SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 13
Downloaden Sie, um offline zu lesen
A EVOLUÇÃO DA ESCRITA DA
   PEDRA E DA BARRA DE
 ARGILA AO COMPUTADOR




                     José Antonio
A ESCRITA EMBRIONÁRIA, SEM VERBOS OU PREPOSIÇÕES


Todas as formas de inscrição gráfica se originaram da necessidade humana de
se comunicar e se exprimir. As mais antigas experiências conhecidas datam de
 30000 a.C. Estampas e pinturas em cavernas —pinturas rupestres—, pedras e
  pequenos objetos foram precursores ou embriões da escrita. Pesquisadores
 afirmam que até hoje não existem provas concretas de ter sido utilizado algum
sistema completo de escrita antes do século 49 a.C.. As mais antigas formas de
  escrita embrionária apresentavam figuras esquemáticas de animais, modelos
  geométricos e objetos de variados tipos. Foram encontradas no nordeste da
 Espanha, sudoeste da França, parte oriental do Mediterrâneo, norte da Europa
   e norte da África. Não eram apenas formas de expressão, comunicação ou
  decoração. Provavelmente ligavam-se à magia e a práticas rituais. Primeiras
 tentativas de materializar sons, sensações, idéias e desejos. Animais pintados
     podiam significar ritos para boas caçadas. Escrita desenhada talvez não
   trouxesse sentenças inteiras. Comparando com a escrita atual, devia trazer
               nomes. Faltavam verbos, advérbios e preposições.
A ESCRITA EM BARRO
Na mão do escriba, a vareta lisa riscava o tablete de argila úmido.
Pequenos sinais deixando traçado em forma de cunha. Depois de
terminada a carta, caderno ou documento, era preciso deixar secar. O
sistema de escrita cuneiforme (a palavra vem do latim cuneos, que quer
dizer justamente cunha) é, ao que tudo indica, o mais antigo do mundo.
Nasceu no sul da Mesopotâmia, entre os sumérios, por volta de 4000 a.C.
Tabletes e fragmentos dessa época foram encontrados em Uru k (atual,
Warka, sul do lraque) e o sistema todo era constituído por mais de 700
sinais. Cada símbolo reproduzia um ou mais objetos concretos,
designando uma palavra com significado idêntico, ou pelo menos
intimamente relacionado ao objeto representado. Tempos depois, os
sinais passaram a representar sílabas, reduzindo a escrita a algumas
dezenas de caracteres. É provável que a escrita cuneiforme não tenha
sido utilizada a penas por um único povo, ou para escrever um só
idioma. No século 20 a.C. era comum em todo o Oriente Próximo, usada
por povos de línguas distintas, como sumérios, semitas, assírios e
babilônios. Existem referências de que ela teria sido uti1izada até o
primeiro século de nossa era.
A ESCRITA DIVINA
A palavra é grega. Hieróglifos provém de “hieros”, sagrado, e de “gluphein”,
gravar. Gregos a consideravam como uma “gravura do sagrado”. Tinham razão.
Eram “palavras de deus” para os egípcios, reveladas por Thot, deus-escriba.
Surgido por volta de 3306 a.C., seus símbolos podem ter representado
concertos ou palavras completas, desenhos significando o objeto que
aparentava. A imagem da coruja representava a si mesma; um círculo, o sol. O
que não pudesse ser visualizado não tinha como ser representado. Depois
determinavam idéias. O circulo também simbolizava o dia ou Rá, de us-sol.
Eram ideogramas. Mais adiante indicavam valores fonéticos. Coruja
representava som equivalente ao “m”, serpente ao “dj”. Misturavam símbolos
fonéticos com ideogramas. Com o papiro, a escrita, antes restrita a sacerdotes e
escribas, começa a ser utilizada para assuntos comerciais e privados. Por volta
de 2900 a.C., desenvolveu-se o estilo hierático unindo hieróglifos, como na
caligrafia cursiva. Posteriormente simplificado pelo sistema demótico. Nos
séculos 29 e 39 os hieróglifos chegam ao fim, substituídos pela escrita copta,
expressão mais recente da íngua do Egito Antigo.
AS ESCRITAS VENERÁVEIS

Um dos mais antigos sistemas de escrita, até hoje não decifrado, é o
 do Vale do Rio Indo, junto a Paquistão e Índia, Surgida entre 2560 e
  1800 a.C., essa escrita aparecia em pequenas pedras esculpidas
com inscrições em sua parte superior. O texto era lido da direita para
  a esquerda. Alguns símbolos são evidentes, desenhos de roda ou
          peixe. Outros são formas abstratas. Escribas usavam
 aproximadamente 300 desses signos. Mas a língua do Indo perdeu-
   se na Antiguidade e nenhum desses caracteres corresponde aos
       usados pelos egípcios ou sumérios, apesar de estudiosos
identificarem proximidades com palavras da língua dravídica da índia
    atual. Na China está a única remanescente de todas as escritas
 ideográficas em que palavras são escritas por meio de um desenho
  distinto. Surgida por volta do segundo milênio antes de Cristo, não
 sofreu mudanças estruturais durante todo esse tempo. São dezenas
      de milhares de sinais ideográficos. Há modernos dicionários
    chineses com mais de 40 mil palavras. Mas os caracteres mais
                  utilizados não passam de 4 ou 5 mil.
A ESCRITA DOS SONS

  Chegar aos sons mais simples e básicos de uma língua e representá-los
por meio de sinais gráficos. Assim surgiu o alfabeto, a última das grandes
 formas de escrita a aparecer, onde cada letra assinala um som. O termo
vem do grego, passando pelo latim. Junção dos nomes das duas primeiras
  letras gregas, alfa e beta, gerando alphábetos, alphabetum e alfabeto.
Essas duas letras, além de gama, derivam determos semíticos (povos que
        se originaram na Península Arábica) para boi, casa e camelo,
respectivamente. Envolto em mistérios que ainda intrigam pesquisadores,
   o alfabeto surgiu por volta de 2000 a,C., entre os semitas, em alguma
parte do território entre a Síria, Palestina e o Sinai. Presume-se que povos
 desta região, próxima ao Egito e à Mesopotâmia, tenham simplificado as
  escritas cuneiformes e hieroglíficas, decompondo-as em pouco mais de
   vinte sons e sinais elementares. Cananeus e fenícios teriam criado os
primeiros alfabetos. Sabe-se que graças aos comerciantes fenícios — povo
  que viveu onde hoje se acha o Líbano — esse novo sistema se espalhou
     por todo o mundo antigo. Com o alfabeto fenício, escreveram-se o
  aramaico antigo, hebreu antigo, moabita e púnico. Também inspirou o
 alfabeto grego, como provam os nomes de suas letras, gerando todos os
                            alfabetos ocidentais.
A ESCRITA QUE DOMINA O MUNDO

   Foi pelo contato com os fenícios que os gregos aprenderam o
 manejo de sinais gráficos. Incorporaram e adaptaram o alfabeto
       criado por aquele povo. As adaptações e seus frutos se
  multiplicaram, surgindo vários tipos de alfabetos gregos, já que
 aquela civilização espalhava-se pelo continente, ilhas e colônias
    em cidades-estado autônomas. No século 49 a.C. o alfabeto
  grego assumiu moldes quase definitivos. Deu origem, direta ou
      indiretamente, a todas as escritas alfabéticas da Europa.
   Foram os gregos que, pela primeira vez na história da escrita,
 escreveram as vogais claramente. Também inverteram o sentido
da escrita, que passou a ser orientada da esquerda para a direita
  e de cima para baixo, Na Península Itálica, antes da dominação
 romana, existiam variados idiomas e dialetos. Foi pelas colônias
helênicas no sul da peninsula que o alfabeto grego adaptou-se as
línguas locais. Entre elas a etrusca (povo da costa mediterrânea),
que originou o alfabeto latino, e se difundiu na mesma velocidade
     com que os exércitos romanos tomavam a península. Este
  alfabeto continuou a sofrer outras adaptações de sua principal
 matriz, o alfabeto grego. Do século I aC. em diante, a história do
   alfabeto latino resumiu-se às adaptações a vá rias línguas das
  regiões conquistadas, transformando-se no alfabeto dominante
                         no mundo ocidental.
O ALFABETO OCIDENTAL
 Todas as letras que compõem o alfabeto ocidental tiveram por
     base os alfabetos grego, etrusco (povo que viveu na costa
  ocidental da Itália até o Golfo de Nápoles e que antecedeu os
 romanos) e latino. Os atuais A, B, E, F, H, I, K, M, N, O, Q, S, T,
V, X sofreram poucas ou quase nenhuma modificação. Mantêm
praticamente a mesma forma do alfabeto calcidiano— variedade
   aperfeiçoada do alfabeto grego—e do alfabeto latino. A letra
gama (Γ) virou C. Depois recebeu traço a mais, nascendo o G. O
 delta (Δ), escrito de lado (>) e arredondado pelos latinos, virou
   D. O lambda (Λ) colocado de lado e também arredondado (<)
gerou o L. O Pé uma forma modificada da letra pi (π). R é a letra
   ro (P), que tinha forma do P, e que ganhou traço oblíquo. As
   outras letras gregas upsilon (Y) e dzeta (Z) não eram usadas
  pelos romanos, sendo acrescentadas posteriormente, por eles
   mesmos, para facilitar a tradução de palavras gregas para o
         latim. Séculos depois, na Europa, surgiram J e U,
      desdobramentos do 1 e do V. Foram quase mil anos de
transformações, da chegada do alfabeto fenício à Grécia (século
     IX a.C.) até a conquista da mesma Grécia pelos romanos
                           (século I a.C.).
A ESCRITA DE COMBINAÇÕES INFINITAS

Fixada na América Central, as primeiras referências sobre a
civilização maia remontam ao século III a.C. Sua escrita é uma das
mais     complexas     inventadas    pelo    homem.      São    350,
aproximadamente, os símbolos principais dos hieróglifos maias.
Eles podem combinar-se com um mesmo número de signos
secundários, formando, por sua vez, outros signos. Esse sistema foi
parcialmente decifrado. Símbolos que representam números, dias e
meses foram mais facilmente identificados. Pesquisadores russos
estudaram as combinações com ajuda do computador. Concluíram
que cada hieróglifo podia exprimir som, sílaba ou conceito.
A escrita era algo de grande importância para os maias. Sua
invenção era atribuída à divindade mais importante, Itzamná, filho
do deus criador Hunab-Ku. O conhecimento da escrita limitava-se a
sacerdotes, seus filhos e alguns dos senhores mais importantes.
O maior problema dos pesquisadores é que na época da invasão
espanhola, no século 16, foram destruídos quase todos os
documentos maias. Apenas quatro códices se preservaram.
Especialistas afirmam que os maias possuíam os maiores
conhecimentos das matemáticas e da astronomia de seu tempo em
todo o planeta. Seu calendário era mais eficiente que o de qualquer
A ESCRITA BELA E DOLORIDA

   De maneira geral, na Alta Idade Média européia, aproximadamente do
        século V ao XII, os monges eram os únicos que sabiam ler e,
principalmente, escrever. Por causa deles, boa parte da experiência humana
ocidental chegou até nós em antigos livros manuscritos em pergaminho, os
    códices. A atividade não era simples. Copistas permaneciam horas
 escrevendo sobre os joelhos, pranchas ou mesas. Usavam caniço (vareta
    muito fina) ou pena. Um exemplar da Bíblia levava um ano para ser
  copiado. Livros de autores romanos, como Cícero ou Sêneca, custavam
    caro no século IX. Eram trocados por um rebanho de carneiros, na
proporção de uma cabeça por quatro fólios (folhas escritas dos dois lados).
  No tempo do imperador Carlos Magno (742 —814), monges deixaram
   mais de 8 mil manuscritos. Em muitos deles encontram-se notas com
queixas do frio, da hora da refeição que tarda, da tinta que congela. É dessa
  época o relato de um monge francês sobre o ofício: “Embaralha a vista,
  causa corcunda, encurva o peito e o ventre, dá dor nos rins. E uma rude
      provação para todo o corpo”. Por fim, exige: “Assim, leitor, vire
      delicadamente as páginas e não ponha os dedos sobre as letras”.
A ESCRITA QUE PRESERVA

   Em 1999, uma enquete mundial entre intelectuais e cientistas
apontou o livro como a invenção da era. Instrumento fundamental
       de preservação e divulgação de todo conhecimento, desde
primórdios o livro teve formatos adaptados ao uso que pretendiam
lhe dar, variando conforme materiais que se tinha à disposição. Na
  Mesopotâmia, além de tabletes de argila avulsos com textos em
  seqüência, há referências de tabuletas em série presas umas às
 outras. No Egito tinham forma de rolos de papiro. Na China eram
   tábuas de madeira, depois substituídas pela seda, até surgir o
   papel no século II. Gregos e romanos também usaram papiro,
                          depois pergaminhos.
 Por volta do século I, surgiu o formato mais conhecido do livro, o
     códice, feixe de páginas quadrangulares encadernadas. Mais
 práticas, não era preciso desenrolar o papiro para localizar trecho
  escrito, Com o pergaminho, surgido por volta do século II, ficou
   mais fácil confeccionar códices, já que folhas de papiros eram
      quebradiças demais para serem dobradas. No século XV, a
    imprensa provocou uma revolução, multiplicando produção e
  acesso. Hoje, com o livro eletrônico, uma nova transformação se
    anuncia e o prazer tátil das páginas de papel começa a sofrer
           concorrência do “mouse” e da tela do computador.
A ESCRITA REVOLUCIONÁRIA

  No século XI, o alquimista Pi Sheng esculpiu, em cubos de madeira,
 tipos móveis com ideogramas do alfabeto chinês para aplicá-los com
      tinta sobre papel. O invento não prosperou, a quantidade de
 ideogramas era grande. Chineses Lidavam com formas de impressão
  gráfica desde 2000 a.C., aproximadamente. Budistas esculpiam em
 colunas de mármore textos sagrados em relevo. Depois de revestidos
          com tinta e envolvidos em papel, eram reproduzidos.
Na Europa, os primeiros livros foram impressos no século 15 por meio
da xilografia. Por volta de 1430, o holandês Laurens Coster teria usado
  pela primeira vez tipos móveis e reutilizáveis. Mas foi em 1450 que
   Johannes Gutenberg, inspirado em histórias da China, desenvolveu
  tipos móveis de metal. Letras, números e sinais de pontuação eram
agrupados manualmente em linha, formando palavras e frases, fixados
  em caixilhos de madeira. As palavras eram separadas por tipos lisos
   que não imprimiam nada, resultando nos espaços em branco entre
 elas. Montada a página, passava-se tinta sobre o relevo, pressionando
 os caixilhos sobre o papel com uma prensa inspirada na de espremer
  uvas. A difusão foi imediata, era mais barato e rápido. A Bíblia foi o
                 primeiro livro impresso por Gutenberg.
UMA ESCRITA SEM FIM

O teclado de um computador deve ser, atualmente, o principal meio de
produção de escrita. Ele tem a aparência de um teclado de uma máquina
de escrever, instrumento que se popularizou no século XX, e pode estar
fadado a tornar-se uma peça de museu. Nunca tantos recursos estiveram
ao alcance da mão para escrever e manipular textos. Transfor-mou o ato.
Jornalistas e escritores trabalham na tela. Não tocam em papel até verem
o resultado impresso. Com o desenvolvimento da tecnologia e o advento
das novas mídias, ampliaram-se as formas de percepção da escrita. A
leitura de um texto pode incorporar sons e imagens em movimento com
maior facilidade, situação bastante incomum há menos de 20 anos. O CD-
ROM (compact disc Read — Only Memory) armazena o equivalente a 300
000 páginas de texto. Já existem livros eletrônicos e papel digital, tão fino e
flexível quanto a celulose, não descartável e carregado em computador.
Mas essa tecnologia não descartou a existência do material impresso.
Inovou-se a forma de armazenamento da informação, mas a linguagem
escrita continua sendo comunicada, para o grande público, em forma
impressa. Resta saber se os homens do século XXI conseguirão superar a
existência dessa informação e trabalhar unicamente com a aquela
digitalizada. Somente a experiência do futuro poderá responder quais
serão os destinos da linguagem escrita.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Fundamentos da Alfabetização e Letramento | A Escrita Ideográfica
Fundamentos da Alfabetização e Letramento | A Escrita IdeográficaFundamentos da Alfabetização e Letramento | A Escrita Ideográfica
Fundamentos da Alfabetização e Letramento | A Escrita IdeográficaLIMA, Alan Lucas de
 
Antigas civilizações
Antigas civilizações Antigas civilizações
Antigas civilizações Adail Silva
 
Aula patrimônio cultural
Aula patrimônio culturalAula patrimônio cultural
Aula patrimônio culturalCurso Letrados
 
História, fontes e historiadores
História, fontes e historiadoresHistória, fontes e historiadores
História, fontes e historiadoresIvanilton Junior
 
A origem da escrita
A origem da escritaA origem da escrita
A origem da escritaYgor Castro
 
História Cultural dos Povos Africanos
História Cultural dos Povos AfricanosHistória Cultural dos Povos Africanos
História Cultural dos Povos AfricanosIsaquel Silva
 
Mesopotâmia - 6º Ano (2018)
Mesopotâmia - 6º Ano (2018)Mesopotâmia - 6º Ano (2018)
Mesopotâmia - 6º Ano (2018)Nefer19
 
Jesuíta no Brasil Colonial
Jesuíta no Brasil ColonialJesuíta no Brasil Colonial
Jesuíta no Brasil Colonialaridu18
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro   BrasileiraCultura Afro   Brasileira
Cultura Afro Brasileiramartinsramon
 
Sugestões atividades oralidade
Sugestões atividades oralidadeSugestões atividades oralidade
Sugestões atividades oralidadeDyone Andrade
 
Pré historia 6° ano
Pré historia 6° anoPré historia 6° ano
Pré historia 6° anozahirmax
 
História 6º ano
História 6º anoHistória 6º ano
História 6º anoEloy Souza
 

Was ist angesagt? (20)

História do livro
História do livroHistória do livro
História do livro
 
Fundamentos da Alfabetização e Letramento | A Escrita Ideográfica
Fundamentos da Alfabetização e Letramento | A Escrita IdeográficaFundamentos da Alfabetização e Letramento | A Escrita Ideográfica
Fundamentos da Alfabetização e Letramento | A Escrita Ideográfica
 
Antigas civilizações
Antigas civilizações Antigas civilizações
Antigas civilizações
 
Aula patrimônio cultural
Aula patrimônio culturalAula patrimônio cultural
Aula patrimônio cultural
 
Cultura indígena
Cultura indígenaCultura indígena
Cultura indígena
 
História, fontes e historiadores
História, fontes e historiadoresHistória, fontes e historiadores
História, fontes e historiadores
 
A origem da escrita
A origem da escritaA origem da escrita
A origem da escrita
 
História Cultural dos Povos Africanos
História Cultural dos Povos AfricanosHistória Cultural dos Povos Africanos
História Cultural dos Povos Africanos
 
Mesopotâmia - 6º Ano (2018)
Mesopotâmia - 6º Ano (2018)Mesopotâmia - 6º Ano (2018)
Mesopotâmia - 6º Ano (2018)
 
Egito Antigo
Egito AntigoEgito Antigo
Egito Antigo
 
1° ano - Mesopotâmia
1° ano - Mesopotâmia1° ano - Mesopotâmia
1° ano - Mesopotâmia
 
Alfabeto em LIBRAS
Alfabeto em LIBRASAlfabeto em LIBRAS
Alfabeto em LIBRAS
 
Jesuíta no Brasil Colonial
Jesuíta no Brasil ColonialJesuíta no Brasil Colonial
Jesuíta no Brasil Colonial
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro   BrasileiraCultura Afro   Brasileira
Cultura Afro Brasileira
 
Consciencia negra
Consciencia negraConsciencia negra
Consciencia negra
 
Generos textuais ano 2
Generos textuais ano 2Generos textuais ano 2
Generos textuais ano 2
 
Sugestões atividades oralidade
Sugestões atividades oralidadeSugestões atividades oralidade
Sugestões atividades oralidade
 
Pré historia 6° ano
Pré historia 6° anoPré historia 6° ano
Pré historia 6° ano
 
História 6º ano
História 6º anoHistória 6º ano
História 6º ano
 
Projeto de vida
Projeto de vidaProjeto de vida
Projeto de vida
 

Ähnlich wie A evolução da escrita da pedra ao computador

Ähnlich wie A evolução da escrita da pedra ao computador (20)

origens.escrita.pptx
origens.escrita.pptxorigens.escrita.pptx
origens.escrita.pptx
 
atividade de lp 3 A e B- Anexo 1 A origem do alfabeto 25-01.docx
atividade de lp 3 A e B- Anexo 1 A origem do alfabeto 25-01.docxatividade de lp 3 A e B- Anexo 1 A origem do alfabeto 25-01.docx
atividade de lp 3 A e B- Anexo 1 A origem do alfabeto 25-01.docx
 
590
590590
590
 
Aula 3
Aula 3Aula 3
Aula 3
 
Curiosidades da escrita[1]
Curiosidades da escrita[1]Curiosidades da escrita[1]
Curiosidades da escrita[1]
 
Curiosidades da escrita[1]
Curiosidades da escrita[1]Curiosidades da escrita[1]
Curiosidades da escrita[1]
 
Alfabetização e letramento 02
Alfabetização e letramento 02Alfabetização e letramento 02
Alfabetização e letramento 02
 
Surgimento da escrita
Surgimento da escritaSurgimento da escrita
Surgimento da escrita
 
A escrita egípcia
A escrita egípciaA escrita egípcia
A escrita egípcia
 
Introdução linguagem oral e escrita
Introdução linguagem oral e escritaIntrodução linguagem oral e escrita
Introdução linguagem oral e escrita
 
A importância da invasão da escrita
A importância da invasão da escrita A importância da invasão da escrita
A importância da invasão da escrita
 
PRÉ HISTÓRIA DO LIVRO
PRÉ HISTÓRIA DO LIVROPRÉ HISTÓRIA DO LIVRO
PRÉ HISTÓRIA DO LIVRO
 
O poder da escrita
O poder da escritaO poder da escrita
O poder da escrita
 
Ciência egípcia
Ciência egípciaCiência egípcia
Ciência egípcia
 
Grécia antiga
Grécia antigaGrécia antiga
Grécia antiga
 
A escrita dos sumérios
A escrita dos sumériosA escrita dos sumérios
A escrita dos sumérios
 
A escrita dos sumérios
A escrita dos sumériosA escrita dos sumérios
A escrita dos sumérios
 
A escrita dos sumérios
A escrita dos sumériosA escrita dos sumérios
A escrita dos sumérios
 
Santos, a.
Santos, a.Santos, a.
Santos, a.
 
TIPOGRAFIA E PUBLICIDADE
TIPOGRAFIA E PUBLICIDADETIPOGRAFIA E PUBLICIDADE
TIPOGRAFIA E PUBLICIDADE
 

Mehr von JoseSimas

ApresentaçãO Cotaspdf
ApresentaçãO CotaspdfApresentaçãO Cotaspdf
ApresentaçãO CotaspdfJoseSimas
 
Projeto Curricular ConstruçãO Civil
Projeto Curricular ConstruçãO CivilProjeto Curricular ConstruçãO Civil
Projeto Curricular ConstruçãO CivilJoseSimas
 
A ApresentaçãO QI X QE
A ApresentaçãO QI X QEA ApresentaçãO QI X QE
A ApresentaçãO QI X QEJoseSimas
 
Paisagismo Meio Ambiente
Paisagismo Meio AmbientePaisagismo Meio Ambiente
Paisagismo Meio AmbienteJoseSimas
 
Jardins Urbanos
Jardins UrbanosJardins Urbanos
Jardins UrbanosJoseSimas
 
As Maravilhas Antigas
As  Maravilhas AntigasAs  Maravilhas Antigas
As Maravilhas AntigasJoseSimas
 
RelaçãO Arte&Arquitetura&ComunicaçãO
RelaçãO Arte&Arquitetura&ComunicaçãORelaçãO Arte&Arquitetura&ComunicaçãO
RelaçãO Arte&Arquitetura&ComunicaçãOJoseSimas
 
Casa EcolóGica
Casa EcolóGicaCasa EcolóGica
Casa EcolóGicaJoseSimas
 
AdministraçãO ErgonôMica
AdministraçãO ErgonôMicaAdministraçãO ErgonôMica
AdministraçãO ErgonôMicaJoseSimas
 
AdministraçãO ErgonôMica Segunda Parte
AdministraçãO ErgonôMica Segunda ParteAdministraçãO ErgonôMica Segunda Parte
AdministraçãO ErgonôMica Segunda ParteJoseSimas
 
A LíNgua Do Mundo
A LíNgua Do MundoA LíNgua Do Mundo
A LíNgua Do MundoJoseSimas
 
Aula Arte EducaçãO
Aula Arte EducaçãOAula Arte EducaçãO
Aula Arte EducaçãOJoseSimas
 
PulmãO Marinho
PulmãO MarinhoPulmãO Marinho
PulmãO MarinhoJoseSimas
 
A RelaçãO SimbóLica Homem áGua
A RelaçãO SimbóLica Homem áGuaA RelaçãO SimbóLica Homem áGua
A RelaçãO SimbóLica Homem áGuaJoseSimas
 
Palestra Saneamento
Palestra SaneamentoPalestra Saneamento
Palestra SaneamentoJoseSimas
 

Mehr von JoseSimas (16)

ApresentaçãO Cotaspdf
ApresentaçãO CotaspdfApresentaçãO Cotaspdf
ApresentaçãO Cotaspdf
 
Projeto Curricular ConstruçãO Civil
Projeto Curricular ConstruçãO CivilProjeto Curricular ConstruçãO Civil
Projeto Curricular ConstruçãO Civil
 
A ApresentaçãO QI X QE
A ApresentaçãO QI X QEA ApresentaçãO QI X QE
A ApresentaçãO QI X QE
 
Paisagismo Meio Ambiente
Paisagismo Meio AmbientePaisagismo Meio Ambiente
Paisagismo Meio Ambiente
 
Jardins Urbanos
Jardins UrbanosJardins Urbanos
Jardins Urbanos
 
Burle Marx
Burle MarxBurle Marx
Burle Marx
 
As Maravilhas Antigas
As  Maravilhas AntigasAs  Maravilhas Antigas
As Maravilhas Antigas
 
RelaçãO Arte&Arquitetura&ComunicaçãO
RelaçãO Arte&Arquitetura&ComunicaçãORelaçãO Arte&Arquitetura&ComunicaçãO
RelaçãO Arte&Arquitetura&ComunicaçãO
 
Casa EcolóGica
Casa EcolóGicaCasa EcolóGica
Casa EcolóGica
 
AdministraçãO ErgonôMica
AdministraçãO ErgonôMicaAdministraçãO ErgonôMica
AdministraçãO ErgonôMica
 
AdministraçãO ErgonôMica Segunda Parte
AdministraçãO ErgonôMica Segunda ParteAdministraçãO ErgonôMica Segunda Parte
AdministraçãO ErgonôMica Segunda Parte
 
A LíNgua Do Mundo
A LíNgua Do MundoA LíNgua Do Mundo
A LíNgua Do Mundo
 
Aula Arte EducaçãO
Aula Arte EducaçãOAula Arte EducaçãO
Aula Arte EducaçãO
 
PulmãO Marinho
PulmãO MarinhoPulmãO Marinho
PulmãO Marinho
 
A RelaçãO SimbóLica Homem áGua
A RelaçãO SimbóLica Homem áGuaA RelaçãO SimbóLica Homem áGua
A RelaçãO SimbóLica Homem áGua
 
Palestra Saneamento
Palestra SaneamentoPalestra Saneamento
Palestra Saneamento
 

Kürzlich hochgeladen

637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoMary Alvarenga
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 

Kürzlich hochgeladen (20)

637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 

A evolução da escrita da pedra ao computador

  • 1. A EVOLUÇÃO DA ESCRITA DA PEDRA E DA BARRA DE ARGILA AO COMPUTADOR José Antonio
  • 2. A ESCRITA EMBRIONÁRIA, SEM VERBOS OU PREPOSIÇÕES Todas as formas de inscrição gráfica se originaram da necessidade humana de se comunicar e se exprimir. As mais antigas experiências conhecidas datam de 30000 a.C. Estampas e pinturas em cavernas —pinturas rupestres—, pedras e pequenos objetos foram precursores ou embriões da escrita. Pesquisadores afirmam que até hoje não existem provas concretas de ter sido utilizado algum sistema completo de escrita antes do século 49 a.C.. As mais antigas formas de escrita embrionária apresentavam figuras esquemáticas de animais, modelos geométricos e objetos de variados tipos. Foram encontradas no nordeste da Espanha, sudoeste da França, parte oriental do Mediterrâneo, norte da Europa e norte da África. Não eram apenas formas de expressão, comunicação ou decoração. Provavelmente ligavam-se à magia e a práticas rituais. Primeiras tentativas de materializar sons, sensações, idéias e desejos. Animais pintados podiam significar ritos para boas caçadas. Escrita desenhada talvez não trouxesse sentenças inteiras. Comparando com a escrita atual, devia trazer nomes. Faltavam verbos, advérbios e preposições.
  • 3. A ESCRITA EM BARRO Na mão do escriba, a vareta lisa riscava o tablete de argila úmido. Pequenos sinais deixando traçado em forma de cunha. Depois de terminada a carta, caderno ou documento, era preciso deixar secar. O sistema de escrita cuneiforme (a palavra vem do latim cuneos, que quer dizer justamente cunha) é, ao que tudo indica, o mais antigo do mundo. Nasceu no sul da Mesopotâmia, entre os sumérios, por volta de 4000 a.C. Tabletes e fragmentos dessa época foram encontrados em Uru k (atual, Warka, sul do lraque) e o sistema todo era constituído por mais de 700 sinais. Cada símbolo reproduzia um ou mais objetos concretos, designando uma palavra com significado idêntico, ou pelo menos intimamente relacionado ao objeto representado. Tempos depois, os sinais passaram a representar sílabas, reduzindo a escrita a algumas dezenas de caracteres. É provável que a escrita cuneiforme não tenha sido utilizada a penas por um único povo, ou para escrever um só idioma. No século 20 a.C. era comum em todo o Oriente Próximo, usada por povos de línguas distintas, como sumérios, semitas, assírios e babilônios. Existem referências de que ela teria sido uti1izada até o primeiro século de nossa era.
  • 4. A ESCRITA DIVINA A palavra é grega. Hieróglifos provém de “hieros”, sagrado, e de “gluphein”, gravar. Gregos a consideravam como uma “gravura do sagrado”. Tinham razão. Eram “palavras de deus” para os egípcios, reveladas por Thot, deus-escriba. Surgido por volta de 3306 a.C., seus símbolos podem ter representado concertos ou palavras completas, desenhos significando o objeto que aparentava. A imagem da coruja representava a si mesma; um círculo, o sol. O que não pudesse ser visualizado não tinha como ser representado. Depois determinavam idéias. O circulo também simbolizava o dia ou Rá, de us-sol. Eram ideogramas. Mais adiante indicavam valores fonéticos. Coruja representava som equivalente ao “m”, serpente ao “dj”. Misturavam símbolos fonéticos com ideogramas. Com o papiro, a escrita, antes restrita a sacerdotes e escribas, começa a ser utilizada para assuntos comerciais e privados. Por volta de 2900 a.C., desenvolveu-se o estilo hierático unindo hieróglifos, como na caligrafia cursiva. Posteriormente simplificado pelo sistema demótico. Nos séculos 29 e 39 os hieróglifos chegam ao fim, substituídos pela escrita copta, expressão mais recente da íngua do Egito Antigo.
  • 5. AS ESCRITAS VENERÁVEIS Um dos mais antigos sistemas de escrita, até hoje não decifrado, é o do Vale do Rio Indo, junto a Paquistão e Índia, Surgida entre 2560 e 1800 a.C., essa escrita aparecia em pequenas pedras esculpidas com inscrições em sua parte superior. O texto era lido da direita para a esquerda. Alguns símbolos são evidentes, desenhos de roda ou peixe. Outros são formas abstratas. Escribas usavam aproximadamente 300 desses signos. Mas a língua do Indo perdeu- se na Antiguidade e nenhum desses caracteres corresponde aos usados pelos egípcios ou sumérios, apesar de estudiosos identificarem proximidades com palavras da língua dravídica da índia atual. Na China está a única remanescente de todas as escritas ideográficas em que palavras são escritas por meio de um desenho distinto. Surgida por volta do segundo milênio antes de Cristo, não sofreu mudanças estruturais durante todo esse tempo. São dezenas de milhares de sinais ideográficos. Há modernos dicionários chineses com mais de 40 mil palavras. Mas os caracteres mais utilizados não passam de 4 ou 5 mil.
  • 6. A ESCRITA DOS SONS Chegar aos sons mais simples e básicos de uma língua e representá-los por meio de sinais gráficos. Assim surgiu o alfabeto, a última das grandes formas de escrita a aparecer, onde cada letra assinala um som. O termo vem do grego, passando pelo latim. Junção dos nomes das duas primeiras letras gregas, alfa e beta, gerando alphábetos, alphabetum e alfabeto. Essas duas letras, além de gama, derivam determos semíticos (povos que se originaram na Península Arábica) para boi, casa e camelo, respectivamente. Envolto em mistérios que ainda intrigam pesquisadores, o alfabeto surgiu por volta de 2000 a,C., entre os semitas, em alguma parte do território entre a Síria, Palestina e o Sinai. Presume-se que povos desta região, próxima ao Egito e à Mesopotâmia, tenham simplificado as escritas cuneiformes e hieroglíficas, decompondo-as em pouco mais de vinte sons e sinais elementares. Cananeus e fenícios teriam criado os primeiros alfabetos. Sabe-se que graças aos comerciantes fenícios — povo que viveu onde hoje se acha o Líbano — esse novo sistema se espalhou por todo o mundo antigo. Com o alfabeto fenício, escreveram-se o aramaico antigo, hebreu antigo, moabita e púnico. Também inspirou o alfabeto grego, como provam os nomes de suas letras, gerando todos os alfabetos ocidentais.
  • 7. A ESCRITA QUE DOMINA O MUNDO Foi pelo contato com os fenícios que os gregos aprenderam o manejo de sinais gráficos. Incorporaram e adaptaram o alfabeto criado por aquele povo. As adaptações e seus frutos se multiplicaram, surgindo vários tipos de alfabetos gregos, já que aquela civilização espalhava-se pelo continente, ilhas e colônias em cidades-estado autônomas. No século 49 a.C. o alfabeto grego assumiu moldes quase definitivos. Deu origem, direta ou indiretamente, a todas as escritas alfabéticas da Europa. Foram os gregos que, pela primeira vez na história da escrita, escreveram as vogais claramente. Também inverteram o sentido da escrita, que passou a ser orientada da esquerda para a direita e de cima para baixo, Na Península Itálica, antes da dominação romana, existiam variados idiomas e dialetos. Foi pelas colônias helênicas no sul da peninsula que o alfabeto grego adaptou-se as línguas locais. Entre elas a etrusca (povo da costa mediterrânea), que originou o alfabeto latino, e se difundiu na mesma velocidade com que os exércitos romanos tomavam a península. Este alfabeto continuou a sofrer outras adaptações de sua principal matriz, o alfabeto grego. Do século I aC. em diante, a história do alfabeto latino resumiu-se às adaptações a vá rias línguas das regiões conquistadas, transformando-se no alfabeto dominante no mundo ocidental.
  • 8. O ALFABETO OCIDENTAL Todas as letras que compõem o alfabeto ocidental tiveram por base os alfabetos grego, etrusco (povo que viveu na costa ocidental da Itália até o Golfo de Nápoles e que antecedeu os romanos) e latino. Os atuais A, B, E, F, H, I, K, M, N, O, Q, S, T, V, X sofreram poucas ou quase nenhuma modificação. Mantêm praticamente a mesma forma do alfabeto calcidiano— variedade aperfeiçoada do alfabeto grego—e do alfabeto latino. A letra gama (Γ) virou C. Depois recebeu traço a mais, nascendo o G. O delta (Δ), escrito de lado (>) e arredondado pelos latinos, virou D. O lambda (Λ) colocado de lado e também arredondado (<) gerou o L. O Pé uma forma modificada da letra pi (π). R é a letra ro (P), que tinha forma do P, e que ganhou traço oblíquo. As outras letras gregas upsilon (Y) e dzeta (Z) não eram usadas pelos romanos, sendo acrescentadas posteriormente, por eles mesmos, para facilitar a tradução de palavras gregas para o latim. Séculos depois, na Europa, surgiram J e U, desdobramentos do 1 e do V. Foram quase mil anos de transformações, da chegada do alfabeto fenício à Grécia (século IX a.C.) até a conquista da mesma Grécia pelos romanos (século I a.C.).
  • 9. A ESCRITA DE COMBINAÇÕES INFINITAS Fixada na América Central, as primeiras referências sobre a civilização maia remontam ao século III a.C. Sua escrita é uma das mais complexas inventadas pelo homem. São 350, aproximadamente, os símbolos principais dos hieróglifos maias. Eles podem combinar-se com um mesmo número de signos secundários, formando, por sua vez, outros signos. Esse sistema foi parcialmente decifrado. Símbolos que representam números, dias e meses foram mais facilmente identificados. Pesquisadores russos estudaram as combinações com ajuda do computador. Concluíram que cada hieróglifo podia exprimir som, sílaba ou conceito. A escrita era algo de grande importância para os maias. Sua invenção era atribuída à divindade mais importante, Itzamná, filho do deus criador Hunab-Ku. O conhecimento da escrita limitava-se a sacerdotes, seus filhos e alguns dos senhores mais importantes. O maior problema dos pesquisadores é que na época da invasão espanhola, no século 16, foram destruídos quase todos os documentos maias. Apenas quatro códices se preservaram. Especialistas afirmam que os maias possuíam os maiores conhecimentos das matemáticas e da astronomia de seu tempo em todo o planeta. Seu calendário era mais eficiente que o de qualquer
  • 10. A ESCRITA BELA E DOLORIDA De maneira geral, na Alta Idade Média européia, aproximadamente do século V ao XII, os monges eram os únicos que sabiam ler e, principalmente, escrever. Por causa deles, boa parte da experiência humana ocidental chegou até nós em antigos livros manuscritos em pergaminho, os códices. A atividade não era simples. Copistas permaneciam horas escrevendo sobre os joelhos, pranchas ou mesas. Usavam caniço (vareta muito fina) ou pena. Um exemplar da Bíblia levava um ano para ser copiado. Livros de autores romanos, como Cícero ou Sêneca, custavam caro no século IX. Eram trocados por um rebanho de carneiros, na proporção de uma cabeça por quatro fólios (folhas escritas dos dois lados). No tempo do imperador Carlos Magno (742 —814), monges deixaram mais de 8 mil manuscritos. Em muitos deles encontram-se notas com queixas do frio, da hora da refeição que tarda, da tinta que congela. É dessa época o relato de um monge francês sobre o ofício: “Embaralha a vista, causa corcunda, encurva o peito e o ventre, dá dor nos rins. E uma rude provação para todo o corpo”. Por fim, exige: “Assim, leitor, vire delicadamente as páginas e não ponha os dedos sobre as letras”.
  • 11. A ESCRITA QUE PRESERVA Em 1999, uma enquete mundial entre intelectuais e cientistas apontou o livro como a invenção da era. Instrumento fundamental de preservação e divulgação de todo conhecimento, desde primórdios o livro teve formatos adaptados ao uso que pretendiam lhe dar, variando conforme materiais que se tinha à disposição. Na Mesopotâmia, além de tabletes de argila avulsos com textos em seqüência, há referências de tabuletas em série presas umas às outras. No Egito tinham forma de rolos de papiro. Na China eram tábuas de madeira, depois substituídas pela seda, até surgir o papel no século II. Gregos e romanos também usaram papiro, depois pergaminhos. Por volta do século I, surgiu o formato mais conhecido do livro, o códice, feixe de páginas quadrangulares encadernadas. Mais práticas, não era preciso desenrolar o papiro para localizar trecho escrito, Com o pergaminho, surgido por volta do século II, ficou mais fácil confeccionar códices, já que folhas de papiros eram quebradiças demais para serem dobradas. No século XV, a imprensa provocou uma revolução, multiplicando produção e acesso. Hoje, com o livro eletrônico, uma nova transformação se anuncia e o prazer tátil das páginas de papel começa a sofrer concorrência do “mouse” e da tela do computador.
  • 12. A ESCRITA REVOLUCIONÁRIA No século XI, o alquimista Pi Sheng esculpiu, em cubos de madeira, tipos móveis com ideogramas do alfabeto chinês para aplicá-los com tinta sobre papel. O invento não prosperou, a quantidade de ideogramas era grande. Chineses Lidavam com formas de impressão gráfica desde 2000 a.C., aproximadamente. Budistas esculpiam em colunas de mármore textos sagrados em relevo. Depois de revestidos com tinta e envolvidos em papel, eram reproduzidos. Na Europa, os primeiros livros foram impressos no século 15 por meio da xilografia. Por volta de 1430, o holandês Laurens Coster teria usado pela primeira vez tipos móveis e reutilizáveis. Mas foi em 1450 que Johannes Gutenberg, inspirado em histórias da China, desenvolveu tipos móveis de metal. Letras, números e sinais de pontuação eram agrupados manualmente em linha, formando palavras e frases, fixados em caixilhos de madeira. As palavras eram separadas por tipos lisos que não imprimiam nada, resultando nos espaços em branco entre elas. Montada a página, passava-se tinta sobre o relevo, pressionando os caixilhos sobre o papel com uma prensa inspirada na de espremer uvas. A difusão foi imediata, era mais barato e rápido. A Bíblia foi o primeiro livro impresso por Gutenberg.
  • 13. UMA ESCRITA SEM FIM O teclado de um computador deve ser, atualmente, o principal meio de produção de escrita. Ele tem a aparência de um teclado de uma máquina de escrever, instrumento que se popularizou no século XX, e pode estar fadado a tornar-se uma peça de museu. Nunca tantos recursos estiveram ao alcance da mão para escrever e manipular textos. Transfor-mou o ato. Jornalistas e escritores trabalham na tela. Não tocam em papel até verem o resultado impresso. Com o desenvolvimento da tecnologia e o advento das novas mídias, ampliaram-se as formas de percepção da escrita. A leitura de um texto pode incorporar sons e imagens em movimento com maior facilidade, situação bastante incomum há menos de 20 anos. O CD- ROM (compact disc Read — Only Memory) armazena o equivalente a 300 000 páginas de texto. Já existem livros eletrônicos e papel digital, tão fino e flexível quanto a celulose, não descartável e carregado em computador. Mas essa tecnologia não descartou a existência do material impresso. Inovou-se a forma de armazenamento da informação, mas a linguagem escrita continua sendo comunicada, para o grande público, em forma impressa. Resta saber se os homens do século XXI conseguirão superar a existência dessa informação e trabalhar unicamente com a aquela digitalizada. Somente a experiência do futuro poderá responder quais serão os destinos da linguagem escrita.