Qual é o cenário atual das livrarias brasileiras. Quais são seus maiores desafios e suas perspectivas para o futuro frente ao livro digital. Uma visão realista,descontaminada de exageros ideológicos
2. O Modelo do Negócio
Livreiros: Quem são, Onde Estão?
Relação Livreiros & Editores
Futuro das Livrarias
Sumário
4
1
2
3
3. Como todo empreendimento, a abertura de uma livraria exige planejamento,
investimento e muita análise.
Há quem busque realizar um sonho nesta empreitada.
Alguns são levados pela visão do negócio.
Um grupo menor de interessados combina as
duas motivações.
Normalmente neste último grupo, encontram-se as
empresas mais duradoras.
.
O Modelo do Negócio Livreiro
4. A livraria é uma empresa, como todas as unidades
econômicas ou organizacionais, cujo objetivo é a
produção de riqueza. Em uma economia empresarial
entende-se por empresa a organização cujas
características são do tipo predominantemente
econômico.
A livraria é, portanto, uma organização econômica, cujo
objetivo é prover serviços de distribuição
. Seu papel é distribuir livros, fazendo uma
transformação econômica, pois os dispõe nos
momentos e locais mais adequados para satisfazer a
demanda e as necessidades do comprador-leitor.
O que é uma Livraria?Extraído do livro La
Libreria como negócio.
Brunetti, Colllesei, Vescovi
Y Sòstero – Ed. Fondo de
Cultura.
5. O conceito de Supply Chain é
muito recente no mercado
editorial, a formalização das
relações comerciais e
estabelecimento mais claro dos
papéis de cada elo da corrente
começa a se definir em meados
dos anos 90 e avança nos
últimos anos com a sofisticação
do processos logísticos dos
grandes varejistas .
Entendendo a cadeia de distribuição
6. Composição do Preço no Varejo de Livros
O livro é vendido com o conceito do preço de
capa, ou preço recomendado, muito embora este
não venha estampado nos livros. Sobre este
preço determinado pela editora, são concedidos
descontos às distribuidoras e livrarias, de acordo
com seus padrões operacionais ou poder de
compra, que por sua vez praticam preços de
venda com descontos ao consumidor final com
base nestes preços sugeridos.
Obs: O livro é o único produto que raramente
tem o preço de seus itens de fundo de
catálogo ajustados para baixo pela indústria.
9. Por ter seus preços de vendas ao consumidor já
definidos pelas editoras, livrarias estabelecidas em
pontos mais distantes dos grandes centros tendem a
ter suas margens seriamente afetadas, caso esqueçam
que o Custo da Mercadoria Vendida (CMV) também
deve considerar as despesas relacionadas com o
transporte e aquisição dos livros, que nestes casos são
maiores que os custos dos livreiros que se encontram
mais próximos dos seus fornecedores .
Atuar sobre os custos operacionais e a margem bruta,
ampliando as vendas de itens com maiores descontos é
o meio mais eficaz de equilibrar os resultados da
livraria para atingir os princípios básicos de
operacionalidade.
CMV, Margem e Custos Fixos
10. Acervos e o modelo de Consignação
As livrarias preferem não admitir, mas o modelo de
construção de acervos baseados em consignação
transformou as livrarias em um imenso depósito de
estoque das editoras.
A grande maioria das livrarias estão com suas
prateleiras lotadas e as lojas sobrecarregadas de obras
que pouco representam o perfil da loja.
Se por um lado uma editora não consegue
espaço nas livrarias sem este recurso, o
uso dele não garante que o espaço será
obtido.
12. • Herdeiros do negócio de família.
• Profissionais de outros mercados, apaixonados
pelo livro.
• Empreendedores natos ou por força das circunstâncias.
• Varejistas de outras áreas que expandiram atuação.
• Investidores.
Perfil do Livreiro Brasileiro
14. Editores & Livreiros
A Expansão de Shoppings
Centers no interior do
Brasil deve mudar este
modelo de vendas
concentradas no Sudeste,
mas nos próximos 2 anos
esta tendência deve
permanecer
16. • Esta relação exige a presença de um 3º
• Editoras devem estabelecer limites de atuação
direta
• Relacionamento com distribuidores e atacadistas
precisa ser formalizado e estruturado
Livrerios & Editores
17. CNPJs Atendidos por mês
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
JAN FEV MAR ABR MAI JUNH JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Editora A
Editora B
Editora C
Editora D
Clientes Atendidos por editora
19. Negociais
• Condições Comerciais
• Promoções
• Relevância do catálogo
• Ações promocionais
• Capacidade do editor em vencer objeções.
Operacionais
• Nível de Serviço
• Tempo de Atendimento
• Divulgação e Imprensa
• Follow up e assertividade do mix
Elementos decisórios da Livraria
21. Todos os anos o fim das livrarias é anunciado com muito
estardalhaço.
Mas as que fecham mesmo tem motivos muito simples para
este fato, relacionados principalmente à gestão e questões
mais elemantares como custos operacionais, aumento dos
aluguéis, problemas na sucessão etc..
A destruição das livrarias?
22. Os alarmistas normalmente
são palestrantes e consultores
que ganham um bom dinheiro
apresentando sua teorias do
caos para um público ansioso
por entender o que está
acontecendo
Profetas do Caos
23. • O Livro por si só não sustenta um empreendimento
• Ampliar o mix e transformar a livraria num local de Lazer já
não é mais opção nem diferencial competitivo.
• As inaugurações de novas lojas megastores no Brasil
contrariando a tendência mundial, indica que o
comportamento tem mais a ver com a economia dos países,
do que com “ o avanço do livro digital”
A nova livraria
24. Porque o livro digital não é bicho papão
Dados da Associaton
Of AmericanPublishers
(AAP) relativas ao
primeiro trimestre de
2013.
Livro digital continua
crescendo, mas em
patamares muito mais
modestos
25. Volume de Vendas não é igual Receita
DE acordo com a pesquisa
Understanding The e-book
Consumer, (2013)
realizado pela Nielsen e
Instituto Kantar em UK, apesar
de em número de exemplares
o e-book representar quase
22% do total, em valores
representa pouco mais de
10%
26. • Um megaseller ou uma
nova onda editorial
continuam tendo forte
impacto no
comportamento dos
leitores, refletindo no
consumo de livros
físicos e digitais, o que
pode determinar mais
claramente uma
alteração na
participação de um tipo
de leitura em
detrimento da outra.
A relevância da oferta
Vendas de livros físicos First Quarter 2013 –AAP-USA
27. • De acordo com dados da Nielsen Bookscan a venda
média nas livrarias pesquisadas é de R$ 22mm por
semana.
• Cerca de 630 mil exs sçao vendidos neste intervalo
Perpectivas brasileiras
• Multiplicando esta média por 52 semanas
e mais 3 (representatividade do Natal).
Chegamos à R$ 1,1 Bi e quase 35mm de
exs
• Estes núemros representam 50% da
venda ao varejo, por isso são
multiplicados por 2.
28. • A ampliação da venda de e-books está intrinsecamente ligada à ampliação da oferta de títulos
disponíveis nos variados formatos digitais.
• Atualmente esta oferta é estimada entre 16 k ou 22 k
• O catálogo vivo brasileiro de livros impresso é estimado em até 200 k.
Catálogo Brasileiro de e-Books
29. • O que aconteceria ao comércio de livros (físicos e digitais) se aplicadas as taxas de crescimento de
catálogo ocorridas até aqui.
Projeção 4 anos
• Além de ampliar o catálogo vamos aplicar este mesmo percentual de crescimento aos n[umero de
exemplares vendidos por título disponível, embora seja evidente que os itens best-sellers já estão
disponíveis em formato digitais, mas com a ampliação da base de aparelhos de leitura, é justo aplicar
este multiplicador.
30. • Num cenário muito agressivo (exagerado) o livro digital poderia equivaler a 16,5% em $ do mercado
total
Visão em 2017
34. R$ 2,5 Bi ainda é muito dinheiro para
sustentar as livrarias que estarão
operando em 2017 e até outras que
possam ser inauguradas.
Atrair e manter os clientes é o grande
desafio para todas elas.
Se o livro digital vendido ao
consumidor final, atingir no Brasil uma
marca que não atingiu ainda no
exterior, será um bom negócio sem
destruir o modelo atual, para quem
puder arcar com o tempo e
investimentos necessários
Considerações importantes