SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
Baixar para ler offline
“ MÍDIA E
TERRITÓRIO ”
WALTER BENJAMIN
“A obra de arte, por princípio, foi
sempre suscetível de reprodução”
Fundição.
Cunhagem
Fotografia e
Cinema
O incremento da
reprodução técnica
faz com que a
captação da
realidade se
dê, não mais pelas
mãos dos
artistas, mas pelos
olhos, pela objetiva.
Hic et nunc
É a autenticidade do original.
Trata-se da unidade de
presença, no lugar em que se
encontra a obra de arte
A reprodução manual
preserva o hic et nunc do
original, a reprodução
técnica, não
“Pode ser que as novas condições assim criadas pelas
tecnicas de reprodução, em paralelo, deixem intacto o
conteudo da obra de arte; mas de qualquer maneira
desvalorizam seu hic et nunc.”
As novas tecnologias
criam independência
do original. Na arte
ou na natureza as
imagens e os sons
podem ser
reproduzidos
independentemente
da presença do
original. Podem ser
captados de
maneiras impossíveis
sem os
equipamentos.
Aura
“Única aparição de uma realidade longínqua, por mais aproximada que esteja“
A técnica ataca
diretamente a aura.
Tudo está mais
próximo, mundano.
Deprecia-se aqui
que pode ser
tomado uma só vez.
Objetos de Culto X Objetos de Valor
Devoção e necessidade do belo, que
fala à alma dos homens
Quadro: La Madonna di San Sisto 
feito para o funeral do Papa Sisto 
valor de exposição  proibição e
exílio em província afastada 
diminuição do valor comercial
Bela arte nasce na Igreja
Início da produção artística: culto às
imagens
Alce pendurado na parede: instrumento mágico
destinado aos olhos e espírito de outros
homens
Valor de culto impele a manter a obra em
segredo: Virgens cobertas durante quase o
ano todo
Emancipação do uso ritual: aumento de
exposição  visibilidade
Exposição confere função artística:
fotografia e cinema
Fotografia: aumenta valor de
exibição e diminui valor de culto
Resistência do valor de culto  última trincheira:
rosto humano
Homem ausente da foto: declínio do valor de culto
Eugene Atget, Ruas vazias de Paris, século
XIX
Inquietante a quem olha  necessidade de
seguir um caminho
Com esse gênero de fotos, a legenda se fez
necessária
Imagem orientando texto
Filme  não se pode isolar uma
imagem, sem levar em conta as imagens
sucessoras
Polêmica entre pintores e fotógrafos 
valor?
Perturbação de significado histórico na
estrutura do Universo
Reprodução  arte perde aspecto de
independência
Críticas ao cinema  tentativas de torná-lo
digno de ser arte  introdução de caráter
cultural
Franz Werfel afirma que o cinema não entendeu seu papel ainda, de
persuasivo e sobrenatural  erro: cópia estéreo do mundo exterior 
impedimento de ascender ao nível de arte
X
Cena de teatro e cena de cinema
Atos grandiosos x apoio do ator a uma gama de
mecanismos (série de testes óticos)
Diferença de performance  cinema: impossibilidade de se
adaptar a reação do público
Críticade Pirandello
- o afastamento da auraartística
imposta pela tecnologia do
Cinema
- a crise do ator: tornar-se um acessório
”
Cinema
- desafio: as necessidades tecnológicas para
transformar a lente da câmera no olhar do
espectador
“...penetrar de modo intensivo no coração da
realidade...”
- significação social da arte  divórcio crescente:
espírito critico e sentimento de fruição
- obra de arte se endereçar às massas
A percepção do homem modificada
conforme a mediação da técnica, variando
conforme contextos
arte como ponto de inquietação para refletir tal questão e como a chegada
das mídias de massa (avanço tecnológico acelerado) alteram as formas
como a arte (ou o que “restou” da concepção do que é arte nessa verdadeira
sociedade de movimentos de massa) passa a ser percebida pelos homens
percepção
PINTURA TEATRO CINEMA
Permite uma forma de
levantamento da realidade
mais “precisa”. Capaz de
separar muitos elementos
(planos/ângulos/foco...)
Torna possível que se
reconheça o aspecto
artístico e o uso científico
da Fotografia.
O olho não se fixa – sucessão
rápida de muitas imagens -
ao contrário da contemplação
de uma pintura!
“
[a câmera] nos abre pela 1ª vez a experiência do
inconsciente visual, assim como a psicanálise
nos abre a experiência do inconsciente instintivo
[p.23]
”
Bárbara Marciano
Bruna Vieira
Carolina Vasconcellos
Gustavo Sarti
Teoria da Opinião Pública

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a benjamin-midiaeterritorio.pdf

Walter Benjamin: A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica
Walter Benjamin: A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnicaWalter Benjamin: A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica
Walter Benjamin: A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica
Priscila Souza
 
Aula 02 videoarte
Aula 02 videoarteAula 02 videoarte
Aula 02 videoarte
Venise Melo
 
Cinema, filosofia e sociedade.pptx
Cinema, filosofia e sociedade.pptx   Cinema, filosofia e sociedade.pptx
Cinema, filosofia e sociedade.pptx
gabiimedeiros
 
Através da Imagem - Fotografia e História
Através da Imagem - Fotografia e HistóriaAtravés da Imagem - Fotografia e História
Através da Imagem - Fotografia e História
Fantoches de Luz
 
Introdução à arte
Introdução à arteIntrodução à arte
Introdução à arte
Ellen_A
 
A obra-de-arte-na-era-de-sua-reprodutibilidade-tecnica
A obra-de-arte-na-era-de-sua-reprodutibilidade-tecnicaA obra-de-arte-na-era-de-sua-reprodutibilidade-tecnica
A obra-de-arte-na-era-de-sua-reprodutibilidade-tecnica
FLAVIO DIUNIZIO
 

Semelhante a benjamin-midiaeterritorio.pdf (20)

Walter Benjamin: A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica
Walter Benjamin: A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnicaWalter Benjamin: A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica
Walter Benjamin: A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica
 
8.cap3 newmedia bioart
8.cap3 newmedia bioart8.cap3 newmedia bioart
8.cap3 newmedia bioart
 
Aula 02 videoarte
Aula 02 videoarteAula 02 videoarte
Aula 02 videoarte
 
10.cap3 inter acao_graffiti
10.cap3 inter acao_graffiti10.cap3 inter acao_graffiti
10.cap3 inter acao_graffiti
 
Cinema, filosofia e sociedade.pptx
Cinema, filosofia e sociedade.pptx   Cinema, filosofia e sociedade.pptx
Cinema, filosofia e sociedade.pptx
 
Eav aula 2 c
Eav aula 2 cEav aula 2 c
Eav aula 2 c
 
Através da Imagem - Fotografia e História
Através da Imagem - Fotografia e HistóriaAtravés da Imagem - Fotografia e História
Através da Imagem - Fotografia e História
 
HAA-III_ UNIDADE II - Arte Contemporânea.pdf
HAA-III_ UNIDADE II - Arte Contemporânea.pdfHAA-III_ UNIDADE II - Arte Contemporânea.pdf
HAA-III_ UNIDADE II - Arte Contemporânea.pdf
 
André Bazin, O Mito do Cinema Total‏
André Bazin, O Mito do Cinema Total‏André Bazin, O Mito do Cinema Total‏
André Bazin, O Mito do Cinema Total‏
 
Introdução à arte
Introdução à arteIntrodução à arte
Introdução à arte
 
A obra-de-arte-na-era-de-sua-reprodutibilidade-tecnica
A obra-de-arte-na-era-de-sua-reprodutibilidade-tecnicaA obra-de-arte-na-era-de-sua-reprodutibilidade-tecnica
A obra-de-arte-na-era-de-sua-reprodutibilidade-tecnica
 
Seminário de Pós-Graduação UFMG 2010
Seminário de Pós-Graduação UFMG 2010Seminário de Pós-Graduação UFMG 2010
Seminário de Pós-Graduação UFMG 2010
 
Banksy
BanksyBanksy
Banksy
 
O Labirinto do Fauno e a Body art
O Labirinto do Fauno e a Body artO Labirinto do Fauno e a Body art
O Labirinto do Fauno e a Body art
 
Aulas 1 e 2 linguagem audiovisual
Aulas 1 e 2   linguagem audiovisualAulas 1 e 2   linguagem audiovisual
Aulas 1 e 2 linguagem audiovisual
 
Fotografia e historia
Fotografia e historiaFotografia e historia
Fotografia e historia
 
Pós Modernismo
Pós ModernismoPós Modernismo
Pós Modernismo
 
Funções da arte
Funções da arteFunções da arte
Funções da arte
 
Vertov, Dziga - O ideograma do girassol
Vertov, Dziga - O ideograma do girassolVertov, Dziga - O ideograma do girassol
Vertov, Dziga - O ideograma do girassol
 
A recepção coletiva e suas transformações: Da participação afetiva em salas d...
A recepção coletiva e suas transformações: Da participação afetiva em salas d...A recepção coletiva e suas transformações: Da participação afetiva em salas d...
A recepção coletiva e suas transformações: Da participação afetiva em salas d...
 

Mais de JoaoLucasDeCastroBra (7)

Estatística na saúde pública e meio ambiente (1).pptx
Estatística na saúde pública e meio ambiente (1).pptxEstatística na saúde pública e meio ambiente (1).pptx
Estatística na saúde pública e meio ambiente (1).pptx
 
OSÉIAS.pptx
OSÉIAS.pptxOSÉIAS.pptx
OSÉIAS.pptx
 
MARIANE-ok.pptx
MARIANE-ok.pptxMARIANE-ok.pptx
MARIANE-ok.pptx
 
A concepção antropológica de Agostinho e Tomás.ppt
A concepção antropológica de Agostinho e Tomás.pptA concepção antropológica de Agostinho e Tomás.ppt
A concepção antropológica de Agostinho e Tomás.ppt
 
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DO PENSAMENTO TEOLÓGICO.pptx
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DO PENSAMENTO TEOLÓGICO.pptxFUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DO PENSAMENTO TEOLÓGICO.pptx
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DO PENSAMENTO TEOLÓGICO.pptx
 
esteticaarte-140522223049-phpapp02.pdf
esteticaarte-140522223049-phpapp02.pdfesteticaarte-140522223049-phpapp02.pdf
esteticaarte-140522223049-phpapp02.pdf
 
O Credo de Calcedônia.pptx
O Credo de Calcedônia.pptxO Credo de Calcedônia.pptx
O Credo de Calcedônia.pptx
 

Último

ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasSistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
rfmbrandao
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 

Último (20)

ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasSistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 

benjamin-midiaeterritorio.pdf

  • 1. “ MÍDIA E TERRITÓRIO ” WALTER BENJAMIN
  • 2. “A obra de arte, por princípio, foi sempre suscetível de reprodução” Fundição. Cunhagem
  • 3. Fotografia e Cinema O incremento da reprodução técnica faz com que a captação da realidade se dê, não mais pelas mãos dos artistas, mas pelos olhos, pela objetiva.
  • 4. Hic et nunc É a autenticidade do original. Trata-se da unidade de presença, no lugar em que se encontra a obra de arte A reprodução manual preserva o hic et nunc do original, a reprodução técnica, não
  • 5. “Pode ser que as novas condições assim criadas pelas tecnicas de reprodução, em paralelo, deixem intacto o conteudo da obra de arte; mas de qualquer maneira desvalorizam seu hic et nunc.” As novas tecnologias criam independência do original. Na arte ou na natureza as imagens e os sons podem ser reproduzidos independentemente da presença do original. Podem ser captados de maneiras impossíveis sem os equipamentos.
  • 6. Aura “Única aparição de uma realidade longínqua, por mais aproximada que esteja“ A técnica ataca diretamente a aura. Tudo está mais próximo, mundano. Deprecia-se aqui que pode ser tomado uma só vez.
  • 7. Objetos de Culto X Objetos de Valor Devoção e necessidade do belo, que fala à alma dos homens Quadro: La Madonna di San Sisto  feito para o funeral do Papa Sisto  valor de exposição  proibição e exílio em província afastada  diminuição do valor comercial Bela arte nasce na Igreja Início da produção artística: culto às imagens
  • 8. Alce pendurado na parede: instrumento mágico destinado aos olhos e espírito de outros homens Valor de culto impele a manter a obra em segredo: Virgens cobertas durante quase o ano todo Emancipação do uso ritual: aumento de exposição  visibilidade Exposição confere função artística: fotografia e cinema
  • 9. Fotografia: aumenta valor de exibição e diminui valor de culto Resistência do valor de culto  última trincheira: rosto humano Homem ausente da foto: declínio do valor de culto Eugene Atget, Ruas vazias de Paris, século XIX Inquietante a quem olha  necessidade de seguir um caminho Com esse gênero de fotos, a legenda se fez necessária Imagem orientando texto Filme  não se pode isolar uma imagem, sem levar em conta as imagens sucessoras
  • 10. Polêmica entre pintores e fotógrafos  valor? Perturbação de significado histórico na estrutura do Universo Reprodução  arte perde aspecto de independência Críticas ao cinema  tentativas de torná-lo digno de ser arte  introdução de caráter cultural Franz Werfel afirma que o cinema não entendeu seu papel ainda, de persuasivo e sobrenatural  erro: cópia estéreo do mundo exterior  impedimento de ascender ao nível de arte
  • 11. X Cena de teatro e cena de cinema Atos grandiosos x apoio do ator a uma gama de mecanismos (série de testes óticos) Diferença de performance  cinema: impossibilidade de se adaptar a reação do público
  • 12. Críticade Pirandello - o afastamento da auraartística imposta pela tecnologia do Cinema - a crise do ator: tornar-se um acessório ”
  • 13. Cinema - desafio: as necessidades tecnológicas para transformar a lente da câmera no olhar do espectador “...penetrar de modo intensivo no coração da realidade...” - significação social da arte  divórcio crescente: espírito critico e sentimento de fruição - obra de arte se endereçar às massas
  • 14. A percepção do homem modificada conforme a mediação da técnica, variando conforme contextos arte como ponto de inquietação para refletir tal questão e como a chegada das mídias de massa (avanço tecnológico acelerado) alteram as formas como a arte (ou o que “restou” da concepção do que é arte nessa verdadeira sociedade de movimentos de massa) passa a ser percebida pelos homens
  • 15. percepção PINTURA TEATRO CINEMA Permite uma forma de levantamento da realidade mais “precisa”. Capaz de separar muitos elementos (planos/ângulos/foco...) Torna possível que se reconheça o aspecto artístico e o uso científico da Fotografia. O olho não se fixa – sucessão rápida de muitas imagens - ao contrário da contemplação de uma pintura!
  • 16. “ [a câmera] nos abre pela 1ª vez a experiência do inconsciente visual, assim como a psicanálise nos abre a experiência do inconsciente instintivo [p.23] ”
  • 17.
  • 18. Bárbara Marciano Bruna Vieira Carolina Vasconcellos Gustavo Sarti Teoria da Opinião Pública