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Leucemias 
Programa de Diagnóstico Precoce do Câncer Infantil
Leucemias 
Bianca FaustiniBaglioli
Câncer Infantil 
Comum no adulto, raro em crianças e adolescentes 
Difícil de diagnosticar nos estágios iniciais sinais e sintomas são inespecíficos 
Permanece como a principal causa de morte relacionada a doença em crianças
Câncer Infantil 
Tempo é extremamente importante 
Muitas das neoplasias são altamente curáveis 
Diagnóstico precoce muitas vezes associado a um melhor prognóstico, diminuição da intensidade de tratamento e menos complicações (tanto da doença quanto da terapia)
HematopoieseNormal
HematopoieseNormal
 Aula 9: Dra. Bianca Baglioli (Oncologista Pediátrica)
 Aula 9: Dra. Bianca Baglioli (Oncologista Pediátrica)
Leucemias 
Tipo de câncer mais frequente na faixa pediátrica (1/4 de todas as malignidades) 
Nesse grupo temos a leucemia linfóideaguda, a leucemia mielóideaguda e a leucemia mielóidecrônica
Leucemias 
Distribuição de causa de morte por câncer em crianças e adolescentes de 0- 19 anos segundo NationalCenter for Health Statisticspublic-usefile
Leucemias 
A leucemia linfóideaguda é a mais frequente perfazendo cerca de 83% de todos os casos de leucemias agudas e 72% de todas as leucemias 
A leucemia mielóideaguda ocorre em cerca de 18% dos casos de leucosesagudas 
Leucemia mielóidecrônica conta por 3 a 5% das leucemias.
Leucemias 
LLA tem pico de incidência entre os 2 e 5 anos de idade 
A incidência de LMA varia com a idade, com as taxas mais altas sendo vistas nos 2 primeiros anos de vida seguida de uma queda até 9 anos de idade 
A LMC é uma doença rara em menores de 2 anos sendo mais comum em adolescentes e adultos jovens
Crianças em Risco
Grau de certeza 
LLA 
LMA 
Modificadores de risco aceitos 
Sexo masculino 
Idade entre 2 e 5 anos 
Nível sócio econômico mais elevado 
Raça(brancos>negros) 
Exposição a Raio X intra-útero 
Radiação pós natal (terapêutica) 
Síndrome de Down 
Neurofibromatosetipo 1 
Síndrome de Bloom 
Síndrome de Schwachman 
Teleangiectasia-Ataxia 
GIG 
Raça (hispânica) 
Agentesquimioterápicos (alquilantese inibidores da topisomerase) 
Síndrome de Down 
Anemia de Fanconi 
Neurofibromatosetipo 1 
Síndrome de Bloom 
Síndrome de Schwachman 
Monossomia7 familial 
Síndrome de Kostmann 
Granulocitopenias
Grau de certeza 
LLA 
LMA 
Sugestivo de aumento de risco 
Históriamaterna de perda fetal 
Consumomaterno de álcool durante a gestação 
Exposição pré natal e de crianças a pesticidas 
Exposição dos pais a solventes
Grau de certeza 
LLA 
LMA 
EvidênciaLimitada 
Históriade tabagismo dos pais antes e durante a gestação 
Exposição ocupacional dos pais 
Infecção pós natal 
Dieta 
Consumo materno de álcool durante a gestação 
Redes elétricas e magnéticas 
Uso pós natal de cloranfenicol 
Consumomaterno de maconha durante a gestação 
Uso pós natal de cloranfenicol
Apresentação Clínica 
Reflete o grau de infiltração da medula óssea e a extensão da doença por tecidos extramedulares 
Decorrentes da substituição do tecido hematopoiético normal: anemia, infecções e sangramentos
Apresentação Clínica 
Reflete o grau de infiltração medular e da disseminação das células leucêmicas em outros tecidos do corpo 
ChildhoodLeukemias 
ThirdEdition
ChildhoodLeukemiasThirdEdition
 Aula 9: Dra. Bianca Baglioli (Oncologista Pediátrica)
 Aula 9: Dra. Bianca Baglioli (Oncologista Pediátrica)
Apresentação Clínica 
•Palidez 
•Fadiga 
•Dor óssea 
•Petéquias, púrpuras e sangramentos 
•Febre 
•Adenomegalias 
•Visceromegalias
Sangue periférico 
Poucos pacientes com contagem normal: 
90% apresentam anemia 
e/ou plaquetopenia 
Anemia normocíticae 
normocrômica 
Contagem de leucócitos é 
variável 
Metade das crianças com 
mais de 20.000 leucócitos 
Leucometriassuperiores a 
100.000 10% das LLA B; 
50% das LLA T; 30% das LMA
Medula Óssea
Dor óssea 
Sem sinais flogísticose muitas vezes suficientemente forte para interferir com o sono e atividades gerais 
Pode ser localizada ou generalizada, principalmente em ossos longos 
Pode ser acompanhada de palidez, mas frequentemente com contagens próximas ao normal
Lesões Osteolíticas 
Bandas Metafisárias 
Fotos retiradas da aula da Dra. Vitória - Primeiros sinais e sintomas de leucemia
Erros diagnósticos mais frequentes 
Dor de crescimento 
Febre reumática: dor articular migratória 
presença de sinais flogísticos 
Artrite reumatóide: acomete pequenas articulações 
rigidez matinal
Diagnóstico Diferencial 
Condições não malignas: 
1)Artrite reumatóidejuvenil 
2)Mononucleose infecciosa 
3)PTI 
4)Pertussise parapertussis 
5)Anemia aplásica 
6)Leucocitose reacional
Diagnóstico Diferencial 
Condições malignas: 
1)Neuroblastoma 
2)Linfoma 
3) Rabdomiossarcoma 
4) Retinoblastoma 
5) Sarcoma de Ewing
Diagnóstico 
Hemograma completo com microscopia 
Mielograma: morfologia 
imunofenotipagem 
citogenética/biologia molecular 
Biópsia de medula óssea
Casos Clínicos 
Data de nascimento:23/11/2001 
Data da chegada: 04/12/2013 
Idade: 4 anos e 11 meses 
Sexo: F
Casos Clínicos 
Há 6 meses iniciou com artralgiacom edema local feito diagnóstico de artrite reumatóide. Iniciado tratamento com corticóide, metotrexatee antinflamatório 
Há 1 mês com queixa novamente de dor, eritema e edema em tornozelo esquerdo. Iniciado prednisona e colhido hemograma que mostrou discreta leucopenia. Como menor sem melhora encaminhada para mielograma
Casos Clínicos 
Exame Físico: em BEG, com mucosas descoradas (++/4), hidratadas, anictérica, com boa PCP 
Sem adenomegalias 
Sem visceromegalias
Casos Clínicos 
8,8/27,9% 
Leuco: 9500 cel/mm³ 
N: 1900; NB: Ø; NS:1900; E:95; L: 6650; M: 855 
Plaquetas: 210.000 
Ácido úrico:5,3; 
Ca: 10,3; K: 4,5; Na: 141; 
Mg: 2,1; P: 6 
Uréia: 18; creatinina: 0,36 
DHL: 934
Casos Clínicos 
Medula hipercelularcom predomínio de blastos (95%) de tamanho médio, relação núcleo citoplasmática elevada, nucléolos evidentes. MPO negativa; Leucemia LinfóideAguda 
Imunofenotipagem: positivos: CD19, cCD79a, CD10, CD34, CD45, TdT, HLADR, CD58, CD38. LLA comum
Casos Clínicos 
DN: 24/02/2007 
Idade: 5 anos 
Febre há 2 semanas, relato de IVAS e tratamento com amoxicilina, mialgia, dor em MMII e distensão abdominal. Evoluiu com petéquias, melena e oligúria. Encaminhado para investigação
Casos Clínicos 
Febre há 2 meses, relato de IVAS e tratamento com amoxicilina sem melhora. Evoluiu com mialgia, dor em MMII e distensão abdominal. Encaminhado para investigação com petéquias, melena e oligúria.
Casos Clínicos 
Leucometriainicial: 16.600 
Uréia: 45,1 Creatinina: 1,59 Ácido úrico: 15,89 
Alteração de íons franca IRA e SLT 
Mielograma: hipercelularcom 98% de blastos. Leucemia linfódeaguda 
Paciente com IRA, SLT evoluiu na indução com neutropeniafebril, hemorragia pulmonar e choque séptico
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Aula 9: Dra. Bianca Baglioli (Oncologista Pediátrica)

  • 1. Leucemias Programa de Diagnóstico Precoce do Câncer Infantil
  • 3. Câncer Infantil Comum no adulto, raro em crianças e adolescentes Difícil de diagnosticar nos estágios iniciais sinais e sintomas são inespecíficos Permanece como a principal causa de morte relacionada a doença em crianças
  • 4. Câncer Infantil Tempo é extremamente importante Muitas das neoplasias são altamente curáveis Diagnóstico precoce muitas vezes associado a um melhor prognóstico, diminuição da intensidade de tratamento e menos complicações (tanto da doença quanto da terapia)
  • 9. Leucemias Tipo de câncer mais frequente na faixa pediátrica (1/4 de todas as malignidades) Nesse grupo temos a leucemia linfóideaguda, a leucemia mielóideaguda e a leucemia mielóidecrônica
  • 10. Leucemias Distribuição de causa de morte por câncer em crianças e adolescentes de 0- 19 anos segundo NationalCenter for Health Statisticspublic-usefile
  • 11. Leucemias A leucemia linfóideaguda é a mais frequente perfazendo cerca de 83% de todos os casos de leucemias agudas e 72% de todas as leucemias A leucemia mielóideaguda ocorre em cerca de 18% dos casos de leucosesagudas Leucemia mielóidecrônica conta por 3 a 5% das leucemias.
  • 12. Leucemias LLA tem pico de incidência entre os 2 e 5 anos de idade A incidência de LMA varia com a idade, com as taxas mais altas sendo vistas nos 2 primeiros anos de vida seguida de uma queda até 9 anos de idade A LMC é uma doença rara em menores de 2 anos sendo mais comum em adolescentes e adultos jovens
  • 14. Grau de certeza LLA LMA Modificadores de risco aceitos Sexo masculino Idade entre 2 e 5 anos Nível sócio econômico mais elevado Raça(brancos>negros) Exposição a Raio X intra-útero Radiação pós natal (terapêutica) Síndrome de Down Neurofibromatosetipo 1 Síndrome de Bloom Síndrome de Schwachman Teleangiectasia-Ataxia GIG Raça (hispânica) Agentesquimioterápicos (alquilantese inibidores da topisomerase) Síndrome de Down Anemia de Fanconi Neurofibromatosetipo 1 Síndrome de Bloom Síndrome de Schwachman Monossomia7 familial Síndrome de Kostmann Granulocitopenias
  • 15. Grau de certeza LLA LMA Sugestivo de aumento de risco Históriamaterna de perda fetal Consumomaterno de álcool durante a gestação Exposição pré natal e de crianças a pesticidas Exposição dos pais a solventes
  • 16. Grau de certeza LLA LMA EvidênciaLimitada Históriade tabagismo dos pais antes e durante a gestação Exposição ocupacional dos pais Infecção pós natal Dieta Consumo materno de álcool durante a gestação Redes elétricas e magnéticas Uso pós natal de cloranfenicol Consumomaterno de maconha durante a gestação Uso pós natal de cloranfenicol
  • 17. Apresentação Clínica Reflete o grau de infiltração da medula óssea e a extensão da doença por tecidos extramedulares Decorrentes da substituição do tecido hematopoiético normal: anemia, infecções e sangramentos
  • 18. Apresentação Clínica Reflete o grau de infiltração medular e da disseminação das células leucêmicas em outros tecidos do corpo ChildhoodLeukemias ThirdEdition
  • 22. Apresentação Clínica •Palidez •Fadiga •Dor óssea •Petéquias, púrpuras e sangramentos •Febre •Adenomegalias •Visceromegalias
  • 23. Sangue periférico Poucos pacientes com contagem normal: 90% apresentam anemia e/ou plaquetopenia Anemia normocíticae normocrômica Contagem de leucócitos é variável Metade das crianças com mais de 20.000 leucócitos Leucometriassuperiores a 100.000 10% das LLA B; 50% das LLA T; 30% das LMA
  • 25. Dor óssea Sem sinais flogísticose muitas vezes suficientemente forte para interferir com o sono e atividades gerais Pode ser localizada ou generalizada, principalmente em ossos longos Pode ser acompanhada de palidez, mas frequentemente com contagens próximas ao normal
  • 26. Lesões Osteolíticas Bandas Metafisárias Fotos retiradas da aula da Dra. Vitória - Primeiros sinais e sintomas de leucemia
  • 27. Erros diagnósticos mais frequentes Dor de crescimento Febre reumática: dor articular migratória presença de sinais flogísticos Artrite reumatóide: acomete pequenas articulações rigidez matinal
  • 28. Diagnóstico Diferencial Condições não malignas: 1)Artrite reumatóidejuvenil 2)Mononucleose infecciosa 3)PTI 4)Pertussise parapertussis 5)Anemia aplásica 6)Leucocitose reacional
  • 29. Diagnóstico Diferencial Condições malignas: 1)Neuroblastoma 2)Linfoma 3) Rabdomiossarcoma 4) Retinoblastoma 5) Sarcoma de Ewing
  • 30. Diagnóstico Hemograma completo com microscopia Mielograma: morfologia imunofenotipagem citogenética/biologia molecular Biópsia de medula óssea
  • 31. Casos Clínicos Data de nascimento:23/11/2001 Data da chegada: 04/12/2013 Idade: 4 anos e 11 meses Sexo: F
  • 32. Casos Clínicos Há 6 meses iniciou com artralgiacom edema local feito diagnóstico de artrite reumatóide. Iniciado tratamento com corticóide, metotrexatee antinflamatório Há 1 mês com queixa novamente de dor, eritema e edema em tornozelo esquerdo. Iniciado prednisona e colhido hemograma que mostrou discreta leucopenia. Como menor sem melhora encaminhada para mielograma
  • 33. Casos Clínicos Exame Físico: em BEG, com mucosas descoradas (++/4), hidratadas, anictérica, com boa PCP Sem adenomegalias Sem visceromegalias
  • 34. Casos Clínicos 8,8/27,9% Leuco: 9500 cel/mm³ N: 1900; NB: Ø; NS:1900; E:95; L: 6650; M: 855 Plaquetas: 210.000 Ácido úrico:5,3; Ca: 10,3; K: 4,5; Na: 141; Mg: 2,1; P: 6 Uréia: 18; creatinina: 0,36 DHL: 934
  • 35. Casos Clínicos Medula hipercelularcom predomínio de blastos (95%) de tamanho médio, relação núcleo citoplasmática elevada, nucléolos evidentes. MPO negativa; Leucemia LinfóideAguda Imunofenotipagem: positivos: CD19, cCD79a, CD10, CD34, CD45, TdT, HLADR, CD58, CD38. LLA comum
  • 36. Casos Clínicos DN: 24/02/2007 Idade: 5 anos Febre há 2 semanas, relato de IVAS e tratamento com amoxicilina, mialgia, dor em MMII e distensão abdominal. Evoluiu com petéquias, melena e oligúria. Encaminhado para investigação
  • 37. Casos Clínicos Febre há 2 meses, relato de IVAS e tratamento com amoxicilina sem melhora. Evoluiu com mialgia, dor em MMII e distensão abdominal. Encaminhado para investigação com petéquias, melena e oligúria.
  • 38. Casos Clínicos Leucometriainicial: 16.600 Uréia: 45,1 Creatinina: 1,59 Ácido úrico: 15,89 Alteração de íons franca IRA e SLT Mielograma: hipercelularcom 98% de blastos. Leucemia linfódeaguda Paciente com IRA, SLT evoluiu na indução com neutropeniafebril, hemorragia pulmonar e choque séptico