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Entre 1673 e 1682, os bandeirantes paulistas
Manoel de Campos Bicudo e Bartolomeu Bueno da
Silva subiram o rio Cuiabá até a sua confluência
com o rio Coxipó-Mirim, onde acamparam,
denominando o local de São Gonçalo.
No final de 1717, seguindo o mesmo caminho do
seu pai, Antônio Pires de Campos chegou ao
mesmo local, rebatizando-o de
São Gonçalo Velho.
Nessa região, onde hoje vivem ribeirinhos e
ceramistas, encontraram uma aldeia de índios
Bororo. Muitos foram aprisionados em combate e
levados para São Paulo como escravos.
Fonte: Silva & Freitas (2000).
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No encalço de índios
(uma preciosa mercadoria
quando capturado e
escravizado),
que as expedições de
Antônio Pires de Campos
(1718),
seguida da de
Pascoal Moreira Cabral
(1719),
atingiram terras que
pertenceriam, mais tarde,
a Mato Grosso.
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Para organizar o primeiro arraial,
cobrar os impostos em nome da Coroa
portuguesa e estabelecer a justiça, os
mineiros aclamaram como Guarda-
mor, Pascoal Moreira Cabral, que,
inicialmente, ficou à frente dos
trabalhos administrativos e fiscais.
Sua nomeação oficial, dada pelo
Capitão-General da Capitania de São
Paulo – da qual essas novas minas
faziam parte – só ocorreu a 26 de
abril de 1723.
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Quem foi Pascoal Moreira Cabral?
Filho do Coronel Pascoal Moreira Cabral e de Mariana
Leme, nasceu em Sorocaba (SP), no ano de 1654. Desde muito
jovem, Pascoal Moreira Cabral dedicou-se ao sertanismo preador
de índio. Em 1682, já era cabo da bandeira capitaneada por
André Zunega, seu parente. Foi nessa expedição que Pascoal
adentrou, pela primeira vez, em território mato-grossense, na
região de Miranda, atual Mato Grosso do Sul.
Em 1699, capitaneou uma bandeira na região de Curitiba
e, em 1716, seguiu novamente para a região de Miranda, onde
passou dois anos em incursões de aprisionamento de índios.
Alguns anos depois, terminou subindo o rio Paraguai, atingindo o
Cuiabá e, deste, seu afluente, o Coxipó, onde travou violento
combate com os índios Coxiponés.
Eleito Guarda-mor das novas minas descobertas, Moreira
Cabral aqui viveu por muitos anos. Já velho, retirou-se para o
Arraial Velho, às margens do rio Coxipó. Faleceu em 1730, aos 76
anos de idade, e seu corpo foi sepultado na Igreja Matriz do
Senhor Bom Jesus, em Cuiabá.
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A origem de Cuiabá
Pascoal Moreira Cabral enviou,
até a vila de São Paulo, Fernão Dias Falcão,
a fim de levar a boa nova da descoberta de ouro
no arraial de São Gonçalo Velho.
A notícia do novo
achado aurífero
fez acorrer, para
as minas do
Coxipó, grande
quantidade de
pessoas das mais
variadas partes
da Colônia.
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O Arraial da Forquilha e as Lavras do Sutil
O arraial da Forquilha localizava-se na
confluência de dois ribeirões, que, ao juntar-se,
davam continuidade ao rio Coxipó. Daí a origem do
nome do arraial.
Supõe-se que o fundador do arraial tenha sido o
bandeirante Antônio de Almeida Lara, que, em 1720,
estava explorando o rio Coxipó.
Forquilha teve vida efêmera. Manteve-se como
principal arraial das minas cuiabanas por apenas um
ano e meio, quando entrou em plena decadência, após
a descoberta das Lavras do Sutil (1721), na Prainha.
Fonte: Silva & Freitas (2000).
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O Arraial do Senhor de Bom Jesus
A notícia do achado aurífero no
córrego da Prainha
(Lavras do Sutil) fez com que grande
parte dos moradores da Forquilha e
até mesmo do Arraial Velho
passassem a minerar no
córrego da Prainha,
dando nascimento a um pequeno
vilarejo, sob a proteção do
Senhor Bom Jesus.
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As Monções do Sul
Quando os bandeirantes paulistas atingiram
o rio Coxipó, implementando guerra aos índios
Coxiponés, chegaram a pé ou através de
pequenas embarcações, utilizando-se da imensa
rede hidroviária que drena
o centro do continente.
No momento em que a mineração floresceu, às
margens do rio Cuiabá, nasceu ali um arraial onde
foram construídas casas, igrejas, estabelecido
pequeno comércio, tornando-se necessário
regularizar o abastecimento, pois seus habitantes
estavam ocupados somente com a mineração.
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As mercadorias
Os produtos agrícolas de primeira
necessidade, tais como arroz, feijão,
mandioca, farinha de mandioca,
milho, açúcar e cachaça
eram fornecidos por duas localidades
próximas a Cuiabá:
Rio Abaixo (Santo Antônio de Leverger)
e
Serra Acima (Chapada dos Guimarães).
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As monções
Tudo o mais de que necessitavam
chegava através do comércio de maior
porte existente na Capitania de São Paulo,
da qual as minas do Centro-Oeste faziam
parte. De lá, chegavam a Cuiabá:
roupas, bebidas, medicamentos,
ferramentas de trabalho,
alimentos variados,
dentre os quais destacava-se o sal,
produto indispensável ao
bem-estar da população do arraial.
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A ajuda dos índios
Os paulistas adquiriram muita destreza em suas
viagens pelos sertões graças à ajuda dos índios
aliados que, com seus conhecimentos, foram os
grandes mestres e guias dos sertanistas. Os índios
auxiliaram:
• No fabrico das embarcações;
• Como guias nas viagens;
• Na alimentação e na medicina;
• Como conhecedores de outras etnias.
O índio representou, para o bandeirante, não
somente mão-de-obra mas, sobretudo, serviu-lhe
de guia e professor, pois conhecia, como ninguém,
o tão temido e desconhecido sertão Oeste.
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Rodrigo César de Menezes
em Cuiabá
As minas de Cuiabá distanciavam-se da
sede da Capitania, o Povoado, como era
chamada a Vila de São Paulo de Piratininga.
Pensando em estender a administração
portuguesa até as minas cuiabanas que o
governador da Capitania de São Paulo,
Rodrigo Moreira César de Menezes, resolveu,
em meados do ano de 1726, deixar o conforto
da capital paulista e morar, por algum tempo,
em Cuiabá.
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Rodrigo César de Menezes
em Cuiabá
Chegou a Cuiabá em 15 de novembro de
1726, em expedição composta de 308
embarcações e uma tripulação de 3.000
pessoas. A viagem demorou, aproximadamente,
5 meses, desembarcando no porto de Cuiabá.
Em janeiro de 1727, elevou Cuiabá à categoria
de vila, intitulando-a Vila Real do Senhor Bom
Jesus de Cuiabá.
Deixou a Vila Real do Senhor Bom Jesus do
Cuiabá no primeiro semestre de 1728, rumo à
Vila de São Paulo.
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Para aumentar a arrecadação
Com a criação da vila, Rodrigo César de
Menezes deu início ao controle administrativo-fiscal
dessa longínqua zona mineira.
Uma de suas primeiras providências foi
aumentar os impostos, medida que afugentou
muitos moradores de Cuiabá.
Mediante o arrocho fiscal, resolveram, alguns,
ir para Goiás; outros, saíram em busca de novas
minas, sendo que alguns poucos retornaram à Vila
de São Paulo.
Em sua permanência em Cuiabá, Rodrigo César
tratou de garantir a reprodução do modelo colonial,
com as seguintes medidas:
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O quinto nada mais era do que um
imposto cobrado pela coroa
portuguesa e correspondia a 20% ou
1/5 de todo ouro encontrado na
colônia.
Este imposto era cobrado nas Casas
de Fundição, para onde todo o ouro
extraído deveria ser levado,
derretido e colocado em formas
denominadas quinteiros, que
marcavam o ouro.
O ouro quintado era devolvido depois
de descontada a parte devida à Real
Fazenda.
Na capitação, era a quantidade de
escravos matriculados que
determinava o quanto o mineiro iria
pagar em ouro para a Coroa.
Esse tipo de imposto, visava mais ao
combate à sonegação, pois partia-se
da ideia que era mais difícil ao
minerador esconder o escravo que o
ouro extraído.
QUINTO CAPITAÇÃO
A injustiça dessa
forma de cobran-
ça reside no fato
de o imposto
desconsiderar as
diferenças de
rendimento de
cada escravo, em
função da maior
ou menor riqueza
das várias minas
e datas.
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Algumas medidas de Rodrigo
Menezes
Determinou que os impostos sobre o ouro não
mais fossem cobrados por capitação, isto é, por
cabeça, instituindo, em seu lugar, o quinto;
Ordenou que todo o ouro retirado das minas de
Cuiabá deveria ser quintado junto à Casa de
Fundição de São Paulo, ocasião em que, de pó,
seria transformado em barra, da qual se extrairia
20%, a ser enviado para Lisboa;
Criou os postos de Provedor da Fazenda Real e
Provedor dos Quintos, para cuidar das finanças;
Criou o cargo de Ouvidor Geral das minas de
Cuiabá, para cuidar da Justiça.
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A origem da legalização da
propriedade da terra
Rodrigo César de Menezes, antes de ir
embora da Vila Real do Senhor Bom Jesus
de Cuiabá, tratou de regularizar a questão
das terras, fazendo, assim, as primeiras
doações de cartas de sesmaria, concedidas
mediante solicitação daqueles que já
habitavam as terras mato-grossenses,
nelas criando gado ou desenvolvendo
agricultura, e que desejavam titulá-las.
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Trâmite da concessão das sesmarias
1 O colono solicitava, através de ofício,
ao capitão-general, uma certa porção de
terra, alegando os motivos pelos quais a
desejava;
2 O capitão-general concedia, em caráter
provisório, as cartas de doação de
"datas" de terra de sesmaria, enviando o
pedido para o rei de Portugal;
3 Ao rei, cabia expedir a carta definitiva
da sesmaria, através de documento
produzido pelo Conselho Ultramarino.
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Uma curiosidade...
Durante a administração de
Dom Rodrigo César de
Menezes, ficou famoso o
episódio da substituição de
todo o ouro de um caixote
enviado à Lisboa, a título de
arrecadação, por chumbo.
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Em busca de novas jazidas...
• Lavras do Rio Galera (1734) - nos sertões
dos índios Paresi - conquista dos irmãos Paes
de Barros;
• Lavras de Santana (1735) - atual
Nortelândia - descoberta pelos irmãos Paes de
Barros e Fernandes de Abreu;
• Lavras do Brumado e Corumbiara - Guaporé
- pelos irmãos Paes de Barros;
• Minas do Alto Paraguai (1747) - Alto
Paraguai e Diamantino;
• Lavras de Santana e São Francisco Xavier
(1751) - Guaporé.
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Mais uma curiosidade...
Segundo Paulo Pitaluga Costa e Silva
(2000), para chegar ao rio Galera, no
Vale do Guaporé, onde encontraram
novo veio aurífero, os mineiros se
depararam com uma mata espessa,
formada de grossas e altas árvores.
Impressionados com o porte das
árvores, o emaranhado da vegetação
que dificultava a penetração e a
exuberância da floresta, denominaram
a região de Mato Grosso.
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A Capitania de Mato Grosso
A Coroa portuguesa,
considerando a distância das
minas descobertas no extremo
Oeste da Capitania de São Paulo,
resolveu criar uma nova: a de
Mato Grosso, através da Carta
Régia de 9 de março de 1748,
nomeando, para governá-la,
um nobre lusitano,
D. Antônio Rolim de Moura.
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A viagem de
D. Antônio Rolim de Moura
D. Antônio Rolim de Moura saiu de
Portugal em fevereiro de 1749, aportando
em Pernambuco e depois no Rio de
Janeiro. Seguiu para Santos e, em
seguida, passou alguns dias na cidade de
Parati, onde se refez da longa viagem
marítima. De lá, seguiu para São Paulo,
iniciando pelo rio Tietê (5 de agosto de
1750) a viagem para Cuiabá (chegou em
11 de janeiro de 1751).
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As atribuições do 1º governador
da Capitania de Mato Grosso:
• Fundar a capital da nova Capitania no vale do rio
Guaporé.
• Fundar uma aldeia jesuítica para os índios mansos.
• Incentivar a criação de gado (vacum e cavalar).
• Conceder privilégios e isenções de impostos àqueles
que desejassem residir nas imediações da nova
capital.
• Construir, na nova capital, residência para os
capitães-generais.
• Agir com muita diplomacia nas questões de fronteira,
evitando entrar em confronto aberto com os
espanhóis.
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As atribuições do 1º governador
da Capitania de Mato Grosso:
• Tomar cuidado com os ataques dos índios bravios,
especialmente os Paiaguá e Guaicuru.
• Fornecer informações mais precisas sobre a
capitania recém-criada, seus limites e
potencialidades.
• Proibir a extração e comercialização de diamantes.
• Criar uma Companhia de Ordenanças.
• Incentivar a pesca no rio Guaporé.
• Informar sobre a viabilidade de comunicação
fluvial com a Capitania do Grão-Pará.
(Continuação)
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Vila Bela da Santíssima Trindade foi fundada em 1752 por Dom
Antônio Rolim de Moura, para ser a primeira capital de Mato Grosso.
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D. Antônio Rolim de Moura
em Cuiabá
Mandou fundar uma aldeia para os
índios, que foi organizada pelo
Pe. Estêvão de Castro (Jesuíta)
em Chapada dos Guimarães
(Missão de Santana).
Concedeu cartas de sesmaria
aos habitantes de Cuiabá
e circunvizinhanças.
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Construída no ano de
1779, mantêm sua
estrutura conservada
até hoje, apesar de
algumas modificações
internas e externas. É
considerado o único
remanescente barroco
autêntico do estado.
Localiza-se na Praça
Dom Wunibaldo, no
centro de Chapada dos
Guimarães. Conserva
imagens de Santa Ana
do Santíssimo
Sacramento, Santo
Inácio de Loyola e São
Francisco Xavier.
Igreja de Nossa Senhora de Santana
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D. Antônio Rolim de Moura segue
para o Guaporé (final de 1751)
Seguindo à risca as instruções recebidas pela
coroa portuguesa, Dom Antônio Rolim de Moura
escolheu, no vale do rio Guaporé, o local onde
fundou, no ano de 1752, Vila Bela da Santíssima
Trindade, a primeira capital mato-grossense. Ali,
foram instaladas as repartições governamentais,
construído um palácio e uma igreja, assim como
traçadas as ruas que comporiam a capital, de
acordo com uma planta projetada em Portugal.
Para atrair colonos, o governo português estimulou
a migração, oferecendo vantagens para os colonos
que quisessem se fixar na região guaporeana.
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A colonização após a criação
da nova Capitania
Rolim de Moura, hábil diplomata, foi a pessoa responsável pela
manutenção inicial da fronteira Oeste colonial, agindo com muita
astúcia para não melindrar os castelhanos que habitavam as
vizinhas terras de Santa Cruz de la Sierra.
A mesma cautela era utilizada no tratamento aos jesuítas que
mantinham, nessa província, duas missões indígenas: a de Moxos
e a de Chiquitos.3
Por outro lado, Rolim de Moura, de forma sutil e habilidosa,
mandou fundar aldeias jesuítas e instruiu a fixação de colonos na
margem esquerda do rio Guaporé, expandindo ainda mais a
fronteira ocidental.
Dessa movimentação, alguns conflitos ocorreram, porém Rolim
retirou os colonos portugueses estrategicamente, enviando
correspondências com desculpas aos governantes castelhanos,
evitando confronto direto.
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A sociedade matogrossense
no Período Colonial
Homens Livres:
as Elites (fazendeiros, grandes
comerciantes e burocratas do Estado);
a Camada Média (profissionais
liberais, baixo clero, professores,
funcionários públicos, militares, ambos
de médio posto e pequenos
comerciantes);
os Homens Livres Pobres (militares de
baixa ou nenhuma patente; mineiros;
e pequenos agricultores).
Escravos: negros africanos ou seus
descendentes e índios, conhecidos
como “negros da terra”.
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A pobreza na região mineira
A pobreza na sociedade mato-
grossense, visto que a maioria da
população não possuía bens,
permitia que os homens livres
pobres, índios e escravos se
aproximassem, mantendo
relações de ajuda
e de solidariedade.
Essa pobreza nas minas de Cuiabá
era frequentemente agravada
pela falta de alimentos, pois a
maioria da população se
dedicava, majoritariamente, à
mineração.
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Nos primeiros tempos da mineração, quando ela ainda se limitava às
minas de Cuiabá, o número de escravos já era significativo.
Na capital, Vila Bela da Santíssima Trindade, instalada em 1751, a
presença de escravos era enorme.
A Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão era responsável
por grande parte do comércio dos escravos para Vila Bela da Santíssima
Trindade.
Havia um pensamento, nos séculos XVIII e XIX, de que o branco
colonizador não poderia exercer qualquer atividade braçal (mineração,
agricultura e serviços domésticos), cabendo aos escravos fazê-lo. Os
escravos simbolizavam o poder e a riqueza de um indivíduo.
Os escravos africanos exerciam atividades diversas, que iam desde os
trabalhos de mineração, passando pelos agrícolas, domésticas,
condução de tropas, cargueiros e carretos.
Escravos de Eito:
Ligados diretamente ao
sistema produtivo rural,
moravam nas fazendas.
Escravos de Ganho:
Vendiam a produção
dos senhores nos
núcleos urbanos.
Escravos Domésticos:
Dedicavam-se exclusiva-
mente às tarefas domésti-
cas nas casas dos senhores.
A escravidão negra em Mato Grosso.
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A decadência de
Vila Bela da Santíssima Trindade
A capital de Mato Grosso, Vila Bela da
Santíssima Trindade, ao final do Período
Colonial, apresentava-se já decadente,
quase despovoada, uma vez que grande
parte dos comerciantes que ali residiam
migraram para Cuiabá.
Muitos mineiros, frente à exaustão
das lavras auríferas, abandonaram a
região guaporeana.
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A decadência de
Vila Bela da Santíssima Trindade
O clima da região guaporeana também não
era considerado tão saudável quanto o de
Cuiabá, pois as constantes enchentes do rio
Guaporé eram causa de inúmeras doenças,
sendo a principal delas a maleita (malária).
Dois capitães-generais haviam falecido
naquela cidade – João de Albuquerque de
Melo Pereira e Cáceres e Manuel Carlos de
Abreu e Meneses – o que, certamente,
assustou os demais governantes que os
sucederam.
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João Carlos Augusto d'Oeynhausen de
Gravemberg
Foi o penúltimo governador da Capitania mato-
grossense. Seguiu a carreira naval em Portugal
e, no Brasil, foi governador das Capitanias do
Pará e Ceará.
Experiente administrador, hábil político,
conseguiu agradar a população mato-
grossense, especialmente a cuiabana, com a
qual conviveu a maior parte do tempo em que
esteve à frente do governo. Nomeado pela
Carta Régia de 9.07.1806, seguiu do Ceará para
Cuiabá, onde chegou em outubro/1807, tendo
sido recebido com muitas festas.
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Comemorações na chegada
de Oeynhausen
Cuiabá ficou por três noites totalmente
iluminada com lampiões;
Ocorreram várias encenações teatrais;
Durante três dias foram apresentadas as
Cavalhadas (encenação da tomada da
Península Ibérica pelos mouros e sua
restauração pelos cristãos);
Duas noites de bailes populares;
Duas noites de bailes no Palácio do
Governo;
Duas tardes de touradas.
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Oeynhausen parte para Vila Bela
Após essa festiva e divertida
recepção, o oitavo Capitão-general de
Mato Grosso deixou Cuiabá, rumando
para Vila Bela da Santíssima Trindade,
onde assumiu, oficialmente, o governo
da Capitania, a 18 de novembro de
1807.
Um ano depois de sua posse,
retornou a Cuiabá, de onde administrou
até o final dos 11 anos de seu governo.
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Principais ações da administração de Oeynhausen
1 - Criou um Curso Superior de Anatomia, inicialmente, em Vila
Bela da Santíssima Trindade, transferindo-o, mais tarde, para
Cuiabá, onde já existiam hospitais. Mandou publicar o Plano de
Estudos do curso, o qual incluía tanto a parte teórica como a
prática. Esse ato não passou do papel, uma vez que o curso
não chegou sequer a funcionar regularmente em nenhuma das
duas localidades, porém demonstrou a necessidade, em plena
zona Oeste, de médicos e cirurgiões capazes de dar conta e
estudar as doenças tropicais, típicas da Capitania de Mato
Grosso;
2 - Fundou a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, construída
no antigo Bairro do Mundéu, local onde hoje ela ainda existe.
Essa realização somente foi possível por causa de uma
polpuda doação feita, em testamento, pelo português Manuel
Fernandes Guimarães;
3 - Mandou fundar, contíguo à Santa Casa, o Hospital de São
João dos Lázaros, que deveria abrigar e cuidar dos
hansenianos.
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Principais ações da administração de Oeynhausen
4 - Criou, através de subscrição de ações, uma Companhia
de Mineração, a fim de que fossem explorados, de forma
técnica, os metais existentes na Capitania de Mato Grosso;
5 - Enviou dois metalúrgicos mato-grossenses para fazer
estágio junto à Fábrica de Ferro de Ipanema, situada nas
imediações da cidade de Sorocaba (SP);
6 - Fundou a Escola de Aprendizes Marinheiros, em Cuiabá;
7 - Abriu concorrência para a instalação de um sistema
regular de abastecimento de água para Cuiabá, divergindo
as águas do rio Mutuca;
8 - Estimulou o plantio do algodão através de incentivos
àqueles que se dedicassem à sua cultura e beneficiamento,
em toda a Capitania;
9 - Criou a Companhia Franca dos Leais Cuiabanos.
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Essas iniciativas de cunho modernizador e
científico demandaram altos gastos, sem que
houvesse tempo hábil para o retorno de capital.
Assim, Oeynhausen deixou o governo (1819), com um
significativo déficit. Essa situação não foi específica
de sua administração, visto que os governantes
anteriores também reclamavam da pobreza da
Capitania e falta de numerário nos cofres públicos.
De Cuiabá, João Carlos Augusto Oeynhausen de
Gravemberg foi nomeado capitão-general de São
Paulo, onde permaneceu até a abdicação de Dom
Pedro I (1831). Durante o Primeiro Império, foi
agraciado com o título de Marquês de Aracati, tendo
seguido, com o ex-imperador, para Portugal. De lá, foi
nomeado para governar Moçambique, onde faleceu a
28 de março de 1838.
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Francisco de Paula Magessi Tavares de
Carvalho foi o nono e último governador da
Capitania de Mato Grosso. A ele deve Cuiabá a sua
categoria de capital, pois Magessi requisitou do
governo central a mudança da capital de Vila Bela,
alegando haver em Cuiabá condições mais
salutares. Reduzida a tensão geopolítica na
fronteira, podia a administração ter Cuiabá como
sede. Depois da deposição do general Magessi do
governo, a Capitania passou a ser administrada
por duas juntas governativas, uma em Cuiabá e
outra em Vila Bela.
Francisco Magessi
104. www.historiasdomedeiros.blogspot.com
A crise da mineração e as alternativas
econômicas da Província.
A riqueza conseguida com a extração do ouro
durou pouco tempo e começou a se
escassear no fim do século XVIII.
Causas da crise da exploração do ouro:
- escassez das jazidas.
- tecnologia rudimentar.
Consequências da crise da exploração do ouro:
- enrijecimento da fiscalização e a rígida
cobrança de impostos.
- vários incidentes entre os mineradores e
as autoridades portuguesas.
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Concurso SEDUC 2017 - História de Mato Grosso.
Ao fim do século XVIII, o escasseamento das jazidas de ouro foi seguido
pela recuperação das atividades no setor agrícola.
A pecuária, que ocorria no sistema extensivo, estava voltada ao
abastecimento interno. No século XVIII, a fazenda que mais se destacou na
criação do gado foi a Fazenda Jacobina, em Cáceres.
Além das monções (expedições comerciais), o abastecimento das minas se
deu também através do desenvolvimento de uma agricultura de subsistência,
situadas em núcleos populacionais localizados nas proximidades de Cuiabá,
como por exemplo, Serra Acima (Chapada) e Rio Abaixo (Santo Antônio do
Leverger).
Nessas localidades eram produzidos arroz, feijão, milho, mandioca,
entretanto, a cana-de-açúcar foi o produto mais significativo para a
população.
O governo metropolitano tinha como atrativo somente o ouro, e por isso
proibiu a instalação de engenhos na região. Porém a determinação não foi
obedecida, pois a cana-de-açúcar dava aos habitantes o açúcar, que produz
energia para o trabalho, o melado que combate a anemia, que vitimava a
população, e a cachaça que era usada como uma maneira de mitigar o
sofrimento da vida dura no sertão. Assim às margens do rio Cuiabá e em
Serra Acima surgiram os nossos primeiros engenhos.
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Em 25 de março de 1824, entrou em vigor a Constituição
do Império do Brasil.
As Capitanias passaram à denominação de Províncias,
sendo os presidentes nomeados pelo Imperador.
A 10 de setembro de 1825, José Saturnino da Costa
Pereira assumiu o governo:
paralisou o avanço de 600 soldados chiquiteanos
contra a região do Rio Guaporé, em fins de 1825;
criou o Arsenal da Marinha no porto de Cuiabá e o
Jardim Botânico da cidade.
Em 1834, Antônio Pedro Alencastro, presidente da
Província de Mato Grosso, mudou, definitivamente, a
capital para a cidade de Cuiabá.
A 28 de maio de 1834, o também tenente coronel João
Poupino Caldas, assume a presidência da Província. Em
seu governo eclodiu a Rusga.
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O primeiro presidente da Província
de Mato Grosso, nomeado por
Dom Pedro II, foi o cuiabano
cônego José da Silva Magalhães,
que assumiu a 28 de outubro de
1840.
Em 1844, chega a Cuiabá o médico
Dr. Sabino da Rocha Vieira para
cumprir pena no Forte Príncipe da
Beira.
Augusto Leverger assumiu o
governo Provincial a 11 de
fevereiro de 1851. Exerceu a
presidência diversas vezes. Além
de providências notáveis no tempo
da Guerra do Paraguai,
notabilizou-se pela pena de
historiador de Mato Grosso.
Por lei
provincial no 19,
de 28 de agosto
de 1835
foi Cuiabá
definitivamente
efetivada como
Capital da
Província de
Mato Grosso.
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Importante Tratado abriu as
portas do comércio de Mato
Grosso para o progresso:
o de 06 de abril de 1856.
Graças à habilidade diplomática
do Conselheiro Paranhos,
Brasil e Paraguai celebraram o
Tratado da Amizade,
Navegação e Comércio.
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Solano Lopes aprisionou a 12 de
novembro de 1864 o navio brasileiro
Marquês de Olinda, que havia acabado de
deixar o porto de Assunção, conduzindo o
presidente eleito da Província de Mato
Grosso, Frederico Carneiro de Campos.
Começara ali a Guerra do Paraguai, de
funestas lembranças para Mato Grosso.
Em 13 de janeiro de 1865, Leverger partiu
para a Colina Melgaço para preparar as
defesas contra a frota paraguaia que
subia o rio Cuiabá, ameaçando a capital.
Retornando a Cuiabá, Leverger assumiu a
presidência da Província e reorganizou
suas defesas, criando o Corpo de
Voluntários Cuiabanos.
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A Guerra do Paraguai em Mato Grosso
Causas:
Disputa pela hegemonia entre os países platinos.
Interesse expansionista do capital inglês: Livre
Navegação da Bacia Platina; Destruição do Paraguai.
1856: Abertura da Bacia Platina.
1864: Solano Lopes, ditador do Paraguai, buscando uma
saída para o mar resolveu aprisionar o navio brasileiro
“Marquês de Olinda”, que trazia a bordo Francisco
Carneiro de Campos, novo presidente da Província de
Mato Grosso.
1865: Brasil, Argentina e Uruguai formam a Tríplice
Aliança. É declarada a Guerra contra o Paraguai.
Solano Lopes invade o sul de Mato Grosso, toma a cidade
de Corumbá acarretando no bloqueio da Bacia Platina.
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Consequências do durante a guerra para Mato Grosso:
Medo:
- Ataque dos paraguaios.
- Rebelião de escravos.
- Desertores.
- Quilombo do Rio do Manso.
- Entrada da Bolívia no conflito ao lado dos paraguaios.
Fome:
- Aumento dos preços dos alimentos.
- Carência principalmente do sal.
- 1865: Enchente do rio Cuiabá.
- Solução: A Bolívia passa a abastecer Mato Grosso.
Varíola ou Bexiga:
- 1867: Retomada de Corumbá. Neste momento
soldados brasileiros foram conduzidos a Santa Casa de
Misericórdia de Cuiabá com os primeiros sintomas da
varíola.
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Consequências do durante a guerra para Mato Grosso:
Varíola ou Bexiga:
- 1867: Retomada de Corumbá. Neste momento
soldados brasileiros foram conduzidos a Santa Casa de
Misericórdia de Cuiabá com os primeiros sintomas da
varíola.
- A doença não foi diagnosticada a tempo, no que
resultou em um surto epidêmico de varíola.
- Solução: O presidente da Província de Mato Grosso,
Couto de Magalhães estabeleceu as seguintes medidas
para erradicar a doença: Construção do Cemitério de
Nossa Senhora do Carmo (Cae-Cae); Fundação do
Acampamento Couto Magalhães. Em 1868, o surto
epidêmico chegou ao fim.
1870: Fim da Guerra do Paraguai.
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Com o fim da guerra em 1870, houve um novo impulso
no desenvolvimento de Cuiabá, tornando-se um polo
regional, centralizando o comércio de produtos mato-
grossenses e produtos provenientes da Europa.
Neste período, as usinas de açúcar tornaram-
se importantes economicamente e
politicamente para o estado. Do quadro dos
proprietários usineiros saíram vários
governantes de Mato Grosso.
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Movimento notável ocorrido
no Segundo Império foi o da
abolição da escravatura.
Em Mato Grosso, em 23 de
março de 1872, o presidente
da Província, Dr. Francisco
José Cardoso Júnior, libertou
62 escravos, ao comemorar o
aniversário da Constituição
do Império.
Em dezembro do mesmo ano,
foi fundada a “Sociedade
Emancipadora Mato-
Grossense”, sendo
presidente o Barão de
Aguapeí.
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O Partido Republicano Mato-Grossense (PRMG)
Fundado a 12 de agosto de 1888.
Nomeiam-se líderes:
- José da Silva Rondon,
- José Barnabé de Mesquita,
- Vital de Araújo,
- Henrique José Vieira Filho,
- Guilherme Ferreira Garcêz,
- Frutuoso Paes de Campos,
- Manoel Figueiredo Ferreira Mendes.
A notícia da Proclamação da República tomou os
cuiabanos de surpresa a 09 de dezembro de 1889,
trazida pelo comandante do Paquetinho Coxipó, pois
vinte e um dias antes, a 18 de novembro felicitaram Dom
Pedro II por ter saído ileso do atentado de 15 de junho.
Ao findar o Império, a Província de Mato Grosso
abrigava 80.000 habitantes.
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A Rusga
Após a independência do Brasil, nasceram vários
movimentos liberais para instalar um governo com
autonomia nas províncias e em Cuiabá não foi diferente,
e tendo como o principal sentido a reforma das antigas
práticas exercidas pelos portugueses durante o período
colonial.
As elites em Mato Grosso:
Liberais: Sociedade dos Zelosos da Independência
(Moderados e Exaltados). (João Poupino Caldas)
X
Conservadores: Sociedade Filantrópica (Caramurus =
portugueses e outros estrangeiros ligados ao grande
comércio exportador/importador). (Antonio C. da Costa)
127. www.historiasdomedeiros.blogspot.com
A Rusga
No século XIX, conta a história que os nativos cuiabanos
passavam por situação de opressão, abuso de autoridade
e imposição de poder, que eram situações impostas pelos
comerciantes portugueses, que gozavam de todos os
privilégios, regalias e licenciosidades durante o período
regencial.
A Rusga aconteceu no dia 30 de maio de 1834, durante a
tarde a ala dos radicais liberais reuniram no Campo do
Ourique (hoje Praça Moreira Cabral), e esquematizaram
para a noite a maior matança de portugueses já ocorrida
no país até então (o movimento Farroupilha acontece em
1835).
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A Rusga
Entre os considerados como líderes da rusga citamos
alguns revoltosos:
- Pascoal Domingues de Miranda;
- Braz Pereira Mendes;
- José Jacinto de Carvalho;
- Bento Franco de Camargo;
- José Alves Ribeiro;
- Euzébio Luís de Brito;
- Manoel do Nascimento;
- Antonio F. Mendes.
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A Rusga
Após a matança, instalou-se um quadro caótico em
Cuiabá, os revoltosos foram presos e encaminhados para
julgamento, e foi nomeado pelo governo regencial, o Sr.
Antonio Pedro de Alencastro.
João Poupino Caldas, antes de embarcar para o Rio de
Janeiro foi assassinado pelas costas por uma bala de
prata.
Durante esse período ocorreram várias revoltas por todo
o País:
- Cabanagem no Pará;
- Rusga em Cuiabá/MT;
- Farroupilha no Rio Grande do Sul;
- Revolta dos Malês na Bahia;
- Sabinada na Bahia;
- Balaiada no Maranhão.
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Sabinada 1837-1838
Rusga 1834
No geral, podemos
afirmar que as
Revoltas
Regenciais
ocorreram
provocadas pelas
disputas políticas
entre as elites locais,
assim como, pelas
condições sociais e
econômicas de cada
província, que
passavam por um
momento difícil, de
grandes injustiças
sociais.
Revoltas Regenciais
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RUSGA
Contexto: Movimento Social ocorrido em Mato Grosso, no ano de 1834. Essa revolta aconteceu durante
o Período Regencial.
Fatores: Devido à instabilidade política presente no Império, duas sociedades ambicionavam a tomada
do poder provincial. De um lado os políticos liberais defendiam a autonomia política dos provincianos e
as reformas de antigas práticas. Do outro, os portugueses defendiam uma política centralizada e
manutenção de privilégios, respectivamente pela “Sociedade dos Zelosos Indepen-dentes” e “Sociedade
Filantrópica”. Além dos fatores sociais (miséria e desejo de expulsar os portugueses), houve os
econômicos (domínio do comércio) e também os políticos (poder local).
Atores: Liberais (“Sociedade dos Zelosos da Independência”) e conservadores (“Sociedade
Filantrópica”). João Poupino Caldas (Líder Liberal); Antonio Luis Patrício da Silva Manso (Líder
Conservador); o fazendeiro José Alves Ribeiro, o capitão da Guarda Nacional, José Jacinto de
Carvalho, o bacharel Pascoal Domingues de Miranda, o professor de filosofia Braz Pereira Mendes e o
vereador Bento Franco de Camargo; e populares.
Objetivos: Inicialmente, possuía objetivos políticos moderados, mas assumiu caráter violento, pois os
integrantes da Sociedade dos Zelosos da Independência desejavam tomar poder das mãos de seus
adversários (os bicudos). “Bicudo” era um termo depreciativo dirigido aos portugueses que foi
inspirado pelo nome do bandeirante Manuel de Campos Bicudo, primeiro homem branco que se fixou
na região.
Desfecho: Apesar de nenhum dos envolvidos sofrerem algum tipo de punição das autoridades, o clima
de disputa política continuava a se desenvolver em Cuiabá. O último capítulo dessa revolta aconteceu
em 1836, quando João Poupino Caldas, politicamente desprestigiado resolveu deixar a Província. No
exato dia de sua partida um misterioso conspirador o alvejou pelas costas com uma bala de prata. Na
época esse tipo de projétil era especialmente usado para matar alguém considerado traidor.
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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso
A história do Poder Legislativo brasileiro tem início com
a Lei nº. 16, de 12 de agosto de 1834, mais conhecida
como Ato Adicional de 1834 que substituiu os Conselhos
Gerais das Províncias pelas Assembleias Legislativas
Provinciais.
Primeira sede: Rua Pedro Celestino (esquina com Campo Grande).
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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso
Como símbolo do poder descentralizado, a Assembleia
Legislativa de Mato Grosso iniciou seus trabalhos em
grande estilo com sua “Primeira Sessão Solene de
Instalação da Assembleia Legislativa Provincial de Mato
Grosso” realizou-se no dia 3 de julho de 1835, às 13
horas, no "Casarão" da Rua Augusta (hoje Rua Pedro
Celestino), esquina com a Rua da Assembleia (hoje Rua
Campo Grande) no centro comercial de Cuiabá, próximo
da Catedral e do Palácio do Governo.
O Casarão da Rua Augusta testemunha a transição do
regime monárquico hereditário para o republicano.
Abrigou a Assembléia Legislativa por 102 anos (1835 à
1937), aí foi instalado e consolidado o Estado
Democrático de Direito e promulgada as duas primeiras
Constituições do Estado de Mato Grosso: a de 1891 e a
de 1935.
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Os quilombos em Mato Grosso.
O tratamento dado ao escravo – considerado uma
mercadoria – era revestido de extrema violência,
sendo, por qualquer motivo, espancado.
Foi devido a esses maltratos e ao desrespeito como
eram tratados, que surgiram reações, marcadas por
assassinatos de feitores, de trabalhadores livres
brancos e até mesmo de senhores.
Outras vezes, devido aos intensos castigos corporais
e morais, eles fugiam para locais distantes, onde se
encontravam com seus irmãos de sina, os quilombos.
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Nos quilombos se refugiava uma população variada – negra,
índia e branca pobre – que fugindo da opressão vivida,
optavam por viver livremente. A esses fugitivos dava-se o
nome de quilombolas.
Em Mato Grosso, assim como em todo o Brasil, o número de
quilombos foi grande. O mais famoso deles foi o chamado
Quilombo do Piolho ou Quariterê, situado na região do rio
Guaporé, próximo ao rio Piolho, erguido entre 1770/1771. O
quilombo teve como rei João Piolho, e após a sua morte,
ficou sob o comando da viúva, a rainha Tereza de Benguela.
Outro conhecido quilombo foi o de Cansanção, na margem
do rio Manso, no sopé da Serra Azul, na estrada de
Paranatinga.
Os quilombos foram atacados e combatidos pelos
fazendeiros e governantes coloniais. Mesmo assim,
a sua proliferação no território mato-grossense foi uma
realidade presente até a Abolição da Escravatura (1888).
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Os Principais Fatores para a
Proclamação da República:
As três questões: militar, religiosa e
escravista;
O fortalecimento das oligarquias
paulistas (cafeicultores);
A Guerra do Paraguai e o
fortalecimento dos militares;
O Positivismo.
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O Positivismo teve fortes
influências na implantação
da República no Brasil,
tendo como sua
representação máxima, o
emprego da frase
positivista
“Ordem e Progresso”,
extraída da fórmula
máxima do Positivismo:
"O amor por princípio, a
ordem por base, o
progresso por fim", em
plena bandeira brasileira.
A frase tenta passar a
imagem de que cada coisa
em seu devido lugar
conduziria para a perfeita
orientação ética da vida
social.
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...e Mato Grosso?
Ideias republicanas antecedentes:
Rusga (1834) e fundação do Partido
Republicano (1888);
Governo Provisório: Gal. Antônio
Maria Coelho;
Bandeira de Mato Grosso: Decreto
No 2 de 31/01/1890;
Constituição Brasileira de 1891
(promulgada em 25/02/1891).
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O Coronelismo: a disputa pelo
poder local.
O Presidente do Estado de Mato Grosso, Gal.
Antônio Maria Coelho, renunciou. Foi pressionado
pelo Partido Republicano local (Generoso Ponce,
Manuel José Murtinho...);
Eleitos em Mato Grosso: Manoel José Murtinho
(Presidente) e Generoso Paes Leme de Souza
Ponce (Vice-Presidente);
As oligarquias nesse momento:
Norte (usineiros de açúcar)
X
Sul (pecuaristas e ervateiros).
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O Coronelismo: a disputa
pelo poder local.
Manoel J. Murtinho
Generoso Ponce
O Sul depôs à distância o presidente
Manoel José Murtinho, formando uma
Junta Governativa. Líder: Cel. João da
Silva Barbosa.
O Contra Golpe: Apoiados pelo
presidente Floriano Peixoto (que
tinha assumido o poder federal),
Manoel José Murtinho e Generoso
Ponce montam a “Legião Floriano”
e retomam o poder depondo a
Junta Governativa.
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O Governo do Presidente
(do Brasil) Campos Sales
(1898-1902).
Implantação da “Política
dos Governadores”;
Manoel José Murtinho:
membro do Supremo
Tribunal Federal;
Joaquim Murtinho:
Ministro da Fazenda.
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Em Mato Grosso, a continuidade
do Coronelismo e da disputa pelo
poder local.
Dissidência no Partido Republicano e novas
formações oligárquicas;
Os Murtinho e Totó Paes X Generoso Ponce;
Na eleição de 1898 vence João Félix Peixoto
de Azevedo (apoiado por Generoso Ponce),
derrotando José Maria Metelo (apoiado pelos
irmãos Murtinho);
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Formação da “Legião Campos Sales” comandada
por Cel. Totó Paes, que invadiu Cuiabá, cercou a
Assembleia Legislativa e pressionou a mesma,
para anular a eleição;
Em uma nova eleição venceu Antônio Pedro
Alves de Barros (apoiado pelos Murtinho);
A “Divisão Patriótica”: Grupo armado apoiado
por Antonio Pedro Alves de Barros, que
massacrou um reduto oposicionista junto à Usina
Conceição (de João Paes de Barros – irmão de
Totó Paes).
Foram 17 pessoas presas e mortas com traços
de crueldade: o Massacre da Baía do Garcez;
A eleição de 1902: Totó Paes é eleito presidente
do estado de Mato Grosso.
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O Governo de Totó Paes.
Fez editar a primeira Revista cultural: “O Archivo”;
Editou “Vias de Comunicação” de Augusto
Leverger (Barão de Melgaço) descrevendo os
principais rios de Mato Grosso;
Financiou expedições científicas;
Estimulou o comércio (interno e
externo) dos produtos mato-
grossenses;
Participação na Exposição
Internacional da Saint Louis, com
erva-mate, poaia, borracha, couro,
artesanato...
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Refazendo as Formações
Oligárquicas.
Totó Paes X os Murtinho e Generoso Ponce;
Generoso Ponce forma a “Coligação” que faz
oposição a Totó Paes;
Generoso Ponce refugia-se no Paraguai;
Em apoio a Coligação, constituem grupos
armados: “Legião Patriótica” (Norte) e
“Divisão do Sul”;
Cuiabá é sitiada e Totó Paes é assassinado
(1906). O cerco a Totó Paes ficou conhecido
como a “Revolução de 1906”.
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A Caetanada
1916: uma nova composição;
Caetano Manuel de Faria e Albuquerque (eleito em
1915) X o Partido da Coligação (Generoso Ponce e
Pedro Celestino Correa da Costa);
A rivalidade desses grupos levou a formação de um
governo paralelo;
A Caetanada foi esse movimento, caracterizado pela
insistência do Partido da Coligação em constituir um
novo governo e a resistência do presidente Caetano
Albuquerque em permanecer no governo;
O fim do movimento veio em 1917, com a
intervenção federal, através do presidente Wenceslau
Brás, que indicou como interventor para Mato Grosso,
o bispo de Cuiabá, Dom Aquino Corrêa da Costa.
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A Comissão Rondon.
Cândido Mariano da Silva Rondon;
Construção de 17
estações telegráficas
(19001906);
Positivista;
Comunicação
(telégrafo), reconhe-
cimento do territó-
rio, incorporação
dos indígenas à
“civilização”.
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Vargas manda interventores para Mato Grosso:
(1o) Antonio Mena Gonçalves, (2o) Artur Antunes
Maciel e (3o) Leônidas Antero de Matos;
Revolta de Tanque Novo (Poconé): Laurinda
Lacerda Cintra (“Doninha”), beata que dizia ter
visões de uma santa chamada “Jesus, Maria José”
enfrentou os poderes coronelísticos da região;
Em 1932 eclodiu a Revolução Constitucionalista
contra Vargas e em ...;
Campo Grande é implantado um governo
paralelo, comandado por Vespasiano Barbosa
Martins.
Mato Grosso durante a Era Vargas.
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(5o) Fenelon Müller (irmão de Filinto Müller),
ficou apenas 5 meses no governo;
(6o) Newton Cavalcanti, ficou apenas 10 meses
no governo;
Em 1935, Dr. Mário Corrêa da Costa foi eleito,
mas morreu menos de dois anos depois;
Novo interventor: Manuel Ari da Silva Pires.
Em 1937, Vargas implanta o Estado Novo e Júlio
Sttrubing Müller torna-se interventor em Mato
Grosso.
Mato Grosso durante a Era Vargas.
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O Governo de Júlio Sttrubing
Müller.
Modernização de Cuiabá com as seguintes
obras:
Residência dos Governadores,
Tesouro do Estado,
Palácio Arquiepiscopal,
Clube Feminino,
Cine Teatro de Cuiabá,
Grande hotel,
Avenida Getúlio Vargas,
Primeira ponte Cuiabá/Várzea Grande,
Estação de Tratamento de Água,
Primeiro Centro de Saúde.
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A Democratização do País e de
Mato Grosso.
No final de 1945, com o fim do Estado Novo,
assume o governo de mato Grosso, o
Desembargador Olegário Moreira de Barros;
...;
1952, assume o Dr. Fernando
Corrêa da Costa, implantando
reformas administrativas no
estado.
181. www.historiasdomedeiros.blogspot.com
A Democratização do País e de
Mato Grosso.
1956, assume João Ponce de Arruda, que construiu
o Palácio Alencar (sede do Governo do Estado e hoje
sede da Prefeitura Municipal de Cuiabá). Foi durante
o seu governo, que ocorreu o Golpe Militar (1964).
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Mato Grosso durante a Ditadura
Militar (1964-1985).
Conclusão do governo de Fernando Corrêa da Costa;
1966, assume Pedro Pedrossian (eleito);
1971, assume José Fragelli (eleito indiretamente),
que construiu a E. E. Presidente Médici e o Estádio do
Verdão. Durante o seu governo, também forma
implantados vários programas federais de colonização
do Nortão;
1975, assume José Garcia Neto, que governou até a
“divisão do Estado”;
1977 ocorre a criação o estado de Mato Grosso do
Sul.
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Cronologia da divisão do Estado
Final do Século XIX:
Movimento divisionista encabeçado por Barros Cassal e
João Caetano Muzzi, que fundaram o Partido
Autonomista, simbolizado pelas cores azul e branco.
1801:
Nova movimentação divisionista liderada por João
Ferreira Mascarenhas (Jango Mascarenhas).
1932:
Matogrossenses do Sul aderira à Revolução
Constitucionalista de 1932, liderada por São Paulo e, na
movimentação, externaram o desejo de separação. Nessa
ocasião, o General Bertoldo Klinger nomeou o Dr.
Vespasiano Barbosa Martins como governador da parte
Sul.
188. www.historiasdomedeiros.blogspot.com
Cronologia da divisão do Estado
1934:
Vespasiano Barbosa Martins liderou um novo movimento
divisionista, apresentando ao Congresso Nacional o
manifesto “Pela Divisão de Mato Grosso”.
1937:
Nova tentativa divisionista, quando se discutiam os
limites de Mato Grosso com Goiás.
1947:
Tentativa de se introduzir, no texto da Constituição do
Estado de Mato Grosso, um dispositivo que possibilitava a
mudança da capital de Cuiabá para outra cidade.
Década de 1950:
Apresentação de vários manifestos à Câmara de
Deputados, de cunho divisionista.
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Cronologia da divisão do Estado
1959:
Intensificação da campanha divisionista, por ocasião da
posse de Jânio Quadros, nascido no Sul de Mato Grosso,
na Presidência da República.
1963:
Circulação do “Manifesto Pró-divisão do Estado de Mato
Grosso”, assinado por personalidades tanto do Sul como
do Norte de Mato Grosso.
1975:
Renasceram as ideias divisionistas, por ocasião da
discussão dos limites de Mato Grosso com Goiás.
1977:
11 de outubro: criou-se o Estado de Mato Grosso do Sul.
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11 de Outubro de 1977
O Presidente Ernesto Geisel assina a lei de
criação do estado de Mato Grosso do Sul.
11 de Outubro de 1977
O Presidente Ernesto Geisel assina a lei de
criação do estado de Mato Grosso do Sul.
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Os governadores de Mato Grosso.
MT Governador Início Término
1 Antônio Maria Coelho 9 de dezembro de 1889 15 de fevereiro de 1891
2 Frederico Solon de Sampaio Ribeiro 16 de fevereiro de 1891 31 de março de 1891
3 José da Silva Rondon 1º de abril de 1891 5 de junho de 1891
4 João Nepomuceno de Medeiros Mallet 6 de junho de 1891 16 de agosto de 1891
5 Manuel José Murtinho 16 de agosto de 1891 15 de agosto de 1895
6 Antônio Correia da Costa 15 de agosto de 1895 26 de janeiro de 1898
7 Antônio Cesário de Figueiredo 26 de janeiro de 1898 10 de abril de 1899
8 João Pedro Xavier Câmara 10 de abril de 1899 6 de julho de 1899
9 Antônio Leite de Figueiredo 6 de julho de 1899 15 de agosto de 1899
10 Antônio Pedro Alves de Barros 15 de agosto de 1899 15 de agosto de 1903
11
Antônio Pais de Barros, barão de
Piracicaba
15 de agosto de 1903 2 de julho de 1906
12 Pedro Leite Osório 2 de julho de 1906 15 de agosto de 1907
13 Generoso Paes Leme de Sousa Ponce 15 de agosto de 1907 12 de outubro de 1908
14 Pedro Celestino Correia da Costa 12 de outubro de 1908 15 de agosto de 1911
15 Joaquim Augusto da Costa Marques 15 de agosto de 1911 15 de agosto de 1915
16
Caetano Manuel de Faria e
Albuquerque
15 de agosto de 1915 8 de fevereiro de 1917
17 Camilo Soares de Moura 9 de fevereiro de 1917 22 de agosto de 1917
18 Cipriano da Costa Ferreira 23 de agosto de 1917 21 de janeiro de 1918
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MT Governador Início Término
19 Francisco de Aquino Correia 22 de janeiro de 1918 21 de janeiro de 1922
20 Pedro Celestino Correia da Costa 22 de janeiro de 1922 24 de outubro de 1924
21 Estêvão Alves Correia 25 de outubro de 1924 22 de janeiro de 1926
22 Mário Correia da Costa 22 de janeiro de 1926 21 de janeiro de 1930
23 Aníbal Benício de Toledo 22 de janeiro de 1930 30 de outubro de 1930
24 Sebastião Rabelo Leite 30 de outubro de 1930 3 de novembro de 1930
25 Antônio Mena Gonçalves 3 de novembro de 1930 24 de abril de 1931
26 Artur Antunes Maciel 24 de abril de 1931 15 de junho de 1932
27 Leônidas Antero de Matos 15 de junho de 1932 12 de outubro de 1934
28 César de Mesquita Serva 12 de outubro de 1934 8 de março de 1935
29 Fenelon Muller 8 de março de 1935 28 de agosto de 1935
30 Newton Deschamps Cavalcanti 28 de agosto de 1935 7 de setembro de 1935
31 Mário Correia da Costa 7 de setembro de 1935 8 de março de 1937
32 Manuel Ari da Silva Pires 9 de março de 1937 13 de setembro de 1937
33 Júlio Strubing Muller 13 de setembro de 1937 30 de outubro de 1945
34 Olegário Moreira de Barros 30 de outubro de 1945 19 de agosto de 1946
35 José Marcelo Moreira 19 de agosto de 1946 8 de abril de 1947
36 Arnaldo Estêvão de Figueiredo 8 de abril de 1947 1º de julho de 1950
37 Jari Gomes 1º de julho de 1950 31 de janeiro de 1951
38 Fernando Corrêa da Costa 31 de janeiro de 1951 31 de janeiro de 1956
39 João Ponce de Arruda 31 de janeiro de 1956 31 de janeiro de 1961
40 Fernando Corrêa da Costa 31 de janeiro de 1961 31 de janeiro de 1966
41 Pedro Pedrossian 31 de janeiro de 1966 15 de março de 1971
42 José Manuel Fontanillas Fragelli 15 de março de 1971 15 de março de 1975
42 José Garcia Neto 15 de março de 1975 15 de agosto de 1978
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MT Governador Início Término
43 Cássio Leite de Barros 15 de agosto de 1978 15 de março de 1979
44 Frederico Carlos Soares Campos 15 de março de 1979 15 de março de 1983
45 Júlio José de Campos 15 de março de 1983 15 de maio de 1986
46 Wilmar Peres de Faria 15 de maio de 1986 15 de março de 1987
47 Carlos Gomes Bezerra 15 de março de 1987 2 de abril de 1990
48 Edison Freitas de Oliveira 2 de abril de 1990 15 de março de 1991
49 Jaime Veríssimo de Campos DEM 15 de março de 1991 1º de janeiro de 1995
50 Dante Martins de Oliveira PDT 1º de janeiro de 1995 1º de janeiro de 1999
— Dante Martins de Oliveira (reeleito) PSDB 1º de janeiro de 1999 6 de abril de 2002
51 José Rogério Salles PSDB 6 de abril de 2002 1º de janeiro de 2003
52 Blairo Borges Maggi PPS 1º de janeiro de 2003 1º de janeiro de 2007
— Blairo Borges Maggi (reeleito) PPS 1º de janeiro de 2007 31 de março de 2010
53 Silval da Cunha Barbosa PMDB 31 de março de 2010 1º de janeiro de 2011
— Silval da Cunha Barbosa PMDB 1º de janeiro de 2011 1º de janeiro de 2015
54 José Pedro Gonçalves Taques PDTPSDB 1º de janeiro de 2015 1º de janeiro de 2019*
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Mato Grosso Após a Divisão.
Mato Grosso cresce;
Governadores:
Cássio Leite de Barros,
Frederico Campos,
Júlio Campos,
Carlos Bezera,
Dante de Oliveira,
Blairo Maggi,
Silval Barbosa,
Pedro Taques.
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Política fundiária e as tensões
sociais no campo.
Mato Grosso: um território de alta concentração fundiária.
Poucas experiências bem sucedidas de Reforma Agrária.
Inúmeras tensões: ameaças,
incêndios, emboscadas,
assassinatos, etc.
A Constituição Federal (1988)
garante a desapropriação do
imóvel rural que não esteja
cumprindo sua “função social”.
Porém, os governantes –
comprometidos com os
latifundiários – pouco cumprem
esse dispositivo.
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Mato Grosso atual, algumas informações...
Devido o crescimento econômico propiciado pelas exportações
propiciado pelas exportações, Mato Grosso tornou-se um dos
principais produtores e exportadores de soja do Brasil.
Entre os 10 municípios mais ricos do Centro-Oeste, 8 são de
Mato Grosso, com destaque para Alto Taquari, Campos de Júlio
e Sapezal, que possuem os três maiores PIBs per capita da
mesorregião, e Cuiabá, que é sede de 8 empresas de grande
porte, mesma quantidade que Belém e Florianópolis e maior
número que em Campo Grande.
É um dos maiores estados em relação à exploração de
minérios.
As cidades mais importantes são Cuiabá, Várzea Grande,
Rondonópolis, Barra do Garças, Sinop, Tangará da Serra,
Cáceres e Sorriso.
Mato Grosso ocupa a 9ª posição do IDH entre os estados do
Brasil.