O documento discute leucemias em crianças, o tipo de câncer mais comum nessa faixa etária. Apresenta sinais e sintomas iniciais como palidez, fadiga e dor óssea. O diagnóstico é feito através de exames de sangue e medula óssea para identificar anormalidades nas células hematopoiéticas. Dois casos clínicos exemplificam diferentes tipos de leucemia em crianças.
3. Câncer Infantil
Comum no adulto, raro em crianças e adolescentes
Difícil de diagnosticar nos estágios iniciais sinais e sintomas são inespecíficos
Permanece como a principal causa de morte relacionada a doença em crianças
4. Câncer Infantil
Tempo é extremamente importante
Muitas das neoplasias são altamente curáveis
Diagnóstico precoce muitas vezes associado a um melhor prognóstico, diminuição da intensidade de tratamento e menos complicações (tanto da doença quanto da terapia)
9. Leucemias
Tipo de câncer mais frequente na faixa pediátrica (1/4 de todas as malignidades)
Nesse grupo temos a leucemia linfóideaguda, a leucemia mielóideaguda e a leucemia mielóidecrônica
10. Leucemias
Distribuição de causa de morte por câncer em crianças e adolescentes de 0- 19 anos segundo NationalCenter for Health Statisticspublic-usefile
11. Leucemias
A leucemia linfóideaguda é a mais frequente perfazendo cerca de 83% de todos os casos de leucemias agudas e 72% de todas as leucemias
A leucemia mielóideaguda ocorre em cerca de 18% dos casos de leucosesagudas
Leucemia mielóidecrônica conta por 3 a 5% das leucemias.
12. Leucemias
LLA tem pico de incidência entre os 2 e 5 anos de idade
A incidência de LMA varia com a idade, com as taxas mais altas sendo vistas nos 2 primeiros anos de vida seguida de uma queda até 9 anos de idade
A LMC é uma doença rara em menores de 2 anos sendo mais comum em adolescentes e adultos jovens
14. Grau de certeza
LLA
LMA
Modificadores de risco aceitos
Sexo masculino
Idade entre 2 e 5 anos
Nível sócio econômico mais elevado
Raça(brancos>negros)
Exposição a Raio X intra-útero
Radiação pós natal (terapêutica)
Síndrome de Down
Neurofibromatosetipo 1
Síndrome de Bloom
Síndrome de Schwachman
Teleangiectasia-Ataxia
GIG
Raça (hispânica)
Agentesquimioterápicos (alquilantese inibidores da topisomerase)
Síndrome de Down
Anemia de Fanconi
Neurofibromatosetipo 1
Síndrome de Bloom
Síndrome de Schwachman
Monossomia7 familial
Síndrome de Kostmann
Granulocitopenias
15. Grau de certeza
LLA
LMA
Sugestivo de aumento de risco
Históriamaterna de perda fetal
Consumomaterno de álcool durante a gestação
Exposição pré natal e de crianças a pesticidas
Exposição dos pais a solventes
16. Grau de certeza
LLA
LMA
EvidênciaLimitada
Históriade tabagismo dos pais antes e durante a gestação
Exposição ocupacional dos pais
Infecção pós natal
Dieta
Consumo materno de álcool durante a gestação
Redes elétricas e magnéticas
Uso pós natal de cloranfenicol
Consumomaterno de maconha durante a gestação
Uso pós natal de cloranfenicol
17. Apresentação Clínica
Reflete o grau de infiltração da medula óssea e a extensão da doença por tecidos extramedulares
Decorrentes da substituição do tecido hematopoiético normal: anemia, infecções e sangramentos
18. Apresentação Clínica
Reflete o grau de infiltração medular e da disseminação das células leucêmicas em outros tecidos do corpo
ChildhoodLeukemias
ThirdEdition
23. Sangue periférico
Poucos pacientes com contagem normal:
90% apresentam anemia
e/ou plaquetopenia
Anemia normocíticae
normocrômica
Contagem de leucócitos é
variável
Metade das crianças com
mais de 20.000 leucócitos
Leucometriassuperiores a
100.000 10% das LLA B;
50% das LLA T; 30% das LMA
25. Dor óssea
Sem sinais flogísticose muitas vezes suficientemente forte para interferir com o sono e atividades gerais
Pode ser localizada ou generalizada, principalmente em ossos longos
Pode ser acompanhada de palidez, mas frequentemente com contagens próximas ao normal
26. Lesões Osteolíticas
Bandas Metafisárias
Fotos retiradas da aula da Dra. Vitória - Primeiros sinais e sintomas de leucemia
27. Erros diagnósticos mais frequentes
Dor de crescimento
Febre reumática: dor articular migratória
presença de sinais flogísticos
Artrite reumatóide: acomete pequenas articulações
rigidez matinal
30. Diagnóstico
Hemograma completo com microscopia
Mielograma: morfologia
imunofenotipagem
citogenética/biologia molecular
Biópsia de medula óssea
31. Casos Clínicos
Data de nascimento:23/11/2001
Data da chegada: 04/12/2013
Idade: 4 anos e 11 meses
Sexo: F
32. Casos Clínicos
Há 6 meses iniciou com artralgiacom edema local feito diagnóstico de artrite reumatóide. Iniciado tratamento com corticóide, metotrexatee antinflamatório
Há 1 mês com queixa novamente de dor, eritema e edema em tornozelo esquerdo. Iniciado prednisona e colhido hemograma que mostrou discreta leucopenia. Como menor sem melhora encaminhada para mielograma
33. Casos Clínicos
Exame Físico: em BEG, com mucosas descoradas (++/4), hidratadas, anictérica, com boa PCP
Sem adenomegalias
Sem visceromegalias
36. Casos Clínicos
DN: 24/02/2007
Idade: 5 anos
Febre há 2 semanas, relato de IVAS e tratamento com amoxicilina, mialgia, dor em MMII e distensão abdominal. Evoluiu com petéquias, melena e oligúria. Encaminhado para investigação
37. Casos Clínicos
Febre há 2 meses, relato de IVAS e tratamento com amoxicilina sem melhora. Evoluiu com mialgia, dor em MMII e distensão abdominal. Encaminhado para investigação com petéquias, melena e oligúria.
38. Casos Clínicos
Leucometriainicial: 16.600
Uréia: 45,1 Creatinina: 1,59 Ácido úrico: 15,89
Alteração de íons franca IRA e SLT
Mielograma: hipercelularcom 98% de blastos. Leucemia linfódeaguda
Paciente com IRA, SLT evoluiu na indução com neutropeniafebril, hemorragia pulmonar e choque séptico