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                                                                                       Etologia
                                                         • [De eto- + -logia.]
                                                           Substantivo feminino.
      Comportamento Animal e                               1.Estudo dos hábitos dos animais e da sua
                                                           acomodação às condições do ambiente:
         Manejo Racional                                   “Os cientistas Karl von Frisch e Konrad Lorenz,
                                                           austríacos, e Nikolas Tinbergen, holandês,
                                                           ganharam o Prêmio Nobel de Medicina e
                                                           Fisiologia de 1973 por terem criado uma nova
                                                           ciência, a Etologia, que faz o estudo comparado
                                                           do comportamento dos animais.” (Jornal do
                                        Marcelo Soares     Brasil, 12.10.1973.).
                                         Mário Garcia




                 BOVINOS                                                              BOVINOS
• São animais gregários;                                 • Animais não se dispersam ao acaso no ambiente;
• Indivíduos isolados tornam-se estressados;             • Dispersão está relacionada com as estruturas física e
• Vida em grupo vantagens adaptativas (defesa              biológica do ambiente, com o clima e com o
  contra predadores, facilidade para encontrar             comportamento social
                                                                                             (Arnold e Dudzinski, 1978);
  parceiro sexual, etc.);
• Mas aumento na competição por recursos,                • Áreas de moradia dimensões variáveis, dependendo
  principalmente quando escassos interações                da disponibilidade dos recursos e da pressão ambiental
  agressivas entre animais do mesmo grupo ou               (clima, predadores, etc.) podem subdivididas em
  rebanho;                                                 áreas de descanso (malhadouro) e de alimentação,
                                                           podendo ter mais de uma destas áreas dependendo
• Condições naturais agressividade é controlada            das condições ecológicas prevalecentes.
     padrões de organização social interações.




                 BOVINOS                                   Padrões de Comportamento

• Quando qualquer uma das áreas é defendida,
  surgem os TERRITÓRIOS;
                                                            Distância de Fuga   Espaço Individual                          Animais
                                                         • Tais padrões de espaçamento não são suficientes
• Bovinos não são animais essencialmente                   para a neutralização ou diminuição da
  territoriais, portanto não é comum a defesa              agressividade quando há competição por algum
                                                           recurso;
  de áreas de moradia, descanso ou qualquer
                                                         • Outro mecanismo de controle social:
  outra;                                                    – Familiaridade liderança;
                                                            – Competição hierarquia de dominância.




                                                                                                                                             1
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            Dominantes X Submissos                                                          Intensidade das Interações agressivas
• Dominância define quem terá prioridade no                                                 em Função da Formação da Hierarquia
  acesso a comida, água, sombra, etc;                                                                  de Dominância
• Dominantes dominam demais atacando
  impunemente e têm prioridade em qualquer
  competição;
• Hierarquia normalmente definida por peso,
  idade, raça;
• Tempo até estabelecimento da hierarquia em lote
  recém-formado vai depender do número de
  animais e do sistema de criação.




                                Liderança
• Muitas vezes resulta na atividade sincronizada
  dos bovinos;
• Geralmente são as vacas mais velhas que
  lideram os rebanhos, que não estão no topo
  da ordem de dominância;
• A estrutura social dos bovinos é originalmente
  matrilinear
                                        (Stricklin e Kautz-Scanavy, 1984);




                                  Manejo                                                                  Tamanho Lotes
• Cautela na formação de lotes, sob risco de mantermos                                      • Tamanho do lote e densidade definição das
  certos animais em constante estresse social;                                                condições sociais;
• Bovinos em alta densidade populacional animais                                            • Distância aumenta a medida que o grupo diminui
  não podem evitar a violação do espaço individual                                            até limite de +- 360 m2 / animal, distância média
  pode resultar em aumento de agressividade e estresse
  social                                                                                      se manteve constante entre 10-12m;
                                                                                                                   (Kondo et al., 1989)
  (Schake e Riggs, 1970; Arave et al., 1974; Hafez e Bouissou, 1975; Kondo et al., 1984);
                                                                                            • Lotes TALVEZ não devam ultrapassar 100 cab;
• Lotes muito grandes podem ter dificuldades em
  reconhecer os demais e em “memorizar” o “status”                                          • Alterações, principalmente entrada animais, vai
  social de todos eles aumenta incidência de                                                  alterar hierarquia social previamente
  interações agressivas                                                                       estabelecida, com influências na produção e
                                        (Hurnik, 1982).                                       bem-estar.




                                                                                                                                                        2
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                 A Percepção do Herbívoro                                           A Percepção do Herbívoro
                          VISÃO                                                             AUDIÇÃO
•    Visão panorâmica (alcança 360º);
•    Visão tem mais importância que audição;
•    Não percebe objetos acima da linha da cabeça, a menos que se movam;   • Audição reduzida em relação à maioria dos
•    Visão muito sensível ao movimento e aos contrastes de luz e sombra;     mamíferos;
•    Visualizam permanentemente o horizonte mesmo pastoreando, mas têm
     dificuldade de focar rapidamente em objetos próximos debilidade       • Ruídos provocam estresse;
     músculos oculares;
•    Explica sobressalto se algo se move repentinamente ao seu redor;      • Conversa ou gritos incomodam mais que
•    Quando excitado atropela uma cerca por não vê-la;                       ruídos de portas metálicas que retumbam ao
•    Tendência de mover-se do escuro para o claro;                           fechar;
                                                                           • Não gosta de sons súbitos e intermitentes;
                                                                           • Suportam melhor sons constantes.




     Efeito das Novidades Súbitas                                                    Curral Anti-Estresse
    • Assusta com novidade quando apresentada
      subitamente estouros (chapéu rolando, vaqueiro tropeçando,
      capa de chuva balançando);

    • Iluminação deve ser uniforme impedir
      sobras;
    • Instalações pintadas da mesma cor evitar
      contrastes visuais;
    • Acostumar o gado a trabalhar a pé, a cavalo e
      em veículos impedir que se excitem
      manejo curral.




                   Curral Anti-Estresse

    • Hora do embarque perdas de até 1@ (devido
      contusões e estresse);

    • Ovo substituído pelo apartador para DIRECIONAR
      sem espaço para circular dentro;

    • Embarcador: paredes fechadas, escada de acesso à
      rampa, rampa em nível ajuste altura caminhão;
      passarela para acompanhamento do embarque




                                                                                                                                  3
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Práticas de Vacinação
                                          “Perdas econômicas: descarte de
               PROPEC                       carnes por reações vacinais e
 Procedimentos Técnicos para a Pecuária
                                                 medicamentosas”
            Schering-Plough




                                                                                    4
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           Material e Métodos                                           Procedimentos

                                                           • Foram avaliados 500 animais por frigorífico
• Frigoríficos : Identificados de A a H
                                                           • Sendo 50 animais por propriedade x 10
• Localização geográfica: GO, MA, MG, MS, MT,                propriedades
                              RO, RS e SP                  • Nas carcaças com lesões foi realizado a
• Estados avaliados representam 70% do rebanho de corte      remoção dos tecidos, ocorrência, localização
  do Brasil                                                  e peso
                                                           • 4.000 carcaças analisadas




                      Resultados                                              Resultados

 • Proporção de animais com lesões em cada                 • 2.744 animais (68,6%) apresentaram uma ou mais
   Estado.                                                   lesões.
         RONDÔNIA - 94%                                    • Total de lesões : 3.225
          MATO GROSSO DO SUL - 89%
                                                           • Perda de carne por lesão : 0,345 kg
            GOIÁS - 82,2%
              MARANHÃO - 81%
                                                           • Perda de carne por animal : 0,406 kg
                MINAS GERAIS - 78,6 %                      • Quantidade de carne eliminada nos 2.744 animais
                 MATO GROSSO - 75,8 %                        com lesões : 1.112,79 kg
                   SÃO PAULO - 35,4 %
                     RIO GRANDE DO SUL - 12,8%




                  Resultados                                             Conclusões
    Distribuição percentual de lesões segundo a
    localização                                2%         • 4.000 animais abatidos
                                                  11%         → 1.112,79 kg de carne (74,18@)
                                                  19%         → 74,18@ x US$ 22 = 1.632 US$
                                                  48%         → Perda de US$ 0,408 por animal abatido
                                                  18%
                                                          • Estimativas de perdas no Brasil
                                                 Outros
                                                  2%        → 40 milhões de cabeças abatidas/ano (Est 2005)
                                                            → Prejuízos de US$ 16,32 milhões por ano




                                                                                                                       5
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                         Perdas em GO                                                          Treinamento X pH Carcaças




                                                                                        Valores médios de pH dos diferentes grupos genéticos e respectivos erros padrão antes e
                                                                                        após o treinamento dos motoristas. Letras diferentes no mesmo grupo genético diferem
                                                                                        estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P<0,001). Adaptado de Tseimazides (2006)




      Treinamento X Hematomas




 Freqüências médias de hematomas (dados transformados) para os diferentes grupos
genéticos e respectivos erros padrão antes e após o treinamento. Letras diferentes no
mesmo grupo genético diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P<0,001).
                           Adaptado de Tseimazides (2006)




                                                                                                                                                                                  6
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Práticas para uma boa vacinação                 Práticas para uma boa vacinação
                Antes da vacinação                                Antes da vacinação


                                                      • Separar agulhas apropriadas para vacinação
• Evitar grandes movimentações no curral;

• Preencher seringa / brete;

• Não vacinar animais debilitados e doentes;
                                                          Subcutânea                   Intramuscular
                                                         10 mm x 15 mm                 40 mm x 12mm
• Não vacinar em horas mais quentes do dia;              15 mm x 15 mm                 40 mm x 16 mm
                                                         15 mm x 10 mm




Práticas para uma boa vacinação                Procedimentos durante a vacinação
                 Antes da vacinação




                                                • Preencher a seringa
• Esterilizar as agulhas a serem utilizadas

                                                • Após abastecer a seringa, recolocar o frasco no frio
• Manter temperatura no interior do isopor
                                                • Tirar o ar da seringa
• Manter isopor limpo
                                                • Aplicar a dosagem correta na tábua do pescoço

                                                • Trocar a agulha a cada 10 animais vacinados




                                                                                                                 8
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  Procedimentos após a vacinação                                    Falhas Vacinação
                                                    • Local de aplicação inadequado
• Colocar todas as agulhas utilizadas em
  solução                                           • Subdosagem
  de AGRISEPT
                                                    • Interrupção programa de vacinação
• Desmontar a seringa e lavar todos os
  seus componentes em solução de                    • Não realização dos reforços recomendados
  AGRISEPT
                                                    • Agulhas de calibre inadequado
• Manter os frascos não utilizados sob
  refrigeração                                      • Utilização de via de aplicação inadequada
• Descartar os frascos utilizados em lixo
  para preservação ambiental




                 Reações Pós-Vacinais                                 Tronco X Brete
• Processos alérgicos e sistêmicos                  • Dois lotes de 220 animais; um lote vacinado no
                                                      brete e outro no Tronco-Trapézio, da Beckhauser;
• Reação inflamatória por adjuvantes                • O tempo médio gasto para vacinação no tronco é
                                                      menor que o mesmo gasto no brete: 9,3
• Contaminação durante a vacinação                    segundos contra 10,2 segundos;
                                                    • No brete há muitos animais que deitam ou pulam
• Produtos de lubrificação das seringas
                                                      por cima de outros e aplicações onde há refluxo
                                                      de vacina que precisam ser refeitas, o que atrasa
• Seringas e agulhas contaminadas
                                                      o processo;
                                                                                Paranhos & Chiquitelli Neto (2004)




              Importância Econômica                                   Temperamento
                                                      Uma definição prática de temperamento, segundo
         -   Crescimento / Ganho de peso              Kirkpatrick (2002), é a de uma medida da docilidade,
                                                      selvageria ou agressividade de um animal frente a situações
         -   Qualidade da carne e da carcaça          anormais, pessoas ou intervenções de manejo. O
                                                      temperamento refletiria a facilidade com que o animal
         -   Produção leiteira                        responderia a lida rotineira ou tratamentos, e seria uma
                                                      característica dos bovinos que contribuem diretamente
         -   Resistência a doenças                    para uma economia em tempo, instalações, medicamentos
                                                      e trabalho na atividade pecuária. De acordo com o mesmo
         -   Segurança dos funcionários e animais     autor, pesquisa da Iowa State University (EUA) demonstrou
                                                      que animais mais calmos, de fácil manejo, em
         -   Imagem mercadológica                     confinamento ganharam até 0,227 kg/dia a mais que
                                                      companheiros de lote agressivos, difíceis de manejar.




                                                                                                                             9
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                    Metodologias Medição
                                                                                                                 Velocidade de Fuga
                       Temperamento
   • nível de hormônios específicos - ex. cortisol -
     que são liberados pelo organismo em situações
     de estresse
   • medição dos batimentos cardíacos
   • observação e pontuação do comportamento
     dos animais em determinadas situações
   • observação e pontuação do comportamento
     dos animais em determinadas situações
                                                                                                                Medição eletrônica da velocidade de fuga (VF)
                                                                                                             Fonte: CRC - Cooperative Research Centre (Austrália)




                           Experimento 1                                                                               Experimento 2




                                                                                           Os bovinos de temperamento 1 e 2 (68%) tiveram um GPD médio de 1,046 kg, enquanto os
                                                                                           animais de temperamento 3 e 4 (32%) obtiveram um GPD de 0,948 kg - uma diferença diária
Os cruzados europeus de melhor temperamento tiveram um ganho de peso diário (GPD) de       de 0,098 kg. Multiplicando-se pelo tempo de confinamento (+- 205 dias), neste caso
0,190 kg superior aos de pior temperamento, ou mais agitados. Nos animais cruzados zebu-   teríamos uma diferença final de 20,090 kg por cabeça entre os dois grupos; ou 10,648 kg de
europeus houve também uma diferença significativa, de 0,100 kg de GPD entre os de escore   carcaça - 0,71 @; a 53% de rendimento -, a mais para os bovinos de temperamento mais
2 e 5. O GPD nos grupos de cruzados europeus e de europeu-zebuínos caiu paralelamente      calmo ao manejo de curral - considerando apenas os ganhos superiores no período de
ao aumento do escore de temperamento.                                                      confinamento.

                 Colorado State University - EUA, Voisinet et al. (1997)                                     Colorado State University - EUA, Voisinet et al. (1997)




                           Temple Grandin                                                                              Temple Grandin
                              10 dicas                                                                                    10 dicas
   1- A lida gentil é mais eficiente que o manejo bruto. A calma traz                         6- Saiba se posicionar em relação ao animal. Se quer que ele vá em
      melhor resultado que a pressa. O segredo é manter o rebanho                                frente, por exemplo, venha em sentido contrário.
      tranqüilo;                                                                                 Ao ultrapassar os ombros, naturalmente, ele seguirá;
   2- Encha metade do curral. O gado precisa da outra metade vazia pra                        7- Trabalhe com cercas fechadas nos corredores, áreas de apartação,
                                                                                                 tronco, brete e nas plataformas de embarque e desembarque. Isso
      fazer o seu movimento de retorno, o seu rodeio. Se não tem pra                             reduz bastante o estresse provocado pelo movimento do lado de
      onde ir, a boiada estoura;                                                                 fora;
   3- Se o gado refuga, não pressione. Descubra o que está provocando                         8- Reduza o barulho. Seja o mais silencioso possível. Evite gritaria. O
      medo. Um caquinho no chão, uma sombra, piso escorregadio,                                  grito só faz o gado querer fugir, ir embora;
      gente passando lá fora;                                                                 9- Esqueça pra sempre o ferrão. Elimine qualquer tipo de instrumento
   4- Saiba dar o tempo que o animal precisa pra se acomodar à nova                              para tanger fisicamente o gado. O ferrão, mesmo o elétrico,
      situação. Em trinta segundos ele se refaz. Mas, se um lote inteiro se                      estressa demais o animal;
      agitar, você perde meia hora pra acalmar todo mundo;                                    10- Finalmente, faça registro de suas atividades. Anote como vai indo.
                                                                                                 Quantos animais já consegue tocar sem ferrão, quantos caem no
   5- Fique atento à luz do ambiente. Se estiver conduzindo os animais de                        chão, quantos não caem, quantas ocorrências de refugo. Compare
      um lugar claro para um escuro, eles não vão querer entrar. O ideal é                       seus progressos. Os números vão dizer se está melhorando ou não.
      que a claridade seja a mesma;




                                                                                                                                                                                        10
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                     Conclusões
                                                            Muito Obrigado!
• A maneira como o animal reage na lida de curral
  resulta de sua genética e de experiências prévias;
• Junto com o melhoramento genético é fundamental a
  adoção de um sistema de manejo adequado;
• Os pontos mais importantes para um trabalho de
  melhoramento do temperamento dos animais:
   – Seleção genética - temperamento é de herdabilidade
     moderada a alta;
   – Descarte ;
   – Manejo racional: atitude e técnicas, instalações bem
     planejadas.




                                                                                     11

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Comportamento Animal e Manejo Racional

  • 1. 10/03/2009 Etologia • [De eto- + -logia.] Substantivo feminino. Comportamento Animal e 1.Estudo dos hábitos dos animais e da sua acomodação às condições do ambiente: Manejo Racional “Os cientistas Karl von Frisch e Konrad Lorenz, austríacos, e Nikolas Tinbergen, holandês, ganharam o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1973 por terem criado uma nova ciência, a Etologia, que faz o estudo comparado do comportamento dos animais.” (Jornal do Marcelo Soares Brasil, 12.10.1973.). Mário Garcia BOVINOS BOVINOS • São animais gregários; • Animais não se dispersam ao acaso no ambiente; • Indivíduos isolados tornam-se estressados; • Dispersão está relacionada com as estruturas física e • Vida em grupo vantagens adaptativas (defesa biológica do ambiente, com o clima e com o contra predadores, facilidade para encontrar comportamento social (Arnold e Dudzinski, 1978); parceiro sexual, etc.); • Mas aumento na competição por recursos, • Áreas de moradia dimensões variáveis, dependendo principalmente quando escassos interações da disponibilidade dos recursos e da pressão ambiental agressivas entre animais do mesmo grupo ou (clima, predadores, etc.) podem subdivididas em rebanho; áreas de descanso (malhadouro) e de alimentação, podendo ter mais de uma destas áreas dependendo • Condições naturais agressividade é controlada das condições ecológicas prevalecentes. padrões de organização social interações. BOVINOS Padrões de Comportamento • Quando qualquer uma das áreas é defendida, surgem os TERRITÓRIOS; Distância de Fuga Espaço Individual Animais • Tais padrões de espaçamento não são suficientes • Bovinos não são animais essencialmente para a neutralização ou diminuição da territoriais, portanto não é comum a defesa agressividade quando há competição por algum recurso; de áreas de moradia, descanso ou qualquer • Outro mecanismo de controle social: outra; – Familiaridade liderança; – Competição hierarquia de dominância. 1
  • 2. 10/03/2009 Dominantes X Submissos Intensidade das Interações agressivas • Dominância define quem terá prioridade no em Função da Formação da Hierarquia acesso a comida, água, sombra, etc; de Dominância • Dominantes dominam demais atacando impunemente e têm prioridade em qualquer competição; • Hierarquia normalmente definida por peso, idade, raça; • Tempo até estabelecimento da hierarquia em lote recém-formado vai depender do número de animais e do sistema de criação. Liderança • Muitas vezes resulta na atividade sincronizada dos bovinos; • Geralmente são as vacas mais velhas que lideram os rebanhos, que não estão no topo da ordem de dominância; • A estrutura social dos bovinos é originalmente matrilinear (Stricklin e Kautz-Scanavy, 1984); Manejo Tamanho Lotes • Cautela na formação de lotes, sob risco de mantermos • Tamanho do lote e densidade definição das certos animais em constante estresse social; condições sociais; • Bovinos em alta densidade populacional animais • Distância aumenta a medida que o grupo diminui não podem evitar a violação do espaço individual até limite de +- 360 m2 / animal, distância média pode resultar em aumento de agressividade e estresse social se manteve constante entre 10-12m; (Kondo et al., 1989) (Schake e Riggs, 1970; Arave et al., 1974; Hafez e Bouissou, 1975; Kondo et al., 1984); • Lotes TALVEZ não devam ultrapassar 100 cab; • Lotes muito grandes podem ter dificuldades em reconhecer os demais e em “memorizar” o “status” • Alterações, principalmente entrada animais, vai social de todos eles aumenta incidência de alterar hierarquia social previamente interações agressivas estabelecida, com influências na produção e (Hurnik, 1982). bem-estar. 2
  • 3. 10/03/2009 A Percepção do Herbívoro A Percepção do Herbívoro VISÃO AUDIÇÃO • Visão panorâmica (alcança 360º); • Visão tem mais importância que audição; • Não percebe objetos acima da linha da cabeça, a menos que se movam; • Audição reduzida em relação à maioria dos • Visão muito sensível ao movimento e aos contrastes de luz e sombra; mamíferos; • Visualizam permanentemente o horizonte mesmo pastoreando, mas têm dificuldade de focar rapidamente em objetos próximos debilidade • Ruídos provocam estresse; músculos oculares; • Explica sobressalto se algo se move repentinamente ao seu redor; • Conversa ou gritos incomodam mais que • Quando excitado atropela uma cerca por não vê-la; ruídos de portas metálicas que retumbam ao • Tendência de mover-se do escuro para o claro; fechar; • Não gosta de sons súbitos e intermitentes; • Suportam melhor sons constantes. Efeito das Novidades Súbitas Curral Anti-Estresse • Assusta com novidade quando apresentada subitamente estouros (chapéu rolando, vaqueiro tropeçando, capa de chuva balançando); • Iluminação deve ser uniforme impedir sobras; • Instalações pintadas da mesma cor evitar contrastes visuais; • Acostumar o gado a trabalhar a pé, a cavalo e em veículos impedir que se excitem manejo curral. Curral Anti-Estresse • Hora do embarque perdas de até 1@ (devido contusões e estresse); • Ovo substituído pelo apartador para DIRECIONAR sem espaço para circular dentro; • Embarcador: paredes fechadas, escada de acesso à rampa, rampa em nível ajuste altura caminhão; passarela para acompanhamento do embarque 3
  • 4. 10/03/2009 1,68 m Práticas de Vacinação “Perdas econômicas: descarte de PROPEC carnes por reações vacinais e Procedimentos Técnicos para a Pecuária medicamentosas” Schering-Plough 4
  • 5. 10/03/2009 Material e Métodos Procedimentos • Foram avaliados 500 animais por frigorífico • Frigoríficos : Identificados de A a H • Sendo 50 animais por propriedade x 10 • Localização geográfica: GO, MA, MG, MS, MT, propriedades RO, RS e SP • Nas carcaças com lesões foi realizado a • Estados avaliados representam 70% do rebanho de corte remoção dos tecidos, ocorrência, localização do Brasil e peso • 4.000 carcaças analisadas Resultados Resultados • Proporção de animais com lesões em cada • 2.744 animais (68,6%) apresentaram uma ou mais Estado. lesões. RONDÔNIA - 94% • Total de lesões : 3.225 MATO GROSSO DO SUL - 89% • Perda de carne por lesão : 0,345 kg GOIÁS - 82,2% MARANHÃO - 81% • Perda de carne por animal : 0,406 kg MINAS GERAIS - 78,6 % • Quantidade de carne eliminada nos 2.744 animais MATO GROSSO - 75,8 % com lesões : 1.112,79 kg SÃO PAULO - 35,4 % RIO GRANDE DO SUL - 12,8% Resultados Conclusões Distribuição percentual de lesões segundo a localização 2% • 4.000 animais abatidos 11% → 1.112,79 kg de carne (74,18@) 19% → 74,18@ x US$ 22 = 1.632 US$ 48% → Perda de US$ 0,408 por animal abatido 18% • Estimativas de perdas no Brasil Outros 2% → 40 milhões de cabeças abatidas/ano (Est 2005) → Prejuízos de US$ 16,32 milhões por ano 5
  • 6. 10/03/2009 Perdas em GO Treinamento X pH Carcaças Valores médios de pH dos diferentes grupos genéticos e respectivos erros padrão antes e após o treinamento dos motoristas. Letras diferentes no mesmo grupo genético diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P<0,001). Adaptado de Tseimazides (2006) Treinamento X Hematomas Freqüências médias de hematomas (dados transformados) para os diferentes grupos genéticos e respectivos erros padrão antes e após o treinamento. Letras diferentes no mesmo grupo genético diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (P<0,001). Adaptado de Tseimazides (2006) 6
  • 8. 10/03/2009 Práticas para uma boa vacinação Práticas para uma boa vacinação Antes da vacinação Antes da vacinação • Separar agulhas apropriadas para vacinação • Evitar grandes movimentações no curral; • Preencher seringa / brete; • Não vacinar animais debilitados e doentes; Subcutânea Intramuscular 10 mm x 15 mm 40 mm x 12mm • Não vacinar em horas mais quentes do dia; 15 mm x 15 mm 40 mm x 16 mm 15 mm x 10 mm Práticas para uma boa vacinação Procedimentos durante a vacinação Antes da vacinação • Preencher a seringa • Esterilizar as agulhas a serem utilizadas • Após abastecer a seringa, recolocar o frasco no frio • Manter temperatura no interior do isopor • Tirar o ar da seringa • Manter isopor limpo • Aplicar a dosagem correta na tábua do pescoço • Trocar a agulha a cada 10 animais vacinados 8
  • 9. 10/03/2009 Procedimentos após a vacinação Falhas Vacinação • Local de aplicação inadequado • Colocar todas as agulhas utilizadas em solução • Subdosagem de AGRISEPT • Interrupção programa de vacinação • Desmontar a seringa e lavar todos os seus componentes em solução de • Não realização dos reforços recomendados AGRISEPT • Agulhas de calibre inadequado • Manter os frascos não utilizados sob refrigeração • Utilização de via de aplicação inadequada • Descartar os frascos utilizados em lixo para preservação ambiental Reações Pós-Vacinais Tronco X Brete • Processos alérgicos e sistêmicos • Dois lotes de 220 animais; um lote vacinado no brete e outro no Tronco-Trapézio, da Beckhauser; • Reação inflamatória por adjuvantes • O tempo médio gasto para vacinação no tronco é menor que o mesmo gasto no brete: 9,3 • Contaminação durante a vacinação segundos contra 10,2 segundos; • No brete há muitos animais que deitam ou pulam • Produtos de lubrificação das seringas por cima de outros e aplicações onde há refluxo de vacina que precisam ser refeitas, o que atrasa • Seringas e agulhas contaminadas o processo; Paranhos & Chiquitelli Neto (2004) Importância Econômica Temperamento Uma definição prática de temperamento, segundo - Crescimento / Ganho de peso Kirkpatrick (2002), é a de uma medida da docilidade, selvageria ou agressividade de um animal frente a situações - Qualidade da carne e da carcaça anormais, pessoas ou intervenções de manejo. O temperamento refletiria a facilidade com que o animal - Produção leiteira responderia a lida rotineira ou tratamentos, e seria uma característica dos bovinos que contribuem diretamente - Resistência a doenças para uma economia em tempo, instalações, medicamentos e trabalho na atividade pecuária. De acordo com o mesmo - Segurança dos funcionários e animais autor, pesquisa da Iowa State University (EUA) demonstrou que animais mais calmos, de fácil manejo, em - Imagem mercadológica confinamento ganharam até 0,227 kg/dia a mais que companheiros de lote agressivos, difíceis de manejar. 9
  • 10. 10/03/2009 Metodologias Medição Velocidade de Fuga Temperamento • nível de hormônios específicos - ex. cortisol - que são liberados pelo organismo em situações de estresse • medição dos batimentos cardíacos • observação e pontuação do comportamento dos animais em determinadas situações • observação e pontuação do comportamento dos animais em determinadas situações Medição eletrônica da velocidade de fuga (VF) Fonte: CRC - Cooperative Research Centre (Austrália) Experimento 1 Experimento 2 Os bovinos de temperamento 1 e 2 (68%) tiveram um GPD médio de 1,046 kg, enquanto os animais de temperamento 3 e 4 (32%) obtiveram um GPD de 0,948 kg - uma diferença diária Os cruzados europeus de melhor temperamento tiveram um ganho de peso diário (GPD) de de 0,098 kg. Multiplicando-se pelo tempo de confinamento (+- 205 dias), neste caso 0,190 kg superior aos de pior temperamento, ou mais agitados. Nos animais cruzados zebu- teríamos uma diferença final de 20,090 kg por cabeça entre os dois grupos; ou 10,648 kg de europeus houve também uma diferença significativa, de 0,100 kg de GPD entre os de escore carcaça - 0,71 @; a 53% de rendimento -, a mais para os bovinos de temperamento mais 2 e 5. O GPD nos grupos de cruzados europeus e de europeu-zebuínos caiu paralelamente calmo ao manejo de curral - considerando apenas os ganhos superiores no período de ao aumento do escore de temperamento. confinamento. Colorado State University - EUA, Voisinet et al. (1997) Colorado State University - EUA, Voisinet et al. (1997) Temple Grandin Temple Grandin 10 dicas 10 dicas 1- A lida gentil é mais eficiente que o manejo bruto. A calma traz 6- Saiba se posicionar em relação ao animal. Se quer que ele vá em melhor resultado que a pressa. O segredo é manter o rebanho frente, por exemplo, venha em sentido contrário. tranqüilo; Ao ultrapassar os ombros, naturalmente, ele seguirá; 2- Encha metade do curral. O gado precisa da outra metade vazia pra 7- Trabalhe com cercas fechadas nos corredores, áreas de apartação, tronco, brete e nas plataformas de embarque e desembarque. Isso fazer o seu movimento de retorno, o seu rodeio. Se não tem pra reduz bastante o estresse provocado pelo movimento do lado de onde ir, a boiada estoura; fora; 3- Se o gado refuga, não pressione. Descubra o que está provocando 8- Reduza o barulho. Seja o mais silencioso possível. Evite gritaria. O medo. Um caquinho no chão, uma sombra, piso escorregadio, grito só faz o gado querer fugir, ir embora; gente passando lá fora; 9- Esqueça pra sempre o ferrão. Elimine qualquer tipo de instrumento 4- Saiba dar o tempo que o animal precisa pra se acomodar à nova para tanger fisicamente o gado. O ferrão, mesmo o elétrico, situação. Em trinta segundos ele se refaz. Mas, se um lote inteiro se estressa demais o animal; agitar, você perde meia hora pra acalmar todo mundo; 10- Finalmente, faça registro de suas atividades. Anote como vai indo. Quantos animais já consegue tocar sem ferrão, quantos caem no 5- Fique atento à luz do ambiente. Se estiver conduzindo os animais de chão, quantos não caem, quantas ocorrências de refugo. Compare um lugar claro para um escuro, eles não vão querer entrar. O ideal é seus progressos. Os números vão dizer se está melhorando ou não. que a claridade seja a mesma; 10
  • 11. 10/03/2009 Conclusões Muito Obrigado! • A maneira como o animal reage na lida de curral resulta de sua genética e de experiências prévias; • Junto com o melhoramento genético é fundamental a adoção de um sistema de manejo adequado; • Os pontos mais importantes para um trabalho de melhoramento do temperamento dos animais: – Seleção genética - temperamento é de herdabilidade moderada a alta; – Descarte ; – Manejo racional: atitude e técnicas, instalações bem planejadas. 11