Este documento apresenta resumos de 15 espetáculos teatrais e musicais. Os resumos descrevem os temas, artistas e músicas de cada apresentação de forma concisa.
3. O Rei e a Coroa Enfeitiçada
Divertir ensinando! Isso é o mais importante no teatro infantil. O Rei e a Coroa Enfeitiçada, uma
aventura recheada de ação, conta a história de um rei honesto e de bom coração, adorado
pelos súditos, que sonha proporcionar uma vida cada vez melhor para seu povo, mas que se vê
obrigado a enfrentar a ambição e a inveja de seu irmão, que tem outros planos para o reino.
Este projeto – que trata de maneira divertida de temas como ambição, falta de espírito público,
o papel de governantes, amor, amizade, honestidade e ética – reúne as irmãs Cynthia e Débora
Falabella pela primeira vez na direção de um espetáculo teatral: um texto inédito do ator, escritor
e publicitário Rogério Falabella, pai das atrizes. A peça conquistou o Prêmio São Paulo de Incentivo
ao Teatro Infantil e Jovem na categoria Revelação (direção).
4. Maria Miss é uma sertaneja sonhadora que, ainda menina, teve a virgindade negociada pelos
pais com um dos membros da família Lopes. Esperta, diante das adversidades ela logo entende
que manda quem pode, obedece quem tem juízo. Mas também descobre que pra tudo se dá
um jeito. E pra se livrar do que não quer e conseguir o que deseja, não titubeia em pôr em prática
um plano mirabolante.
Adaptado para o teatro a partir do conto “Esses Lopes” – que integra Tutameia (1967), uma das
últimas obras publicadas de Guimarães Rosa – pelo dramaturgo, diretor, ator, arte-educador e um
dos fundadores da Cia. Artehúmus de Teatro, Evill Rebouças. Com direção de Yara de Novaes e
Tania Casttello, Daniel Alvim e Plínio Soares no elenco, Maria Miss foi indicado ao Prêmio Shell de
Melhor Atriz e Melhor Texto e aos prêmios da Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor Dramaturgia,
Melhor Direção e Melhor Espetáculo.
Maria Miss
5. Palavra de Mulher
Elas são misteriosas e reveladoras; sofridas e felizes; sensuais e maternais. Sonham e têm esperança. Elas são
personagens femininas da obra de Chico Buarque. E que tal encontrar essas incríveis mulheres reunidas num
mesmo lugar?
É isso o que acontece no espetáculo Palavra de Mulher. Num clima de cabaré, Lucinha Lins, Virgínia Rosa
e Tania Alves sobem ao palco para dar vida e voz a essas muitas mulheres e contar suas histórias por meio
de inesquecíveis canções como “Folhetim”, “Pedaço de Mim”, “O Meu Amor”, “Tatuagem”, “Sob Medida”,
“Terezinha”, “Tango de Nancy”, “À Flor da Pele”, entre outras.
Palavra de Mulher é o encontro de três excepcionais artistas que emprestam voz, corpo e sentimentos a muitas
outras mulheres reveladas nas belíssimas canções de Chico Buarque. Aplaudido pela crítica especializada
e pelo público em todas as praças por onde passou, o espetáculo foi indicado ao Prêmio Bibi Ferreira em
quatro categorias: Melhor Musical Brasileiro, Melhor Atriz (Tania Alves), Melhor Direção Musical (Ogair Junior)
e Melhor Direção (Fernando Cardoso). Para celebrar tanto sucesso, em 2015 será lançado o DVD do show.
6. Se vivo estivesse, certamente Vinicius de Morais poderia ser encontrado em algum boteco do Rio de Janeiro
cercado de amigos, amores e parceiros, de vida e de música. E que parceiros geniais teve o Poetinha!
Sob o comando de Miele – que divide com a plateia histórias que testemunhou ou partilhou com Vinicius
de Moraes – e embalado pelas belas vozes de Jane Duboc e Célia, este show acontece num ambiente
que remete à boemia carioca de que tanto gostava o poeta/compositor e traz no repertório algumas das
memoráveis canções de Vinicius feitas em parceria com Tom Jobim, Baden Powel, Adoniran Barbosa, Carlos
Lyra e Toquinho, para citar alguns. Prova inconteste de que É Melhor Ser Alegre que Ser Triste.
É Melhor Ser Alegre que Ser Triste
“É bom saber que a gente não foi esquecido,
que o povo continua cantando as nossas coisas,
pois no fundo é pra ele que a gente compõe.”
(trecho de carta escrita por Vinicius de Moraes para Tom Jobim)
7. Ela nasceu em Portugal, mas isso é quase um detalhe. Brasileríssima, com seus balangandãs,
turbantes e trejeitos, Carmen Miranda conquistou o mundo e ditou moda. E entrou para a história
da música e do cinema – dentro e fora do Brasil.
Lucinha Lins, Virgínia Rosa e Célia se reuniram para homenagear esta excepcional artista. Sob a
direção musical de Ogair Junior e a participação de quatro músicos, o show Na Batucada da Vida
recria sucessos de Carmen Miranda – como “Tic-Tac do Meu Coração”, “Adeus Batucada”, “Tico-
Tico no Fubá”, “O que É que a Baiana Tem” – compostos por nomes como Assis Valente, Sinhô,
Dorival Caymmi e Joubert de Carvalho e leva ao público um pouco do extraordinário talento da
inesquecível Pequena Notável.
Na Batucada da Vida
8. Virgínia Rosa canta Clara
Clara Nunes cantava samba, choro, valsinha, ponto de macumba ou que fosse. E costumava
dizer que cantava as músicas de seu país. Fã absoluta de Clara Nunes, desde que foi convidada
a participar de um show em sua homenagem Virgínia Rosa mergulhou fundo no trabalho da
cantora – que morreu prematuramente, em 1983, aos 40 anos. O resultado dessa pesquisa foi este
show, que deu origem também a um especial para a TV Cultura levado ao ar para todo o Brasil
em 31 de dezembro de 2004, e também o CD que será lançado em 2015 pelo selo Sesc. Entre as
músicas que Virgínia interpreta estão "Ai Quem Me Dera" (de Vinicius de Moraes), "Canto das Três
Raças" (de Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte) e "O Mar Serenou" (de Candeia).
9. O projeto Palavra de Paulista nasceu da ideia de apresentar a diversidade da música paulista,
nem sempre devidamente valorizada. Mas como fazer isso? Convidando intérpretes que tivessem
não apenas grande talento, mas também uma forte ligação com cidade de São Paulo para
homenagear compositores paulistas.
Com isso em mente, a série reúne compositores e intérpretes cujas vidas e obras estão intimamente
ligadas a São Paulo: Célia Canta Adoniran; Maria Alcina Canta Arnaldo Antunes; Virgínia Rosa
Canta Itamar Assumpção; Virgínia Rosa Canta Paulo Vanzolini; Virgínia Rosa Canta Geraldo Filme.
As cantoras podem se apresentar em conjunto – cada uma cantando um repertório/compositor,
como foi concebida a série Palavra de Paulista – ou separadamente, no formato de shows
individuais.
Palavra de Paulista
10. MaRia alCina Canta aRnaldO antunes
Este show, que integra também a série Palavra de Paulista, reúne o talento de dois artistas inovadores e expoentes,
cada um deles, de duas gerações: a voz de Maria Alcina e a música de Arnaldo Antunes.
Dona de um estilo irreverente, Maria Alcina ficou conhecida em 1972 ao ganhar o VII Festival Internacional
da Canção defendendo “Fio Maravilha” (Jorge Ben). Com sua voz grave, já cantou hits de Carmen Miranda,
Emilinha Borba, Aracy de Almeida e canções como “Alô, Alô”, “Kid Cavaquinho” e “Prenda o Tadeu”. Seus
discos incluem De Normal (Bastam os Outros) (2013), Bucaneira (1992), Prenda o Tadeu (1985), Plenitude (1979) e
Maria Alcina (1974).
Compositor, músico e poeta, Arnaldo Antunes é um dos mais importantes artistas contemporâneos com trabalhos
que incluem música, literatura, performances, cinema, artes plásticas e gráficas. Integrou os Titãs por dez anos e,
em 1992, partiu para a carreira solo com os CDs Nome (1993), Ninguém (1995), O Silêncio (1996), Um Som (1996),
Iê-Iê-Iê (2009) e Disco (2013). Em 2002, lançou com Carlinhos Brown e Marisa Monte Os Tribalistas, outro grande
sucesso. É autor de vários livros – entre eles As Coisas, Palavra Desordem e Outros 40 – e tem poemas seus em
diversas antologias.
11. Virgínia Rosa canta
Paulo Vanzolini
Geraldo Filme
Itamar Assumpção
Falar da noite de São Paulo sem falar de Paulo
Vanzolini é impossível. Mas a afinidade entre Virgínia
Rosa e Vanzolini vai muito além do fato de ambos
serem paulistas. No início da carreira, ela cantou
com Passoca as composições de Vanzolini no disco
Inéditas. Em 2003, a convite dele mesmo, participou
da antologia Acerto de Conta. Além disso, está no
documentário Um Homem de Moral (2008), sobre o
compositor.
Zoólogo de formação, Vanzolini começou a compor
nos anos 1940 e grandes intérpretes gravaram
músicas suas: Inezita Barroso, Noite Ilustrada, Maria
Bethânia, Chico Buarque, Paulinho da Viola, entre
outros. Neste show, com direção musical de Ogair
Junior, acompanhada por três músicos Virgínia Rosa
interpreta músicas do artista como “Cuitelinho”,
“Volta por Cima”, “Volta Depressa”, “Boca da Noite”
e “Ronda”, seu maior sucesso.
Foi como backing vocal da banda Isca de Polícia,
criada por Itamar Assumpção, que Virgínia Rosa
começou sua carreira profissional. Passados cerca
de 30 anos, ela agora homenageia este artista
único – um dos nomes mais emblemáticos do
movimento musical alternativo nascido em São
Paulo nos anos 1980 conhecido como Vanguarda
Paulista.
Com direção musical e arranjos de Ogair Junior,
Virgínia canta 11 canções de Itamar Assumpção
– entre elas “Beijo na Boca”, “Fico Louco”, “Luzia”
e “Batuque” (que deu título ao primeiro CD da
cantora) – e brinda o público com “Lamento da
Lavadeira” e “Mora na Filosofia”, dois sambas que
fazem parte de seu CD Baita Negão – que reúne
composições de Monsueto (1924/1973) –, além
da bela “Pressentimento”, de Hermínio Bello de
Carvalho e Elton Medeiros.
O que une a cantora Virgínia Rosa e o compositor
GeraldoFilme?Alémdotalentoeoamorpelamúsica,
a vida e a carreira dos dois estão fortemente ligadas
à capital paulista. Ela começou como backing vocal
da banda Isca de Polícia, de Itamar Assumpção, nos
anos 1980. Ele nasceu em São Paulo em 1927 e aos 10
anos compôs seu primeiro samba (Eu Vou Mostrar).
Sempre ligado ao Carnaval, marcou presença na
Unidos do Peruche e em especial na Vai-Vai. O
samba Vai no Bexiga pra Ver tornou-se um hino da
escola e o samba-enredo Solano Trindade, Moleque
de Recife deu a ela o título de campeã.
Neste show Virgínia Rosa reverencia este grande
sambista interpretando composições como “Tebas”,
“Garoto Pobre”, “Mulher de Malandro”, “Silêncio
no Bexiga”, “Tristeza do Sambista”, “Olhos Abertos”
e “Vamos Balançar” provando que São Paulo está
longe se der o túmulo do samba.
12. Em 6 de agosto de 1910 nascia, no interior de São Paulo, João Rubinato. Filho de imigrantes italianos, entregou
marmita, foi pedreiro, garçom, vendeu tecidos até chegar a São Paulo onde, enfim, tornou-se Adoniran
Barbosa – o maior representante do samba paulista.
Como não gostava muito de estudar, Adoniran abandonou a escola ainda criança. Célia, ao contrário,
estudou violão, harmonia, teoria e composição. Ao longo de sua carreira, cantou Roberto e Erasmo Carlos,
Ary Barroso, Paulinho da Viola, Carmen Miranda e tantos outros.
Mas o que há em comum entre os dois? Muito. A música, a noite paulista e a forte ligação com São Paulo.
Para cantar Adoniran não é preciso qualquer justificativa. E um encontro como este dispensa maiores
apresentações. Neste show Célia empresta sua poderosa voz a algumas das memoráveis canções do
compositor/cantor como “Trem das 11”, “Piove”, “Tiro ao Álvaro” e “Saudosa Maloca”.
Célia canta Adoniran
13. Com uma parceria que começou três décadas atrás, Eugénia Melo e Castro e Wagner Tiso dividem
o palco para homenagear o mar, tão presente na história de Brasil e Portugal.
E foram buscar em memoráveis composições brasileiras e portuguesas que têm o mar como
personagem inspiração para o repertório que apresentam neste show, que inclui canções como
“É Doce Morrer no Mar” (Dorival Caymmi), “Todo o Azul do Mar” (Flávio Venturini / Ronaldo Bastos),
“Velho Mar” (Eugénia Melo e Castro / Yorio Gonçalves), “Vaga no Azul” (Milton Nascimento /
Fernando Pessoa) e “O Mar Enrola na Areia” (popular português anônimo).
Canções da Beira do Mar
“O mar que nos separa é o mesmo que nos une.”
14. Entre Brasil e Portugal há um mar. E por esse mar navegaram, além dos descobridores, poetas,
escritores, músicos, cantores e artistas. Como Eugénia Melo e Castro que, após 30 anos de
constantes viagens ao Brasil, decidiu percorrer a linha que existe entre a imagem tradicional de
Portugal e a experiência pessoal de ser uma artista portuguesa à solta em terras brasileiras.
Num cenário recheado de imagens e objetos modernos e antigos representativos de Portugal,
Eugénia conta suas histórias enquanto passeia entre canções portuguesas e fados, escondidos
e escolhidos na memória musical de brasileiros e portugueses no Brasil como “Foi Deus”, “Nem às
Paredes Confesso”, “Só Nos Dois É que Sabemos” e “Olhos Castanhos”.
Sereia Portuguesa
15. A parceria entre a cantora portuguesa Eugénia
Melo e Castro e o músico brasileiro Swami Jr. tem
muita estrada. Para o show Cais de Outrora eles
reuniram músicas brasileiras e portuguesas para
falar um pouco sobre a vida da cantora. Entre
as canções estão os fados “Cais de Outrora” e
“Maldição”, a divertida “Maldita Cocaína”, além
de canções de Vinicius de Moraes – a interpretação
de Eugénia de “Eu Sei que Vou Te Amar”, registrada
num disco em homenagem ao compositor em
1994, foi considerada a segunda melhor de todos
os tempos pela revista Bravo.
Cais de OutroraUm Certo Alguém
Quando Eugénia Melo e Castro chegou ao Brasil para
lançar seu primeiro disco em 1981, já tinha muitas
curiosidades escondidas atrás das canções para
contar, como ser ela a musa de “Um Certo Alguém”,
composta por Ronaldo Bastos – então seu marido –
em parceria com Lulu Santos.
Esta e outras histórias alinhavam o repertório
selecionado para este show, que tem a participação
especial de Swami Jr. (direção musical, arranjos
e violão), um dos músicos mais requisitados do
Brasil. Além de acompanhar a cantora ao violão,
Swami Jr. também apresenta aqui algumas de suas
composições.