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Sustentabilidade setor farmaceutico_luiz henrique
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Apresentação dos trabalhos de conclusão de curso dos alunos do MBA Executivo Internacional da FIA. Desde 2005 é o único curso de origem brasileira classificado entre os melhores do mundo pelo Executive MBA Ranking do Financial Times de Londres.
1. Inovação em busca de competitividade e geração de valor
04/11/2011
ISBN 9788599809020
www.fia.com.br/profuturo
2. “Análise da Evolução, Grau de Maturidade e Práticas de
Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Cidadania
Corporativa no Setor Farmacêutico Brasileiro”
Autor: Luiz Henrique Schurig Fernandes
Orientador: Profa. Cristina Dai Prá Martens
São Paulo, 4 de novembro de 2011
5. 1. Introdução
• A sustentabilidade como essência do negócio,
relacionada ao valor da empresa, competitividade e
longevidade.
• A construção de uma nova economia sustentável a partir
de iniciativas e interações de diversos protagonistas,
como governos, empresas, organizações, grupos de
pessoas e empreendimentos individuais.
• A concepção e a evolução de parâmetros e mecanismos
de medição do grau de engajamento e maturidade das
empresas e pessoas rumo à sustentabilidade.
6. 1. Introdução
Empresa
Acionistas
econômico
Governos
Sustentabilidade
ONG´s social ambiental
Investidores
Pacientes
Consumidores
7. 1. Introdução
• Decisão por focar o estudo no setor farmacêutico pelo elevado
impacto social: 2 bilhões de pessoas não tem acesso a nenhum
medicamento (ACCESS TO MEDICINE INDEX).
• Momento de transformação do setor farmacêutico:
- Perda da capacidade de gerar inovações (menos novas drogas/ano);
- Aumento do rigor dos órgãos de fiscalização sanitária para aprovação
de novas drogas;
- Maior pressão para queda do preço do produto pelos financiadores
(governos e entidades privadas);
- Aumento de genéricos;
- Crise econômica internacional.
• Busca de novos mercados: Brasil, China, Índia e Rússia
8. 1. Introdução
• Indústria farmacêutica no contexto brasileiro:
Governo participa com 42% dos gastos com saúde (média dos outros
países é de 69%).
80% dos gastos com medicamentos financiados pelos consumidores
Brasil é o país que mais tributa as vendas de medicamentos (28%);
Brasil, junto com BRICs, é líder nas tentativas de mudanças de
legislação sobre patentes e licenciamento compulsório
Forte crescimento das genéricos.
Tais condições impactam sobremaneira as estratégias e decisões das
empresas farmacêuticas...
9. 2. Pergunta de pesquisa
Qual tem sido o posicionamento das empresas
farmacêuticas atuantes no Brasil com relação
à sustentabilidade de seus negócios e qual o
grau de maturidade atingido?
10. 3. Objetivos
• Geral: Traçar um panorama geral e reflexivo
sobre o estágio de evolução e grau de
maturidade do setor farmacêutico brasileiro
em direção à sustentabilidade
• Específico: Promover uma análise crítica das
práticas de sustentabilidade das empresas do
setor farmacêutico no Brasil
11. 4. Referencial Teórico
4.1. Conceitos de Sustentabilidade:
Rachel Carson (1962) – “Primavera Silenciosa” sobre a destruição da vida
selvagem e o uso de DDT.
Relatório Meadows (1972): repercussão internacional pois apontava para a pressão que
o crescimento vinha fazendo sobre os recursos naturais e energéticos, pondo em risco o futuro
desenvolvimento da humanidade.
Declaração de Estocolmo (1972): “a proteção e o melhoramento do meio ambiente
humano é uma questão fundamental que afeta o bem-estar dos povos e o desenvolvimento econômico do
mundo inteiro, um desejo urgente dos povos de todo o mundo e um dever de todos os governos”.
Aprovação do relatório Brundtland (Nosso Futuro Comum) pela
Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento pela ONU: conceito de desenvolvimento
sustentável: “Sustentabilidade é o princípio segundo o qual o uso dos recursos naturais e humanos para a
satisfação das necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações
futuras, podendo ser aplicado a qualquer empreendimento humano, seja uma residência, uma pequena
comunidade, uma grande corporação, um país, e em última conseqüência, o próprio planeta. Relaciona-se,
portanto, à interdependência dos seres vivos entre si e em relação ao meio ambiente, fazendo-se necessário
que qualquer empreendimento ou negócio seja sustentável, para que perdure.”
12. 4. Referencial Teórico
Conceitos de Responsabilidade Social Corporativa (1953):
Howard Bowen: “as obrigações dos empresários de cumprir as políticas, tomar as decisões, ou
seguir as linhas de ação que sejam desejáveis dos objetivos e valores de nossa sociedade.” (SAVITZ, 2007).
Outros marcos:
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano (Rio 92 ou Eco 92):
presença de 179 países com plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente.
Protocolo de Kyoto (1997): tratado para redução de gases que provocam o efeito estufa (GEE)
PORTER (1985): conceito de vantagem competitiva.
SAVITZ (2007): “Bem compreendida e aplicada na prática, a sustentabilidade envolve estratégia,
gestão e lucro”.
SMERALDI (2009): “A procura da sustentabilidade pode ser resumida como uma estratégia
ampla de gerenciamento de risco,e, portanto diz respeito à essência do negócio. A capacidade de prever,
conter e aproveitar o risco, transformando-o mesmo em oportunidade, é um diferencial que caracteriza o
empreendedor bem-sucedido”.
13. 4. Referencial Teórico
4.2. Estágios de evolução da Responsabilidade Social
das Empresas:
Filantropia/Marketing Social (KOTLER)
Preocupações trabalhistas, comunitárias e consumeristas
Conceito de stakeholders (FREEMAN)
Sustentabilidade no centro do negócio: conceito de Triple
Botton Line (ELKINGTON, 1998): marco, sustentabilidade passa a integrar o
centro dos negócios e se relacionar intimamente com a própria gestão do risco e permanência da
empresa. ELKINGTON sugere que as empresas avaliem “o sucesso não só com base do desempenho
financeiro, mas também sob o ponto de vista de seu impacto sobre a economia mais ampla, sobre o
meio ambiente e sobre a sociedade em que atua”.
14. 4. Referencial Teórico
4.3. Ferramentas de medição e implementação das
práticas de sustentabilidade
Indicadores e índices de sustentabilidade (DJSI, ISSO
140001, ISE)
Critérios para elaboração de relatórios de sustentabilidade
(Tríplice Resultado, GRI, Relatório Único)
Questão do acesso aos medicamentos (Access to Medicine
Index)
Relatórios Pharmafutures (2004, 2006, 2008, 2010)
15. 4. Referencial Teórico
4.4. Responsabilidade Social e Sustentabilidade no
Brasil:
IBASE/PNBE (1983)
GIFE (1995)
Selo do Balanço Social (IBASE/Gazeta Mercantil, 1997)
Instituto Ethos (1998)
Indicadores Ethos (2000)
Criação do Projeto FarmaSustentável (GRUPEMEF, 2004)
Relatório Interfarma de Responsabilidade Social (2010)
16. 5. Metodologia
5.1. Objetivo da pesquisa: traçar um panorama geral e reflexivo
sobre o estágio de evolução e grau de maturidade do setor
farmacêutico brasileiro em direção à sustentabilidade
5.2. Tipo de pesquisa: pesquisa exploratório nos websites de
empresas representativas do setor sobre compromissos e
práticas de sustentabilidade divulgados ao público em geral.
5.3. Coleta de dados sobre sobre quaisquer referências à
sustentabilidade, responsabilidade social e cidadania
corporativa
5.4. Análises qualitativas e quantitativas dos dados obtidos, a
partir dos Indicadores FarmaSustentável.
17. 5. Metodologia
Pesquisa nas 41 empresas pertencentes à Interfarma
Faturamento: R$ 18,5 bilhões de reais
Participação no mercado brasileiro: 55,1%
Investimento em P&D: 252 milhões
Destas 41, 16 das top 20 vendas no mercado global.
- Considerações gerais sobre a pesquisa;
- Descrição completa de todos os compromissos, práticas, projetos e programas da empresa no site
brasileiro;
- Identificação das práticas segundo os Indicadores FarmaSustentável (acesso, engajamento stakeholders,
inovação contínua, atenção ao meio ambiente, consumo e prescrição responsáveis);
- Análise crítica.
18. 6. Principais Resultados
• 6 empresas não dispunham de endereço eletrônico brasileiro:
Amgen (2009), Besins (2010), BioMarin (2006), Ipsen (2007),
Isdin (2009), Leo Pharma (2009).
• Biominas Brasil é instituição para promover e desenvolver
negócios de biotecnologia e biociências no Brasil.
• TOTAL de empresas incluídas = 34
19. 6. Principais Resultados
188 projetos descritos
Menção à palavra
Relatório de Código de conduta ou
Sustentabilidade ou políticas segurança,
sustentabilidade no Governança
sustentável; saúde e meio
próprio site para Corporativa para
responsabilidade social e/ou ambiente
download download
cidadania corporativa
Sim 8 (23,5%) 25 (73,5%) 10 (29,4%) 4 (11,7%)
Não 26 (76,5%) 9 (26,5%) 24 (70,6%) 30 (88,3%)
Consumo e
Ind. Farma- Engajamento Inovação Atenção ao Meio
Acesso Prescrição
Sustent. Stakeholders Contínua Ambiente
Responsáveis
Sim 14 (41%) 29 (85%) 34 (100%) 15 (44%) 30 (88%)
Não (ND) 19 (56%) 5(15%) 19 (56%) 3 (9%)
N/A 1 (3%) 1 (3%)
20. 7. Considerações Finais
1. Há descompasso na questão teórica e prática da sustentabilidade:
embora 73,5% das empresas mencionem ter políticas de sustentabilidade, responsabilidade social ou
cidadania corporativa, apenas 23,5% divulgam relatórios consistentes de sustentabilidade.
2. Código de Conduta ou Ética (11,7%) e políticas de saúde,
segurança e meio-ambiente (29%) precisam receber mais atenção
e precisa ser divulgado para a sociedade.
3. Mais da metade das empresas (56%) não dispunha de programas
de acesso a medicamentos : IMPACTO SOCIAL.
4. Os Indicadores Farmasustentável, a despeito de pioneiro no Brasil,
não permite a comparação entre as empresas com relação à
intensidade de suas práticas (mensuração).
21. 7. Considerações Finais
A gestão sustentável tem-se apresentado de maneira ainda muito
heterogênea, com diferentes graus de evolução e maturidade entre as
empresas do setor farmacêutico no Brasil, faltando ainda um alinhamento
mais coerente e transparente entre discurso e a prática.
22. Considerações Finais
7.2. Limitações da pesquisa.
- Não inclusão de empresas nacionais como EMS Pharma (1º. Lugar em vendas); Aché (4º.), Eurofarma (5º.),
Neoquímica (8º.), Biolab-Sanus Farma (14º.), Sandoz do Brasil (15º), teuto Brasileiro (16º.), Mantecorp
(19º.) por não estarem ligadas à Interfarma.
- Coleta dos dados somente nos sites brasileiros e não dos sites da matriz. Podem existir programas de
sustentabilidade globais,mas não divulgados localmente.
7.3. Sugestões de novos estudos.
- Participação do Comitê de Sustentabilidade da Bausch Global e no Brasil
- Publicação em revista (Ethos) e meios farmacêuticos de comunicação (Grupemef)