O documento discute duas visões da globalização de acordo com Milton Santos. A primeira é uma "globalização como fábula", que homogeneiza o mundo de forma superficial, ignorando diferenças profundas. A segunda é uma "globalização como perversidade", que aumenta desemprego, pobreza e desigualdade através de comportamentos competitivos hegemônicos. Uma terceira visão defende uma "outra globalização" mais humana e sustentável, onde as pessoas não são subjugadas à tecnologia e capital.
5. GLOBALIZAÇÃO COMO FÁBULA
Apresenta um mercado avassalador, dito global, é
apresentada como capaz de homogeneizar o
planeta quando, na verdade, as diferenças são
profundas.
6. GLOBALIZAÇÃO COMO
PERVERSIDADE
Para a grande maior parte da humanidade a
globalização está se impondo como uma fábrica
de perversidades. O desemprego crescente torna-
se crônico. A pobreza aumenta e as classes
médias perdem em qualidade de vida. O salário
médio tende a baixar. A fome e o desabrigo se
generalizam em todos os continentes.
A perversidade sistêmica que está na raiz dessa
evolução negativa da humanidade tem relação
com a adesão desenfreada aos comportamentos
competitivos que atualmente caracterizam as
ações hegemônicas.
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12. UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO
É mais humana, a globalização traz uma
integração real, social e humanitária que por
sua vez as desigualdades se amenizariam, o
tecnicismo ou o capital não iriam se sobrepor ao
indivíduo ou ao âmbito social, mas se dariam de
maneira inteligente e sustentável. O ser
humano não estaria subjugado à tecnologia e ao
capital, teria a tecnologia trabalhando em seu
favor, e não em favor do capital em prol de uma
minoria.