DISTÚRBIOS MENTAIS E SUAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO, VISÃO HOLÍSTICA DO SER HUMANO, DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS, E PSICOPATOLOGIA.pptx
1. Docente: Joice Lima
DISTÚRBIOS MENTAIS E SUAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO, VISÃO HOLÍSTICA
DO SER HUMANO, DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS, E PSICOPATOLOGIA
2. Medidas de prevenção de distúrbios mentais
A importância da saúde mental é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) e está refletida na definição de saúde como sendo não apenas a ausência de
doença ou enfermidade, mas como “um estado de completo bem-estar físico,
mental e social”.
Falar de prevenção em saúde mental é algo bastante complexo, pois atualmente,
mesmo com o avanço das neurociências, não é possível a prevenção de muitos dos
transtornos psiquiátricos.
3. De acordo com a OMS (2006), a prevenção e o tratamento adequados de certos
transtornos mentais e comportamentais, por exemplo, podem reduzir os índices
de suicídio, sejam essas intervenções orientadas para indivíduos, famílias, escolas
ou outros setores da comunidade em geral.
O reconhecimento e o tratamento precoce de:
Depressão;
dependência do álcool;
Esquizofrenia.
Por exemplo, são estratégias importantes, principalmente na prevenção do
suicídio.
4. Atualmente, preconizam-se políticas de saúde mental que exijam a formação de
profissionais que visem oferecer assistência apropriada em todos os níveis da atenção de
saúde.
Prevenção primária na saúde mental deve ser estabelecida por meio de uma
abordagem educativa e reguladora, com o objetivo de evitar hábitos que possam
favorecer o aparecimento de alguns transtornos mentais.
Prevenção secundária deve ser realizada por meio da detecção precoce dos transtornos
mentais e da realização de diagnóstico diferencial nos pacientes, promovendo
abordagens terapêuticas mais efetivas.
Prevenção terciaria é realizada com o objetivo de se evitar a progressão da doença,
evitar ou diminuir suas complicações, incapacidades, sequelas, sofrimento ou ansiedade,
morte precoce, promover a adaptação do paciente às situações incuráveis e prevenir
recorrências da doença, controlando-a de maneira adequada.
5. o Pode-se perceber que a prevenção faz parte do elenco de cuidados em saúde
mental que devem ser oferecidos à população pelo estados e municípios.
o Sabe-se também que o modelo de assistência em saúde mental deve obedecer a
estes princípios e diretrizes do SUS.
o Mas lamentavelmente, não se atribui à saúde mental a mesma importância dada
à saúde física.
6. Caraterísticas do ser humano dentro da visão holística
A visão holística da saúde considera a pessoa como um todo: Corpo, mente,
espírito e suas interações com o mundo, para investigar as causas de uma doença
e encontrar sua cura.
A palavra Holismo deriva do grego ‘holos’, que significa inteiro ou todo. O termo
foi criado por Jan Smuts.
Smuts define o conceito
de holismo como:
“A tendência da natureza,
através de evolução
criativa, é a de formar
qualquer ‘todo’ como
sendo maior que a soma
de suas partes”.
7. Na área da saúde, essa ideia diz respeito a tratar a causa profunda das doenças e não
simplesmente se ater aos seus sintomas ou manifestações físicas. Mas o que isso quer
dizer?
Uma pessoa com dor de cabeça pode simplesmente tomar um analgésico e o incômodo
vai, correto? Mas será que a dor vai realmente embora? ou voltará em algum momento?
Segundo a visão holística da saúde, se essa pessoa focar em mudar o que está causando
a dor de cabeça, em uma investigação que constituem essa pessoa: físico, emocional,
mental, social e espiritual, aí sim a verdadeira cura acontece.
8. Segundo a teoria holística, 5 aspectos de um ser humano trabalham juntos para facilitar
o bem-estar que leva a uma saúde ideal:
Aspecto Físico: É o que a maioria das pessoas lembra quando pensa em saúde. Isso
ocorre principalmente porque é o corpo físico que muitas vezes nos mostra sinais e
sintomas físicos de saúde ótima ou não.
Aspecto Emocional: Refere-se principalmente ao nosso humor e emoções diárias.
Nossa saúde emocional é tão importante quanto nossa saúde física – especialmente
porque ela pode afetar nossa saúde física se não for priorizada.
9. Aspecto Social: Diz respeito às conexões que temos com nossos amigos, família,
colegas de trabalho e comunidade.
Aspecto Espiritual: Bem-estar espiritual não significa necessariamente religiosidade,
embora os dois geralmente tenham práticas e princípios que se sobrepõem. A saúde
espiritual se concentra em como você está se conectando com sua alma interior e com
o mundo maior ao seu redor.
Aspecto Mental: Nossa saúde mental se refere às nossas habilidades cognitivas que
afetam o funcionamento do cérebro. Este último aspecto da saúde holística muitas
vezes se sobrepõe à nossa saúde emocional e física.
10. 5 práticas de prevenção para apoiar os ASPECTOS da saúde holística:
Aspectos Físico: Dormir bem; alimentação saudável; Praticar atividade física; não fumar e
evitar o consumo excessivo de álcool.
Aspecto Emocional: Procurar terapia quando necessário; praticar mindfulness e meditação;
gerencie seu estresse; registre seus pensamentos e sentimentos; faça listas com o que você
é grato, para cultivar a positividade.
Aspecto Social: Reserve um tempo para estar com as pessoas que gosta; Participe de sua
comunidade local; Defina limites em sua relação com as pessoas, para se livrar de energias
tóxicas.
11. Aspecto Espiritual: Passe algum tempo na natureza; Passe alguns minutos por dia
meditando; caso seja religioso, reserve um tempo para praticar sua fé.
Aspecto Mental: Mantenha sua mente ativa, adotando práticas que desafiem seu
cérebro; Consuma alimentos bons para a mente, como os ricos em antioxidantes e
ômega-3; Evite beber, fumar e consumir drogas recreativas em excesso.
12. TRANSTORNOS MENTAIS MAIS COMUNS
Os diagnósticos de transtornos mentais são bastante comuns atualmente e todo
mundo sabe ou já ouviu falar sobre o que é depressão, ansiedade, bulimia, e assim
por diante.
Os transtornos mentais são disfunções da nossa atividade cerebral que podem
afetar o nosso humor, comportamento, raciocínio e até mesmo a forma de
aprendizado e maneira de nos comunicarmos
13. Há diversos transtornos mentais que são classificados em tipos. Mas, quais são os
transtornos mais comuns?
Transtornos de Ansiedade
Ansiedade é uma reação normal que temos quando estamos diante de situações de
estresse e incerteza.
Uma pessoa com transtorno de ansiedade pode ter dificuldades em diferentes áreas da
vida: nos relacionamentos sociais e familiares, no trabalho, na escola, etc.
Existem diferentes tipos de transtornos de ansiedade
Ataque de Pânico: É um súbito início de medo ou de terror intenso, muitas vezes, vem
associado com sentimentos de morte iminente. Os sintomas incluem falta de ar,
palpitações, dor no peito e desconforto.
14. Transtornos Fóbicos: A pessoa que sofre uma fobia não é capaz de controlar o
medo. Geralmente acabam desenvolvendo um comportamento de evitação.
Existem diferentes estímulos fóbicos que desencadeiam esse medo irracional:
viajar de avião, dirigir um carro, elevadores, palhaços, dentistas, sangue,
tempestades, etc.
Fobia social: É um transtorno de ansiedade, e não deve ser confundido com
timidez. Se trata de um forte medo irracional de situações de interação social.
Quem sofre deste distúrbio simplesmente não conseguem fazer apresentações em
público, comer em restaurantes ou na frente de alguém, ir a eventos sociais,
conhecer novas pessoas.
15. Agorafobia: É geralmente definida pelo medo irracional de espaços abertos, como
grandes avenidas, parques e ambientes naturais. Mas essa definição não está
inteiramente correta. Na realidade o estímulo fóbico ocorre por meio do medo
irracional de ter um ataque de ansiedade nesses lugares.
Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): Ocorre quando a pessoa foi exposta a
um evento traumático que lhe causou uma experiência psicológica estressante ou de
incapacidade. Os sintomas incluem pesadelos, sentimentos de raiva, irritabilidade,
cansaço emocional, isolamento, entre outros e, geralmente ocorrem quando a
pessoa revive o evento traumático.
16. Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): É uma condição na qual o indivíduo
experimenta pensamentos, idéias ou imagens intrusivas. Os pensamentos que
causam sofrimento (obsessões) fazem com que a pessoa realize certos rituais ou
ações (compulsões) para reduzir a ansiedade e se sentir melhor.
Transtorno de Ansiedade Generalizada: Esse transtorno se caracteriza pela
preocupação e ansiedade crônica. É como se você sempre tivesse algo para se
preocupar: possíveis problemas na escola, no trabalho ou no relacionamento, um
possível acidente quando sair de casa, etc.
17. Transtorno de Humor
Existem diferentes tipos de transtorno de humor e, como o próprio nome sugere, sua
principal característica é a alteração de humor do indivíduo. Os mais comuns são:
Transtorno Bipolar: Pode afetar a forma como uma pessoa se sente, pensa e age. É
caracterizado pelas alterações de humor exageradas e vai muito além de uma simples
mudança de humor ou uma instabilidade emocional. Podem durar dias, semanas ou
meses, prejudicando seriamente o trabalho e as relações sociais da pessoa.
Transtorno depressivo: Muitas pessoas se sentem deprimidas em alguns momentos de
suas vidas. Sentimentos de decepção, frustração e até mesmo de desespero são
normais diante de uma decepção e podem durar vários dias antes de ir desaparecendo
gradualmente. A depressão e afeta a maneira como uma pessoa se sente, pensa e age.
Pode causar tanto sintomas físicos como psicológicos. Por exemplo: problemas de
digestão, problemas de sono, mal-estar, fadiga, etc.
18. Transtorno Alimentar
A maioria dos transtornos alimentares envolve o foco excessivo no peso, no formato do
corpo e nos alimentos, levando a comportamentos alimentares perigosos. Existem
diferentes tipos de transtornos alimentares. Os mais comuns são:
Anorexia Nervosa: Se caracteriza pela obsessão do controle da quantidade de comida
que se consume. Um de seus sintomas mais característico é a distorção da imagem
corporal. Pessoas que sofrem de anorexia restringem a ingestão de alimentos fazendo
dietas, jejuns e até mesmo exercícios físicos excessivos.
19. Bulimia Nervosa: É um transtorno do comportamento alimentar caracterizado por
padrões alimentares anormais, com episódios de ingestão de alimentos em massa,
seguido por manobras que procuram eliminar as calorias (indução de vômitos, laxante,
etc.). Após esses episódios, é comum que a pessoa se sinta triste, mal humorada e tenha
sentimentos de auto compaixão.
Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica: É uma doença grave onde a pessoa
consome com frequência grandes quantidades de alimentos e só depois se dá conta de
que perdeu completamente o controle durante a compulsão. Depois de comer em
excesso, a pessoa se sente ansiosa e angustiada e daí aparece a preocupação com o peso.
20. Transtornos Psicóticos
São psicopatologias graves em que as pessoas perdem o contato com a realidade. Dois
dos principais sintomas são:
Delírios são crenças falsas, como a ideia de que alguém está seguindo.
Alucinações são percepções falsas, tais como ouvir, ver ou sentir algo que não
existe.
Transtorno Delirante: Transtorno delirante ou paranoia é um transtorno psicótico
caracterizado por uma ou várias ideias delirantes. Onde essas pessoas estão
totalmente convencidas de coisas que não são verdadeiras. Por exemplo, que
alguém lhes persegue para prejudicá-los.
Esquizofrenia: É outro transtorno psicótico, mas neste caso, a pessoa sofre
alucinações e pensamentos perturbantes que a isolam de atividades sociais. A
esquizofrenia é uma doença muito grave, mas há tratamentos bastante eficazes
para que esses pacientes possam desfrutar sua vida da melhor forma possível.
21. Transtornos de personalidade
Um transtorno de personalidade é um padrão rígido e permanente no comportamento de
uma pessoa, que gera desconforto, dificuldades em seus relacionamentos e em tudo a sua
volta.
Os transtornos de personalidade começam na adolescência ou início da idade adulta.
Os mais comuns são:
Transtorno Personalidade Borderline (TPB): Se caracteriza por uma personalidade fraca,
que muda continuamente e duvida de tudo. Os momentos de calma podem se tornar,
instantaneamente, em momentos de raiva, ansiedade ou desespero.
Transtorno de Personalidade Anti-Social (TPAS): Conhecido como psicopatia ou sociopatia,
se caracteriza pela tendência de não interagir na sociedade, as pessoas afetadas por esse
transtorno tendem a serem tímidas, deprimidas ou depressivas e sentem ansiedade social
devido ao medo de serem rejeitadas.
22. Dependências Químicas
Dependência química é definida como uma doença multicausal, que necessita de
tratamento clínico, farmacológico e de abordagem psicossocial, que englobe as
necessidades de saúde do usuário e de sua família.
Categoriza dependência química como uma doença crônica e recorrente, com presença
de transtornos por uso de substâncias, sendo notável a complexidade da patologia, uma
vez que esta engloba características físicas mentais e sociais..
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 10% da
população mundial, que vive nos grandes centros urbanos, abusam de algum tipo de
substância psicoativa.
23. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM – IV), o abuso ou a
dependência pode ser indicado por um padrão mal adaptativo de uso de substância, que
leva a um prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo, manifestado pelos seguintes
critérios e ocorre a qualquer momento em um período de 12 meses.
Tolerância definida por
qualquer um dos seguintes
aspectos: Necessidade de
quantidades maiores da
substância; redução do
efeito com o uso
continuado da mesma
quantidade da substância.
Síndrome de abstinência,
manifestada por qualquer
dos seguintes aspectos:
Abstinência característica
para a substância; a
mesma substância é
consumida para aliviar ou
evitar sintomas de
abstinência.
24. Existe um desejo
persistente ou esforços
malsucedidos no sentido
de reduzir ou controlar o
uso da substância.
A substância é
frequentemente
consumida em maiores
quantidades ou por um
período de tempo mais
longo do que o
pretendido.
Importantes atividades
sociais, ocupacionais ou
recreativas são
abandonadas ou
reduzidas em virtude do
uso da substância.
25. Drogas Depressoras
São as drogas que diminuem a atividade do cérebro, ou seja, deprimem seu funcionamento.
A pessoa que faz uso desse tipo de droga fica “desligada”, “devagar”, desinteressada pelas
coisas. essas drogas são chamadas de Depressoras da Atividade do Sistema Nervoso Central.
Álcool Etílico: Fermentados (vinho, cerveja); Destilados (pinga, uísque, vodca).
O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até
incentivado pela sociedade.
Alguns sinais da dependência do álcool são: Necessidade de beber maiores quantidades
de álcool; aumento da importância do álcool na vida da pessoa; síndrome de abstinência;
e aumento da ingestão de álcool para aliviar essa síndrome.
26. Doenças desenvolvidas pelo consumo do álcool: Relacionadas ao fígado (hepatite
alcoólica e cirrose); Aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção e
pancreatite); Sistema cardiovascular (hipertensão e problemas cardíacos); Polineurite
alcoólica, caracterizada por dor, formigamento e cãibras nos membros inferiores.
Delirium Tremens começa geralmente de dois a três dias depois da última ingestão de
álcool, sua intensidade de pico normalmente alcança quatro a cinco dias.
Essa condição causa alterações perigosas na respiração, na circulação e
no controle de temperatura. Pode fazer o coração bater muito rápido ou pode fazer
a pressão sanguínea aumentar dramaticamente causando desidratação perigosa.
O delirium tremens também pode reduzir temporariamente a quantidade
de fluxo de sangue ao cérebro causando confusão mental, desorientação, perda de
consciência, comportamento agressivo, convicções irracionais, sudorese, perturbações
do sono e alucinações.
27. Solventes ou Inalantes: Cola de sapateiro, esmalte, lança-perfume e acetona.
O início dos efeitos, após a aspiração, é bastante rápido, no máximo em 15 a 40 minutos já
desaparecem; assim, o usuário repete as aspirações várias vezes para que as sensações
durem mais tempo.
Os efeitos dos solventes vão desde uma estimulação inicial até a depressão, podendo
também surgir processos alucinatórios.
A síndrome de abstinência, está presente na interrupção do uso dessas drogas, sendo
comum: ansiedade, agitação, tremores, cãibras nas pernas e insônia. Dependendo da
pessoa e do solvente, a tolerância instala-se ao fim de um a dois meses.
Uma pessoa inala um solvente e logo depois faz esforço físico, seu coração pode sofrer,
pois ele está muito sensível à adrenalina liberada por causa do esforço.
A aspiração repetida, crônica, dos solventes pode levar a destruição de neurônios (as
células cerebrais) causando lesões irreversíveis do cérebro. Pessoas que usam solventes
apresentam-se apáticas, têm dificuldade de concentração e déficit de memória
28. Ópio Morfina: Papoula do Oriente, Opiáceos, Opioides
Dentre as substâncias obtidas pelo ópio, a codeína é bastante conhecida. Sendo
possível obter-se outra substância a heroína, ao se fazer pequena modificação
química na fórmula da morfina.
As pessoas que usam essas substâncias sem indicação médica, ou que abusam
delas, procuram efeitos característicos de uma depressão geral, um estado de
torpor, como que isolamento das realidades do mundo, uma calmaria em que
realidade e fantasia se misturam, com o afeto sem paixões.
Os narcóticos sendo usados através de injeções, ou em doses maiores por via oral,
podem causar grande depressão respiratória e cardíaca. A pessoa perde a
consciência, fica de cor meio azulada, e a pressão arterial cai fazendo com que o
sangue não circule direito é o estado de coma, que se não for atendido pode levar à
morte.
29. Drogas Estimulantes
Atuam no aumento da atividade do cérebro, ou seja, estimulam o funcionamento fazendo
com que o usuário fique “ligado”, “elétrico”, sem sono. Por isso, essas drogas recebem a
denominação de Estimulantes da Atividade do Sistema Nervoso Central.
Anfetaminas: Bolinhas, Rebites
As anfetaminas fazem com que o organismo reaja acima de suas capacidades, esforços
excessivos, o que logicamente é prejudicial para a saúde. A pessoa, ao parar de tomá-las,
sente uma grande falta de energia, ficando bastante deprimida, pois nem consegue
realizar as tarefas que normalmente fazia anteriormente ao uso dessas drogas.
Pequenas doses podem acarretar a manifestação desses sintomas como: Psicose
anfetamínica (psicose e alucinações); midríase acentuada, pele pálida (devido à
contração dos vasos sanguíneos) e taquicardia, Hipertermia podendo levar a convulsões.
30. Cocaína: Pasta de coca; Crack; Merla
A cocaína é uma substância natural, extraída das folhas de uma planta encontrada
exclusivamente na América do Sul conhecida como coca.
Pode chegar até o consumidor sob a forma de um sal, o cloridrato de cocaína, o “pó”,
“farinha”, “neve” ou “branquinha”.
É solúvel em água e serve para ser aspirado ou dissolvido em água para uso intravenoso;
ou sob a forma de base, o crack, é pouco solúvel em água, mas que se volatiliza quando
aquecida e, portanto, é fumada em “cachimbos”.
Também sob a forma de base, a merla um produto ainda sem refino e muito contaminado
com as substâncias utilizadas na extração é preparada de forma diferente do crack, mas
também é fumada.
31. Todos os efeitos provocados no cérebro pela cocaína também ocorrem com o crack e a
merla, visto que se trata da mesma substância. Porém, a via de uso dessas duas formas
faz toda a diferença em relação ao “pó”.
Assim que o crack e a merla são fumados, alcançam o pulmão, levando a uma absorção
instantânea. Pela via pulmonar, encurtando o caminho para chegar ao cérebro,
surgindo os efeitos mais rápido do que por outras vias.
A essa compulsão para utilizar a droga repetidamente dá-se o nome popular de
“fissura”, que é uma vontade incontrolável de sentir os efeitos de “prazer” que a droga
provoca, os efeitos da droga são muito rápidos e intensos.
32. O crack e a merla provocam também um estado de excitação, hiperatividade, insônia,
perda de sensação do cansaço, falta de apetite.
O uso intenso e repetitivo, o usuário experimenta sensações muito desagradáveis, como
cansaço e intensa depressão. A tendência do usuário é aumentar a dose da droga na
tentativa de sentir efeitos mais intensos.
Porém, essas quantidades maiores acabam por levá-lo a comportamento violento,
irritabilidade, tremores e atitudes bizarras devido ao aparecimento de paranoia.
Pode provocar dor no peito, contrações musculares, convulsões coma, hipertensão,
taquicardia, em casos extremos, chega a produzir parada cardíaca por fibrilação ventricular
e a morte, o uso crônico da cocaína pode levar a degeneração irreversível dos músculos
esqueléticos, conhecida como rabdomiólise.
33. Drogas Perturbadoras
HC (Tetra-hidrocanabinol) Hashishi, Bangh, Ganja, Diamba, Marijuana, Marihiana,
Maconha
Os efeitos da droga variam de acordo com o tempo de uso, podem ser agudos, quando
decorrem apenas algumas horas após fumar, e crônicos, com consequências que aparecem
após o uso continuado por semanas, meses ou mesmo anos.
Os efeitos psíquicos agudos dependerão da sensibilidade de quem fuma.
Para uma parte das pessoas, os
efeitos são uma sensação de bem-
estar acompanhada de calma e
relaxamento, diminuição da fadiga
e vontade de rir.
Para outras pessoas, os efeitos
são desagradáveis, sentem
angústia, medo de perder o
controle mental, tremores e
sudorese. É o que comumente
chamam de “má viagem” ou
“bode”.
34. Os efeitos físicos crônicos da maconha já são de maior gravidade. Leva a problemas
respiratórios (bronquites), como ocorre também com o cigarro comum.
Outro efeito físico indesejável do uso crônico da maconha refere-se à testosterona. A
maconha diminui em até 50 a 60% a quantidade de testosterona, o que acarreta um
número bem reduzido de espermatozoides, levando à infertilidade.
O uso continuado interfere na capacidade de aprendizagem e memorização e pode
induzir a um estado de amotivação (síndrome amotivacional), isto é, não sentir vontade
de fazer mais nada, pois tudo fica sem graça e sem importância.
A maconha pode levar algumas pessoas a um estado de dependência, elas passam a
organizar sua vida de maneira que facilitar seu vício, e tudo o mais perde seu real valor.
35. Cogumelos e Plantas Alucinógenas
Cogumelos
O uso de cogumelos ficou famoso no México, onde desde antes de Cristo já era usado
pelos nativos daquela região. Ainda hoje, sabe-se que o “cogumelo sagrado”. Dele pode
ser extraído uma substância alucinógena poderosa: A psilocibina.
Jurema
O vinho de Jurema, preparado à base de planta brasileira Mimosa hostilis, chamad
popularmente de Jurema, é usado pelos remanescentes índios e caboclos do Brasil. A
Jurema sintetiza uma potente substância alucinógena, a dimetiltriptamina ou DMt,
responsável pelos efeitos.
Caapi e Chacrona
Duas plantas alucinógenas que são utilizadas conjuntamente sob forma de uma bebida
que é ingerida no ritual Santo Daime ou Culto da União vegetal e em várias outras
seitas. As alucinações produzidas pela bebida são chamadas de mirações e os guias
dessa religião procuram “conduzi-las” para dimensões espirituais da vida.
36. As reações psíquicas as vezes são agradáveis (“boa viagem”) e a pessoa se sente
recompensada pelos sons incomuns, cores brilhantes e pelas alucinações.
Em outras ocasiões os fenômenos mentais são de natureza desagradável, visões
terrificantes, sensações de deformação do próprio corpo, certeza de morte iminente, as
“más viagens”.
As substâncias alucinógenas, não induzem dependência e não ocorre síndrome de
abstinência com o cessar de uso.
Um dos problemas preocupantes com o uso desses alucinógenos é a possibilidade da
pessoa ser tomada de um delírio persecutório, delírio de grandeza ou acesso de pânico e
em virtude disso, tomar atitudes prejudiciais a si e aos outros.
37. Alucinógenos
LSD-25 (ácido), MDMA – Êxtase
O LSD-25 atua produzindo uma série de distorções no funcionamento do cérebro,
trazendo como consequência variadas alterações psíquicas. É capaz de produzir
distorções na percepção do ambiente cores, formas e contornos alterados chamados
“falsos juízos da realidade”
O perigo do LSD-25 não está tanto em sua toxicidade para o organismo, mas sim no fato
de que, pela perturbação psíquica, há perda da habilidade de perceber e avaliar
situações comuns de perigo.
Há também descrições de casos de comportamento violento, gerado principalmente por
delírios persecutórios, ansiedade muito grande, depressão ou mesmo acessos psicóticos.
38. MDMA é uma droga classificada como perturbadora, que tem atividade estimulante e
alucinogênica embora muito menos intensa quando comparada à maioria das drogas
alucinógenas. Seus efeitos podem durar até 8 horas.
Apresenta efeitos semelhantes aos estimulantes do Sistema Nervoso Central (agitação),
bem como efeitos perturbadores (mudança da percepção da realidade).
Efeitos residuais perduram dias após o uso de uma droga. Causando episódio
depressivo nos dias após o uso do êxtase, o que é chamada de depressão de meio de
semana. Fadiga e insônia também são comuns
O êxtase com frequência apresentam problemas no fígado, e a ficar com a pele
amarelada (icterícia). Problemas cognitivos (aprendizagem, memória, atenção) ,
problemas psiquiátricos, como quadros esquizofreniformes, pânico e depressão.
39. Prevenção Contra as Drogas
Uma das melhores estratégias de prevenção é a informação. É importante o
conhecimento sobre as drogas, principalmente sobre os seus riscos.
Formação de profissionais qualificados para o atendimento de dependentes.
Desenvolver interesses recreativos positivos (ou seja, esportes, artes, hobbies,
voluntariado ou atividades de grupo positivas).
O tratamento clínico e a redução de danos.
Reinserção na sociedade.
40. PSICOPATOLOGIA
As funções psíquicas estão presentes no ser humano e são responsáveis pelas
manifestações comportamentais. Elas podem modificar suas manifestações quando
relacionadas ao ser biológico e ao ser histórico cultural.
Alterações ou comprometimentos dessas funções podem ocorrer em algum momento
da vida, ocasionando quadros psíquicos significativos no transtorno mental ou de outra
ordem.
O estudo das anormalidades dessas funções é chamado de Psicopatologia.
A Psicopatologia é responsável pela descrição dos fenômenos psíquicos conforme são
observados, buscando limitar, distinguir e descrever fenômenos vivenciados pelo
paciente e relatados por ele.
41. Os transtornos mentais podem alterar as funções psíquicas, comprometendo, durante
uma crise, o nível de orientação, atenção, consciência, inteligência, o conteúdo do
pensamento, a memória, a linguagem, o afeto, a vontade e a sensopercepção.
Para identificação dessas alterações e entendimento do quadro psíquico tem-se um
importante instrumento diagnóstico, que é a avaliação psíquica.
Ela consiste na anamnese no exame psíquico e do paciente de suas funções mentais.
O exame psíquico pode ser dividido em algumas partes:
Coleta de dados
sociodemográficos,
histórico de saúde e
biografia do paciente;
Exame do Estado Mental
Avaliação de funções
psicofisiológicas: Sono
Apetite/dieta; Sexualidade;
Exame físico
Avaliação Psíquica
42. Orientação: É a capacidade de situar-se quanto a si mesmo, ao ambiente e a outros
aspectos. A avaliação da orientação é um instrumento valioso para verificação das
alterações do nível de consciência.
Consciência (vigilância): É a competência, do ponto de vista neurológico, de captar o
ambiente e de se orientar adequadamente.
Atenção: É a capacidade de se concentrar em determinado objeto ou acontecimento
Pensamento: É a organização das ideias de forma, curso e conteúdo sintonizados
entre si.
Memória: Capacidade de registrar, manter e evocar fatos já ocorridos. Ela deve
apresentar fixação, conservação, evocação e localização.
43. Linguagem: É uma forma de comunicação especificamente humana. Por meio dela pode-
se abstrair e generalizar os elementos da realidade. Tem a finalidade de comunicação e
expressão de sentimentos e pensamentos.
Inteligência: Capacidade de se utilizar um conjunto de instrumentos de modo a se adaptar
a qualquer problema da vida.
Afeto: Capacidade de vivenciarmos as nossas emoções, relacionadas a tudo que envolve a
nossa vida.
Vontade: É a capacidade de associar a liberdade das ações, atitudes e escolhas e o
determinismo próprio da condição humana. Para alguns a vontade está relacionada ao
desejo.
Sensopercepção: Constituiu a primeira etapa da cognição, isto é, do conhecimento do
mundo externo; é responsável por refletir objetivamente a realidade psíquica.