depende da apreciação deles. O
perfume é um bem típico de mercado - divisível, sujeito ao princípio da exclusão e rival no
consumo - mas gera externalidades positivas caso seja do agrado dos outros, como também
pode trazer externalidades negativas, caso seja considerado desagradável. Um fumante
transfere custos à sociedade porque causa problemas à qualidade do ar e à saúde pública e
também porque ao descartar as pontas de cigarro obriga a coletividade ao esforço de sua
coleta. Uma família que consome água tratada estará obtendo mais qualidade de vida e
conforto. Os benefícios para a sociedade se refletem na redução de doenças nesta família
com menor utilização dos serviços de saúde, melhoria da produtividade no trabalho, melhor
rendimento das crianças na escola, efeitos estes que afetam positivamente o bem-estar
social, criando uma externalidade positiva. Ao avaliar estes exemplos, observa-se que os
benefícios e custos privados são diferentes dos benefícios e custos sociais.
Como o sistema de mercados não tem como ajustar essas contribuições de
pagamento porque as externalidades não são captadas nos sistemas de preços, o Governo
recebe a responsabilidade por praticar esses ajustes. A interferência alocativa do Governo
nesse processo não é motivada pelas externalidades em si, mas pelo interesse público em
sua correção. (FILELLINI, 1994).
A ECONOMIA E O DIREITO
Sabe - se que a economia é dedicada a satisfazer necessidades administrando
recursos escassos, ou seja, a atividade econômica é aquela aplicada na escolha de recursos
para o atendimento destas necessidades humanas.
15
Muitas vezes o fenômeno econômico dita o surgimento de uma instituição jurídica
ou vice-versa. Se ao Direito está dada à incumbência de organizar a ordem social e se
dentro da ordem social inclui-se também a economia, podemos relacionar as relações entre
Economia e o Direito, para que haja uma sociedade mais igualitária, harmoniosa e em
desenvolvimento.
A relação entre economia e direito existe desde que o homem passou a viver em
sociedade. Porém essa relação passou a ser estudada de forma sistemática, a partir do
século XVIII com Adam Smith. Hoje, diversos centros de estudos e universidades se
dedicam a estudar as relações entre economia e direito.
Uma boa regulamentação de mercado e uma legislação clara, objetiva e simples são
fundamentais para o desenvolvimento de uma economia de mercado. Sem direitos de
propriedade bem-definidos, é muito difícil a realização de trocas e, portanto, o
desenvolvimento econômico.
Pela tão estreita ligação entre economia e direito e o fato de ao direito estar dada a
incumbência de organizar o ordem social e se dentro da ordem social inclui-se também, a
economia.
Sendo o trabalho um dos fatores de produção econômico, e que é o principal fator
de produção econômico, assim relaciona-se economia e direito implantando normas
jurídicas que protegem este que é de a fonte de produção de bens e serviços indispensáveis
à economia.
Existem alguns temas que estabelecem pontos de contato entre Economia e o
Direito, são eles:
 Remuneração e salário, que, na economia, representam a
contraprestação paga a quem exerce o trabalho;
 Participação do trabalho nos resultados da empresa;
 Intervenção da justiça do trabalho nos reajustes salariais;
 Garantia constitucional de boas condições de trabalho.
Algumas transações dão origem a benefícios ou custos sociais que não são
computados no mecanismo de preços do mercado. Esses custos e benefícios são ditos serem
externos ao mercado.
16
Estas Externalidades ocorrem quando o consumo e / ou a produção de um
determinado bem afetam os consumidores e / ou produtores, em outros mercados, e esses
impactos não são considerados no preço de mercado do bem em questão. Importante
destacar que essas externalidades podem ser positivas (benefícios externos) ou negativas
(custos externos).
O direito, as externalidades Econômicas, a informação imperfeita e o poder de
monopólio, as externalidades econômicas são observadas quando a produção ou o consumo
de bens por um agente econômico acarreta efeitos que oneram outros agentes. Assim a
poluição produzida por empresas impõe os custos da fumaça, de rios insalubres, de ruído,
etc. a uma parcela expressiva da sociedade. Por isso, as externalidades dão base à criação
de leis antipoluição, de restrições quanto ao uso da terra, de proteção ambiental, etc.
Assim, por exemplo, uma empresa de fundição de cobre, ao provocar chuvas ácidas,
prejudica a colheita dos agricultores da vizinhança. Esse tipo de poluição representa um
custo externo porque é a agricultura, e não a indústria poluidora, que sofre os danos
causados pelas chuvas ácidas. Estes danos não são considerados no cálculo dos custos
industriais, que inclui itens como matéria-prima, salários e juros. Portanto, os custos
privados, nesse caso, são inferiores aos custos impostos à coletividade e, por conseqüência,
o nível de produção da indústria é maior do que aquele que seria socialmente desejável.
Já a educação gera externalidades positivas porque os membros de uma sociedade e,
não somente os estudantes, auferem os diversos benefícios gerados pela existência de uma
população mais educada e que não são contabilizados pelo mercado. Assim, por exemplo,
vários estudos, baseados em diferentes metodologias mostram que a educação contribui
para melhorar os níveis de saúde de uma determinada população. Em particular, níveis mais
elevados de escolaridade materna reduzem as taxas de mortalidade infantil. Outros
trabalhos mostram também que a educação concorre para reduzir a criminalidade. Todos
esses benefícios indiretos da educação por não serem apreçados não são computados nos
benefícios privados. Portanto, os benefícios sociais são superiores aos benefícios privados,
que incluem apenas as vantagens pessoais da educação, como por exemplo, os salários
obtidos em função do nível de escolaridade. Podemos destacar ainda, que os produtores
podem causar externalidades sobre consumidores e vice-versa. Assim, por exemplo, a
poluição provocada pela indústria de cobre aumenta a incidência de tuberculose entre a
17
população. Também, os fumantes contribuem para a disseminação de doenças entre os não
fumantes (fumantes passivos) e, nesse caso, temos a geração de externalidades de
consumidores para consumidores. Por fim, o uso de automóveis privados congestiona o
tráfego e contribui para reduzir a velocidade do transporte de mercadorias e, portanto,
representa um exemplo de custos externos para os produtores gerados pelos consumidores.
Os Subsídios na Economia
Fonte: http://www.eps.ufsc.br/disserta98/moreira/cap6.html
O instrumento da política econômica utilizado para ajustar as restrições
orçamentárias dos consumidores é o subsídio. Um subsídio é o oposto do imposto. O
governo dá ao consumidor uma certa quantidade de dinheiro dependendo da quantia da
compra do bem ou pode reduzir ou devolver o valor do bem que se quer subsidiar.
(VARIAN, 1994). Como o imposto, o benefício de um subsídio é compartilhado por
compradores e vendedores, dependendo das elasticidades relativas à oferta e demanda.
(PINDYCK, 1994).
A utilização de subsídios também é encontrada nas empresas privadas. Porter
(1980) assinala em sua obra "Estratégia Competitiva" que as empresas em seus processos
de fixação de preços podem adotar os subsídios cruzados dentro de sua linha de produtos,
visando através da fixação dos preços pelo custo médio encobrir custos de produtos cujos
mercados não conseguem suportar seus custos reais e ceder lucros em situações em que os
compradores são sensíveis ao preço.
A utilização de subsídios no setor de "public utilities" tem sido relacionada com o
financiamento da infra-estrutura como política de desenvolvimento, onde a provisão destes
serviços, dado seu caráter de bem público, conduz à externalidades positivas tanto em taxas
de crescimento da produtividade como em melhorias na qualidade de vida e bem-estar
social da população.
Em uma recente discussão sobre o financiamento à infra-estrutura, Garcia (1995)
em seu artigo defende que "mesmo com o setor privado assumindo a execução de projetos
em alguns setores de infra-estrutura - notadamente energia, telecomunicações e transporte -
18
o setor público não pode deixar de exercer algumas funções, como a regulação e o
provimento de subsídios em alguns setores como em estradas vicinais, água e esgoto,
transporte urbano".
Também, levando-se em conta os aspectos sociais do setor de saneamento, e tendo-se como princípio
o fato de que toda a população deve ter acesso aos serviços de saneamento (universalização dos serviços)
dado o caráter de essencialidade destes serviços, deve-se garantir o suprimento de uma demanda essencial aos
que não podem pagar seus custos. Neste caso, os subsídios cruzados são uma maneira de se resolver o
problema da demanda essencial pelos serviços. (IPEA/PMSS, 1996).
A Crise de 1929
Fonte: revista veja
Um alvoroço incomum nos arredores da Bolsa de Valores de Nova York chamou a
atenção do comissário de polícia da cidade, Grover Whalen, na última quinta-feira, dia 24.
Por volta das 11 horas, um rugido cavernoso começou a escapar do edifício. Alguns
minutos depois, já não era possível identificar se o bramido vinha de dentro ou de fora da
Bolsa; uma multidão estrepitosa tomara as cercanias de Wall Street e Broad Street, como
formigas rodeando um torrão de açúcar esquecido na pia da cozinha. Alarmado, o
comissário logo enviou um destacamento especial para a região. A turba, contudo, não
representava uma ameaça à ordem pública, como o oficial perceberia mais tarde. Com
olhares horrorizados e incrédulos, os nova-iorquinos, espremidos uns aos outros, estavam
inertes. Eles apenas esperavam, não se sabe ao certo quem ou o quê. Era o pânico.
Dentro do prédio, a consternação era semelhante, e estava ainda mais evidente na
agitada face de corretores e operadores, protagonistas e testemunhas do acontecimento que
pode mudar os rumos da economia mundial. Símbolo maior da pujança econômica dos
Estados Unidos, o mercado de ações, que se tornou verdadeira mania nacional nesta década
gloriosa para os americanos, via seu baluarte, a rica e poderosa Bolsa de Nova York,
despedaçar-se em poucos minutos naquela que já entrou para os anais como a "quinta-feira
negra". Uma onda súbita e sem precedentes de vendas tomou de assalto o pregão nova-
iorquino. Ações outrora valorizadas simplesmente não encontravam novos compradores,
nem mesmo por verdadeiras ninharias. Os preços dos papéis, fossem eles da United States
Steel ou da American Telephone and Telegraph, caíam vertiginosamente, arrastando com
19
eles as economias, esperanças e sonhos de milhares de americanos levados à bancarrota
instantânea.
Desde então, Wall Street
presenciou outras duas
jornadas calamitosas –
em 28 e 29 de outubro,
"segunda-feira negra" e
"terça-feira negra", este
último o dia mais
nefasto de toda a história
do mercado mundial em
volume de vendas e
queda de preços –, que fornecem a incômoda impressão de que a incerteza e o temor
vieram para ficar. As palavras otimistas dos políticos, banqueiros e magnatas, que deram
um alento aos investidores após o crash do dia 24, já não surtem mais tanto efeito, ainda
que insistam em anunciar uma suposta solidez da economia. Especialistas concordam que
os últimos dias de outubro criarão seqüelas não só no mercado financeiro e na economia
americana, mas também, por conseqüência direta, em todo o mundo. A real extensão do
estrago, porém, só será dimensionada quando a poeira baixar. Ninguém, por enquanto, ousa
dizer quando isso poderá acontecer.
Nos últimos anos, o fenomenal desempenho das ações parecia desafiar o adágio de
que tudo que sobe deve descer. Há pouco mais de um mês, em 3 de setembro, o índice de
ações industriais publicados pelo diário The New York Times atingia seu ápice histórico,
com 452 pontos. Em 1925, o mesmo indicador registrava 159 tentos. A facilidade da
compra de ações seduziu milhares de investidores, que colocavam todo o dinheiro que
tinham, e especialmente o que não tinham, em pedaços de papéis certificados. Comprar
ações "na margem" – pagando uma pequeníssima parcela do valor e tomando o restante
emprestado do corretor ou do banco – era, até dias atrás, prática absolutamente comum e
aparentemente segura. Afinal, como as ações não paravam de se valorizar, bastava vendê-
las, quitar o débito com o credor e embolsar o lucro. A euforia era infinita.
Vendendo a qualquer preço: operadores tentam se livrar dos
papéis por ninharias
20
Por trás dela, entretanto, escondia-se uma realidade para a qual os otimistas faziam vista
grossa. Enquanto os preços das ações subiam, disparavam também os empréstimos dos
corretores – no final do verão americano, o montante chegara a sete bilhões de dólares –,
tornando a especulação a grande alavanca desse crescimento. Não havia, assim, segurança
ou liquidez nessa enxurrada de capital que desembarcava em Nova York. Mas a aparência
firme do mercado fazia dissipar qualquer preocupação com os empréstimos, e a
especulação encontrava campo aberto e convidativo para se alastrar e aumentar ainda mais
o valor das ações.
Algumas vozes já vinham predizendo, nos últimos meses, um estouro da bolha
especulativa que alimentava os estratosféricos índices da Bolsa de Nova York. E não havia
nesses oráculos nenhum tom sobrenatural – apenas o escrutínio dos fatos e as lições de
quebras passadas. Contudo, alertar para essa situação significava ser tachado de
destrutivista ou anti-patriota. O teórico Roger Babson, que, no início de setembro, cunhou
seu agora célebre vaticínio – "mais cedo ou mais tarde, o crash virá, e poderá ser tremendo"
–, foi ironizado, desacreditado e assacado pelos guardiões de Wall Street. Entretanto, uma
análise minuciosa mostra que, desde então, no restante dos meses de setembro e outubro, o
mercado já vinha se mostrando demasiado irregular, com ligeira curva decrescente, apesar
de o entusiasmo com o bull market (o mercado altista) ainda caracterizar a Bolsa de Nova
York.
A situação ganhava contornos mais alarmantes e dramáticos quando se notava que
também outros indicadores econômicos nos Estados Unidos vinham apresentando declínio
acentuado neste ano. Os índices da produção industrial e fabril estavam em queda desde
junho, bem como a produção de aço. A construção de casas seguia o ritmo decadente dos
últimos anos. Ainda assim, o banqueiro Charles E. Mitchell, presidente da diretoria do
National City Bank, garantiu numa visita à Alemanha, no último dia 15, que nada seria
capaz de deter o vigoroso movimento ascendente. "Os mercados em geral estão em uma
condição salutar. Os valores têm uma base sólida na prosperidade geral do país", festejava.
Já o professor Irving Fisher, catedrático da Universidade de Yale e respeitadíssimo
economista, foi mais direto. "O preço das ações alcançou o que parece ser um nível
permanentemente elevado. Espero ver, dentro de poucos meses, o mercado de valores bem
21
mais alto do que está hoje." Como se constataria em poucos dias, não apenas o provérbio
sobre subir e descer se fez valer, ainda que de forma tardia. Outro ditado também mostrou
sua força: quanto maior a altura, maior a queda.
O ENFOQUE MICROECONOMICO
Microeconomia é o ramo da ciência econômica voltado ao estudo do
comportamento das unidades de consumo (indivíduos e famílias); ao estudo das empresas e
ao estudo da produção de preços dos diversos bens, serviços e fatores produtivos.
É a parte da economia que considera as unidades econômicas específicas, ou seja,
ela preocupa-se com a análise de segmentos “microscópicos” do mercado. Na
microeconomia analisa-se uma indústria individual. Na microeconomia estuda-se o
comportamento do consumidor e o comportamento das firmas, por meio da demanda e da
oferta, cabe ressaltar que o lado da demanda representa basicamente os consumidores e o
lado da oferta representa o setor produtivo. O segundo tópico estudado abrange a
microeconomia, refere-se à demanda e posteriormente o lado da oferta.
A Demanda
Costuma-se definir a procura, ou demanda individual, como a quantidade de um
determinado bem ou serviço que o consumidor estaria disposto a consumir em determinado
período de tempo. É importante notar, nesse ponto, que a demanda é um desejo de
consumir, e não sua realização. Demanda é o desejo de comprar.
A Teoria da Demanda é derivada da hipótese sobre a escolha do consumidor entre
diversos bens que seu orçamento permite adquirir.
Essa procura individual seria determinada pelo preço do bem; o preço de outros
bens; a renda do consumidor e seu gosto ou preferência.
A Demanda é uma relação que demonstra a quantidade de um bem ou serviço que
os compradores estariam dispostos a adquirir a diferentes preços de mercado. Assim, a
Função Procura representa a relação entre o preço de um bem e a quantidade procurada,
mantendo-se todos os outros fatores constantes.
22
Quantidade demandada é igual à quantidade de um bem ou serviço consumido num
determinado período de tempo.
A quantidade demandada é afetada pelos seguintes fatores:
a) Preço do bem ( P )
A quantidade demandada possui uma relação contrária com o preço, ou seja, a
quantidade demandada tende a cair quando o preço do bem aumenta, coeteris paribus.
O termo em latim coeteris paribus quer dizer que a quantidade demandada é
explicada pelo preço mantendo-se as demais variáveis constantes.Levando-se em conta
apenas o preço do bem observa-se quando a demanda aumenta ocorreu uma diminuição no
preço; quando ele diminui é um resultado de um aumento do preço.
b) Renda ( R)
Relação entre a procura de um bem e a renda do consumidor:
Bem Normal: São aqueles cuja quantidade demandada aumenta quando aumenta-se a
renda;
Bem de luxo: Ao se aumentar a renda a quantidade demandada aumenta em maior
Proporção;
Bem de primeira necessidade: Ao se aumentar a renda a quantidade demanda se Mantém
inalterada pois, ao se tratar de algo de primeira necessidade já fazia parte das antigas
aquisições do indivíduo;
Bem inferior: São aqueles cuja quantidade demandada diminui quando a renda aumenta.
Geralmente são vens para os quais há alternativas de melhor qualidade.
c) Preço dos bens relacionados ( Pr)
23
Aumento no preço do bem Y acarreta em aumento na demanda do bem X: isso
significa que os bens X e Y são substitutos ou concorrentes. Um exemplo é a relação
entre o chá e o café;
Aumento do bem Y ocasiona a queda da demanda do bem X: os bens em questão,
nesse caso, são complementares. São bens consumidos conjuntamente, como o café e o
açúcar.
d) Gostos e preferências ( G)
e) Juros ( J )
Juros e consumo posuem uma relação contrário. À medida que os juros sobem tem-se a
tendência de queda na demanda
f) Incerteza com relação ao futuro ( F)
Pode-se afirmar que a demanda é função de todos os fatores acima citados, isso quer
dizer que a demanda depende de cada uma desses fatores e esse comportamento é
representado pela seguinte fórmula:
Qd = f ( P, R, Pr, G, J,F)
Quase todas as mercadorias obedecem à lei da procura decrescente, segundo a qual
a quantidade procurada diminui quando o preço aumenta. Isto se deve ao fato de os
indivíduos estarem, geralmente, mais dispostos a comprar quando os preços estão mais
baixos.
Lei da Demanda: A quantidade demandada de bem ou serviço
possui uma relação inversa ao preço do bem ou serviço, coeteris
paribus
24
Curva da Demanda
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Qd
P
Qd = f (p)
Onde : Qd = quantidade demandada
a e b constantes
P = Preço do produto
Os Deslocamentos da curva de demanda
Caso haja um aumento na renda, nos gostos e preferências e no preço do bem
substituto a curva de demanda sofrerá um deslocamento para a direita, o que refletirá num
aumento da demanda do mercado.
Qd = a - bP
25
Curva da Demanda
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Qd
P
Caso haja uma queda na renda, nos gostos e preferências e queda no preço do bem
substituto a curva de demanda sofrerá um deslocamento para a esquerda, o que refletirá
numa queda da demanda do mercado.
A oferta
Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores, a
relação da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto
estariam dispostos a vender, a um determinado preço.
Os vendedores possuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos preços
altos. Se estes desalentam os consumidores, estimulam os vendedores a produzirem e
venderem mais. Portanto quanto maior o preço maior a quantidade ofertada.
26
A Função Oferta nos dá a relação entre a quantidade de um bem que os produtores
desejam vender e o preço desse bem, mantendo-se o restante constante, ou seja, coeteris
paribus.
A principal atividade das firmas é ofertar, ou seja, produzir bens e serviços.
A oferta é determinada pelos seguintes fatores:
a) Preço do produto
b) Preço dos fatores de produção ( TERRA, TECNOLOGIA, TRABALHO E CAPITAL)
c) Condições da natureza ( CLIMA)
d) Incerteza com relação ao futuro
Tudo isso pode ser resumido numa única equação:
Qo= quantidade ofertada
P = Preço do produto
Pf = Preço dos fatores de produção
N = Natureza
F = Incerteza quanto ao futuro
Oferta é quantidade produzida de um bem ou serviço num
determinado período de tempo
Qo = f ( P, Pf, N,F)
27
Curva da Oferta
0
2
4
6
8
10
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Qd
P
Qo = a + bP
Isso quer dizer que a oferta, ao contrário da demanda, possui uma relação direta com
o preço do bem ou serviço e que a oferta é explicada pelo preço do bem, mantendo-se os
demais fatores fixos.
Os Deslocamentos da curva de oferta
Caso haja uma queda no preço dos fatores de produção, o clima e a natureza sejam
favoráveis e a expectativa com relação ao futuro sejam boas, a curva de oferta sofrerá um
deslocamento para a direita.
A lei da oferta diz o seguinte: A quantidade ofertada de um bem
ou serviço varia diretamente com o preço desse bem ou serviço,
coeteris paribus.
28
Curva da Oferta
0
2
4
6
8
10
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Qd
P
2.3-O equilíbrio de mercado
Situação onde a quantidade ofertada se iguala à quantidade demandada, ou seja, é o
ponto onde observa-se que o consumo esta igual à oferta.
29
Qo = Qd
a – bP = c + dP
Exercícios
1) Assinale a alternativa correta:
a) A macroeconomia analisa mercados específicos, enquanto a
microeconomia analisa os grandes agregados.
b) A hipótese coeteris paribus é fundamental para o entendimento
da macroeconomia.
c) No mercado de bens e serviços, são determinados os preços dos
fatores de produção.
d) A questão de “como produzir’’ é decidida no mercado de fatores
de produção.
e) Todas as alternativas estão erradas.
1) Conceitue
Q
P
EQUILIBRIO DE MERCADO
30
Demanda
Lei da demanda
2) Qual é a relação existente entre a quantidade demanda e o preço do bem?
Assinale a alternativa correta:
a) A curva de procura mostra como variam as compras dos
consumidores
quando variam os preços.
b) Quando varia o preço de um bem, coeteris paribus, varia a
demanda.
c) A demanda depende basicamente do preço de mercado. As
outras variáveis são menos importantes e supostas constantes.
d) A quantidade demandada varia inversamente ao preço do bem,
coeteris
paribus.
3) e) N.r.a.Citar e explicar os fatores que determinam a demanda
5) O preço de equilíbrio para uma mercadoria é determinado:
a) Pela demanda de mercado dessa mercadoria.
b) Pela oferta de mercado dessa mercadoria.
c) Pelo balanceamento das forças de demanda e oferta da
mercadoria.
d) Pelos custos de produção.
e) N.r.a.
4) Mostre a equação da demanda
5) Mostre o gráfico da demanda
6) O que significa o termo: Coeteris Paribus?
7) Citar e explicar os fatores que afetam o equilíbrio de mercado
O equilíbrio de mercado de um bem é determinado:
a) Pelos preços dos fatores utilizados na produção do bem.
b) Pela demanda de mercado do produto.
c) Pela oferta de mercado do produto.
d) Pelas quantidades de fatores utilizados na produção do bem.
e) Pelo ponto de intersecção das curvas de demanda e da oferta
8) do produto.
9) Caso haja um aumento significativo nos preços do insumos e do salário mínimo
explique o que pode acontecer com a oferta de mercado, mostre graficamente.
10) Se os países produtores de petróleo OPEP determinarem uma redução da produção de
petróleo, explique e mostre graficamente o que pode acontecer com o preço
internacional do petróleo
11) Se a produção de veículos no Brasil for explicada pela seguinte equação:
31
Qo = 100 + 1,5 P
A) determinar a produção de veículos quando o preço for 15.000,00 reais
B) A produção de veículos sempre terá uma função com inclinação negativa? Explique
12) Caso o equilíbrio de mercado da produção de soja no Brasil seja dado pelo seguinte
comportamento
Qo = 120 + 0,6 P e Qd = 180 – P
a) Determine o preço e a quantidade de equilíbrio
b) Mostre o gráfico do equilíbrio
Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são
dadas, respectivamente, pelas seguintes equações:
Qs = 48 + 10P
Qd = 300 – 8P
onde Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, a
quantidade procurada e o preço do produto. A quantidade
transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio, será:
a) 2 unidades.
ECONOMIA MICRO E MACRO
32
b) 188 unidades.
c) 252 unidades.
d) 14 unidades.
e) 100 unidades.
As Elasticidades
Elasticidade preço da Demanda
Para se medir a variação na quantidade demandada devido à variação no preço dos
bens e serviços, utiliza-se o conceito de elasticidade preço da demanda. Em linhas gerais
elasticidade preço da demanda mostra a mudança percentual no consumo devido a uma
mudança percentual no preço do produto.
Ep =
∆Qd/
∆P . P/Qd
32
Onde Ep = Elasticidade preço da demanda
∆Q d= Variação na quantidade demandada
∆P = Variação no preço do bem ou serviço
Classificação das elasticidade preço da demanda
Quando:
2.4.1.1-A Elasticidade preço da demanda e a receita total
A receita total das empresas pode ser considerada como despesa ou gasto dos
consumidores e resulta da multiplicação da quantidade vendida (Q) pelo preço da venda
(P). Portanto:
RT = P . Q
Tendo em vista que a receita é uma função do preço e da quantidade, e que a
elasticidade-preço da procura mede a relação entre a variação relativa na quantidade e no
preço, há consequentemente, uma nítida relação entre elasticidade e preço.
Se a de demanda é inelástica, uma queda relativamente grande no preço está
associado a apenas um pequeno aumento na quantidade procurada. Em conseqüência, a
Ep = 0 Elasticidade nula
Ep = 1 Elasticidade unitária
0< Ep < 1 Demanda inelástica
Ep > 1 Demanda elástica
33
receita total se reduz com um decréscimo no preço. Do mesmo modo, se a procura é
elástica, para uma pequena diminuição de preço, a porcentagem de aumento na quantidade
vendida é maior do que a porcentagem de redução no preço, e, portanto, a receita aumenta.
2.4.2-Elasticidade-Renda
A elasticidade-renda (Ey) da demanda é expressa como a percentagem de mudança
na quantidade demandada dividida pela variação percentual na renda.
Exemplo: admita que ao nível de renda mensal de R$ 1.000,00 o consumidor
adquiria 2 quilos de carne por mês. Quando sua renda aumentar para R$ 1.500,00, ele
passou a comprar 2,5 quilos por mês, ao mesmo preço anterior. Neste caso, a elasticidade-
renda é de 0,55.A interpretação do resultado é a seguinte: Se houver um aumento de 1 % na
renda haverá aumento de 0,55 % na quantidade adquirida de carne.Se a elasticidade-renda é
menor que a unidade e maior que zero, diz-se que o bem é normal. Se é maior que a
unidade, diz-se que é superior, e se for menor que zero (relação inversa), diz-se que bem é
um produto inferior.
O conhecimento das elasticidades-rendas da demanda para os produtos agrícolas é
importante para estimar o impacto de mudanças de renda sobre as compras de alimentos. A
Tabela a seguir lista alguns produtos e seus coeficientes de elasticidade-renda para o Brasil
e os Estados Unidos. A maioria dos produtos agrícolas apresentam um valor de
elasticidade-renda relativamente baixo, variando entre 0,2 e 0,5, ou seja, são bens normais.
Os produtos de origem animal têm elasticidade-renda, via de regra, mais elevada,
significando que aumentos de renda tendem a estimular mais intensamente o consumo de
produtos pecuários do que os de origem vegetal. No Brasil, os alimentos têm uma
elasticidade-renda em torno de 0,4; enquanto nos EUA é de 0,15.
34
Tabela -1 Estimativas de Elasticidades-renda (Ey) para Alguns Produtos, Brasil e
Estados Unidos.
PRODUTO
Ey ou Efeito da variação de 1 % de na renda dos
consumidores sobre o consumo (variação em %)
--------------------------------------------------------------
------------
BRASIL EUA
Açúcar 0,13 0,01
Adoçante n.d 0,42
Arroz 0,10 0,15
Banana 0,10 0,10
Batata-inglesa 0,61 0,10
Café 0,25 0,30
Carne de boi 0,94 0,47
Carne de frango 1,10 0,50
Carne de porco 0,80 0,18
Farinha de mandioca - 0,03 n.d
Farinha de milho - 0,14 n.d
Farinha de trigo 0,32 0,35
Feijão - 0,11 - 0,49
Frutas e verduras n.d 0,44
Fumo 0,60 1,02
Laranja 0,56 0,26
Leite 0,60 0,16
Manteiga 0,65 0,53
Margarina 0,15 - 0,25
Óleos vegetais 0,42 0,49
Ovos 0,62 0,16
Peixe 0,40 0,30
Queijo 0,85 0,45
Restaurante (refeições fora de
casa)
n.d 1,48
Roupa n.d 2,01
Bens de consumo durável 1,20 2,20
ALIMENTOS EM GERAL 0,40 0,15
NÃO-ALIMENTOS n.d 1,20 (*)
Fonte: Várias
Muitos produtos e serviços não-agrícolas têm demanda sensível ou elástica à renda,
ou seja, são bens superiores ou de luxo. Como exemplo, a demanda eletrodomésticos,
roupa, consumo em restaurantes, jóias.
35
2.4.3-A Elasticidade preço da oferta
A elasticidade da oferta mostra a variação em termos percentuais na quantidade
ofertada de um bem ou serviço em razão da variação percentual no preço desse bem ou
serviço. Em outras palavras pode-se afirmar que a elasticidade da oferta mostra a divisão
entre as variações percentuais na oferta e variações percentuais nos preços. Também pode-
se dizer que a ela mostra a sensibilidade da produção em função do preço, ou seja, a
resposta da produção às oscilações do preço de mercado do produto.
Eo = Variação % da oferta Eo = Elasticidade preço da oferta
Variação % do preço
A equação final da Eo é a seguinte:
Eo= ∆Qo / ∆P . P/Qo
Classificação da elasticidade preço da oferta
Se
36
2.4.3.1-Casos especiais de elasticidades da oferta
Quando a Eo for igual a zero a curva de oferta será vertical pois não haverá
variação na oferta quando o preço aumentar ou diminuir, ou seja, a oferta é insensível ao
preço. Quando a Eo for infinita, isto quer dizer que existe uma sensibilidade tão grande da
oferta em relação aos preços que mesmo sem variar o preço a oferta apresenta grandes
variações.
Mona Lisa, de da Vinci, é um exemplo de produto com Demanda Perfeitamente Inelástica
Uma demanda é uma perfeitamente elástica quando mesmo sem qualquer variação no
preço, há uma variação constante da quantidade demandada, ou seja, independentemente da
quantidade de mercado o preço se mantém constante.
No extremo oposto, uma demanda é uma perfeitamente inelástica, ou
perfeitamente rígida, quando uma variação qualquer no preço resulta numa variação zero
Eo = 1 elasticidade da oferta é unitária
Eo > 1 oferta elástica
0 < Eo < 1 oferta inelástica
Eo = 0 oferta perfeitamente inelástica
Eo = ∞ oferta perfeitamente elástica
37
da quantidade demandada, ou seja, independentemente do preço de mercado a quantidade
se mantem constante. É o caso, por exemplo, do mercado de obras raras.
Os casos gerais de elasticidade são usados frequentemente em discussões que
caracterizam circunstâncias para as quais informação detalhada não está disponível e/ou é
irrelevante. Existem então cinco casos de elasticidade.
• E = 0 Perfeitamente rígida. Este caso especial de elasticidade está representado na
figura em cima à direita. Qualquer variação de P não terá qualquer efeito em Q.
• E < 1 Rígida. A variação proporcional em Q é menor do que a variação
proporcional em P.
• E = 1 Elasticidade unitária. A variação proporcional de uma variável é igual à
variação proporcional de outra variável.
• E > 1 Elástica. A variação proporcional em Q é maior do que a variação
proporcional em P.
• E = infinito. Perfeitamente elástica. Este caso especial de elasticidade está
representado na figura em cima à esquerda. A variação em P é zero, portanto a
elasticidade é infinita.
Exercícios
1. Se o produto A é um bem normal e o produto B é um bem
inferior, um aumento da renda do consumidor provavelmente:
a) Aumentará a quantidade demandada de A, enquanto a de B
38
permanecerá constante.
b) Aumentarão simultaneamente os preços de A e B.
c) O consumo de B diminuirá e o de A crescerá.
d) Os consumos dos dois bens aumentarão.
3. Assinale os fatores mais importantes, que afetam as
quantidades procuradas:
a) Preço e durabilidade do bem.
b) Preço do bem, renda do consumidor, custos de produção.
c) Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares,
renda e
preferência do consumidor.
d) Renda do consumidor, custos de produção.
O leite torna-se mais barato e seu consumo aumenta.
Paralelamente, o consumidor diminui sua demanda de chá.
Leite e chá são bens:
a) Complementares.
b) Substitutos.
c) Independentes.
d) Inferiores.
6. Dada a função demanda de x:
Dx = 30 – 0,3 px + 0,7 py + 1,3R
sendo px e py os preços dos bens x e y, e R a renda dos consumidores,
assinale a alternativa correta:
a) O bem x é um bem inferior, e x e y são bens complementares.
b) O bem y é um bem normal, e x e y são bens substitutos.
c) Os bens x e y são complementares, e x é um bem normal.
d) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem normal.
e) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem inferior.
Para fazer distinção entre oferta e quantidade ofertada, sabemos
que:
a) A oferta refere-se a alterações no preço do bem; e a quantidade
ofertada, a alterações nas demais variáveis que afetam a
oferta.
b) A oferta refere-se a variações a longo prazo; e a quantidade
ofertada, a
mudança de curto prazo.
c) A quantidade ofertada só varia em função de mudanças no
preço do próprio bem, enquanto a oferta varia quando
ocorrerem mudanças nas demais variáveis que afetam a oferta
do bem.
d) Não há diferença entre alterações na oferta e na quantidade
ofertada.
e) N.r.a
39
Assinale a alternativa correta, coeteris paribus:
a) Um aumento da oferta diminui o preço e aumenta a quantidade
demandada do bem.
b) Uma diminuição da demanda aumenta o preço e diminui a
quantidade ofertada e demandada do bem.
c) Um aumento da demanda aumenta o preço e diminui a oferta
do bem.
d) Um aumento da demanda aumenta o preço, a quantidade
demandada e a oferta do bem.
e) Todas as respostas anteriores estão erradas.
Aponte a alternativa correta:
a) Se o preço variar em $ 2, e a quantidade demandada em 10
unidades, concluímos que a demanda é elástica.
b) A elasticidade-preço cruzada entre dois bens é sempre positiva.
c) A elasticidade-preço da demanda de sal é relativamente baixa.
d) A elasticidade-preço da demanda de alimentos é, em geral,
bastante elevada.
e) A elasticidade-renda da demanda de manufaturados é
relativamente baixa.
A elasticidade-renda da demanda é o quociente das variações
percentuais entre:
a) Renda e preço.
b) Renda e quantidade demandada.
c) Quantidade e preço.
d) Quantidade e renda.
e) Quantidade e preço de um bem complementar.
Se uma empresa quer aumentar seu faturamento e a demanda
do produto é elástica, ela deve:
a) Aumentar o preço.
b) Diminuir o preço.
c) Deixar o preço inalterado.
d) Depende do preço do bem complementar.
e) Depende do preço do bem substituto.
40
1) Conceitue elasticidade
2) Conceitue Elasticidade Preço da demanda
3) Conceitue:
Demanda inelástica
Demanda elástica
Demanda perfeitamente inelástica
4) Comente a seguinte frase:
Para os bens que possuem elasticidade preço da demanda maior que é recomendável
o aumento de seus preços pois haverá um aumento significativo na receita total.
5) Conceituar:
a) Elasticidade preço da demanda
b) bem de luxo
c)Eficiência econômica
6) Interpretar
a) Er = 5
b) Er = - 3
c) Ep = 1
7) Classificar os bens
a) Er = 5
b) Er= -3
c) Er= 1
8) Dada a tabela abaixo
P Qd
10 10
20 5
a) Calcular a Ep
b) Interpretar a Ep
41
9) Dê 3 exemplos de bens com as seguintes Er
a) Er>1
b) Er<0
Se a curva de procura for de um tipo em que a redução de 10%
no preço provoca um aumento de 5% na quantidade de
mercadoria que o público adquire, nessa região da curva, a
procura em relação ao preço será:
a) Elástica.
b) Unitariamente elástica.
c) Infinitamente elástica.
d) Inelástica, embora não perfeitamente.
e) Totalmente inelástica ou anelástica.
A teoria da produção
Pode-se afirmar que a produção é a principal atividade da firma. A produção é o
processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção (insumos, tecnologia,
equipamentos e capital) em serviços e produtos.
O principal objetivo de uma firma capitalista é obter um resultado positivo entre a
receita e custos de produção. Os custos de produção são os gastos necessários para iniciar e
manter o processo produtivo, os custos de produção são provenientes dos dispêndios com
os fatores de produção.
Conceitos básicos da teoria da produção
Terra
Tecnologia
Trabalho
Capital
Processo
produtivo Produto ( bem ou
serviço)
42
Firma = Unidade técnica onde é realizado o processo produtivo
Processo Produtivo = é a produção de bens e serviços, é a interação dos fatores de
produção.
Fatores de Produção = São os elementos fundamentais para o processo produtivo,
são os recursos naturais, a mão de obra, a tecnologia e o capital.
Produto = Resultado do processo produtivo, o produto pode ser um bem ou serviço.
A Eficiência Técnica e Eficiência Econômica na produção
Como já foi discutido anteriormente, os fatores de produção são elementos
imprescindíveis para a elaboração dos produtos, assim o melhor emprego no uso dos fatores
de produção irá refletir num melhor desempenho da produção e o melhor desempenho
produtivo consequentemente refletirá num melhor resultado econômico.
Pode-se afirmar que um processo produtivo é tecnicamente eficiente quando ele
permite a obtenção da mesma quantidade de produto que os outros processos com a menor
utilização de fatores de produção.
Quando um processo produtivo consegue produzir uma mesma quantidade de um
determinado produto com custos menores que outro processo produtivo similar, esse
processo está sendo mais eficiente economicamente, ou seja, está apresentando eficiência
econômica em relação ao outro sistema de produção. Ser eficiente economicamente é
produzir a mesma quantidade que era produzida antes porém com custos menores.
Economia de Escala: Existe economia de escala quando a expansão da capacidade
de produção de uma firma ou indústria causa um aumento dos custos totais de produção
menor que, proporcionalmente, os do produto. Como resultado, os custos médios de
produção caem, a longo prazo". (Bannock et alii, 1977). (18)
43
Aquela firma que organiza o processo produtivo de maneira que se alcance, através
da busca do tamanho ótimo, a máxima utilização dos fatores que intervêm em tal processo.
Como resultado, baixam-se os custos de produção e incrementam-se os bens e serviços
TEXTOS PARA DISCUSSÃO
Brasil é um dos países que mais dificultam os negócios, diz
estudo
Valor Econômico
27/07/2006 12:00
O Brasil poderá ter ganhos de produtividade, com efeitos positivos no crescimento
econômico e no emprego, se pegar as melhores práticas de fazer negócios, encontradas em
algumas cidades do país, e transferi-las para outros Estados. Hoje as diversas regiões
apresentam grandes diferenças nos indicadores que medem a facilidade em se fazer
negócios no país, em ranking que é liderado pelo Distrito Federal.
Quando a comparação é com o exterior, os dados também são preocupantes. " Há
uma grande distância entre o melhor do Brasil em facilidade para se fazer negócios e
Bancoc ou Johanesburgo " , diz o estudo Doing Business no Brasil, do Grupo Banco
Mundial em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), com co-financiamento
da USAID.
Feito pela primeira vez no Brasil, a pedido do Ministério da Fazenda, o estudo foi
apresentado ontem, no Rio. O relatório incluiu indicadores quantitativos, que permitem
comparações entre 12 Estados do país e São Paulo, que representa o Brasil em um estudo
semelhante de caráter transnacional. O trabalho também possibilita paralelos com o
ambiente de negócios em cidades do México, onde foi feito outro estudo, e com mais de
150 países em todo o mundo.
O relatório tem cinco tópicos - abertura de empresas, registro de propriedades,
obtenção de crédito, pagamento de impostos e cumprimento de contratos - e diz que são
precisas reformas: " Os Estados devem buscar as melhores práticas dentro do Brasil,
informatizando os arquivos de registro de propriedades, como o Maranhão, e procurar
acompanhar o ritmo das reformas em países como Chile, Vietnã ou Eslováquia " .
44
Na comparação internacional, o Brasil, representado por São Paulo como maior
centro de negócios do país, está em 119º lugar entre 155 países pesquisados. O alto custo
para se fazer negócios no Brasil favorece a informalidade. O estudo estima que a
informalidade respondeu por 42% da produção do país em 2002-2003 em comparação com
33% no México, 16% na China e 26% na Índia.
Penelope Brook, do Banco Mundial, disse que, se um país ocupa as últimas
posições do ranking e faz as reformas que lhe permitem alcançar os primeiros lugares, pode
adicionar, em média, 2,2% ao ano em termos de crescimento econômico e pode haver
redução no desemprego de 3,7% ao ano.
No quesito abertura de empresas, Penelope mostrou que São Paulo ficou em último
lugar entre os Estados pesquisados, com prazo de cinco meses para abrir uma empresa. Em
Minas, o prazo é de 19 dias. No item registro de propriedades, o melhor Estado foi o
Maranhão (27 dias) e o pior, a Bahia (88 dias). Minas também ganha quando a questão é o
prazo para registro de garantias na obtenção de crédito. Gasta-se dois dias para fazer essa
operação em Minas, enquanto no Distrito Federal o prazo é de 45 dias. Já a Bahia é o lugar
mais fácil para pagar impostos, enquanto Minas o mais difícil.
" A pesquisa é estimulante porque mostra os nossos defeitos. Se em 2007 tivermos
percorrido metade das soluções apresentadas, e uma delas é pegar as melhores práticas de
um Estado e transplantá-las nos outros, já teremos produção mais competitiva " , avaliou o
ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, presente ao evento.
A produtividade
Fonte: Sebrae
“Produtividade é minimizar cientificamente o uso de recursos materiais, mão-de-obra,
máquinas, equipamentos etc., para reduzir custos de produção, expandir mercados,
aumentar o número de empregados, lutar por aumentos reais de salários e pela melhoria do
padrão de vida, no interesse comum do capital, do trabalho e dos consumidores”. (Japan
Productivity Center for Social – Economics Development).
Quando estudamos produtividade, buscamos identificar, analisar e minimizar a
influência de fatores que, de uma forma direta ou indireta, interferem para que algo
45
indesejado distorça os resultados esperados. Por exemplo:
É impossível medir a produtividade numa área de vendas sem considerar as
condições de entrega, os prazos de pagamento e a margem de lucro da operação.
No setor de compras, é importante avaliar o número de pedidos emitidos pela
quantidade de produtos acabados obtidos, mas há que se levar em conta o número de
pessoas envolvidas neste processo, o percentual de pedidos recebidos no prazo combinado
e a freqüência de faltas de estoque, bem como os custos pagos pelos produtos adquiridos
(preço, fretes, transportes etc.).
É imprescindível determinar a quantidade de peças produzidas por homem x hora,
mas devemos analisar o índice de desperdício, de refugo, o retrabalho e a qualidade obtida
em cada posto de trabalho, bem como o custo social (afastamentos e acidentes de trabalho)
aferido.
Quando se vai tomar decisões com base em produtividade é importante que se
considere o índice ao longo de um determinado tempo. Quase todas as empresas têm sua
fase de sazonalidade, razão pela qual o período de tempo é uma questão fundamental.
Sendo assim, torna-se aconselhável para análise o estudo por meio de gráficos ou
tabelas em que uma das bases seja o tempo, a fim de se identificar tendências.
Devemos sempre avaliar como uma ação isolada para aumento de produtividade
interfere em outro indicador e como eles, juntos, afetam o desempenho do
negócio.Aumentar a produtividade pura em uma fábrica (fazer mais em menos tempo) pode
gerar um significativo estoque de produtos acabados, consumos de matérias primas e deve
ser coerente com a produtividade de vendas. Caso contrário. só resulta em encalhe.
Fundamental também é comparar a produtividade alcançada pela empresa com
outras do mesmo segmento e que apresentem meios e processos equivalentes. Nunca
poderíamos comparar, por exemplo, caso estabelecêssemos como medida de produtividade
um indicador de rentabilidade por cliente, um restaurante a quilo com uma franquia de fast-
food.
Lembramos que uma empresa não consegue ser melhor que as pessoas que nela
atuam. Portanto o clima organizacional atua ora como causa , ora como efeito nos
resultados de produtividade.
46
Os Custos de produção
O custo de produção é o gasto financeiro necessário para aquisição e utilização dos
fatores de produção. Os fatores de produção, por sua vez, são os elementos fundamentais
para o processo produtivo, são eles: os insumos, a mão de obra, a tecnologia, os
equipamentos ou bens de capital e o capital financeiro. A ausência de qualquer um desses
fatores torna impossível a realização da produção de qualquer bem ou serviço.
Assim, o custo de produção ou o custo total é dado pela soma de dois outros tipos
de custo, que são os custos fixos e custos variáveis.
CT = CFT + CVT
Onde: CT = Custo total
CFT = Custo Fixo Total
CVT = Custo Variável Total
O custo com os fatores de produção que não aumentam ou diminuem a intensidade
de sua utilização durante a produção, ou seja, a parcela do custo que se mantém fixa,
quando a produção varia é chamado de Custo fixo total.
Os aluguéis, condomínios, os tributos, os gastos com depreciação, a mão de obra
( quando não há comissão por produtividade) e taxas de juros são casos clássicos de custo
fixos.
Graficamente o custo fixo total é dado por uma linha horizontal paralela ao eixo da
produção, à medida que a produção aumenta ou diminui o custo permanece no mesmo
nível.
47
Custo Fixo
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Q
CT
O custo variável total é gasto com aquisição de fatores que variam com a produção,
o custo variável como o próprio nome diz varia de acordo com a produção. São exemplos
de custo variável : salário com comissão por rendimento, energia, matéria prima, insumos
(sementes, tecidos, combustíveis), aquisição de novas máquinas.
Custo Variavel
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Q
CV
48
Outros dois tipos de custos existentes no processo produtivo e de grande
importância para análise do comportamento da firma são os custos médios e os custos fixos
médios.
O custo médio mostra a relação entre custo total e a quantidade produzida o custo
fixo médio mostra a relação entre custo fixo total e quantidade produzida.
Cme = CT / Q
Onde: Cme = custo médio
CT = custo total
Q = quantidade produzida
O custo fixo médio é a relação existente entre o custo fixo e a quantidade produzida
de um bem ou serviço, este, por sua vez, depende da quantidade produzida, à medida que
aumenta-se a produção sua tendência é diminuir.
CFme = CFT / Q
Onde: CFme = Custo Fixo médio
CFT = Custo fixo total
Q = Quantidade produzida
Custo marginal
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em economia e finanças, custo marginal é a mudança no custo total de produção
advinda da variação em uma unidade da quantidade produzida.
Matematicamente, a função de custo marginal (Cmg) é expressa como a derivada da
função de custo total (CT) sobre a quantidade total produzida (Q), como segue:
49
Em um gráfico, a curva que represente a evolução do custo marginal é de uma
parábola concava, devido a Lei dos rendimentos decrescentes. No ponto mínimo de curva,
se encontra o número de bens que devem ser produzidos para que os custos sejam mínimos.
Resumo dos Custos
Conceito
CT É a soma, para cada nível de produção, dos custos fixos e variáveis da empresa.
CFT Não se altera em função das quantidades produzidas, independe do nível de
produção. É representado por uma reta paralela ao eixo das quantidades.
CVT Aumenta em função do aumento das quantidades produzidas, mas não na mesma
proporção. Inicialmente, os aumentos são menos que proporcionais, possibilitando
retribuições crescentes. A partir de certo nível, seus aumentos passam a ser mais
que proporcionais, conduzindo a retribuições decrescentes.
CFMe Resulta da divisão do custo fixo total pelas quantidades produzidas. Inicialmente
declina acentuadamente. Mas a intensidade do declínio se amortece à medida que
aumentam as quantidades produzidas.
CVMe Resulta da divisão do custo variável total pelas quantidades produzidas. Mostra um
pequeno declínio inicial e, a partir de certo nível, uma ligeira tendência à expansão.
CMe Resulta da divisão do custo total pelas quantidades produzidas. Decresce
acentuadamente no início, mas passa a aumentar a partir do ponto em que os
aumentos do custo variável médio se tornam maiores do que as reduções do custo
fixo médio.
CMg É o custo em que a empresa incorre para produzir uma unidade adicional. Situa-se
abaixo do custo variável médio até o ponto em que este alcança seu nível mínimo.
A partir daí revela uma tendência à expansão particularmente acentuada.
Custos de longo prazo
No longo prazo todos os fatores de produção são variáveis, não havendo custo fixo.
Ferguson (1992) defende que um agente econômico opera no curto prazo e planeja no
longo prazo. Conforme Pindyck (1994), uma linha de isocusto inclui todas as possíveis
combinações de mão-de-obra e de capital que possam ser adquiridas a um determinado
custo total, onde cada diferente nível deste descreve uma linha de isocusto diferente.
Para Varian (1994), "a função de custo c(w1, w2, y) mede o custo mínimo de
produzir y unidades do produto quando os preços dos fatores são (w1, w2). Quando
50
aumenta a quantidade do insumo mão-de-obra utilizada, é preciso diminuir a quantidade de
capital, com a finalidade de manter o produto constante. As escolhas de insumos que geram
custos mínimos para a firma dependerão dos preços dos insumos e do nível de produto que
a firma deseja produzir, chamadas de demandas de fatores condicionais. Estas demandas
resultam nas escolhas que minimizam custo para um dado nível do produto".
De acordo com Pindyck (1994, p. 280), "no longo prazo, a capacidade de variar a
quantidade do capital permite que a empresa reduza seus custos. O mais importante
determinante do formato das curvas de custo médio e de custo marginal são os rendimentos
crescentes, constantes e decrescentes de escala".
A curva de custo marginal a longo prazo CMgLP é determinada a partir da curva de
custo médio a longo prazo; ela mede a variação ocorrida a longo prazo nos custos totais, à
medida que a produção seja incrementalmente elevada" (Pindyck, 1994, p. 281).
Custo de oportunidade
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O custo de oportunidade é um termo usado na economia para indicar o custo de
algo em termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo , até mesmo social,
causado pela renúncia do ente econômico, bem como os benefícios que poderiam ser
obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em
alguma aplicação alternativa.
Em outras palavras: O custo de oportunidade representa o valor associado a melhor
alternativa não escolhida. Ao se tomar determinada escolha, deixa-se de lado as demais
possibilidade, pois excludentes. À alternativa escolhida, associa-se como "custo de
oportunidade" o maior benefício NÃO obtido das possibilidades NÃO escolhidas, isto é, "a
escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções
poderiam proporcionar". O mais alto valor associado aos benefícios não escolhidos, pode
ser entendido como um custo da opção escolhida, custo chamado "de oportunidade".
Um exemplo clássico da literatura económica: imagine uma fábrica de cadeiras que
produzia 10 cadeiras por mês num mercado que absorvia totalmente esta produção. Diante
de uma oportunidade de negócios, esta fábrica resolveu iniciar uma produção de um novo
51
produto: mesas. Porém, ao alocar recursos para tal, descobriu que terá de deixar de produzir
2 cadeiras para alimentar a demanda de 2 mesas. O custo de oportunidade está no valor
perdido da venda das 2 cadeiras que deixaram de ser fabricadas.
Se uma cidade decide construir um hospital num terreno vazio de propriedade
estatal ou pública, o custo de oportunidade é representado pela renúncia a erguer outras
construções naquele terreno e com o capital investido. Rejeita-se por exemplo a
possibilidade de construir um centro desportivo, ou um estacionamento, ou ainda a venda
do terreno para amortizar parte das dívidas da cidade, e assim por diante.
As punições previstas para as autoridades que desrespeitem a Lei autorizativa, no
que se refere a aplicabilidade do custo de oportunidade, varia de país para país.
Diferenças entre custo económico e custo contábil
A diferença fundamental entre ambos, está no facto do custo económico ser mais
usado entre os entes públicos e o contábil de um modo geral para as Pessoas Físicas ou
Jurídicas.
Avaliar o custo de oportunidade é fundamental em qualquer operação económica,
ainda mais quando não estão explícitos valores financeiros (como os preços), o que pode
levar a uma ilusão de que se obtiveram benefícios sem qualquer custo.
A Receita Total da firma
A receita total de uma firma é considerada como sendo o resultado da quantidade de
produtos e serviços vendidos pela firma levando em consideração o seu preço. Em outras
palavras pode-se afirmar que a receita é obtida pela multiplicação da quantidade vendida e
o preço do produto.
RT = P .Qd
52
Onde: RT = Receita Total
P = Preço do Produto
Qd = Quantidade demandada
Por essa fórmula conclui-se que a receita total será tanto maior quanto maior for o
preço do produto, também pode-se inferir que quanto maior for a demanda mantendo-se os
preços constantes a receita aumentará.
Lei dos rendimentos decrescentes: A Lei dos Rendimentos Decrescentes está ligada ao
conceito de produto marginal. Essa lei descreve o comportamento da variação da produção,
quando se varia um dos inputs de cada vez, mantendo constante os demais.
Segundo a Lei dos Rendimentos Decrescentes aumentando-se a quantidade de um
insumo e permanecendo a quantidade dos demais fatores fixa, a produção crescerá
inicialmente a taxas crescentes (produto marginal positivo); a seguir, num certo ponto
ocorrerão taxas decrescentes (produto marginal negativo). Finalmente, ao incrementar o
input, a produção decrescerá (GLAHE,1981). Nesta lei admite-se que a tecnologia
permaneça fixa, e que haja pelo menos um insumo cuja quantidade permanece constante.
Como exemplo, supõe-se que numa industria o input fixo é representado pelo
número de máquinas. O fator variável é representado pelo número de operários. Se várias
combinações de máquinas e mão-de-obra forem utilizadas para produzir um certo produto e
se a quantidade de máquinas for constante, o aumento da produção dependerá do aumento
da mão-de-obra utilizada. Quando isso ocorrer, alterar-se-ão as proporções de combinações
entre fatores fixos e variáveis. Nesse caso a produção aumentará até certo ponto e depois
decrescerá. Isto quer dizer que de inicio poderão ocorrer rendimentos crescentes, enquanto
os acréscimos de utilização do fator variável provocarem incrementos na produção.
Todavia, essa fase, quando ocorre, é passageira, passando a existir logo em seguida
rendimentos decrescentes.
Exercícios
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1) O que é Teoria da firma?
2) Qual é a principal atividade da Firma?
Quando o Produto Total cai:
a) A produtividade média do trabalho é nula.
b) A produtividade marginal do trabalho é nula.
c) A produtividade média do trabalho é negativa.
d) A produtividade marginal do trabalho é negativa.
e) A produtividade marginal é maior que a produtividade marginal
do trabalho.
A lei dos rendimentos decrescentes:
a) Descreve o sentido geral e a taxa de mudança na produção da
firma quando é fixada a quantidade de recursos.
b) Refere-se a produtos extras sucessivamente mais abundantes,
obtidos pela adição de medidas iguais de um fator variável a
uma quantidade constante de um fator fixo.
c) Refere-se a produtos extras sucessivamente mais reduzidos,
obtidos pela adição de medidas iguais de um fator variável a
uma quantidade constante de um fator fixo.
d) É constante, com a observação de que há limites à produção
atingível, quando quantidades crescentes de um só fator são
aplicadas a quantidades de outros.
e) Explica o formato da curva de custo médio de longo prazo.
A função de produção relaciona:
a) Custos com fatores de produção.
b) Salários com lucros.
c) Insumos com produção.
d) Custos com produção.
e) Preço com quantidade ofertada.
Custos
Se conhecemos a função produção, o que mais precisamos
saber a fim de conhecer a função custos:
a) A relação entre a quantidade produzida e a quantidade de
fatores necessária para obtê-la.
b) O custo dos fatores, e como se pode esperar que esses custos
variem.
c) Que fatores são variáveis.
54
Um aumento da produção a curto prazo sempre diminuirá:
a) O custo variável médio.
b) O custo total médio.
c) O custo fixo médio.
4)Uma firma de camisas produziu e vendeu 140.000 peças num determinado período de
tempo a um preço de R$12,00 cada peça. Qual foi a receita da firma nesse período? Pode-se
afirmar que a receita foi igual ao lucro?
5) Suponha que uma determinada firma tenha um lucro de R$50.000,00, um custo total de
R$ 30.000,00 e tenha vendido 1.000 unidades de uma determinado produto. Qual foi o
preço do produto vendido?
5) Suponha que uma fábrica de camisas tenha uma receita de R$10.000,00 e um gasto com
recursos fixos e variáveis de R$19.000,00. Determine o Lucro desta empresa. Dê exemplos
de custos fixos e custos variáveis desta firma. Pode-se afirmar que a receita total é igual ao
Lucro, nesta firma?
6) Caso uma firma tenha o Lucro igual à R$ 150.000,00, uma receita de R$200.000,00, um
custo fixo de R$ 40.000,00, qual será o valor dos custos variáveis desta firma?
7) Explique a lei dos rendimentos decrescentes
Tipos de Lucro
O lucro é obtido pela diferença entre a receita total e os custos advindos do processo
produtivo.
55
L = RT – CT
RT > CT
RT < CT
Ponto de Equilíbrio
RT
CT
RT=CT Q
CT
Quando a receita total é maior que os custo de produção temos o
lucro puro
Quando a receita é menor que os custo de produção temos o
lucro negativo ou prejuízo.
56
57
Estruturas de Mercado
Concorrência perfeita
O conceito de concorrência perfeita é o marco a partir do qual os mercados ou as
estruturas de mercado que se afastam daquele ideal, como o monopólio e o oligopólio, são
considerados como produzindo distorções na alocação de recursos, sendo fonte, então, de
ineficiências e, por isso, sujeitas à regulamentação estatal.
O mercado dito de competição pura ou perfeita é caracterizado pela existência de
um grande número de pequenos compradores e vendedores; o produto transacionado é
homogêneo; não há barreiras à entrada de empresas no mercado ; perfeita transparência
para os vendedores e para os compradores de tudo que ocorre no mercado; perfeita
mobilidade dos insumos produtivos. O preço de mercado é definido, em equilíbrio
concorrencial, pela intersecção entre as curvas de oferta e da procura, sendo que a oferta de
mercado é constituída pelo conjunto de todas as ofertas individuais.
Monopólio
Em economia, monopólio (do grego monos, um + polein, vender) é como se
denomina uma situação de concorrência imperfeita, em que uma empresa detêm o mercado
de um determinado produto ou serviço, impondo preços aos que comercializam.
Monopólios podem surgir devido a características particulares de mercado, ou devido a
regulamentação governamental, o monopólio coercivo, e criam uma particularidade
economica, em que a curva de demanda do bem fica negativamente inclinada, na medida
em que a demanda da firma e a demanda do mercado são as mesmas.
Monopolio é a situação em que um setor do mercado com múltiplos compradores é
controlado por um único vendedor de mercadoria ou serviço, tendo capacidade de afetar o
preço pelo domínio da oferta. Nesse cenário, os preços tendem a se fixar no nível mais alto
para aumentar a margem de lucro. Alguns monopólios são instituídos com apoio legal para
estimular um determinado setor da empresa nacional, ou para protegê-la da concorrência
estrangeira, supostamente desleal por usar métodos de produção mais eficientes e que
58
barateiam o preço ao consumidor. Outros monopólios são criados pelo Estado sob a
justificativa de aumentar a oferta do produto e baratear seu custo. A empresa estatal
Petrobrás era a única com permissão para prospecção, pesquisa e refino do petróleo até
1995, quando o Congresso autoriza a entrada de empresas privadas no setor.
Monopólio Natural
O monopólio natural é uma situação de mercado em que os investimentos
necessários são muitos elevados e os custos marginais são muito baixos. Caracterizados
também por serem bens exclusivos e com muito pouca ou nenhuma rivalidade.
Esses mercados são geralmente regulamentados pelos governos e possuem prazos
de retorno muito grandes, por isso funcionam melhor quando bem protegidos.
TV a cabo, distribuição de energia elétrica ou sistema de telefonia são exemplos
caracteristicos de monopólios naturais.
Oligopólio
É a prática de mercado em que a oferta de um produto ou serviço, que tem vários
compradores, é controlada por pequeno grupo de vendedores. Neste caso, as empresas
tornam-se interdependentes e guiam suas políticas de produção de acordo com a política
das demais empresas por saberem que, em setores de pouca concorrência, a alteração de
preço ou qualidade de um afeta diretamente os demais. O oligopólio força uma batalha
diplomática ou uma competição em estratégia. O objetivo é antecipar-se ao movimento do
adversário para combatê-lo de forma mais eficaz. O preço tende a variar no nível mais alto.
Podem ser citados como exemplos de setores oligopolizados no Brasil o automobilístico e o
de fumo.
Cartel
Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o
mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é
59
uniformizado geralmente em nível alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas
membro. Os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no
período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso
do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis.
O objetivo do cartel é, por meio da ação coordenada entre concorrentes, eliminar a
concorrência, com conseqüente aumento de preços, aumento do lucro de seus membros e
redução de bem-estar para o consumidor.
Cartéis são considerados a mais grave lesão à concorrência e prejudicam consumidores ao
aumentar preços e restringir oferta, tornando os bens e serviços mais caros ou
indisponíveis.
Ao artificialmente limitar a concorrência, os membros de um cartel também
prejudicam a inovação, impedindo que novos produtos e processo produtivos surjam no
mercado. Cartéis resultam em perdas de bem-estar do consumidor e, em longo prazo, perda
de competitividade da economia com o um todo.
A formação de cartéis é considerada crime em quase todos os países desenvolvidos
por suas leis antitruste. Esse é o caso do Brasil.
A política brasileira de defesa da concorrência é disciplinada pela Lei nº 8.884, de
11 de junho de 1994[2]
. O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) é
composto por três órgãos: a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) do
Ministério da Fazenda, a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça e
o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), autarquia federal vinculada ao
Ministério da Justiça.
De acordo com a legislação brasileira, no âmbito administrativo, uma empresa
condenada por prática de cartel poderá pagar multa de 1 a 30% de seu faturamento bruto no
ano anterior ao início do processo administrativo que apurou a prática. Por sua vez, os
administradores da empresa direta ou indiretamente envolvidos com o ilícito podem ser
condenados a pagar uma multa de 10 a 50% daquela aplicada à empresa. Outras penas
acessórias podem ser impostas como, por exemplo, a proibição de contratar com
instituições financeiras oficiais e de parcelar débitos fiscais, bem como de participar de
60
licitações promovidas pela Administração Pública Federal, Estadual e Municipal por prazo
não inferior a cinco anos.
Além de infração administrativa, a prática de cartel também configura crime no Brasil,
punível com multa ou prisão de 2 a 5 anos em regime de reclusão. De acordo com a Lei de
Crimes Contra a Ordem Econômica (Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990[3]
), essa
sanção pode ser aumentada em até 50% se o crime causar grave dano à coletividade, for
cometido por um servidor público ou se relacionar a bens ou serviços essenciais para a vida
ou para a saúde.
O dia 8 de outubro foi instituído por Decreto Presidencial como sendo o Dia Nacional do
Combate a Cartéis.
TEXTOS PARA DISCUSSÃO
CADE julga operações que geram fusão entre Sky e DirectTV
Fonte: CADE
Na sessão ordinária de julgamento do CADE nº 373, que iniciou em 24/05/2006 e
finalizou no dia seguinte, o CADE concluiu o julgamento dos Atos de Concentração nºs.
53500.002423/2003 e 53500.029160/2004, que une as operadoras de televisão por
assinatura Sky e DirecTV. O CADE aprovou as operações, impondo restrições necessárias
para mitigar os prováveis impactos causados na concorrência.
Com relação a primeira operação, que envolvia as empresas News Corporation
Limited e Hughes Electronics Corporation, o plenário proibiu, pelo prazo de 5 anos, a
atuação das empresas de forma discriminatória com relação aos concorrentes e a
exclusividade, pelas empresas do Grupo News, no fornecimento de conteúdo audiovisual,
bem como a exclusividade na transmissão dos principais campeonatos de futebol
Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores das Américas e Campeonatos
Estaduais de São Paulo e Rio de Janeiro.
O CADE, na análise da segunda operação, realizada entre News Corporation
Limited, DirecTV Group, Inc. e Globo Comunicações e Participações S/A., determinou,
61
pelo período de 5 anos, que a Sky pratique preços iguais em todo país para os pacotes de
canais, permitindo promoções locais pelo prazo máximo de 90 dias; que os referidos
pacotes sejam oferecidos em todo território nacional e que tal determinação se torne pública
por meio de jornais de grande circulação nacional. O CADE obrigou, também, que a Sky,
pelo prazo de 3 anos, continue transmitindo canais de conteúdo brasileiro hoje disponíveis
na DirecTV para os atuais assinantes que venham a migrar para a Sky; que garanta às
programadoras de conteúdo nacional, a mesma receita hoje auferida com a comercialização
deste conteúdo, decorrentes de contratos que tenha com a DirecTV; e ainda, que a Sky, no
prazo de 180 dias, aumente em 20% a base de assinantes que recebam canais de conteúdo
brasileiro, mantendo-a pelos 30 meses subsequentes.
Por fim, o Conselho obrigou o Grupo Globo de se abster de vetar ou determinar
unilateralmente as condições de transmissão de programas ou conteúdo audiovisual
nacional de empresa brasileira, nas operações da Sky e determinou que sejam alterados
contratos de forma que a Sky possa contratar programa ou conteúdo audiovisual nacional
de empresa brasileira, novo ou já existente, por maioria simples de seus sócios ou
acionistas.
Cade autoriza aquisição da Reebok pela Adidas
Fonte: Valor Online
BRASÍLIA - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta tarde
a compra da marca esportiva Reebok pela concorrente Adidas. A aquisição foi feita em
agosto do ano passado. A análise do Cade considerou os efeitos do negócio no mercado
brasileiro.
Segundo a assessoria de imprensa do Cade, a aprovação ocorreu sem restrições e
por unanimidade. Resta agora aguardar a publicação da decisão no Diário Oficial, nos
próximos dias. A companhia alemã comprou a Reebok por US$ 3,8 bilhões e obteve
autorização dos órgãos reguladores da União Européia em janeiro deste ano. Quando
anunciou a transação, a Adidas informou que tinha expectativa de elevar o lucro líquido em
10% no médio prazo.
62
No dia 9 de maio a Adidas reportou aumento de 37% de seu lucro líquido no
primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Em conjunto
com a Reebok, o lucro atingiu 144 milhões de euros, contra os 105 milhões registrados em
2005. Mesmo assim, a companhia registrou uma queda de 10% no comércio das marcas da
Reebok em comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
SDE vê cartel na distribuição de veículos
Fonte: Valor Online
A Justiça Federal gaúcha condenou, em primeira instância, no fim de junho, três
pessoas por considerá-las responsáveis por práticas de cartel no transporte de veículos
novos. Essa decisão dá início a nova etapa de uma disputa que se arrasta há anos e que
levou o Ministério Público Federal (MPF) do Rio Grande do Sul a apresentar denúncia à
Justiça federal. A Polícia Federal também investiga o caso e, durante meses, quebrou o
sigilo telefônico de vários envolvidos.
Foram condenados o presidente do Sindican (Sindicato Nacional dos Cegonheiros ),
Aliberto Alves; o ex-presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Veículos
(ANTV), Paulo Guedes; e o diretor de assuntos institucionais da General Motors, Luiz
Moan Yabiku Júnior.
Eles são acusados pelo MPF de impedir que empresas não associadas à ANTV e
cegonheiros não filiados ao Sindican participem do mercado de transporte de automóveis
novos das fábricas para as concessionárias e portos. Testemunhas disseram, nos dois
processos que correm na Justiça Federal gaúcha, ter recebido ameaças de pessoas ligadas às
entidades caso não seguissem as regras que regem esse mercado. Por meio da assessoria de
imprensa, a General Motors do Brasil informa que, como o caso está na Justiça, se reserva
o direito de não fazer comentários. Paulo Guedes não foi encontrado.
A ANTV representa uma dezena de transportadoras de veículos novos. Elas são
remanescentes da chegada da indústria automobilística em São Paulo, há cinco décadas.
Com a construção de novas fábricas de carros no país, parte da produção de veículos se
deslocou do Sudeste no final da década de 90. Mas o transporte continua quase todo sob
comando do mesmo grupo.
63
Há quatro anos, o MPF do Rio Grande do Sul encaminhou uma denúncia à Secretaria de
Direito Econômico (SDE). Segundo o Ministério Público, a ANTV concentra todo o
transporte de automóveis no país e o preço do frete cobrado pelas transportadoras seria
maior do que o praticado por transportadoras independentes.
Em janeiro deste ano, a SDE recomendou ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) multar a ANTV e o Sindican por infração à ordem econômica, mas não
viu "qualquer evidência" de que a General Motors tivesse praticado alguma infração à
ordem econômica. A SDE instaurou um processo administrativo incluindo outras
montadoras. O processo foi enviado ao Cade em janeiro, mas ainda não chegou às mãos do
relator designado, Luis Fernando Schuartz. Não há prazo definido para o julgamento.
O parecer da SDE atesta a existência do cartel: "Trata-se de um mercado em que
certos atores privados apresentam-se, notoriamente, como verdadeiros agentes reguladores
de mercado, como se tivessem prerrogativas de controlar preços, oferta, entrada e saída do
mercado. Porém, a ausência de qualquer autorização legal ou constitucional para tanto não
deixa dúvidas de que os representados (ANTV e Sindican) prejudicam a coletividade ao
violar a lei e os princípios constitucionais da livre iniciativa, livre concorrência, função
social da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico."
Uma das denúncias é a existência de um esquema de venda de vagas para novos
caminhoneiros. Quem quiser participar do negócio tem que pagar um tipo de pedágio que
varia de R$ 300 mil a R$ 1 milhão. Antônio Luiz Neto, ex-consultor técnico da Catlog, que
prestava serviços de logística para a Renault, disse à SDE que o Sindicam e ANTV
cobravam "pedágio" dos caminhoneiros.
Segundo a SDE, "a forte atuação dos cartéis que dominam há anos esses elos da cadeia
vertical, liderados pelos representados (ANTV e Sindicam), que atuam gerando prejuízos às
montadoras sempre que estas tentam escolher empresas que não participam desses cartéis,
tem desestimulado uma atuação mais incisiva para a abertura do mercado de transportes por
iniciativa das montadoras."
No centro da disputa está o empresário e deputado federal Vittorio Medioli (PV-
MG). Segundo fontes citadas nos processos e ouvidas pelo Valor, Medioli, proprietário da
transportadora Sada, foi aos poucos ampliando seu grupo ao comprar boa parte das demais
empresas que formam a ANTV. Ele teve o cuidado de manter a identidade jurídica de cada
64
empresa para não chamar atenção. O diretor jurídico do grupo Sada, Luis Tito, negou a
informação e disse que o grupo é composto por duas empresas, Sada e DaCunha.
Nas montadoras, fontes informam que a centralização de comando é um "assunto
engasgado", mas ninguém quer falar. Os concessionários sentem certo alívio por não serem
mais os responsáveis pela contratação do serviço de transporte. Um executivo que não quer
ser identificado relata a vez em que recebeu telefonema anônimo ameaçador. A pessoa que
ligou aconselhou-o a tomar cuidado nas suas atitudes para preservar a integridade da esposa
e filhos.
HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONOMICO
As questões econômicas têm preocupado muitos intelectuais ao longo dos séculos.
Na antiga Grécia, Aristóteles e Platão dissertaram sobre os problemas relativos à riqueza, à
propriedade e ao comércio. Durante a Idade Média, predominaram as idéias da Igreja
Católica Apostólica Romana e foi imposto o direito canônico, que condenava a usura
(contrato de empréstimo com pagamento de juros) e considerava o comércio uma atividade
inferior à agricultura.
De modo geral a historia do pensamento econômico pode ser dividida em:
• Mercantilismo
• Fisiocracia
• Economia Clássica
• Teoria Marxista
• Teoria Keynesiana
O Mercantilismo
Conseqüência da ampliação de horizontes econômicos propiciada pelos
descobrimentos marítimos do século XVI, o mercantilismo, apesar de apresentar variantes
de país para país, esteve sempre associado ao projeto de um estado monárquico poderoso,
capaz de se impor entre as nações européias.
65
Mercantilismo é a teoria e prática econômica que defendiam, do século XVI a
meados do XVII, o fortalecimento do estado por meio da posse de metais preciosos, do
controle governamental da economia e da expansão comercial. Os principais promotores do
mercantilismo, como Thomas Mun na Grã-Bretanha, Jean-Baptiste Colbert na França e
Antonio Serra na Itália, nunca empregaram esse termo. Sua divulgação coube ao maior
crítico do sistema, o escocês Adam Smith, em The Wealth of Nations (1776; A riqueza das
nações).
Para a consecução dos objetivos mercantilistas, todos os outros interesses deviam
ser relegados a segundo plano: a economia local tinha que se transformar em nacional e o
lucro individual desaparecer quando assim conviesse ao fortalecimento do poder nacional.
A teoria foi exposta de maneira dispersa em numerosos folhetos, meio de comunicação
então preferido pelos preconizadores de uma doutrina.
Programa da política mercantilista. Alcançar a abundância de moeda era,
efetivamente, um dos objetivos básicos dos mercantilistas, já que, segundo estes, a força do
estado dependia de suas reservas monetárias. Se uma nação não dispunha de minas, tinha
de buscar o ouro necessário em suas colônias ou, caso não as tivesse, adquiri-lo por meio
do comércio, o que exigia um saldo favorável da balança comercial -- ou seja, que o valor
das exportações fosse superior ao das importações.
Para obter uma produção suficiente, deviam ser utilizados hábil e eficazmente todos
os recursos produtivos do país, em especial o fator trabalho. Toda nação forte precisava
possuir uma grande população que fornecesse trabalhadores e soldados, e ao mesmo tempo
o mercado correspondente. As possessões coloniais deveriam fornecer metais preciosos e
matérias-primas para alimentar a manufatura nacional, ao mesmo tempo em que
constituíssem mercados consumidores dos produtos manufaturados da metrópole.
Proibiam-se as atividades manufatureiras nas colônias, e o comércio, em regime de
monopólio, era reservado à metrópole.
Em território nacional, o mercantilismo preconizou o desaparecimento das
alfândegas interiores, a supressão ou redução dos entraves à produção forçados pelas
corporações de ofício, o emprego de sistemas de contabilidade e acompanhamento das
66
contas de receitas e despesas do estado, a troca de funcionários corruptos ou negligentes
por outros honestos e competentes, a criação de uma fiscalização centralizada e a adoção de
leis que desestimulassem a importação de bens improdutivos e de grande valor.
Avaliação do mercantilismo. A crítica mais abrangente do mercantilismo foi movida
por Adam Smith, que denunciou a falsa identificação, feita por muitos teóricos dessa
corrente econômica, entre dinheiro e riqueza. Com efeito, o forte protecionismo
alfandegário e comercial, e a subordinação da economia das colônias à da metrópole, não
tinham como fim último o desenvolvimento da manufatura nacional mas, como foi
assinalado, a maior acumulação possível de metais nobres.
A economia clássica posterior, cujo principal representante foi Smith, preconizou,
ao contrário, a livre atividade comercial e manufatureira em qualquer território -- colônia
ou metrópole --, já que, segundo seus princípios, a riqueza não se identificava com o
simples acúmulo de reservas monetárias, mas com a própria produção de bens. No século
XX, porém, o economista britânico John Maynard Keynes retomou formulações do
mercantilismo e afirmou a existência de similitudes entre sua própria teoria do processo
econômico e a teoria mercantilista.
Independentemente das diversas análises econômicas a que foi submetido, o
mercantilismo foi o instrumento que assegurou as condições econômicas e financeiras
necessárias a garantir a expansão dos estados absolutistas europeus. Entre os representantes
do mercantilismo distinguiu-se o francês Jean-Baptiste Colbert, ministro da Fazenda de
Luís XIV, de tal importância que seu nome serviu para se cunhar o termo por que é
conhecida a variante francesa do mercantilismo, o colbertismo.
Na Grã-Bretanha, além de Thomas Mun, sustentaram a mesma orientação James
Steuart e Josiah Child, assim como na França Jean Bodin e Antoine de Montchrestien. Em
Portugal, as primeiras reformas do marquês de Pombal revelam sua filiação à teoria
mercantilista.
Fonte: http://www.economiabr.net/economia/1_hpe2.html
67
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Curso Básico de Economia

  • 2. APRESENTAÇÃO Este trabalho é resultado de uma série de pesquisas realizadas numa gama de livros textos voltados para o estudo da economia. Tem como objetivo, servir de complemento à disciplina Teoria Econômica para os cursos de Administração, Economia, Ciências Contábeis, Marketing, Comércio Exterior e cursos de especialização na área gerencial. Sendo assim, este trabalho é um valioso guia para aqueles estudantes e pesquisadores interessados em assimilar noções básicas de economia. O trabalho é subdividido em três partes: A economia como uma ciência social, noções de microeconomia e noções de macroeconomia. Prof. Leandro Maia Fernandes É PROIBIDA A DUPLICAÇÃO OU REPRODUÇÃO DESTE TRABALHO SOB QUALQUER FORMA OU MEIO SEM A PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO AUTOR 2
  • 3. A ECONOMIA COMO UMA CIÊNCIA SOCIAL Definição de economia A definição de economia tem origem na palavra grega oikos, que significa casa, fortuna e riqueza, e na palavra nomos que quer dizer lei, regra ou administrar. Assim podemos dizer que a economia é a ciência que preocupa-se em administrar a casa ou lugar onde vivemos que é em outras palavras o mercado.Estudar economia é o processo de tomada de decisão em um ambiente de escassez. O objetivo da economia Podemos afirmar que a economia tem por objetivo estudar alguns aspectos do comportamento humano. A economia tem como finalidade estudar os problemas que envolvem o homem e o mercado. Podemos afirmar que o objetivo da economia é melhorar a qualidade de vida do ser humano utilizando da melhor maneira possível os recursos, uma vez que os recursos presentes no mundo são de características escassa e as necessidades humanas ilimitadas ou infinitas. Como as necessidades são ilimitadas e os recursos ou fatores de produção são escassos o homem se defronta com uma situação conflitante, pois ele precisa satisfazer suas necessidades porém os recursos não são ilimitados, dessa situação há uma divergência de conceitos e essa divergência é chamada de problema econômico ou paradoxo econômico. 3
  • 4. A escassez é o grande problema econômico, a economia existe por causa da escassez, sem a escassez dos recursos não haveria necessidade de administramos da melhor maneira possível nossos recursos. Os recursos ou fatores de produção Os recursos ou fatores de produção são os elementos fundamentais no processo produtivo, sem a presença dos fatores de produção é impossível a produção de bens ou serviços. O produto é resultado da utilização dos fatores de produção. Os fatores de produção são: TERRA: Todo recurso ou insumo proveniente da natureza ( solo, água, ar) TECNOLOGIA: Conjunto de conhecimentos técnicos utilizados no processo de produção TRABALHO: Mão de obra CAPITAL: Montante financeiro necessário para iniciar e manter o processo de produção. Também pode ser considerado como o conjunto de máquinas e equipamentos ou capital fixo. TERRA, TECNOLOGIA, TRABALHO, CAPITAL 4
  • 5. Texto para discussão Fonte: http://veja.abril.com.br/051108/p_096.shtml A exploração dos recursos naturais da Terra permite à humanidade atingir patamares de conforto cada vez maiores. Diante da abundância de riquezas proporcionada pela natureza, sempre se aproveitou como se o dote fosse inesgotável. Essa visão foi reformulada. Hoje se sabe que a maioria dos recursos naturais dos quais o homem depende para manter seu padrão de vida pode desaparecer num prazo relativamente curto – e que é urgente evitar o desperdício. Um relatório publicado na semana passada pela ONG World Wildlife Fund dá a dimensão de como a exploração dos recursos da Terra saiu do controle e das conseqüências que isso pode ter no futuro. O estudo mostra que o atual padrão de consumo de recursos naturais pela humanidade supera em 30% a capacidade do planeta de recuperá-los. Ou seja, a natureza não mais dá conta de repor tudo o que o bicho-homem tira dela. A conta da ONG foi feita da seguinte forma. Primeiro, estimou-se a quantidade de terra, água e ar necessária para produzir os bens e serviços utilizados pelas populações e para absorver o lixo que elas geram durante um ano. A seguir, esses valores foram transformados em hectares e o resultado dividido pelo número de habitantes do planeta. Chegou-se à conclusão de que cada habitante usa 2,7 hectares do planeta por ano. Nesta conta, o brasileiro utiliza 2,4 hectares. De acordo com a análise, para usar os recursos sem provocar danos irreversíveis à natureza, seria preciso que cada habitante utilizasse, no máximo, 2,1 hectares. Se o homem continuar a explorar a natureza sem dar tempo para que ela se restabeleça, em 2030 serão necessários recursos equivalentes a dois planetas Terra para atender ao padrão de consumo. Essa perspectiva, conclui o relatório, é uma ameaça à prosperidade futura da humanidade, com impacto no preço dos alimentos e da energia. Nos últimos 45 anos, a demanda pelos recursos naturais do planeta dobrou. Esse aumento se deve, principalmente, à elevação do padrão de vida das nações ricas e emergentes e ao crescimento demográfico dos países pobres. A população africana triplicou nas últimas quatro décadas. O crescimento econômico dos países em desenvolvimento, como a China e a Índia, vem aumentando em ritmo frenético a necessidade de matérias- primas para as indústrias. China e Estados Unidos, juntos, consomem quase metade das riquezas naturais da Terra. O impacto ambiental da China se explica pela demanda de sua 5
  • 6. imensa população e, nos Estados Unidos, pelo elevado nível de consumo. Nas contas da World Wildlife Fund, enquanto o chinês usa 2,1 hectares do planeta, o americano chega a utilizar 9,4 hectares. Se todos os habitantes do planeta tivessem o mesmo padrão de vida dos americanos, seriam necessárias quatro Terras e meia para suprir suas necessidades. A exploração abusiva do planeta já tem conseqüências visíveis. A cada ano, uma área de floresta equivalente a duas vezes o território da Holanda desaparece. Metade dos rios do mundo está contaminada por esgoto, agrotóxicos e lixo industrial. A degradação e a pesca predatória ameaçam reduzir em 90% a oferta de peixes utilizados para a alimentação. As emissões de CO2 cresceram em ritmo geométrico nas últimas décadas, provocando o aumento da temperatura do globo. Evitar uma catástrofe planetária é possível. O grande desafio é conciliar o desenvolvimento dos países com a preservação dos recursos naturais. Para isso, segundo os especialistas, são necessárias soluções tecnológicas e políticas. "Os governos precisam criar medidas que assegurem a adoção de hábitos sustentáveis, em vez de apenas esperar que as pessoas o façam voluntariamente", disse a VEJA o antropólogo americano Richard Walker, especialista em desenvolvimento sustentável da Universidade Indiana, nos Estados Unidos. O engenheiro agrônomo uruguaio Juan Izquierdo, do Programa das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, propõe que se concedam incentivos e subsídios a agricultores que produzam de forma sustentável. Diz ele: "Hoje, a produtividade de uma lavoura é calculada com base nos quilos de alimento produzidos por hectare. No futuro, deverá ser baseada na capacidade de economizar recursos escassos, como a água". Como mostra o relatório da World Wildlife Fund, é preciso evitar a todo custo que se usem mais recursos do que a natureza é capaz de repor. Água doce Apenas 1% de toda a água do planeta é apropriada para beber ou ser usada na agricultura. O restante corresponde à água salgada dos mares e ao gelo dos pólos e montanhas. Hoje, a humanidade utiliza metade das fontes de água doce do planeta. 6
  • 7. Em quarenta anos, utilizará 80%. A situação fica mais grave quando se considera que 50% dos rios do mundo estão poluídos Terras cultiváveis O planeta é formado por 15 bilhões de hectares de terras, mas só 12% delas servem para o cultivo. As demais correspondem a cidades, pastos, desertos, zonas montanhosas e geleiras. Nas últimas três décadas, o total de terras atingidas por secas severas dobrou por causa do aquecimento global. Na China, todos os anos uma área equivalente à metade de Sergipe se transforma em deserto Cardumes Das 200 espécies de peixe com maior interesse comercial, 120 são exploradas além do nível sustentável. 7
  • 8. Nesse ritmo, o volume de pescado disponível terá diminuído em mais de 90% por volta de 2050 Oceanos Estima-se que 40% da área dos oceanos esteja gravemente degradada pela ação do homem. Nas últimas cinco décadas, o número de zonas mortas nos oceanos cresceu de três para 150. Das 1 400 espécies de coral conhecidas, treze estavam ameaçadas de extinção há dez anos. Hoje, são 231 8
  • 9. Atmosfera Desde 1961, a quantidade de dióxido de carbono (CO2) despejada pela humanidade na atmosfera com a queima de combustíveis fósseis cresceu dez vezes. Essa descarga poluente provoca o aquecimento do planeta, o que causa secas, inundações, acidificação dos oceanos e extinção de espécies Fotos AFP, Mark A. Johnson/Corbis/Latinstock, Fred Bavendam/Minden Pictures/Latinstock, Case/divulgação e divulgação O FLUXO CIRCULAR DA ECONOMIA As economias tem seu funcionamento feito por meio do relacionamento de elementos também chamados de agentes econômicos. Da interação dos agentes econômicos é derivada a produção nacional dos países, eles são responsáveis pelo 9
  • 10. consumo, pelas exportações e importações, investimentos agregados e gastos governamentais. Os agentes econômicos são: a) Governo b) Famílias c) Firmas d) Setor Externo e)Setor financeiro Fluxo Circular Básico ╔ ═► Pagamento dos bens e serviços ═ ╗ Famílias Empresas ╚ ═ Remuneração dos Fatores de Produção ◄═ ╝ 10
  • 11. OS SISTEMAS ECONÔMICOS A forma mais comum de resolver os problemas econômicos neste sistema é feita pelo governo e não pelo mercado. As propriedades produtivas, as máquinas, equipamentos e prédios públicos pertencem ao governo, não existe iniciativa privada. Os sistemas econômicos podem ser caracterizados como sendo a forma que os países organizam-se para resolver seus problemas econômicos: de como produzir, para quem produzir, quanto produzir e onde produzir. De acordo Passos e Nogami (2003), a sociedade pode se organizar sua economicamente de três formas, a fim de resolver os problemas de o que, como e para quem produzir. As quais são: economia de mercado, economia planificada centralmente e economia mista. Economia de mercado Na economia de mercado ou economia livre, o Estado participa da vida econômica com ações reguladoras. Em uma economia baseada na propriedade privada e na livre iniciativa, os agentes econômicos preocupam-se em resolver isoladamente seus próprios problemas, tentando sobreviver na concorrência imposta pelos mercados. Os consumidores podem escolher o que compram, dentro de suas possibilidades de renda. Suponhamos que os consumidores procuram maximizar suas rendas de forma que lhes tragam maior satisfação pessoal. Pessoas podem comprar ou alugar os fatores de produção e, desta forma, converter-se em produtores, e oferecer bens e serviços demandados pelo mercado. Economia planificada centralmente Esse tipo de organização econômica é característico dos países socialistas, em que prevalece a propriedade estatal dos meios de produção. Nesse tipo de sistema as questões 11
  • 12. de o que, como e para quem produzir não são resolvidas de maneira descentralizada, por meio de mercados e preços, mas pelo planejamento central, em que a maior parte das decisões de natureza econômica é tomada pelo Estado. Economia mista Nos sistemas de economia mista, uma parte dos meios de produção pertence ao Estado e outra parte pertence ao setor privado. Decisões econômicas Considerando a questão da escassez dos recursos e o problema econômico a sociedade se depara com o dilema de tomar certas decisões. Decisões estas relativas à produção e ao consumo de bens e serviços. Estas escolhas referem-se a: a)“O que produzir” O produtor deve escolher o produto com base nas necessidade da sociedade e levando-se em conta a disponibilidade dos recursos. Uma vez que os recursos são escassos, nenhuma economia pode produzir todas as quantidades de todos os produtos desejados por todos os membros da sociedade. b)“Como produzir” Como produzir está relacionado com a escolha das técnicas de produção, como utilizar o fator trabalho, o fator capital a tecnologia são escolhas fundamentais para a produção. c) Quanto produzir Esta decisão refere-se ao nível produtivo que a firma deve adotar, esta decisão também envolve os níveis de preços dos produtos e a os custos de produção. O empresário vai adotar o nível de produção que maximize seu lucro. d)“Para quem produzir” A escolha do público consumidor é uma questão que diz respeito ao perfil da população e envolve gostos, preferência e nível de renda. 12
  • 13. Exercícios QUESTÕES PROPOSTAS 1. O problema fundamental com o qual a Economia se preocupa é: a) A pobreza. b) O controle dos bens produzidos. c) A escassez. d) A taxação daqueles que recebem toda e qualquer espécie de renda. e) A estrutura de mercado de uma economia. 2. Os três problemas econômicos relativos a “o quê”, “como”, e “para quem” produzir existem: a) Apenas nas sociedades de planejamento centralizado. b) Apenas nas sociedades de “livre empresa” ou capitalistas, nas quais o problema da escolha é mais agudo. c) Em todas as sociedades, não importando seu grau de desenvolvimento ou sua forma de organização política. d) Apenas nas sociedades “subdesenvolvidas”, uma vez que desenvolvimento é, em grande parte, enfrentar esses três problemas. e) Todas as respostas anteriores estão corretas. 3. Em um sistema de livre iniciativa privada, o sistema de preços restabelece a posição de equilíbrio: a) Por meio da concorrência entre compradores, quando houver excesso de demanda. b) Por meio da concorrência entre vendedores, quando houver excesso de demanda. c) Por pressões para baixo e para cima nos preços, tais que acabem, respectivamente, com o excesso de demanda e com o excesso de oferta. d) Por meio de pressões sobre os preços que aumentam a quantidade demandada e diminuem a quantidade ofertada e diminuem a demanda, quando há excesso de demanda. e) Todas as alternativas anteriores são falsas. Em uma economia de mercado, os problemas do “o quê”, “quanto”, “como” e “para quem” deve ser produzido são resolvidos: a) Pelos representantes do povo, eleitos por meio do voto. 13
  • 14. b) Pelos preços dos serviços econômicos. c) Pelo mecanismo de preços. d) Pelos preços dos recursos econômicos. e) Pela quantidade dos fatores produtivos. 3. Numa economia do tipo centralizado, os problemas econômicos fundamentais são resolvidos: a) Pela produção em grande escala de bens de consumo. b) Pelo sistema de preços. c) Pelo controle da curva de possibilidades de produção. d) Pelo planejamento da atividade econômica. As Externalidades como Ação Econômica Fonte: http://www.eps.ufsc.br/disserta98/moreira/cap6.html A ação econômica de produtores e consumidores promovem efeitos sobre outros produtores e consumidores que escapam ao mecanismo de preços, ainda que estes sejam determinados em regime de mercados perfeitamente competitivos. Esses efeitos não refletidos nos preços são chamados externalidades. Uma externalidade tanto pode ser positiva como negativa. Filellini (1994) descreve o exemplo de duas propriedades agrícolas vizinhas, onde uma produz laranjas e a outra mel, as quais se beneficiam mutuamente de economias externas na medida em que as abelhas ao se abastecerem de pólen nos laranjais, contribuem para o aumento da produção de laranjas, pelo processo de polinização que proporcionam. Como não existe uma cobrança por esses serviços, os custos de produção das duas unidades caem, trazendo reflexos sobre os níveis de preço e absorção de mercado. Se os benefícios sociais de um produto excedem os benefícios privados, ocorre uma externalidade positiva. Nesta situação, a firma produtora irá produzir menos que o necessário, porque os benefícios que concede à sociedade são maiores que aqueles a que fará jus via mecanismos de mercado. A medida alocativa neste caso é fazer a correção da oferta pela concessão de um subsídio à firma para incentivar maior produção e consumo. Em situação oposta, quando os custos sociais excedem os custos privados, obtém-se uma deseconomia externa, quando haverá a tendência a uma superoferta, porquanto os 14
  • 15. custos de produção estarão sendo absorvidos por outros agentes que não o inicial. A melhor medida alocativa é a imposição de um tributo sobre a produção, de modo a que seja inibida. Uma fábrica de cimento que esteja gerando poluição do ar pela emissão de partículas através de suas chaminés, pode ser obrigada por atos regulatórios a instalar equipamentos de controle da poluição, de forma a evitar efeitos negativos (custos) para outros produtores e moradores próximos. Também se demonstra que este componente externo faz parte do ato de consumir. Por exemplo, quando um consumidor decide comprar um perfume, ele considera suas próprias preferências, mas também leva em conta a opinião de terceiros (preferências), porque sabe que a satisfação que deriva de seu consumo depende da apreciação deles. O perfume é um bem típico de mercado - divisível, sujeito ao princípio da exclusão e rival no consumo - mas gera externalidades positivas caso seja do agrado dos outros, como também pode trazer externalidades negativas, caso seja considerado desagradável. Um fumante transfere custos à sociedade porque causa problemas à qualidade do ar e à saúde pública e também porque ao descartar as pontas de cigarro obriga a coletividade ao esforço de sua coleta. Uma família que consome água tratada estará obtendo mais qualidade de vida e conforto. Os benefícios para a sociedade se refletem na redução de doenças nesta família com menor utilização dos serviços de saúde, melhoria da produtividade no trabalho, melhor rendimento das crianças na escola, efeitos estes que afetam positivamente o bem-estar social, criando uma externalidade positiva. Ao avaliar estes exemplos, observa-se que os benefícios e custos privados são diferentes dos benefícios e custos sociais. Como o sistema de mercados não tem como ajustar essas contribuições de pagamento porque as externalidades não são captadas nos sistemas de preços, o Governo recebe a responsabilidade por praticar esses ajustes. A interferência alocativa do Governo nesse processo não é motivada pelas externalidades em si, mas pelo interesse público em sua correção. (FILELLINI, 1994). A ECONOMIA E O DIREITO Sabe - se que a economia é dedicada a satisfazer necessidades administrando recursos escassos, ou seja, a atividade econômica é aquela aplicada na escolha de recursos para o atendimento destas necessidades humanas. 15
  • 16. Muitas vezes o fenômeno econômico dita o surgimento de uma instituição jurídica ou vice-versa. Se ao Direito está dada à incumbência de organizar a ordem social e se dentro da ordem social inclui-se também a economia, podemos relacionar as relações entre Economia e o Direito, para que haja uma sociedade mais igualitária, harmoniosa e em desenvolvimento. A relação entre economia e direito existe desde que o homem passou a viver em sociedade. Porém essa relação passou a ser estudada de forma sistemática, a partir do século XVIII com Adam Smith. Hoje, diversos centros de estudos e universidades se dedicam a estudar as relações entre economia e direito. Uma boa regulamentação de mercado e uma legislação clara, objetiva e simples são fundamentais para o desenvolvimento de uma economia de mercado. Sem direitos de propriedade bem-definidos, é muito difícil a realização de trocas e, portanto, o desenvolvimento econômico. Pela tão estreita ligação entre economia e direito e o fato de ao direito estar dada a incumbência de organizar o ordem social e se dentro da ordem social inclui-se também, a economia. Sendo o trabalho um dos fatores de produção econômico, e que é o principal fator de produção econômico, assim relaciona-se economia e direito implantando normas jurídicas que protegem este que é de a fonte de produção de bens e serviços indispensáveis à economia. Existem alguns temas que estabelecem pontos de contato entre Economia e o Direito, são eles:  Remuneração e salário, que, na economia, representam a contraprestação paga a quem exerce o trabalho;  Participação do trabalho nos resultados da empresa;  Intervenção da justiça do trabalho nos reajustes salariais;  Garantia constitucional de boas condições de trabalho. Algumas transações dão origem a benefícios ou custos sociais que não são computados no mecanismo de preços do mercado. Esses custos e benefícios são ditos serem externos ao mercado. 16
  • 17. Estas Externalidades ocorrem quando o consumo e / ou a produção de um determinado bem afetam os consumidores e / ou produtores, em outros mercados, e esses impactos não são considerados no preço de mercado do bem em questão. Importante destacar que essas externalidades podem ser positivas (benefícios externos) ou negativas (custos externos). O direito, as externalidades Econômicas, a informação imperfeita e o poder de monopólio, as externalidades econômicas são observadas quando a produção ou o consumo de bens por um agente econômico acarreta efeitos que oneram outros agentes. Assim a poluição produzida por empresas impõe os custos da fumaça, de rios insalubres, de ruído, etc. a uma parcela expressiva da sociedade. Por isso, as externalidades dão base à criação de leis antipoluição, de restrições quanto ao uso da terra, de proteção ambiental, etc. Assim, por exemplo, uma empresa de fundição de cobre, ao provocar chuvas ácidas, prejudica a colheita dos agricultores da vizinhança. Esse tipo de poluição representa um custo externo porque é a agricultura, e não a indústria poluidora, que sofre os danos causados pelas chuvas ácidas. Estes danos não são considerados no cálculo dos custos industriais, que inclui itens como matéria-prima, salários e juros. Portanto, os custos privados, nesse caso, são inferiores aos custos impostos à coletividade e, por conseqüência, o nível de produção da indústria é maior do que aquele que seria socialmente desejável. Já a educação gera externalidades positivas porque os membros de uma sociedade e, não somente os estudantes, auferem os diversos benefícios gerados pela existência de uma população mais educada e que não são contabilizados pelo mercado. Assim, por exemplo, vários estudos, baseados em diferentes metodologias mostram que a educação contribui para melhorar os níveis de saúde de uma determinada população. Em particular, níveis mais elevados de escolaridade materna reduzem as taxas de mortalidade infantil. Outros trabalhos mostram também que a educação concorre para reduzir a criminalidade. Todos esses benefícios indiretos da educação por não serem apreçados não são computados nos benefícios privados. Portanto, os benefícios sociais são superiores aos benefícios privados, que incluem apenas as vantagens pessoais da educação, como por exemplo, os salários obtidos em função do nível de escolaridade. Podemos destacar ainda, que os produtores podem causar externalidades sobre consumidores e vice-versa. Assim, por exemplo, a poluição provocada pela indústria de cobre aumenta a incidência de tuberculose entre a 17
  • 18. população. Também, os fumantes contribuem para a disseminação de doenças entre os não fumantes (fumantes passivos) e, nesse caso, temos a geração de externalidades de consumidores para consumidores. Por fim, o uso de automóveis privados congestiona o tráfego e contribui para reduzir a velocidade do transporte de mercadorias e, portanto, representa um exemplo de custos externos para os produtores gerados pelos consumidores. Os Subsídios na Economia Fonte: http://www.eps.ufsc.br/disserta98/moreira/cap6.html O instrumento da política econômica utilizado para ajustar as restrições orçamentárias dos consumidores é o subsídio. Um subsídio é o oposto do imposto. O governo dá ao consumidor uma certa quantidade de dinheiro dependendo da quantia da compra do bem ou pode reduzir ou devolver o valor do bem que se quer subsidiar. (VARIAN, 1994). Como o imposto, o benefício de um subsídio é compartilhado por compradores e vendedores, dependendo das elasticidades relativas à oferta e demanda. (PINDYCK, 1994). A utilização de subsídios também é encontrada nas empresas privadas. Porter (1980) assinala em sua obra "Estratégia Competitiva" que as empresas em seus processos de fixação de preços podem adotar os subsídios cruzados dentro de sua linha de produtos, visando através da fixação dos preços pelo custo médio encobrir custos de produtos cujos mercados não conseguem suportar seus custos reais e ceder lucros em situações em que os compradores são sensíveis ao preço. A utilização de subsídios no setor de "public utilities" tem sido relacionada com o financiamento da infra-estrutura como política de desenvolvimento, onde a provisão destes serviços, dado seu caráter de bem público, conduz à externalidades positivas tanto em taxas de crescimento da produtividade como em melhorias na qualidade de vida e bem-estar social da população. Em uma recente discussão sobre o financiamento à infra-estrutura, Garcia (1995) em seu artigo defende que "mesmo com o setor privado assumindo a execução de projetos em alguns setores de infra-estrutura - notadamente energia, telecomunicações e transporte - 18
  • 19. o setor público não pode deixar de exercer algumas funções, como a regulação e o provimento de subsídios em alguns setores como em estradas vicinais, água e esgoto, transporte urbano". Também, levando-se em conta os aspectos sociais do setor de saneamento, e tendo-se como princípio o fato de que toda a população deve ter acesso aos serviços de saneamento (universalização dos serviços) dado o caráter de essencialidade destes serviços, deve-se garantir o suprimento de uma demanda essencial aos que não podem pagar seus custos. Neste caso, os subsídios cruzados são uma maneira de se resolver o problema da demanda essencial pelos serviços. (IPEA/PMSS, 1996). A Crise de 1929 Fonte: revista veja Um alvoroço incomum nos arredores da Bolsa de Valores de Nova York chamou a atenção do comissário de polícia da cidade, Grover Whalen, na última quinta-feira, dia 24. Por volta das 11 horas, um rugido cavernoso começou a escapar do edifício. Alguns minutos depois, já não era possível identificar se o bramido vinha de dentro ou de fora da Bolsa; uma multidão estrepitosa tomara as cercanias de Wall Street e Broad Street, como formigas rodeando um torrão de açúcar esquecido na pia da cozinha. Alarmado, o comissário logo enviou um destacamento especial para a região. A turba, contudo, não representava uma ameaça à ordem pública, como o oficial perceberia mais tarde. Com olhares horrorizados e incrédulos, os nova-iorquinos, espremidos uns aos outros, estavam inertes. Eles apenas esperavam, não se sabe ao certo quem ou o quê. Era o pânico. Dentro do prédio, a consternação era semelhante, e estava ainda mais evidente na agitada face de corretores e operadores, protagonistas e testemunhas do acontecimento que pode mudar os rumos da economia mundial. Símbolo maior da pujança econômica dos Estados Unidos, o mercado de ações, que se tornou verdadeira mania nacional nesta década gloriosa para os americanos, via seu baluarte, a rica e poderosa Bolsa de Nova York, despedaçar-se em poucos minutos naquela que já entrou para os anais como a "quinta-feira negra". Uma onda súbita e sem precedentes de vendas tomou de assalto o pregão nova- iorquino. Ações outrora valorizadas simplesmente não encontravam novos compradores, nem mesmo por verdadeiras ninharias. Os preços dos papéis, fossem eles da United States Steel ou da American Telephone and Telegraph, caíam vertiginosamente, arrastando com 19
  • 20. eles as economias, esperanças e sonhos de milhares de americanos levados à bancarrota instantânea. Desde então, Wall Street presenciou outras duas jornadas calamitosas – em 28 e 29 de outubro, "segunda-feira negra" e "terça-feira negra", este último o dia mais nefasto de toda a história do mercado mundial em volume de vendas e queda de preços –, que fornecem a incômoda impressão de que a incerteza e o temor vieram para ficar. As palavras otimistas dos políticos, banqueiros e magnatas, que deram um alento aos investidores após o crash do dia 24, já não surtem mais tanto efeito, ainda que insistam em anunciar uma suposta solidez da economia. Especialistas concordam que os últimos dias de outubro criarão seqüelas não só no mercado financeiro e na economia americana, mas também, por conseqüência direta, em todo o mundo. A real extensão do estrago, porém, só será dimensionada quando a poeira baixar. Ninguém, por enquanto, ousa dizer quando isso poderá acontecer. Nos últimos anos, o fenomenal desempenho das ações parecia desafiar o adágio de que tudo que sobe deve descer. Há pouco mais de um mês, em 3 de setembro, o índice de ações industriais publicados pelo diário The New York Times atingia seu ápice histórico, com 452 pontos. Em 1925, o mesmo indicador registrava 159 tentos. A facilidade da compra de ações seduziu milhares de investidores, que colocavam todo o dinheiro que tinham, e especialmente o que não tinham, em pedaços de papéis certificados. Comprar ações "na margem" – pagando uma pequeníssima parcela do valor e tomando o restante emprestado do corretor ou do banco – era, até dias atrás, prática absolutamente comum e aparentemente segura. Afinal, como as ações não paravam de se valorizar, bastava vendê- las, quitar o débito com o credor e embolsar o lucro. A euforia era infinita. Vendendo a qualquer preço: operadores tentam se livrar dos papéis por ninharias 20
  • 21. Por trás dela, entretanto, escondia-se uma realidade para a qual os otimistas faziam vista grossa. Enquanto os preços das ações subiam, disparavam também os empréstimos dos corretores – no final do verão americano, o montante chegara a sete bilhões de dólares –, tornando a especulação a grande alavanca desse crescimento. Não havia, assim, segurança ou liquidez nessa enxurrada de capital que desembarcava em Nova York. Mas a aparência firme do mercado fazia dissipar qualquer preocupação com os empréstimos, e a especulação encontrava campo aberto e convidativo para se alastrar e aumentar ainda mais o valor das ações. Algumas vozes já vinham predizendo, nos últimos meses, um estouro da bolha especulativa que alimentava os estratosféricos índices da Bolsa de Nova York. E não havia nesses oráculos nenhum tom sobrenatural – apenas o escrutínio dos fatos e as lições de quebras passadas. Contudo, alertar para essa situação significava ser tachado de destrutivista ou anti-patriota. O teórico Roger Babson, que, no início de setembro, cunhou seu agora célebre vaticínio – "mais cedo ou mais tarde, o crash virá, e poderá ser tremendo" –, foi ironizado, desacreditado e assacado pelos guardiões de Wall Street. Entretanto, uma análise minuciosa mostra que, desde então, no restante dos meses de setembro e outubro, o mercado já vinha se mostrando demasiado irregular, com ligeira curva decrescente, apesar de o entusiasmo com o bull market (o mercado altista) ainda caracterizar a Bolsa de Nova York. A situação ganhava contornos mais alarmantes e dramáticos quando se notava que também outros indicadores econômicos nos Estados Unidos vinham apresentando declínio acentuado neste ano. Os índices da produção industrial e fabril estavam em queda desde junho, bem como a produção de aço. A construção de casas seguia o ritmo decadente dos últimos anos. Ainda assim, o banqueiro Charles E. Mitchell, presidente da diretoria do National City Bank, garantiu numa visita à Alemanha, no último dia 15, que nada seria capaz de deter o vigoroso movimento ascendente. "Os mercados em geral estão em uma condição salutar. Os valores têm uma base sólida na prosperidade geral do país", festejava. Já o professor Irving Fisher, catedrático da Universidade de Yale e respeitadíssimo economista, foi mais direto. "O preço das ações alcançou o que parece ser um nível permanentemente elevado. Espero ver, dentro de poucos meses, o mercado de valores bem 21
  • 22. mais alto do que está hoje." Como se constataria em poucos dias, não apenas o provérbio sobre subir e descer se fez valer, ainda que de forma tardia. Outro ditado também mostrou sua força: quanto maior a altura, maior a queda. O ENFOQUE MICROECONOMICO Microeconomia é o ramo da ciência econômica voltado ao estudo do comportamento das unidades de consumo (indivíduos e famílias); ao estudo das empresas e ao estudo da produção de preços dos diversos bens, serviços e fatores produtivos. É a parte da economia que considera as unidades econômicas específicas, ou seja, ela preocupa-se com a análise de segmentos “microscópicos” do mercado. Na microeconomia analisa-se uma indústria individual. Na microeconomia estuda-se o comportamento do consumidor e o comportamento das firmas, por meio da demanda e da oferta, cabe ressaltar que o lado da demanda representa basicamente os consumidores e o lado da oferta representa o setor produtivo. O segundo tópico estudado abrange a microeconomia, refere-se à demanda e posteriormente o lado da oferta. A Demanda Costuma-se definir a procura, ou demanda individual, como a quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor estaria disposto a consumir em determinado período de tempo. É importante notar, nesse ponto, que a demanda é um desejo de consumir, e não sua realização. Demanda é o desejo de comprar. A Teoria da Demanda é derivada da hipótese sobre a escolha do consumidor entre diversos bens que seu orçamento permite adquirir. Essa procura individual seria determinada pelo preço do bem; o preço de outros bens; a renda do consumidor e seu gosto ou preferência. A Demanda é uma relação que demonstra a quantidade de um bem ou serviço que os compradores estariam dispostos a adquirir a diferentes preços de mercado. Assim, a Função Procura representa a relação entre o preço de um bem e a quantidade procurada, mantendo-se todos os outros fatores constantes. 22
  • 23. Quantidade demandada é igual à quantidade de um bem ou serviço consumido num determinado período de tempo. A quantidade demandada é afetada pelos seguintes fatores: a) Preço do bem ( P ) A quantidade demandada possui uma relação contrária com o preço, ou seja, a quantidade demandada tende a cair quando o preço do bem aumenta, coeteris paribus. O termo em latim coeteris paribus quer dizer que a quantidade demandada é explicada pelo preço mantendo-se as demais variáveis constantes.Levando-se em conta apenas o preço do bem observa-se quando a demanda aumenta ocorreu uma diminuição no preço; quando ele diminui é um resultado de um aumento do preço. b) Renda ( R) Relação entre a procura de um bem e a renda do consumidor: Bem Normal: São aqueles cuja quantidade demandada aumenta quando aumenta-se a renda; Bem de luxo: Ao se aumentar a renda a quantidade demandada aumenta em maior Proporção; Bem de primeira necessidade: Ao se aumentar a renda a quantidade demanda se Mantém inalterada pois, ao se tratar de algo de primeira necessidade já fazia parte das antigas aquisições do indivíduo; Bem inferior: São aqueles cuja quantidade demandada diminui quando a renda aumenta. Geralmente são vens para os quais há alternativas de melhor qualidade. c) Preço dos bens relacionados ( Pr) 23
  • 24. Aumento no preço do bem Y acarreta em aumento na demanda do bem X: isso significa que os bens X e Y são substitutos ou concorrentes. Um exemplo é a relação entre o chá e o café; Aumento do bem Y ocasiona a queda da demanda do bem X: os bens em questão, nesse caso, são complementares. São bens consumidos conjuntamente, como o café e o açúcar. d) Gostos e preferências ( G) e) Juros ( J ) Juros e consumo posuem uma relação contrário. À medida que os juros sobem tem-se a tendência de queda na demanda f) Incerteza com relação ao futuro ( F) Pode-se afirmar que a demanda é função de todos os fatores acima citados, isso quer dizer que a demanda depende de cada uma desses fatores e esse comportamento é representado pela seguinte fórmula: Qd = f ( P, R, Pr, G, J,F) Quase todas as mercadorias obedecem à lei da procura decrescente, segundo a qual a quantidade procurada diminui quando o preço aumenta. Isto se deve ao fato de os indivíduos estarem, geralmente, mais dispostos a comprar quando os preços estão mais baixos. Lei da Demanda: A quantidade demandada de bem ou serviço possui uma relação inversa ao preço do bem ou serviço, coeteris paribus 24
  • 25. Curva da Demanda 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Qd P Qd = f (p) Onde : Qd = quantidade demandada a e b constantes P = Preço do produto Os Deslocamentos da curva de demanda Caso haja um aumento na renda, nos gostos e preferências e no preço do bem substituto a curva de demanda sofrerá um deslocamento para a direita, o que refletirá num aumento da demanda do mercado. Qd = a - bP 25
  • 26. Curva da Demanda 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Qd P Caso haja uma queda na renda, nos gostos e preferências e queda no preço do bem substituto a curva de demanda sofrerá um deslocamento para a esquerda, o que refletirá numa queda da demanda do mercado. A oferta Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores, a relação da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto estariam dispostos a vender, a um determinado preço. Os vendedores possuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos preços altos. Se estes desalentam os consumidores, estimulam os vendedores a produzirem e venderem mais. Portanto quanto maior o preço maior a quantidade ofertada. 26
  • 27. A Função Oferta nos dá a relação entre a quantidade de um bem que os produtores desejam vender e o preço desse bem, mantendo-se o restante constante, ou seja, coeteris paribus. A principal atividade das firmas é ofertar, ou seja, produzir bens e serviços. A oferta é determinada pelos seguintes fatores: a) Preço do produto b) Preço dos fatores de produção ( TERRA, TECNOLOGIA, TRABALHO E CAPITAL) c) Condições da natureza ( CLIMA) d) Incerteza com relação ao futuro Tudo isso pode ser resumido numa única equação: Qo= quantidade ofertada P = Preço do produto Pf = Preço dos fatores de produção N = Natureza F = Incerteza quanto ao futuro Oferta é quantidade produzida de um bem ou serviço num determinado período de tempo Qo = f ( P, Pf, N,F) 27
  • 28. Curva da Oferta 0 2 4 6 8 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Qd P Qo = a + bP Isso quer dizer que a oferta, ao contrário da demanda, possui uma relação direta com o preço do bem ou serviço e que a oferta é explicada pelo preço do bem, mantendo-se os demais fatores fixos. Os Deslocamentos da curva de oferta Caso haja uma queda no preço dos fatores de produção, o clima e a natureza sejam favoráveis e a expectativa com relação ao futuro sejam boas, a curva de oferta sofrerá um deslocamento para a direita. A lei da oferta diz o seguinte: A quantidade ofertada de um bem ou serviço varia diretamente com o preço desse bem ou serviço, coeteris paribus. 28
  • 29. Curva da Oferta 0 2 4 6 8 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Qd P 2.3-O equilíbrio de mercado Situação onde a quantidade ofertada se iguala à quantidade demandada, ou seja, é o ponto onde observa-se que o consumo esta igual à oferta. 29
  • 30. Qo = Qd a – bP = c + dP Exercícios 1) Assinale a alternativa correta: a) A macroeconomia analisa mercados específicos, enquanto a microeconomia analisa os grandes agregados. b) A hipótese coeteris paribus é fundamental para o entendimento da macroeconomia. c) No mercado de bens e serviços, são determinados os preços dos fatores de produção. d) A questão de “como produzir’’ é decidida no mercado de fatores de produção. e) Todas as alternativas estão erradas. 1) Conceitue Q P EQUILIBRIO DE MERCADO 30
  • 31. Demanda Lei da demanda 2) Qual é a relação existente entre a quantidade demanda e o preço do bem? Assinale a alternativa correta: a) A curva de procura mostra como variam as compras dos consumidores quando variam os preços. b) Quando varia o preço de um bem, coeteris paribus, varia a demanda. c) A demanda depende basicamente do preço de mercado. As outras variáveis são menos importantes e supostas constantes. d) A quantidade demandada varia inversamente ao preço do bem, coeteris paribus. 3) e) N.r.a.Citar e explicar os fatores que determinam a demanda 5) O preço de equilíbrio para uma mercadoria é determinado: a) Pela demanda de mercado dessa mercadoria. b) Pela oferta de mercado dessa mercadoria. c) Pelo balanceamento das forças de demanda e oferta da mercadoria. d) Pelos custos de produção. e) N.r.a. 4) Mostre a equação da demanda 5) Mostre o gráfico da demanda 6) O que significa o termo: Coeteris Paribus? 7) Citar e explicar os fatores que afetam o equilíbrio de mercado O equilíbrio de mercado de um bem é determinado: a) Pelos preços dos fatores utilizados na produção do bem. b) Pela demanda de mercado do produto. c) Pela oferta de mercado do produto. d) Pelas quantidades de fatores utilizados na produção do bem. e) Pelo ponto de intersecção das curvas de demanda e da oferta 8) do produto. 9) Caso haja um aumento significativo nos preços do insumos e do salário mínimo explique o que pode acontecer com a oferta de mercado, mostre graficamente. 10) Se os países produtores de petróleo OPEP determinarem uma redução da produção de petróleo, explique e mostre graficamente o que pode acontecer com o preço internacional do petróleo 11) Se a produção de veículos no Brasil for explicada pela seguinte equação: 31
  • 32. Qo = 100 + 1,5 P A) determinar a produção de veículos quando o preço for 15.000,00 reais B) A produção de veículos sempre terá uma função com inclinação negativa? Explique 12) Caso o equilíbrio de mercado da produção de soja no Brasil seja dado pelo seguinte comportamento Qo = 120 + 0,6 P e Qd = 180 – P a) Determine o preço e a quantidade de equilíbrio b) Mostre o gráfico do equilíbrio Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações: Qs = 48 + 10P Qd = 300 – 8P onde Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, a quantidade procurada e o preço do produto. A quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio, será: a) 2 unidades. ECONOMIA MICRO E MACRO 32 b) 188 unidades. c) 252 unidades. d) 14 unidades. e) 100 unidades. As Elasticidades Elasticidade preço da Demanda Para se medir a variação na quantidade demandada devido à variação no preço dos bens e serviços, utiliza-se o conceito de elasticidade preço da demanda. Em linhas gerais elasticidade preço da demanda mostra a mudança percentual no consumo devido a uma mudança percentual no preço do produto. Ep = ∆Qd/ ∆P . P/Qd 32
  • 33. Onde Ep = Elasticidade preço da demanda ∆Q d= Variação na quantidade demandada ∆P = Variação no preço do bem ou serviço Classificação das elasticidade preço da demanda Quando: 2.4.1.1-A Elasticidade preço da demanda e a receita total A receita total das empresas pode ser considerada como despesa ou gasto dos consumidores e resulta da multiplicação da quantidade vendida (Q) pelo preço da venda (P). Portanto: RT = P . Q Tendo em vista que a receita é uma função do preço e da quantidade, e que a elasticidade-preço da procura mede a relação entre a variação relativa na quantidade e no preço, há consequentemente, uma nítida relação entre elasticidade e preço. Se a de demanda é inelástica, uma queda relativamente grande no preço está associado a apenas um pequeno aumento na quantidade procurada. Em conseqüência, a Ep = 0 Elasticidade nula Ep = 1 Elasticidade unitária 0< Ep < 1 Demanda inelástica Ep > 1 Demanda elástica 33
  • 34. receita total se reduz com um decréscimo no preço. Do mesmo modo, se a procura é elástica, para uma pequena diminuição de preço, a porcentagem de aumento na quantidade vendida é maior do que a porcentagem de redução no preço, e, portanto, a receita aumenta. 2.4.2-Elasticidade-Renda A elasticidade-renda (Ey) da demanda é expressa como a percentagem de mudança na quantidade demandada dividida pela variação percentual na renda. Exemplo: admita que ao nível de renda mensal de R$ 1.000,00 o consumidor adquiria 2 quilos de carne por mês. Quando sua renda aumentar para R$ 1.500,00, ele passou a comprar 2,5 quilos por mês, ao mesmo preço anterior. Neste caso, a elasticidade- renda é de 0,55.A interpretação do resultado é a seguinte: Se houver um aumento de 1 % na renda haverá aumento de 0,55 % na quantidade adquirida de carne.Se a elasticidade-renda é menor que a unidade e maior que zero, diz-se que o bem é normal. Se é maior que a unidade, diz-se que é superior, e se for menor que zero (relação inversa), diz-se que bem é um produto inferior. O conhecimento das elasticidades-rendas da demanda para os produtos agrícolas é importante para estimar o impacto de mudanças de renda sobre as compras de alimentos. A Tabela a seguir lista alguns produtos e seus coeficientes de elasticidade-renda para o Brasil e os Estados Unidos. A maioria dos produtos agrícolas apresentam um valor de elasticidade-renda relativamente baixo, variando entre 0,2 e 0,5, ou seja, são bens normais. Os produtos de origem animal têm elasticidade-renda, via de regra, mais elevada, significando que aumentos de renda tendem a estimular mais intensamente o consumo de produtos pecuários do que os de origem vegetal. No Brasil, os alimentos têm uma elasticidade-renda em torno de 0,4; enquanto nos EUA é de 0,15. 34
  • 35. Tabela -1 Estimativas de Elasticidades-renda (Ey) para Alguns Produtos, Brasil e Estados Unidos. PRODUTO Ey ou Efeito da variação de 1 % de na renda dos consumidores sobre o consumo (variação em %) -------------------------------------------------------------- ------------ BRASIL EUA Açúcar 0,13 0,01 Adoçante n.d 0,42 Arroz 0,10 0,15 Banana 0,10 0,10 Batata-inglesa 0,61 0,10 Café 0,25 0,30 Carne de boi 0,94 0,47 Carne de frango 1,10 0,50 Carne de porco 0,80 0,18 Farinha de mandioca - 0,03 n.d Farinha de milho - 0,14 n.d Farinha de trigo 0,32 0,35 Feijão - 0,11 - 0,49 Frutas e verduras n.d 0,44 Fumo 0,60 1,02 Laranja 0,56 0,26 Leite 0,60 0,16 Manteiga 0,65 0,53 Margarina 0,15 - 0,25 Óleos vegetais 0,42 0,49 Ovos 0,62 0,16 Peixe 0,40 0,30 Queijo 0,85 0,45 Restaurante (refeições fora de casa) n.d 1,48 Roupa n.d 2,01 Bens de consumo durável 1,20 2,20 ALIMENTOS EM GERAL 0,40 0,15 NÃO-ALIMENTOS n.d 1,20 (*) Fonte: Várias Muitos produtos e serviços não-agrícolas têm demanda sensível ou elástica à renda, ou seja, são bens superiores ou de luxo. Como exemplo, a demanda eletrodomésticos, roupa, consumo em restaurantes, jóias. 35
  • 36. 2.4.3-A Elasticidade preço da oferta A elasticidade da oferta mostra a variação em termos percentuais na quantidade ofertada de um bem ou serviço em razão da variação percentual no preço desse bem ou serviço. Em outras palavras pode-se afirmar que a elasticidade da oferta mostra a divisão entre as variações percentuais na oferta e variações percentuais nos preços. Também pode- se dizer que a ela mostra a sensibilidade da produção em função do preço, ou seja, a resposta da produção às oscilações do preço de mercado do produto. Eo = Variação % da oferta Eo = Elasticidade preço da oferta Variação % do preço A equação final da Eo é a seguinte: Eo= ∆Qo / ∆P . P/Qo Classificação da elasticidade preço da oferta Se 36
  • 37. 2.4.3.1-Casos especiais de elasticidades da oferta Quando a Eo for igual a zero a curva de oferta será vertical pois não haverá variação na oferta quando o preço aumentar ou diminuir, ou seja, a oferta é insensível ao preço. Quando a Eo for infinita, isto quer dizer que existe uma sensibilidade tão grande da oferta em relação aos preços que mesmo sem variar o preço a oferta apresenta grandes variações. Mona Lisa, de da Vinci, é um exemplo de produto com Demanda Perfeitamente Inelástica Uma demanda é uma perfeitamente elástica quando mesmo sem qualquer variação no preço, há uma variação constante da quantidade demandada, ou seja, independentemente da quantidade de mercado o preço se mantém constante. No extremo oposto, uma demanda é uma perfeitamente inelástica, ou perfeitamente rígida, quando uma variação qualquer no preço resulta numa variação zero Eo = 1 elasticidade da oferta é unitária Eo > 1 oferta elástica 0 < Eo < 1 oferta inelástica Eo = 0 oferta perfeitamente inelástica Eo = ∞ oferta perfeitamente elástica 37
  • 38. da quantidade demandada, ou seja, independentemente do preço de mercado a quantidade se mantem constante. É o caso, por exemplo, do mercado de obras raras. Os casos gerais de elasticidade são usados frequentemente em discussões que caracterizam circunstâncias para as quais informação detalhada não está disponível e/ou é irrelevante. Existem então cinco casos de elasticidade. • E = 0 Perfeitamente rígida. Este caso especial de elasticidade está representado na figura em cima à direita. Qualquer variação de P não terá qualquer efeito em Q. • E < 1 Rígida. A variação proporcional em Q é menor do que a variação proporcional em P. • E = 1 Elasticidade unitária. A variação proporcional de uma variável é igual à variação proporcional de outra variável. • E > 1 Elástica. A variação proporcional em Q é maior do que a variação proporcional em P. • E = infinito. Perfeitamente elástica. Este caso especial de elasticidade está representado na figura em cima à esquerda. A variação em P é zero, portanto a elasticidade é infinita. Exercícios 1. Se o produto A é um bem normal e o produto B é um bem inferior, um aumento da renda do consumidor provavelmente: a) Aumentará a quantidade demandada de A, enquanto a de B 38
  • 39. permanecerá constante. b) Aumentarão simultaneamente os preços de A e B. c) O consumo de B diminuirá e o de A crescerá. d) Os consumos dos dois bens aumentarão. 3. Assinale os fatores mais importantes, que afetam as quantidades procuradas: a) Preço e durabilidade do bem. b) Preço do bem, renda do consumidor, custos de produção. c) Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares, renda e preferência do consumidor. d) Renda do consumidor, custos de produção. O leite torna-se mais barato e seu consumo aumenta. Paralelamente, o consumidor diminui sua demanda de chá. Leite e chá são bens: a) Complementares. b) Substitutos. c) Independentes. d) Inferiores. 6. Dada a função demanda de x: Dx = 30 – 0,3 px + 0,7 py + 1,3R sendo px e py os preços dos bens x e y, e R a renda dos consumidores, assinale a alternativa correta: a) O bem x é um bem inferior, e x e y são bens complementares. b) O bem y é um bem normal, e x e y são bens substitutos. c) Os bens x e y são complementares, e x é um bem normal. d) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem normal. e) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem inferior. Para fazer distinção entre oferta e quantidade ofertada, sabemos que: a) A oferta refere-se a alterações no preço do bem; e a quantidade ofertada, a alterações nas demais variáveis que afetam a oferta. b) A oferta refere-se a variações a longo prazo; e a quantidade ofertada, a mudança de curto prazo. c) A quantidade ofertada só varia em função de mudanças no preço do próprio bem, enquanto a oferta varia quando ocorrerem mudanças nas demais variáveis que afetam a oferta do bem. d) Não há diferença entre alterações na oferta e na quantidade ofertada. e) N.r.a 39
  • 40. Assinale a alternativa correta, coeteris paribus: a) Um aumento da oferta diminui o preço e aumenta a quantidade demandada do bem. b) Uma diminuição da demanda aumenta o preço e diminui a quantidade ofertada e demandada do bem. c) Um aumento da demanda aumenta o preço e diminui a oferta do bem. d) Um aumento da demanda aumenta o preço, a quantidade demandada e a oferta do bem. e) Todas as respostas anteriores estão erradas. Aponte a alternativa correta: a) Se o preço variar em $ 2, e a quantidade demandada em 10 unidades, concluímos que a demanda é elástica. b) A elasticidade-preço cruzada entre dois bens é sempre positiva. c) A elasticidade-preço da demanda de sal é relativamente baixa. d) A elasticidade-preço da demanda de alimentos é, em geral, bastante elevada. e) A elasticidade-renda da demanda de manufaturados é relativamente baixa. A elasticidade-renda da demanda é o quociente das variações percentuais entre: a) Renda e preço. b) Renda e quantidade demandada. c) Quantidade e preço. d) Quantidade e renda. e) Quantidade e preço de um bem complementar. Se uma empresa quer aumentar seu faturamento e a demanda do produto é elástica, ela deve: a) Aumentar o preço. b) Diminuir o preço. c) Deixar o preço inalterado. d) Depende do preço do bem complementar. e) Depende do preço do bem substituto. 40
  • 41. 1) Conceitue elasticidade 2) Conceitue Elasticidade Preço da demanda 3) Conceitue: Demanda inelástica Demanda elástica Demanda perfeitamente inelástica 4) Comente a seguinte frase: Para os bens que possuem elasticidade preço da demanda maior que é recomendável o aumento de seus preços pois haverá um aumento significativo na receita total. 5) Conceituar: a) Elasticidade preço da demanda b) bem de luxo c)Eficiência econômica 6) Interpretar a) Er = 5 b) Er = - 3 c) Ep = 1 7) Classificar os bens a) Er = 5 b) Er= -3 c) Er= 1 8) Dada a tabela abaixo P Qd 10 10 20 5 a) Calcular a Ep b) Interpretar a Ep 41
  • 42. 9) Dê 3 exemplos de bens com as seguintes Er a) Er>1 b) Er<0 Se a curva de procura for de um tipo em que a redução de 10% no preço provoca um aumento de 5% na quantidade de mercadoria que o público adquire, nessa região da curva, a procura em relação ao preço será: a) Elástica. b) Unitariamente elástica. c) Infinitamente elástica. d) Inelástica, embora não perfeitamente. e) Totalmente inelástica ou anelástica. A teoria da produção Pode-se afirmar que a produção é a principal atividade da firma. A produção é o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção (insumos, tecnologia, equipamentos e capital) em serviços e produtos. O principal objetivo de uma firma capitalista é obter um resultado positivo entre a receita e custos de produção. Os custos de produção são os gastos necessários para iniciar e manter o processo produtivo, os custos de produção são provenientes dos dispêndios com os fatores de produção. Conceitos básicos da teoria da produção Terra Tecnologia Trabalho Capital Processo produtivo Produto ( bem ou serviço) 42
  • 43. Firma = Unidade técnica onde é realizado o processo produtivo Processo Produtivo = é a produção de bens e serviços, é a interação dos fatores de produção. Fatores de Produção = São os elementos fundamentais para o processo produtivo, são os recursos naturais, a mão de obra, a tecnologia e o capital. Produto = Resultado do processo produtivo, o produto pode ser um bem ou serviço. A Eficiência Técnica e Eficiência Econômica na produção Como já foi discutido anteriormente, os fatores de produção são elementos imprescindíveis para a elaboração dos produtos, assim o melhor emprego no uso dos fatores de produção irá refletir num melhor desempenho da produção e o melhor desempenho produtivo consequentemente refletirá num melhor resultado econômico. Pode-se afirmar que um processo produtivo é tecnicamente eficiente quando ele permite a obtenção da mesma quantidade de produto que os outros processos com a menor utilização de fatores de produção. Quando um processo produtivo consegue produzir uma mesma quantidade de um determinado produto com custos menores que outro processo produtivo similar, esse processo está sendo mais eficiente economicamente, ou seja, está apresentando eficiência econômica em relação ao outro sistema de produção. Ser eficiente economicamente é produzir a mesma quantidade que era produzida antes porém com custos menores. Economia de Escala: Existe economia de escala quando a expansão da capacidade de produção de uma firma ou indústria causa um aumento dos custos totais de produção menor que, proporcionalmente, os do produto. Como resultado, os custos médios de produção caem, a longo prazo". (Bannock et alii, 1977). (18) 43
  • 44. Aquela firma que organiza o processo produtivo de maneira que se alcance, através da busca do tamanho ótimo, a máxima utilização dos fatores que intervêm em tal processo. Como resultado, baixam-se os custos de produção e incrementam-se os bens e serviços TEXTOS PARA DISCUSSÃO Brasil é um dos países que mais dificultam os negócios, diz estudo Valor Econômico 27/07/2006 12:00 O Brasil poderá ter ganhos de produtividade, com efeitos positivos no crescimento econômico e no emprego, se pegar as melhores práticas de fazer negócios, encontradas em algumas cidades do país, e transferi-las para outros Estados. Hoje as diversas regiões apresentam grandes diferenças nos indicadores que medem a facilidade em se fazer negócios no país, em ranking que é liderado pelo Distrito Federal. Quando a comparação é com o exterior, os dados também são preocupantes. " Há uma grande distância entre o melhor do Brasil em facilidade para se fazer negócios e Bancoc ou Johanesburgo " , diz o estudo Doing Business no Brasil, do Grupo Banco Mundial em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), com co-financiamento da USAID. Feito pela primeira vez no Brasil, a pedido do Ministério da Fazenda, o estudo foi apresentado ontem, no Rio. O relatório incluiu indicadores quantitativos, que permitem comparações entre 12 Estados do país e São Paulo, que representa o Brasil em um estudo semelhante de caráter transnacional. O trabalho também possibilita paralelos com o ambiente de negócios em cidades do México, onde foi feito outro estudo, e com mais de 150 países em todo o mundo. O relatório tem cinco tópicos - abertura de empresas, registro de propriedades, obtenção de crédito, pagamento de impostos e cumprimento de contratos - e diz que são precisas reformas: " Os Estados devem buscar as melhores práticas dentro do Brasil, informatizando os arquivos de registro de propriedades, como o Maranhão, e procurar acompanhar o ritmo das reformas em países como Chile, Vietnã ou Eslováquia " . 44
  • 45. Na comparação internacional, o Brasil, representado por São Paulo como maior centro de negócios do país, está em 119º lugar entre 155 países pesquisados. O alto custo para se fazer negócios no Brasil favorece a informalidade. O estudo estima que a informalidade respondeu por 42% da produção do país em 2002-2003 em comparação com 33% no México, 16% na China e 26% na Índia. Penelope Brook, do Banco Mundial, disse que, se um país ocupa as últimas posições do ranking e faz as reformas que lhe permitem alcançar os primeiros lugares, pode adicionar, em média, 2,2% ao ano em termos de crescimento econômico e pode haver redução no desemprego de 3,7% ao ano. No quesito abertura de empresas, Penelope mostrou que São Paulo ficou em último lugar entre os Estados pesquisados, com prazo de cinco meses para abrir uma empresa. Em Minas, o prazo é de 19 dias. No item registro de propriedades, o melhor Estado foi o Maranhão (27 dias) e o pior, a Bahia (88 dias). Minas também ganha quando a questão é o prazo para registro de garantias na obtenção de crédito. Gasta-se dois dias para fazer essa operação em Minas, enquanto no Distrito Federal o prazo é de 45 dias. Já a Bahia é o lugar mais fácil para pagar impostos, enquanto Minas o mais difícil. " A pesquisa é estimulante porque mostra os nossos defeitos. Se em 2007 tivermos percorrido metade das soluções apresentadas, e uma delas é pegar as melhores práticas de um Estado e transplantá-las nos outros, já teremos produção mais competitiva " , avaliou o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, presente ao evento. A produtividade Fonte: Sebrae “Produtividade é minimizar cientificamente o uso de recursos materiais, mão-de-obra, máquinas, equipamentos etc., para reduzir custos de produção, expandir mercados, aumentar o número de empregados, lutar por aumentos reais de salários e pela melhoria do padrão de vida, no interesse comum do capital, do trabalho e dos consumidores”. (Japan Productivity Center for Social – Economics Development). Quando estudamos produtividade, buscamos identificar, analisar e minimizar a influência de fatores que, de uma forma direta ou indireta, interferem para que algo 45
  • 46. indesejado distorça os resultados esperados. Por exemplo: É impossível medir a produtividade numa área de vendas sem considerar as condições de entrega, os prazos de pagamento e a margem de lucro da operação. No setor de compras, é importante avaliar o número de pedidos emitidos pela quantidade de produtos acabados obtidos, mas há que se levar em conta o número de pessoas envolvidas neste processo, o percentual de pedidos recebidos no prazo combinado e a freqüência de faltas de estoque, bem como os custos pagos pelos produtos adquiridos (preço, fretes, transportes etc.). É imprescindível determinar a quantidade de peças produzidas por homem x hora, mas devemos analisar o índice de desperdício, de refugo, o retrabalho e a qualidade obtida em cada posto de trabalho, bem como o custo social (afastamentos e acidentes de trabalho) aferido. Quando se vai tomar decisões com base em produtividade é importante que se considere o índice ao longo de um determinado tempo. Quase todas as empresas têm sua fase de sazonalidade, razão pela qual o período de tempo é uma questão fundamental. Sendo assim, torna-se aconselhável para análise o estudo por meio de gráficos ou tabelas em que uma das bases seja o tempo, a fim de se identificar tendências. Devemos sempre avaliar como uma ação isolada para aumento de produtividade interfere em outro indicador e como eles, juntos, afetam o desempenho do negócio.Aumentar a produtividade pura em uma fábrica (fazer mais em menos tempo) pode gerar um significativo estoque de produtos acabados, consumos de matérias primas e deve ser coerente com a produtividade de vendas. Caso contrário. só resulta em encalhe. Fundamental também é comparar a produtividade alcançada pela empresa com outras do mesmo segmento e que apresentem meios e processos equivalentes. Nunca poderíamos comparar, por exemplo, caso estabelecêssemos como medida de produtividade um indicador de rentabilidade por cliente, um restaurante a quilo com uma franquia de fast- food. Lembramos que uma empresa não consegue ser melhor que as pessoas que nela atuam. Portanto o clima organizacional atua ora como causa , ora como efeito nos resultados de produtividade. 46
  • 47. Os Custos de produção O custo de produção é o gasto financeiro necessário para aquisição e utilização dos fatores de produção. Os fatores de produção, por sua vez, são os elementos fundamentais para o processo produtivo, são eles: os insumos, a mão de obra, a tecnologia, os equipamentos ou bens de capital e o capital financeiro. A ausência de qualquer um desses fatores torna impossível a realização da produção de qualquer bem ou serviço. Assim, o custo de produção ou o custo total é dado pela soma de dois outros tipos de custo, que são os custos fixos e custos variáveis. CT = CFT + CVT Onde: CT = Custo total CFT = Custo Fixo Total CVT = Custo Variável Total O custo com os fatores de produção que não aumentam ou diminuem a intensidade de sua utilização durante a produção, ou seja, a parcela do custo que se mantém fixa, quando a produção varia é chamado de Custo fixo total. Os aluguéis, condomínios, os tributos, os gastos com depreciação, a mão de obra ( quando não há comissão por produtividade) e taxas de juros são casos clássicos de custo fixos. Graficamente o custo fixo total é dado por uma linha horizontal paralela ao eixo da produção, à medida que a produção aumenta ou diminui o custo permanece no mesmo nível. 47
  • 48. Custo Fixo 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Q CT O custo variável total é gasto com aquisição de fatores que variam com a produção, o custo variável como o próprio nome diz varia de acordo com a produção. São exemplos de custo variável : salário com comissão por rendimento, energia, matéria prima, insumos (sementes, tecidos, combustíveis), aquisição de novas máquinas. Custo Variavel 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Q CV 48
  • 49. Outros dois tipos de custos existentes no processo produtivo e de grande importância para análise do comportamento da firma são os custos médios e os custos fixos médios. O custo médio mostra a relação entre custo total e a quantidade produzida o custo fixo médio mostra a relação entre custo fixo total e quantidade produzida. Cme = CT / Q Onde: Cme = custo médio CT = custo total Q = quantidade produzida O custo fixo médio é a relação existente entre o custo fixo e a quantidade produzida de um bem ou serviço, este, por sua vez, depende da quantidade produzida, à medida que aumenta-se a produção sua tendência é diminuir. CFme = CFT / Q Onde: CFme = Custo Fixo médio CFT = Custo fixo total Q = Quantidade produzida Custo marginal Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Em economia e finanças, custo marginal é a mudança no custo total de produção advinda da variação em uma unidade da quantidade produzida. Matematicamente, a função de custo marginal (Cmg) é expressa como a derivada da função de custo total (CT) sobre a quantidade total produzida (Q), como segue: 49
  • 50. Em um gráfico, a curva que represente a evolução do custo marginal é de uma parábola concava, devido a Lei dos rendimentos decrescentes. No ponto mínimo de curva, se encontra o número de bens que devem ser produzidos para que os custos sejam mínimos. Resumo dos Custos Conceito CT É a soma, para cada nível de produção, dos custos fixos e variáveis da empresa. CFT Não se altera em função das quantidades produzidas, independe do nível de produção. É representado por uma reta paralela ao eixo das quantidades. CVT Aumenta em função do aumento das quantidades produzidas, mas não na mesma proporção. Inicialmente, os aumentos são menos que proporcionais, possibilitando retribuições crescentes. A partir de certo nível, seus aumentos passam a ser mais que proporcionais, conduzindo a retribuições decrescentes. CFMe Resulta da divisão do custo fixo total pelas quantidades produzidas. Inicialmente declina acentuadamente. Mas a intensidade do declínio se amortece à medida que aumentam as quantidades produzidas. CVMe Resulta da divisão do custo variável total pelas quantidades produzidas. Mostra um pequeno declínio inicial e, a partir de certo nível, uma ligeira tendência à expansão. CMe Resulta da divisão do custo total pelas quantidades produzidas. Decresce acentuadamente no início, mas passa a aumentar a partir do ponto em que os aumentos do custo variável médio se tornam maiores do que as reduções do custo fixo médio. CMg É o custo em que a empresa incorre para produzir uma unidade adicional. Situa-se abaixo do custo variável médio até o ponto em que este alcança seu nível mínimo. A partir daí revela uma tendência à expansão particularmente acentuada. Custos de longo prazo No longo prazo todos os fatores de produção são variáveis, não havendo custo fixo. Ferguson (1992) defende que um agente econômico opera no curto prazo e planeja no longo prazo. Conforme Pindyck (1994), uma linha de isocusto inclui todas as possíveis combinações de mão-de-obra e de capital que possam ser adquiridas a um determinado custo total, onde cada diferente nível deste descreve uma linha de isocusto diferente. Para Varian (1994), "a função de custo c(w1, w2, y) mede o custo mínimo de produzir y unidades do produto quando os preços dos fatores são (w1, w2). Quando 50
  • 51. aumenta a quantidade do insumo mão-de-obra utilizada, é preciso diminuir a quantidade de capital, com a finalidade de manter o produto constante. As escolhas de insumos que geram custos mínimos para a firma dependerão dos preços dos insumos e do nível de produto que a firma deseja produzir, chamadas de demandas de fatores condicionais. Estas demandas resultam nas escolhas que minimizam custo para um dado nível do produto". De acordo com Pindyck (1994, p. 280), "no longo prazo, a capacidade de variar a quantidade do capital permite que a empresa reduza seus custos. O mais importante determinante do formato das curvas de custo médio e de custo marginal são os rendimentos crescentes, constantes e decrescentes de escala". A curva de custo marginal a longo prazo CMgLP é determinada a partir da curva de custo médio a longo prazo; ela mede a variação ocorrida a longo prazo nos custos totais, à medida que a produção seja incrementalmente elevada" (Pindyck, 1994, p. 281). Custo de oportunidade Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. O custo de oportunidade é um termo usado na economia para indicar o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo , até mesmo social, causado pela renúncia do ente econômico, bem como os benefícios que poderiam ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma aplicação alternativa. Em outras palavras: O custo de oportunidade representa o valor associado a melhor alternativa não escolhida. Ao se tomar determinada escolha, deixa-se de lado as demais possibilidade, pois excludentes. À alternativa escolhida, associa-se como "custo de oportunidade" o maior benefício NÃO obtido das possibilidades NÃO escolhidas, isto é, "a escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam proporcionar". O mais alto valor associado aos benefícios não escolhidos, pode ser entendido como um custo da opção escolhida, custo chamado "de oportunidade". Um exemplo clássico da literatura económica: imagine uma fábrica de cadeiras que produzia 10 cadeiras por mês num mercado que absorvia totalmente esta produção. Diante de uma oportunidade de negócios, esta fábrica resolveu iniciar uma produção de um novo 51
  • 52. produto: mesas. Porém, ao alocar recursos para tal, descobriu que terá de deixar de produzir 2 cadeiras para alimentar a demanda de 2 mesas. O custo de oportunidade está no valor perdido da venda das 2 cadeiras que deixaram de ser fabricadas. Se uma cidade decide construir um hospital num terreno vazio de propriedade estatal ou pública, o custo de oportunidade é representado pela renúncia a erguer outras construções naquele terreno e com o capital investido. Rejeita-se por exemplo a possibilidade de construir um centro desportivo, ou um estacionamento, ou ainda a venda do terreno para amortizar parte das dívidas da cidade, e assim por diante. As punições previstas para as autoridades que desrespeitem a Lei autorizativa, no que se refere a aplicabilidade do custo de oportunidade, varia de país para país. Diferenças entre custo económico e custo contábil A diferença fundamental entre ambos, está no facto do custo económico ser mais usado entre os entes públicos e o contábil de um modo geral para as Pessoas Físicas ou Jurídicas. Avaliar o custo de oportunidade é fundamental em qualquer operação económica, ainda mais quando não estão explícitos valores financeiros (como os preços), o que pode levar a uma ilusão de que se obtiveram benefícios sem qualquer custo. A Receita Total da firma A receita total de uma firma é considerada como sendo o resultado da quantidade de produtos e serviços vendidos pela firma levando em consideração o seu preço. Em outras palavras pode-se afirmar que a receita é obtida pela multiplicação da quantidade vendida e o preço do produto. RT = P .Qd 52
  • 53. Onde: RT = Receita Total P = Preço do Produto Qd = Quantidade demandada Por essa fórmula conclui-se que a receita total será tanto maior quanto maior for o preço do produto, também pode-se inferir que quanto maior for a demanda mantendo-se os preços constantes a receita aumentará. Lei dos rendimentos decrescentes: A Lei dos Rendimentos Decrescentes está ligada ao conceito de produto marginal. Essa lei descreve o comportamento da variação da produção, quando se varia um dos inputs de cada vez, mantendo constante os demais. Segundo a Lei dos Rendimentos Decrescentes aumentando-se a quantidade de um insumo e permanecendo a quantidade dos demais fatores fixa, a produção crescerá inicialmente a taxas crescentes (produto marginal positivo); a seguir, num certo ponto ocorrerão taxas decrescentes (produto marginal negativo). Finalmente, ao incrementar o input, a produção decrescerá (GLAHE,1981). Nesta lei admite-se que a tecnologia permaneça fixa, e que haja pelo menos um insumo cuja quantidade permanece constante. Como exemplo, supõe-se que numa industria o input fixo é representado pelo número de máquinas. O fator variável é representado pelo número de operários. Se várias combinações de máquinas e mão-de-obra forem utilizadas para produzir um certo produto e se a quantidade de máquinas for constante, o aumento da produção dependerá do aumento da mão-de-obra utilizada. Quando isso ocorrer, alterar-se-ão as proporções de combinações entre fatores fixos e variáveis. Nesse caso a produção aumentará até certo ponto e depois decrescerá. Isto quer dizer que de inicio poderão ocorrer rendimentos crescentes, enquanto os acréscimos de utilização do fator variável provocarem incrementos na produção. Todavia, essa fase, quando ocorre, é passageira, passando a existir logo em seguida rendimentos decrescentes. Exercícios 53
  • 54. 1) O que é Teoria da firma? 2) Qual é a principal atividade da Firma? Quando o Produto Total cai: a) A produtividade média do trabalho é nula. b) A produtividade marginal do trabalho é nula. c) A produtividade média do trabalho é negativa. d) A produtividade marginal do trabalho é negativa. e) A produtividade marginal é maior que a produtividade marginal do trabalho. A lei dos rendimentos decrescentes: a) Descreve o sentido geral e a taxa de mudança na produção da firma quando é fixada a quantidade de recursos. b) Refere-se a produtos extras sucessivamente mais abundantes, obtidos pela adição de medidas iguais de um fator variável a uma quantidade constante de um fator fixo. c) Refere-se a produtos extras sucessivamente mais reduzidos, obtidos pela adição de medidas iguais de um fator variável a uma quantidade constante de um fator fixo. d) É constante, com a observação de que há limites à produção atingível, quando quantidades crescentes de um só fator são aplicadas a quantidades de outros. e) Explica o formato da curva de custo médio de longo prazo. A função de produção relaciona: a) Custos com fatores de produção. b) Salários com lucros. c) Insumos com produção. d) Custos com produção. e) Preço com quantidade ofertada. Custos Se conhecemos a função produção, o que mais precisamos saber a fim de conhecer a função custos: a) A relação entre a quantidade produzida e a quantidade de fatores necessária para obtê-la. b) O custo dos fatores, e como se pode esperar que esses custos variem. c) Que fatores são variáveis. 54
  • 55. Um aumento da produção a curto prazo sempre diminuirá: a) O custo variável médio. b) O custo total médio. c) O custo fixo médio. 4)Uma firma de camisas produziu e vendeu 140.000 peças num determinado período de tempo a um preço de R$12,00 cada peça. Qual foi a receita da firma nesse período? Pode-se afirmar que a receita foi igual ao lucro? 5) Suponha que uma determinada firma tenha um lucro de R$50.000,00, um custo total de R$ 30.000,00 e tenha vendido 1.000 unidades de uma determinado produto. Qual foi o preço do produto vendido? 5) Suponha que uma fábrica de camisas tenha uma receita de R$10.000,00 e um gasto com recursos fixos e variáveis de R$19.000,00. Determine o Lucro desta empresa. Dê exemplos de custos fixos e custos variáveis desta firma. Pode-se afirmar que a receita total é igual ao Lucro, nesta firma? 6) Caso uma firma tenha o Lucro igual à R$ 150.000,00, uma receita de R$200.000,00, um custo fixo de R$ 40.000,00, qual será o valor dos custos variáveis desta firma? 7) Explique a lei dos rendimentos decrescentes Tipos de Lucro O lucro é obtido pela diferença entre a receita total e os custos advindos do processo produtivo. 55
  • 56. L = RT – CT RT > CT RT < CT Ponto de Equilíbrio RT CT RT=CT Q CT Quando a receita total é maior que os custo de produção temos o lucro puro Quando a receita é menor que os custo de produção temos o lucro negativo ou prejuízo. 56
  • 57. 57
  • 58. Estruturas de Mercado Concorrência perfeita O conceito de concorrência perfeita é o marco a partir do qual os mercados ou as estruturas de mercado que se afastam daquele ideal, como o monopólio e o oligopólio, são considerados como produzindo distorções na alocação de recursos, sendo fonte, então, de ineficiências e, por isso, sujeitas à regulamentação estatal. O mercado dito de competição pura ou perfeita é caracterizado pela existência de um grande número de pequenos compradores e vendedores; o produto transacionado é homogêneo; não há barreiras à entrada de empresas no mercado ; perfeita transparência para os vendedores e para os compradores de tudo que ocorre no mercado; perfeita mobilidade dos insumos produtivos. O preço de mercado é definido, em equilíbrio concorrencial, pela intersecção entre as curvas de oferta e da procura, sendo que a oferta de mercado é constituída pelo conjunto de todas as ofertas individuais. Monopólio Em economia, monopólio (do grego monos, um + polein, vender) é como se denomina uma situação de concorrência imperfeita, em que uma empresa detêm o mercado de um determinado produto ou serviço, impondo preços aos que comercializam. Monopólios podem surgir devido a características particulares de mercado, ou devido a regulamentação governamental, o monopólio coercivo, e criam uma particularidade economica, em que a curva de demanda do bem fica negativamente inclinada, na medida em que a demanda da firma e a demanda do mercado são as mesmas. Monopolio é a situação em que um setor do mercado com múltiplos compradores é controlado por um único vendedor de mercadoria ou serviço, tendo capacidade de afetar o preço pelo domínio da oferta. Nesse cenário, os preços tendem a se fixar no nível mais alto para aumentar a margem de lucro. Alguns monopólios são instituídos com apoio legal para estimular um determinado setor da empresa nacional, ou para protegê-la da concorrência estrangeira, supostamente desleal por usar métodos de produção mais eficientes e que 58
  • 59. barateiam o preço ao consumidor. Outros monopólios são criados pelo Estado sob a justificativa de aumentar a oferta do produto e baratear seu custo. A empresa estatal Petrobrás era a única com permissão para prospecção, pesquisa e refino do petróleo até 1995, quando o Congresso autoriza a entrada de empresas privadas no setor. Monopólio Natural O monopólio natural é uma situação de mercado em que os investimentos necessários são muitos elevados e os custos marginais são muito baixos. Caracterizados também por serem bens exclusivos e com muito pouca ou nenhuma rivalidade. Esses mercados são geralmente regulamentados pelos governos e possuem prazos de retorno muito grandes, por isso funcionam melhor quando bem protegidos. TV a cabo, distribuição de energia elétrica ou sistema de telefonia são exemplos caracteristicos de monopólios naturais. Oligopólio É a prática de mercado em que a oferta de um produto ou serviço, que tem vários compradores, é controlada por pequeno grupo de vendedores. Neste caso, as empresas tornam-se interdependentes e guiam suas políticas de produção de acordo com a política das demais empresas por saberem que, em setores de pouca concorrência, a alteração de preço ou qualidade de um afeta diretamente os demais. O oligopólio força uma batalha diplomática ou uma competição em estratégia. O objetivo é antecipar-se ao movimento do adversário para combatê-lo de forma mais eficaz. O preço tende a variar no nível mais alto. Podem ser citados como exemplos de setores oligopolizados no Brasil o automobilístico e o de fumo. Cartel Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é 59
  • 60. uniformizado geralmente em nível alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas membro. Os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis. O objetivo do cartel é, por meio da ação coordenada entre concorrentes, eliminar a concorrência, com conseqüente aumento de preços, aumento do lucro de seus membros e redução de bem-estar para o consumidor. Cartéis são considerados a mais grave lesão à concorrência e prejudicam consumidores ao aumentar preços e restringir oferta, tornando os bens e serviços mais caros ou indisponíveis. Ao artificialmente limitar a concorrência, os membros de um cartel também prejudicam a inovação, impedindo que novos produtos e processo produtivos surjam no mercado. Cartéis resultam em perdas de bem-estar do consumidor e, em longo prazo, perda de competitividade da economia com o um todo. A formação de cartéis é considerada crime em quase todos os países desenvolvidos por suas leis antitruste. Esse é o caso do Brasil. A política brasileira de defesa da concorrência é disciplinada pela Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994[2] . O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) é composto por três órgãos: a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) do Ministério da Fazenda, a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), autarquia federal vinculada ao Ministério da Justiça. De acordo com a legislação brasileira, no âmbito administrativo, uma empresa condenada por prática de cartel poderá pagar multa de 1 a 30% de seu faturamento bruto no ano anterior ao início do processo administrativo que apurou a prática. Por sua vez, os administradores da empresa direta ou indiretamente envolvidos com o ilícito podem ser condenados a pagar uma multa de 10 a 50% daquela aplicada à empresa. Outras penas acessórias podem ser impostas como, por exemplo, a proibição de contratar com instituições financeiras oficiais e de parcelar débitos fiscais, bem como de participar de 60
  • 61. licitações promovidas pela Administração Pública Federal, Estadual e Municipal por prazo não inferior a cinco anos. Além de infração administrativa, a prática de cartel também configura crime no Brasil, punível com multa ou prisão de 2 a 5 anos em regime de reclusão. De acordo com a Lei de Crimes Contra a Ordem Econômica (Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990[3] ), essa sanção pode ser aumentada em até 50% se o crime causar grave dano à coletividade, for cometido por um servidor público ou se relacionar a bens ou serviços essenciais para a vida ou para a saúde. O dia 8 de outubro foi instituído por Decreto Presidencial como sendo o Dia Nacional do Combate a Cartéis. TEXTOS PARA DISCUSSÃO CADE julga operações que geram fusão entre Sky e DirectTV Fonte: CADE Na sessão ordinária de julgamento do CADE nº 373, que iniciou em 24/05/2006 e finalizou no dia seguinte, o CADE concluiu o julgamento dos Atos de Concentração nºs. 53500.002423/2003 e 53500.029160/2004, que une as operadoras de televisão por assinatura Sky e DirecTV. O CADE aprovou as operações, impondo restrições necessárias para mitigar os prováveis impactos causados na concorrência. Com relação a primeira operação, que envolvia as empresas News Corporation Limited e Hughes Electronics Corporation, o plenário proibiu, pelo prazo de 5 anos, a atuação das empresas de forma discriminatória com relação aos concorrentes e a exclusividade, pelas empresas do Grupo News, no fornecimento de conteúdo audiovisual, bem como a exclusividade na transmissão dos principais campeonatos de futebol Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores das Américas e Campeonatos Estaduais de São Paulo e Rio de Janeiro. O CADE, na análise da segunda operação, realizada entre News Corporation Limited, DirecTV Group, Inc. e Globo Comunicações e Participações S/A., determinou, 61
  • 62. pelo período de 5 anos, que a Sky pratique preços iguais em todo país para os pacotes de canais, permitindo promoções locais pelo prazo máximo de 90 dias; que os referidos pacotes sejam oferecidos em todo território nacional e que tal determinação se torne pública por meio de jornais de grande circulação nacional. O CADE obrigou, também, que a Sky, pelo prazo de 3 anos, continue transmitindo canais de conteúdo brasileiro hoje disponíveis na DirecTV para os atuais assinantes que venham a migrar para a Sky; que garanta às programadoras de conteúdo nacional, a mesma receita hoje auferida com a comercialização deste conteúdo, decorrentes de contratos que tenha com a DirecTV; e ainda, que a Sky, no prazo de 180 dias, aumente em 20% a base de assinantes que recebam canais de conteúdo brasileiro, mantendo-a pelos 30 meses subsequentes. Por fim, o Conselho obrigou o Grupo Globo de se abster de vetar ou determinar unilateralmente as condições de transmissão de programas ou conteúdo audiovisual nacional de empresa brasileira, nas operações da Sky e determinou que sejam alterados contratos de forma que a Sky possa contratar programa ou conteúdo audiovisual nacional de empresa brasileira, novo ou já existente, por maioria simples de seus sócios ou acionistas. Cade autoriza aquisição da Reebok pela Adidas Fonte: Valor Online BRASÍLIA - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta tarde a compra da marca esportiva Reebok pela concorrente Adidas. A aquisição foi feita em agosto do ano passado. A análise do Cade considerou os efeitos do negócio no mercado brasileiro. Segundo a assessoria de imprensa do Cade, a aprovação ocorreu sem restrições e por unanimidade. Resta agora aguardar a publicação da decisão no Diário Oficial, nos próximos dias. A companhia alemã comprou a Reebok por US$ 3,8 bilhões e obteve autorização dos órgãos reguladores da União Européia em janeiro deste ano. Quando anunciou a transação, a Adidas informou que tinha expectativa de elevar o lucro líquido em 10% no médio prazo. 62
  • 63. No dia 9 de maio a Adidas reportou aumento de 37% de seu lucro líquido no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Em conjunto com a Reebok, o lucro atingiu 144 milhões de euros, contra os 105 milhões registrados em 2005. Mesmo assim, a companhia registrou uma queda de 10% no comércio das marcas da Reebok em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. SDE vê cartel na distribuição de veículos Fonte: Valor Online A Justiça Federal gaúcha condenou, em primeira instância, no fim de junho, três pessoas por considerá-las responsáveis por práticas de cartel no transporte de veículos novos. Essa decisão dá início a nova etapa de uma disputa que se arrasta há anos e que levou o Ministério Público Federal (MPF) do Rio Grande do Sul a apresentar denúncia à Justiça federal. A Polícia Federal também investiga o caso e, durante meses, quebrou o sigilo telefônico de vários envolvidos. Foram condenados o presidente do Sindican (Sindicato Nacional dos Cegonheiros ), Aliberto Alves; o ex-presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Veículos (ANTV), Paulo Guedes; e o diretor de assuntos institucionais da General Motors, Luiz Moan Yabiku Júnior. Eles são acusados pelo MPF de impedir que empresas não associadas à ANTV e cegonheiros não filiados ao Sindican participem do mercado de transporte de automóveis novos das fábricas para as concessionárias e portos. Testemunhas disseram, nos dois processos que correm na Justiça Federal gaúcha, ter recebido ameaças de pessoas ligadas às entidades caso não seguissem as regras que regem esse mercado. Por meio da assessoria de imprensa, a General Motors do Brasil informa que, como o caso está na Justiça, se reserva o direito de não fazer comentários. Paulo Guedes não foi encontrado. A ANTV representa uma dezena de transportadoras de veículos novos. Elas são remanescentes da chegada da indústria automobilística em São Paulo, há cinco décadas. Com a construção de novas fábricas de carros no país, parte da produção de veículos se deslocou do Sudeste no final da década de 90. Mas o transporte continua quase todo sob comando do mesmo grupo. 63
  • 64. Há quatro anos, o MPF do Rio Grande do Sul encaminhou uma denúncia à Secretaria de Direito Econômico (SDE). Segundo o Ministério Público, a ANTV concentra todo o transporte de automóveis no país e o preço do frete cobrado pelas transportadoras seria maior do que o praticado por transportadoras independentes. Em janeiro deste ano, a SDE recomendou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) multar a ANTV e o Sindican por infração à ordem econômica, mas não viu "qualquer evidência" de que a General Motors tivesse praticado alguma infração à ordem econômica. A SDE instaurou um processo administrativo incluindo outras montadoras. O processo foi enviado ao Cade em janeiro, mas ainda não chegou às mãos do relator designado, Luis Fernando Schuartz. Não há prazo definido para o julgamento. O parecer da SDE atesta a existência do cartel: "Trata-se de um mercado em que certos atores privados apresentam-se, notoriamente, como verdadeiros agentes reguladores de mercado, como se tivessem prerrogativas de controlar preços, oferta, entrada e saída do mercado. Porém, a ausência de qualquer autorização legal ou constitucional para tanto não deixa dúvidas de que os representados (ANTV e Sindican) prejudicam a coletividade ao violar a lei e os princípios constitucionais da livre iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico." Uma das denúncias é a existência de um esquema de venda de vagas para novos caminhoneiros. Quem quiser participar do negócio tem que pagar um tipo de pedágio que varia de R$ 300 mil a R$ 1 milhão. Antônio Luiz Neto, ex-consultor técnico da Catlog, que prestava serviços de logística para a Renault, disse à SDE que o Sindicam e ANTV cobravam "pedágio" dos caminhoneiros. Segundo a SDE, "a forte atuação dos cartéis que dominam há anos esses elos da cadeia vertical, liderados pelos representados (ANTV e Sindicam), que atuam gerando prejuízos às montadoras sempre que estas tentam escolher empresas que não participam desses cartéis, tem desestimulado uma atuação mais incisiva para a abertura do mercado de transportes por iniciativa das montadoras." No centro da disputa está o empresário e deputado federal Vittorio Medioli (PV- MG). Segundo fontes citadas nos processos e ouvidas pelo Valor, Medioli, proprietário da transportadora Sada, foi aos poucos ampliando seu grupo ao comprar boa parte das demais empresas que formam a ANTV. Ele teve o cuidado de manter a identidade jurídica de cada 64
  • 65. empresa para não chamar atenção. O diretor jurídico do grupo Sada, Luis Tito, negou a informação e disse que o grupo é composto por duas empresas, Sada e DaCunha. Nas montadoras, fontes informam que a centralização de comando é um "assunto engasgado", mas ninguém quer falar. Os concessionários sentem certo alívio por não serem mais os responsáveis pela contratação do serviço de transporte. Um executivo que não quer ser identificado relata a vez em que recebeu telefonema anônimo ameaçador. A pessoa que ligou aconselhou-o a tomar cuidado nas suas atitudes para preservar a integridade da esposa e filhos. HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONOMICO As questões econômicas têm preocupado muitos intelectuais ao longo dos séculos. Na antiga Grécia, Aristóteles e Platão dissertaram sobre os problemas relativos à riqueza, à propriedade e ao comércio. Durante a Idade Média, predominaram as idéias da Igreja Católica Apostólica Romana e foi imposto o direito canônico, que condenava a usura (contrato de empréstimo com pagamento de juros) e considerava o comércio uma atividade inferior à agricultura. De modo geral a historia do pensamento econômico pode ser dividida em: • Mercantilismo • Fisiocracia • Economia Clássica • Teoria Marxista • Teoria Keynesiana O Mercantilismo Conseqüência da ampliação de horizontes econômicos propiciada pelos descobrimentos marítimos do século XVI, o mercantilismo, apesar de apresentar variantes de país para país, esteve sempre associado ao projeto de um estado monárquico poderoso, capaz de se impor entre as nações européias. 65
  • 66. Mercantilismo é a teoria e prática econômica que defendiam, do século XVI a meados do XVII, o fortalecimento do estado por meio da posse de metais preciosos, do controle governamental da economia e da expansão comercial. Os principais promotores do mercantilismo, como Thomas Mun na Grã-Bretanha, Jean-Baptiste Colbert na França e Antonio Serra na Itália, nunca empregaram esse termo. Sua divulgação coube ao maior crítico do sistema, o escocês Adam Smith, em The Wealth of Nations (1776; A riqueza das nações). Para a consecução dos objetivos mercantilistas, todos os outros interesses deviam ser relegados a segundo plano: a economia local tinha que se transformar em nacional e o lucro individual desaparecer quando assim conviesse ao fortalecimento do poder nacional. A teoria foi exposta de maneira dispersa em numerosos folhetos, meio de comunicação então preferido pelos preconizadores de uma doutrina. Programa da política mercantilista. Alcançar a abundância de moeda era, efetivamente, um dos objetivos básicos dos mercantilistas, já que, segundo estes, a força do estado dependia de suas reservas monetárias. Se uma nação não dispunha de minas, tinha de buscar o ouro necessário em suas colônias ou, caso não as tivesse, adquiri-lo por meio do comércio, o que exigia um saldo favorável da balança comercial -- ou seja, que o valor das exportações fosse superior ao das importações. Para obter uma produção suficiente, deviam ser utilizados hábil e eficazmente todos os recursos produtivos do país, em especial o fator trabalho. Toda nação forte precisava possuir uma grande população que fornecesse trabalhadores e soldados, e ao mesmo tempo o mercado correspondente. As possessões coloniais deveriam fornecer metais preciosos e matérias-primas para alimentar a manufatura nacional, ao mesmo tempo em que constituíssem mercados consumidores dos produtos manufaturados da metrópole. Proibiam-se as atividades manufatureiras nas colônias, e o comércio, em regime de monopólio, era reservado à metrópole. Em território nacional, o mercantilismo preconizou o desaparecimento das alfândegas interiores, a supressão ou redução dos entraves à produção forçados pelas corporações de ofício, o emprego de sistemas de contabilidade e acompanhamento das 66
  • 67. contas de receitas e despesas do estado, a troca de funcionários corruptos ou negligentes por outros honestos e competentes, a criação de uma fiscalização centralizada e a adoção de leis que desestimulassem a importação de bens improdutivos e de grande valor. Avaliação do mercantilismo. A crítica mais abrangente do mercantilismo foi movida por Adam Smith, que denunciou a falsa identificação, feita por muitos teóricos dessa corrente econômica, entre dinheiro e riqueza. Com efeito, o forte protecionismo alfandegário e comercial, e a subordinação da economia das colônias à da metrópole, não tinham como fim último o desenvolvimento da manufatura nacional mas, como foi assinalado, a maior acumulação possível de metais nobres. A economia clássica posterior, cujo principal representante foi Smith, preconizou, ao contrário, a livre atividade comercial e manufatureira em qualquer território -- colônia ou metrópole --, já que, segundo seus princípios, a riqueza não se identificava com o simples acúmulo de reservas monetárias, mas com a própria produção de bens. No século XX, porém, o economista britânico John Maynard Keynes retomou formulações do mercantilismo e afirmou a existência de similitudes entre sua própria teoria do processo econômico e a teoria mercantilista. Independentemente das diversas análises econômicas a que foi submetido, o mercantilismo foi o instrumento que assegurou as condições econômicas e financeiras necessárias a garantir a expansão dos estados absolutistas europeus. Entre os representantes do mercantilismo distinguiu-se o francês Jean-Baptiste Colbert, ministro da Fazenda de Luís XIV, de tal importância que seu nome serviu para se cunhar o termo por que é conhecida a variante francesa do mercantilismo, o colbertismo. Na Grã-Bretanha, além de Thomas Mun, sustentaram a mesma orientação James Steuart e Josiah Child, assim como na França Jean Bodin e Antoine de Montchrestien. Em Portugal, as primeiras reformas do marquês de Pombal revelam sua filiação à teoria mercantilista. Fonte: http://www.economiabr.net/economia/1_hpe2.html 67