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UM APANHADO SOBRE
O PENTATEUCO
Pr José Marcelo Pereira
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Sobre o autor:
José Marcelo Pereira – casado desde 1997 com Leila de Oliveira
Paulino Pereira, pai de quatro homens, Rodolfo (25), Asael (16), Gui-
lherme (13), Isaque (10).
Teólogo, ministro da Palavra, financeiro do Colégio Assembleiano
de Marilia.
Converti ao Evangelho em 1.996, desde então tenho vivido bus-
cando estar sempre na presença do Senhor, vivo de acordo com a passa-
gem bíblica, Hebreus 12.14 – “Esforcem-se para viver em paz com todos e
para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor.” NVI.
Consagrado a pastor e enviado a Cianorte – PR em 2.008, onde
aprendi a viver na dependência de nosso Senhor Jesus Cristo, em fevereiro
de 2011 mudei para Marília – SP, direcionado por Deus.
Hoje vivemos na dispensação de nosso Senhor, vivendo as promes-
sas de nosso Deus. Não sabemos de onde ou como virá o socorro de
nosso Deus, mas uma coisa é certa o socorro virá.
Creia, pois nosso Deus é vivo, presente e maravilhoso, os livramen-
tos e as bênção não vem no formato que idealizamos, mas vem no formato
que Deus planejou e é sem dúvida alguma, muito melhor do que imagina-
mos.
Que Deus abençoe a cada um de vocês.
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ANTIGO TESTAMENTO
1-1ºe2ºCr–Crê-sequefoirevisadoporEsdras–1ºe2ºCrsãoumsólivronoHebraico
2-Jó–Acredita-sequeEliupodetê-loescrito;
3–Neemias–Indeterminado–MuitoseruditosconsideramgrandepartedolivrocomoumaautobiografiadeNeemias
*Datasnãoestritamenteprecisas,masaproximadas.
LIVROS AUTORES DATA*
PENTATEUCO
Gênesis Moisés Cerca de 1445 a 1405 a.C.
Exôdo Moisés Cerca de 1445 a 1405 a.C.
Levítico Moisés Cerca de 1445 a 1405 a.C.
Números Moisés Cerca de 1445 a 1405 a.C.
Deuteronô-
mio
Moisés Cerca de 1445 a 1405 a.C.
HISTÓRICOS
Josué Indeterminado (provavelmente Josué) Século XVI a.C.
Juízes Anônimo (a tradição atribui a Samuel) Cerca de 1.050 a 1.000 anos a.C.
Rute Anônimo (provavelmente Samuel) Século X a.C.
1º Samuel Desconhecido Fins do século X a.C.
2º Samuel Desconhecido Fins do século X a.C.
1º Reis Desconhecido Cerca de 560 a 550 a.C.
2º Reis Desconhecido Cerca de 560 a 550 a.C.
1º Cronicas Indeterminado1 Cerca de 450 a 420 a.C.
2º Cronicas Indeterminado1 Cerca de 450 a 420 a.C.
Esdras Desconhecido (atribuem parte a Es-
dras)
Cerca de 450 a 420 a.C.
Neemias Esdras e Neemias3 Cerca de 450 a 420 a.C.
Ester Desconhecido Cerca de 460 a 400 a.C.
POÉTICOS
Jó Desconhecido2 Data incerta
Salmos Davi e outros Entre os sec. X a V a.C.
Provérbios Salomão e outros Cerca de 970 a 700 a.C.
Eclesiastes Salomão (alguns consideram inde-
term.)
Cerca de 935 a.C.
Cantares Salomão Cerca de 960 a.C.
PROFETAS MAIORES
Isaias Isaias Cerca de 700 a 680 a.C.
Jeremias Jeremias Cerca de 585 a 580 a.C.
Lamenta-
ções
Jeremias Cerca de 586 a 585 a.C.
Ezequiel Ezequiel Cerca de 590 a 570 a.C.
Daniel Daniel Cerca de 536 a 530 a.C.
PROFETAS MENORES
Oséias Oséias Cerca de 715 a 710 a.C.
Joel Joel Cerca de 835 a 830 a.C.
Amós Amós Cerca de 760 a 755 a.C.
Obadias Obadias Cerca de 840 a.C.
Jonas Jonas Cerca de 760 a.C.
Miquéias Miquéias Cerca de 740 a 710 a.C.
Naum Naum Cerca de 630 a 620 a.C.
Habacuque Habacuque Cerca de 606 a.C.
Sofonias Sofonias Cerca de 630 a.C.
Ageu Ageu Cerca de 520 a.C.
Zacarias Zacarias Cerca de 520 a 470 a.C.
Malaquias Malaquias Cerca de 430 a 420 a.C.
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INTRODUÇÃO
Para iniciarmos este estudo, começaremos pelas informações
mais básicas, mas necessárias para um correto entendimento desta parte da
Bíblia que é muitíssimo importante para entendermos todo o restante do
curso.
O Antigo Testamento é formado por 39 livros, que seguem uma
divisão para facilitar o entendimento do leitor, como segue abaixo o quadro
descritivo:
PENTATEUCO
O que é “PENTATEUCO”?
O nome PENTATEUCO, vem do grego (Pente - cinco, e teu-
chos – estojo para rolo de papiros) "os cinco rolos", é composto pelos
cinco primeiros livros da Bíblia:
• GÊNESIS;
• EXÔDO;
• LEVÍTICO;
• NÚMEROS;
• DEUTERONÔMIO.
Os livros antigos eram es-
critos em rolos, geralmente de nove metros de comprimento, mais ou menos
o tamanho necessário para acomodar de Gênesis até Deuteronomio. Rece-
bem na Bíblia o nome de “A Lei”, “O Livro da Lei de Moisés”, “O Livro da
Lei de Deus” e algumas vezes “Torá” (ensinamento).
Entre os judeus é chamado de Torá, uma palavra da língua he-
braica com significado associado ao ensinamento, instrução, ou literalmente
Lei, uma referência à primeira seção do Tanakh1
, os primeiros cinco livros
da Bíblia Hebraica, cuja autoria é atribuída a Moisés. Os judeus também
usam a palavra Torá num sentido mais amplo, para referir o ensinamento
judeu através da história como um todo. Neste sentido, o termo abrange
1
Tanakh ou Tanach (em hebraico ‫)תנ״ך‬ é um acrônimo utilizado dentro do judaísmo
para denominar seu conjunto principal de livros sagrados, sendo o mais próximo do
que se pode chamar de uma Bíblia judaica.
6
todo o Tanakh, o Mishnah2
, o Talmud3
e a literatura midrash. Em seu
sentido mais amplo, os judeus usam a palavra Torá para referir-se a todo e
qualquer tipo de ensino ou filosofia.
A importância destes livros antigos é incalculável, principal-
mente quando se medita nos cinco pontos que estão alicerçados.
a) Cósmico – Explica o cosmo dando o único relato antigo que
mostra como foi criado, algo que muitos até tentam provar de
outra forma e até agora sem resposta melhor do que a que
consta em Gênesis.
b) Étinico – no Pentateuco estão descrito o começo e a expan-
são das três divisões raciais do mundo CAUCASÓIDES, NE-
GROIDES E ORIENTAIS.
c) Histórico – A partir de Gênesis relata de forma linear e con-
tínua o nascimento da raça humana a partir de Adão. Todavia
não é sua intensão apresentar a história detalhada do desen-
volvimento de todas as raças, mas sim um relato altamente es-
pecializado da implantação do governo Teocrático no mundo
e do plano de redenção da humanidade.
d) Religioso – Retratam a pessoa e o caráter de Deus, a criação
e queda do homem as alianças e promessas divinas;
e) Profético – Estes livros são a origem dos temas proféticos
mais importantes da Bíblia.
2
A Mishná, também conhecida como Mixná ou Mixna (em hebraico ‫,משנה‬ "repeti-
ção", do verbo ‫,שנה‬ ''shanah, "estudar e revisar") é uma das principais obras do juda-
ísmo rabínico, e a primeira grande redação na forma escrita da tradição oral judaica,
chamada a Torá Oral. Provém de um debate entre os anos 70 e 200 da Era Comum
por um grupo de sábios rabínicos conhecidos como 'Tanaim' e redigida pelo Rabino
Judá HaNasi, que terminou sua obra no ano de 189 EC.
3
O Talmude (em hebraico: ‫מּוד‬ ְ‫ל‬ ַּ‫,ת‬ transl. Talmud) é um livro sagrado dos judeus, um
registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do ju-
daísmo. É um texto central para o judaísmo rabínico.
O Talmude tem dois componentes: a Mishná, o primeiro compêndio escrito da Lei
Oral judaica; e o Guemará, uma discussão da Mishná e dos escritos tanaíticos que fre-
quentemente abordam outros tópicos.
7
LIVRO DO GÊNESIS
Sabendo o significado do nome PENTATEUCO e sua importância
para nossa vida, vamos iniciar nossos estudos pelo primeiro livro da Biblia,
o Gênesis.
TÍTULO: Gênesis
Gênesis em judaico significa: Bereshit (do hebraico ‫,בראשית‬ Bereshít,
"no início", "no princípio", primeira palavra do texto) é o nome da primeira
parte da Torá. Bereshit é chamado comumente de Gênesis pela tradição
ocidental e trata-se praticamente do mesmo livro apesar de algumas dife-
renças, principalmente no que lida com interpretações religiosas com outras
religiões que aceitam o livro de Gênesis.
AUTORIA
Até o século XVII, as comunidades judaicas e cristãs atribuí-
ram universalmente a autoria do Pentateuco a Moisés.
Em 1671, Baruch Spinoza (Baruch de Espinoza foi um dos grandes
filósofos racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, junta-
mente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Wikipédia), insinuou a possibilidade
de seu autor ter sido Esdras muitas teorias aparecem sobre o assunto,
como por exemplo: o emprego de diferentes nomes para Deus, estilos lite-
rários diversos, entre outras teorias. Outra teoria é de que houveram vários
autores, mas um só redator que teria reunido fragmentos desde os tempos
mais remotos para dar corpo ao livro.
Mas negar a autoria de Moisés, traz invevitavelmente os des-
gastes de outras doutrinas:
•É questionada a inspiração divina, pois os livros passam a ser
considerados produtos de maquinações religiosas, em vez de
ser as palavras diretas de Moisés, o profeta de Deus;
•A exatidão histórica das narrativas e da legislação também é
impugnada, visto que uma aparente aura de embuste se di-
funde no conjunto. Como consequência, os acontecimentos
passam a serem vistos como mitos inventados por devotos a
religião, em vez de história autêntica.
AUTORIA DE MOISÉS É CONFIRMADA:
• Moisés é reconhecido como homem mais erudito da antiguidade
e como aquele que reinvindicou escrever sob a direção de Deus
(Ex 17.14; 34.27; Dt 31.9, 24; Atos 7.22). Nenhum outro
8
autor da antiguidade foi assim identificado. – Stanley A. El-
lisem – Conheça melhor o Antigo Testamento – 1991 – Edi-
tora Vida – pg 16
Se nos basearmos apenas em fatos históricos e racionais, com
fez Spinoza em sua tese, realmente ficaremos com pouca argumentação
quanto a autoria do livro.
Mas como a história não tem fotos, e que durante muito tempo
todos os acontecimentos bíblicos foram passados de geração em geração de
forma oral, não havia documento escritos um dos fatos era justamente a falta
de pessoas cultas para a escrita, mas como diz do Pr. Dr. em Arquelogia
Rodrigo Pereira da Silva, que em suas vídeo-aulas no orienta que na história
antiga temos que levar em conta todas as informação que se repetem, o que
era aceitável na época, a cultura da época, pois quando um assunto não é real
ele tende a deixado de lado com o tempo.
Portanto quando vemos no livro de Atos, a mais de 1000 anos
depois de escrito o livro do Gênesis uma referência ao autor do referido livro
temos realmente que pesar esse período na veracidade do autor.
Gênesis é a introdução inspirada da Bíblia, o livro das origens e
dos começos, que revela a soberania de Deus nos Seus atos, nas Suas pala-
vras e nos dons. Consequentemente este livro estabelece também a respon-
sabilidade do homem quanto a sua escolha, suas ações e respectivas conse-
quências.
Gênesis descobre o tempo, saindo da eternidade, o finito nas-
cendo do infinito, a criação, dimanando do incriado, e o aparecimento do
homem com objetivo e obra do ato criador. Gn 1.31; Jo 1.1,3.
As histórias deste livro encerram o embrião de todas as verdades
e todas as doutrinas bíblicas que se revelam progressivamente através das
Sagradas Escrituras até a vinda de Jesus Cristo, o Salvador divino: Porque a
salvação de Deus ilumina toda a Bíblia como a luz do dia, que vai brilhando
mais e mais, até que atinja a sua perfeição no Apocalipse Pv 4.18; HB 1.1-2;
Ap 1.1.
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INTRODUÇÃO
ESBOÇO DO LIVRO DE GÊNESIS
1 – A HISTÓRIA PRIMITIVA DA RAÇA HUMANA 01 – 11
a) A narrativa da criação 01 - 02
1. Narrativa de toda a criação 01
2. Narrativa especial da criação do homem 02
b) A narrativa da queda 03 - 06
1. Entrada do pecado 03
2. Avanço do pecado 04 - 06
c) A narrativa do dilúvio 06 - 08
1. A causa do dilúvio 06
2. A vinda do dilúvio 07
3. Consequência do dilúvio 08
d) A narrativa da nova geração 09 - 11
1. O novo começo com Noé 09 - 10
2. Nova rebelião em Babel 11
2 – A HISTORIA PATRIARCAL DA RAÇA HEBRAICA 12 - 50
a) A vida de Abraão – Aliança prometida 12 - 24
1. Princípio da fé na Aliança 12 - 14
2. Teste da fé na Aliança 15 - 21
3. Aperfeiçoamento da fé 22 - 24
b) A vida de Isaque – Aliança transferida 21 - 26
1. Nascimento e casamento 21 - 24
2. Bênção Concedida 25 - 26
c) A vida de José – Aliança prosseguida 27 - 36
1. Bênçãos materiais conseguidas 27 - 30
2. Bênçãos espirituais malogradas 31 - 36
d) A vida de José – Aliança exercitada 37 - 50
1. Treinamento por provações 37 - 40
2. Triunfo pela confiança 41 - 50
10
A HISTÓRIA PRIMITIVA DA RAÇA HUMANA
A narrativa da criação
Narrativa de toda a criação cap 01
Após a primitiva criação, mencionada no primeiro versículo de
Gênesis, ocorre o caos do v2, aquele cataclisma ocasionado pela suposta re-
belião de Satanás e seus anjos, de que lemos nas passagens seguintes da Bí-
blia: Is 14.9-15; Ez. 28.12-17. Desde o fim do v.2, o Espírito de Deus entra
em cena com Seu poder criador que formou “os céus e a Terra que agora
existem” II Pe 3.7.
Narrativa especial da criação do homem cap 02
O capítulo 2 fala da criação já feita, do homem submetido à
provação, responsabilizando pelo cultivo e guarda do jardim e por obedecer
à vontade revelada do Criador.
A narrativa da queda
Entrada do pecado cap 03
O homem falhou, caiu na tentação, escolheu o que lhe parecia
ser bom para comer, agradável aos olhos e desejável para dar entendimento,
que tornasse “como Deus” segundo a promessa da serpente, e assim arras-
tou a raça humana, e toda criação, para a maldição.
Mas surgiria da posteridade do homem aquele que haveria de
ferir a cabeça da serpente, conforme a primeira promessa de um Salvador:
Gn. 3.15. O homem tendo perdido sua inocência é divinamente provido de
túnicas de peles (Gn.3.21), a 1ª revelação do princípio dum sacrifício em
substituição. É lançado fora da presença de Deus e privado da Sua comu-
nhão.
Avanço do pecado caps 04 - 06
Caim, reprovado, matou seu irmão Abel por ciúmes, porque o
sacrifício deste foi aceito por Deus. Caim quis oferecer a Deus os frutos de
seu trabalho; seus descendentes são os promotores da civilização antediluvi-
ana, os construtores, os cultivadores, os músicos e os mestres de toda a obra
de cobre e de ferro: Gn 4.17,21-22.
A narrativa do dilúvio
A causa do dilúvio cap 06
A violência e a corrupção caracterizam a civilização antediluvi-
ana, cujos representantes eram uma raça de homens gigantes, fruto da união
dos filhos de Deus (descendentes de Sete) com as filhas dos homens (des-
cendentes de Caim)
11
A devassidão atinge o auge; uma irrupção (invasão súbita, surgi-
mento) de espíritos satânicos se verifica entre os homens, se apossando deles
e levando-os a uma depravação extrema, ferindo todas as leis do Criador.
Desta maneira a raça humana transpõe os limites que lhe foram demarcados,
e o castigo de Deus cai sobre aquela geração perversa que recusou as adver-
tências feitas por Noé.
A vinda do dilúvio cap 07
Quando Noé completou seiscentos anos, após Noé ter cha-
mado exortado a muitos a respeito do juízo de Deus sobre a terra, após ter
sido considerado de louco por construir uma arca imensa em uma terra dis-
tante de rios ou mares que comportasse um barco daque tamanho, Deus faz
com que as fontes de água das grandes profundezas começaram a jorrar e as
comportas dos céus são abertas e derramam águas durantes 40 dias e noites
sem parar. Até o ponto de a água chegar a 7 metros acima das montanhas.
Consequência do dilúvio cap 08
Por cerca de um ano Noé ficou confinado na arca, enquanto o
mundo era açoitado pelo juízo divino. O propósito divino de destruir a raça
humana pecaminosa se cumpriu. Quer tenha sido local ou mundial é de im-
portância secundária ante o fato que o dilúvio foi bastante amplo para incluir
a humanidade inteira. Chuvas incessantes e águas vindas de fontes subterrâ-
neas elevaram o nível das águas acima dos mais elevados cumes dos montes.
No devido tempo a água baixou de nível. A arca veio repousar sobre o monte
Ararate. Recebendo ordem para deixar a arca, o homem enfrentou uma nova
oportunidade em um mundo renovado.
Todos os seres vivos que viviam sobre a terra e no ar morreram,
apenas aqueles que foram recebidos por Noé na arca, sobreviveram.
A narrativa da nova geração
O novo começo com Noé caps 09 - 10
Quando saem da arca, Deus faz uma nova aliança com Noé,
Deus diz:
“1Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra. 2 Todos os animais da terra
tremerão de medo diante de vocês: os animais selvagens, as aves do céu, as criaturas
que se movem rentem ao chão e os peixes do mar; eles estão entregues em suas
mãos. 3 Tudo o que vive e se move servirá de alimento para vocês. Assim como
lhes dei os vegetais, agora lhes dou todas as coisas”. Biblia NVI.
“1
Y BENDIJO Dios a Noe y a sus hijos, y les dijo: Fructificad, y a multipli-
caos y b henchid la tierra; 2
y el temor y el miedo de vosotros estaran en todo
animal de la tierra, y en toda ave de los cielos, en todo lo que se mueve en la
tierra y en todos los peces del mar; en vuestras manos son entregados. 3
Todo lo
12
que se mueve y vive os sera para a alimento, asi como las legumbres y hierbas; os
lo he dado todo. SANTA BIBLIA - REINA-VALERA 2009
Nova rebelião em Babel cap 11
A genealogia dos filhos de Noé nos leva, na narrativa, até a cons-
trução da torre de Babel, símbolo da falha dos homens que rejeitam as con-
dições de graça oferecidas pelo concerto de Deus com Noé. Arrastados pelo
orgulho e suas ambições essencialmente humanas, eles querem alcançar o
céu e fazer-se um nome. A respeito deles, Deus declara: “E agora não haverá
restrição para tudo o que eles intentarem fazer.” (Gn. 11.69), pois a liberdade
do homem, entregue ao serviço do diabo, enseja todas as rebeliões humanas
e todos os ardis de Satanás. Deus confunde sua língua e espalha os homens
sobre a face da terra. O capítulo 11 termina com a criação dos ascendentes
de Abraão.
A HISTÓRIA PATRIARCAL DA RAÇA HEBRAICA
a) A vida de Abraão – Aliança prometida caps 12 - 24
Princípio da fé na Aliança caps 12 - 14
Abrão recebe uma promessa, sair de sua zona de conforto, sair
de perto de pessoas que te atrapalham em meu agir, saia de perto da idolatria,
Abrão sai em direção ao incerto, iniciar uma nova nação.
Teste da fé na Aliança caps 15 - 21
Abrão tem uma visão, após um sacrifício oferecido ao Senhor o
qual não foi consumido, a noite o Senhor coloca Abão em um sono pro-
fundo e lhe dá uma visão de como será sua geração, o crescimento o aprisi-
onamento e o livramento.
Deus cumpre sua promessa com o nascimento de Isaque, Deus
abençoa a vida de Hagar e de Ismael, que mesmo sendo expulso dos cuida-
dos de Abraão tem direito a suas bênçãos.
Deus lhe dá um filho de sua esposa aos 99 anos de idade,
quando o impossível aos homens se torna possível diante de Deus.
Aperfeiçoamento da fé caps 22 - 24
Quando Abraão está em paz e tranquilo, tem uma prova para
ele, pede seu filho em holocausto, e Abraão não lhe nega, e isso é o teste
maior para Abraão, e pela prova ele é aprovado diante do Senhor.
A vida de Isaque – Aliança transferida
Casamento cap 24
Abraão, já avançado em idade, pede ao seu servo, que vá a seus
familiares buscar uma esposa para seu filho, mas que de forma alguma deixe
seu filho ir para lá.
13
Pois Abraão sabia que a idolatria de sua família poderia interferir
em sua vida com Deus.
Bênção Concedida caps 25 - 26
Isaque recebe de seu pai tudo o que ele tinha, para seus irmãos
(já que Abraão tinha se casado com Quetura e teve outros filhos) deu pre-
sentes e enviou para outras terras para longe de Isaque, pois a bênção de
Deus era para a vida de Isaque apenas.
A vida de Jacó – Aliança prosseguida
Bênçãos materiais conseguidas caps 27 - 30
Jacó incentivado por sua mãe assume o lugar de Esaú e recebe
as bênçãos materiais que seria de seu irmão.
Se vê obrigado a fugir da casa de seu pai após sua morte, para
não ser morto por seu irmão, foge sem nada, dorme ao relento.
É tratado como empregado e luta contra o engano para con-
quistar sua promessa.
Bênçãos espirituais malogradas caps 31 - 36
A fé do crente é tão preciosa aos olhos de Deus, que ele permite
que seja provada. I Pe 1.5-7; Hb 12.5-12. Ganhando a vitória sobre Esaú,
que representa o espirito profano e carnal (Hb 12.16), o crente chega a co-
nhecer um culto puro e espiritual, mas somente depois de abandonar, na luta
de Peniel (GN. 32.24-32), sua confiança em si mesmo e seus próprios esfor-
ços, e repudiar todos os seus ídolos. Gn. 35.2-7.
A vida de José – Aliança exercitada
Treinamento por provações caps 37 - 40
José por ser o primeiro filho de Raquel, a mulher a quem Israel
mais amava e por ter sido gerado em sua velhice, era tratado com mais rega-
lias do que seus outros irmãos, e isso causou problemas de relacionamento
com seus irmãos.
E Deus utilizou as provações para preparar José para as bênçãos
que ele teria na frente, José foi forjado com se forja o aço para assumir a
forma que Deus queria para a vida da família de Israel.
Triunfo pela confiança caps 41 - 50
Como José em nenhum momento deixou o caminho a que foi
ensinado, não se afastou do que seu pai havia ensinado a respeito do seu
Deus.
E devido a sua perseverança foi honrado e colocado como go-
vernador da maior nação daquele período.
14
LIVRO DO ÊXODO
ESBOÇO DO LIVRO DO ÊXODO
1 – A SAÍDA – ÊNFASE DO PODER DE DEUS 01 - 18
A) A aflição de Israel no Egito 01 - 11
1 - Sua servidão e o preparo de Moisés 01 - 04
2 - Pragas e endurecimento de Faraó 05 - 11
B) Livramento de Israel 12 - 15
1 - Instituição da Páscoa 12
2 - Partida apressada 13 - 14
3 - Cântico de Louvor e Celebração 15
C) Jornada de Israel até o monte Sinai 16 - 18
1. Poder do Senhor para prover 16 - 17
2. Poder do Senhor para proteger 17
3. Conselho de Jetro: delegar tarefas 18
2 – A LEI – ÊNFASE DOS PRINCÍPIOS DE DEUS 19 - 24
A - Aliança proposta pelo Senhor 19
B - Mandamentos Espirituais e Morais 20
1 Relacionamento prioritário do Homem com Deus
2 Relacionamento apropriado com o próximo
3 Relacionamento sacerdotal de Moisés como mediador
C – Ordenanças Sociais e Civis 21 - 23
1. Para dispensar misericórdia e justiça 21
2. Para respeitar os direitos de propriedade 22
3. Acerca do exercício da justiça, do sábado e das festas: 23
3 – O TABERNÁCULO – ÊNFASE DA PRESENÇA DE DEUS 25 – 40
A – O plano para o Tabernáculo 25 - 31
1. Padrão dos móveis 25
2. Padrão da parte externa 26 - 27
3. Padrão para os sacerdores e para o culto 28 - 31
B – Punição de Deus para a idolatria do povo 32 - 34
1. Idolatria de Israel e Julgamento 32
2. Intercessão de Moisés e misericórdia de Deus 33
3. Injunção de Deus ao renovar a Aliança 34
C – Presença de Deus no término do Tabernáculo 35 - 40
1. A congregação supre abundantemente 35
2. Os artíficies constroem magnificamente 36 - 39
3. O Senhor desce numa nuvem de Glória 40
15
INTRODUÇÃO
Autoria:
Título:
1. Os hebreus deram o nome de “We’elleh Shemoth” devido a
sua primeira frase: “São estes os nomes”.
2. Os tradutores da
Septuaginta chamaram-no de
“Êxodo” (Saída) devido ao fato de
seu tema central tratar das ações
redentoras de Deus para com o
seu povo.
Autor
Assim como Gênesis
a autoria de Moisés é confirmada pela estreita conexão e unidade com os
livros restantes do Pentateuco. Neste livro, entretanto, Moisés coloca-se
como o centro de todas as ações (17.14; 24.4; 25.9; 36.1)
Moisés procura retratar com riqueza de detalhes as informa-
ções dos fatos ocorridos em todo o processo de saída do povo hebreu do
Egito. Desde a chegada dos filhos de Israel, relatando todo o sofrimento
do povo e a sua saída embaixo das mãos poderosas de Deus.
O povo hebreu foi escravizado e sofriam com trabalhos força-
dos devido as construções da época e devido ao faraó que estava no poder
não tinha conhecimento a respeito de José e tudo o que ele tinha feito.
Pois desde a morte de José, houve guerras, a família imperial
da época de José á não existia mais e um novo monarca toma o trono
mesmo sem ter sangue real.
O povo Egípicio, preguiçoso e voluptuoso, como diz Flávio
Josefo em seu livro A História dos Hebreus, eles invejavam a prosperidade
que os hebreus conquistavam com seu trabalho. Tendo o tempo apagado a
memória das obrigações que todo o Egito devia a José e tendo o reino pas-
sado a outra família, eles começaram a maltratar os israelitas e a oprimi-los
com trabalhos.
Podemos dividir a vida de Moisés em 03 grupos de quarenta
anos:
Nos primeiros quarenta anos foram quando Moisés nasceu vi-
veu com sua mãe até chegar a idade de ir para o palácio, pois foi adotado
pela filha de Faraó; neste período não está descrito mas subintendece que
foi criado nos costumes judeus, já que foi sua mãe que foi contrata para
16
amamenta-lo e cria-lo até ter idade para ir ao palácio, neste período Moisés
foi ensinado em todos os costumes de seu povo e sabia quem era seu Deus,
depois foi levado ao palácio onde foi ensinado em todas as ciências dos egíp-
cios, bem como estratégias militares, Moisés foi preparado para ser o líder
do povo egípicio, pois seu irmão na linhagem real não apresentava-se como
um típico rei.
No segundo
bloco de quarenta anos, que
ocorre quando Moisé foge do
Egito após ter matado um sol-
dado e fugindo da vingança de
Faraó se esconde no deserto
onde conhece sua esposa Zí-
pora e fica com seu sogro por
quarenta anos sendo pastor de
ovelhas.
Até que Deus lhe
chama para livrar o povo judeu das mãos dos egípicios, onde Deus usa sua
vida para fazer milagres e maravilhas em meio a toda nação onde o nome do
Senhor é reverenciado.
Depois mais quarenta anos onde Moisé peregrina juntamente
com todo o povo no deserto até poderem entrar na terra prometida, apesar
de não entrar devido ao seu pecado Moisés pode contemplar, morre nas
montanhas, mas seu corpo não é encontrado, não há relato bíblico a respeito
do sepulcro de Moisés.
Relação com os demais livros de Moisés: Êxodo é o elo in-
dispensável que une de forma inseparável o Pentateuco. Continua a história
dos hebreus iniciada no Gênesis no mesmo estilo inigualável deste e acentu-
ando o elemento pessoal. É a figura de Moisés que domina quase todo o
relato de Êxodo. Os assuntos do sistema sacerdotal e da lei de santidade
iniciados em Êxodo, por sua vez, se desenvolvem em Levítico. Também a
história da caminhada de Israel para a terra prometida, a qual constitui a
maior parte de Números, encontra seu princípio em Êxodo. Finalmente,
acha-se em Deuteronômio um eco tanto de Números como de Êxodo. Por
isso ao livro de Êxodo se chama "O coração do Pentateuco".
Egito: A antiga terra dos Faraós abrangia o estreito vale do rio
Nilo. Ao norte iniciava-se sua extensão desde Asma, perto das primeiras ca-
taratas, até ao delta onde o Nilo desemboca no mar Mediterrâneo; ocupa
17
950 km. A agricultura do Egito dependia da regadura do Nilo e do sedimento
que suas águas transbordantes deixavam ao retirar-se depois de inundar o
vale. Em cada lado deste vale há um deserto desprovido de quase toda a
forma de vida.
A história do Egito remonta aproximadamente ao ano 3000 a.
C., quando o reino do vale do Nilo e o reino do delta foram unificados pelo
brilhante rei Menés. Trinta dinastias ou famílias reais reinaram durante os
anos 3000 até 300 a. C. A cidade de Mênfis, situada entre o delta e o vale do
Nilo, foi capital do reino até que se transferiu o governo da região do sul
para Tebas na época do Novo Reino (1546-1085 a. C.
A época clássica da civilização egípcia chama-se Antigo Reino
(2700-2200 a. C). As enormes pirâmides, edificadas como túmulos reais, e a
grande esfinge de Gizé foram construídas neste período. Depois houve dois
séculos de decadência seguidos pelo Reino Médio (2000-1780 a. C.). Surgiu
um poderoso governo centralizado sob a duodécima dinastia que trouxe
projetos de irrigação, exploração mineira de cobre na península do Sinai e a
construção de um canal entre o mar Vermelho e o rio Nilo. O comércio
egípcio estendeu-se às terras marítimas da parte oriental do mar Mediterrâ-
neo. Floresceram a educação e a literatura. Esta época brilhante foi seguida,
por sua vez, de dois séculos de decadência e de governo fraco.
No século XVIII os hicsos invadiram o Egito e estabeleceram
sua capital em Tânis (Zoã Avaris). Os invasores procediam, provavelmente,
da Ásia Menor e utilizaram carros puxados por cavalos, e o arco composto,
armas que os egípcios desconheciam. Contudo, os hicsos permitiram que os
egípcios mantivessem um governo secundário em Tebas e no Baixo Egito.
Em 1570 a. C. os egípcios, dirigidos por Amósis I, expulsaram os odiados
hicsos e estabeleceram o Reino Novo (1546-1085 a. C). Os hebreus estive-
ram no Egito nesse tempo. Tebas tornou-se capital do Egito. Ainda existem
as grandiosas ruínas desta cidade. Diz Halley: "Nenhuma cidade tinha tantos
templos, palácios e monumentos de pedra inscritos em ricas cores, brilhantes
e resplandecentes de ouro."1 Sem dúvida, muitos dos magníficos monumen-
tos das cidades egípcias representam o trabalho, o suor e o sangue de incon-
táveis milhares de escravos.
18
O mais famoso conquistador egípcio e fundador do império do
Egito na época do Novo Reino foi Tutmés III (Tutmósis III) que reinou
entre 1500 e 1450 a. C. Dirigiu dezoito campanhas militares mediante as
quais subjugou a Etiópia, a Palestina e a Síria, estendendo o domínio egípcio
até ao rio Eufrates. Construiu uma frota e acumulou grandes riquezas. Cos-
tuma-se compará-lo a Alexandre Magno ou a Napoleão, no sentido de que
foi o fundador de um grande império. Também Tutmés III fomentou a
construção de edifícios públicos ampliando o grande templo de Carnaque e
levantando numerosos obeliscos. Não obstante, Amenotepe IV (Akhena-
ton), que reinou depois, desde 1369 até 1353 a.C, descuidou o império egíp-
cio, pois se dedicou a estabelecer o culto ao deus solar Áton como única
divindade do Egito. Enfrentou grande oposição e, conseqüentemente, o
Egito perdeu muito de seu domínio sobre Canaã e Síria. Seti I (1302-1290 a.
C.) procurou reconquistar os territórios perdidos e seu filho Ramsés II (o
Grande) seguiu seus passos, mas teve de contentar--se com um pacto de não
agressão com a Síria.
Ramsés II (1290-1224 a.
C), considerado o Faraó do êxodo,
por muitos estudiosos, destacou-se
por seus projetos de construção em
Tebas e por continuar levantando as
cidades de armazéns Pitom e Rames-
sés. Alguns estudiosos pensam que
estas cidades foram fundadas por seu
pai Seti I, mas outros acreditam que
foram construídas originariamente
por Tutmés III. Foi encontrado um
papiro daquela época que descreve
os trabalhos para construir a porta de
um templo de Ramsés II. Fala de
operários que faziam sua cota de ti-
jolos cada dia e de oficiais que não
tinham homens nem palha para pro-
duzir os tijolos.
A SAÍDA – ÊNFASE DO PODER DE DEUS
Segundo Paul Hoff em seu livro “O PENTATEUCO”
“Não há dúvida alguma de que os israelitas saíram do Egito no lapso com-
preendido entre 1450 e 1220 a. C. Israel já estava radicado em Canaã no ano
19
de 1220 a. C, pois um monumento levantado pelo Faraó Mereptá faz alusão ao
combate entre egípcios e israelitas na Palestina, naquela data. Não obstante, fal-
tam evidências conclusivas quanto à data precisa do êxodo.
Há duas opiniões principais a respeito desta questão. De acordo com a pri-
meira, o êxodo dataria, mais oumenos, por volta do ano de 1440 a. C. Conforme
a segunda opinião, ocorreu no reinado de Ramsés II, entre 1260 e 1240 a. C. Se
a data anterior é correta”
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A aflição de Israel no Egito
1 - Sua servidão e o preparo de Moisés
Em Êxodo 1. 9-11 está escrito:
9 Disse ele ao seu povo: Eis que o povo de Israel é mais numeroso e mais forte do
que nos.
10 Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e aconteça
que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra
nós e se retire da terra.
11 Portanto puseram sobre eles feitores, para os afligirem com suas cargas. Assim
os israelitas edificaram para Faraó cidades armazéns, Pitom e Ramessés.
Biblia Viva
Tutmés, este é o nome do Faraó que reinava na época em que
começou a opressão do povo de Israel, e por que não conhecia José?
Muito tempo após a morte de José, o Egito foi invadido por um
povo chamado Hicso:
Os hicsos (em egípcio heqa khasewet, "soberanos estrangeiros";
em grego Ὑκσώς ou Ὑξώς; em árabe: ‫الملوك‬‫الرعاة‬ , "reis pastores", ou
como em versão atualizada "reis cativos") foram um povo asiático que
invadiu a região oriental do Delta do Nilo durante a décima segunda
dinastia do Egito, iniciando o Segundo Período Intermediário da histó-
ria do Antigo Egito. São mostrados na arte local vestindo os mantos
multicoloridos associados com os arqueiros e cavaleiros mercenários
mitanni (ha ibrw) de Canaã, Aram, Kadesh, Sídon e Tiro.
O faraó Kamósis (c. 1555 a 1550 a.C.) rebelou-se definitivamente con-
tra a situação que dividia o Egito entre ele e o rei hicso Apophis, ao qual
tinha que pagar tributos. Ele deve ter empurrado o inimigo para o norte, até
o delta nilótico. Entretanto, a praça bem fortificada de Avaris, habilmente
construída perto de um braço do Nilo em seu delta, não foi conquistada. A
morte prematura de Kamósis teve por conseqüência a subida ao trono de
seu irmão mais moço, Nebpehtire Amósis (c. 1550 a 1525 a.C.), que acabou
por finalmente expulsar completamente os hicsos do Egito, ainda que isso
lhe tenha consumido cerca de dez anos. Por ter unificado novamente o país,
Manetho colocou-o como iniciador de uma nova dinastia, a XVIII (c. 1550
20
a 1307 a.C.), que principiou uma nova era, o Império Novo (c. 1550 a 1070
a.C.).
Após tantas guerras e mudança de governo e dinastias, o que
José havia feito no passado foi esquecido.
Com isso aparece um novo Faraó Tutmés, onde começa a opri-
mir o povo hebreu.
Quando nasce Moisés, e na nesta época como já não havia mais
descendentes das antigas famílias reais egípcias, os governantes atuais muitas
vezes casavam-se em família para perpetuar seu domínio, para não haver
mais misturas sanguíneas.
Quando Moisés é considerado como filho da filha de Faraó,
provavelmente a filha de Faraó figurava como esposa de Faraó, que este o
motivo pelo qual Moisés gozava de grande prestígio dentro do palácio.
Moisés a o mais cotado para assumir o posto de Faraó. Foi en-
sinado em todos os conhecimentos, ciências e leis do Egito.
Mas devido a grande opressão sofrida pelo seu povo hebreu,
Moisés começa se envolver mais com as questões de seu povo, e chega ao
ponto de praticar um homicídio e com medo da retaliação de Faraó foge e
fica 40 anos no deserto onde se casa e consti-
tui família.
Quando o Senhor visita a Moisés
e se manifesta através de uma sarça ardente
onde ocorre o chamado de Moisés.
Durante todo este período que
esteve afastado, seu povo continuou a crescer
e multiplicar-se, mas sendo torturado e explo-
rado, o que levou a alguns a clamarem a Jeová
para que os livrassem daquele cativeiro.
21
2 - Pragas e endurecimento de Faraó Exodo 5 – 11
Depois de conversar com o povo, Moisés e Arão foram falar
com Faraó, entraram em sua sala real e com intrepidez falaram:
Êxodo 5: 1 - E DEPOIS foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR Deus
de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.
Mas como Faraó, não conhecia a história de José, também não
conhecia o Senhor, com isso e considerando-se quase um deus, endureceu
o seu coração. O pedido de Deus a Faraó foi pequeno, apenas liberar seu
povo para ir adorá-Lo no deserto.
Mas Faraó em sua arrogância, pois seus súditos o consideravam
filho do deus sol (Rá), escarneceu de Moisés, Arão e principalmente do Se-
nhor. Êxodo 5: 2 - Mas Faraó disse: Quem é o SENHOR, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel?
Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir Israel.
E a partir deste momento Faraó começa a oprimir ainda mais o
povo hebreu, exigia o trabalho diário, mas sem fornecer a matéria prima para
a fabricação dos tijolos que era a palha, pois esta tinha que ser colhida no
campo e os mesmos que fabricavam os tijolos é que teriam que ir buscá-la.
Devido a este acréscimo de trabalho e exigência de Faraó, o
povo começa a se revoltar contra Moisés, lembremos que este povo estava
sendo oprimido por quatrocentos anos, ou seja, mais de 4 gerações já havia
sofrido sobre a tirania de reis e faraós que governaram o Egito, o povo estava
sobrecarregado, muitos morrendo de esgotamento e de espancamento, não
tinham mais liberdade.
QUADRO 1 http://hherivas.blogspot.com.br/2015/04/as-dez-pragas-do-egito.html
22
E aí para tratar tanto com Faraó quanto com os hebreus, o Se-
nhor, o Eu Sou, começa a enviar algumas pragas para pertubar o povo.
Uma das palavras hebraicas que se traduzem por "praga" no Êxodo sig-
nifica dar golpes ou ferir. Outras duas palavras descrevem as pragas como "si-
nais" e "juízos". De modo que as pragas foram tanto sinais divinos que de-
monstraram que o Senhor é o Deus supremo, como atos divinos pelos quais
Deus julgou os egípcios e libertou a seu povo.
Paul Hoff – O Pentateuco – Editora Vida – 1995 – pag. 51.
Primeiramente Deus começa a usar os fenômenos naturais rela-
cionados com os deuses adorados pelo Egito, contra os sacerdotes e contra
Faraó que era considerado deus, conforme quadro 1.
Calcula-se que o período das pragas tenha durado pouco menos
de um ano.
As primeiras três pragas: sangue, rãs e piolhos caíram tanto so-
bre Israel como na terra egípcia, pois Deus quis ensinar a ambos os povos
quem era o Senhor, já os sete seguintes açoites castigaram somente aos egíp-
cios para que soubessem que o Deus que cuidava de Israel era também o
soberano do Egito e mais forte do que seus deuses (8:22; 9:14). As pragas
foram progressivamente mais severas até que quase destruíra o Egito (10:7).
As nove primeiras pragas podem ser divididas em três grupos
de três pragas cada um. O primeiro grupo: água convertida em sangue, rãs e
piolhos causaram asco e repugnância. O segundo grupo: as moscas que pi-
cavam, a peste sobre o gado e as úlceras sobre os egípcios caracterizavam-se
por serem muito doloridas. O último grupo: a saraiva, os gafanhotos e as
trevas foram dirigidos contra a natureza; estas últimas produziam grande
consternação. A morte dos primogênitos foi o golpe esmagador.
Os feiticeiros egípcios imitaram os dois primeiros açoites, mas
quando o Egito foi ferido de piolhos, confessaram que o poder de Deus era
superior ao deles e que esta praga era realmente sobrenatural (8:18, 19). Os
magos não tiveram de reproduzir a praga de úlceras porque eles próprios
estavam cheios delas desde os pés até à cabeça. Não puderam livrar-se a si
mesmos dos terríveis juízos nem muito menos a todo o Egito.
Em resumo, as pragas cumpriram os seguintes propósitos:
a) Demonstraram que o Senhor é o Deus supremo e soberano.
Tanto os israelitas como os egípcios souberam quem era o Senhor.
b) Derrocaram as divindades do Egito.
c) Castigaram os egípcios por haverem oprimido aos israelitas e
por lhes haverem amargado tanto a vida.
23
d) Efetuaram o livramento de Israel e o prepararam para con-
duzir-se em obediência e fé.
Livramento de Israel
Instituição da Páscoa
Quando do acontecimento da décima praga, o Senhor exige de
cada um dos hebreus um sacrifício, um sinal, sinal este que Ele mesmo de-
terminou, e quem assim procedesse a sua família e seus animais seriam pre-
servados.
Mas este sacrifício de-
veria ser apresentado já estando
preparado para receber a bênção
da liberdade, ou seja, versículo 11,
com os lombos singidos e os pés
calçados.
O Senhor detalha qual
o tipo e a qualidade do sacríficio,
um Deus tão zeloso pelos deta-
lhes, quando se fala de um cor-
deiro de 01 ano, é porque o animal
já chegou a sua maturidade, já é um
animal adulto e normalmente já
havia gerado filhotes, ou seja, sua
decendência estava garantida.
Aquela data se torna-
ria tão significativa que Deus de-
terminou que seria o primeiro mês
dos hebreus:
Êxodo 12:2 - Este
mesmo mês vos será o princí-
pio dos meses; este vos será o
primeiro dos meses do ano.
A palavra "páscoa" significa "passar de largo", pois o anjo destruidor passou de largo
as casas onde havia sido aplicado o sangue nas ombreiras e na verga da porta. Os detalhes
do sacrifício e as ordenanças que o acompanhavam são muito significativos.
a) O animal para o sacrifício devia ser um cordeiro macho de um ano, isto é, um
carneiro plenamente
desenvolvido e na plenitude de sua vida. Assim Jesus morreu quando tinha 33 anos
aproximadamente. O cordeiro tinha de ser sem mácula. Para assegurar que assim fosse,
os israelitas o guardavam em casa durante quatro dias. De igual maneira Jesus era impe-
cável e foi provado durante quarenta dias no deserto.
http://ligadonabiblia.blogspot.com.br/2011/04/pascoa-de-antes-pascoa-
de-hoje.html
https://ccyeshuaemportugues.wordpress.com/2015/07/22/a-pascoa-
exodo-12-deuteronomio-16-mateus-26-marcos-14-lucas-22-joao-11/
24
b) O cordeiro foi sacrificado pela tarde como substituto do primogênito. Por isso mor-
reram os primogênitos das casas egípcias que não creram. Aprendemos que "o salário do
pecado é a morte", porém Deus proveu um substituto que "foi ferido pelas nossas trans-
gressões".
c) Os israelitas tinham de aplicar o sangue nas ombreiras e na verga das portas, indi-
cando sua fé pessoal. No Cristianismo não basta crer que Cristo morreu pelos pecados do
mundo; somente quando pela fé o sangue de Jesus é aplicado ao coração da pessoa está ela
salva da ira de Deus. O anjo exterminador representa a sua ira.
d) As pessoas tinham de permanecer dentro de casa, protegidas pelo sangue. "Como
escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação?" (Hebreus 2:3).
e) Tinham de assar a carne do cordeiro e comê-la com pão sem fermento e ervas amar-
gas. O fato de assar em vez de cozer o cordeiro exemplifica a perfeição do sacrifício de Cristo
e o fato de que deve ser recebido por completo (João 19:33, 36). Assim como os hebreus
comeram a carne que lhes daria força para a peregrinação, por meio da comunhão com
Cristo o crente recebe força espiritual para segui--lo. O pão sem fermento simbolizava a
sinceridade e a verdade (I Coríntios 5:6-8) e as ervas amargas provavelmente representa-
vam as dificuldades e as provações que acompanham a redenção.
f) Os israelitas deviam comê-lo em pé e vestidos como viajantes a fim de que estivessem
preparados para o momento de partida (12:11).^ Assim o crente deve estar pronto para
o grande êxodo final quando Jesus vier (Lucas 12:35).
Paul Hoff – O Pentateuco – Editora Vida – 1995 – pag. 54.
Partida apressada
Após a terrível morte dos primogênitos, Faraó volta a sua sani-
dade permitiu que os israelitas saíssem. Faraó recebeu a justa recompensa
pela morte de tantas crianças hebreias que foram assassinados friamente,
pelo tempo de exploração da escravidão, devido ao acontecido Faraó não
fez nenhuma exigência aos hebreus e ainda pediu que Moisés e Arão o aben-
çoassem.
25
Ao saírem e acamparem em Etã na entrada do deserto, e o Se-
nhor era com eles, ia adiante deles em uma coluna de nuvem durante o dia
e uma coluna de fogo durante a
noite. (Êxodo 13. 20-21).
O cuidado de Deus com
o seu povo é tão grande, que ao saí-
rem do Egito, eles não tomaram a
rota mais curta para o mar vermelho,
foram pelo caminho mais longo, pois
no outro caminho havia forte guarni-
ções egípcias, e na palestina os filis-
teus os esperavam prontos para a
guerra. Agora um povo recém-liber-
tado que sofreu durante 430 anos de
escravidão teria algum ânimo ou es-
tratégia para lutar com estes povos?
Claro que não, por isso
Deus os leva por um caminho que
apesar de mais longo era mais tran-
quilo, assim como está escrito no
evangelho de João 13.7 – Respondeu
Jesus: O que Eu faço hoje não sabes
agora, mas o compreenderá depois. –
Biblia de referência Thompson – Editora Vida
1993
Não nos é dado conhe-
cer o querer de Deus, mas sim con-
fiar em sua infinita sabedoria e amor
por nós.
Assim com está escrito: I
Samuel 24:6 - E disse aos seus homens: O SE-
NHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu
senhor, ao ungido do SENHOR, estendendo eu a
minha mão contra ele; pois é o ungido do SE-
NHOR. O Senhor fez isso com Faraó,
pois tocou no povo escolhido do Se-
nhor, e para finalizar o projeto o Senhor endurece mais uma vez o coração
https://pt.slideshare.net/IderaldoCatini/travessia-48499072
http://geografia-biblica.webnode.com.br/news/a-travessia-do-
mar-vermelho-fotos-via-satelite-e-evidencias-cientifica-/
https://pt.slideshare.net/ribercor/travessia-no-mar-vermelho-
aconteceu-e-est-provado-presentation
26
de Faraó para que saia atrás do povo israelita para trazê-los novamente es-
cravizados, mas o que acontece é outro grande livramento de Deus com Seu
povo.
Faraó enfurecido sai atrás do povo de Israel, e motivado por
mais esta possibilidade de morte o povo hebreu se revolta contra Moisés,
onde o Senhor dá mais uma prova de Seu poder e amor, quando o povo se
depara diante do mar vermelho eles não sabem, mas estão no local que Deus
escolheu para que fossem prova viva de mais um agir sobrenatural do Se-
nhor.
Moisés levanta sua vara e ordena que o mar se abra, então o
Senhor manda um vento oriental que sopra durante toda a noite e abre o
mar para a passagem dos hebreus a pés enxutos.
O Senhor traz o povo a uma praia onde caiba todo o povo, que
era muito, diante de uma ponte subaquática, e o caminho se abre.
E após o povo passar e Faraó e seu exercito entrar atrás deles,
após o ultimo hebreu chegar do outro lado o Senhor faz com que as águas
voltem a seu curso normal matando assim um exercito inteiro.
Cântico de Louvor e Celebração cap 15
A travessia do mar Vermelho prefigura a derrota do último e
mais formidável inimigo do povo de Deus, pois o cântico de Moisés e do
Cordeiro será cantado novamente pelos redimidos no céu (Apocalipse 15:3,
4). Também se observa que o livramento final do povo de Deus, descrito no
Apocalipse, será efetuado pelos mesmos meios que Deus empregou no
êxodo: juízos sobre seus inimigos e redenção pelo sangue do Cordeiro.
Jornada de Israel até o monte Sinai
Poder do Senhor para prover
Após saírem do mar foram para Elim, onde havia ali doze fontes
de água e muitas palmeiras, e acamparam ali para descansar.
Durante sua peregrinação pelo deserto até a passagem, pelo mar
vermelho, os israelitas passaram por áreas desérticas onde não havia supri-
mento de alimentos, e as provisões que trouxeram do Egito foram se aca-
bando.
Sairam de Elim e foram para o deserto de Sim, entre Elim e
Sinai, onde toda a congregação de Israel mumurou novamente contra Moi-
sés e Arão, pois não havia mais comida nem bebida para o povo, já não
adiantava o grande milagre que o Senhor havia feito, devido a natureza da
escravidão incultida em sua mente, o povo não conseguia visualizar o agir de
Deus sobre suas vidas.
27
Poder do Senhor para proteger
Eles queriam apenas suas necessidades básicas sendo supridas;
o escravo apesar de ansear pela liberdade não consegue visualizar o liberta-
dor.
Mas o que Deus fez foi preparar aquele povo a viver com supri-
mentos básicos e quantidades básicas preparando eles para assumir a terra
prometida, pois ali o processo de conquista de suas necessidades seria duro,
seria através de conquista por lutas, resistência e vendo os milagres de Deus.
O Senhor supriu as necessidades alimentares do povo:
Êxodo 16:13-15
13 - E aconteceu que à tarde subiram codornizes, e cobriram o arraial; e pela
manhã jazia o orvalho ao redor do arraial.
14 - E quando o orvalho se levantou, eis que sobre a face do deserto estava uma
coisa miúda, redonda, miúda como a geada sobre a terra.
15 - E, vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Porque
não sabiam o que era. Disse-lhes, pois, Moisés: Este é o pão que o SE-
NHOR vos deu para comer.
Não entendemos o agir do Senhor, mas o que Ele faz é surpre-
endente.
Mas a escravidão humana ainda estava enraizada em suas lem-
branças, e não conseguiam apenas confiar no que Deus havia falado a Moi-
sés, de colher apenas a quantidade de alimentos para um dia e apenas no
sexto dia colheria o dobro, pois no sétimo dia não haveria alimento, mas
muitos colheram mais do que era necessários para um dia e deixaram para o
outro dia e com isso aquilo que era delicioso criou bicho e cheirava mal, e
no primeiro final de se-
mana alguns do povo sa-
íram para colher e não
encontraram nada, pois o
Senhor havia dito que
não haveria e Deus se ira
contra o povo.
Mas ainda
faltava mais um pouco de
rebeldia, o povo se le-
vanta contra Moisés pela
falta de água, Deus
manda Moisés levar sua
vara juntamente com os
http://amigo-da-ebd.blogspot.com.br/2014/02/licao-06-peregrinacao-de-israel-
no.html
28
anciões de Israel, e era para ele ferir uma rocha, e assim o fez o povo teve
água.
Mas também Amaleque se levanta contra Israel, e Israel preva-
lece devido a interseção de Moisés com suas mãos levantadas.
Deus colocou os israelitas na escola preparatória do deserto, a
fim de que as provações os disciplinassem e adestrassem para conquistarem
a terra prometida. Ainda não estavam em condições de enfrentar as hostes
de Canaã, nem desenvolvidos espiritualmente para servir ao Senhor uma vez
que entrassem. Embora tenham sido libertados da escravidão, ainda tinham
espírito de escravos, isto é, demonstravam traços de covardia, murmuração
e rebeldia.
Conselho de Jetro: delegar tarefas cap 18
Jetro, sogro de Moisés vem visita-lo e trazer sua mulher e seus
filhos, e vê como Moisés se sobrecarregava com o povo, e dá orientações
sobre como amenizar sua carga e ajudar mais rapidamente o povo.
A LEI – ÊNFASE DOS PRINCÍPIOS DE DEUS
Aliança proposta pelo Senhor
5. Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto,
então sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos, porque minha
é toda a terra;
6 e vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa. São estas as palavras que
falarás aos filhos de Israel.
O Senhor convoca os Israelitas a se tornarem um povo peculiar
dele, Jeová mais uma vez faz uma pausa na história, e traça novamente o
projeto de salvação para o Seu povo, mas depende de o povo escolher ouvir
a voz do Senhor.
Havia primeiramente a necessidade de se consagrarem, se pre-
pararem para entrar na presença do Senhor.
É que o povo estava tão contaminado ainda com as práticas do
Egito, que havia a necessidade de mudarem de hábitos para entrarem na
presença do Senhor.
Mandamentos Espirituais e Morais
Relacionamento prioritário do Homem com Deus:
A partir deste momento o Senhor começa a traçar uma nova
referência moral para os israelitas, com padrões morais deturpados o Senhor
precisava iniciar um tempo de regulamentação para que gradativamente os
costumes egípcios intrínsecos na alma do povo fossem removidos.
Um dos focos principais era de como deveria ser tratado o Se-
nhor, versículo 7 no traz muito expositivamente em não usar o nome do
29
Senhor em vão, e esse respeito seguiu por gerações e gerações e até hoje
dentre os judeus este respeito está explicito e intenso. V.v 7-15
1 Relacionamento apropriado com o próximo:
O Senhor traz uma nova condição de convivência fraternal, em
respeitar o próximo em todas as coisas, mas Ele ratifica alguns parâmetros
de respeito a ser seguido. V.v. 16-17
2 Relacionamento sacerdotal de Moisés como mediador:
Com medo do tratar do Senhor o povo pede que Moisés seja o
mediador entre eles e o Senhor, pois o temor de algo pior acontecer a eles
devido as práticas discordantes trouxem juízo fatal sobre eles. V.v.19-21
Ordenanças Sociais e Civis
Para dispensar misericórdia e justiça
O Senhor traz para o povo um balizamento de justiça para que
todos tenham um parâmetro e tenham os direitos e as obrigações diante da
sociedade.
Toda responsabilidade está ligada ao conhecimento, o Senhor
não traz julgamento desigual, quem tem conhecimento sobre os fatos tem
pena maior do que os que não o possuem.
Um dos fatores mais interessantes é que o Senhor mostra que
até mesmo os israelitas poderiam se tornar escravos de outros israelitas, mas
o seu pagamento pela liberdade era com os anos, após 7 anos de trabalho o
escravo israelita seria libertado sem custos da mesma maneira que veio, se
solteiro voltava solteiro, se com família saia com a família, se casou na escra-
vidão sua família não lhe pertencia, mas Deus dava a ele a oportunidade de
ficar com sua família sendo escravo pelo resto da vida.
A mulher também não poderia ser rejeitada ou ter seus direitos
matrimoniais por causa de uma esposa mais jovem, o homem poderia tê-la
sem prejuízo dos direitos da anterior.
Para respeitar os direitos de propriedade, e das responsa-
bilidades sociais
Vemos neste capítulo o cuidado de orientar toda uma geração a
respeito de todas as obrigações sociais, respeitar os direitos de propriedade,
caso houvesse furtos, roubos, assassinatos, lutas pela propriedade, o tratar
de cada escravo ou briga entre irmãos, e também devido a uma sociedade
onde a valorização da mulher era quase nula, o Senhor preocupou-se em
também deixar as orientações necessárias para julgamento entre os irmãos.
30
Com se portar em suas relações sexuais, aqui vemos hoje que
muitos destes cuidados vão principalmente pela questão de higiene e a pre-
ocupação da não ploriferação de doenças entre o povo, os períodos de abs-
tinência de relação entre casais e muitos outros mandamentos a respeito são
justamente para que este povo não se tornasse doente e se diferenciasse das
outras nações, o Senhor cuida de Seu povo.
Se olharmos para as descobertas da atualidade, vemos quantas
doenças existem hoje e que se não fossem seguidas estas regras o povo pa-
deceria de muitas doenças que o levariam a morte.
Acerca do exercício da justiça, a cerca do sábado e das fes-
tas anuais
Neste capítulo o Senhor traz ao israelita a ordenança de não se
vender, não aceitar suborno, não se corromper, não aceitar proprina, não
pender seu julgamento para o que lhe oferece mais condições.
Naquela época não se tinham conhecimento como o de hoje
sobre fazer a recomposição de nutriente do solo mas o Senhor no dá o sen-
tido correto, o Senhor exige que as terras de plantio também tenham um ano
sabático, ou seja após seis anos de produtividade haveria um ano de descanso
para o solo, com isso o solo recupera boa parte de seus nutrientes com a
decomposição dos restos das culturas.
Quanto ao que festejar o Senhor determina quais são as festas
quais os períodos de festividades, para que o povo tenha um tempo de des-
canso e que neste tempo de descanso possam cultuar ao Senhor.
E quando entrarem na terra de Canaã o Senhor orienta a não se
contaminarem com as coisas daquele povo, pois somente mantendo-se pu-
ros das contaminações morais e espirituais dos outros povos, o Senhor luta-
ria por eles.
O TABERNÁCULO – ÊNFASE DA PRESENÇA DE DEUS
O plano para o Tabernáculo
1 Disse o SENHOR a Moisés: 2 “Diga aos israelitas que me tragam uma
oferta. Receba-a de todo aquele cujo coração o compelir a dar. 3. Estas são as ofer-
tas que deverá receber deles: ouro, prata e bronze, 4 fios de tecidos azul, roxo e ver-
melho, linho fino, pêlos de cabra, 5 peles de carneiro tingidas de vermelho, couro,
madeira de acácia, 6 azeite para iluminação; especiarias para o óleo da unção e
para o incenso aromático; 7 pedras de ônix e outras pedras preciosas para serem
encravadas no colete sacerdotal e no peitoral.
8 “E farão um santuário para mim, e eu habitarei no meio deles. 9. Façam
tudo como eu lhe mostrar, conforme o modelo do tabernáculo e de cada utensílio.
Padrão dos móveis
31
Dos versículos 10 – 40, o Senhor dá todas as medidas para cada
móvel e utensílio a ser usado dentro do tabernáculo, quais os materiais que
teriam que ser empregados na confecção dos mesmos. A riqueza de detalhes
nos mostra um Deus detalhista que cuida de cada item por menor ou menos
valorizado que possa ser pelos homens, para Deus cada uma das peças são
importantes e merecem a devida atenção em sua fabricação.
Padrão da parte externa
Todo o capítulo 26 nos traz a riqueza de detalhes na confecção
de cada item que comporia as paredes do tabernáculo, suas cortinas, arma-
ções e o véu que separaria o lugar santo do santo dos santos.
No capítulo 27 temos os detalhes de como seria a área externa
do tabernáculo, o altar dos holocaustos, o pátio e até que tipo de óleo seria
usado nos candelabros.
Padrão para os sacerdores e para o culto
No capítulo 28 nos traz os detalhes das vestes dos sacedortes e
a veste do sumo sacerdote, quais pedras preciosas deveriam ser usadas e
quem elas reprensentavam, qual o tamanho que tipo de tecido, vemos neste
capítulo mais uma vez o cuidado do Senhor com os detalhes.
A qualidade dos produtos a serem levados ao altar para ofertas,
sacrifícios ou votos, tinham que ser de alta qualidade, tinham que ser os pri-
meiros frutos os melhores para serem levados diante do Senhor.
A forma como é feito o sacrifício e quais os animais que são
para sacrifício pelos pelos pecados e por gratidão.
Punição de Deus para a idolatria do povo
Idolatria de Israel e Julgamento
Um povo com 400 anos de escravidão em sua história, fica difí-
cio tirar isso das lembranças em tão pouco tempo, juntamente com pessoas
que querem assumir o poder a qualquer custo, juntando tudo isso tem o
resultado do que o Senhor chama de “dura cerviz”.
Forçaram a Arão fazer para si uma estátua para ser o deus deles,
ignorando todas as manifestações milagrosas do Senhor para eles, queriam
algo palpável não conseguiam entender o sobrenatural e a presença e o cui-
dado do Senhor de forma invisível.
Intercessão de Moisés e misericórdia de Deus caps 32-33
Mas esta desobediência gera punição e o povo
A vontade de Deus era exterminar toda aquela nação, mas um
homem como Moisés intercede pelo povo, para que este julgamento não seja
tão severo.
32
Moisés chama para sí a responsabilidade, e intersede pelo povo
e clama para que a presença do Senhor não se afaste do Seu povo, não basta
a presença de anjos, mas sim queria a presença do Senhor.
Injunção de Deus ao renovar a Aliança cap 34
Deus renova a aliança com os israelitas, mas a partir de agora a
imposição é maior, o Senhor se compromete a fazer maravilhas diante do
povo, mas existem condições para que a Sua presença permaneça entre eles,
e com isso Deus prepara novas tábuas de leis para o povo, no lugar da ante-
rior que Moisés havia quebrado diante do bezerro de ouro.
Presença de Deus no término do Tabernáculo
A congregação supre
abundantemente
Quando o Senhor deter-
mina a construção do Tabernáculo
ele elenca todos os materiais, e Moi-
sés convoca o povo para trazer estes
materiais e toda a necessidade de ma-
teriais foram supridas pelo povo.
Os artíficies cons-
troem magnificamente
caps 35 – 39
Disse então Moisés aos israelitas: “O SENHOR escolheu Bezalel, filho
de Uri, neto de Hur, da tribo de Judá, 31 e o encheu do Espírito de Deus, dando-lhe
destreza, habilidade e plena capacidade artística, 32 para desenhar e executar traba-
lhos em ouro, prata e bronze, 33 para talhar e lapidar pedras e entalhar madeira para
todo tipo de obra artesanal. 34 E concedeu tanto a ele como a Aoliabe, filho de
Aisamaque, da tribo de Dã, a habilidade de ensinar os outros. 35 A todos esses deram
capacidade para realizar todo tipo de obra como artesãos, projetistas, bordadores
de linho fino e de fios de tecidos azul, roxo e vermelho, e como tecelões. Eram
capazes de projetar e executar qualquer trabalho artesanal.
Deus escolhe as pessoas, e as capacita para fazer as obras e pro-
duzir as obras do tabernáculo.
O Senhor desce numa nuvem de Glória cap 40
Após levantar o Tabernáculo no dia determinado pelo Senhor,
e colocar todos os utensílios e tudo estar no lugar e as cortinas, a presença
do Senhor enche o Tabernáculo.
33
LIVRO DE LEVÍTICO
TEMA: A necessidade da purificação e da santidade para aproximar-se de Deus
ESBOÇO
I – COMUNHÃO COM DEUS ATRAVÉS DAS OFERTAS RITUAIS 1 – 17
A – Leis das Ofertas 01 - 07
1 – Ofertas de adoração (Holocausto, Alimento, Paz) 01 - 03
2 – Ofertas de restauração (Pecado e Transgreção) 04 - 06
3 – Oferta pela culpa 07
B – Lei do Sacerdócio 8 - 10
1 – Consagração dos sacerdotes 08
2 – Ministério dos sacerdotes 09
3 – Transgreção dos sacerdotes 10
C – Leis referentes ao povo 11 – 16
1 – Comer apenas carne não imunda 11
2 – Manter corpos limpos 11 - 15
3 – Guarda o dia da Expiação 16
D – Leis referentes ao Altar 17
1 - Único lugar de sacrifício
2 - Devia-se usar unicamente sange sobre ele para a Expiação
II – A comunhão com Deus através de uma vida correta 18 - 27
A – Santidade pessoal para todo o povo 18 - 20
B – Exigências severas para o sacerdócio 21 - 22
C – Designação das festas anuais 23
D – Respeito contínuo pelo nome do Senhor 24
E – Regulamentos especiais para a vida em Canaã 25 - 27
34
LEVÍTICO
O título:
Os hebreus deram-lhe o nome de “Wayyiqra”, devido a sua pri-
meira frase “Chamou o Senhor”, que enfatizava o fato de Deus falar do san-
tuário. Também se referiam ao livro como a “Lei dos Sacerdotes”.
A Septuaginta chamou-o de Levítico (Leutikon), devido a ênfase
dada a esse sacerdócio (apesar de os levitas serem mencionados apenas em
um texto 25.32-33. Era um manual levítico para o uso sacerdotal).
O autor:
A autoria de Moisés é confirmada pelo próprio livro pelo fato
de o texto declarar cinquenta e seis vezes “Disse o Senhor a Moisés”. Ne-
nhum outro livro da Bíblia tem uma confirmação tão acentuada da autoria
mosaica como esse.
A frase inicial “Chamou o Senhor” mostra uma forte ligação
entre Êxodo e Levítico. O Senhor, em Êxodo 40, começa do santuário a
instruir a nação.
Propósito e aplicação: Assim como Êxodo tem por tema a
comunhão que Deus oferece a seu povo mediante sua presença no taberná-
culo, Levítico apresenta as leis pelas quais Israel haveria de manter essa co-
munhão. O Senhor queria ensinar a seu povo, os hebreus, a santificar-se. A
palavra santificação significa apartar-se do mal e dedicar-se ao serviço de
Deus. É condição necessária para desfrutar-se da comunhão com Deus. As
leis e as instituições de Levítico faziam os israelitas tomar consciência de sua
pecaminosidade e de sua necessidade de receber a misericórdia divina; ao
mesmo tempo, o sistema de sacrifícios ensinava-lhes que o próprio Deus
Provia o meio de expiar seus pecados e de santificar sua vida.
Leis das Ofertas
Ofertas de adoração (Holocausto, Alimento, Paz).
Do capítulo 1 ao 3, o Senhor começa a enumerar e a classificar
os tipos de ofertas a serem apresentadas diante dEle, o Senhor determina a
qualidade da oferta.
Os holocaustos - Levítico 1:3 - Se a sua oferta for holocausto de
gado, oferecerá macho sem defeito; à porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua
própria vontade, perante o SENHOR.
O hebreu deveria levar um animal macho de gado, deveria ser
sem defeito, para ser oferecido em holocausto.
"Holocausto" é uma palavra de origem grega que significa "sacrifício
pelo fogo".
35
Oferta de cerais: 2.1. Quando alguém fizer oferta de cereais ao Senhor,
a sua oferta será de flor de farinha.
Flor de farinha: No Velho Testamento, essa classificação não diferia muito
da que temos hoje. Nos tempos antigos, o trigo não era processado em moinhos, mas
socado em um pilão, o que resultava em uma mistura com muito farelo. A flor de
farinha era a denominação dada ao trigo passado em peneira muito fina, resultando
numa farinha semelhante a que usamos hoje. É a farinha mais refinada e branca que
existe. É um trigo bem moído. É a flor da farinha ou trigo candeal, (espécie da melhor
entre os trigos de farinha branca) que corresponde ao latim simola .(sêmola).
Flor de farinha é a melhor farinha que se tirava após o processo
de trituração do trigo, com este tipo de farinha que Sara fez um bolo e ofe-
receu aos anjos que falavam com Abraão e com isso recebeu a bênção de
engravidar. Gn 18.6.
Oferta Pacífica: - Levítico 3:1 - E se a sua oferta for sacrifício pa-
cífico; se a oferecer de gado, macho ou fêmea, a oferecerá sem defeito diante do SENHOR.
Levítico 3:6 - E se a sua oferta for de gado miúdo por sacrifício pacífico
ao SENHOR, seja macho ou fêmea, sem defeito o oferecerá.
Aquilo que eu apresento ao Senhor tem que ter qualidade, tem
que ser o melhor, isso estava incultido no viver do hebreu, pois era o dia a
dia de cada um deles, o animal que mais tinha valor era o que era da primeira
cria, ou seja Deus sempre exigiu a primazia em tudo que fazemos.
Ofertas de restauração (Pecado e Transgreção dos sacer-
dotes, da congregação e do príncipe)
Do capítulo 04 ao 06, Deus mostra que da mesma forma que
cada um deve levar sua oferta diante do altar, seja pacífica, seja de cerais, ou
pela expiação do pecado, os sacerdotes também passavam por situações pa-
recidas, também padeciam dos mesmos desejos, e da mesma forma Deus
exigia o sacrifício do sacerdote, da congregação ou do príncipe, isso mostra
que os títulos não valem de nada diante do Senhor.
Oferta pela culpa
No capítulo 7 o Senhor revela o que significa os atos de cada
oferta, no versículo 1, Levítico 7:1 - E ESTA é a lei da expiação da culpa; coisa
santíssima é.
Isso mostra que quando entregamos uma oferta ao Senhor,
quem recebe são homens, quem manipula nossa oferta seja ela qual for são
homens, mas a partir do momento que esses homens recebem diante do
Senhor se tornam coisas santíssimas.
Lei do Sacerdócio.
Consagração dos sacerdotes:
36
CAPITULO 8
1 - DISSE AINDA O Senhor a Moisés: 2
e 3 - "Reúna Arão e os filhos dele à entrada do Tabernáculo.
Junte as roupas deles, o óleo para ser derramado neles, o novilho
para ser sacrificado como oferta pelo pecado, os dois carneiros e
a cesta de pães sem fermento. E convoque todo o povo de Israel
para uma reunião ali."
4 e 5 - Feito isso tudo, Moisés disse à
assembléia geral: "O que estou fazendo foi mandado pelo
Senhor". E lavou com água Arão e os filhos dele.
7, 8 e 9 - Depois Moisés vestiu Arão com o
manto, preso com uma cinta. Por cima, pôs um colete
apropriado, e sobre o colete colocou a faixa sacerdotal. Em torno
da cintura de Arão, ajustou o cinturão bem trabalhado da faixa
sacerdotal. Depois prendeu no peito dele o "Urim" e o
"Tumim", usados para decidir questões por sorteio. Pôs um
turbante na cabeça dele e, na parte da frente do turbante,
prendeu uma fina chapa de ouro, completando com ela a coroa
sagrada, como o Senhor tinha mandado Moisés fazer.
A responsabilidade de ser o representante do Senhor diante dos
homens, é imensa, e não tem como entrar nesse nível sem haver nenhum
tipo de sacrifício.
Toda consagração de sacerdotes antes da unção deveria haver
purificação e sacrifício, deveriam estar limpos humanamente e espiritual-
mente.
Ministério dos sacerdotes
O primeiro sacrifício foi o de separação para o ministério, mas
para o início das funções exigia-se mais sacrifícios.
Parece maldade, mas isso tem um imenso significado para os
hebreus, que seres vivos inocentes teriam seu sangue derramado por causa
dos pecados de uma pessoa.
CAPÍTULO – 9
1 - AO OITAVO DIA das cerimônias de consagração, Moisés convocou Arão,
os filhos dele, e os anciãos dirigentes de Israel.
2 - Moisés disse a Arão que pegasse um bezerro para oferta pelo pecado, e um
carneiro para oferta queimada. Advertiu que os dois animais não deviam ter nenhum
defeito físico.
3,4 "E diga ao povo de Israel," falou Moisés, "que escolha um bode para oferta
pelo pecado; um bezerro e um cordeiro - os dois de um ano de idade e sem defeito físico
- para oferta queimada; um boi e um carneiro como oferta de gratidão, em sacrifício
feito diante do Senhor; e ainda uma oferta de cereais, preparada com azeite. Porquanto
hoje," disse Moisés, "o Senhor aparecerá ao povo de Israel."
Transgressão dos sacerdotes
CAPITULO 10
37
1 – Aconteceu que Nadabe e Abiú, filhos de Arão, puseram fogo não sagrado
nos aparelhos de incenso deles. Puseram incenso nesse fogo impróprio e se apresentaram
diante do Senhor com aquele fogo. Fizeram coisa que contrariava as ordens que o
Senhor tinha acabado de dar!
2 - O resultado foi que saiu fogo da presença do Senhor e destruiu os dois ali
mesmo!
3 - Disse Moisés a Arão: "Aí está o que o Senhor quis dizer quando falou: Eu
mesmo terei de ser tratado de modo santo por aqueles que chegam perto de mim, e serei
glorificado diante de todo o povo." Arão não disse palavra!
Não se brinca com o Senhor, não se brinca com a presença de
Jeová, e os filhos de Arão, não levaram isso em consideração, ir a presença
de Deus significa respeito e submissão ao Deus Trino e Eterno.
Versículo 3. Mostrarei a minha santidade. Oferecimento im-
próprio de sacrifício da parte do sacerdote aviltaria a glória de Deus, e esta
glória Deus determinara manter.
Leis referentes ao povo
Comer apenas carne não imunda
Analisando as passagens bíblicas notamos que o Senhor, proibiu
a alimentação de aves carnívoras e aves que consomem cadáveres, a preocu-
pação de nosso Deus era para que ninguém, fosse infectado por alguma do-
ença vinda de animais mortos, hoje usaríamos a palavra higiene, sanitarismo,
mas o povo naquela época não entenderia estas orientações, então o Senhor
utilizava a proibição.
Manter corpos limpos:
De acordo com pr Macarthur, na pagina 160 em suas notas de
rodapé, Deus está ensinando seu povo a viver de forma autêntica. Ele está
usando a distinção entre o puro e o imundo a fim de separar Israel dos outros
povos idólatras, que não tinham tais restrições e está ilustrando por meio
destas restrições, que o povo de aprender a viver da maneira prescrita por
Deus. Pelo fato de Jeová ser o seu Deus eles devem ser radicalmente distin-
tos e por isso que no versículo 44a Deus declara “Pois eu sou o SENHOR, o Deus
de vocês; consagrem-se e sejam santos, porque eu sou santo”.
Guarda o dia da Expiação:
Diante do Senhor, não se utiliza de ações vexatórias, os dois
filhos de Arão, Nadabe e Abiu apresentaram em seus incensários fogo estra-
nho ou profano diante do Senhor, no qual imediatamente saiu fogo do altar
e os consumiu.
O dia da expiação era marcado com ações de ofertas, a começar
pelo sacerdote deveriam apresentar um novilho perfeito, o qual seria sacrifi-
cado e queimado no altar. O dia da expiação era um dia precioso para os
38
judeus onde eles se santificavam diante do Senhor, era um dia muito aguar-
dado por todos. Onde todos os seus pecados eram limpos diante do Senhor
através do sacrifiício de animais.
Leis referentes ao Altar:
Único lugar de sacrifício:
O altar é um lugar Santo, na-
quele tempo onde havia apenas um tem-
plo, todo o sacrifício para ser aceito pelo
Senhor, deveria ser trazido diante do altar
no templo, qualquer sacrifício feito fora
do templo era considerado imundo e ofer-
tado aos demônios, por isso que quem o
fazia era culpado pelo sangue do animal
morto, e por isso seria apedrezado até a
morte, pois cometeu loucura diante do Se-
nhor.
Devia-se usar unicamente sangue sobre ele para a Expia-
ção:
A vida da carne está no sangue, portanto nenhuma outra oferta
teria maior valor do que a vida de um ser vivo ter sido dado em prol de outra,
esse era a primeira oferta a dedicação de toda a oferta, após feita a oferta do
sangue sobre o altar é que o restante da oferta era apresentada e queimada.
A comunhão com Deus através de uma vida correta.
Santidade pessoal para todo o povo:
Eu sou o Senhor vosso Deus, esta frase é usada mais de 50 vezes
e afirma a peculiaridade do único e verdadeiro Deus vivo, que chama a Seu
povo para ser santo como Ele.
Obedecendo a Deus as bênçãos prometidas eram imensas. A
obediência não salva do pecado e do inferno, mas caracteriza aqueles que
são salvos.
A santificação da família se dava principalmente pela vida dife-
rente da vida dos povos que estavam lá, os povos não respeitavam a família,
qualquer um se deitava com qualquer outra, pois não havia separação, e o
Senhor colocou algumas leis para que o povo fosse diferenciado dos outros,
o simples fato de olhar para a nudez de qualquer ente familiar era abominá-
vel.
Exigências severas para o sacerdócio
39
Ao sacerdote era exigido santificação ainda maior, não poderia
se contaminar com nada, nem tocar em cadáveres, isso apenas em caso de
familiares, e mesmo assim alguns deles. Pois os sacerdotes tiham direitos
diferenciados, mas também suas obrigações eram muito maiores, deveriam
ser exemplares em santidade diante do povo, pois refletiam o de mais santo
o Senhor.
C – Designação das festas anuais
As festas solenes ao Senhor são:
O Sábado ou o dia de descanso, Capítulo 23.3, o dia de des-
canso era a primeira festa do calendário sagrado. Aos israelitas lembrava seu
Criador e o fato de que ele descansou de sua obra criadora no sétimo dia.
No sétimo descansará para adorar o Senhor, o dia de sábado era dedicado
ao Senhor. É a única festa do antigo pacto que se observa no Cristianismo,
mas o dia de sua observância foi mudado para o primeiro dia da semana (ver
Atos 20:7; II Coríntios 16:2; Apocalipse 1:10).
A Páscoa ou pães asmos – Capítulo 23.5-8 – Era uma das três
convocações anuais (páscoa, pentecostes, tabernáculos) em que todos os he-
breus tinham que ir a Jerusalém. Celebrava a saída do Egito e a redenção
pelo Cordeiro Pascal (Êxodo 12. 01, 13.10), portanto era uma das festas mais
importante do calendário judaico. Durava 7 dias, durante 6 dias levava-se
ofertas ao Senhor, e no primeiro e no sétimo dia não se trabalhava, era ape-
nas para se alegrar diante do Senhor relembrando a saída do Egito.
Festa das Semanas ou Pentecostes – Capítulo 23. 15 – 21, na
época de Jesus chamava-se pentecoste que significa “quinquagésimo” pois
caia a sete semanas ou cinquenta dias após a Páscoa, esta festa marcava o
fim da colheita do trigo (Êxodo 23.16), nessa festa ofereciam a Deus as pri-
mícias do sustento básico
Festa da lua nova ou a festa das trombetas: Capítulo 23. 23-
25 – Números 25. 11 – 15, 29. 1-6 – O tocar das trombetas proclamava o
começo de cada mês, o qual se chamava lua nova (Num 10. 10), observava-
se a lua nova oferecendo sacrifícios pelo pecado e holocaustos acompanha-
dos por oblações de presentes (Num 28. 11-15).
O dia da Expiação: Capítulo 16 e 23. 26-32. Era a mais impor-
tante do calendário judaico, chamava-se yoma, “o dia”, era o ponto culmi-
nante de todo o sistema de sacrifícios, era nesse dia que o sumo sacerdote
apresentava um sacrifício, relatando todos os pecados de Israel, e pedindo
perdão a Deus, seguia os seguintes passos:
40
a) Os preparativos. O povo não devia trabalhar. Deviam afligir
suas almas jejuando, demonstrando desse modo humildade e tristeza por seu
pecado.
b) Aarão fazia uma expiação por seus próprios pecados e pelos
dos outros sacerdotes: sacrificava um bezerro e levava o sangue em um vaso.
Com um incensado cheio de brasas tomadas do altar do incenso e com os
punhos cheios de incenso, entrava no lugar santíssimo. Imediatamente pu-
nha o incenso sobre as brasas para que o fumo perfumado cobrisse o propi-
ciatório. Assim seus pecados eram cobertos e ele não morria.
c) Aarão fazia expiação pelo povo: Os dois bodes escolhidos
para o sacrifício já haviam sido trazidos ao tabernáculo.
A festa dos tabemáculos: Capítulo 23:33-43. Esse dia era ob-
servado no décimo dia do mês de Tisri, havendo santa convocação e jejum.
Nenhum trabalho era permitido nesse dia. Esse era o único jejum exigido
pela lei de Moisés.
Era a última festa do ano e durava 8 dias. Comemorava-se o fim
do período de colheita e da peregrinação pelo deserto.
Os participantes desta festa construíam cabanas e viviam nelas
pelo período da festa lembrando dos anos que haviam morado em tendas,
era uma festa alegre.
A festa das tendas ou dos tabernáculos nos ensina que é dever
do cristão regozijar no Senhor, lembrando-nos sempre da bondade do Se-
nhor.
O ano sabático: Capítulo 25:1-7 - Ao entrar na terra prometida,
os israelitas deviam passar um ano em cada sete sem semear nem colher. A
terra devia descansar. O que ela produzisse espontaneamente naquele ano
seria para todos, tanto para os animais como para os homens.
A cada sete anos os credores tinham que perdoar as dívidas dos
devedores nos seis anos anteriores, e os escravos deveriam ser libertos a cada
sete anos.
O ano do jubileu: Capítulo 25:8-22 - Além de observar o ano
sabático, os israelitas deviam celebrar o ano do jubileu, isto é, dois anos se-
guidos de descanso cada cinqüenta anos. Deviam apregoar a liberdade aos
escravos hebreus, devolver ao dono originário a terra que haviam adquirido
dele e perdoar as dívidas dos outros. Assim se punha freio ao desejo desme-
dido de acumular bens materiais, e se impedia que houvesse extremos de
pobreza e riqueza.
D – Respeito contínuo pelo nome do Senhor cap 24
41
No capítulo 24 vemos a exigência da qualidade das ofertas a se-
rem apresentadas diante do Senhor, qual o respeito se deveria ter com o
santuário, quem deveria cuidade de cada parte do santuário.
As lâmpadas deveriam estar sempre acesas durante todo o
tempo.
O Senhor também traz a todos a visão e o mandamento a res-
peito da blasfêmia. Essa não seria permitida em hipótese alguma.
Houve um homem que blasfemou o nome do Senhor, levaram
diante de Moisés, este buscou resposta ao Senhor que lhe disse:
13 Então o SENHOR disse a Moisés:
14 “Leve o que blasfemou para fora do acampamento. Todos aqueles que o
ouviram colocarão as mãos sobre a cabeça dele, e a comunidade toda o apedrejará.
15 Diga aos israelitas: Se alguém amaldiçoar seu Deus, será responsável pelo
seu pecado;
16 quem blasfemar o nome do SENHOR terá que ser executado. A comuni-
dade toda o apedrejará. Seja estrangeiro, seja natural da terra, se blasfemar o Nome,
terá que ser morto.
Nos versículos 17 a 22 o Senhor traz a lei sobre o crime de ho-
micídio, furto e roubo.
O Senhor sempre trazia uma lei justa e de restituição sobre os
homens, sejam eles israelitas ou estrangeiros que viviam dentro dos limites
da nação de Israel.
Regulamentos especiais para a vida em Canaã cap 25 - 27
Nestes capítulos o Senhor traz a orientação e a ordenança a res-
peito da terra que estavam a possuir.
O Senhor decreta o ano sabático, para que a terra se recupera
pelo que iriam trabalhar a terra, por seis anos poderiam trabalhar a terra para
ter o que comer, mas no sétimo ano não poderiam trabalhar a terra, deveriam
comer do que a terra produzisse, colher e comer sem plantar nada, isso tam-
bém nos traz uma realidade de como devemos nos portar, pois trabalhamos
muito todos os dias sem preocupar com nossa saúde, nossa vida, temos que
ter o um tempo de recuperação temos que ter um tempo para entregarmos
nosso tempo ao Senhor e deixar que nossa vida produza tudo o que tem
para produzir sem que ninguém precise mexer em nada.
No ano do Jubileu cada um deveria voltar para sua propriedade
deveriam retornar para sua herança, a terra, a propriedade não deveria ser
vendida de forma definitiva, posi a terra pertence ao Senhor, o valor da terra
era calculado pela quantidade de colheitas que ele produzirá até o ano do
jubileu.
A recompensa pela obediência cap 26:
42
3 “Se vocês seguirem os meus decretos e obedecerem aos meus mandamentos, e
os colocarem em prática,
4 eu lhes mandarei chuva na estação certa, e a terra dará a sua colheita e as
árvores do campo darão o seu fruto.
5 A debulha prosseguirá até a colheita das uvas, e a colheita das uvas prosse-
guirá até a época da plantação, e vocês comerão até ficarem satisfeitos e viverão em
segurança em sua terra.
Neste capítulo o Senhor nos mostra quão bom é ser obediente aos
mandamentos do Senhor, Ele cuidará de cada um, a chuva virá no momento
certo e na quantidade certa, a fartura e a seguranão estarão ao seu redor,
haverá saciedade sobre todas as suas necessidades.
9 “Eu me voltarei para vocês e os farei prolíferos; e os multiplicarei e guardarei
a minha aliança com vocês.
10 Vocês ainda estarão comendo da colheita armazenada no ano anterior,
quando terão que se livrar dela para dar espaço para a nova colheita.
11 Estabelecerei a minha habitação entre vocês e não os rejeitarei.
12 Andarei entre vocês e serei o seu Deus, e vocês serão o meu povo.
13 Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês, que os tirou da terra do Egito para
que não mais fossem escravos deles; quebrei as traves do jugo que os prendia e os fiz
andar de cabeça erguida.
E ainda contiunua a mostrar ao povo que o Senhor cuidará em
todos os sentidos do seu povo, versículo 12 mostra que Deus tem desejo de
andar conosco, Ele tem desejo de ser nosso Deus, e tem prazer de nos aben-
çoar.
O Castigo da Desobediência
14 “Mas, se vocês não me ouvirem e não colocarem em prática todos esses man-
damentos,
15 e desprezarem os meus decretos, rejeitarem as minhas ordenanças, deixarem
de colocar em prática todos os meus mandamentos e forem infiéis à minha aliança,
16 então assim os tratarei: eu lhes trarei pavor repentino, doenças e febre que
lhes tirarão a visão e lhes definharão a vida. Vocês semearão inutilmente, porque os
seus inimigos comerão as suas sementes.
17 O meu rosto estará contra vocês, e vocês serão derrotados pelos inimigos; os
seus adversários os dominarão, e vocês fugirão mesmo quando ninguém os estiver
perseguindo.
Mas quando desobedecem, o Senhor também tem uma forma
toda específica de nos tratar, mostras que inutilmente trabalharão sem nada
ter de benefício daquilo que se dedicou a fazer, pois os inimigos iriam roubar
e comer não só o que produziu, mas também suas sementes.
E o medo que ficará sobre os desobedientes e mesmos sem es-
tarem sendo preseguidos iriam fugir de tanto medo.
O Resgate do que pertence ao SENHOR cap 27
43
No cap. 27 temos as instruções relativas aos votos e coisas con-
sagradas a Deus, que jamais podem ser retirados, mas pertencem ao Senhor
para sempre, simbolizando assim a consagração sob o novo concerto, se-
gundo o qual o crente não pertence mais a si mesmo (I Cor 6.19.20; Tt. 2.14).
44
LIVRO DE NÚMEROS
Introdução:
Título e conteúdo: O título vem da versão grega. Denominou-se
Números porque se registram dois recenseamentos: no princípio e no capí-
tulo 26. Contudo, os hebreus, deram-lhe o nome “Wayyedabber” (falou o
Senhor) e mais frequentemente “Bedmidhbar” (no deserto), reflete melhor
o caráter do livro, pois relata a história das peregrinações de Israel desde o
Sinai até a chegada à margem esquerda do rio Jordão. Abarca um espaço de
quase trinta e nove anos e forma um elo histórico entre os livros de Êxodo
e de Josué.
Caráter do livro: Números é uma miscelânea de três espécies: acon-
tecimentos históricos da peregrinação de Israel no deserto; leis para Israel,
de caráter permanente; e regras transitórias válidas para os hebreus até que
chegassem a Canaã. A história e as leis vão misturadas em partes aproxima-
damente iguais em extensão. As exigências das situações vividas davam ori-
gem a novas leis.
Considera-se que Números está enfocado para os aspectos de ser-
viço e conduta. Myer Pearlman observa: "Em Êxodo vimos Israel redimido;
em Levítico vimos Israel em adoração; e agora em Números vemos Israel
servindo." Em outras palavras, nos livros de Êxodo e Levítico vemos os
ensinos de Deus e em Números vemos Israel aprendendo-os.
Autor: A autoria de Moisés é confirmada no próprio livro por sua
estreita conexão com Levítico e Deuteronômio, pelas inúmeras informações
de que “o Senhor falou a Moisés”, e pelo fato de o Senhor ter ordenado ao
legislador que o escrevesse (números 33.2), foi escrito entre os anos de 1444
a 1405 a.C.
Esboço:
Tema: Preparativos para o serviço na rota do Sinai ao Jordão.
I – ORGANIZAÇÃO DA PRIMEIRA GERAÇÃO:
A – Primeiro censo e deveres 01 - 04;
B – Leis de pureza e separação 05 - 06;
C – Preparativos finais para o início da marcha 07 - 10;
II – ANARQUIA DA PRIMEIRA GERAÇÃO:
A – A rebelião de Israel e rejeição de Deus
1 – O povo despreza o Maná 11;
2 – Miriã e Arão desafiam a Moisés 12;
3 – Israel recusa-se a entrar em Canaã 13;
4 – O Senhor condena aquela geração 14;
B – Perigrinação de Israel durante 38 anos.
1 – Admoestação contra os pecados de arrogância 15;
45
2 – Julgamento da rebelião arrogante de Israel 16;
3 – Desafio arrogante a autoridade de Arão 17 - 18;
4 – Pecado arrogante de Moisés e Arão junto a rocha 20;
III – REORGANIZAÇÃO DA SEGUNDA GERAÇÃO
A – A vitória a caminho do Jordão.
1 – A vitória militar sobre os inimigos pagãos 21;
2 – Vitórias espirituais sobre Moabe e Balaão 22 - 24;
B – Conflito com os midianitas e vitória.
1 – Idolatria e imoralidade em Baal-Peor 25;
2 – Segundo censo e elaboração de várias leis 26 - 30;
3 – Midianitas destruídos como exemplo de vitória 31;
C – Preparativos finais para entrada em Canaã.
1 – Duas tribos e meia estabelecida na Transjordania 32;
2 – Retrospectiva da jornada e incumbência 33;
3 – Instruções para divisão da terra 34 - 36;
ORGANIZAÇÃO DA PRIMEIRA GERAÇÃO:
Primeiro censo e deveres cap 01 – 04;
NÚMEROS 1
1 - FALOU mais o SENHOR a Moisés no deserto de Sinai, na tenda da congre-
gação, no primeiro dia do segundo mês, no segundo ano da sua saída da terra do Egito,
dizendo:
2 - Tomai a soma de toda a congregação dos filhos de Israel, segundo as suas famílias,
segundo a casa de seus pais, conforme o número dos nomes de todo o homem, cabeça
por cabeça;
3 - Da idade de vinte anos para cima, todos os que em Israel podem sair à guerra, a
estes contareis segundo os seus exércitos, tu e Arão.
No capítulo 01, devido a preparação para a conquista da terra pro-
metida, era necessário a Moisés conhecer a quantidade de pessoas prontas
para ir a guerra, que naquela época era para os jovens de 20 anos para cima.
Havia a necessidade de saber de cada tribo, com quantos homens
poderiam contar, somente os levitas não entraram nesta contagem para a
guerra, pois eles eram separados para os serviços sagrados, mas também não
tinham herança.
No capítulo 2, o Senhor começa a separar o povo por tribo, e sepa-
ram em acampamentos sob a bandeira de cada tribo, E até em que local
deveriam se acampar, a cada tribo foi dado uma obrigação, cada tribo tinha
uma função na proteção do tabernáculo.
O Senhor separou o povo em quatro acampamentos com 3 tribos
em cada acampamento, os quatro acampamentos estavam organizados em
esquadra retangular
46
Leis de pureza e separação:
Para servir a Deus no deserto o povo tem constante necessidade de
purificação. O cap. 5 contém as leis relativas a Vida em comum, a pureza, ao
roubo, a inveja; o cap. 6 dá ordenanças para os que se separam do povo para
se consagrar ao Senhor.
Estando organizado e instruído dessa maneira, o povo pode receber
a fórmula da bênção do Senhor. Nm. 6. 24 – 27 “24 - O SENHOR te abençoe
e te guarde; 25 - O SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia
de ti; 26 - O SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz. 27 - Assim porão o
meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei.”. Comparar com a bênção
apostólica de II Cor 13.13. “13 - A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus,
e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.”
"O Senhor te abençoe e te guarde!” vers. 22 fala dos efeitos do amor de
Deus.
"O Senhor faça brilhar sua face diante de ti e te dê a paz!" vers 26 é o que
nos assegura a comunhão do Espirito Santo.
O povo tinha que se santificar, o Senhor não aceitaria um povo man-
chado, tinha que ser purificado, o povo tinha que entender que para andar
junto com o Senhor, tinha que haver sacríficio e santificação.
Consagração do Tabernáculo e preparativos finais para o início
da marcha:
Em todo o capítulo 7 o povo se prepara levando suas ofertas diárias
diante do Senhor, de tudo aquilo que o Senhor lhe havia dado ao saírem do
Egito, sempre levado pelo príncipe daquela família.
No capítulo 8 inicia, com o acender do candelabro, que mostrava a
presença do Senhor, o qual nunca devia se apagar. Após isso a consagração
dos levitas e sacerdotes que iriam servir no templo, cada levita foi oferecido
ao Senhor como oferta pelos primogênitos de Israel.
Os levitas só poderiam servir no templo dos 25 aos 50 anos, após
este período saíam e não serviriam mais no templo, o Senhor se preocupava
com quem estava trabalhando, o serviço era pesado e para isso precisava de
homens fortes e vigorosos.
No capítulo 9 o Senhor salienta a comemoração da Páscoa, os judeus
eram obrigados e reservar um período em suas atividades para festejarem
diante do Senhor pelo livramento que Ele dera a cada quando da saída do
Egito.
A Páscoa teria que ser festejada com toda a sua família, se houvesse
visitantes em sua casa o Senhor ordenara que este também participasse pois
47
era uma festa de regozijo, deviam comer tudo na noite, se o animal fosse
muito grande deveriam se juntar ao vizinho, mas na manhã seguinte não
deveria sobrar nada, não poderiam quebrar nenhum osso do alimento, o que
sobejasse deveria se queimado no fogo até virar cinza.
Quando o Tabernáculo foi levantado Nm 9. 15, E no dia em que foi
levantado o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do testemunho; e à
tarde estava sobre o tabernáculo com uma aparência de fogo até à manhã.
O Senhor dá as últimas instruções para a marcha do Seu povo no
deserto relembra-lhe, pela celebração da Páscoa, a sua saída milagrosa da
terra do Egito; o sacrifício do cordeiro pascal prefigura o Filho dando Sua
vida pelo mundo. A nuvem sobre o tabernáculo prova a presença de Deus,
que dirige Seu povo como um Pai conduz seus filhos. Depois institui o ser-
viço das trombetas de prata, de som estridente; assim os filhos de Israel es-
tarão presentes na lembrança do Senhor; não é este o ministério do Espirito
Santo em favor dos remidos, que recebem dEle direção para sua vida e vitó-
ria nos combates? Resgatados pelo Filho, guiados pelo Pai, sustentados pelo
Espirito, os crentes da nova aliança podem vencer no deserto! (Nm 30.9 e
II Cr 13.13-17).
Levantada a coluna de nuvem, todo o povo se põe em marcha, se-
gundo a ordem ministrada, Judá na frente (Judá significa Louvor).
O primeiro incidente da viagem não é lisonjeiro para Moisés, ele
pede a seu cunhado que lhes sirva de guia. 10.29-32. Israel não tinha um só
guia — o próprio Deus? Nisto, Moisés não agiu segundo os estatutos que
lhe foram dados no monte.
ANARQUIA DA PRIMEIRA GERAÇÃO
A rebelião de Israel e rejeição de Deus
Primeira murmuração caps 11.1-6 – O povo despreza o Maná:
O povo murmura, e isto soa mal aos ouvidos do Senhor. 11.1
O v. 33 do cap. 10 faz crer que as murmurações eram devidas a fa-
diga. "O Senhor as ouve e Sua cólera se inflamou”, v.1 comparar At 6.1
Esta murmuração é suscitada por um grupo de pessoas que haviam
seguido Israel sem vocação, e que o incitam a reclamar a alimentação do
Egito. “A ira do Senhor grandemente se acendeu...” v.10.
Que advertência sobre a influência que exercerão sempre os que não
são” nascidos de novo” e que, no entanto, querem marchar no meio do povo
de Deus, olhando tudo o que ficou para trás!
48
A fé de Moisés fraqueja. Ele se queixa do fardo pesado que repre-
senta este povo; o Senhor lhe disse, no entanto "Eu, sou o Deus Todo Po-
deroso”. Ex 6.3. Depois da escolha dos setenta homens, disse o Senhor a
Moisés:” Eu- tomarei do Espirito que esta sobre ti, e o porei sobre eles”, v.
17. Há aqui um principio que será estabelecido na nova aliança. O que da,
não se empobrece, mas se enriquece. Uma bênção espiritual repartida com
outros, se multiplica. Lc 10.37. (Comparar Pv 11.25).
Segunda murmuração caps 12. - Miriã e Arão desafiam a Moisés.
A murmuração de Miriam e Arão contra Moisés é provocada pela
inveja. v. 2. O Senhor mostra a gravidade das críticas invejosas contra os
servidores de Deus, castigando Miriam com a lepra. A marcha de todo o
povo foi retardada por causa do pecado de um só. v. 15. Que ensinamento
para a nossa própria marcha no deserto!
Terceira murmuração caps 13-15 - Israel recusa-se a entrar em Canaã:
Doze espias são enviados para explorar o país de Canaã. Ainda que
na Volta, o povo veja em suas mãos os frutos da terra prometida, deixa-se
influenciar pelos temores da maioria dos doze. Cap. 13. Toda a assembleia
chora e murmura, vencida não pelos gigantes que lhes foram descritos, mas
pela dúvida e pela desobediência.
Quarta murmuração cap 14 – O Senhor castiga o povo:
As consequências são terríveis e o povo é condenado a não entrar na
terra prometida até que toda a primeira geração pereça no deserto Nm 14.34.
Então, profundamente desolado o povo decide subir ao ataque, ape-
sar da advertência de Moisés: "O Senhor não está no meio de vós", Nm.
14.42. Eles se obstinam em subir e são vencidos pelos amalequitas.
Este caso ilustra a atitude dos que se dizem crentes e que, por incre-
dulidade, permanecem estacionados ou caem mortos no deserto” porque
não reclamam o cumprimento das promessas de Deus. Hb. 3.17; Jd 5; Dt
1.30-33; Sl 78.21,22; 106.24,25; e “quando se decidem a combater com suas
próprias forças, são privados de Minha presença” diz o Senhor. Nm. 14.34
Mas o Senhor mantém fiel e Seu plano se cumpre. Em previsão de
seu cumprimento, Ele dá, no cap. 15, novas ‘ordenanças para o dia "em que
entrardes no país que vos dei”. v. 2.
Perigrinação de Israel durante 38 anos.
Admoestação contra os pecados de arrogância cap 15:
A pessoa que achasse que não era necessário seguir os rigores daque-
las orientações, e as desprezavam era retirado do meio do povo e apedrejado
até a morte.
49
A arrogância de alguns, levaram a muitos repensarem suas atitudes
diante do Senhor e diante do povo.
Julgamento da rebelião arrogante de Israel cap 16:
Coré, achando-se tão bom como Moisés, e inflamado por sua arro-
gância, pensando estar desafiando a Moisés, leva a morte a todos quantos
acreditaram em suas insinuações, Coré, sua família, e mais 250 homens.
Não obstante um fato incomum acontecer, de a terra se abrir tragar
a todos e se fechar, mesmo assim o povo se levanta e condena a Moisés e
Arão pela morte do povo rebelde, quando Moisés e Arão chegam a tenda a
glória do Senhor se manifesta diante deles e pede a eles que se retirem do
meio daquele povo pois o Senhor havia se indiganado grandemente contra
eles, mas mesmo sendo condenado pelo povo, Moisés pede a Arão colocar
fogo no incensário e fazer expiação pelo povo, para que eles não morressem,
mas mesmo assim por volta de 14.700 pessoas foram mortas pela praga.
Desafio arrogante a autoridade de Arão cap 17 - 18:
E para cessar a briga de quem é que teria que estar a frente de povo,
o Senhor pede um teste a todas as famílias, cada um deveria trazer uma vara,
uma vara por cada família, esta vara é a que eles usavam para cuidar das
ovelhas, portanto um pedaço de madeira já seca, e a vara que florece seria
da família a qual serviria diante do Senhor no Tebernáculo como sacerdócio,
e a única vara que floresceu, não só floresceu como gerou frutos em uma
noite apenas foi a de Arão.
Pecado arrogante de Moisés e Arão junto a rocha cap 20:
Esta murmuração foi provocada pela falta de água. Em resposta ora-
ção de Moisés e de Arão, o Senhor faz sair água da rocha. Mas como a feriu
ao invés de falar com ela, como o Senhor lhe havia dito, (v.8), Moisés não
pode entrar no país da promessa. Considerando que a rocha era um tipo de
Cristo, I Cor 10.4., ferido uma vez por nossos pecados, não o deveria ter
sido uma segunda vez. Ex 17.1-7; IPe 1 18; Hb 9.28.
O povo continuou sua marcha apos ter-se afastado de Edom que lhe
fechava o caminho. v. 14-21. O capitulo termina com a narrativa da morte
de Arão.
REORGANIZAÇÃO DA SEGUNDA GERAÇÃO
A vitória a caminho do Jordão.
A vitória militar sobre os inimigos pagãos cap21:
O povo cananeu ao verem o povo hebreu peregrinando por suas
terras, sai em guerra contra eles e os vence e leva alguns presos como escra-
vos.
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Um apanhado sobre o pentateuco

  • 1. 1 UM APANHADO SOBRE O PENTATEUCO Pr José Marcelo Pereira
  • 2. 2
  • 3. 3 Sobre o autor: José Marcelo Pereira – casado desde 1997 com Leila de Oliveira Paulino Pereira, pai de quatro homens, Rodolfo (25), Asael (16), Gui- lherme (13), Isaque (10). Teólogo, ministro da Palavra, financeiro do Colégio Assembleiano de Marilia. Converti ao Evangelho em 1.996, desde então tenho vivido bus- cando estar sempre na presença do Senhor, vivo de acordo com a passa- gem bíblica, Hebreus 12.14 – “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor.” NVI. Consagrado a pastor e enviado a Cianorte – PR em 2.008, onde aprendi a viver na dependência de nosso Senhor Jesus Cristo, em fevereiro de 2011 mudei para Marília – SP, direcionado por Deus. Hoje vivemos na dispensação de nosso Senhor, vivendo as promes- sas de nosso Deus. Não sabemos de onde ou como virá o socorro de nosso Deus, mas uma coisa é certa o socorro virá. Creia, pois nosso Deus é vivo, presente e maravilhoso, os livramen- tos e as bênção não vem no formato que idealizamos, mas vem no formato que Deus planejou e é sem dúvida alguma, muito melhor do que imagina- mos. Que Deus abençoe a cada um de vocês.
  • 4. 4 ANTIGO TESTAMENTO 1-1ºe2ºCr–Crê-sequefoirevisadoporEsdras–1ºe2ºCrsãoumsólivronoHebraico 2-Jó–Acredita-sequeEliupodetê-loescrito; 3–Neemias–Indeterminado–MuitoseruditosconsideramgrandepartedolivrocomoumaautobiografiadeNeemias *Datasnãoestritamenteprecisas,masaproximadas. LIVROS AUTORES DATA* PENTATEUCO Gênesis Moisés Cerca de 1445 a 1405 a.C. Exôdo Moisés Cerca de 1445 a 1405 a.C. Levítico Moisés Cerca de 1445 a 1405 a.C. Números Moisés Cerca de 1445 a 1405 a.C. Deuteronô- mio Moisés Cerca de 1445 a 1405 a.C. HISTÓRICOS Josué Indeterminado (provavelmente Josué) Século XVI a.C. Juízes Anônimo (a tradição atribui a Samuel) Cerca de 1.050 a 1.000 anos a.C. Rute Anônimo (provavelmente Samuel) Século X a.C. 1º Samuel Desconhecido Fins do século X a.C. 2º Samuel Desconhecido Fins do século X a.C. 1º Reis Desconhecido Cerca de 560 a 550 a.C. 2º Reis Desconhecido Cerca de 560 a 550 a.C. 1º Cronicas Indeterminado1 Cerca de 450 a 420 a.C. 2º Cronicas Indeterminado1 Cerca de 450 a 420 a.C. Esdras Desconhecido (atribuem parte a Es- dras) Cerca de 450 a 420 a.C. Neemias Esdras e Neemias3 Cerca de 450 a 420 a.C. Ester Desconhecido Cerca de 460 a 400 a.C. POÉTICOS Jó Desconhecido2 Data incerta Salmos Davi e outros Entre os sec. X a V a.C. Provérbios Salomão e outros Cerca de 970 a 700 a.C. Eclesiastes Salomão (alguns consideram inde- term.) Cerca de 935 a.C. Cantares Salomão Cerca de 960 a.C. PROFETAS MAIORES Isaias Isaias Cerca de 700 a 680 a.C. Jeremias Jeremias Cerca de 585 a 580 a.C. Lamenta- ções Jeremias Cerca de 586 a 585 a.C. Ezequiel Ezequiel Cerca de 590 a 570 a.C. Daniel Daniel Cerca de 536 a 530 a.C. PROFETAS MENORES Oséias Oséias Cerca de 715 a 710 a.C. Joel Joel Cerca de 835 a 830 a.C. Amós Amós Cerca de 760 a 755 a.C. Obadias Obadias Cerca de 840 a.C. Jonas Jonas Cerca de 760 a.C. Miquéias Miquéias Cerca de 740 a 710 a.C. Naum Naum Cerca de 630 a 620 a.C. Habacuque Habacuque Cerca de 606 a.C. Sofonias Sofonias Cerca de 630 a.C. Ageu Ageu Cerca de 520 a.C. Zacarias Zacarias Cerca de 520 a 470 a.C. Malaquias Malaquias Cerca de 430 a 420 a.C.
  • 5. 5 INTRODUÇÃO Para iniciarmos este estudo, começaremos pelas informações mais básicas, mas necessárias para um correto entendimento desta parte da Bíblia que é muitíssimo importante para entendermos todo o restante do curso. O Antigo Testamento é formado por 39 livros, que seguem uma divisão para facilitar o entendimento do leitor, como segue abaixo o quadro descritivo: PENTATEUCO O que é “PENTATEUCO”? O nome PENTATEUCO, vem do grego (Pente - cinco, e teu- chos – estojo para rolo de papiros) "os cinco rolos", é composto pelos cinco primeiros livros da Bíblia: • GÊNESIS; • EXÔDO; • LEVÍTICO; • NÚMEROS; • DEUTERONÔMIO. Os livros antigos eram es- critos em rolos, geralmente de nove metros de comprimento, mais ou menos o tamanho necessário para acomodar de Gênesis até Deuteronomio. Rece- bem na Bíblia o nome de “A Lei”, “O Livro da Lei de Moisés”, “O Livro da Lei de Deus” e algumas vezes “Torá” (ensinamento). Entre os judeus é chamado de Torá, uma palavra da língua he- braica com significado associado ao ensinamento, instrução, ou literalmente Lei, uma referência à primeira seção do Tanakh1 , os primeiros cinco livros da Bíblia Hebraica, cuja autoria é atribuída a Moisés. Os judeus também usam a palavra Torá num sentido mais amplo, para referir o ensinamento judeu através da história como um todo. Neste sentido, o termo abrange 1 Tanakh ou Tanach (em hebraico ‫)תנ״ך‬ é um acrônimo utilizado dentro do judaísmo para denominar seu conjunto principal de livros sagrados, sendo o mais próximo do que se pode chamar de uma Bíblia judaica.
  • 6. 6 todo o Tanakh, o Mishnah2 , o Talmud3 e a literatura midrash. Em seu sentido mais amplo, os judeus usam a palavra Torá para referir-se a todo e qualquer tipo de ensino ou filosofia. A importância destes livros antigos é incalculável, principal- mente quando se medita nos cinco pontos que estão alicerçados. a) Cósmico – Explica o cosmo dando o único relato antigo que mostra como foi criado, algo que muitos até tentam provar de outra forma e até agora sem resposta melhor do que a que consta em Gênesis. b) Étinico – no Pentateuco estão descrito o começo e a expan- são das três divisões raciais do mundo CAUCASÓIDES, NE- GROIDES E ORIENTAIS. c) Histórico – A partir de Gênesis relata de forma linear e con- tínua o nascimento da raça humana a partir de Adão. Todavia não é sua intensão apresentar a história detalhada do desen- volvimento de todas as raças, mas sim um relato altamente es- pecializado da implantação do governo Teocrático no mundo e do plano de redenção da humanidade. d) Religioso – Retratam a pessoa e o caráter de Deus, a criação e queda do homem as alianças e promessas divinas; e) Profético – Estes livros são a origem dos temas proféticos mais importantes da Bíblia. 2 A Mishná, também conhecida como Mixná ou Mixna (em hebraico ‫,משנה‬ "repeti- ção", do verbo ‫,שנה‬ ''shanah, "estudar e revisar") é uma das principais obras do juda- ísmo rabínico, e a primeira grande redação na forma escrita da tradição oral judaica, chamada a Torá Oral. Provém de um debate entre os anos 70 e 200 da Era Comum por um grupo de sábios rabínicos conhecidos como 'Tanaim' e redigida pelo Rabino Judá HaNasi, que terminou sua obra no ano de 189 EC. 3 O Talmude (em hebraico: ‫מּוד‬ ְ‫ל‬ ַּ‫,ת‬ transl. Talmud) é um livro sagrado dos judeus, um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e história do ju- daísmo. É um texto central para o judaísmo rabínico. O Talmude tem dois componentes: a Mishná, o primeiro compêndio escrito da Lei Oral judaica; e o Guemará, uma discussão da Mishná e dos escritos tanaíticos que fre- quentemente abordam outros tópicos.
  • 7. 7 LIVRO DO GÊNESIS Sabendo o significado do nome PENTATEUCO e sua importância para nossa vida, vamos iniciar nossos estudos pelo primeiro livro da Biblia, o Gênesis. TÍTULO: Gênesis Gênesis em judaico significa: Bereshit (do hebraico ‫,בראשית‬ Bereshít, "no início", "no princípio", primeira palavra do texto) é o nome da primeira parte da Torá. Bereshit é chamado comumente de Gênesis pela tradição ocidental e trata-se praticamente do mesmo livro apesar de algumas dife- renças, principalmente no que lida com interpretações religiosas com outras religiões que aceitam o livro de Gênesis. AUTORIA Até o século XVII, as comunidades judaicas e cristãs atribuí- ram universalmente a autoria do Pentateuco a Moisés. Em 1671, Baruch Spinoza (Baruch de Espinoza foi um dos grandes filósofos racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, junta- mente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Wikipédia), insinuou a possibilidade de seu autor ter sido Esdras muitas teorias aparecem sobre o assunto, como por exemplo: o emprego de diferentes nomes para Deus, estilos lite- rários diversos, entre outras teorias. Outra teoria é de que houveram vários autores, mas um só redator que teria reunido fragmentos desde os tempos mais remotos para dar corpo ao livro. Mas negar a autoria de Moisés, traz invevitavelmente os des- gastes de outras doutrinas: •É questionada a inspiração divina, pois os livros passam a ser considerados produtos de maquinações religiosas, em vez de ser as palavras diretas de Moisés, o profeta de Deus; •A exatidão histórica das narrativas e da legislação também é impugnada, visto que uma aparente aura de embuste se di- funde no conjunto. Como consequência, os acontecimentos passam a serem vistos como mitos inventados por devotos a religião, em vez de história autêntica. AUTORIA DE MOISÉS É CONFIRMADA: • Moisés é reconhecido como homem mais erudito da antiguidade e como aquele que reinvindicou escrever sob a direção de Deus (Ex 17.14; 34.27; Dt 31.9, 24; Atos 7.22). Nenhum outro
  • 8. 8 autor da antiguidade foi assim identificado. – Stanley A. El- lisem – Conheça melhor o Antigo Testamento – 1991 – Edi- tora Vida – pg 16 Se nos basearmos apenas em fatos históricos e racionais, com fez Spinoza em sua tese, realmente ficaremos com pouca argumentação quanto a autoria do livro. Mas como a história não tem fotos, e que durante muito tempo todos os acontecimentos bíblicos foram passados de geração em geração de forma oral, não havia documento escritos um dos fatos era justamente a falta de pessoas cultas para a escrita, mas como diz do Pr. Dr. em Arquelogia Rodrigo Pereira da Silva, que em suas vídeo-aulas no orienta que na história antiga temos que levar em conta todas as informação que se repetem, o que era aceitável na época, a cultura da época, pois quando um assunto não é real ele tende a deixado de lado com o tempo. Portanto quando vemos no livro de Atos, a mais de 1000 anos depois de escrito o livro do Gênesis uma referência ao autor do referido livro temos realmente que pesar esse período na veracidade do autor. Gênesis é a introdução inspirada da Bíblia, o livro das origens e dos começos, que revela a soberania de Deus nos Seus atos, nas Suas pala- vras e nos dons. Consequentemente este livro estabelece também a respon- sabilidade do homem quanto a sua escolha, suas ações e respectivas conse- quências. Gênesis descobre o tempo, saindo da eternidade, o finito nas- cendo do infinito, a criação, dimanando do incriado, e o aparecimento do homem com objetivo e obra do ato criador. Gn 1.31; Jo 1.1,3. As histórias deste livro encerram o embrião de todas as verdades e todas as doutrinas bíblicas que se revelam progressivamente através das Sagradas Escrituras até a vinda de Jesus Cristo, o Salvador divino: Porque a salvação de Deus ilumina toda a Bíblia como a luz do dia, que vai brilhando mais e mais, até que atinja a sua perfeição no Apocalipse Pv 4.18; HB 1.1-2; Ap 1.1.
  • 9. 9 INTRODUÇÃO ESBOÇO DO LIVRO DE GÊNESIS 1 – A HISTÓRIA PRIMITIVA DA RAÇA HUMANA 01 – 11 a) A narrativa da criação 01 - 02 1. Narrativa de toda a criação 01 2. Narrativa especial da criação do homem 02 b) A narrativa da queda 03 - 06 1. Entrada do pecado 03 2. Avanço do pecado 04 - 06 c) A narrativa do dilúvio 06 - 08 1. A causa do dilúvio 06 2. A vinda do dilúvio 07 3. Consequência do dilúvio 08 d) A narrativa da nova geração 09 - 11 1. O novo começo com Noé 09 - 10 2. Nova rebelião em Babel 11 2 – A HISTORIA PATRIARCAL DA RAÇA HEBRAICA 12 - 50 a) A vida de Abraão – Aliança prometida 12 - 24 1. Princípio da fé na Aliança 12 - 14 2. Teste da fé na Aliança 15 - 21 3. Aperfeiçoamento da fé 22 - 24 b) A vida de Isaque – Aliança transferida 21 - 26 1. Nascimento e casamento 21 - 24 2. Bênção Concedida 25 - 26 c) A vida de José – Aliança prosseguida 27 - 36 1. Bênçãos materiais conseguidas 27 - 30 2. Bênçãos espirituais malogradas 31 - 36 d) A vida de José – Aliança exercitada 37 - 50 1. Treinamento por provações 37 - 40 2. Triunfo pela confiança 41 - 50
  • 10. 10 A HISTÓRIA PRIMITIVA DA RAÇA HUMANA A narrativa da criação Narrativa de toda a criação cap 01 Após a primitiva criação, mencionada no primeiro versículo de Gênesis, ocorre o caos do v2, aquele cataclisma ocasionado pela suposta re- belião de Satanás e seus anjos, de que lemos nas passagens seguintes da Bí- blia: Is 14.9-15; Ez. 28.12-17. Desde o fim do v.2, o Espírito de Deus entra em cena com Seu poder criador que formou “os céus e a Terra que agora existem” II Pe 3.7. Narrativa especial da criação do homem cap 02 O capítulo 2 fala da criação já feita, do homem submetido à provação, responsabilizando pelo cultivo e guarda do jardim e por obedecer à vontade revelada do Criador. A narrativa da queda Entrada do pecado cap 03 O homem falhou, caiu na tentação, escolheu o que lhe parecia ser bom para comer, agradável aos olhos e desejável para dar entendimento, que tornasse “como Deus” segundo a promessa da serpente, e assim arras- tou a raça humana, e toda criação, para a maldição. Mas surgiria da posteridade do homem aquele que haveria de ferir a cabeça da serpente, conforme a primeira promessa de um Salvador: Gn. 3.15. O homem tendo perdido sua inocência é divinamente provido de túnicas de peles (Gn.3.21), a 1ª revelação do princípio dum sacrifício em substituição. É lançado fora da presença de Deus e privado da Sua comu- nhão. Avanço do pecado caps 04 - 06 Caim, reprovado, matou seu irmão Abel por ciúmes, porque o sacrifício deste foi aceito por Deus. Caim quis oferecer a Deus os frutos de seu trabalho; seus descendentes são os promotores da civilização antediluvi- ana, os construtores, os cultivadores, os músicos e os mestres de toda a obra de cobre e de ferro: Gn 4.17,21-22. A narrativa do dilúvio A causa do dilúvio cap 06 A violência e a corrupção caracterizam a civilização antediluvi- ana, cujos representantes eram uma raça de homens gigantes, fruto da união dos filhos de Deus (descendentes de Sete) com as filhas dos homens (des- cendentes de Caim)
  • 11. 11 A devassidão atinge o auge; uma irrupção (invasão súbita, surgi- mento) de espíritos satânicos se verifica entre os homens, se apossando deles e levando-os a uma depravação extrema, ferindo todas as leis do Criador. Desta maneira a raça humana transpõe os limites que lhe foram demarcados, e o castigo de Deus cai sobre aquela geração perversa que recusou as adver- tências feitas por Noé. A vinda do dilúvio cap 07 Quando Noé completou seiscentos anos, após Noé ter cha- mado exortado a muitos a respeito do juízo de Deus sobre a terra, após ter sido considerado de louco por construir uma arca imensa em uma terra dis- tante de rios ou mares que comportasse um barco daque tamanho, Deus faz com que as fontes de água das grandes profundezas começaram a jorrar e as comportas dos céus são abertas e derramam águas durantes 40 dias e noites sem parar. Até o ponto de a água chegar a 7 metros acima das montanhas. Consequência do dilúvio cap 08 Por cerca de um ano Noé ficou confinado na arca, enquanto o mundo era açoitado pelo juízo divino. O propósito divino de destruir a raça humana pecaminosa se cumpriu. Quer tenha sido local ou mundial é de im- portância secundária ante o fato que o dilúvio foi bastante amplo para incluir a humanidade inteira. Chuvas incessantes e águas vindas de fontes subterrâ- neas elevaram o nível das águas acima dos mais elevados cumes dos montes. No devido tempo a água baixou de nível. A arca veio repousar sobre o monte Ararate. Recebendo ordem para deixar a arca, o homem enfrentou uma nova oportunidade em um mundo renovado. Todos os seres vivos que viviam sobre a terra e no ar morreram, apenas aqueles que foram recebidos por Noé na arca, sobreviveram. A narrativa da nova geração O novo começo com Noé caps 09 - 10 Quando saem da arca, Deus faz uma nova aliança com Noé, Deus diz: “1Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra. 2 Todos os animais da terra tremerão de medo diante de vocês: os animais selvagens, as aves do céu, as criaturas que se movem rentem ao chão e os peixes do mar; eles estão entregues em suas mãos. 3 Tudo o que vive e se move servirá de alimento para vocês. Assim como lhes dei os vegetais, agora lhes dou todas as coisas”. Biblia NVI. “1 Y BENDIJO Dios a Noe y a sus hijos, y les dijo: Fructificad, y a multipli- caos y b henchid la tierra; 2 y el temor y el miedo de vosotros estaran en todo animal de la tierra, y en toda ave de los cielos, en todo lo que se mueve en la tierra y en todos los peces del mar; en vuestras manos son entregados. 3 Todo lo
  • 12. 12 que se mueve y vive os sera para a alimento, asi como las legumbres y hierbas; os lo he dado todo. SANTA BIBLIA - REINA-VALERA 2009 Nova rebelião em Babel cap 11 A genealogia dos filhos de Noé nos leva, na narrativa, até a cons- trução da torre de Babel, símbolo da falha dos homens que rejeitam as con- dições de graça oferecidas pelo concerto de Deus com Noé. Arrastados pelo orgulho e suas ambições essencialmente humanas, eles querem alcançar o céu e fazer-se um nome. A respeito deles, Deus declara: “E agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.” (Gn. 11.69), pois a liberdade do homem, entregue ao serviço do diabo, enseja todas as rebeliões humanas e todos os ardis de Satanás. Deus confunde sua língua e espalha os homens sobre a face da terra. O capítulo 11 termina com a criação dos ascendentes de Abraão. A HISTÓRIA PATRIARCAL DA RAÇA HEBRAICA a) A vida de Abraão – Aliança prometida caps 12 - 24 Princípio da fé na Aliança caps 12 - 14 Abrão recebe uma promessa, sair de sua zona de conforto, sair de perto de pessoas que te atrapalham em meu agir, saia de perto da idolatria, Abrão sai em direção ao incerto, iniciar uma nova nação. Teste da fé na Aliança caps 15 - 21 Abrão tem uma visão, após um sacrifício oferecido ao Senhor o qual não foi consumido, a noite o Senhor coloca Abão em um sono pro- fundo e lhe dá uma visão de como será sua geração, o crescimento o aprisi- onamento e o livramento. Deus cumpre sua promessa com o nascimento de Isaque, Deus abençoa a vida de Hagar e de Ismael, que mesmo sendo expulso dos cuida- dos de Abraão tem direito a suas bênçãos. Deus lhe dá um filho de sua esposa aos 99 anos de idade, quando o impossível aos homens se torna possível diante de Deus. Aperfeiçoamento da fé caps 22 - 24 Quando Abraão está em paz e tranquilo, tem uma prova para ele, pede seu filho em holocausto, e Abraão não lhe nega, e isso é o teste maior para Abraão, e pela prova ele é aprovado diante do Senhor. A vida de Isaque – Aliança transferida Casamento cap 24 Abraão, já avançado em idade, pede ao seu servo, que vá a seus familiares buscar uma esposa para seu filho, mas que de forma alguma deixe seu filho ir para lá.
  • 13. 13 Pois Abraão sabia que a idolatria de sua família poderia interferir em sua vida com Deus. Bênção Concedida caps 25 - 26 Isaque recebe de seu pai tudo o que ele tinha, para seus irmãos (já que Abraão tinha se casado com Quetura e teve outros filhos) deu pre- sentes e enviou para outras terras para longe de Isaque, pois a bênção de Deus era para a vida de Isaque apenas. A vida de Jacó – Aliança prosseguida Bênçãos materiais conseguidas caps 27 - 30 Jacó incentivado por sua mãe assume o lugar de Esaú e recebe as bênçãos materiais que seria de seu irmão. Se vê obrigado a fugir da casa de seu pai após sua morte, para não ser morto por seu irmão, foge sem nada, dorme ao relento. É tratado como empregado e luta contra o engano para con- quistar sua promessa. Bênçãos espirituais malogradas caps 31 - 36 A fé do crente é tão preciosa aos olhos de Deus, que ele permite que seja provada. I Pe 1.5-7; Hb 12.5-12. Ganhando a vitória sobre Esaú, que representa o espirito profano e carnal (Hb 12.16), o crente chega a co- nhecer um culto puro e espiritual, mas somente depois de abandonar, na luta de Peniel (GN. 32.24-32), sua confiança em si mesmo e seus próprios esfor- ços, e repudiar todos os seus ídolos. Gn. 35.2-7. A vida de José – Aliança exercitada Treinamento por provações caps 37 - 40 José por ser o primeiro filho de Raquel, a mulher a quem Israel mais amava e por ter sido gerado em sua velhice, era tratado com mais rega- lias do que seus outros irmãos, e isso causou problemas de relacionamento com seus irmãos. E Deus utilizou as provações para preparar José para as bênçãos que ele teria na frente, José foi forjado com se forja o aço para assumir a forma que Deus queria para a vida da família de Israel. Triunfo pela confiança caps 41 - 50 Como José em nenhum momento deixou o caminho a que foi ensinado, não se afastou do que seu pai havia ensinado a respeito do seu Deus. E devido a sua perseverança foi honrado e colocado como go- vernador da maior nação daquele período.
  • 14. 14 LIVRO DO ÊXODO ESBOÇO DO LIVRO DO ÊXODO 1 – A SAÍDA – ÊNFASE DO PODER DE DEUS 01 - 18 A) A aflição de Israel no Egito 01 - 11 1 - Sua servidão e o preparo de Moisés 01 - 04 2 - Pragas e endurecimento de Faraó 05 - 11 B) Livramento de Israel 12 - 15 1 - Instituição da Páscoa 12 2 - Partida apressada 13 - 14 3 - Cântico de Louvor e Celebração 15 C) Jornada de Israel até o monte Sinai 16 - 18 1. Poder do Senhor para prover 16 - 17 2. Poder do Senhor para proteger 17 3. Conselho de Jetro: delegar tarefas 18 2 – A LEI – ÊNFASE DOS PRINCÍPIOS DE DEUS 19 - 24 A - Aliança proposta pelo Senhor 19 B - Mandamentos Espirituais e Morais 20 1 Relacionamento prioritário do Homem com Deus 2 Relacionamento apropriado com o próximo 3 Relacionamento sacerdotal de Moisés como mediador C – Ordenanças Sociais e Civis 21 - 23 1. Para dispensar misericórdia e justiça 21 2. Para respeitar os direitos de propriedade 22 3. Acerca do exercício da justiça, do sábado e das festas: 23 3 – O TABERNÁCULO – ÊNFASE DA PRESENÇA DE DEUS 25 – 40 A – O plano para o Tabernáculo 25 - 31 1. Padrão dos móveis 25 2. Padrão da parte externa 26 - 27 3. Padrão para os sacerdores e para o culto 28 - 31 B – Punição de Deus para a idolatria do povo 32 - 34 1. Idolatria de Israel e Julgamento 32 2. Intercessão de Moisés e misericórdia de Deus 33 3. Injunção de Deus ao renovar a Aliança 34 C – Presença de Deus no término do Tabernáculo 35 - 40 1. A congregação supre abundantemente 35 2. Os artíficies constroem magnificamente 36 - 39 3. O Senhor desce numa nuvem de Glória 40
  • 15. 15 INTRODUÇÃO Autoria: Título: 1. Os hebreus deram o nome de “We’elleh Shemoth” devido a sua primeira frase: “São estes os nomes”. 2. Os tradutores da Septuaginta chamaram-no de “Êxodo” (Saída) devido ao fato de seu tema central tratar das ações redentoras de Deus para com o seu povo. Autor Assim como Gênesis a autoria de Moisés é confirmada pela estreita conexão e unidade com os livros restantes do Pentateuco. Neste livro, entretanto, Moisés coloca-se como o centro de todas as ações (17.14; 24.4; 25.9; 36.1) Moisés procura retratar com riqueza de detalhes as informa- ções dos fatos ocorridos em todo o processo de saída do povo hebreu do Egito. Desde a chegada dos filhos de Israel, relatando todo o sofrimento do povo e a sua saída embaixo das mãos poderosas de Deus. O povo hebreu foi escravizado e sofriam com trabalhos força- dos devido as construções da época e devido ao faraó que estava no poder não tinha conhecimento a respeito de José e tudo o que ele tinha feito. Pois desde a morte de José, houve guerras, a família imperial da época de José á não existia mais e um novo monarca toma o trono mesmo sem ter sangue real. O povo Egípicio, preguiçoso e voluptuoso, como diz Flávio Josefo em seu livro A História dos Hebreus, eles invejavam a prosperidade que os hebreus conquistavam com seu trabalho. Tendo o tempo apagado a memória das obrigações que todo o Egito devia a José e tendo o reino pas- sado a outra família, eles começaram a maltratar os israelitas e a oprimi-los com trabalhos. Podemos dividir a vida de Moisés em 03 grupos de quarenta anos: Nos primeiros quarenta anos foram quando Moisés nasceu vi- veu com sua mãe até chegar a idade de ir para o palácio, pois foi adotado pela filha de Faraó; neste período não está descrito mas subintendece que foi criado nos costumes judeus, já que foi sua mãe que foi contrata para
  • 16. 16 amamenta-lo e cria-lo até ter idade para ir ao palácio, neste período Moisés foi ensinado em todos os costumes de seu povo e sabia quem era seu Deus, depois foi levado ao palácio onde foi ensinado em todas as ciências dos egíp- cios, bem como estratégias militares, Moisés foi preparado para ser o líder do povo egípicio, pois seu irmão na linhagem real não apresentava-se como um típico rei. No segundo bloco de quarenta anos, que ocorre quando Moisé foge do Egito após ter matado um sol- dado e fugindo da vingança de Faraó se esconde no deserto onde conhece sua esposa Zí- pora e fica com seu sogro por quarenta anos sendo pastor de ovelhas. Até que Deus lhe chama para livrar o povo judeu das mãos dos egípicios, onde Deus usa sua vida para fazer milagres e maravilhas em meio a toda nação onde o nome do Senhor é reverenciado. Depois mais quarenta anos onde Moisé peregrina juntamente com todo o povo no deserto até poderem entrar na terra prometida, apesar de não entrar devido ao seu pecado Moisés pode contemplar, morre nas montanhas, mas seu corpo não é encontrado, não há relato bíblico a respeito do sepulcro de Moisés. Relação com os demais livros de Moisés: Êxodo é o elo in- dispensável que une de forma inseparável o Pentateuco. Continua a história dos hebreus iniciada no Gênesis no mesmo estilo inigualável deste e acentu- ando o elemento pessoal. É a figura de Moisés que domina quase todo o relato de Êxodo. Os assuntos do sistema sacerdotal e da lei de santidade iniciados em Êxodo, por sua vez, se desenvolvem em Levítico. Também a história da caminhada de Israel para a terra prometida, a qual constitui a maior parte de Números, encontra seu princípio em Êxodo. Finalmente, acha-se em Deuteronômio um eco tanto de Números como de Êxodo. Por isso ao livro de Êxodo se chama "O coração do Pentateuco". Egito: A antiga terra dos Faraós abrangia o estreito vale do rio Nilo. Ao norte iniciava-se sua extensão desde Asma, perto das primeiras ca- taratas, até ao delta onde o Nilo desemboca no mar Mediterrâneo; ocupa
  • 17. 17 950 km. A agricultura do Egito dependia da regadura do Nilo e do sedimento que suas águas transbordantes deixavam ao retirar-se depois de inundar o vale. Em cada lado deste vale há um deserto desprovido de quase toda a forma de vida. A história do Egito remonta aproximadamente ao ano 3000 a. C., quando o reino do vale do Nilo e o reino do delta foram unificados pelo brilhante rei Menés. Trinta dinastias ou famílias reais reinaram durante os anos 3000 até 300 a. C. A cidade de Mênfis, situada entre o delta e o vale do Nilo, foi capital do reino até que se transferiu o governo da região do sul para Tebas na época do Novo Reino (1546-1085 a. C. A época clássica da civilização egípcia chama-se Antigo Reino (2700-2200 a. C). As enormes pirâmides, edificadas como túmulos reais, e a grande esfinge de Gizé foram construídas neste período. Depois houve dois séculos de decadência seguidos pelo Reino Médio (2000-1780 a. C.). Surgiu um poderoso governo centralizado sob a duodécima dinastia que trouxe projetos de irrigação, exploração mineira de cobre na península do Sinai e a construção de um canal entre o mar Vermelho e o rio Nilo. O comércio egípcio estendeu-se às terras marítimas da parte oriental do mar Mediterrâ- neo. Floresceram a educação e a literatura. Esta época brilhante foi seguida, por sua vez, de dois séculos de decadência e de governo fraco. No século XVIII os hicsos invadiram o Egito e estabeleceram sua capital em Tânis (Zoã Avaris). Os invasores procediam, provavelmente, da Ásia Menor e utilizaram carros puxados por cavalos, e o arco composto, armas que os egípcios desconheciam. Contudo, os hicsos permitiram que os egípcios mantivessem um governo secundário em Tebas e no Baixo Egito. Em 1570 a. C. os egípcios, dirigidos por Amósis I, expulsaram os odiados hicsos e estabeleceram o Reino Novo (1546-1085 a. C). Os hebreus estive- ram no Egito nesse tempo. Tebas tornou-se capital do Egito. Ainda existem as grandiosas ruínas desta cidade. Diz Halley: "Nenhuma cidade tinha tantos templos, palácios e monumentos de pedra inscritos em ricas cores, brilhantes e resplandecentes de ouro."1 Sem dúvida, muitos dos magníficos monumen- tos das cidades egípcias representam o trabalho, o suor e o sangue de incon- táveis milhares de escravos.
  • 18. 18 O mais famoso conquistador egípcio e fundador do império do Egito na época do Novo Reino foi Tutmés III (Tutmósis III) que reinou entre 1500 e 1450 a. C. Dirigiu dezoito campanhas militares mediante as quais subjugou a Etiópia, a Palestina e a Síria, estendendo o domínio egípcio até ao rio Eufrates. Construiu uma frota e acumulou grandes riquezas. Cos- tuma-se compará-lo a Alexandre Magno ou a Napoleão, no sentido de que foi o fundador de um grande império. Também Tutmés III fomentou a construção de edifícios públicos ampliando o grande templo de Carnaque e levantando numerosos obeliscos. Não obstante, Amenotepe IV (Akhena- ton), que reinou depois, desde 1369 até 1353 a.C, descuidou o império egíp- cio, pois se dedicou a estabelecer o culto ao deus solar Áton como única divindade do Egito. Enfrentou grande oposição e, conseqüentemente, o Egito perdeu muito de seu domínio sobre Canaã e Síria. Seti I (1302-1290 a. C.) procurou reconquistar os territórios perdidos e seu filho Ramsés II (o Grande) seguiu seus passos, mas teve de contentar--se com um pacto de não agressão com a Síria. Ramsés II (1290-1224 a. C), considerado o Faraó do êxodo, por muitos estudiosos, destacou-se por seus projetos de construção em Tebas e por continuar levantando as cidades de armazéns Pitom e Rames- sés. Alguns estudiosos pensam que estas cidades foram fundadas por seu pai Seti I, mas outros acreditam que foram construídas originariamente por Tutmés III. Foi encontrado um papiro daquela época que descreve os trabalhos para construir a porta de um templo de Ramsés II. Fala de operários que faziam sua cota de ti- jolos cada dia e de oficiais que não tinham homens nem palha para pro- duzir os tijolos. A SAÍDA – ÊNFASE DO PODER DE DEUS Segundo Paul Hoff em seu livro “O PENTATEUCO” “Não há dúvida alguma de que os israelitas saíram do Egito no lapso com- preendido entre 1450 e 1220 a. C. Israel já estava radicado em Canaã no ano
  • 19. 19 de 1220 a. C, pois um monumento levantado pelo Faraó Mereptá faz alusão ao combate entre egípcios e israelitas na Palestina, naquela data. Não obstante, fal- tam evidências conclusivas quanto à data precisa do êxodo. Há duas opiniões principais a respeito desta questão. De acordo com a pri- meira, o êxodo dataria, mais oumenos, por volta do ano de 1440 a. C. Conforme a segunda opinião, ocorreu no reinado de Ramsés II, entre 1260 e 1240 a. C. Se a data anterior é correta” Todos os direitos reservados na língua portuguesa por Editora Vida, Deerfield, Florida 33442 - 8134 — E. U. A. A aflição de Israel no Egito 1 - Sua servidão e o preparo de Moisés Em Êxodo 1. 9-11 está escrito: 9 Disse ele ao seu povo: Eis que o povo de Israel é mais numeroso e mais forte do que nos. 10 Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós e se retire da terra. 11 Portanto puseram sobre eles feitores, para os afligirem com suas cargas. Assim os israelitas edificaram para Faraó cidades armazéns, Pitom e Ramessés. Biblia Viva Tutmés, este é o nome do Faraó que reinava na época em que começou a opressão do povo de Israel, e por que não conhecia José? Muito tempo após a morte de José, o Egito foi invadido por um povo chamado Hicso: Os hicsos (em egípcio heqa khasewet, "soberanos estrangeiros"; em grego Ὑκσώς ou Ὑξώς; em árabe: ‫الملوك‬‫الرعاة‬ , "reis pastores", ou como em versão atualizada "reis cativos") foram um povo asiático que invadiu a região oriental do Delta do Nilo durante a décima segunda dinastia do Egito, iniciando o Segundo Período Intermediário da histó- ria do Antigo Egito. São mostrados na arte local vestindo os mantos multicoloridos associados com os arqueiros e cavaleiros mercenários mitanni (ha ibrw) de Canaã, Aram, Kadesh, Sídon e Tiro. O faraó Kamósis (c. 1555 a 1550 a.C.) rebelou-se definitivamente con- tra a situação que dividia o Egito entre ele e o rei hicso Apophis, ao qual tinha que pagar tributos. Ele deve ter empurrado o inimigo para o norte, até o delta nilótico. Entretanto, a praça bem fortificada de Avaris, habilmente construída perto de um braço do Nilo em seu delta, não foi conquistada. A morte prematura de Kamósis teve por conseqüência a subida ao trono de seu irmão mais moço, Nebpehtire Amósis (c. 1550 a 1525 a.C.), que acabou por finalmente expulsar completamente os hicsos do Egito, ainda que isso lhe tenha consumido cerca de dez anos. Por ter unificado novamente o país, Manetho colocou-o como iniciador de uma nova dinastia, a XVIII (c. 1550
  • 20. 20 a 1307 a.C.), que principiou uma nova era, o Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.). Após tantas guerras e mudança de governo e dinastias, o que José havia feito no passado foi esquecido. Com isso aparece um novo Faraó Tutmés, onde começa a opri- mir o povo hebreu. Quando nasce Moisés, e na nesta época como já não havia mais descendentes das antigas famílias reais egípcias, os governantes atuais muitas vezes casavam-se em família para perpetuar seu domínio, para não haver mais misturas sanguíneas. Quando Moisés é considerado como filho da filha de Faraó, provavelmente a filha de Faraó figurava como esposa de Faraó, que este o motivo pelo qual Moisés gozava de grande prestígio dentro do palácio. Moisés a o mais cotado para assumir o posto de Faraó. Foi en- sinado em todos os conhecimentos, ciências e leis do Egito. Mas devido a grande opressão sofrida pelo seu povo hebreu, Moisés começa se envolver mais com as questões de seu povo, e chega ao ponto de praticar um homicídio e com medo da retaliação de Faraó foge e fica 40 anos no deserto onde se casa e consti- tui família. Quando o Senhor visita a Moisés e se manifesta através de uma sarça ardente onde ocorre o chamado de Moisés. Durante todo este período que esteve afastado, seu povo continuou a crescer e multiplicar-se, mas sendo torturado e explo- rado, o que levou a alguns a clamarem a Jeová para que os livrassem daquele cativeiro.
  • 21. 21 2 - Pragas e endurecimento de Faraó Exodo 5 – 11 Depois de conversar com o povo, Moisés e Arão foram falar com Faraó, entraram em sua sala real e com intrepidez falaram: Êxodo 5: 1 - E DEPOIS foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto. Mas como Faraó, não conhecia a história de José, também não conhecia o Senhor, com isso e considerando-se quase um deus, endureceu o seu coração. O pedido de Deus a Faraó foi pequeno, apenas liberar seu povo para ir adorá-Lo no deserto. Mas Faraó em sua arrogância, pois seus súditos o consideravam filho do deus sol (Rá), escarneceu de Moisés, Arão e principalmente do Se- nhor. Êxodo 5: 2 - Mas Faraó disse: Quem é o SENHOR, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir Israel. E a partir deste momento Faraó começa a oprimir ainda mais o povo hebreu, exigia o trabalho diário, mas sem fornecer a matéria prima para a fabricação dos tijolos que era a palha, pois esta tinha que ser colhida no campo e os mesmos que fabricavam os tijolos é que teriam que ir buscá-la. Devido a este acréscimo de trabalho e exigência de Faraó, o povo começa a se revoltar contra Moisés, lembremos que este povo estava sendo oprimido por quatrocentos anos, ou seja, mais de 4 gerações já havia sofrido sobre a tirania de reis e faraós que governaram o Egito, o povo estava sobrecarregado, muitos morrendo de esgotamento e de espancamento, não tinham mais liberdade. QUADRO 1 http://hherivas.blogspot.com.br/2015/04/as-dez-pragas-do-egito.html
  • 22. 22 E aí para tratar tanto com Faraó quanto com os hebreus, o Se- nhor, o Eu Sou, começa a enviar algumas pragas para pertubar o povo. Uma das palavras hebraicas que se traduzem por "praga" no Êxodo sig- nifica dar golpes ou ferir. Outras duas palavras descrevem as pragas como "si- nais" e "juízos". De modo que as pragas foram tanto sinais divinos que de- monstraram que o Senhor é o Deus supremo, como atos divinos pelos quais Deus julgou os egípcios e libertou a seu povo. Paul Hoff – O Pentateuco – Editora Vida – 1995 – pag. 51. Primeiramente Deus começa a usar os fenômenos naturais rela- cionados com os deuses adorados pelo Egito, contra os sacerdotes e contra Faraó que era considerado deus, conforme quadro 1. Calcula-se que o período das pragas tenha durado pouco menos de um ano. As primeiras três pragas: sangue, rãs e piolhos caíram tanto so- bre Israel como na terra egípcia, pois Deus quis ensinar a ambos os povos quem era o Senhor, já os sete seguintes açoites castigaram somente aos egíp- cios para que soubessem que o Deus que cuidava de Israel era também o soberano do Egito e mais forte do que seus deuses (8:22; 9:14). As pragas foram progressivamente mais severas até que quase destruíra o Egito (10:7). As nove primeiras pragas podem ser divididas em três grupos de três pragas cada um. O primeiro grupo: água convertida em sangue, rãs e piolhos causaram asco e repugnância. O segundo grupo: as moscas que pi- cavam, a peste sobre o gado e as úlceras sobre os egípcios caracterizavam-se por serem muito doloridas. O último grupo: a saraiva, os gafanhotos e as trevas foram dirigidos contra a natureza; estas últimas produziam grande consternação. A morte dos primogênitos foi o golpe esmagador. Os feiticeiros egípcios imitaram os dois primeiros açoites, mas quando o Egito foi ferido de piolhos, confessaram que o poder de Deus era superior ao deles e que esta praga era realmente sobrenatural (8:18, 19). Os magos não tiveram de reproduzir a praga de úlceras porque eles próprios estavam cheios delas desde os pés até à cabeça. Não puderam livrar-se a si mesmos dos terríveis juízos nem muito menos a todo o Egito. Em resumo, as pragas cumpriram os seguintes propósitos: a) Demonstraram que o Senhor é o Deus supremo e soberano. Tanto os israelitas como os egípcios souberam quem era o Senhor. b) Derrocaram as divindades do Egito. c) Castigaram os egípcios por haverem oprimido aos israelitas e por lhes haverem amargado tanto a vida.
  • 23. 23 d) Efetuaram o livramento de Israel e o prepararam para con- duzir-se em obediência e fé. Livramento de Israel Instituição da Páscoa Quando do acontecimento da décima praga, o Senhor exige de cada um dos hebreus um sacrifício, um sinal, sinal este que Ele mesmo de- terminou, e quem assim procedesse a sua família e seus animais seriam pre- servados. Mas este sacrifício de- veria ser apresentado já estando preparado para receber a bênção da liberdade, ou seja, versículo 11, com os lombos singidos e os pés calçados. O Senhor detalha qual o tipo e a qualidade do sacríficio, um Deus tão zeloso pelos deta- lhes, quando se fala de um cor- deiro de 01 ano, é porque o animal já chegou a sua maturidade, já é um animal adulto e normalmente já havia gerado filhotes, ou seja, sua decendência estava garantida. Aquela data se torna- ria tão significativa que Deus de- terminou que seria o primeiro mês dos hebreus: Êxodo 12:2 - Este mesmo mês vos será o princí- pio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano. A palavra "páscoa" significa "passar de largo", pois o anjo destruidor passou de largo as casas onde havia sido aplicado o sangue nas ombreiras e na verga da porta. Os detalhes do sacrifício e as ordenanças que o acompanhavam são muito significativos. a) O animal para o sacrifício devia ser um cordeiro macho de um ano, isto é, um carneiro plenamente desenvolvido e na plenitude de sua vida. Assim Jesus morreu quando tinha 33 anos aproximadamente. O cordeiro tinha de ser sem mácula. Para assegurar que assim fosse, os israelitas o guardavam em casa durante quatro dias. De igual maneira Jesus era impe- cável e foi provado durante quarenta dias no deserto. http://ligadonabiblia.blogspot.com.br/2011/04/pascoa-de-antes-pascoa- de-hoje.html https://ccyeshuaemportugues.wordpress.com/2015/07/22/a-pascoa- exodo-12-deuteronomio-16-mateus-26-marcos-14-lucas-22-joao-11/
  • 24. 24 b) O cordeiro foi sacrificado pela tarde como substituto do primogênito. Por isso mor- reram os primogênitos das casas egípcias que não creram. Aprendemos que "o salário do pecado é a morte", porém Deus proveu um substituto que "foi ferido pelas nossas trans- gressões". c) Os israelitas tinham de aplicar o sangue nas ombreiras e na verga das portas, indi- cando sua fé pessoal. No Cristianismo não basta crer que Cristo morreu pelos pecados do mundo; somente quando pela fé o sangue de Jesus é aplicado ao coração da pessoa está ela salva da ira de Deus. O anjo exterminador representa a sua ira. d) As pessoas tinham de permanecer dentro de casa, protegidas pelo sangue. "Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação?" (Hebreus 2:3). e) Tinham de assar a carne do cordeiro e comê-la com pão sem fermento e ervas amar- gas. O fato de assar em vez de cozer o cordeiro exemplifica a perfeição do sacrifício de Cristo e o fato de que deve ser recebido por completo (João 19:33, 36). Assim como os hebreus comeram a carne que lhes daria força para a peregrinação, por meio da comunhão com Cristo o crente recebe força espiritual para segui--lo. O pão sem fermento simbolizava a sinceridade e a verdade (I Coríntios 5:6-8) e as ervas amargas provavelmente representa- vam as dificuldades e as provações que acompanham a redenção. f) Os israelitas deviam comê-lo em pé e vestidos como viajantes a fim de que estivessem preparados para o momento de partida (12:11).^ Assim o crente deve estar pronto para o grande êxodo final quando Jesus vier (Lucas 12:35). Paul Hoff – O Pentateuco – Editora Vida – 1995 – pag. 54. Partida apressada Após a terrível morte dos primogênitos, Faraó volta a sua sani- dade permitiu que os israelitas saíssem. Faraó recebeu a justa recompensa pela morte de tantas crianças hebreias que foram assassinados friamente, pelo tempo de exploração da escravidão, devido ao acontecido Faraó não fez nenhuma exigência aos hebreus e ainda pediu que Moisés e Arão o aben- çoassem.
  • 25. 25 Ao saírem e acamparem em Etã na entrada do deserto, e o Se- nhor era com eles, ia adiante deles em uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite. (Êxodo 13. 20-21). O cuidado de Deus com o seu povo é tão grande, que ao saí- rem do Egito, eles não tomaram a rota mais curta para o mar vermelho, foram pelo caminho mais longo, pois no outro caminho havia forte guarni- ções egípcias, e na palestina os filis- teus os esperavam prontos para a guerra. Agora um povo recém-liber- tado que sofreu durante 430 anos de escravidão teria algum ânimo ou es- tratégia para lutar com estes povos? Claro que não, por isso Deus os leva por um caminho que apesar de mais longo era mais tran- quilo, assim como está escrito no evangelho de João 13.7 – Respondeu Jesus: O que Eu faço hoje não sabes agora, mas o compreenderá depois. – Biblia de referência Thompson – Editora Vida 1993 Não nos é dado conhe- cer o querer de Deus, mas sim con- fiar em sua infinita sabedoria e amor por nós. Assim com está escrito: I Samuel 24:6 - E disse aos seus homens: O SE- NHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do SENHOR, estendendo eu a minha mão contra ele; pois é o ungido do SE- NHOR. O Senhor fez isso com Faraó, pois tocou no povo escolhido do Se- nhor, e para finalizar o projeto o Senhor endurece mais uma vez o coração https://pt.slideshare.net/IderaldoCatini/travessia-48499072 http://geografia-biblica.webnode.com.br/news/a-travessia-do- mar-vermelho-fotos-via-satelite-e-evidencias-cientifica-/ https://pt.slideshare.net/ribercor/travessia-no-mar-vermelho- aconteceu-e-est-provado-presentation
  • 26. 26 de Faraó para que saia atrás do povo israelita para trazê-los novamente es- cravizados, mas o que acontece é outro grande livramento de Deus com Seu povo. Faraó enfurecido sai atrás do povo de Israel, e motivado por mais esta possibilidade de morte o povo hebreu se revolta contra Moisés, onde o Senhor dá mais uma prova de Seu poder e amor, quando o povo se depara diante do mar vermelho eles não sabem, mas estão no local que Deus escolheu para que fossem prova viva de mais um agir sobrenatural do Se- nhor. Moisés levanta sua vara e ordena que o mar se abra, então o Senhor manda um vento oriental que sopra durante toda a noite e abre o mar para a passagem dos hebreus a pés enxutos. O Senhor traz o povo a uma praia onde caiba todo o povo, que era muito, diante de uma ponte subaquática, e o caminho se abre. E após o povo passar e Faraó e seu exercito entrar atrás deles, após o ultimo hebreu chegar do outro lado o Senhor faz com que as águas voltem a seu curso normal matando assim um exercito inteiro. Cântico de Louvor e Celebração cap 15 A travessia do mar Vermelho prefigura a derrota do último e mais formidável inimigo do povo de Deus, pois o cântico de Moisés e do Cordeiro será cantado novamente pelos redimidos no céu (Apocalipse 15:3, 4). Também se observa que o livramento final do povo de Deus, descrito no Apocalipse, será efetuado pelos mesmos meios que Deus empregou no êxodo: juízos sobre seus inimigos e redenção pelo sangue do Cordeiro. Jornada de Israel até o monte Sinai Poder do Senhor para prover Após saírem do mar foram para Elim, onde havia ali doze fontes de água e muitas palmeiras, e acamparam ali para descansar. Durante sua peregrinação pelo deserto até a passagem, pelo mar vermelho, os israelitas passaram por áreas desérticas onde não havia supri- mento de alimentos, e as provisões que trouxeram do Egito foram se aca- bando. Sairam de Elim e foram para o deserto de Sim, entre Elim e Sinai, onde toda a congregação de Israel mumurou novamente contra Moi- sés e Arão, pois não havia mais comida nem bebida para o povo, já não adiantava o grande milagre que o Senhor havia feito, devido a natureza da escravidão incultida em sua mente, o povo não conseguia visualizar o agir de Deus sobre suas vidas.
  • 27. 27 Poder do Senhor para proteger Eles queriam apenas suas necessidades básicas sendo supridas; o escravo apesar de ansear pela liberdade não consegue visualizar o liberta- dor. Mas o que Deus fez foi preparar aquele povo a viver com supri- mentos básicos e quantidades básicas preparando eles para assumir a terra prometida, pois ali o processo de conquista de suas necessidades seria duro, seria através de conquista por lutas, resistência e vendo os milagres de Deus. O Senhor supriu as necessidades alimentares do povo: Êxodo 16:13-15 13 - E aconteceu que à tarde subiram codornizes, e cobriram o arraial; e pela manhã jazia o orvalho ao redor do arraial. 14 - E quando o orvalho se levantou, eis que sobre a face do deserto estava uma coisa miúda, redonda, miúda como a geada sobre a terra. 15 - E, vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Porque não sabiam o que era. Disse-lhes, pois, Moisés: Este é o pão que o SE- NHOR vos deu para comer. Não entendemos o agir do Senhor, mas o que Ele faz é surpre- endente. Mas a escravidão humana ainda estava enraizada em suas lem- branças, e não conseguiam apenas confiar no que Deus havia falado a Moi- sés, de colher apenas a quantidade de alimentos para um dia e apenas no sexto dia colheria o dobro, pois no sétimo dia não haveria alimento, mas muitos colheram mais do que era necessários para um dia e deixaram para o outro dia e com isso aquilo que era delicioso criou bicho e cheirava mal, e no primeiro final de se- mana alguns do povo sa- íram para colher e não encontraram nada, pois o Senhor havia dito que não haveria e Deus se ira contra o povo. Mas ainda faltava mais um pouco de rebeldia, o povo se le- vanta contra Moisés pela falta de água, Deus manda Moisés levar sua vara juntamente com os http://amigo-da-ebd.blogspot.com.br/2014/02/licao-06-peregrinacao-de-israel- no.html
  • 28. 28 anciões de Israel, e era para ele ferir uma rocha, e assim o fez o povo teve água. Mas também Amaleque se levanta contra Israel, e Israel preva- lece devido a interseção de Moisés com suas mãos levantadas. Deus colocou os israelitas na escola preparatória do deserto, a fim de que as provações os disciplinassem e adestrassem para conquistarem a terra prometida. Ainda não estavam em condições de enfrentar as hostes de Canaã, nem desenvolvidos espiritualmente para servir ao Senhor uma vez que entrassem. Embora tenham sido libertados da escravidão, ainda tinham espírito de escravos, isto é, demonstravam traços de covardia, murmuração e rebeldia. Conselho de Jetro: delegar tarefas cap 18 Jetro, sogro de Moisés vem visita-lo e trazer sua mulher e seus filhos, e vê como Moisés se sobrecarregava com o povo, e dá orientações sobre como amenizar sua carga e ajudar mais rapidamente o povo. A LEI – ÊNFASE DOS PRINCÍPIOS DE DEUS Aliança proposta pelo Senhor 5. Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto, então sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos, porque minha é toda a terra; 6 e vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel. O Senhor convoca os Israelitas a se tornarem um povo peculiar dele, Jeová mais uma vez faz uma pausa na história, e traça novamente o projeto de salvação para o Seu povo, mas depende de o povo escolher ouvir a voz do Senhor. Havia primeiramente a necessidade de se consagrarem, se pre- pararem para entrar na presença do Senhor. É que o povo estava tão contaminado ainda com as práticas do Egito, que havia a necessidade de mudarem de hábitos para entrarem na presença do Senhor. Mandamentos Espirituais e Morais Relacionamento prioritário do Homem com Deus: A partir deste momento o Senhor começa a traçar uma nova referência moral para os israelitas, com padrões morais deturpados o Senhor precisava iniciar um tempo de regulamentação para que gradativamente os costumes egípcios intrínsecos na alma do povo fossem removidos. Um dos focos principais era de como deveria ser tratado o Se- nhor, versículo 7 no traz muito expositivamente em não usar o nome do
  • 29. 29 Senhor em vão, e esse respeito seguiu por gerações e gerações e até hoje dentre os judeus este respeito está explicito e intenso. V.v 7-15 1 Relacionamento apropriado com o próximo: O Senhor traz uma nova condição de convivência fraternal, em respeitar o próximo em todas as coisas, mas Ele ratifica alguns parâmetros de respeito a ser seguido. V.v. 16-17 2 Relacionamento sacerdotal de Moisés como mediador: Com medo do tratar do Senhor o povo pede que Moisés seja o mediador entre eles e o Senhor, pois o temor de algo pior acontecer a eles devido as práticas discordantes trouxem juízo fatal sobre eles. V.v.19-21 Ordenanças Sociais e Civis Para dispensar misericórdia e justiça O Senhor traz para o povo um balizamento de justiça para que todos tenham um parâmetro e tenham os direitos e as obrigações diante da sociedade. Toda responsabilidade está ligada ao conhecimento, o Senhor não traz julgamento desigual, quem tem conhecimento sobre os fatos tem pena maior do que os que não o possuem. Um dos fatores mais interessantes é que o Senhor mostra que até mesmo os israelitas poderiam se tornar escravos de outros israelitas, mas o seu pagamento pela liberdade era com os anos, após 7 anos de trabalho o escravo israelita seria libertado sem custos da mesma maneira que veio, se solteiro voltava solteiro, se com família saia com a família, se casou na escra- vidão sua família não lhe pertencia, mas Deus dava a ele a oportunidade de ficar com sua família sendo escravo pelo resto da vida. A mulher também não poderia ser rejeitada ou ter seus direitos matrimoniais por causa de uma esposa mais jovem, o homem poderia tê-la sem prejuízo dos direitos da anterior. Para respeitar os direitos de propriedade, e das responsa- bilidades sociais Vemos neste capítulo o cuidado de orientar toda uma geração a respeito de todas as obrigações sociais, respeitar os direitos de propriedade, caso houvesse furtos, roubos, assassinatos, lutas pela propriedade, o tratar de cada escravo ou briga entre irmãos, e também devido a uma sociedade onde a valorização da mulher era quase nula, o Senhor preocupou-se em também deixar as orientações necessárias para julgamento entre os irmãos.
  • 30. 30 Com se portar em suas relações sexuais, aqui vemos hoje que muitos destes cuidados vão principalmente pela questão de higiene e a pre- ocupação da não ploriferação de doenças entre o povo, os períodos de abs- tinência de relação entre casais e muitos outros mandamentos a respeito são justamente para que este povo não se tornasse doente e se diferenciasse das outras nações, o Senhor cuida de Seu povo. Se olharmos para as descobertas da atualidade, vemos quantas doenças existem hoje e que se não fossem seguidas estas regras o povo pa- deceria de muitas doenças que o levariam a morte. Acerca do exercício da justiça, a cerca do sábado e das fes- tas anuais Neste capítulo o Senhor traz ao israelita a ordenança de não se vender, não aceitar suborno, não se corromper, não aceitar proprina, não pender seu julgamento para o que lhe oferece mais condições. Naquela época não se tinham conhecimento como o de hoje sobre fazer a recomposição de nutriente do solo mas o Senhor no dá o sen- tido correto, o Senhor exige que as terras de plantio também tenham um ano sabático, ou seja após seis anos de produtividade haveria um ano de descanso para o solo, com isso o solo recupera boa parte de seus nutrientes com a decomposição dos restos das culturas. Quanto ao que festejar o Senhor determina quais são as festas quais os períodos de festividades, para que o povo tenha um tempo de des- canso e que neste tempo de descanso possam cultuar ao Senhor. E quando entrarem na terra de Canaã o Senhor orienta a não se contaminarem com as coisas daquele povo, pois somente mantendo-se pu- ros das contaminações morais e espirituais dos outros povos, o Senhor luta- ria por eles. O TABERNÁCULO – ÊNFASE DA PRESENÇA DE DEUS O plano para o Tabernáculo 1 Disse o SENHOR a Moisés: 2 “Diga aos israelitas que me tragam uma oferta. Receba-a de todo aquele cujo coração o compelir a dar. 3. Estas são as ofer- tas que deverá receber deles: ouro, prata e bronze, 4 fios de tecidos azul, roxo e ver- melho, linho fino, pêlos de cabra, 5 peles de carneiro tingidas de vermelho, couro, madeira de acácia, 6 azeite para iluminação; especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático; 7 pedras de ônix e outras pedras preciosas para serem encravadas no colete sacerdotal e no peitoral. 8 “E farão um santuário para mim, e eu habitarei no meio deles. 9. Façam tudo como eu lhe mostrar, conforme o modelo do tabernáculo e de cada utensílio. Padrão dos móveis
  • 31. 31 Dos versículos 10 – 40, o Senhor dá todas as medidas para cada móvel e utensílio a ser usado dentro do tabernáculo, quais os materiais que teriam que ser empregados na confecção dos mesmos. A riqueza de detalhes nos mostra um Deus detalhista que cuida de cada item por menor ou menos valorizado que possa ser pelos homens, para Deus cada uma das peças são importantes e merecem a devida atenção em sua fabricação. Padrão da parte externa Todo o capítulo 26 nos traz a riqueza de detalhes na confecção de cada item que comporia as paredes do tabernáculo, suas cortinas, arma- ções e o véu que separaria o lugar santo do santo dos santos. No capítulo 27 temos os detalhes de como seria a área externa do tabernáculo, o altar dos holocaustos, o pátio e até que tipo de óleo seria usado nos candelabros. Padrão para os sacerdores e para o culto No capítulo 28 nos traz os detalhes das vestes dos sacedortes e a veste do sumo sacerdote, quais pedras preciosas deveriam ser usadas e quem elas reprensentavam, qual o tamanho que tipo de tecido, vemos neste capítulo mais uma vez o cuidado do Senhor com os detalhes. A qualidade dos produtos a serem levados ao altar para ofertas, sacrifícios ou votos, tinham que ser de alta qualidade, tinham que ser os pri- meiros frutos os melhores para serem levados diante do Senhor. A forma como é feito o sacrifício e quais os animais que são para sacrifício pelos pelos pecados e por gratidão. Punição de Deus para a idolatria do povo Idolatria de Israel e Julgamento Um povo com 400 anos de escravidão em sua história, fica difí- cio tirar isso das lembranças em tão pouco tempo, juntamente com pessoas que querem assumir o poder a qualquer custo, juntando tudo isso tem o resultado do que o Senhor chama de “dura cerviz”. Forçaram a Arão fazer para si uma estátua para ser o deus deles, ignorando todas as manifestações milagrosas do Senhor para eles, queriam algo palpável não conseguiam entender o sobrenatural e a presença e o cui- dado do Senhor de forma invisível. Intercessão de Moisés e misericórdia de Deus caps 32-33 Mas esta desobediência gera punição e o povo A vontade de Deus era exterminar toda aquela nação, mas um homem como Moisés intercede pelo povo, para que este julgamento não seja tão severo.
  • 32. 32 Moisés chama para sí a responsabilidade, e intersede pelo povo e clama para que a presença do Senhor não se afaste do Seu povo, não basta a presença de anjos, mas sim queria a presença do Senhor. Injunção de Deus ao renovar a Aliança cap 34 Deus renova a aliança com os israelitas, mas a partir de agora a imposição é maior, o Senhor se compromete a fazer maravilhas diante do povo, mas existem condições para que a Sua presença permaneça entre eles, e com isso Deus prepara novas tábuas de leis para o povo, no lugar da ante- rior que Moisés havia quebrado diante do bezerro de ouro. Presença de Deus no término do Tabernáculo A congregação supre abundantemente Quando o Senhor deter- mina a construção do Tabernáculo ele elenca todos os materiais, e Moi- sés convoca o povo para trazer estes materiais e toda a necessidade de ma- teriais foram supridas pelo povo. Os artíficies cons- troem magnificamente caps 35 – 39 Disse então Moisés aos israelitas: “O SENHOR escolheu Bezalel, filho de Uri, neto de Hur, da tribo de Judá, 31 e o encheu do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade artística, 32 para desenhar e executar traba- lhos em ouro, prata e bronze, 33 para talhar e lapidar pedras e entalhar madeira para todo tipo de obra artesanal. 34 E concedeu tanto a ele como a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, a habilidade de ensinar os outros. 35 A todos esses deram capacidade para realizar todo tipo de obra como artesãos, projetistas, bordadores de linho fino e de fios de tecidos azul, roxo e vermelho, e como tecelões. Eram capazes de projetar e executar qualquer trabalho artesanal. Deus escolhe as pessoas, e as capacita para fazer as obras e pro- duzir as obras do tabernáculo. O Senhor desce numa nuvem de Glória cap 40 Após levantar o Tabernáculo no dia determinado pelo Senhor, e colocar todos os utensílios e tudo estar no lugar e as cortinas, a presença do Senhor enche o Tabernáculo.
  • 33. 33 LIVRO DE LEVÍTICO TEMA: A necessidade da purificação e da santidade para aproximar-se de Deus ESBOÇO I – COMUNHÃO COM DEUS ATRAVÉS DAS OFERTAS RITUAIS 1 – 17 A – Leis das Ofertas 01 - 07 1 – Ofertas de adoração (Holocausto, Alimento, Paz) 01 - 03 2 – Ofertas de restauração (Pecado e Transgreção) 04 - 06 3 – Oferta pela culpa 07 B – Lei do Sacerdócio 8 - 10 1 – Consagração dos sacerdotes 08 2 – Ministério dos sacerdotes 09 3 – Transgreção dos sacerdotes 10 C – Leis referentes ao povo 11 – 16 1 – Comer apenas carne não imunda 11 2 – Manter corpos limpos 11 - 15 3 – Guarda o dia da Expiação 16 D – Leis referentes ao Altar 17 1 - Único lugar de sacrifício 2 - Devia-se usar unicamente sange sobre ele para a Expiação II – A comunhão com Deus através de uma vida correta 18 - 27 A – Santidade pessoal para todo o povo 18 - 20 B – Exigências severas para o sacerdócio 21 - 22 C – Designação das festas anuais 23 D – Respeito contínuo pelo nome do Senhor 24 E – Regulamentos especiais para a vida em Canaã 25 - 27
  • 34. 34 LEVÍTICO O título: Os hebreus deram-lhe o nome de “Wayyiqra”, devido a sua pri- meira frase “Chamou o Senhor”, que enfatizava o fato de Deus falar do san- tuário. Também se referiam ao livro como a “Lei dos Sacerdotes”. A Septuaginta chamou-o de Levítico (Leutikon), devido a ênfase dada a esse sacerdócio (apesar de os levitas serem mencionados apenas em um texto 25.32-33. Era um manual levítico para o uso sacerdotal). O autor: A autoria de Moisés é confirmada pelo próprio livro pelo fato de o texto declarar cinquenta e seis vezes “Disse o Senhor a Moisés”. Ne- nhum outro livro da Bíblia tem uma confirmação tão acentuada da autoria mosaica como esse. A frase inicial “Chamou o Senhor” mostra uma forte ligação entre Êxodo e Levítico. O Senhor, em Êxodo 40, começa do santuário a instruir a nação. Propósito e aplicação: Assim como Êxodo tem por tema a comunhão que Deus oferece a seu povo mediante sua presença no taberná- culo, Levítico apresenta as leis pelas quais Israel haveria de manter essa co- munhão. O Senhor queria ensinar a seu povo, os hebreus, a santificar-se. A palavra santificação significa apartar-se do mal e dedicar-se ao serviço de Deus. É condição necessária para desfrutar-se da comunhão com Deus. As leis e as instituições de Levítico faziam os israelitas tomar consciência de sua pecaminosidade e de sua necessidade de receber a misericórdia divina; ao mesmo tempo, o sistema de sacrifícios ensinava-lhes que o próprio Deus Provia o meio de expiar seus pecados e de santificar sua vida. Leis das Ofertas Ofertas de adoração (Holocausto, Alimento, Paz). Do capítulo 1 ao 3, o Senhor começa a enumerar e a classificar os tipos de ofertas a serem apresentadas diante dEle, o Senhor determina a qualidade da oferta. Os holocaustos - Levítico 1:3 - Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem defeito; à porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o SENHOR. O hebreu deveria levar um animal macho de gado, deveria ser sem defeito, para ser oferecido em holocausto. "Holocausto" é uma palavra de origem grega que significa "sacrifício pelo fogo".
  • 35. 35 Oferta de cerais: 2.1. Quando alguém fizer oferta de cereais ao Senhor, a sua oferta será de flor de farinha. Flor de farinha: No Velho Testamento, essa classificação não diferia muito da que temos hoje. Nos tempos antigos, o trigo não era processado em moinhos, mas socado em um pilão, o que resultava em uma mistura com muito farelo. A flor de farinha era a denominação dada ao trigo passado em peneira muito fina, resultando numa farinha semelhante a que usamos hoje. É a farinha mais refinada e branca que existe. É um trigo bem moído. É a flor da farinha ou trigo candeal, (espécie da melhor entre os trigos de farinha branca) que corresponde ao latim simola .(sêmola). Flor de farinha é a melhor farinha que se tirava após o processo de trituração do trigo, com este tipo de farinha que Sara fez um bolo e ofe- receu aos anjos que falavam com Abraão e com isso recebeu a bênção de engravidar. Gn 18.6. Oferta Pacífica: - Levítico 3:1 - E se a sua oferta for sacrifício pa- cífico; se a oferecer de gado, macho ou fêmea, a oferecerá sem defeito diante do SENHOR. Levítico 3:6 - E se a sua oferta for de gado miúdo por sacrifício pacífico ao SENHOR, seja macho ou fêmea, sem defeito o oferecerá. Aquilo que eu apresento ao Senhor tem que ter qualidade, tem que ser o melhor, isso estava incultido no viver do hebreu, pois era o dia a dia de cada um deles, o animal que mais tinha valor era o que era da primeira cria, ou seja Deus sempre exigiu a primazia em tudo que fazemos. Ofertas de restauração (Pecado e Transgreção dos sacer- dotes, da congregação e do príncipe) Do capítulo 04 ao 06, Deus mostra que da mesma forma que cada um deve levar sua oferta diante do altar, seja pacífica, seja de cerais, ou pela expiação do pecado, os sacerdotes também passavam por situações pa- recidas, também padeciam dos mesmos desejos, e da mesma forma Deus exigia o sacrifício do sacerdote, da congregação ou do príncipe, isso mostra que os títulos não valem de nada diante do Senhor. Oferta pela culpa No capítulo 7 o Senhor revela o que significa os atos de cada oferta, no versículo 1, Levítico 7:1 - E ESTA é a lei da expiação da culpa; coisa santíssima é. Isso mostra que quando entregamos uma oferta ao Senhor, quem recebe são homens, quem manipula nossa oferta seja ela qual for são homens, mas a partir do momento que esses homens recebem diante do Senhor se tornam coisas santíssimas. Lei do Sacerdócio. Consagração dos sacerdotes:
  • 36. 36 CAPITULO 8 1 - DISSE AINDA O Senhor a Moisés: 2 e 3 - "Reúna Arão e os filhos dele à entrada do Tabernáculo. Junte as roupas deles, o óleo para ser derramado neles, o novilho para ser sacrificado como oferta pelo pecado, os dois carneiros e a cesta de pães sem fermento. E convoque todo o povo de Israel para uma reunião ali." 4 e 5 - Feito isso tudo, Moisés disse à assembléia geral: "O que estou fazendo foi mandado pelo Senhor". E lavou com água Arão e os filhos dele. 7, 8 e 9 - Depois Moisés vestiu Arão com o manto, preso com uma cinta. Por cima, pôs um colete apropriado, e sobre o colete colocou a faixa sacerdotal. Em torno da cintura de Arão, ajustou o cinturão bem trabalhado da faixa sacerdotal. Depois prendeu no peito dele o "Urim" e o "Tumim", usados para decidir questões por sorteio. Pôs um turbante na cabeça dele e, na parte da frente do turbante, prendeu uma fina chapa de ouro, completando com ela a coroa sagrada, como o Senhor tinha mandado Moisés fazer. A responsabilidade de ser o representante do Senhor diante dos homens, é imensa, e não tem como entrar nesse nível sem haver nenhum tipo de sacrifício. Toda consagração de sacerdotes antes da unção deveria haver purificação e sacrifício, deveriam estar limpos humanamente e espiritual- mente. Ministério dos sacerdotes O primeiro sacrifício foi o de separação para o ministério, mas para o início das funções exigia-se mais sacrifícios. Parece maldade, mas isso tem um imenso significado para os hebreus, que seres vivos inocentes teriam seu sangue derramado por causa dos pecados de uma pessoa. CAPÍTULO – 9 1 - AO OITAVO DIA das cerimônias de consagração, Moisés convocou Arão, os filhos dele, e os anciãos dirigentes de Israel. 2 - Moisés disse a Arão que pegasse um bezerro para oferta pelo pecado, e um carneiro para oferta queimada. Advertiu que os dois animais não deviam ter nenhum defeito físico. 3,4 "E diga ao povo de Israel," falou Moisés, "que escolha um bode para oferta pelo pecado; um bezerro e um cordeiro - os dois de um ano de idade e sem defeito físico - para oferta queimada; um boi e um carneiro como oferta de gratidão, em sacrifício feito diante do Senhor; e ainda uma oferta de cereais, preparada com azeite. Porquanto hoje," disse Moisés, "o Senhor aparecerá ao povo de Israel." Transgressão dos sacerdotes CAPITULO 10
  • 37. 37 1 – Aconteceu que Nadabe e Abiú, filhos de Arão, puseram fogo não sagrado nos aparelhos de incenso deles. Puseram incenso nesse fogo impróprio e se apresentaram diante do Senhor com aquele fogo. Fizeram coisa que contrariava as ordens que o Senhor tinha acabado de dar! 2 - O resultado foi que saiu fogo da presença do Senhor e destruiu os dois ali mesmo! 3 - Disse Moisés a Arão: "Aí está o que o Senhor quis dizer quando falou: Eu mesmo terei de ser tratado de modo santo por aqueles que chegam perto de mim, e serei glorificado diante de todo o povo." Arão não disse palavra! Não se brinca com o Senhor, não se brinca com a presença de Jeová, e os filhos de Arão, não levaram isso em consideração, ir a presença de Deus significa respeito e submissão ao Deus Trino e Eterno. Versículo 3. Mostrarei a minha santidade. Oferecimento im- próprio de sacrifício da parte do sacerdote aviltaria a glória de Deus, e esta glória Deus determinara manter. Leis referentes ao povo Comer apenas carne não imunda Analisando as passagens bíblicas notamos que o Senhor, proibiu a alimentação de aves carnívoras e aves que consomem cadáveres, a preocu- pação de nosso Deus era para que ninguém, fosse infectado por alguma do- ença vinda de animais mortos, hoje usaríamos a palavra higiene, sanitarismo, mas o povo naquela época não entenderia estas orientações, então o Senhor utilizava a proibição. Manter corpos limpos: De acordo com pr Macarthur, na pagina 160 em suas notas de rodapé, Deus está ensinando seu povo a viver de forma autêntica. Ele está usando a distinção entre o puro e o imundo a fim de separar Israel dos outros povos idólatras, que não tinham tais restrições e está ilustrando por meio destas restrições, que o povo de aprender a viver da maneira prescrita por Deus. Pelo fato de Jeová ser o seu Deus eles devem ser radicalmente distin- tos e por isso que no versículo 44a Deus declara “Pois eu sou o SENHOR, o Deus de vocês; consagrem-se e sejam santos, porque eu sou santo”. Guarda o dia da Expiação: Diante do Senhor, não se utiliza de ações vexatórias, os dois filhos de Arão, Nadabe e Abiu apresentaram em seus incensários fogo estra- nho ou profano diante do Senhor, no qual imediatamente saiu fogo do altar e os consumiu. O dia da expiação era marcado com ações de ofertas, a começar pelo sacerdote deveriam apresentar um novilho perfeito, o qual seria sacrifi- cado e queimado no altar. O dia da expiação era um dia precioso para os
  • 38. 38 judeus onde eles se santificavam diante do Senhor, era um dia muito aguar- dado por todos. Onde todos os seus pecados eram limpos diante do Senhor através do sacrifiício de animais. Leis referentes ao Altar: Único lugar de sacrifício: O altar é um lugar Santo, na- quele tempo onde havia apenas um tem- plo, todo o sacrifício para ser aceito pelo Senhor, deveria ser trazido diante do altar no templo, qualquer sacrifício feito fora do templo era considerado imundo e ofer- tado aos demônios, por isso que quem o fazia era culpado pelo sangue do animal morto, e por isso seria apedrezado até a morte, pois cometeu loucura diante do Se- nhor. Devia-se usar unicamente sangue sobre ele para a Expia- ção: A vida da carne está no sangue, portanto nenhuma outra oferta teria maior valor do que a vida de um ser vivo ter sido dado em prol de outra, esse era a primeira oferta a dedicação de toda a oferta, após feita a oferta do sangue sobre o altar é que o restante da oferta era apresentada e queimada. A comunhão com Deus através de uma vida correta. Santidade pessoal para todo o povo: Eu sou o Senhor vosso Deus, esta frase é usada mais de 50 vezes e afirma a peculiaridade do único e verdadeiro Deus vivo, que chama a Seu povo para ser santo como Ele. Obedecendo a Deus as bênçãos prometidas eram imensas. A obediência não salva do pecado e do inferno, mas caracteriza aqueles que são salvos. A santificação da família se dava principalmente pela vida dife- rente da vida dos povos que estavam lá, os povos não respeitavam a família, qualquer um se deitava com qualquer outra, pois não havia separação, e o Senhor colocou algumas leis para que o povo fosse diferenciado dos outros, o simples fato de olhar para a nudez de qualquer ente familiar era abominá- vel. Exigências severas para o sacerdócio
  • 39. 39 Ao sacerdote era exigido santificação ainda maior, não poderia se contaminar com nada, nem tocar em cadáveres, isso apenas em caso de familiares, e mesmo assim alguns deles. Pois os sacerdotes tiham direitos diferenciados, mas também suas obrigações eram muito maiores, deveriam ser exemplares em santidade diante do povo, pois refletiam o de mais santo o Senhor. C – Designação das festas anuais As festas solenes ao Senhor são: O Sábado ou o dia de descanso, Capítulo 23.3, o dia de des- canso era a primeira festa do calendário sagrado. Aos israelitas lembrava seu Criador e o fato de que ele descansou de sua obra criadora no sétimo dia. No sétimo descansará para adorar o Senhor, o dia de sábado era dedicado ao Senhor. É a única festa do antigo pacto que se observa no Cristianismo, mas o dia de sua observância foi mudado para o primeiro dia da semana (ver Atos 20:7; II Coríntios 16:2; Apocalipse 1:10). A Páscoa ou pães asmos – Capítulo 23.5-8 – Era uma das três convocações anuais (páscoa, pentecostes, tabernáculos) em que todos os he- breus tinham que ir a Jerusalém. Celebrava a saída do Egito e a redenção pelo Cordeiro Pascal (Êxodo 12. 01, 13.10), portanto era uma das festas mais importante do calendário judaico. Durava 7 dias, durante 6 dias levava-se ofertas ao Senhor, e no primeiro e no sétimo dia não se trabalhava, era ape- nas para se alegrar diante do Senhor relembrando a saída do Egito. Festa das Semanas ou Pentecostes – Capítulo 23. 15 – 21, na época de Jesus chamava-se pentecoste que significa “quinquagésimo” pois caia a sete semanas ou cinquenta dias após a Páscoa, esta festa marcava o fim da colheita do trigo (Êxodo 23.16), nessa festa ofereciam a Deus as pri- mícias do sustento básico Festa da lua nova ou a festa das trombetas: Capítulo 23. 23- 25 – Números 25. 11 – 15, 29. 1-6 – O tocar das trombetas proclamava o começo de cada mês, o qual se chamava lua nova (Num 10. 10), observava- se a lua nova oferecendo sacrifícios pelo pecado e holocaustos acompanha- dos por oblações de presentes (Num 28. 11-15). O dia da Expiação: Capítulo 16 e 23. 26-32. Era a mais impor- tante do calendário judaico, chamava-se yoma, “o dia”, era o ponto culmi- nante de todo o sistema de sacrifícios, era nesse dia que o sumo sacerdote apresentava um sacrifício, relatando todos os pecados de Israel, e pedindo perdão a Deus, seguia os seguintes passos:
  • 40. 40 a) Os preparativos. O povo não devia trabalhar. Deviam afligir suas almas jejuando, demonstrando desse modo humildade e tristeza por seu pecado. b) Aarão fazia uma expiação por seus próprios pecados e pelos dos outros sacerdotes: sacrificava um bezerro e levava o sangue em um vaso. Com um incensado cheio de brasas tomadas do altar do incenso e com os punhos cheios de incenso, entrava no lugar santíssimo. Imediatamente pu- nha o incenso sobre as brasas para que o fumo perfumado cobrisse o propi- ciatório. Assim seus pecados eram cobertos e ele não morria. c) Aarão fazia expiação pelo povo: Os dois bodes escolhidos para o sacrifício já haviam sido trazidos ao tabernáculo. A festa dos tabemáculos: Capítulo 23:33-43. Esse dia era ob- servado no décimo dia do mês de Tisri, havendo santa convocação e jejum. Nenhum trabalho era permitido nesse dia. Esse era o único jejum exigido pela lei de Moisés. Era a última festa do ano e durava 8 dias. Comemorava-se o fim do período de colheita e da peregrinação pelo deserto. Os participantes desta festa construíam cabanas e viviam nelas pelo período da festa lembrando dos anos que haviam morado em tendas, era uma festa alegre. A festa das tendas ou dos tabernáculos nos ensina que é dever do cristão regozijar no Senhor, lembrando-nos sempre da bondade do Se- nhor. O ano sabático: Capítulo 25:1-7 - Ao entrar na terra prometida, os israelitas deviam passar um ano em cada sete sem semear nem colher. A terra devia descansar. O que ela produzisse espontaneamente naquele ano seria para todos, tanto para os animais como para os homens. A cada sete anos os credores tinham que perdoar as dívidas dos devedores nos seis anos anteriores, e os escravos deveriam ser libertos a cada sete anos. O ano do jubileu: Capítulo 25:8-22 - Além de observar o ano sabático, os israelitas deviam celebrar o ano do jubileu, isto é, dois anos se- guidos de descanso cada cinqüenta anos. Deviam apregoar a liberdade aos escravos hebreus, devolver ao dono originário a terra que haviam adquirido dele e perdoar as dívidas dos outros. Assim se punha freio ao desejo desme- dido de acumular bens materiais, e se impedia que houvesse extremos de pobreza e riqueza. D – Respeito contínuo pelo nome do Senhor cap 24
  • 41. 41 No capítulo 24 vemos a exigência da qualidade das ofertas a se- rem apresentadas diante do Senhor, qual o respeito se deveria ter com o santuário, quem deveria cuidade de cada parte do santuário. As lâmpadas deveriam estar sempre acesas durante todo o tempo. O Senhor também traz a todos a visão e o mandamento a res- peito da blasfêmia. Essa não seria permitida em hipótese alguma. Houve um homem que blasfemou o nome do Senhor, levaram diante de Moisés, este buscou resposta ao Senhor que lhe disse: 13 Então o SENHOR disse a Moisés: 14 “Leve o que blasfemou para fora do acampamento. Todos aqueles que o ouviram colocarão as mãos sobre a cabeça dele, e a comunidade toda o apedrejará. 15 Diga aos israelitas: Se alguém amaldiçoar seu Deus, será responsável pelo seu pecado; 16 quem blasfemar o nome do SENHOR terá que ser executado. A comuni- dade toda o apedrejará. Seja estrangeiro, seja natural da terra, se blasfemar o Nome, terá que ser morto. Nos versículos 17 a 22 o Senhor traz a lei sobre o crime de ho- micídio, furto e roubo. O Senhor sempre trazia uma lei justa e de restituição sobre os homens, sejam eles israelitas ou estrangeiros que viviam dentro dos limites da nação de Israel. Regulamentos especiais para a vida em Canaã cap 25 - 27 Nestes capítulos o Senhor traz a orientação e a ordenança a res- peito da terra que estavam a possuir. O Senhor decreta o ano sabático, para que a terra se recupera pelo que iriam trabalhar a terra, por seis anos poderiam trabalhar a terra para ter o que comer, mas no sétimo ano não poderiam trabalhar a terra, deveriam comer do que a terra produzisse, colher e comer sem plantar nada, isso tam- bém nos traz uma realidade de como devemos nos portar, pois trabalhamos muito todos os dias sem preocupar com nossa saúde, nossa vida, temos que ter o um tempo de recuperação temos que ter um tempo para entregarmos nosso tempo ao Senhor e deixar que nossa vida produza tudo o que tem para produzir sem que ninguém precise mexer em nada. No ano do Jubileu cada um deveria voltar para sua propriedade deveriam retornar para sua herança, a terra, a propriedade não deveria ser vendida de forma definitiva, posi a terra pertence ao Senhor, o valor da terra era calculado pela quantidade de colheitas que ele produzirá até o ano do jubileu. A recompensa pela obediência cap 26:
  • 42. 42 3 “Se vocês seguirem os meus decretos e obedecerem aos meus mandamentos, e os colocarem em prática, 4 eu lhes mandarei chuva na estação certa, e a terra dará a sua colheita e as árvores do campo darão o seu fruto. 5 A debulha prosseguirá até a colheita das uvas, e a colheita das uvas prosse- guirá até a época da plantação, e vocês comerão até ficarem satisfeitos e viverão em segurança em sua terra. Neste capítulo o Senhor nos mostra quão bom é ser obediente aos mandamentos do Senhor, Ele cuidará de cada um, a chuva virá no momento certo e na quantidade certa, a fartura e a seguranão estarão ao seu redor, haverá saciedade sobre todas as suas necessidades. 9 “Eu me voltarei para vocês e os farei prolíferos; e os multiplicarei e guardarei a minha aliança com vocês. 10 Vocês ainda estarão comendo da colheita armazenada no ano anterior, quando terão que se livrar dela para dar espaço para a nova colheita. 11 Estabelecerei a minha habitação entre vocês e não os rejeitarei. 12 Andarei entre vocês e serei o seu Deus, e vocês serão o meu povo. 13 Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês, que os tirou da terra do Egito para que não mais fossem escravos deles; quebrei as traves do jugo que os prendia e os fiz andar de cabeça erguida. E ainda contiunua a mostrar ao povo que o Senhor cuidará em todos os sentidos do seu povo, versículo 12 mostra que Deus tem desejo de andar conosco, Ele tem desejo de ser nosso Deus, e tem prazer de nos aben- çoar. O Castigo da Desobediência 14 “Mas, se vocês não me ouvirem e não colocarem em prática todos esses man- damentos, 15 e desprezarem os meus decretos, rejeitarem as minhas ordenanças, deixarem de colocar em prática todos os meus mandamentos e forem infiéis à minha aliança, 16 então assim os tratarei: eu lhes trarei pavor repentino, doenças e febre que lhes tirarão a visão e lhes definharão a vida. Vocês semearão inutilmente, porque os seus inimigos comerão as suas sementes. 17 O meu rosto estará contra vocês, e vocês serão derrotados pelos inimigos; os seus adversários os dominarão, e vocês fugirão mesmo quando ninguém os estiver perseguindo. Mas quando desobedecem, o Senhor também tem uma forma toda específica de nos tratar, mostras que inutilmente trabalharão sem nada ter de benefício daquilo que se dedicou a fazer, pois os inimigos iriam roubar e comer não só o que produziu, mas também suas sementes. E o medo que ficará sobre os desobedientes e mesmos sem es- tarem sendo preseguidos iriam fugir de tanto medo. O Resgate do que pertence ao SENHOR cap 27
  • 43. 43 No cap. 27 temos as instruções relativas aos votos e coisas con- sagradas a Deus, que jamais podem ser retirados, mas pertencem ao Senhor para sempre, simbolizando assim a consagração sob o novo concerto, se- gundo o qual o crente não pertence mais a si mesmo (I Cor 6.19.20; Tt. 2.14).
  • 44. 44 LIVRO DE NÚMEROS Introdução: Título e conteúdo: O título vem da versão grega. Denominou-se Números porque se registram dois recenseamentos: no princípio e no capí- tulo 26. Contudo, os hebreus, deram-lhe o nome “Wayyedabber” (falou o Senhor) e mais frequentemente “Bedmidhbar” (no deserto), reflete melhor o caráter do livro, pois relata a história das peregrinações de Israel desde o Sinai até a chegada à margem esquerda do rio Jordão. Abarca um espaço de quase trinta e nove anos e forma um elo histórico entre os livros de Êxodo e de Josué. Caráter do livro: Números é uma miscelânea de três espécies: acon- tecimentos históricos da peregrinação de Israel no deserto; leis para Israel, de caráter permanente; e regras transitórias válidas para os hebreus até que chegassem a Canaã. A história e as leis vão misturadas em partes aproxima- damente iguais em extensão. As exigências das situações vividas davam ori- gem a novas leis. Considera-se que Números está enfocado para os aspectos de ser- viço e conduta. Myer Pearlman observa: "Em Êxodo vimos Israel redimido; em Levítico vimos Israel em adoração; e agora em Números vemos Israel servindo." Em outras palavras, nos livros de Êxodo e Levítico vemos os ensinos de Deus e em Números vemos Israel aprendendo-os. Autor: A autoria de Moisés é confirmada no próprio livro por sua estreita conexão com Levítico e Deuteronômio, pelas inúmeras informações de que “o Senhor falou a Moisés”, e pelo fato de o Senhor ter ordenado ao legislador que o escrevesse (números 33.2), foi escrito entre os anos de 1444 a 1405 a.C. Esboço: Tema: Preparativos para o serviço na rota do Sinai ao Jordão. I – ORGANIZAÇÃO DA PRIMEIRA GERAÇÃO: A – Primeiro censo e deveres 01 - 04; B – Leis de pureza e separação 05 - 06; C – Preparativos finais para o início da marcha 07 - 10; II – ANARQUIA DA PRIMEIRA GERAÇÃO: A – A rebelião de Israel e rejeição de Deus 1 – O povo despreza o Maná 11; 2 – Miriã e Arão desafiam a Moisés 12; 3 – Israel recusa-se a entrar em Canaã 13; 4 – O Senhor condena aquela geração 14; B – Perigrinação de Israel durante 38 anos. 1 – Admoestação contra os pecados de arrogância 15;
  • 45. 45 2 – Julgamento da rebelião arrogante de Israel 16; 3 – Desafio arrogante a autoridade de Arão 17 - 18; 4 – Pecado arrogante de Moisés e Arão junto a rocha 20; III – REORGANIZAÇÃO DA SEGUNDA GERAÇÃO A – A vitória a caminho do Jordão. 1 – A vitória militar sobre os inimigos pagãos 21; 2 – Vitórias espirituais sobre Moabe e Balaão 22 - 24; B – Conflito com os midianitas e vitória. 1 – Idolatria e imoralidade em Baal-Peor 25; 2 – Segundo censo e elaboração de várias leis 26 - 30; 3 – Midianitas destruídos como exemplo de vitória 31; C – Preparativos finais para entrada em Canaã. 1 – Duas tribos e meia estabelecida na Transjordania 32; 2 – Retrospectiva da jornada e incumbência 33; 3 – Instruções para divisão da terra 34 - 36; ORGANIZAÇÃO DA PRIMEIRA GERAÇÃO: Primeiro censo e deveres cap 01 – 04; NÚMEROS 1 1 - FALOU mais o SENHOR a Moisés no deserto de Sinai, na tenda da congre- gação, no primeiro dia do segundo mês, no segundo ano da sua saída da terra do Egito, dizendo: 2 - Tomai a soma de toda a congregação dos filhos de Israel, segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais, conforme o número dos nomes de todo o homem, cabeça por cabeça; 3 - Da idade de vinte anos para cima, todos os que em Israel podem sair à guerra, a estes contareis segundo os seus exércitos, tu e Arão. No capítulo 01, devido a preparação para a conquista da terra pro- metida, era necessário a Moisés conhecer a quantidade de pessoas prontas para ir a guerra, que naquela época era para os jovens de 20 anos para cima. Havia a necessidade de saber de cada tribo, com quantos homens poderiam contar, somente os levitas não entraram nesta contagem para a guerra, pois eles eram separados para os serviços sagrados, mas também não tinham herança. No capítulo 2, o Senhor começa a separar o povo por tribo, e sepa- ram em acampamentos sob a bandeira de cada tribo, E até em que local deveriam se acampar, a cada tribo foi dado uma obrigação, cada tribo tinha uma função na proteção do tabernáculo. O Senhor separou o povo em quatro acampamentos com 3 tribos em cada acampamento, os quatro acampamentos estavam organizados em esquadra retangular
  • 46. 46 Leis de pureza e separação: Para servir a Deus no deserto o povo tem constante necessidade de purificação. O cap. 5 contém as leis relativas a Vida em comum, a pureza, ao roubo, a inveja; o cap. 6 dá ordenanças para os que se separam do povo para se consagrar ao Senhor. Estando organizado e instruído dessa maneira, o povo pode receber a fórmula da bênção do Senhor. Nm. 6. 24 – 27 “24 - O SENHOR te abençoe e te guarde; 25 - O SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; 26 - O SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz. 27 - Assim porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei.”. Comparar com a bênção apostólica de II Cor 13.13. “13 - A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.” "O Senhor te abençoe e te guarde!” vers. 22 fala dos efeitos do amor de Deus. "O Senhor faça brilhar sua face diante de ti e te dê a paz!" vers 26 é o que nos assegura a comunhão do Espirito Santo. O povo tinha que se santificar, o Senhor não aceitaria um povo man- chado, tinha que ser purificado, o povo tinha que entender que para andar junto com o Senhor, tinha que haver sacríficio e santificação. Consagração do Tabernáculo e preparativos finais para o início da marcha: Em todo o capítulo 7 o povo se prepara levando suas ofertas diárias diante do Senhor, de tudo aquilo que o Senhor lhe havia dado ao saírem do Egito, sempre levado pelo príncipe daquela família. No capítulo 8 inicia, com o acender do candelabro, que mostrava a presença do Senhor, o qual nunca devia se apagar. Após isso a consagração dos levitas e sacerdotes que iriam servir no templo, cada levita foi oferecido ao Senhor como oferta pelos primogênitos de Israel. Os levitas só poderiam servir no templo dos 25 aos 50 anos, após este período saíam e não serviriam mais no templo, o Senhor se preocupava com quem estava trabalhando, o serviço era pesado e para isso precisava de homens fortes e vigorosos. No capítulo 9 o Senhor salienta a comemoração da Páscoa, os judeus eram obrigados e reservar um período em suas atividades para festejarem diante do Senhor pelo livramento que Ele dera a cada quando da saída do Egito. A Páscoa teria que ser festejada com toda a sua família, se houvesse visitantes em sua casa o Senhor ordenara que este também participasse pois
  • 47. 47 era uma festa de regozijo, deviam comer tudo na noite, se o animal fosse muito grande deveriam se juntar ao vizinho, mas na manhã seguinte não deveria sobrar nada, não poderiam quebrar nenhum osso do alimento, o que sobejasse deveria se queimado no fogo até virar cinza. Quando o Tabernáculo foi levantado Nm 9. 15, E no dia em que foi levantado o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do testemunho; e à tarde estava sobre o tabernáculo com uma aparência de fogo até à manhã. O Senhor dá as últimas instruções para a marcha do Seu povo no deserto relembra-lhe, pela celebração da Páscoa, a sua saída milagrosa da terra do Egito; o sacrifício do cordeiro pascal prefigura o Filho dando Sua vida pelo mundo. A nuvem sobre o tabernáculo prova a presença de Deus, que dirige Seu povo como um Pai conduz seus filhos. Depois institui o ser- viço das trombetas de prata, de som estridente; assim os filhos de Israel es- tarão presentes na lembrança do Senhor; não é este o ministério do Espirito Santo em favor dos remidos, que recebem dEle direção para sua vida e vitó- ria nos combates? Resgatados pelo Filho, guiados pelo Pai, sustentados pelo Espirito, os crentes da nova aliança podem vencer no deserto! (Nm 30.9 e II Cr 13.13-17). Levantada a coluna de nuvem, todo o povo se põe em marcha, se- gundo a ordem ministrada, Judá na frente (Judá significa Louvor). O primeiro incidente da viagem não é lisonjeiro para Moisés, ele pede a seu cunhado que lhes sirva de guia. 10.29-32. Israel não tinha um só guia — o próprio Deus? Nisto, Moisés não agiu segundo os estatutos que lhe foram dados no monte. ANARQUIA DA PRIMEIRA GERAÇÃO A rebelião de Israel e rejeição de Deus Primeira murmuração caps 11.1-6 – O povo despreza o Maná: O povo murmura, e isto soa mal aos ouvidos do Senhor. 11.1 O v. 33 do cap. 10 faz crer que as murmurações eram devidas a fa- diga. "O Senhor as ouve e Sua cólera se inflamou”, v.1 comparar At 6.1 Esta murmuração é suscitada por um grupo de pessoas que haviam seguido Israel sem vocação, e que o incitam a reclamar a alimentação do Egito. “A ira do Senhor grandemente se acendeu...” v.10. Que advertência sobre a influência que exercerão sempre os que não são” nascidos de novo” e que, no entanto, querem marchar no meio do povo de Deus, olhando tudo o que ficou para trás!
  • 48. 48 A fé de Moisés fraqueja. Ele se queixa do fardo pesado que repre- senta este povo; o Senhor lhe disse, no entanto "Eu, sou o Deus Todo Po- deroso”. Ex 6.3. Depois da escolha dos setenta homens, disse o Senhor a Moisés:” Eu- tomarei do Espirito que esta sobre ti, e o porei sobre eles”, v. 17. Há aqui um principio que será estabelecido na nova aliança. O que da, não se empobrece, mas se enriquece. Uma bênção espiritual repartida com outros, se multiplica. Lc 10.37. (Comparar Pv 11.25). Segunda murmuração caps 12. - Miriã e Arão desafiam a Moisés. A murmuração de Miriam e Arão contra Moisés é provocada pela inveja. v. 2. O Senhor mostra a gravidade das críticas invejosas contra os servidores de Deus, castigando Miriam com a lepra. A marcha de todo o povo foi retardada por causa do pecado de um só. v. 15. Que ensinamento para a nossa própria marcha no deserto! Terceira murmuração caps 13-15 - Israel recusa-se a entrar em Canaã: Doze espias são enviados para explorar o país de Canaã. Ainda que na Volta, o povo veja em suas mãos os frutos da terra prometida, deixa-se influenciar pelos temores da maioria dos doze. Cap. 13. Toda a assembleia chora e murmura, vencida não pelos gigantes que lhes foram descritos, mas pela dúvida e pela desobediência. Quarta murmuração cap 14 – O Senhor castiga o povo: As consequências são terríveis e o povo é condenado a não entrar na terra prometida até que toda a primeira geração pereça no deserto Nm 14.34. Então, profundamente desolado o povo decide subir ao ataque, ape- sar da advertência de Moisés: "O Senhor não está no meio de vós", Nm. 14.42. Eles se obstinam em subir e são vencidos pelos amalequitas. Este caso ilustra a atitude dos que se dizem crentes e que, por incre- dulidade, permanecem estacionados ou caem mortos no deserto” porque não reclamam o cumprimento das promessas de Deus. Hb. 3.17; Jd 5; Dt 1.30-33; Sl 78.21,22; 106.24,25; e “quando se decidem a combater com suas próprias forças, são privados de Minha presença” diz o Senhor. Nm. 14.34 Mas o Senhor mantém fiel e Seu plano se cumpre. Em previsão de seu cumprimento, Ele dá, no cap. 15, novas ‘ordenanças para o dia "em que entrardes no país que vos dei”. v. 2. Perigrinação de Israel durante 38 anos. Admoestação contra os pecados de arrogância cap 15: A pessoa que achasse que não era necessário seguir os rigores daque- las orientações, e as desprezavam era retirado do meio do povo e apedrejado até a morte.
  • 49. 49 A arrogância de alguns, levaram a muitos repensarem suas atitudes diante do Senhor e diante do povo. Julgamento da rebelião arrogante de Israel cap 16: Coré, achando-se tão bom como Moisés, e inflamado por sua arro- gância, pensando estar desafiando a Moisés, leva a morte a todos quantos acreditaram em suas insinuações, Coré, sua família, e mais 250 homens. Não obstante um fato incomum acontecer, de a terra se abrir tragar a todos e se fechar, mesmo assim o povo se levanta e condena a Moisés e Arão pela morte do povo rebelde, quando Moisés e Arão chegam a tenda a glória do Senhor se manifesta diante deles e pede a eles que se retirem do meio daquele povo pois o Senhor havia se indiganado grandemente contra eles, mas mesmo sendo condenado pelo povo, Moisés pede a Arão colocar fogo no incensário e fazer expiação pelo povo, para que eles não morressem, mas mesmo assim por volta de 14.700 pessoas foram mortas pela praga. Desafio arrogante a autoridade de Arão cap 17 - 18: E para cessar a briga de quem é que teria que estar a frente de povo, o Senhor pede um teste a todas as famílias, cada um deveria trazer uma vara, uma vara por cada família, esta vara é a que eles usavam para cuidar das ovelhas, portanto um pedaço de madeira já seca, e a vara que florece seria da família a qual serviria diante do Senhor no Tebernáculo como sacerdócio, e a única vara que floresceu, não só floresceu como gerou frutos em uma noite apenas foi a de Arão. Pecado arrogante de Moisés e Arão junto a rocha cap 20: Esta murmuração foi provocada pela falta de água. Em resposta ora- ção de Moisés e de Arão, o Senhor faz sair água da rocha. Mas como a feriu ao invés de falar com ela, como o Senhor lhe havia dito, (v.8), Moisés não pode entrar no país da promessa. Considerando que a rocha era um tipo de Cristo, I Cor 10.4., ferido uma vez por nossos pecados, não o deveria ter sido uma segunda vez. Ex 17.1-7; IPe 1 18; Hb 9.28. O povo continuou sua marcha apos ter-se afastado de Edom que lhe fechava o caminho. v. 14-21. O capitulo termina com a narrativa da morte de Arão. REORGANIZAÇÃO DA SEGUNDA GERAÇÃO A vitória a caminho do Jordão. A vitória militar sobre os inimigos pagãos cap21: O povo cananeu ao verem o povo hebreu peregrinando por suas terras, sai em guerra contra eles e os vence e leva alguns presos como escra- vos.