1. Paulo Mendes da Rocha
Alunas:
Janaína Bandeira Pires e Lara Lunardi
Professora: Ana Lara Lessa, Orientadora acadêmica de arquitetura
Brasileira na Universidade Mogiana do Estado de São Paulo - FMG
2. Paulo Mendes da Rocha
Paulo Archias Mendes da Rocha
• Nasceu em Vitória, Espírito Santo em 25 Outubro de 1928
• Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, de
São Paulo em 1954
• Pertence a geração de arquitetos modernistas liderado pelo arquiteto Vilanova Artigas
• Passou a lecionar na FAU-USP em 1960 a convite do Artigas
• Em 1969 tem direitos políticos cassados pelo Governo Militar e é proibido de dar aula
• Retorna a FAU-USP em 1980 junto a outros professores caçados pelo governo
• 1987 aos 59 anos passa a trabalhar no prédio da IAB SP (Instituto de arquitetos do Brasil),
com o qual sempre declarou grande admiração e orgulho
• Em 1998 torna-se professor titular de projeto arquitetônico FAU-USP, ano seguinte se
aposenta compulsoriamente
3. No fim de sua permanência e após sua aposentadoria na FAU-USP Paulo Mendes
da Rocha passa ser mencionado em diversos países pelas inúmeras contribuições
arquitetônicas realizadas em várias partes do mundo entre os prêmios se destacam:
•Prêmio pela Trajetória Profissional na I Bienal Ibero-Americana de Arquitetura 1998
• Prêmio do Ministério da Cultura Brasileiro 1998
• I Prêmio Mies van der Rohe de Arquitetura Latino-Americana por seu Museu Brasileiro da Escultura de São
Paulo 1999
• II Prêmio Mies van der Rohe para América Latina com o projeto de intervenção a Pinacoteca do Estado de
São Paulo em 2001
• Prêmio Pritzker galardoado no ano de 2006, considerado o prêmio mais importante da Arquitetura Mundial
A justificativa do júri foi que sua obra modifica a paisagem e o espaço, procurando atender tanto às
necessidades sociais quanto estéticas do homem. Um grande senso de responsabilidade para com os
usuários de seus projetos e com a sociedade em geral baliza suas realizações nas mais variadas frentes, da
residência individual ao edifício de apartamento, da capela a estádios esportivos, parques infantis, museus
de arte e praças públicas. Na avaliação dos jurados, profissionais eminentes como Frank Gehery e Rolf
Fehlbaum, Mendes da Rocha produz trabalhos reveladores de uma permanente busca de harmonia entre a
arquitetura e a natureza enquanto forças congruentes. Antes dele, o único brasileiro a ganhar esse prêmio foi
Oscar Niemeyer, em 1988.
• Leão de Ouro da 15ª Bienal de Arquitetura de Veneza em 2016
•Medalha de Ouro do RIBA, reconhecimento ao arquiteto por contribuições substanciais à arquitetura
internacional
• Medalha de Ouro do Royal Institute of Britsh Architects (fevereiro 2017)
4. O IAB SP foi criado em 1943, e a necessidade de ter
um espaço próprio levou à realização de um
concurso público nacional de arquitetura, em 1946,
para a escolha do projeto da sede. Por decisão do
júri, composto por Oscar Niemeyer, Firmino
Saldanha, Hélio Uchoa, Fernando Saturnino de Britto
e Gregori Warchavchik, as três equipes finalistas
desenvolveriam o projeto definitivo em conjunto.
Assim, com autoria de Rino Levi, Roberto Cerqueira
Cesar, Miguel Forte, Jacob Ruchti, Galiano
Ciampaglia, Zenon Lotufo, Abelardo de Souza e Helio
Duarte, foi erguido um dos principais registros
arquitetônicos de São Paulo entre 1947 e 1950.
Referência arquitetônica de grande prestigio e inspiração ao Paulo Mendes
da Rocha, hoje seu local de trabalho
• Participou nas VI, X e XX Bienais de Arquitetura de São Paulo 1961, 1968 e
1988, respectivamente, na VII Bienal de Veneza 1993, na V Bienal de Havana
1994 e na X Documenta de Kassel 1997.
5. Pinacoteca do Estado de
São Paulo
Escritório Ramos de
Azevedo 1897-1900
Intervenção iniciou
1993 juntamente com
os arquitetos Eduardo
Colonelli e Welliton
Torres, impulsionados
pela entusiasmada
direção do artista
plástico Emanoel
Araújo com objetivo de
modernizar a
pinacoteca ao estilo
Contemporâneo
6. Conceitos:
• Por influência do Avô Francisco Mendes da Rocha que dirigiu o
serviço de navegação do Rio São Francisco e do Pai professor de
Naval e Recursos Hídricos na Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo, Paulo Mendes da Rocha cria como conceito particular :
“a primeira e primordial arquitetura é a geográfica”
• Apesar de Paulo Mendes da Rocha ter influências de Mies van de
Rohe e Artigas ele é aclamado como legítimo mestre sobre esta
linguagem arquitetônica que vai desde o Modernismo até a arquitetura
contemporânea.
• Sua influência se dava a essência muito empregada pela FAU USP
de uma arquitetura crua, limpa, clara e socialmente responsável vindo
da influência de ideais estéticos do Brutalismo europeu.
• Paulo Mendes da Rocha segue esta arquitetura Brutalista onde
vemos sua característica em raciocínio de pórticos e planos , rápido
jogo estrutural e sua particularidade uma atitude rígida sobre a obra e
certeira sobre o território.
8. O Mube é um dos projetos que mais caracteriza os conceitos de Paulo Mendes
1995, localizado nos Jardins bairro nobre Paulistano onde se especulavam
construção de um shopping
9. •Implantação de caráter urbanístico tendo
duas cotas no entorno da implantação.
• Abrigo Perpendicular a Av. Europa como
forma de acentuar as vias de acesso.
•Possui duas praças, Baixa e a alta.
•Grande rebaixamento (Escadaria)
como forma de teatro ao ar livre.
• Praça rebaixada em acesso a rua
Alemanha.
• Seu conforto ambiental luminoteco
não é uniforme para que não venha
destruir a volumetria das obras.
• Obra com três escalas diferentes,
sendo uma dinâmica.
•Concreto Armado e protendido.
• Volume principal como idéia de um
monólito com vão de 60 metros em
protendido.
• Estruturas de três vão de 18 metros sendo
paredes estruturais.
• Possui uma pinacoteca em seu subsolo de
60 metros fazendo uma reprodução da
marquise.
• Projeto Paisagístico Roberto Burle Marx
uso de espécies nativas existentes em São
Paulo.
• Escultura e ecologia.
10. Segundo Paulo Mendes da Rocha, o
museu no mundo é uma das formas que
mais difunde a divulgação da cultura de
uma maneira geral, da importância da
criatividade artística para o conhecimento
humano, para ele o museu é um dos
projetos mais importantes para a
arquitetura.
A Obra arquitetônica é uma peça em
exibição em seu próprio museu.
O Projeto não teve como objetivo competir
com as esculturas, mas de apoiar na sua
simplicidade.
Tirando os espaços destinados a sua
programação especifica, os demais são
amplos, livres e sujeitos a improvisos.
Lugar de contemplação, de rever certas
manifestações, de refletir, de caráter
artístico e de trabalho humano.
11. Escala Humana é
fundamental para
a percepção da
obra e de seu
entorno,
concebido para
ser perceptivo, e
para ser de uso
favorável a
museologia.
12. Loja Forma, Paulo Mendes da Rocha, São Paulo,
1987.
Loja feita com bastante liberdade emprega o estilo
e gosto do Paulo Mendes da Rocha, espaço
destinado para venda de móveis assinados por
grandes Designers do século XX.
Loja Forma
13. Forma linear e elementar
Intensidade Formal
Contraste ao caos visual da sua implantação
Trafego intenso e rápido de veículos
14. A loja esta de acordo com os conceitos do arquiteto pórticos e planos, rápido
jogo estrutural e sua particularidade uma atitude rígida sobre a obra.
15. Casa Butantã ou Casa Paulo Mendes da Rocha
1964 Construída para sua própria moradia, hoje habitada por um dos filhos
Localizada no bairro Butantã em São Paulo
16. A Casa Butantã foi construída por Paulo Mendes da Rocha no período da
ditadura militar, quando ele teve seus direitos civis cassados e foi proibido de
participar de projetos públicos.
• Ela é uma casa experimental, onde Paulo
Mendes consolidou sua técnica e visão, um
objeto de estudo.
• Um Manifesto ao seu jeito particular de morar.
• A Casa leva ao morador a ter experiências com
Estar/Movimento/ Espaço
(Linha reta com continuidade dos espaços).
• Espaço interno único.
• Toda a construção é uma peça única de
concreto.
• Planta organizada como casa térrea elevada.
17. • Duas faces (Fachadas) transparentes e duas faces opacas.
• Seis superfícies justapostas em comprimento, altura e largura.
• Calhas de água que se dobram sobre Janelas em balanço.
• Teto plano perfurado por clarabóias de vidro transparente.
• Os quartos, dispostos no meio da casa, não têm janelas na
parede, estas ficam no teto.
• Nos espaços internos a separação entre as funções de estar,
trabalhar e dormir é feita por elementos leves que não chegam
até o teto.
- Exige do morador certo empenho em aceitar o convívio com o outro.
• Acesso a casa feito com escadaria de concreto com patamar de
virada dos lances em dimensões exageradas, transformando-se
em um alpendre.
• Ao contrário de uma casa “tradicional”, não há diferença formal
entre frente e fundos. Não há revestimento externo, nem
interno. A cor da casa é a cor do concreto.
18. Tudo nela é de concreto, as
mesas de jantar e de
trabalho, as prateleiras a
lareira.
19. As janelas é um vão de luz que se forma
inesperadamente entre o peitoril de blocos de
concreto e a empena. Nesse caso, a janela fica
no plano horizontal, como um tampo de vidro
iluminado. Essa janela quando aberta traz uma
brisa fresca para o interior da casa.
O singular do reproduzível. Um modo de
projetar que transforma o espaço da vida das
pessoas numa proposição nova, sem
hierarquias, livre, divertida e larga.
23. A construção está proposta de modo dual, pavilhão principal, nave suspensa para as exposições
e um anexo com recepção, administração, restaurante, auditório e amparando estrategicamente
a tomada, em rampas, para a passagem publica de pedestres até o Tejo¹. Esta peculiar
disposição espacial cria um pórtico com a ligação aérea entre os dois edifícios de entrada para a
pequena praça interna, um largo, para onde se voltam, (uma nova frente) as construções
preservadas na R. Junqueira agora abertas para o recinto na forma, eventualmente, de
pequenos cafés, livrarias ... no que era a R. Cais Alfândega Velha, interessante recomposição da
mesma coisa. Seria de se notar, as cotas destes espaços e sua interlocução na dinâmica dos
passantes, por dentro e por fora do que é, na totalidade, o Museu enquanto um lugar público.
Rigorosamente protegido e imprevisivelmente aberto. -Paulo Mendes da Rocha.
Dicionário - definições
Tejo:
1.regionalismo um dos compartimentos em que se dividem as sali
nas
2 .Jogo de malhas
24. • Recinto Monumental
• Disposição espacial empenhada na
integridade do recinto
• Estimula a iniciativa dos pequenos
Comércios locais
31. 1967 Casa Mário Masetti, Perdizes -
São Paulo
1967 Conjunto Habitacional Zezinho
Prado (CECAP), Guarulhos.
Envolvidos: Artigas, Fernando
Gonçalves, Fabio Penteado, Alfredo
Paesani e Ruy Gama.
32. 1969 Pavilhão brasileiro da feira internacional de Osaka, Japão.
(Segundo Segawa, Arquiteturas no Brasil 1900-1990. página 157: Pavilhão do Brasil em Osaka, é o marco
simbólico da arquitetura Paulista).
47. Paulo Mendes contribui com diversas Reformas e
Expansões em grandes obras como:
FIESP, São Paulo
Praça do patriarca, São Paulo
Galeria Prestes Maia, São Paulo
Estação da Luz e museu da Língua portuguesa, São Paulo
48. Paulo Mendes da Rocha atua paralelamente
na área de Designer de Móveis
Chaise Longue PMR, de Paulo Mendes da
Rocha, tem sistema de construção com duas
folhas da bobina de aço de 22 cm. Essas “fitas”
flexíveis são unidas por barras tubulares em
cinco pontos estratégicos, proporcionando três
posições de recline à chaise.
Paulistano com malha aço é um conceito inovador
proporcionando um resultado com jogos sutis de luz e
transparência. O forro de malha, com milhares de finas e
pequenas argolas de aço sem costuras, revela a
simplicidade do desenho da estrutura da cadeira.