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Universidade de São Paulo
            Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Relações Públicas, Turismo e Propaganda




DO CARTAZ DA BAUHAUS AO CARTAZ CONTEMPORÂNEO




                              Trabalho de Estética em Publicidade
                                   Professor Doutor Victor Aquino

                                           Clara Fagundes e Souza
                                            Guilherme IegawaSugio
                                                Isabela PagliariBrun
                                          José Vinicius Diniz Lopes
                                     Julia Isabel Miranda Travaglini


                   São Paulo, 2011
Universidade de São Paulo
                   Escola de Comunicações e Artes
       Departamento de Relações Públicas, Turismo e Propaganda




                          Clara Fagundes e Souza
                           Guilherme IegawaSugio
                             Isabela PagliariBrun
                         José Vinicius Diniz Lopes
                       Julia Isabel Miranda Travaglini




      DO CARTAZ DA BAUHAUS AO CARTAZ CONTEMPORÂNEO




Trabalho apresentado à disciplina de Estética em Publicidade, ministrada pelo
Prof. Dr. Victor Aquino, como parte do requisito para composição da nota final
                              referente ao primeiro semestre do ano de 2011.



                                São Paulo,
                                  2011
INTRODUÇÃO


      Com este trabalho, pretende-se estabelecer uma comparação entre o
cartaz Bauhaus e o cartaz contemporâneo, tendo em vista as inúmeras
influências do primeiro sobreo segundo. As características bauhausianas estão
presentes, até hoje, nas produções artísticas como cartazes, sites, projetos
arquitetônicos e tipografia. É importante notar, ao decorrer do texto, a
extemporaneidade da escola de artes Bauhaus, que teve seus princípios de
funcionalidade,   geometrização,   minimalismo,   cores   primárias,   fortes   e
vibrantes, além do notável estilo arquitetônico, ecoados ao longo do tempo, tão
marcantes na arte atual. A seguir, uma exposição do histórico da escola alemã,
do surgimento do cartaz e da sua função comunicacional e artística irá
configurar o tema proposto: ―Do cartaz Bauhaus ao cartaz contemporâneo‖.
BREVE HISTÓRICO DA BAUHAUS


       A Bauhaus estabeleceu conceitos do design funcionalista e da didática
desta nova atividade. Nenhuma outra instituição teve tão forte impacto no
design e na tipografia do século XX.


       No ano de 1919, o alemão Walter Gropius fundiu duas escolas
existentes na cidade de Weimar, a Escola de Artes e Ofícios, do belga Henri
van de Velde, com a escola Belas-Artes, do alemão Hermann Muthesius, e
criou a Staatliches Bauhaus (Casa Estatal de Construção).
       A Bauhaus, como passou a ser conhecida, contribuiu de forma
significativa para a definição do papel do designer. Fundada com a missão de
promover a união entre a arte e a técnica, apresentou nos seus primeiros anos
de funcionamento uma orientação mais individualista, valorizando a expressão
pessoal do artista na concepção do produto. Neste período, a escola começou
a ocupar-se da produção de modelos de produtos para a indústria,
consolidando a linguagem estética que caracteriza a Bauhaus até os dias de
hoje, chamada por Maldonado ―funcionalismo técnico- formalista‖.
       Um dos primeiros movimentos da Bauhaus foi o ArtsandCrafts, de
William Morris, que defendia o artesanato como alternativa à mecanização e à
produção em massa industrial e queria acabar com a distinção entre artesão e
artista.
       Foi na Alemanha destruída pela I Guerra Mundial e frente ao desafio da
reconstrução da economia do país que Gropius, tomando por base a
experiência do DeutscherWerkbund, uma associação fundada com o objetivo
de para incentivar as relações entre os artistas modernos, os artesãos
qualificados e a indústria, retoma a questão do artesanato e da produção
industrial, cuja padronização poderia vir a aniquilar o talento artístico individual.
       Mais que uma escola, fundou um centro de cultura que tinha como
objetivo a integração do ensino à indústria, superando a oposição entre
trabalho manual e intelectual, arte e artesanato, arte e indústria e funcionando
como um laboratório de ideias em relação à arquitetura, artes plásticas, artes
gráficas e desenho de móveis e objetos domésticos, procurando conciliar o
artesanato e o avanço tecnológico.
Considerado um aliado da arte e da técnica, o artesanato é visto com
uma função pedagógica, como um aprendizado pelo fazer, abrindo-se para um
programa que prevê o conhecimento de todos os instrumentos de trabalho e de
todo o processo produtivo, desde a compreensão dos materiais, observação
das formas e texturas da natureza, até o projeto e execução dos objetos.
          A Bauhaus combatia a arte pela arte e estimulava a livre criação com a
finalidade de ressaltar a personalidade do homem. Mais importante que formar
um profissional, segundo Gropius, era formar homens ligados aos fenômenos
culturais e sociais mais expressivos do mundo moderno. Por isso, entre
professores e alunos havia liberdade de criação, mas dentro de convicções
filosóficas comuns.
          O ensino era suficientemente elástico, com a participação, na pesquisa
conjunta, de artistas, mestres de oficinas e alunos. Para Gropius, a unidade
arquitetônica só podia ser obtida pela tarefa coletiva, que incluía os mais
diferentes tipos de criação, como a pintura, a música, a dança, a fotografia e o
teatro.
          De tal maneira a filosofia da Bauhaus impregnou seus membros que,
sem demora, definiu-se um estilo em seus produtos despidos de ornamentos,
funcionais e econômicos, cujos protótipos saíam de suas Oficinas para a
execução em série na indústria. O estilo Bauhaus era fruto do pensamento dos
professores, recrutados, sem discriminação de nacionalidade, entre membros
dos movimentos abstrato e cubista.
          No início da Bauhaus, Gropius baseou-se principalmente em três
mestres: o pintor americano LyonelFeininger, o escultor e gravador alemão
Gerhard Marcks e o pintor suíço JohannesItten. A eles se juntaram depois
artistas da categoria de OskarSchlemmer, Paul Klee, WassiliKandinski, László
Moholy-Nagy e Ludwig Mies van der Rohe. Em 1925, Josef Albers e Marcel
Breuer passaram a fazer parte do grupo.
          Ameaçada ao fim pelos conservadores por causa de suas inovações, a
escola mudou-se em 1925 para Dessau, onde ficou até o começo do nazismo.
Gropius projetou e construiu um conjunto de prédios que eram, em si mesmos,
um manifesto de arquitetura moderna e uma das mais extraordinárias obras da
década de 1920 para abrigar a Bauhaus.
Em 1932, com a chegada dos nazistas ao poder em Dessau, a Bauhaus
transferiu-se para Berlim, onde continuou a funcionar até seu fechamento
definitivo em 1933. As possibilidades da vanguarda alemã, com isso, fecharam-
se também, mas o ensino inovador da Bauhaus já havia se difundido a essa
altura nos principais centros de arte. Tal difusão tornou-se ainda maior quando
os grandes mestres da escola, devido às perseguições nazistas, passaram a
emigrar, principalmente para os Estados Unidos e a Inglaterra.


O ENSINO NA BAUHAUS


       A Bauhaus tinha como principal estrutura em seu sistema educacional
um curso preliminar obrigatório para todos os alunos — o Vorkus.
       O aprendizado conquistado pela prática era o que buscava este curso;
através de estudos, fazia-se com que os alunos desenvolvessem - na prática -
exploração e combinação de formas, cores e materiais.
       Só depois de passar por todo o processo do Vorkus, o aluno se
especializaria numa oficina específica. Em suas várias fases, a Bauhaus tentou
unir técnica e arte através da prática e da experimentação. Mais tarde,
introduziu a estruturação de metodologias de projetos.
       Buscou uma integração da Arquitetura ao Design, projetando o
mobiliário como componente integrante da arquitetura.
       Considerada a fonte do design moderno, foi uma referência estética para
produção industrial moderna. Desenvolveu e aprimorou nos seus laboratórios
protótipos de produtos adequados à produção em massa.
       Apesar de todas as críticas que sofreu, foi um marco de extrema
importância para a história do design, tendo em vista que foi a primeira escola
a utilizar-se de métodos educacionais exclusivamente adequados ao design
industrial.
MANISFESTO DA BAUHAUS


      O fim último de toda a atividade plástica é a construção. Adorná-la era,
outrora, a tarefa mais nobre das artes plásticas, componentes inseparáveis da
magna arquitetura. Hoje elas se encontram numa situação de auto-suficiência
singular, da qual só se libertarão através da consciente atuação conjunta e
coordenada de todos os profissionais. Arquitetos, pintores e escultores devem
novamente chegar a conhecer e compreender a estrutura multiforme da
construção em seu todo e em suas partes; só então suas obras estarão outra
vez plenas de espírito arquitetônico que se perdeu na arte de salão.
      As antigas escolas de arte foram incapazes de criar essa unidade, e
como poderiam, visto ser a arte coisa que não se ensina? Elas devem voltar a
ser oficinas. Esse mundo de desenhistas e artistas deve, por fim, tornar a
orientar-se para a construção. Quando o jovem que sente amor pela atividade
plástica começar como antigamente, pela aprendizagem de um ofício, o
"artista" improdutivo não ficará condenado futuramente ao incompleto exercício
da arte, uma vez que sua habilidade fica conservada para a atividade
artesanal, onde pode prestar excelentes serviços.
      Arquitetos, escultores, pintores, todos devemos retornar ao artesanato,
pois não existe "arte por profissão". Não há nenhuma diferença essencial entre
artista e artesão, o artista é uma elevação do artesão, a graça divina, em raros
momentos     de   luz   que   estão   além   de   sua    vontade,   faz   florescer
inconscientemente obras de arte, entretanto, a base do "saber fazer" é
indispensável para todo artista. Aí se encontra a fonte de criação artística.
      Formemos, portanto, uma nova corporação de artesãos, sem a
arrogância exclusivista que criava um muro de orgulho entre artesãos e
artistas. Desejemos, inventemos, criemos juntos a nova construção do futuro,
que enfeixará tudo numa única forma: arquitetura, escultura e pintura que, feita
por milhões de mãos de artesãos, se alçará um dia aos céus, como símbolo
cristalino de uma nova fé vindoura.


Walter Gropius Weimar, Abril de 1919
CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA BAUHAUS


      A Bauhaus passou por duas fases, a primeira mais expressionista e a
segunda mais funcionalista, obtendo uma diversificação de obras muito grande.
      A escola teve características como: geometrização, onde o uso de
formas geométricas nos cartazes até os moveis eram corriqueiros por valorizar
a simplicidade e a funcionalidade; utilização de cores vibrantes e vivas, em
virtude das diferentes sensações que produziam ao ser humano; minimalismo,
já que a ideia era retirar tudo que fosse desnecessário na peça, facilitando o
desenvolvimento e o custo da produção em massa; funcionalidade, era a lei
da escola, jamais deveria ser sacrificada de forma a obter uma forma mais
agradável, o importante era ser funcional e barato; tipografia, característica
marcante da Bauhaus, sendo centro de estudos tipográficos muito valiosos,
haja vista a importância das letras na construção de um cartaz.
      A Arquitetura teve grande destaque, pois Walter Gropius era um
arquiteto e, assim, a Bauhaus focava esta área da arte. Cada espaço dentro do
prédio da escola corresponde a uma área de criação. Os níveis de luz e
ventilação foram estudados para proporcionar o melhor ambiente. Percebe-se
aqui a funcionalidade, um traço tão marcante da Bauhaus.


A HISTÓRIA DO CARTAZ


      O cartaz, tal como se conhece hoje, surge juntamente com a litografia,
desenvolvida por AloysSenefelder. Essa técnica foi criada para que a
impressão se tornasse mais barata, fazendo do cartaz um meio de
comunicação    em massa.      Suas principais características são        a   fácil
identificação, textos curtos, diretos e impactantes, legíveis a certa distância e
com unicidade. Em 1816, Paris ganha sua primeira impressora litográfica,
abrindo caminho para os cartazes publicitários. Jules Chéret se destaca ao ser
um dos primeiros a criar cartazes de caráter artístico utilizando o modelo
imagem e texto curto, proporcionando uma leitura rápida e percepção da
mensagem claramente, com sedução e impacto emocional. A utilização de
tintas resistentes à chuva e o desenvolvimento da cromolitografia permite a
afixação de cartazes maiores nas ruas.
Durante a segunda metade do século XIX, aparecem encomendas por
parte das companhias ferroviárias, destacando-se a PLM (Paris-Lião-
Mediterrâneo). Hugo d’Alesi utiliza imagens sedutoras, com paisagens
deslumbrantes, céu azul e mulheres lindas para convidar ao veraneio aqueles
que podiam pagar. Por ser acessível apenas a uma pequena elite, tais imagens
traziam evasão e exotismo às pessoas. Outro grande destaque da época foi
Henri de Toulouse Lautrec, que trouxe a vida boêmia de Paris e suas
apresentações teatrais aos olhos da sociedade.
      No início do século XX, influenciado pela ArtNoveau, Alphonse Mucha
pinta belas mulheres de cabelos longos e ondulados, com a presença
constante de flores e traços orgânicos, revelando uma liberdade estética e
ousadia criativas características do estilo. Após a Primeira Guerra Mundial, a
forma e a cor são valorizadas por Roger Broders e Jean-Gabriel Domergue ao
retratarem temas mais simbólicos com mensagens mais diretas. Broders se
destaca ao pintar as estações de veraneio de Côte d’Azur e Domergue inova
com suas pin-ups sensuais.
      Com o advento dos movimentos que contestavam o modo de produção
capitalista, surgem também os cartazes de propaganda ideológica ou política,
como é o caso da URSS, e mais recentemente, China e Cuba. Tais cartazes
procuram evidenciar suas crenças em outros modelos de sociedade,
mostrando melhorias de vida da população e o culto aos seus líderes. Também
se destacam, durante os anos 20 e 30, a escola de design Bauhaus, que será
citada mais à frente, a revista De Stijl, o Futurismo e o Cubismo, retratando
produtos comerciais e eventos sociais.
      Adolphe MouronCassandre destacou-se na produção de cartazes de
publicidade, sobretudo aqueles ligados às viagens de luxo, que estavam na
moda no período do ArtDeco. Os seus trabalhos obtiveram grande sucesso e
tiveram influência sobre os artistas da época. Seu estilo de desenho é
elegante, apresentando abstração geométrica, vastos planos de cores, com
imagens em perfeita integração com as palavras.
Mais recentemente, nos anos 50, 60 e 70 tem-se, também retratando eventos,
festivais e exposições, Picasso, Matisse e Chagall, além de Andy Warhol, René
Magritte e Roy Lichtenstein, com a pop-art, refletindo os movimentos político-
sociais da época.
O CARTAZ NA BAUHAUS


       Um dos principais desenvolvimentos artísticos da escola Bauhaus foi o
cartaz. O cartaz tem basicamente a função de propaganda, que no caso da
Bauhaus era para divulgar exposições e a própria escola. Mas o que colocou o
cartaz da Bauhaus como uma referência na propaganda foi a sua marcante
estética.
       Três conceitos regem o cartaz: ordem, simplicidade e clareza nas
informações. O forte uso do contraste dá destaque às informações nele
contidas, como, por exemplo, colocar um texto com a coloração tipográfica
preta em uma caixa laranja e com um fundo branco. Outro recurso que destaca
e divide as informações é utilizar palavras em sentido diferentes, como, por
exemplo, formando um angulo de noventa graus entre elas. A mesma
finalidade também é empregada na distribuição da informação em blocos.
       Há outras características que também são muito marcantes no cartaz da
Bauhaus, como o uso de formas geométricas, uma tipografia inovadora e
geométrica, muito particular. Cores fortes, principalmente as primárias são as
mais utilizadas. Os títulos dos cartazes geralmente são escritos em caixa alta,
bem como referências à República de Weimar e o nome da escola Bauhaus.
       As características gerais da Bauhaus se aplicam aos cartazes dessa
escola. Tanto o minimalismo, as cores intensas se destacando em um fundo
claro, a geometrização tanto da tipografia quanto dos vetores. Todos esses
aspectos contribuem para o funcionalismo do cartaz, que ao contar com essas
características realiza a propagação da informação com maior facilidade.
       Alguns artistas da Bauhaus que desenharam cartazes foram Hebert
Bayer, Fritz Schleifer, Franz Ehrlich e Dimensionen.


HEBERT BAYER


       HebertBeyer foi o artista que desenhou o catálogo da exposição da
Bauhaus de 1923. Artista gráfico, ilustrador, diretor de arte, fotógrafo,
infografista, docente na Bauhaus, pioneiro do Modernismo no design europeu e
norte-america, Hebert Bayer nasceu na Áustria e foi estudante da Bauhaus de
1921 até 1923, onde estudou sob a direção de Kandinsky e Moholy-Nagy.
Em 1925, Walter Gropius, na sua função de director da Bauhaus,
convidou-o a dirigir a Oficina de Tipografia e Publicidade; assim, Bayer passou
a integrar o corpo docente da Bauhaus.
       Bayer pensou poder superar os limites impostos pelo vai-vem das
modas; para tal, subordinou o seu desenho de letras a leis supostamente
―atemporais‖ e ―objetivas‖.

       Em 1928, Bayer deixou a Bauhaus para seguir uma carreira de
designer freelance. Desmobilizou o seu rigor e purismo, para poder vender o
seu trabalho.
       Em 1933, a Fundição Berthold encomendou-lhe uma tipografia para
uso comercial. Para esta encomenda, Bayer apresentou a sua sturmblond,
mas numa variante já «vestida», ou seja: com serifas, e bastante
condensada.
       Houve poucos clientes do exterior interessados no design moderno e
na tipografia feitos na escola Bauhaus. O sucesso comercial das ideias e dos
protótipos da Bauhaus – se é que houve um tal sucesso – só começou a
esboçar-se no fim dos anos 20. Esta aceitação aumentou nos primeiros anos
da década de 30 – para ser brutalmente interrompida pela barbárie nazi.
Uma excepção foi a revista die neuelinie.
       Herbert     Bayer      foi       director   artístico   da     revista
femininaHarper'sBazaar no final da década de 1920-1930. Trabalhou
também para a revista Fortune, nos EUA, realizando excelentes ilustrações e
infográficas.
       Bayer trabalhou com Walter Gropius em Berlin, onde tinha o seu
atelier após ter saído de Dessau.
       Josef Albers, outro docente da Bauhaus, emigrou para os E.U.A. já em
1933; Herbert Bayer chegou a Nova Iorque em 1938, para finalizar os
preparativos da exposição Bauhaus 1919-1928.
       Bayer desenhou a exposição no MOMA a e realizou o catálogo. Este
evento lançou as bases da energia vanguardista que impulsionou o design
norte-americano a partir dos anos 40.
Nos EUA foi consultor da empresa J. Walter Thompson e da
DorlandInternational. A partir de 1946 esteve activo como professor
no AspenInstitute Colorado. Herbert Bayer, depois de trabalhar ainda longos
30 anos como artista plástico e gráfico nos EUA, fez o legado da sua obra ao
Denver ArtMuseum.


DO CARTAZ DA BAUHAUS AO CARTAZ CONTEMPORÂNEO


      A escola Bauhaus perpetuou alguns ideias que se mantêm até a
atualidade, tanto na arquitetura, quanto no design: a redefinição do espaço
urbano, o funcionalismo minimalista e a tese de que beleza e utilidade são
sinônimos.
      O cartaz da Bauhaus, especificamente, influencia intensamente a
estética de cartazes publicitários, cartazes de filmes, embalagens de produtos
e outros impressos da publicidade.
      Muito da produção atual da publicidade contemporânea em cartazes é
construída a partir dos pilares básicos dos cartazes da Bauhaus: cores fortes,
geometrização, minimalismo. A utilização de um espectro maior de cores e de
outras tipografias são pontos de diferença, porém ainda se utiliza muito a
divisão por blocos e a disposição diferenciada das palavras. Destacando-se as
tipografias desenvolvidas na Bauhaus, muitas das quais não chegaram a ser
massificadas, pode-se notar que estas, ainda hoje, são encontradas em
cartazes políticos, de filmes, eventos e capas de álbuns musicais.


ARTISTAS QUE SE UTILIZAM DE INSPIRAÇÕES BAUHAUSIANA


Brand Paul
      O reconhecido designer gráfico norte-americano Brand Paul utilizou em
suas obras, como cartazes, logos e embalagens certa inspiração bauhausiana.


Olly Moss
O artista gráfico Olly Moss reformulou alguns cartazes de filmes
hollywoodianos, dando aspectos bauhausianos a eles.




Camiseta
      A marca de camisetas Camiseteria também utilizou de inspiração
Bauhausiana.


      Esses e outros cartazes atuais com inspiração bauhausiana estão em
anexo.
ANEXOS




Figura 1 - Cartaz da exposição de 1923 da Bauhaus




Figura 2 - Edição da Revista Bauhaus – Segundo trimestre de 1928
Figura 3 - Cartaz de Fritz Schleifer




Figura 4 - Bauhaus Dessau - Franz Ehrlich




Figura 5 - Capa do Catálogo de produtos da Bauhaus, desenhada por
Herbert Bayer.
Figura 6 - Edição da Revista Bauhaus 1923




Figura 7 - Cartaz de Hebert Beyer
Figura 8 - Cartaz de Hebert Beyer




Figura9 - Herbert Bayer, 50 jahre Bauhaus, Austellung, 1968
Figura 10 - Cartaz de Rudolf Baschant




Figura 11 - Cartaz de Fritz Schleifer




Figura 12 - Reprodução do livro BAUHAUS, Judith Carmel-Arthur,
desenho de László Moholy-Nagy, de 1923
Figura 13 - Revista BAZAAR capa desenhada por HebertBeyer




Figura 14 - Cartaz da Utopia Music Festival – 2011




Figura 15 - Cartaz do evento "A Publicidade em debate", realizado pela
Faculdade Cantareira – 2010
Figura 16 - Cartaz do filme Justin BieberNeverSay Never - 2011




Figura 17 - Cartaz do filme Justin BieberNeverSay Never - 2011




Figura 18 -Anúncio publicitário da marca Brother Company
Figura 19 - Cartaz do evento Enterro da Gata - 2008




Figura 20 - Anúncio publicitário da marca Nescafé




Figura 21 - Anúncio publicitário da marca Mc Donald's
Figura 22 - Cartazes do artista Olly Moss




Figura 23 - Cartaz do artista Brand Paul
REFERÊNCIAS


Bauhaus    –   archivemuseumfürgestalt:   starseite<http://www.bauhaus.de>,
acessado em 20 de maio de 2011.
Willkommen in der Bauhausstardt<http://www.bauhausstadt.de>, acessado em
20 de maio de 2011.
Stiftung Bauhaus Dessau<http://www.bauhaus-dessau.de>, acessado em 20
de maio de 2011.
DROSTE, Magdalena. Bauhaus. 2002.
Vídeo ABCsof Bauhaus <http://www.youtube.com/watch?v=3_c6AlBBCCI>,
acessado em 20 de maio de 2011.

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Do cartaz Bauhaus ao cartaz contemporâneo

  • 1. Universidade de São Paulo Escola de Comunicações e Artes Departamento de Relações Públicas, Turismo e Propaganda DO CARTAZ DA BAUHAUS AO CARTAZ CONTEMPORÂNEO Trabalho de Estética em Publicidade Professor Doutor Victor Aquino Clara Fagundes e Souza Guilherme IegawaSugio Isabela PagliariBrun José Vinicius Diniz Lopes Julia Isabel Miranda Travaglini São Paulo, 2011
  • 2. Universidade de São Paulo Escola de Comunicações e Artes Departamento de Relações Públicas, Turismo e Propaganda Clara Fagundes e Souza Guilherme IegawaSugio Isabela PagliariBrun José Vinicius Diniz Lopes Julia Isabel Miranda Travaglini DO CARTAZ DA BAUHAUS AO CARTAZ CONTEMPORÂNEO Trabalho apresentado à disciplina de Estética em Publicidade, ministrada pelo Prof. Dr. Victor Aquino, como parte do requisito para composição da nota final referente ao primeiro semestre do ano de 2011. São Paulo, 2011
  • 3. INTRODUÇÃO Com este trabalho, pretende-se estabelecer uma comparação entre o cartaz Bauhaus e o cartaz contemporâneo, tendo em vista as inúmeras influências do primeiro sobreo segundo. As características bauhausianas estão presentes, até hoje, nas produções artísticas como cartazes, sites, projetos arquitetônicos e tipografia. É importante notar, ao decorrer do texto, a extemporaneidade da escola de artes Bauhaus, que teve seus princípios de funcionalidade, geometrização, minimalismo, cores primárias, fortes e vibrantes, além do notável estilo arquitetônico, ecoados ao longo do tempo, tão marcantes na arte atual. A seguir, uma exposição do histórico da escola alemã, do surgimento do cartaz e da sua função comunicacional e artística irá configurar o tema proposto: ―Do cartaz Bauhaus ao cartaz contemporâneo‖.
  • 4. BREVE HISTÓRICO DA BAUHAUS A Bauhaus estabeleceu conceitos do design funcionalista e da didática desta nova atividade. Nenhuma outra instituição teve tão forte impacto no design e na tipografia do século XX. No ano de 1919, o alemão Walter Gropius fundiu duas escolas existentes na cidade de Weimar, a Escola de Artes e Ofícios, do belga Henri van de Velde, com a escola Belas-Artes, do alemão Hermann Muthesius, e criou a Staatliches Bauhaus (Casa Estatal de Construção). A Bauhaus, como passou a ser conhecida, contribuiu de forma significativa para a definição do papel do designer. Fundada com a missão de promover a união entre a arte e a técnica, apresentou nos seus primeiros anos de funcionamento uma orientação mais individualista, valorizando a expressão pessoal do artista na concepção do produto. Neste período, a escola começou a ocupar-se da produção de modelos de produtos para a indústria, consolidando a linguagem estética que caracteriza a Bauhaus até os dias de hoje, chamada por Maldonado ―funcionalismo técnico- formalista‖. Um dos primeiros movimentos da Bauhaus foi o ArtsandCrafts, de William Morris, que defendia o artesanato como alternativa à mecanização e à produção em massa industrial e queria acabar com a distinção entre artesão e artista. Foi na Alemanha destruída pela I Guerra Mundial e frente ao desafio da reconstrução da economia do país que Gropius, tomando por base a experiência do DeutscherWerkbund, uma associação fundada com o objetivo de para incentivar as relações entre os artistas modernos, os artesãos qualificados e a indústria, retoma a questão do artesanato e da produção industrial, cuja padronização poderia vir a aniquilar o talento artístico individual. Mais que uma escola, fundou um centro de cultura que tinha como objetivo a integração do ensino à indústria, superando a oposição entre trabalho manual e intelectual, arte e artesanato, arte e indústria e funcionando como um laboratório de ideias em relação à arquitetura, artes plásticas, artes gráficas e desenho de móveis e objetos domésticos, procurando conciliar o artesanato e o avanço tecnológico.
  • 5. Considerado um aliado da arte e da técnica, o artesanato é visto com uma função pedagógica, como um aprendizado pelo fazer, abrindo-se para um programa que prevê o conhecimento de todos os instrumentos de trabalho e de todo o processo produtivo, desde a compreensão dos materiais, observação das formas e texturas da natureza, até o projeto e execução dos objetos. A Bauhaus combatia a arte pela arte e estimulava a livre criação com a finalidade de ressaltar a personalidade do homem. Mais importante que formar um profissional, segundo Gropius, era formar homens ligados aos fenômenos culturais e sociais mais expressivos do mundo moderno. Por isso, entre professores e alunos havia liberdade de criação, mas dentro de convicções filosóficas comuns. O ensino era suficientemente elástico, com a participação, na pesquisa conjunta, de artistas, mestres de oficinas e alunos. Para Gropius, a unidade arquitetônica só podia ser obtida pela tarefa coletiva, que incluía os mais diferentes tipos de criação, como a pintura, a música, a dança, a fotografia e o teatro. De tal maneira a filosofia da Bauhaus impregnou seus membros que, sem demora, definiu-se um estilo em seus produtos despidos de ornamentos, funcionais e econômicos, cujos protótipos saíam de suas Oficinas para a execução em série na indústria. O estilo Bauhaus era fruto do pensamento dos professores, recrutados, sem discriminação de nacionalidade, entre membros dos movimentos abstrato e cubista. No início da Bauhaus, Gropius baseou-se principalmente em três mestres: o pintor americano LyonelFeininger, o escultor e gravador alemão Gerhard Marcks e o pintor suíço JohannesItten. A eles se juntaram depois artistas da categoria de OskarSchlemmer, Paul Klee, WassiliKandinski, László Moholy-Nagy e Ludwig Mies van der Rohe. Em 1925, Josef Albers e Marcel Breuer passaram a fazer parte do grupo. Ameaçada ao fim pelos conservadores por causa de suas inovações, a escola mudou-se em 1925 para Dessau, onde ficou até o começo do nazismo. Gropius projetou e construiu um conjunto de prédios que eram, em si mesmos, um manifesto de arquitetura moderna e uma das mais extraordinárias obras da década de 1920 para abrigar a Bauhaus.
  • 6. Em 1932, com a chegada dos nazistas ao poder em Dessau, a Bauhaus transferiu-se para Berlim, onde continuou a funcionar até seu fechamento definitivo em 1933. As possibilidades da vanguarda alemã, com isso, fecharam- se também, mas o ensino inovador da Bauhaus já havia se difundido a essa altura nos principais centros de arte. Tal difusão tornou-se ainda maior quando os grandes mestres da escola, devido às perseguições nazistas, passaram a emigrar, principalmente para os Estados Unidos e a Inglaterra. O ENSINO NA BAUHAUS A Bauhaus tinha como principal estrutura em seu sistema educacional um curso preliminar obrigatório para todos os alunos — o Vorkus. O aprendizado conquistado pela prática era o que buscava este curso; através de estudos, fazia-se com que os alunos desenvolvessem - na prática - exploração e combinação de formas, cores e materiais. Só depois de passar por todo o processo do Vorkus, o aluno se especializaria numa oficina específica. Em suas várias fases, a Bauhaus tentou unir técnica e arte através da prática e da experimentação. Mais tarde, introduziu a estruturação de metodologias de projetos. Buscou uma integração da Arquitetura ao Design, projetando o mobiliário como componente integrante da arquitetura. Considerada a fonte do design moderno, foi uma referência estética para produção industrial moderna. Desenvolveu e aprimorou nos seus laboratórios protótipos de produtos adequados à produção em massa. Apesar de todas as críticas que sofreu, foi um marco de extrema importância para a história do design, tendo em vista que foi a primeira escola a utilizar-se de métodos educacionais exclusivamente adequados ao design industrial.
  • 7. MANISFESTO DA BAUHAUS O fim último de toda a atividade plástica é a construção. Adorná-la era, outrora, a tarefa mais nobre das artes plásticas, componentes inseparáveis da magna arquitetura. Hoje elas se encontram numa situação de auto-suficiência singular, da qual só se libertarão através da consciente atuação conjunta e coordenada de todos os profissionais. Arquitetos, pintores e escultores devem novamente chegar a conhecer e compreender a estrutura multiforme da construção em seu todo e em suas partes; só então suas obras estarão outra vez plenas de espírito arquitetônico que se perdeu na arte de salão. As antigas escolas de arte foram incapazes de criar essa unidade, e como poderiam, visto ser a arte coisa que não se ensina? Elas devem voltar a ser oficinas. Esse mundo de desenhistas e artistas deve, por fim, tornar a orientar-se para a construção. Quando o jovem que sente amor pela atividade plástica começar como antigamente, pela aprendizagem de um ofício, o "artista" improdutivo não ficará condenado futuramente ao incompleto exercício da arte, uma vez que sua habilidade fica conservada para a atividade artesanal, onde pode prestar excelentes serviços. Arquitetos, escultores, pintores, todos devemos retornar ao artesanato, pois não existe "arte por profissão". Não há nenhuma diferença essencial entre artista e artesão, o artista é uma elevação do artesão, a graça divina, em raros momentos de luz que estão além de sua vontade, faz florescer inconscientemente obras de arte, entretanto, a base do "saber fazer" é indispensável para todo artista. Aí se encontra a fonte de criação artística. Formemos, portanto, uma nova corporação de artesãos, sem a arrogância exclusivista que criava um muro de orgulho entre artesãos e artistas. Desejemos, inventemos, criemos juntos a nova construção do futuro, que enfeixará tudo numa única forma: arquitetura, escultura e pintura que, feita por milhões de mãos de artesãos, se alçará um dia aos céus, como símbolo cristalino de uma nova fé vindoura. Walter Gropius Weimar, Abril de 1919
  • 8. CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA BAUHAUS A Bauhaus passou por duas fases, a primeira mais expressionista e a segunda mais funcionalista, obtendo uma diversificação de obras muito grande. A escola teve características como: geometrização, onde o uso de formas geométricas nos cartazes até os moveis eram corriqueiros por valorizar a simplicidade e a funcionalidade; utilização de cores vibrantes e vivas, em virtude das diferentes sensações que produziam ao ser humano; minimalismo, já que a ideia era retirar tudo que fosse desnecessário na peça, facilitando o desenvolvimento e o custo da produção em massa; funcionalidade, era a lei da escola, jamais deveria ser sacrificada de forma a obter uma forma mais agradável, o importante era ser funcional e barato; tipografia, característica marcante da Bauhaus, sendo centro de estudos tipográficos muito valiosos, haja vista a importância das letras na construção de um cartaz. A Arquitetura teve grande destaque, pois Walter Gropius era um arquiteto e, assim, a Bauhaus focava esta área da arte. Cada espaço dentro do prédio da escola corresponde a uma área de criação. Os níveis de luz e ventilação foram estudados para proporcionar o melhor ambiente. Percebe-se aqui a funcionalidade, um traço tão marcante da Bauhaus. A HISTÓRIA DO CARTAZ O cartaz, tal como se conhece hoje, surge juntamente com a litografia, desenvolvida por AloysSenefelder. Essa técnica foi criada para que a impressão se tornasse mais barata, fazendo do cartaz um meio de comunicação em massa. Suas principais características são a fácil identificação, textos curtos, diretos e impactantes, legíveis a certa distância e com unicidade. Em 1816, Paris ganha sua primeira impressora litográfica, abrindo caminho para os cartazes publicitários. Jules Chéret se destaca ao ser um dos primeiros a criar cartazes de caráter artístico utilizando o modelo imagem e texto curto, proporcionando uma leitura rápida e percepção da mensagem claramente, com sedução e impacto emocional. A utilização de tintas resistentes à chuva e o desenvolvimento da cromolitografia permite a afixação de cartazes maiores nas ruas.
  • 9. Durante a segunda metade do século XIX, aparecem encomendas por parte das companhias ferroviárias, destacando-se a PLM (Paris-Lião- Mediterrâneo). Hugo d’Alesi utiliza imagens sedutoras, com paisagens deslumbrantes, céu azul e mulheres lindas para convidar ao veraneio aqueles que podiam pagar. Por ser acessível apenas a uma pequena elite, tais imagens traziam evasão e exotismo às pessoas. Outro grande destaque da época foi Henri de Toulouse Lautrec, que trouxe a vida boêmia de Paris e suas apresentações teatrais aos olhos da sociedade. No início do século XX, influenciado pela ArtNoveau, Alphonse Mucha pinta belas mulheres de cabelos longos e ondulados, com a presença constante de flores e traços orgânicos, revelando uma liberdade estética e ousadia criativas características do estilo. Após a Primeira Guerra Mundial, a forma e a cor são valorizadas por Roger Broders e Jean-Gabriel Domergue ao retratarem temas mais simbólicos com mensagens mais diretas. Broders se destaca ao pintar as estações de veraneio de Côte d’Azur e Domergue inova com suas pin-ups sensuais. Com o advento dos movimentos que contestavam o modo de produção capitalista, surgem também os cartazes de propaganda ideológica ou política, como é o caso da URSS, e mais recentemente, China e Cuba. Tais cartazes procuram evidenciar suas crenças em outros modelos de sociedade, mostrando melhorias de vida da população e o culto aos seus líderes. Também se destacam, durante os anos 20 e 30, a escola de design Bauhaus, que será citada mais à frente, a revista De Stijl, o Futurismo e o Cubismo, retratando produtos comerciais e eventos sociais. Adolphe MouronCassandre destacou-se na produção de cartazes de publicidade, sobretudo aqueles ligados às viagens de luxo, que estavam na moda no período do ArtDeco. Os seus trabalhos obtiveram grande sucesso e tiveram influência sobre os artistas da época. Seu estilo de desenho é elegante, apresentando abstração geométrica, vastos planos de cores, com imagens em perfeita integração com as palavras. Mais recentemente, nos anos 50, 60 e 70 tem-se, também retratando eventos, festivais e exposições, Picasso, Matisse e Chagall, além de Andy Warhol, René Magritte e Roy Lichtenstein, com a pop-art, refletindo os movimentos político- sociais da época.
  • 10. O CARTAZ NA BAUHAUS Um dos principais desenvolvimentos artísticos da escola Bauhaus foi o cartaz. O cartaz tem basicamente a função de propaganda, que no caso da Bauhaus era para divulgar exposições e a própria escola. Mas o que colocou o cartaz da Bauhaus como uma referência na propaganda foi a sua marcante estética. Três conceitos regem o cartaz: ordem, simplicidade e clareza nas informações. O forte uso do contraste dá destaque às informações nele contidas, como, por exemplo, colocar um texto com a coloração tipográfica preta em uma caixa laranja e com um fundo branco. Outro recurso que destaca e divide as informações é utilizar palavras em sentido diferentes, como, por exemplo, formando um angulo de noventa graus entre elas. A mesma finalidade também é empregada na distribuição da informação em blocos. Há outras características que também são muito marcantes no cartaz da Bauhaus, como o uso de formas geométricas, uma tipografia inovadora e geométrica, muito particular. Cores fortes, principalmente as primárias são as mais utilizadas. Os títulos dos cartazes geralmente são escritos em caixa alta, bem como referências à República de Weimar e o nome da escola Bauhaus. As características gerais da Bauhaus se aplicam aos cartazes dessa escola. Tanto o minimalismo, as cores intensas se destacando em um fundo claro, a geometrização tanto da tipografia quanto dos vetores. Todos esses aspectos contribuem para o funcionalismo do cartaz, que ao contar com essas características realiza a propagação da informação com maior facilidade. Alguns artistas da Bauhaus que desenharam cartazes foram Hebert Bayer, Fritz Schleifer, Franz Ehrlich e Dimensionen. HEBERT BAYER HebertBeyer foi o artista que desenhou o catálogo da exposição da Bauhaus de 1923. Artista gráfico, ilustrador, diretor de arte, fotógrafo, infografista, docente na Bauhaus, pioneiro do Modernismo no design europeu e norte-america, Hebert Bayer nasceu na Áustria e foi estudante da Bauhaus de 1921 até 1923, onde estudou sob a direção de Kandinsky e Moholy-Nagy.
  • 11. Em 1925, Walter Gropius, na sua função de director da Bauhaus, convidou-o a dirigir a Oficina de Tipografia e Publicidade; assim, Bayer passou a integrar o corpo docente da Bauhaus. Bayer pensou poder superar os limites impostos pelo vai-vem das modas; para tal, subordinou o seu desenho de letras a leis supostamente ―atemporais‖ e ―objetivas‖. Em 1928, Bayer deixou a Bauhaus para seguir uma carreira de designer freelance. Desmobilizou o seu rigor e purismo, para poder vender o seu trabalho. Em 1933, a Fundição Berthold encomendou-lhe uma tipografia para uso comercial. Para esta encomenda, Bayer apresentou a sua sturmblond, mas numa variante já «vestida», ou seja: com serifas, e bastante condensada. Houve poucos clientes do exterior interessados no design moderno e na tipografia feitos na escola Bauhaus. O sucesso comercial das ideias e dos protótipos da Bauhaus – se é que houve um tal sucesso – só começou a esboçar-se no fim dos anos 20. Esta aceitação aumentou nos primeiros anos da década de 30 – para ser brutalmente interrompida pela barbárie nazi. Uma excepção foi a revista die neuelinie. Herbert Bayer foi director artístico da revista femininaHarper'sBazaar no final da década de 1920-1930. Trabalhou também para a revista Fortune, nos EUA, realizando excelentes ilustrações e infográficas. Bayer trabalhou com Walter Gropius em Berlin, onde tinha o seu atelier após ter saído de Dessau. Josef Albers, outro docente da Bauhaus, emigrou para os E.U.A. já em 1933; Herbert Bayer chegou a Nova Iorque em 1938, para finalizar os preparativos da exposição Bauhaus 1919-1928. Bayer desenhou a exposição no MOMA a e realizou o catálogo. Este evento lançou as bases da energia vanguardista que impulsionou o design norte-americano a partir dos anos 40.
  • 12. Nos EUA foi consultor da empresa J. Walter Thompson e da DorlandInternational. A partir de 1946 esteve activo como professor no AspenInstitute Colorado. Herbert Bayer, depois de trabalhar ainda longos 30 anos como artista plástico e gráfico nos EUA, fez o legado da sua obra ao Denver ArtMuseum. DO CARTAZ DA BAUHAUS AO CARTAZ CONTEMPORÂNEO A escola Bauhaus perpetuou alguns ideias que se mantêm até a atualidade, tanto na arquitetura, quanto no design: a redefinição do espaço urbano, o funcionalismo minimalista e a tese de que beleza e utilidade são sinônimos. O cartaz da Bauhaus, especificamente, influencia intensamente a estética de cartazes publicitários, cartazes de filmes, embalagens de produtos e outros impressos da publicidade. Muito da produção atual da publicidade contemporânea em cartazes é construída a partir dos pilares básicos dos cartazes da Bauhaus: cores fortes, geometrização, minimalismo. A utilização de um espectro maior de cores e de outras tipografias são pontos de diferença, porém ainda se utiliza muito a divisão por blocos e a disposição diferenciada das palavras. Destacando-se as tipografias desenvolvidas na Bauhaus, muitas das quais não chegaram a ser massificadas, pode-se notar que estas, ainda hoje, são encontradas em cartazes políticos, de filmes, eventos e capas de álbuns musicais. ARTISTAS QUE SE UTILIZAM DE INSPIRAÇÕES BAUHAUSIANA Brand Paul O reconhecido designer gráfico norte-americano Brand Paul utilizou em suas obras, como cartazes, logos e embalagens certa inspiração bauhausiana. Olly Moss
  • 13. O artista gráfico Olly Moss reformulou alguns cartazes de filmes hollywoodianos, dando aspectos bauhausianos a eles. Camiseta A marca de camisetas Camiseteria também utilizou de inspiração Bauhausiana. Esses e outros cartazes atuais com inspiração bauhausiana estão em anexo.
  • 14. ANEXOS Figura 1 - Cartaz da exposição de 1923 da Bauhaus Figura 2 - Edição da Revista Bauhaus – Segundo trimestre de 1928
  • 15. Figura 3 - Cartaz de Fritz Schleifer Figura 4 - Bauhaus Dessau - Franz Ehrlich Figura 5 - Capa do Catálogo de produtos da Bauhaus, desenhada por Herbert Bayer.
  • 16. Figura 6 - Edição da Revista Bauhaus 1923 Figura 7 - Cartaz de Hebert Beyer
  • 17. Figura 8 - Cartaz de Hebert Beyer Figura9 - Herbert Bayer, 50 jahre Bauhaus, Austellung, 1968
  • 18. Figura 10 - Cartaz de Rudolf Baschant Figura 11 - Cartaz de Fritz Schleifer Figura 12 - Reprodução do livro BAUHAUS, Judith Carmel-Arthur, desenho de László Moholy-Nagy, de 1923
  • 19. Figura 13 - Revista BAZAAR capa desenhada por HebertBeyer Figura 14 - Cartaz da Utopia Music Festival – 2011 Figura 15 - Cartaz do evento "A Publicidade em debate", realizado pela Faculdade Cantareira – 2010
  • 20. Figura 16 - Cartaz do filme Justin BieberNeverSay Never - 2011 Figura 17 - Cartaz do filme Justin BieberNeverSay Never - 2011 Figura 18 -Anúncio publicitário da marca Brother Company
  • 21. Figura 19 - Cartaz do evento Enterro da Gata - 2008 Figura 20 - Anúncio publicitário da marca Nescafé Figura 21 - Anúncio publicitário da marca Mc Donald's
  • 22. Figura 22 - Cartazes do artista Olly Moss Figura 23 - Cartaz do artista Brand Paul
  • 23.
  • 24. REFERÊNCIAS Bauhaus – archivemuseumfürgestalt: starseite<http://www.bauhaus.de>, acessado em 20 de maio de 2011. Willkommen in der Bauhausstardt<http://www.bauhausstadt.de>, acessado em 20 de maio de 2011. Stiftung Bauhaus Dessau<http://www.bauhaus-dessau.de>, acessado em 20 de maio de 2011. DROSTE, Magdalena. Bauhaus. 2002. Vídeo ABCsof Bauhaus <http://www.youtube.com/watch?v=3_c6AlBBCCI>, acessado em 20 de maio de 2011.