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planetearth                    R

    The Planet Earth Institute
    Enough, for all, nforever




ANTÓNIO P. GAMEIRO
Ordem dos Arquitectos de Angola
                                     ORDEM DOS ARQUITECTOS DE ANGOLA
•INTRODUÇÃO

• A Organização das Nações Unidas estima que a
  população mundial será de 8,5 mil milhões de habitantes
  em 2025 e atingirá os 10,2 mil milhões em 2100.

• O maior aumento será nos países em desenvolvimento,
  que a par da evolução demográfica, estão em forte
  urbanização, bastião do crescimento económico e social.

• Cerca de 175 milhões de pessoas vivem fora dos seus
  países de origem e 60% dos migrantes do mundo vivem
  em países mais desenvolvidos.
INTRODUÇÃO           (URBANIZAÇÃO, GLOBALIZAÇÃO E POBREZA)



 ... autoridades locais oferecem incentivos financeiros,
       infra-estrutura e serviços urbanos
       sistemas de comunicações
       transportes eficientes
       habitação suficiente
       acesso aos serviços de educação, saúde e a áreas de lazer.


 No terceiro trimestre de 2008, o número de pessoas que
  vive em cidades pela primeira vez na História excedeu o
  número de pessoas que vivem em áreas rurais. Dos seis
  (6) bilhões de habitantes do planeta, mais de três bilhões
  (3,2) vivem em cidades e um (1) vive em musseques,
  favelas, cortiços urbanos.
INTRODUÇÃO         (URBANIZAÇÃO, GLOBALIZAÇÃO E POBREZA)



 Dentro de 20 anos, a projecção é de que a população
  mundial cresça para oito (8) bilhões, dos quais cinco (5)
  bilhões viverão em cidades e dois (2) em musseques,
  favelas, cortiços urbanos.

 A ONU estima que apenas 5% dos trabalhos de
  construção civil em curso nas cidades em expansão de
  todo o mundo sejam planificados.

 Boa parte do crescimento urbano do século XXI está a
  acontecer nos países em desenvolvimento, mas boa
  parte das teorias de como as cidades funcionam ou
  devem funcionar, continuam enraizadas nos países
  desenvolvidos.
AUMENTO DEMOGRÁFICO              (Angola - TR)

Nos anos 1950 começou a articular-se uma resistência
contra a dominação colonial, que culminou com a
proclamação da independência de Angola no dia 11 de
Novembro de 1975.
 
Após a independência, com a guerra que durou até 2002,
registou-se uma grande alteração na distribuição da
população angolana, de realçar os seguintes aspectos:
   • por um lado, como resultado de fluxos em direcção a
     outros países incluindo os vizinhos,
   • por outro, pela intensificação dos fluxos migratórios
     internos do tipo rural-urbano esvaziando o campo em
     direcção a cidades de pequeno e médio porte.
   • provocou também um intenso fluxo urbano-urbano, de
     pequenas e medias cidades em direcção as grandes
     cidades.
AUMENTO DEMOGRÁFICO             (Angola)

consequência dessa intensificação da migração interna,
Angola sofreu nos anos oitenta e noventa, um processo
crescente de urbanização,

   • a taxa média de crescimento urbano 1995-2000 foi
     estimada segundo as Nações Unidas em torno de 5,6%.
   • para o período de 2000-2010 esta taxa manteve-se em
     torno dos 4%.
 
Os estudos demográficos realizados, davam-nos em 1960;
   • 11% da população a viver em áreas urbanas,
   • 14% em 1970.
   • 28% em 1984,
   • 43% nos anos noventa (1990)
AUMENTO DEMOGRÁFICO              (Angola - TR)

Dada a deterioração das condições de vida nas áreas rurais
e o recrudescimento da guerra a partir de Dezembro de
1998, esta proporção pode ter-se aproximado, ou mesmo
ultrapassado,
   • 55% em 2002,

Actualmente, segundo estimativas das Nações Unidas a
proporção da população urbana deve rondar os 57%.
AUMENTO DEMOGRÁFICO
                      Províncias com maior número
                      de População Urbana (estimativa)




                        Luanda:            20%



                         Huambo :           10%
                         Benguela :         10%

                        Lubango:            5%

                         Resto do país:   55%
AUMENTO DEMOGRÁFICO

A densidade populacional em Angola para o ano 2000 foi
estimada em cerca de 10 habitantes por km2.

Luanda aparece como a província de maior concentração
populacional, com pouco mais de 1000 hab/km2

as províncias do Moxico, Kuando Kubango, Namibe, Lunda
Sul e Lunda Norte são as de menor densidade
demográfica, nenhuma ultrapassando os 4 hab/km2.

tendo em conta os altos ritmos de crescimento da
população em Angola, estes valores alteraram-se,
actualmente, deve situar-se em torno de 16 habitantes por
km2 para o país como um todo.
AUMENTO DEMOGRÁFICO              (Angola)

Dada a deterioração das condições de vida nas áreas rurais
e o recrudescimento da guerra a partir de Dezembro de
1998, esta proporção pode ter-se aproximado, ou mesmo
ultrapassado,
   • 55% em 2002,

Actualmente, segundo estimativas das Nações Unidas a
proporção da população urbana deve rondar os 57%, (mais
de metade da população angolana é uma população urbana)
O problema é ...
•Crescimento descontrolado da construção;
•Baixa qualidade do ambiente urbano;
•Elevados índices de carência, infra-estruturas, equipamentos,
 serviços,...
•PERDA DA ESTRUTURA URBANA

Qual é o desafio ?
Definir uma estratégia para o estancamento das construções
irregulares (anárquicas) nas cidades do país.

O objecto da pretendida estratégia carece de adequada
reflexão, porque as expressões estancamento das construções
anárquicas e realojamento das respectivas famílias residentes
afigura-se, à primeira vista, como tarefa de difícil
concretização. Nesta situação, devemos percorrer dois
caminhos:
Ali onde já existe ocupação do solo


                 REQUALIFICAÇÃO ou
                  REQUALIFICAÇÃO ou
                     RENOVAÇÃO
                      RENOVAÇÃO
            (melhoria das condições de habitabilidade)
             (melhoria das condições de habitabilidade)




                         Ali onde não existe ocupação do solo


              NOVAS URBANIZAÇÕES
               NOVAS URBANIZAÇÕES
         (Projectos Urbanísticos prévios, com infra-estruturação
           (Projectos Urbanísticos prévios, com infra-estruturação
                  progressiva e posterior regularização)
                    progressiva e posterior regularização)
A REQUALIFICAÇÃO URBANA
                                                     TRANSFORMANDO PROBLEMAS
                                                             EM OPORTUNIDADES
 SÍNTESE DA OPORTUNIDADE

             Ocupação Regular                        Ocupação Irregular
              Infraestruturada



                                      ÁREA REGULARIZÁVEL




                                                                                 REALOJAMENTO
                                      ÁREA NÃO




                                                                                                            adapuc O
                                      REGULARIZÁVEL




                                                                                                      anab U ae Á
                                                                                                               r
                                                TO
                                             EN




                                                                                                          r
                                           AM
                                      NT
                                 S SE
                             A
                          RE
 ab U ae Á
        r




                                                                                                     r apuc O a
                                                                                                      U a er Á
                                      Projectos Urbanísticos prévios, para posterior regularização
   r




                                                    e infraestruturação progressiva
POLÍTICA TERRITORIAL E URBANA

Então qual é o desafio ?

A resposta está na definição de uma Política de
Ordenamento do Território e do Urbanismo, que integra
as acções promovidas pela Administração Pública, com o
objectivo de assegurar uma adequada organização e
utilização do território nacional, tendo como finalidade o
desenvolvimento económico, social e cultural integrado,
harmonioso e sustentável do País, das diferentes regiões
e aglomerados urbanos.
Organização do sistema de ordenamento territorial
                         criado pela LOTU angolana
Nacional



             POOTN – Principais Opções de Ordenamento
                      do Território Nacional
Provincial




                       PIPOT – Plano Inter-provincial
                           PPOT – Plano Provincial



                         PIMOT – Plano Intermunicipal
                       PDM – Plano Director Municipal
Municipal




                  PDG – Plano Director Geral (grandes cidades)
                          PU – Plano de Urbanização
                           PP – Plano de Pormenor
                     POR – Plano de Ordenamento Rural
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL




 Esse conceito definido como:

 ... “aquele que satisfaz as necessidades
 do presente, sem comprometer a
 capacidade das gerações futuras em
 satisfazerem      as    suas    próprias
 necessidades” ...
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


                              SOCIAL
                              ECONOMIA
                              FORMAÇÃO
                              COMUNIDADE
                              CAPITAL CULTURAL




   TECNOLOGIA                              MEIO AMBIENTE
   ENERGÉTICA                              ENERGIA
   DESENHO                                 ÁGUA
   NOVAS TECNOLOGIAS                       CAPITAL DE RECURSOS
   CAPITAL DE CONHECIMENTOS
ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO



“   ...   tem    como   objectivo   assegurar    uma
adequada organização e utilização do território
nacional,       tendo    como       finalidade      o
desenvolvimento     económico,   social   e   cultural
integrado, harmonioso e sustentável do País, das
diferentes regiões e aglomerados urbanos … ”
POLÍTICA TERRITORIAL E URBANA


O Ordenamento do Território, é um processo que consiste
na organização dos espaços e tem como finalidade:

     Reforçar a coesão nacional;
   Promover     a valorização integrada das diversidades do
      território nacional;
   Assegurar    o aproveitamento racional dos recursos
      naturais, a preservação do equilíbrio ambiental, a
      humanização das cidades e a funcionalidade dos
      espaços edificados;
   Assegurar      a defesa e valorização do património
      cultural e natural;
POLÍTICA TERRITORIAL E URBANA

  Promover  a qualidade de vida e assegurar condições
   favoráveis ao desenvolvimento das actividades
   económicas, sociais e culturais;
  Racionalizar,reabilitar e modernizar os centros
   urbanos e promover a coerência dos sistemas em que
   se inserem;
  Salvaguardar  e valorizar as potencialidades do espaço
   rural, contendo a desertificacão, e incentivando a
   criação de oportunidades de emprego;
  Acautelar  a protecção civil da população, prevenindo
   os efeitos decorrentes das catástrofes naturais ou da
   acção humana.
POLÍTICA TERRITORIAL E URBANA

… adopção de uma política de ordenamento do território e
de urbanismo que deverá obedecer a princípios gerais de:

    Sustentabilidade   e solidariedade integral ;
    Economia, assegurando a utilização ponderada e
    parcimoniosa dos recursos naturais e culturais;
    Coordenação,   articulando e compatibilizando o
    ordenamento com as políticas de desenvolvimento
    económico e social, bem como as políticas sectoriais
    com incidência na organização do território;
    Subsidiariedade,  coordenando os procedimentos dos
    diversos níveis da Administração Pública,
POLÍTICA TERRITORIAL E URBANA

  Equidade, assegurando á justa repartição dos encargos
   e    benefícios  decorrentes     da   aplicação dos
   instrumentos de gestão territorial;
  Participação,   reforçando a consciência cívica dos
   cidadãos;
  Responsabilidade, garantindo a prévia ponderação das
   intervenções com impacte relevante no território;
  Contratualização,incentivando modelos de actuação
   baseados na concertação entre a iniciativa pública e a
   privada;
  Segurança   jurídica.
POLÍTICA TERRITORIAL E URBANA




     Finalidades da
     política
                          Dever de
                          Ordenar o
                          Território
     Principios
     gerais
ORDENAMENTO DO TERRITORIO
Pretende-se, por isso: :
    constituir  as linhas mestras das políticas de
     ordenamento     do    território,   de   expansão e
     requalificação urbana e de valorização ambiental;
    caracterizar as condições de acesso e de participação
     nos diferentes tipos de projecto daí resultantes,
    criaros instrumentos necessários para a viabilização e
     implementação dos respectivos programas e projectos,

    legalizara ocupação e o uso do solo urbano, através do
     seu, ordenamento e titulação;
    melhorar a qualidade de vida nas cidades, através de
     intervenções nas vertentes urbanística e ambiental,
ORDENAMENTO DO TERRITORIO
 constituir as linhas
 mestras das políticas

 caracterizar as
 condições de acesso e de
 participação
                            Lei de bases da política
                            de ordenamento do
 criar os instrumentos,
                            território e de
 metodologias e             urbanismo
 estratégias

legalizar a ocupação e o
uso do solo

melhorar a qualidade de
vida
O PAPEL DO ESTADO

… deverá prever um instrumento de gestão territorial de
âmbito nacional,
  O Programa Nacional da Política de Ordenamento do
  Território e de Urbanismo
   um instrumento essencialmente estratégico,
   um quadro de referência orientador das decisões,
   das intervenções de base territorial,
   de todos os agentes quer públicos quer privados,


Será um instrumento afim, nos objectivos gerais, do
Esquema de Desenvolvimento do Espaço Territorial
Angolano
O PAPEL DO ESTADO
…objectivos como a coesão        económica e social, o
desenvolvimento sustentável      e    a   competitividade
equilibrada.
Um instrumento estratégico a considerar sempre que
estejamos perante a elaboração, alteração, revisão,
reconfiguração de quaisquer instrumentos de gestão
territorial

… privilegiar a concertação e a coordenação das mais diversas
políticas, dos mais diversos planos e programas.

… definirá as grandes opções, as grandes directrizes no
âmbito da organização e da valorização do nosso território.
Opções que deverão estar ao serviço do nosso futuro, do
desenvolvimento sustentável do nosso País.
O PAPEL DO ESTADO
… viabilizar um desenvolvimento espacialmente equilibrado,
atenuador das assimetrias de desenvolvimento regional.
Opções no quadro de diferenciação territorial existente
que resulta da diversidade de recursos e da diversidade de
dinâmicas.
… deverá ser a ponte entre a política de ordenamento do
território e as políticas de desenvolvimento regional.
… a ponte entre a política de ordenamento do território e
as diversas políticas sectoriais de incidência territorial.
… ser ponte irrecusável, ponte permanente entre a política de
ordenamento do território e a política de ambiente.
… um modelo,        um    esquema    de    desenvolvimento
territorializado.
O PAPEL DO ESTADO
esquema que não deixará de identificar as áreas
preferenciais   de   localização    de     investimentos
estruturantes de âmbito regional, nacional mas também
internacional.
Programa Nacional que configurará, desenhará, acima de
tudo, as macro-estruturas, os macro-sistemas e as macro-
redes, ou seja, estruturas, sistemas, redes de interesse,
todos de âmbito nacional; estruturas, sistemas e redes,
vertebradores do nosso território.
… a importância de espaços como os eixos, os corredores, os
espaços canais, de âmbito nacional, que assegurarão a coesão,
a sustentabilidade e a competitivdade do território nacional.
Importará atender às grandes manchas territoriais a que
correspondem diferentes tendências, diferentes dinâmicas
que estão instaladas no território nacional, de natureza
essencialmente demográfica, económica e cultural,
O PAPEL DO ESTADO
Haverá, por outro lado e em contraponto, que desenhar as
estratégias de desenvolvimento para as áreas em perda, em
desertificação, em risco de marginalização.
… destacarão seguramente uma das estruturas ou um
dos sistemas mais relevantes na organização territorial -
 o sistema urbano.
… que constitui a verdadeira ossatura do País, estruturante
do nosso território, sistema urbano que se pretende
integrado, equilibrado, mas também competitivo.
… desenvolver as relações horizontais entre centros
urbanos do mesmo nível numa lógica de funcionamento em
rede.
O PAPEL DO ESTADO

Redes de complementaridade entre cidades, em resultado
das respectivas especializações funcionais, que permitirão
fazer face à competição crescente.

Haverá que continuar a reforçar a rede de cidades médias,
uma vez que desempenham um papel fundamental enquanto
motores de uma nova filosofia de desenvolvimento
territorializado.

… no interior do País, as cidades médias são as
indispensáveis âncoras dos estabelecimentos humanos,
viabilizando a fixação das populações, viabilizando o
desenvolvimento dos recursos endógenos.
… o papel de outros centros urbanos da chamada rede
complementar, as sedes dos nossos municípios.
O PAPEL DO ESTADO
… são indispensáveis ao processo de desenvolvimento das
áreas em perda, das áreas de baixa densidade populacional,
das áreas predominantemente rurais.
Demonstradamente, a criação e a manutenção de certas infra-
estruturas e a prestação de certos serviços, que são
sustentadores da qualidade de vida, requerem limiares mínimos
de população. 0 desenvolvimento faz-se com as pessoas.
As pequenas e médias cidades constituirão, em suma, pólos
dinâmicos de desenvolvimento dos espaços sub-regionais e
regionais e, ainda, dos espaços predominantemente rurais.
Este programa, o Programa Nacional da Política de
Ordenamento do Território e do Urbanismo, não poderá,
excluir da sua macro-visão territorial, dos seus macro-
cenários, parcelas do País com dinâmicas diversas, com
competitividades diversas. Eis, pois, o grande desafio que se
nos coloca.
O PAPEL DO ESTADO
                    … uma política de
                    ordenamento do
                    território e de
                    urbanismo que define e
                    integra as acções,
                    visando assegurar uma
                    adequada organização
O     Crescimento   e utilização do território
urbano deverá       nacional, na
ser acompanhado     perspectiva da sua
de …                valorização, tendo
                    como finalidade o
                    desenvolvimento
                    económico, social e
                    cultural integrado,
                    harmonioso e
                    sustentável dos países,
                    das diferentes regiões e
                    aglomerados urbanos.
O PAPEL DO ESTADO
       Estabelecer as bases da politica de ordenamento do
        Estabelecer as bases da politica de ordenamento do
                    território e de urbanismo
                      território e de urbanismo




  Definição do quadro da                        Definição dos
  politica de ordenemento                  instrumentos de gestão
      do território e de                        territorial que
         urbanismo                            concretizem esta
                                                    politica



                     Regulação da politica de
                          ordenamento do
                     territorio e de urbanismo
O PAPEL DO ESTADO




     SISTEMA DE GETÃO
     SISTEMA DE GETÃO
              Definição dos
              Definição do quadro da


       TERRITORIAL E
               Regulação da politica
              instrumentos de gestão
              politica de ordenemento

       TERRITORIAL E
              territorial que de do
               de ordenamento
              do territóriode
               territorio e e
              concretizem esta
              urbanismo
               urbanismo
              politica

          URBANA
          URBANA
O PAPEL DO ESTADO

O Programa Nacional da Política de Ordenamento do
Território e de Urbanismo terá de encontrar,
consequentemente, as respostas de natureza estratégica
mais adequadas aos diferentes problemas, mas também às
diferentes e aliciantes oportunidades que se nos colocam.
Problemas, desafios, oportunidades que nós vamos dar
resposta. Resposta integrada no Plano Nacional de
Desenvolvimento Económico e Social.

Dar a resposta necessária para ganhar o século; ganhar o
século XXI no respeito por uma dupla que nós,
militantemente, temos de assumir como indissociável.
A dupla do Homem e do Território.
“ Ter planos estáticos ou desactualizados
é quase tão mau como não ter planos.

Em alguns casos pode mesmo       ser pior
porque impede os homens de       pensar.”
OBRIGADO

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Enough for All Forever

  • 1. planetearth R The Planet Earth Institute Enough, for all, nforever ANTÓNIO P. GAMEIRO Ordem dos Arquitectos de Angola ORDEM DOS ARQUITECTOS DE ANGOLA
  • 2. •INTRODUÇÃO • A Organização das Nações Unidas estima que a população mundial será de 8,5 mil milhões de habitantes em 2025 e atingirá os 10,2 mil milhões em 2100. • O maior aumento será nos países em desenvolvimento, que a par da evolução demográfica, estão em forte urbanização, bastião do crescimento económico e social. • Cerca de 175 milhões de pessoas vivem fora dos seus países de origem e 60% dos migrantes do mundo vivem em países mais desenvolvidos.
  • 3. INTRODUÇÃO (URBANIZAÇÃO, GLOBALIZAÇÃO E POBREZA)  ... autoridades locais oferecem incentivos financeiros,  infra-estrutura e serviços urbanos  sistemas de comunicações  transportes eficientes  habitação suficiente  acesso aos serviços de educação, saúde e a áreas de lazer.  No terceiro trimestre de 2008, o número de pessoas que vive em cidades pela primeira vez na História excedeu o número de pessoas que vivem em áreas rurais. Dos seis (6) bilhões de habitantes do planeta, mais de três bilhões (3,2) vivem em cidades e um (1) vive em musseques, favelas, cortiços urbanos.
  • 4. INTRODUÇÃO (URBANIZAÇÃO, GLOBALIZAÇÃO E POBREZA)  Dentro de 20 anos, a projecção é de que a população mundial cresça para oito (8) bilhões, dos quais cinco (5) bilhões viverão em cidades e dois (2) em musseques, favelas, cortiços urbanos.  A ONU estima que apenas 5% dos trabalhos de construção civil em curso nas cidades em expansão de todo o mundo sejam planificados.  Boa parte do crescimento urbano do século XXI está a acontecer nos países em desenvolvimento, mas boa parte das teorias de como as cidades funcionam ou devem funcionar, continuam enraizadas nos países desenvolvidos.
  • 5. AUMENTO DEMOGRÁFICO (Angola - TR) Nos anos 1950 começou a articular-se uma resistência contra a dominação colonial, que culminou com a proclamação da independência de Angola no dia 11 de Novembro de 1975.   Após a independência, com a guerra que durou até 2002, registou-se uma grande alteração na distribuição da população angolana, de realçar os seguintes aspectos: • por um lado, como resultado de fluxos em direcção a outros países incluindo os vizinhos, • por outro, pela intensificação dos fluxos migratórios internos do tipo rural-urbano esvaziando o campo em direcção a cidades de pequeno e médio porte. • provocou também um intenso fluxo urbano-urbano, de pequenas e medias cidades em direcção as grandes cidades.
  • 6. AUMENTO DEMOGRÁFICO (Angola) consequência dessa intensificação da migração interna, Angola sofreu nos anos oitenta e noventa, um processo crescente de urbanização, • a taxa média de crescimento urbano 1995-2000 foi estimada segundo as Nações Unidas em torno de 5,6%. • para o período de 2000-2010 esta taxa manteve-se em torno dos 4%.   Os estudos demográficos realizados, davam-nos em 1960; • 11% da população a viver em áreas urbanas, • 14% em 1970. • 28% em 1984, • 43% nos anos noventa (1990)
  • 7. AUMENTO DEMOGRÁFICO (Angola - TR) Dada a deterioração das condições de vida nas áreas rurais e o recrudescimento da guerra a partir de Dezembro de 1998, esta proporção pode ter-se aproximado, ou mesmo ultrapassado, • 55% em 2002, Actualmente, segundo estimativas das Nações Unidas a proporção da população urbana deve rondar os 57%.
  • 8. AUMENTO DEMOGRÁFICO Províncias com maior número de População Urbana (estimativa) Luanda: 20% Huambo : 10% Benguela : 10% Lubango: 5% Resto do país: 55%
  • 9. AUMENTO DEMOGRÁFICO A densidade populacional em Angola para o ano 2000 foi estimada em cerca de 10 habitantes por km2. Luanda aparece como a província de maior concentração populacional, com pouco mais de 1000 hab/km2 as províncias do Moxico, Kuando Kubango, Namibe, Lunda Sul e Lunda Norte são as de menor densidade demográfica, nenhuma ultrapassando os 4 hab/km2. tendo em conta os altos ritmos de crescimento da população em Angola, estes valores alteraram-se, actualmente, deve situar-se em torno de 16 habitantes por km2 para o país como um todo.
  • 10. AUMENTO DEMOGRÁFICO (Angola) Dada a deterioração das condições de vida nas áreas rurais e o recrudescimento da guerra a partir de Dezembro de 1998, esta proporção pode ter-se aproximado, ou mesmo ultrapassado, • 55% em 2002, Actualmente, segundo estimativas das Nações Unidas a proporção da população urbana deve rondar os 57%, (mais de metade da população angolana é uma população urbana)
  • 11. O problema é ... •Crescimento descontrolado da construção; •Baixa qualidade do ambiente urbano; •Elevados índices de carência, infra-estruturas, equipamentos, serviços,... •PERDA DA ESTRUTURA URBANA Qual é o desafio ? Definir uma estratégia para o estancamento das construções irregulares (anárquicas) nas cidades do país. O objecto da pretendida estratégia carece de adequada reflexão, porque as expressões estancamento das construções anárquicas e realojamento das respectivas famílias residentes afigura-se, à primeira vista, como tarefa de difícil concretização. Nesta situação, devemos percorrer dois caminhos:
  • 12. Ali onde já existe ocupação do solo REQUALIFICAÇÃO ou REQUALIFICAÇÃO ou RENOVAÇÃO RENOVAÇÃO (melhoria das condições de habitabilidade) (melhoria das condições de habitabilidade) Ali onde não existe ocupação do solo NOVAS URBANIZAÇÕES NOVAS URBANIZAÇÕES (Projectos Urbanísticos prévios, com infra-estruturação (Projectos Urbanísticos prévios, com infra-estruturação progressiva e posterior regularização) progressiva e posterior regularização)
  • 13. A REQUALIFICAÇÃO URBANA TRANSFORMANDO PROBLEMAS EM OPORTUNIDADES SÍNTESE DA OPORTUNIDADE Ocupação Regular Ocupação Irregular Infraestruturada ÁREA REGULARIZÁVEL REALOJAMENTO ÁREA NÃO adapuc O REGULARIZÁVEL anab U ae Á r TO EN r AM NT S SE A RE ab U ae Á r r apuc O a U a er Á Projectos Urbanísticos prévios, para posterior regularização r e infraestruturação progressiva
  • 14. POLÍTICA TERRITORIAL E URBANA Então qual é o desafio ? A resposta está na definição de uma Política de Ordenamento do Território e do Urbanismo, que integra as acções promovidas pela Administração Pública, com o objectivo de assegurar uma adequada organização e utilização do território nacional, tendo como finalidade o desenvolvimento económico, social e cultural integrado, harmonioso e sustentável do País, das diferentes regiões e aglomerados urbanos.
  • 15. Organização do sistema de ordenamento territorial criado pela LOTU angolana Nacional POOTN – Principais Opções de Ordenamento do Território Nacional Provincial PIPOT – Plano Inter-provincial PPOT – Plano Provincial PIMOT – Plano Intermunicipal PDM – Plano Director Municipal Municipal PDG – Plano Director Geral (grandes cidades) PU – Plano de Urbanização PP – Plano de Pormenor POR – Plano de Ordenamento Rural
  • 16. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Esse conceito definido como: ... “aquele que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras em satisfazerem as suas próprias necessidades” ...
  • 17. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL SOCIAL ECONOMIA FORMAÇÃO COMUNIDADE CAPITAL CULTURAL TECNOLOGIA MEIO AMBIENTE ENERGÉTICA ENERGIA DESENHO ÁGUA NOVAS TECNOLOGIAS CAPITAL DE RECURSOS CAPITAL DE CONHECIMENTOS
  • 18. ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO “ ... tem como objectivo assegurar uma adequada organização e utilização do território nacional, tendo como finalidade o desenvolvimento económico, social e cultural integrado, harmonioso e sustentável do País, das diferentes regiões e aglomerados urbanos … ”
  • 19. POLÍTICA TERRITORIAL E URBANA O Ordenamento do Território, é um processo que consiste na organização dos espaços e tem como finalidade:  Reforçar a coesão nacional;  Promover a valorização integrada das diversidades do território nacional;  Assegurar o aproveitamento racional dos recursos naturais, a preservação do equilíbrio ambiental, a humanização das cidades e a funcionalidade dos espaços edificados;  Assegurar a defesa e valorização do património cultural e natural;
  • 20. POLÍTICA TERRITORIAL E URBANA  Promover a qualidade de vida e assegurar condições favoráveis ao desenvolvimento das actividades económicas, sociais e culturais;  Racionalizar,reabilitar e modernizar os centros urbanos e promover a coerência dos sistemas em que se inserem;  Salvaguardar e valorizar as potencialidades do espaço rural, contendo a desertificacão, e incentivando a criação de oportunidades de emprego;  Acautelar a protecção civil da população, prevenindo os efeitos decorrentes das catástrofes naturais ou da acção humana.
  • 21. POLÍTICA TERRITORIAL E URBANA … adopção de uma política de ordenamento do território e de urbanismo que deverá obedecer a princípios gerais de:  Sustentabilidade e solidariedade integral ;  Economia, assegurando a utilização ponderada e parcimoniosa dos recursos naturais e culturais;  Coordenação, articulando e compatibilizando o ordenamento com as políticas de desenvolvimento económico e social, bem como as políticas sectoriais com incidência na organização do território;  Subsidiariedade, coordenando os procedimentos dos diversos níveis da Administração Pública,
  • 22. POLÍTICA TERRITORIAL E URBANA  Equidade, assegurando á justa repartição dos encargos e benefícios decorrentes da aplicação dos instrumentos de gestão territorial;  Participação, reforçando a consciência cívica dos cidadãos;  Responsabilidade, garantindo a prévia ponderação das intervenções com impacte relevante no território;  Contratualização,incentivando modelos de actuação baseados na concertação entre a iniciativa pública e a privada;  Segurança jurídica.
  • 23. POLÍTICA TERRITORIAL E URBANA Finalidades da política Dever de Ordenar o Território Principios gerais
  • 24. ORDENAMENTO DO TERRITORIO Pretende-se, por isso: :  constituir as linhas mestras das políticas de ordenamento do território, de expansão e requalificação urbana e de valorização ambiental;  caracterizar as condições de acesso e de participação nos diferentes tipos de projecto daí resultantes,  criaros instrumentos necessários para a viabilização e implementação dos respectivos programas e projectos,  legalizara ocupação e o uso do solo urbano, através do seu, ordenamento e titulação;  melhorar a qualidade de vida nas cidades, através de intervenções nas vertentes urbanística e ambiental,
  • 25. ORDENAMENTO DO TERRITORIO constituir as linhas mestras das políticas caracterizar as condições de acesso e de participação Lei de bases da política de ordenamento do criar os instrumentos, território e de metodologias e urbanismo estratégias legalizar a ocupação e o uso do solo melhorar a qualidade de vida
  • 26. O PAPEL DO ESTADO … deverá prever um instrumento de gestão territorial de âmbito nacional, O Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território e de Urbanismo  um instrumento essencialmente estratégico,  um quadro de referência orientador das decisões,  das intervenções de base territorial,  de todos os agentes quer públicos quer privados, Será um instrumento afim, nos objectivos gerais, do Esquema de Desenvolvimento do Espaço Territorial Angolano
  • 27. O PAPEL DO ESTADO …objectivos como a coesão económica e social, o desenvolvimento sustentável e a competitividade equilibrada. Um instrumento estratégico a considerar sempre que estejamos perante a elaboração, alteração, revisão, reconfiguração de quaisquer instrumentos de gestão territorial … privilegiar a concertação e a coordenação das mais diversas políticas, dos mais diversos planos e programas. … definirá as grandes opções, as grandes directrizes no âmbito da organização e da valorização do nosso território. Opções que deverão estar ao serviço do nosso futuro, do desenvolvimento sustentável do nosso País.
  • 28. O PAPEL DO ESTADO … viabilizar um desenvolvimento espacialmente equilibrado, atenuador das assimetrias de desenvolvimento regional. Opções no quadro de diferenciação territorial existente que resulta da diversidade de recursos e da diversidade de dinâmicas. … deverá ser a ponte entre a política de ordenamento do território e as políticas de desenvolvimento regional. … a ponte entre a política de ordenamento do território e as diversas políticas sectoriais de incidência territorial. … ser ponte irrecusável, ponte permanente entre a política de ordenamento do território e a política de ambiente. … um modelo, um esquema de desenvolvimento territorializado.
  • 29. O PAPEL DO ESTADO esquema que não deixará de identificar as áreas preferenciais de localização de investimentos estruturantes de âmbito regional, nacional mas também internacional. Programa Nacional que configurará, desenhará, acima de tudo, as macro-estruturas, os macro-sistemas e as macro- redes, ou seja, estruturas, sistemas, redes de interesse, todos de âmbito nacional; estruturas, sistemas e redes, vertebradores do nosso território. … a importância de espaços como os eixos, os corredores, os espaços canais, de âmbito nacional, que assegurarão a coesão, a sustentabilidade e a competitivdade do território nacional. Importará atender às grandes manchas territoriais a que correspondem diferentes tendências, diferentes dinâmicas que estão instaladas no território nacional, de natureza essencialmente demográfica, económica e cultural,
  • 30. O PAPEL DO ESTADO Haverá, por outro lado e em contraponto, que desenhar as estratégias de desenvolvimento para as áreas em perda, em desertificação, em risco de marginalização. … destacarão seguramente uma das estruturas ou um dos sistemas mais relevantes na organização territorial - o sistema urbano. … que constitui a verdadeira ossatura do País, estruturante do nosso território, sistema urbano que se pretende integrado, equilibrado, mas também competitivo. … desenvolver as relações horizontais entre centros urbanos do mesmo nível numa lógica de funcionamento em rede.
  • 31. O PAPEL DO ESTADO Redes de complementaridade entre cidades, em resultado das respectivas especializações funcionais, que permitirão fazer face à competição crescente. Haverá que continuar a reforçar a rede de cidades médias, uma vez que desempenham um papel fundamental enquanto motores de uma nova filosofia de desenvolvimento territorializado. … no interior do País, as cidades médias são as indispensáveis âncoras dos estabelecimentos humanos, viabilizando a fixação das populações, viabilizando o desenvolvimento dos recursos endógenos. … o papel de outros centros urbanos da chamada rede complementar, as sedes dos nossos municípios.
  • 32. O PAPEL DO ESTADO … são indispensáveis ao processo de desenvolvimento das áreas em perda, das áreas de baixa densidade populacional, das áreas predominantemente rurais. Demonstradamente, a criação e a manutenção de certas infra- estruturas e a prestação de certos serviços, que são sustentadores da qualidade de vida, requerem limiares mínimos de população. 0 desenvolvimento faz-se com as pessoas. As pequenas e médias cidades constituirão, em suma, pólos dinâmicos de desenvolvimento dos espaços sub-regionais e regionais e, ainda, dos espaços predominantemente rurais. Este programa, o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território e do Urbanismo, não poderá, excluir da sua macro-visão territorial, dos seus macro- cenários, parcelas do País com dinâmicas diversas, com competitividades diversas. Eis, pois, o grande desafio que se nos coloca.
  • 33. O PAPEL DO ESTADO … uma política de ordenamento do território e de urbanismo que define e integra as acções, visando assegurar uma adequada organização O Crescimento e utilização do território urbano deverá nacional, na ser acompanhado perspectiva da sua de … valorização, tendo como finalidade o desenvolvimento económico, social e cultural integrado, harmonioso e sustentável dos países, das diferentes regiões e aglomerados urbanos.
  • 34. O PAPEL DO ESTADO Estabelecer as bases da politica de ordenamento do Estabelecer as bases da politica de ordenamento do território e de urbanismo território e de urbanismo Definição do quadro da Definição dos politica de ordenemento instrumentos de gestão do território e de territorial que urbanismo concretizem esta politica Regulação da politica de ordenamento do territorio e de urbanismo
  • 35. O PAPEL DO ESTADO SISTEMA DE GETÃO SISTEMA DE GETÃO Definição dos Definição do quadro da TERRITORIAL E Regulação da politica instrumentos de gestão politica de ordenemento TERRITORIAL E territorial que de do de ordenamento do territóriode territorio e e concretizem esta urbanismo urbanismo politica URBANA URBANA
  • 36. O PAPEL DO ESTADO O Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território e de Urbanismo terá de encontrar, consequentemente, as respostas de natureza estratégica mais adequadas aos diferentes problemas, mas também às diferentes e aliciantes oportunidades que se nos colocam. Problemas, desafios, oportunidades que nós vamos dar resposta. Resposta integrada no Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Social. Dar a resposta necessária para ganhar o século; ganhar o século XXI no respeito por uma dupla que nós, militantemente, temos de assumir como indissociável. A dupla do Homem e do Território.
  • 37. “ Ter planos estáticos ou desactualizados é quase tão mau como não ter planos. Em alguns casos pode mesmo ser pior porque impede os homens de pensar.”
  • 38.