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APOSTILA DE HANDEBOL
1. INTRODUÇÃO
Sob os pontos de vista formativo e educativo, o handebol é apreciado por ambos os sexos, por sus
qualidades excepcionais porque desenvolve simultaneamente resistência, habilidade, coordenação,
velocidade, força e coragem, alem de reunir as três bases atléticas naturais: correr; saltar e arremessar.
Orientações
O handebol é jogado com as mãos, ferramenta natural do homem, e sua aprendizagem deverá ter
inicio desde as primeiras séries escolares, com exercícios bem naturais, de deslocamentos, corridas e
lançamentos e alvos fixos e moveis, utilizando-se também de jogos educativos organizados em
progressão crescente.
Os fundamentos devem ser repetidos insistentemente de forma isolada e dentro de seqüências para
que o aluno aprenda bem os elementos básicos. Deve-se insistir muito na muito na utilização da
alavanca correta nos passes e arremesso, assim como observar a empunhadura e a recepção
adequada da bola, evitando-se assim vícios e contusões. Na fase de aprendizagem das táticas de
ataque e defesa, o professor deve interromper os exercícios e o jogo a todo instante para coibir o
excesso de individualismo dos alunos, assim como orientar a defesa para marcar o trabalho de bola dos
atacantes.
O professor deve utilizar repetidamente o exercício de ataque para fixar bem o posicionamento dos
alunos dentro da característica do jogo de handebol. O aluno deve estar preparado psicologicamente
para o contacto corporal, e deve saber se posicionar corretamente, utilizando o tronco de maneira
rígida, elevando sempre os braços para bloquear as ações do adversário sem problemas de contusões.
2. A CONCEPÇÃO DO JOGO DE HANDEBOL
Na vida cotidiana do homem moderno, o esporte tem um grande papel. O desafio, nas diversas
disciplinas esportivas, que se baseia na cooperação coletiva, da performance e no plano individual,
estimula consideravelmente a vida. Graças ao esporte, a vida dos ativos e dos espectadores torna-se
mais rica. O esporte cria obrigações, estimula a personalidade intelectual e física e oferece chances
reais de integração social, isto é, de reencontro no nível humano.
Uma vez que o esporte solicita o domínio pessoal e a força física, ele reduz as agressões,
tranqüiliza os nervos e o temperamento do homem, freqüentemente em stress. Handebol é hoje um dos
jogos mais rápidos que conhecemos. Esta disciplina solicita a condição da força muscular, rapidez,
elegância técnica e a vontade de cooperar.
Com suas exigências sobre todas as partes do corpo – pernas e pés para correr, o dorso para
defesa, braços e mãos para lançar precisamente e a cabeça para refletir, ele oferece aos jogadores e
jogadoras um treinamento harmonioso para todo o organismo. Raramente um outro esporte desenvolve
de tal maneira o coração e os pulmões.
Do ponto de visto técnico, o handebol oferece aos participantes e aos (professores) um rico desafio.
A própria natureza do jogo representa um teste duro para os jogadores e a equipe. Movimentos ágeis e
rápidos e um extremo domínio do corpo.
Uma vez que o interesse está estritamente ligado a bola, este esporte atrai também a juventude.
Assim, a historia do handebol está ligada a atividade física nas escolas quase no mundo inteiro.
Efetivamente, o handebol começa como esporte tipicamente escolar que exige quadras relativamente
modestas e um equipamento muito simples. É indiscutível que o handebol se desenvolve graças a
possibilidade de disputá-lo durante o ano todo.
A tática do handebol é também desenvolvida. O fato de do jogo ser disputado em uma quadra de 20
x 40 metros, com 7 jogadores, em cada equipe, exige um plano de jogo exato, o melhor desempenho e
uma severa disciplina por parte dos jogadores e da equipe em geral.
O objetivo do jogo de handebol é de marcar gols no lado adversário, o maior número possível por
jogo. A filosofia fundamental das regras de handebol é de criar uma verdadeira chance para a equipe
para a equipe executar o próprio jogo sem atingir o adversário, por está razão a clausula da vantagem é
muito importante neste esporte. O handebol é um verdadeiro esporte de ataque. A rapidez, o estreito
contato corporal, as características do jogo como a possibilidade de bloquear o adversário com seu
próprio corpo, etc..,tudo se passa tão depressa que é preciso admitir que a tarefa dos árbitros é dura e
exigente.
3. ADAPTAÇÃO E MANEJO DA BOLA
O contato que se deve ter explorando e combinando vários movimentos fundamentais com a bola.
4. DOMÍNIO DO CORPO
Experiências voltadas para a locomoção combinando, ritmo, paradas, mudanças de direção e giros.
Maneira pela qual o jogador (iniciante) deve exercer um domínio sobre seu próprio corpo de modo a
obter vantagem sobre um oponente. Traduz-se pôr condições especiais de equilíbrio, agilidade,
coordenação, velocidade de deslocamento e outras condições que, usadas apropriadamente,
diferenciam os jogadores do determinado esporte (handebol).
5. EMPUNHADURA
É a maneira correta de segurar a bola. A bola deve estar à frente da mão e os dedos acomodados e
ligeiramente afastados, o punho deve manter a mesma linha do antebraço.
Aplicação no jogo
- domínio da bola, para poder direcionar os passes e arremessos de acordo com as circunstancias
de jogo.
Orientação técnica
- Prender a bola fortemente com os dedos.
Erro mais comum
- Manter a bola solta, apenas apoiando-se na palma da mão.
Dica
- A boa preensão da bola está mais relacionada com a força muscular dos dedos ao tamanho da
mão.
6. PASSE
São formas de lançamentos em que o jogador visa alcançar um companheiro de equipe e também é
a forma mais efetiva de progredir na quadra de jogo sem bola, obtendo uma posição favorável para o
arremesso.
Passe a altura do ombro ou clássico: é o tipo de passe mais utilizado no jogo e deve ser o mais
enfocado na iniciação esportiva.
Posicionamento: Braço e antebraço, formando um angulo de 110º, cotovelo acima da linha do
ombro, mão segurando a bola, perna contrária do braço do lançamento à frente. No lançamento a perna
que está atrás completa o passe de maneira natural e acontece uma ligeira rotação do tronco no
término do mesmo.
Referencial de Passe - Cotovelo acima da linha do ombro.
Erros mais comuns:
- Deslocar-se lateralmente para passar e receber:
- Girar para receber a bola;
- Imprimir força demasiada ao passe;
- Empurrar a bola com extensão do braço (como no arremesso de peso).
- Posicionar o cotovelo junto ao corpo.
Dicas:
- Orientar o aluno para elevar e fixar o cotovelo na linha do ombro, utilizando o antebraço e
finalizando com flexão de punho.
- O passe deve ser dado sempre na direção diagonal (para frente), pois o passador e o
receptor se encontram em deslocamento;
- O passe pode ser executado com ambas as mãos, porem deve-se insistir na execução com
uma das mãos, devido ao tamanho da bola, maior mobilidade, velocidade, variedade de execução,
possibilidade de finta, alem de ser característica do esporte.
6.1 - Quanto à sua utilização, o passe deve ter:
- PRECISÃO
- VELOCIDADE
- MOMENTO CERTO
- A ESCOLHA CORRETA
6.2 - Quanto a trajetória o passe pode ser:
- DIRETO
- PICADO
- PARABÓLICO
6.2.1 - Passe Direto
É o mais utilizado por ser o mais preciso e rápido, onde duas alavancas devem ser utilizadas,
com uma pequena rotação do tronco de acordo com a direção do passe, onde a perna contraria a
posição do braço deve estar posicionada a frente.
6.2.2 - Passe Picado
Utilizado para evitar uma interceptação por parte do adversário, quando este se encontra
próximo.
Erro: lançar a bola muito antes do receptor.
6.2.3 - Passe Parabólico
Utilizado para alcançar uma longa distância e para contra ataque simples, onde sua trajetória
deve ser parabólica e a rotação de tronco é maior do que nos outros passes.
6.3 - Quanto à distância pode ser:
- CURTO
- MÉDIO
- LONGO
7. RECEPÇÃO
Obs: A recepção deve ser ensinada primeiro do que o passe por motivo de
segurança.
A recepção é um fundamento de significativa importância, pois, além de propiciar a continuidade
efetiva do jogo, faz com que se corrija todo passe que pôr ventura venha a ser mau executado.
A recepção pode ser feita com uma e com duas mãos. É mais aconselhável usar a recepção com as
duas mãos, pois, é mais fácil de executar e os erros são menores.
A forma correta da recepção com as duas mãos é a seguinte:
- Mãos em forma de concha
- Dedos ligeiramente afastados
- Braços semiflexionados, devem ir de encontro à bola para amortecer e diminuir a velocidade da
mesma, propiciando imediatamente a formação da alavanca de passe ou arremesso.
7.1 - Em relação a direção da bola a recepção pode ser:
- ALTA acima da cabeça , altura da cabeça
- MÉDIA altura do peito , altura do quadril
- BAIXA altura dos joelhos , rente ao solo
* Referencial de Recepção Alta e Média - Dedos polegares e indicadores próximos, dedos
mínimos opostos.
* Referencial de Recepção Baixa - Dedos mínimos próximos, dedos polegares opostos.
O posicionamento para a recepção deve ser o de manter sempre o campo visual do jogo tanto
para a continuidade em passe quanto para arremessos ao gol.
Erros comuns
- espalmar a bola;
- posicionar os dedos em direção a bola;
- esperar a bola parada; e
- receber a bola com uma das mãos.
Dicas
Devemos orientar nossos alunos para relaxarem ligeiramente os dedos pois, no inicio da
aprendizagem ocorrem muitas lesões, devido a contração excessiva dos mesmos. O deslocamento
deve ser continuo sem parar para receber a bola.
8. PROGRESSÃO
É a maneira de nos movimentarmos (com bola) na quadra tendo como objetivo o domínio do
espaço.
Podemos progredir de 3 formas sem infringir as regras do handebol:
1 - Batidas sucessivas (drible)
2 - Ritmo trifásico - dar três passos com a bola na mão
3 - Ritmo duplo trifásico - Dar três passos com a bola na mão bater bola e tornar a dar três passos,
sendo que após os 3 últimos devemos passar ou arremessar ao gol.
É usado para sobrepujar um adversário; para se aproximar da área após uma finta; para reter uma
bola num momento de organização da equipe e em contra ataque individual.
Erros mais comuns:
- espalmar a bola
- imprimir muita força;
- flexionar demasiadamente o tronco permanecendo com a cabeça baixa.
Devemos orientar nossos alunos para não abusar do drible, pois isso descaracteriza o handebol,
cujo objetivo principal é deslocar e confundir a defesa adversária através de passes rápidos.
8.1 - Progressão com Três Passadas
Ela é aplicada no jogo para ganhar espaço e/ou impulso e/ou velocidade, antes e/ou depois do
drible, antes dos passes e dos arremessos.
O aluno destro deve iniciar a passada com a perna esquerda, para que na terceira passada ele
esteja com a perna oposta à frente; o canhoto deve seguir o procedimento inverso.
A bola deve ser passada ou arremessada após a terceira passada ou no momento Maximo de
impulsão no caso do salto.
No caso de salto após três passadas o aluno deve saltar e cair com a perna contraria a ação do
braço.
A mesma perna de ação do braço deve estar flexionada com o joelho e pé voltado para trás
semelhante a um coice.
Erros mais comuns:
- Dar dois ou quatro passos:
- Iniciar a passada com a perna errada;
- Saltar durante as passadas;
- Soltar a bola antes ou durante a terceira passada:
- Soltar a bola no inicio da impulsão ou durante a queda, no caso de salto;
- Posicionar o joelho de forma semelhante à bandeja, durante o salto.
9. DRIBLE
Referencial: A bola deve ser batida a frente do corpo, mãos descontraídas e dedos
separados empurrando-a de encontro ao solo, a altura da cintura.
Usamos o termo drible para designar o movimento sincrônico de bater a bola para o solo estando
parado ou em deslocamento, com uma das mãos, e de correr sem segurar a bola sequer pôr um
instante.
Pode-se alternar as mãos, o drible termina quando a bola é retida com uma ou com ambas as mãos.
Os dedos deverão ficar descontraídos durante o drible, a fim de que a mão e dedos direcionem a
bola ao solo.
Observações durante o aprendizado.
- a bola não deve ser agarrada
- a bola não deve ser batida com a palma da mão
- a bola não deve ser conduzida com a palma da mão, tipo basquetebol.
- a bola não deve ser driblada ao lado do corpo
- a bola deve ser driblada ao lado e a frente do corpo
- a bola deve ser direcionada para o chão na direção da corrida, quanto mais rápida a corrida mais a
frente a bola deve ser direcionada. (Horst Käsler).
10. ARREMESSOS
É a ação de enviar a bola em direção ao gol adversário, aplicando um forte impulso (força
explosiva), para dificultar a ação do goleiro, tendo como objetivo principal, a marcação do gol. A técnica
do arremesso é mais importante que a do passe. Um passe mal executado não quer dizer que a bola
esteja perdida, mas um mal arremesso é quase sempre bola perdida. Não se pode dizer quais são os
melhores movimentos ou qual a melhor maneira de arremesso, isso depende de alguns fatores como:
distância da baliza, ângulo de gol e possibilidade de bloqueio. Um jogador deve dominar vários tipos de
arremesso. Nem sempre a equipe que arremessa mais a gol é aquela que vencerá o jogo, mas a equipe
que possuir técnica aprimorada e saber o momento exato de finalização, tem mais chances de votória.
Condições importantes para um bom arremesso:
 OPORTUNIDADE: procurar uma melhor posição e momento oportuno para a finalização, ou
seja, quando um jogador está livre de marcação ou em condições mais favoráveis.
 VELOCIDADE DE REAÇÃO: o arremesso deve ser feito com rapidez para surpreender o
adversário, não dando tempo para que os defensores se organizem na defesa.
 PRECISÃO: procurar arremessar dos pontos de maior dificuldade para o goleiro.
 FORÇA EXPLOSIVA: para que a bola chegue ao gol pretendido o mais rápido possível e com
a força necessária, dificultando a ação do goleiro.
 VARIEDADE DE ARREMESSO: um jogador deve dominar vários tipos de arremesso para
aplica-los em cada situação específica de jogo. A variação dos tipos de arremesso e posições
diferentes, facilita a conclusão de um gol.
 HABILIDADE NA EXECUÇÃO: a execução correta do gesto técnico do arremesso.
10.1 - O arremesso quanto a sua mecânica pode ser:
- com apoio
- com salto (horizontal e vertical)
10.1.1 - Arremesso em Apoio
Referencial:
- Frisar a elevação e fixação do cotovelo (na linha do ombro) e a rotação do
tronco, finalizando com a flexão de punho.
Este tipo de arremesso pode ser dividido em dois tipos:
a) com passadas alternadas;
b) com passadas cruzadas.
a) Com passadas alternadas (normais) - ritmo trifásico e o lançamento é exatamente
igual ao passe a altura do ombro. No início a angulação do braço com o antebraço mantem-se em 110º,
e durante as situações do jogo esta pode modificar-se para um melhor aproveitamento.
b) Com passadas cruzadas - ritmo trifásico, porem devemos salientar que durante
estas, o tronco inicia-se lateralmente em relação ao gol (ombro contrário do braço de lançamento) nas
duas primeiras passadas e na terceira concomitante ao término do arremesso, o tronco estará de frente
para o gol, o braço de arremesso forma um angulo de 110º
Arremesso em apoio: É Também utilizado na cobrança do tiro de sete metros, no tiro livre, e
também para surpreender a defesa e/ou goleiro.
Orientações técnicas:
 Ambas as pernas estão apoiadas, sendo que a perna contrária ao braço de arremesso deve
estar posicionado a frente:
 O ombro do braço de arremesso deve ser levado amplamente para trás, com o braço
acompanhado nesta movimentação;
 Participação total do corpo (quadril, tronco, braço, antebraço, punho), num movimento de trás
pra frente:
 Este arremesso pode ser empregado após as três passadas, propiciando maior velocidade e
potência:
 Quanto à trajetória da bola, este arremesso pode ser direto, picado, ou parabólico.
Erros mais comuns
- Utilizar a movimentação apenas do braço e não do corpo inteiro:
- Manter o cotovelo baixo:
- Empurrar a bola, com extensão do braço (como no arremesso de peso);
- Flexionar o tronco.
10.1.2 - Arremesso com Salto
É utilizado para ganhar espaço (impulsão horizontal), chegando o mais próximo possível da
meta adversária, e também para ganhar altura (impulsão vertical), transpondo a barreira
adversária.Para uma melhor execução há a necessidade de executá-lo após o ritmo trifásico para obter
maior impulsão e conseqüentemente um aumento na possibilidade de êxito no seu resultado o gol.
Para facilitar o processo de ensino-aprendizagem iremos utilizar o referencial abaixo.
Referencial: Impulsão com a perna contraria ao braço de arremesso = Equilíbrio
Lembre-se – Equilíbrio é a causa, porem devemos saber como obtê-lo, por isso o referencial não
pode ser equilíbrio, mas o que leva a chegar ao mesmo.
Orientações técnicas:
 O arremesso deve ser efetuado no ponto mais alto da impulsão;
 O arremesso deve ser feito com impulsão e queda na perna contrária a ação do braço;
 A mesma perna de ação do braço deve estar flexionada, com o joelho é pé voltados para trás
(semelhante a um coice);
 Quanto à trajetória da bola, este arremesso pode ser direto, picado, ou parabólico.
Erros mais comuns
- Arremessar no inicio da impulsão ou na quadra;
- Elevar e fixar o cotovelo (tipo arremesso de peso);
- Posicionar o joelho de forma semelhante à bandeja;
- Queda na perna contrária a de impulsão;
- Não utilizar a rotação do tronco.
Dicas: Orientar os alunos para olharem para a movimentação do goleiro durante o salto, para
melhor direcionar o arremesso.
10.1.3 - Arremesso com Giro e Salto:
É o arremesso mais utilizado pelo pivô, que geralmente se encontra de costas para a meta
adversária.
Orientações técnicas:
 Após receber a bola, deve-se flexionar o tronco transferindo o peso do corpo para a perna de
impulsão girando e a seguir, saltando com a impulsão horizontal para dentro da área, objetivando uma
maior aproximação da meta adversária;
 Duas alavancas devem ser utilizadas;
 O arremesso deve ser feito no ponto Máximo da impulsão horizontal;
 Quanto à trajetória da bola, este arremesso pode ser direto, picado ou parabólico (por
cobertura).
Erros mais comuns
- Não elevar e fixar o cotovelo (tipo arremesso de peso);
- Saltar com impulsão vertical;
- Invadir a área no momento do giro;
- Apoiar a mesma perna de ação do braço após o giro.
Dicas:
- Orientar o aluno para girar o mais rápido possível, dificultando a marcação;
- Orientar o aluno para não arremessar durante o giro, equilibrando-se primeiramente, olhar para
o goleiro e só depois arremessar.
10.1.4 - Arremesso de Ponta (salto e rotação do tronco)
É o arremesso mais utilizado pelos pontas e pelo pivô (geralmente precedido de giro), também
utilizado no caso de rebote quando a bola fica quicando na área de gol.
Sua caracterização ou referencial são os seguintes:
- Corrida paralela à área do gol,
- Salto com o corpo voltado para a linha de 7 metros ou centro da área;
- Fase aérea o atleta ocupa o espaço da área de gol.
Quando na fase aérea faz-se uma rotação do tronco no sentido do gol auxiliando o braço
responsável pela alavanca de arremesso.
Orientações técnicas:
 Este arremesso é feito quando o jogador se encontra próximo à linha dos 6 metros, visando
uma maior aproximação da meta adversária;
 Duas alavancas devem ser utilizadas;
 No caso de arremesso pelas pontas deve-se inclinar o tronco a lateral (do lado contrario ao
do arremesso) simultaneamente ao salto;
 A queda deve ser iniciada após o arremesso, apoiando-se as mãos (pivô), ou terminando com
queda lateral (ponta);
 Quanto à trajetória da bola o arremesso pode ser direto, picado ou parabólico.
Dicas:
- Orientar o aluno para amortecer a queda, evitando assim, possíveis contusões;
- Utilizar colchões para a aprendizagem deste arremesso.
10.1.5 - Arremesso com Inclinação Lateral (direita e esquerda)
Arremesso executado em meia distância, utilizado geralmente pelos armadores (1º linha de
ataque) com “APOIO”, e pelos pontas com “QUEDA”, este é utilizado pelo fato do defensor estar muito
próximo impedindo um arremesso normal ou uma possível progressão.
Este arremesso tem como referencial:
Lado forte - braço e antebraço paralelo ao solo.
Lado fraco - tronco voltado para cima (teto) e bola atrás da cabeça.
10.1.6 - Arremesso com Queda
Na finalização dos vários arremessos aprendidos até o momento pode se haver queda por este
fato é importante aprender a fazer o amortecimento (contato com o solo), para não machucar.
No amortecimento é importante que após o desequilíbrio do corpo, a soltura da bola, o primeiro
contato com o solo seja dos membros superiores.
Na queda devemos ter cuidados para que joelhos e o órgão genital masculino não toque o solo
antes do amortecimento, pois, pode machucar.
Este tipo de arremesso, trás algumas vantagens:
- Diminuição da distância até a baliza
- Maior poder de infiltração
- Maior tempo de posse de bola, podendo esperar definição do goleiro.
10.2 - Quanto a distancia, os arremessos podem ser:
- curto – em torno de 6 metros
- médio – de 7 a 9 metros
- longo – mais de 10 metros
10.3 – Com relação as zonas podem ser:
1 – ataque 3 x 3
- ponta esquerda
- ponta direita 2ª linha de ataque
- pivô
- meia (armador) esquerdo
- meia direito 1ª linha de ataque
- central
2 – ataque 2 x 4
- ponta esquerda
- ponta direita 2ª linha de ataque
- 1º pivô
- 2º pivô
- meia (armador) esquerdo
- meia direito 1ª linha de ataque
11. FINTA
Linha de ataque ou defesa
A primeira linha é baseada
sempre pela visão do
São gestos realizados com posse de bola nas ações de 1x1 (individual) para obtenção de
posicionamento de arremesso ou superioridade numérica.
O domínio das trajetórias, do corpo, do passo zero é fundamental para o emprego de uma finta.
As Fintas são ações realizadas conscientemente pelo praticante estando em posse de bola, com o
objetivo de dirigir os movimentos do defensor para uma falsa direção, conseqüentemente desviando a
atenção de sua conduta e neutralizando sua oposição para a obtenção do espaço livre e assim
beneficiar-se desta situação. (Falkowski, Manuel Maria M., Fernandez Ernesto Enriquez.)
Temos várias formas de fintar, sendo elas com o olhar, membro superior, tronco e membro inferior.
É importante que o aluno vivencie estas possibilidades para aumentar seus recursos motores durante o
jogo.
Sabemos que a finta de tronco e membros inferiores, são complexas por trabalharem
simultaneamente várias ações motoras, o para que seja facilitado o processo de iniciação utilizaremos
como referencial a seqüência de passadas.
Finta com saída para o Lado direito – Esquerdo, Direito, Esquerdo;
Finta com saída para o Lado esquerdo – Direito, Esquerdo, Direito.
Orientações técnicas:
 Podem ser feitas com ou sem a bola;
 As fintas são feitas através do olhar, de mudanças de direção e ritmo, giros, paradas bruscas e
saídas rápidas, movimento de cabeça e/ou braço e drible;
 Deve ser feita com velocidade e uma perfeita empunhadura da bola.
Erros mais comuns
- Andar com a bola durante a finta;
- Abusar do drible ou utiliza-lo no momento inadequado.
Dicas:
- A finta deve ser trabalhada, no entanto é um gesto pessoal, não existindo formas pré-
determinadas para sua realização.
12. SISTEMA DEFENSIVO - Forma de dispor os praticantes em quadra
12.1 – Princípios do Jogo na defesa
1- Equilíbrio Defensivo - Os alunos que não estão com posse de bola, nem envolvidos com o
lance diretamente, devem ficar o mais próximos da linha central para evitar um possível contra ataque
adversário.
2 - Parar ou Retardar o Contra Ataque Adversário - Quando a equipe esta de posse de
bola, e por qualquer motivo perde esta posse, o aluno que estiver mais próximo do adversário que
entrou de posse de bola, atrapalha este para que não possa fazer um passe ou para retardar um
possível contra ataque.
3 - Divisão dos Atacantes - Dividir corretamente os atacantes, pois cada defensor é responsável
por um atacante dentro de seu setor.
4 - Análise dos Atacantes - Analisar o seu correspondente, suas características ofensivas, e
aplicar a ele o melhor tipo de marcação.
5 - Ajuda Recíproca- Auxílio ao companheiro quando este precisar.
12.2 – Fases da Defesa
1 - Retorno Rápido pelo Caminho mais Curto - Independente da posição que ocupam no
ataque no momento da perda da posse de bola deve-se voltar em linha reta, pois é o caminho mais
curto.
2 - Defesa Temporária - Após a primeira fase, os defensores se encontram fora de suas
posições de melhor rendimento.
3 - Organização da Defesa - Quando os jogadores conseguem voltar para suas posições de
melhor rendimento.
12.3 – Defesa em Sistema
Os jogadores defensores aplicam um sistema tático defensivo que foi treinado para este jogo.
12.4 – Normas Básicas do Jogo na Defesa
Obs. Estas normas são direcionadas para o defensor como “Técnica Individual”
1 - Sair para dificultar o melhor tipo de passe, finta e arremesso;
2 - Estar entre o atacante e o gol e ao lado do braço de arremesso;
3 - Enquanto o atacante estiver com posse de bola, o defensor deverá marcá-lo;
4 - Dirigir o jogo para as laterais (lateralidade de perna);
5 - Deslocar na defesa conforme trajetória da bola.
12.4 – Sistema Defensivo Individual
Caracteriza-se pela condição de não se estar em posse de bola. Para marcar gol é necessário
recupera-la, e para isso podemos defender de maneira passiva, esperando um erro do adversário ou
tomando um gol ou podemos marcar de maneira ativa (agressiva), entrando em posse de bola, através
de uma interceptação de um passe ou forçando um erro do adversário.
12.4.1 – Desvantagens do Jogo com Sistema Defensivo individual
- produção de espaço;
- pouca possibilidade de cobertura;
- aumenta a possibilidade de arremesso de curta distância dificultando a ação do goleiro.
12.4.2 – Vantagens do Jogo com Sistema Defensivo individual
- aumenta a responsabilidade defensiva individual;
- possibilidade de não tomar gol de média e longa distância (no caso dos atacantes possuírem
grande envergadura e potência de arremesso);
- aumenta a possibilidade de se entrar em posse de bola mais rapidamente;
- aumenta a possibilidade de um erro do adversário.
12.4.3 – Quando usar o Sistema Defensivo individual
- em equipes mais fracas onde possa se entrar rapidamente em posse de bola (principalmente
se existir a necessidade de saldo de gols);
- em momentos de superioridade numérica temporária (exclusão de um ou mais jogadores da
equipe adversária);
- em momentos onde exista inferioridade no placar e pouco tempo para equilibrá-lo.
12.5 – Sistema Defensivo por Setor
Devemos ter trabalhado todas as situações da técnica defensiva referente ao sistema defensivo
individual para depois entrarmos no sistema defensivo por setor.
Como o próprio nome diz, o sistema defensivo por setor caracteriza-se pelo posicionamento
defensivo coletivo em um determinado setor, onde cada jogador é responsável por um determinado
setor defensivo.
Podemos dividir o sistema defensivo por setor em 1, 2 ou 3 linhas de defesa que são:
1 linha de defesa - 6x0
2 linhas de defesa - 3x3, 5x1, 4x2, 1x5
3 linhas de defesa - 3x2x1
O processo atual em função de darmos continuidade à “agressividade defensiva” é de sairmos
do sistema defensivo individual e passarmos à defesa 3x3. Esta caracteriza-se por uma zona(setor)
com 2 linhas de defesa, sendo a primeira linha próxima a área com 3 jogadores e uma segunda linha
com 3 jogadores avançados próximo à linha pontilhada.
12.5.1 – Dividindo as funções e nomeando os postos específicos
1º primeiros marcam pontas
2º segundos marcam os meias
3º homem primeira linha pivô
3º homem avançado (2º linha) armador central
12.5.2 – Trajetórias de cada jogador e regras defensivas
1 - qualquer jogador que entre no setor é marcado individualmente
2 - quando houver troca de jogadores realizar troca defensiva
12.5 – Sistema Defensivo 3 x 3
1º linha defensiva - primeiros e terceiro de base
2º linha defensiva - segundos e terceiro avançado
Sistema de defesa considerado aberto, pois os jogadores estão distantes na mesma linha e na
outra linha. É um tipo de sistema defensivo por setor que se preocupa mais com a profundidade quanto
à largura.
O seu funcionamento é muito parecido com a defesa 6x0, pois nesta há um trabalho físico muito
forte seu deslocamento é em bloco defensivo no sentido da bola.
12.6 – Sistema Defensivo 3 x 2 x 1
1º linha defensiva - primeiros e terceiro de base
2º linha defensiva - segundos
3º linha defensiva - terceiro avançado
Sistema de defesa que se preocupa com a profundidade tem seu deslocamento em bloco
defensivo no sentido da bola, em que o centro da defesa é muito compacto.
12.7 – Sistema Defensivo 6 x 0
1º linha defensiva - primeiros, segundos,terceiros
Sistema defensivo que tem como característica inicial os 6 jogadores na primeira linha
defensiva. Seu deslocamento é em bloco defensivo e no sentido da bola.
Obs. É sugerido que os sistemas defensivos acima sejam ensinados inicialmente desta forma e
utilizar os mais altos no centro e os menores nas pontas.
Este sistema é o mais simples, mais comum e também o mais utilizado, sendo inclusive a base
de todos os outros sistemas.
Orientações Técnicas:
 Os seis jogadores posicionam-se logo à frente da linha dos 6 metros, para evitar que o
adversário infiltre e/ou circule por trás:
 Os jogadores devem manter a posição básica de defesa (posição de guarda), elevando os
braços para efetuar o bloqueio de arremesso;
 Os seis jogadores devem se deslocar em conjunto, lateralmente e, em algumas situações
como dificultar um arremesso ou passe, o deslocamento é feito para frente, devendo, neste caso,
retornar a linha dos seis metros acompanhando a trajetória da bola;
 O deslocamento deve ser feito de acordo com a trajetória da bola, por toda a extensão da
área dos seis metros;
 Cada jogador é responsável por uma zona, devendo marcar o jogador adversário que passar
pela mesma;
 Dependendo da necessidade os jogadores auxiliam-se mutuamente fazendo coberturas de
posições, evitando os espaços vazios na defesa;
 Todos os defensores devem estar atentos a movimentação do pivô, evitando que ele receba o
passe;
 Após a conclusão do ataque os jogadores devem voltar imediatamente para a sua zona de
defesa, correndo inicialmente de frente e, ao passar o centro da quadra, de costas, observando o
trabalho de bola da equipe adversária.
Erros mais comuns
- Tentativas de interceptações precipitadas, abrindo espaços vazios na defesa;
- Atrapalhar a ação do companheiro, colocando-se à frente do mesmo;
- Não se manter na sua zona, correndo atrás do jogador de posse de bola;
Dicas:
- Explicar aos alunos que no handebol é permitido utilizar-se do seu corpo para bloquear uma
ação ofensiva, ou seja, é permitido o contato.
12.8 – Sistema Defensivo 5 x 1
É utilizado para atrapalhar o trabalho de armação da equipe adversária, e para evitar
arremessos de longa distancia;
Orientações Técnicas:
 Neste sistema, cinco jogadores posicionam-se próximos a linha de 6 metros e um outro
jogador fica mais à frente, próximo à linha de tiro livre;
 Os cinco jogadores atuam de forma semelhante aos jogadores da defesa 6 x 0;
 A área de atuação do jogador que fica avançado é entre os três armadores, objetivando
interceptar os passes, dificultar a esquematização de jogadas, interferir na velocidade e ritmo de
armação da equipe atacante.
Erros mais comuns;
- Quando o jogador mais avançado segue a bola de ponta a ponta, não conseguindo atrapalhar
o ataque, se cansando e, tornando-se inútil nesse sistema;
- Quando os demais jogadores não conseguem cobrir a sua zona de defesa que, neste sistema,
fica mais ampla.
Dicas:
- O professor deve destacar o aluno mais rápido, ágil e perspicaz para ficar mais avançado, pois
este também tem a função de iniciar o contra ataque quando interceptar o passe.
12.9 – Técnica Individual Defensiva
O jogador deve possuir uma grande noção de espaço, domínio dos deslocamentos laterais e
frontais, noções de interceptação, ter a relação corporal sempre entre atacante e o gol, noções de
antecipação e encaixe e domínio das trocas de marcações e coberturas.
12.10 – Tática
É conjunto de ações, tanto individuais como coletivas, que realizam os jogadores
de uma equipe de forma organizada e racional.
Conjunto de Ações:
- Espaço vazio
- Relação corporal do atacante e do gol
- Dar piores espaços de jogo
- Noção de interceptação
- Trajetórias e mudanças de trajetórias
A partir do momento que a criança domine estes movimentos é possível marcar zona (setor)
com uma defesa agressiva.
12.10.1 – Espaço Vazio
É a ação de ludibriar o atacante oferecendo-lhe um espaço de jogo forçando-o ao início de
uma ação ofensiva e logo após, retomar o espaço não permitindo a continuidade efetiva do ataque.
12.10.2 – Relação corporal entre o atacante e o gol
A ocupação adequada do espaço permitirá sempre condição de boas atuações defensivas. É
de fundamental importância a colocação do defensor entre seu marcador direto e o gol fazendo com
que seu oponente tenha sempre que procurar se desmarcar, o objetivo neste caso passa a ser o
equilíbrio defensivo 1x1.
12.10.3 – Dar os piores espaços de jogo
Procurar se posicionar de maneira que o atacante só possa se colocar em locais de menor
perigo em relação ao gol.
12.10.4 – Noção de Interceptação
É necessário:
- Saber que é importante retomar a posse de bola
- Se posicionar na linha de passe
- Executar a interceptação somente com segurança
12.10.5 – Trajetórias e mudanças de trajetórias
São movimentos corporais com ou sem bola para a produção de espaços na defesa
adversária. Podemos usar tipos de trajetórias:
A - Trajetória reta
B - Trajetória curva
12.11 - Tipos de Movimentações (Deslocamentos)
Deslocamento lateral
Deslocamento com saída a frente
Deslocamento com saída a frente retorno a diagonal.
12.12 - Noção de Troca de Marcadores
A partir do momento que os jogadores já dominam todas estas informações inicia-se o processo
da troca de jogadores para:
- Manter equilíbrio defensivo
- Favorecer condição de superioridade defensiva
- Manter o domínio do espaço de jogo
- Menor desgaste físico
13. MARCAÇÃO – Forma em que os praticantes atuam dentro do sistema defensivo.
13.1 - Tipos de Marcações
- Marcação por observação
- Marcação aproximação/ contato
- Marcação por interceptação
- Marcação por encaixe
13.1.1 – Marcação por Observação
O defensor está no seu posto especifico defensivo observando a movimentação do adversário,
sem descuidar do seu correspondente direto. Usamos está marcação quando há muita troca de bola de
um ataque não agressivo normalmente no início de jogo, mas também durante o mesmo usa-se este
tipo de marcação.
13.1.2 – Marcação por Aproximação/Contato
O defensor está em seu posto específico defensivo, no momento em que seu correspondente
direto entrar em posse de bola ou for recebê-la o defensor fará uma aproximação para evitar ações
ofensivas do atacante, sendo que o mesmo já tenha recebido a bola ou também podendo evitar que o
mesmo entre em posse de bola aproximando do adversário colocando-se na linha de passe. No
momento em que o atacante não mais estiver em posse de bola e nem em linha de passe o defensor
correspondente retorna a diagonal no sentido da trajetória da bola.
13.1.3 – Marcação por Interceptação
O defensor está em seu posto específico com muita atenção na bola e no seu correspondente
direto que no momento está sem bola, quando o defensor perceber que seu correspondente direto vai
receber um passe e com isto irá entrar em posse de bola ele entra na linha de passe e intercepta a bola
antes desta chegar no seu objetivo, criando assim um contra ataque com grande possibilidade de gol.
13.1.4 – Marcação por Encaixe
O defensor utiliza esta marcação quando o atacante esta próximo da área do gol neste
momento devemos utilizar este tipo de marcação, pois esta é uma forma de parar uma ação ofensiva
sem receber uma punição disciplinar.
13.1 – Relação entre Deslocamentos e Marcações
Deslocamento Marcação
Lateral Observação
Saída a frente Interceptação
Saída a frente com retorno em diagonal Aproximação
14. CONTRA-ATAQUE
É a ação ofensiva que se realiza rapidamente com o intuito de se obter um gol a
partir do momento em que se entra em posse de bola.
Orientações técnicas:
 O contra ataque é iniciado quando há um domínio de bola por parte do goleiro, quando ocorre
uma interceptação de passe ou bloqueio de arremesso ou ainda, quando a equipe adversária comete
uma infração (andar, três segundos com a bola na mão, etc.);
 Após dominar a bola, o goleiro ou um jogador, lança a bola através de um passe longo, o
mais rápido possível a um jogador que se encontra a frente, isolado, com todas as chances de fazer um
gol;
 A corrida para um contra-ataque deve ser feita rente a linha lateral, de frente, ate o centro da
quadra e daí para a frente, o jogador deve correr em diagonal, com o tronco voltado para receber o
passe.
Erros mais comuns:
- Utilizar o passe reto, facilitando a interceptação;
- Correr pelo meio da quadra dificultando a visualização e recepção do passe e facilitando a
marcação;
Dicas:
- Pelo menos dois jogadores devem sair em velocidade para receber o passe, para confundir a
marcação;
- O goleiro deve recuperar a bola o mais rápido possível para tentar iniciar o contra-ataque;
Pode ser dividido em 4 tipos:
- Direto
- Indireto
- Sustentado
- Organizado
14.1 – Contra-Ataque Direto
Quando um jogador intercepta a bola e sai driblando em direção ao gol adversário, ou mesmo
através de um arremesso direto do goleiro após uma defesa ou mesmo no momento de um tiro de
meta.
14.2 – Contra-Ataque Indireto
Há a entrada de posse de bola (do goleiro ou uma interceptação de outro jogador) e um passe
para um jogador que tenha partido para o ataque e esta em posição mais avançada.
14.3 – Contra-Ataque Sustentado
Quando um ou mais jogadores auxiliam o atacante que partiu para o ataque com bola e este
sofre uma marcação de um jogador adversário.
Orientações técnicas:
 Dois ou mais jogadores saem rapidamente trocando passes curtos, movimentando-se em todas
as direções para confundir a marcação;
Erros mais comuns:
- Trocar número excessivo de passes, dando tempo para a defesa adversária se organizar;
- Vários jogadores correndo na mesma direção, facilitando-se a marcação;
- Utilizar-se do drible, atrasando o contra-ataque:
Dicas:
- Neste sistema de contra-ataque, dois jogadores, geralmente os armadores, devem iniciar a
armação do contra ataque
14.3 – Contra-Ataque Organizado
Organizado - a defesa sai para o ataque com um trabalho ofensivo previamente estipulado.
15. ATAQUE
Definição - É toda situação onde a equipe está em posse de bola.
15.1 – Posições no Ataque
A – Armador Lateral Esquerdo ou Meia Esquerda;
B – Armador Central ou Central;
C – Armador Lateral Direito ou Meia Direita;
D – Extrema Direita ou Ponta Direita;
E – Pivô;
F – Extrema Esquerda ou Ponta Esquerda.
15.2 – Características dos Jogadores por Posição:
 MEIA ESQUERDA: Alto , boa impulsão, arremesso com braço direito (destro);
 CENTRAL: Estatura média alta, inteligente, liderança, muita habilidade técnica e amplo
domínio do sistema tático;
 MEIA DIREITA: Alto com boa impulsão, melhor arremesso com braço esquerdo (canhoto);
+ combinado
X defesa
: ataque
 PIVÔ: De acordo com o tipo de ataque podem ser:
a) Habilidoso, ágil e veloz:
b) Habilidoso, com boa força física.
 PONTA DIREITA; Muita habilidade, agilidade, criatividade e velocidade (canhoto);
 PONTA ESQUERDA: Muita habilidade, agilidade, criatividade e velocidade (destro).
15.3 – Tipos de Ataque
 LIVRE – Os atacantes não ocupam quaisquer posto específico (não guardam posição física)
tentando sempre o desmarque para receber a bola e tentar uma ação ofensiva, este é usado contra um
Sistema Defensivo Individual.
 ORGANIZADO (Posicional) – Os atacantes ocupam postos específicos eqüidistantes
distribuídos em primeira e segunda linha ofensiva, este é usado contra um Sistema Defensivo por Setor.
 MISTO - Alguns atacantes estão sendo marcados individualmente e outros são marcados em
postos específicos, usados contra Sistema Defensivo Misto.
15.4 – Sistemas Táticos Ofensivos
O objetivo de um sistema tático ofensivo é através de movimentos pré-determinados, produzir
oportunidades para se conseguir fazer gols.
15.4.1 – Sistema de Ataque 3 x 3
Primeira linha ofensiva: ME, CE e MD;
Segunda linha ofensiva: PE, PD E Pivô.
15.4.2 – Sistema de Ataque 2 x 4
Primeira linha ofensiva: ME, MD;
Segunda linha ofensiva: PE, PD e Pivô Fixo e Segundo Pivô.
15.5 – Procedimentos Táticos Coletivos Ofensivos
Deve-se trabalhar situações em que possa existir possibilidade de se obter superioridade
numérica sobre a defesa. Para isso, deve-se enfatizar situações táticas entre 2 postos fundamentais e
logo após, situações entre 3,4,5,6 e até 7 postos.
15.5.1 – Engajamento
Começa pelos pontas - Procedimento em que os atacantes devem seguir inicialmente o
principio básico do ataque de atacar em intervalos ou nos espaços entre os defensores, quem irá
receber a bola, obrigatoriamente terá que responder em trajetória curva para dar continuidade ao
engajamento. A partir do engajamento podem-se criar as demais ações combinadas.
Referencial: quando o atacante formar o braço de arremesso o companheiro
inicia seu deslocamento
15.5.2 – Cruzamento
São movimentos em que 2 jogadores executam deslocamentos tentando sair da ação do
bloqueio defensivo da bola por parte da defesa ou colocar um jogador em situação de arremate 1x0 ou
superioridade numérica coletiva.
15.5.3 – Bloqueio
São posicionamentos (principalmente dos pivôs) realizados para evitar momentaneamente o
deslocamento lateral ou diagonal da defesa. Podem ser feitos de frente, mas é mais comum de costas
para o adversário.
Posicionamento - pernas em afastamento lateral, joelhos flexionados e braços e mãos em
posição de recepção.
15.5.4 – Cortina
Ação de um atacante de impedir o deslocamento frontal de um defensor para que um
companheiro possa realizar um arremesso eficiente próximo a linha de 9mts.
15.5.5 – Tabela
Procedimento em que um jogador com bola realiza um passe a um atacante mais próximo a
linha de 6 metros e em seguida tenta o desmarque de seu defensor direto para receber a bola e
executar o arremesso.
Desmarcação - Ato de se colocar em condições de recepção saindo da
marcação direta de seu oponente com deslocamentos sem bola.
15.5.6 – Quebra
Procedimento que consiste em mudar (inverter) o sentido da trajetória da bola, por parte de
algum jogador, para obter êxito em uma ação inicial de engajamento.

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Apostila de handebol

  • 1. APOSTILA DE HANDEBOL 1. INTRODUÇÃO Sob os pontos de vista formativo e educativo, o handebol é apreciado por ambos os sexos, por sus qualidades excepcionais porque desenvolve simultaneamente resistência, habilidade, coordenação, velocidade, força e coragem, alem de reunir as três bases atléticas naturais: correr; saltar e arremessar. Orientações O handebol é jogado com as mãos, ferramenta natural do homem, e sua aprendizagem deverá ter inicio desde as primeiras séries escolares, com exercícios bem naturais, de deslocamentos, corridas e lançamentos e alvos fixos e moveis, utilizando-se também de jogos educativos organizados em progressão crescente. Os fundamentos devem ser repetidos insistentemente de forma isolada e dentro de seqüências para que o aluno aprenda bem os elementos básicos. Deve-se insistir muito na muito na utilização da alavanca correta nos passes e arremesso, assim como observar a empunhadura e a recepção adequada da bola, evitando-se assim vícios e contusões. Na fase de aprendizagem das táticas de ataque e defesa, o professor deve interromper os exercícios e o jogo a todo instante para coibir o excesso de individualismo dos alunos, assim como orientar a defesa para marcar o trabalho de bola dos atacantes. O professor deve utilizar repetidamente o exercício de ataque para fixar bem o posicionamento dos alunos dentro da característica do jogo de handebol. O aluno deve estar preparado psicologicamente para o contacto corporal, e deve saber se posicionar corretamente, utilizando o tronco de maneira rígida, elevando sempre os braços para bloquear as ações do adversário sem problemas de contusões. 2. A CONCEPÇÃO DO JOGO DE HANDEBOL Na vida cotidiana do homem moderno, o esporte tem um grande papel. O desafio, nas diversas disciplinas esportivas, que se baseia na cooperação coletiva, da performance e no plano individual, estimula consideravelmente a vida. Graças ao esporte, a vida dos ativos e dos espectadores torna-se mais rica. O esporte cria obrigações, estimula a personalidade intelectual e física e oferece chances reais de integração social, isto é, de reencontro no nível humano. Uma vez que o esporte solicita o domínio pessoal e a força física, ele reduz as agressões, tranqüiliza os nervos e o temperamento do homem, freqüentemente em stress. Handebol é hoje um dos
  • 2. jogos mais rápidos que conhecemos. Esta disciplina solicita a condição da força muscular, rapidez, elegância técnica e a vontade de cooperar. Com suas exigências sobre todas as partes do corpo – pernas e pés para correr, o dorso para defesa, braços e mãos para lançar precisamente e a cabeça para refletir, ele oferece aos jogadores e jogadoras um treinamento harmonioso para todo o organismo. Raramente um outro esporte desenvolve de tal maneira o coração e os pulmões. Do ponto de visto técnico, o handebol oferece aos participantes e aos (professores) um rico desafio. A própria natureza do jogo representa um teste duro para os jogadores e a equipe. Movimentos ágeis e rápidos e um extremo domínio do corpo. Uma vez que o interesse está estritamente ligado a bola, este esporte atrai também a juventude. Assim, a historia do handebol está ligada a atividade física nas escolas quase no mundo inteiro. Efetivamente, o handebol começa como esporte tipicamente escolar que exige quadras relativamente modestas e um equipamento muito simples. É indiscutível que o handebol se desenvolve graças a possibilidade de disputá-lo durante o ano todo. A tática do handebol é também desenvolvida. O fato de do jogo ser disputado em uma quadra de 20 x 40 metros, com 7 jogadores, em cada equipe, exige um plano de jogo exato, o melhor desempenho e uma severa disciplina por parte dos jogadores e da equipe em geral. O objetivo do jogo de handebol é de marcar gols no lado adversário, o maior número possível por jogo. A filosofia fundamental das regras de handebol é de criar uma verdadeira chance para a equipe para a equipe executar o próprio jogo sem atingir o adversário, por está razão a clausula da vantagem é muito importante neste esporte. O handebol é um verdadeiro esporte de ataque. A rapidez, o estreito contato corporal, as características do jogo como a possibilidade de bloquear o adversário com seu próprio corpo, etc..,tudo se passa tão depressa que é preciso admitir que a tarefa dos árbitros é dura e exigente. 3. ADAPTAÇÃO E MANEJO DA BOLA O contato que se deve ter explorando e combinando vários movimentos fundamentais com a bola. 4. DOMÍNIO DO CORPO Experiências voltadas para a locomoção combinando, ritmo, paradas, mudanças de direção e giros. Maneira pela qual o jogador (iniciante) deve exercer um domínio sobre seu próprio corpo de modo a obter vantagem sobre um oponente. Traduz-se pôr condições especiais de equilíbrio, agilidade, coordenação, velocidade de deslocamento e outras condições que, usadas apropriadamente, diferenciam os jogadores do determinado esporte (handebol).
  • 3. 5. EMPUNHADURA É a maneira correta de segurar a bola. A bola deve estar à frente da mão e os dedos acomodados e ligeiramente afastados, o punho deve manter a mesma linha do antebraço. Aplicação no jogo - domínio da bola, para poder direcionar os passes e arremessos de acordo com as circunstancias de jogo. Orientação técnica - Prender a bola fortemente com os dedos. Erro mais comum - Manter a bola solta, apenas apoiando-se na palma da mão. Dica - A boa preensão da bola está mais relacionada com a força muscular dos dedos ao tamanho da mão. 6. PASSE São formas de lançamentos em que o jogador visa alcançar um companheiro de equipe e também é a forma mais efetiva de progredir na quadra de jogo sem bola, obtendo uma posição favorável para o arremesso. Passe a altura do ombro ou clássico: é o tipo de passe mais utilizado no jogo e deve ser o mais enfocado na iniciação esportiva. Posicionamento: Braço e antebraço, formando um angulo de 110º, cotovelo acima da linha do ombro, mão segurando a bola, perna contrária do braço do lançamento à frente. No lançamento a perna que está atrás completa o passe de maneira natural e acontece uma ligeira rotação do tronco no término do mesmo. Referencial de Passe - Cotovelo acima da linha do ombro. Erros mais comuns: - Deslocar-se lateralmente para passar e receber: - Girar para receber a bola;
  • 4. - Imprimir força demasiada ao passe; - Empurrar a bola com extensão do braço (como no arremesso de peso). - Posicionar o cotovelo junto ao corpo. Dicas: - Orientar o aluno para elevar e fixar o cotovelo na linha do ombro, utilizando o antebraço e finalizando com flexão de punho. - O passe deve ser dado sempre na direção diagonal (para frente), pois o passador e o receptor se encontram em deslocamento; - O passe pode ser executado com ambas as mãos, porem deve-se insistir na execução com uma das mãos, devido ao tamanho da bola, maior mobilidade, velocidade, variedade de execução, possibilidade de finta, alem de ser característica do esporte. 6.1 - Quanto à sua utilização, o passe deve ter: - PRECISÃO - VELOCIDADE - MOMENTO CERTO - A ESCOLHA CORRETA 6.2 - Quanto a trajetória o passe pode ser: - DIRETO - PICADO - PARABÓLICO 6.2.1 - Passe Direto É o mais utilizado por ser o mais preciso e rápido, onde duas alavancas devem ser utilizadas, com uma pequena rotação do tronco de acordo com a direção do passe, onde a perna contraria a posição do braço deve estar posicionada a frente. 6.2.2 - Passe Picado Utilizado para evitar uma interceptação por parte do adversário, quando este se encontra próximo. Erro: lançar a bola muito antes do receptor. 6.2.3 - Passe Parabólico Utilizado para alcançar uma longa distância e para contra ataque simples, onde sua trajetória deve ser parabólica e a rotação de tronco é maior do que nos outros passes.
  • 5. 6.3 - Quanto à distância pode ser: - CURTO - MÉDIO - LONGO 7. RECEPÇÃO Obs: A recepção deve ser ensinada primeiro do que o passe por motivo de segurança. A recepção é um fundamento de significativa importância, pois, além de propiciar a continuidade efetiva do jogo, faz com que se corrija todo passe que pôr ventura venha a ser mau executado. A recepção pode ser feita com uma e com duas mãos. É mais aconselhável usar a recepção com as duas mãos, pois, é mais fácil de executar e os erros são menores. A forma correta da recepção com as duas mãos é a seguinte: - Mãos em forma de concha - Dedos ligeiramente afastados - Braços semiflexionados, devem ir de encontro à bola para amortecer e diminuir a velocidade da mesma, propiciando imediatamente a formação da alavanca de passe ou arremesso. 7.1 - Em relação a direção da bola a recepção pode ser: - ALTA acima da cabeça , altura da cabeça - MÉDIA altura do peito , altura do quadril - BAIXA altura dos joelhos , rente ao solo * Referencial de Recepção Alta e Média - Dedos polegares e indicadores próximos, dedos mínimos opostos. * Referencial de Recepção Baixa - Dedos mínimos próximos, dedos polegares opostos. O posicionamento para a recepção deve ser o de manter sempre o campo visual do jogo tanto para a continuidade em passe quanto para arremessos ao gol. Erros comuns - espalmar a bola; - posicionar os dedos em direção a bola; - esperar a bola parada; e - receber a bola com uma das mãos.
  • 6. Dicas Devemos orientar nossos alunos para relaxarem ligeiramente os dedos pois, no inicio da aprendizagem ocorrem muitas lesões, devido a contração excessiva dos mesmos. O deslocamento deve ser continuo sem parar para receber a bola. 8. PROGRESSÃO É a maneira de nos movimentarmos (com bola) na quadra tendo como objetivo o domínio do espaço. Podemos progredir de 3 formas sem infringir as regras do handebol: 1 - Batidas sucessivas (drible) 2 - Ritmo trifásico - dar três passos com a bola na mão 3 - Ritmo duplo trifásico - Dar três passos com a bola na mão bater bola e tornar a dar três passos, sendo que após os 3 últimos devemos passar ou arremessar ao gol. É usado para sobrepujar um adversário; para se aproximar da área após uma finta; para reter uma bola num momento de organização da equipe e em contra ataque individual. Erros mais comuns: - espalmar a bola - imprimir muita força; - flexionar demasiadamente o tronco permanecendo com a cabeça baixa. Devemos orientar nossos alunos para não abusar do drible, pois isso descaracteriza o handebol, cujo objetivo principal é deslocar e confundir a defesa adversária através de passes rápidos. 8.1 - Progressão com Três Passadas Ela é aplicada no jogo para ganhar espaço e/ou impulso e/ou velocidade, antes e/ou depois do drible, antes dos passes e dos arremessos. O aluno destro deve iniciar a passada com a perna esquerda, para que na terceira passada ele esteja com a perna oposta à frente; o canhoto deve seguir o procedimento inverso. A bola deve ser passada ou arremessada após a terceira passada ou no momento Maximo de impulsão no caso do salto. No caso de salto após três passadas o aluno deve saltar e cair com a perna contraria a ação do braço. A mesma perna de ação do braço deve estar flexionada com o joelho e pé voltado para trás semelhante a um coice.
  • 7. Erros mais comuns: - Dar dois ou quatro passos: - Iniciar a passada com a perna errada; - Saltar durante as passadas; - Soltar a bola antes ou durante a terceira passada: - Soltar a bola no inicio da impulsão ou durante a queda, no caso de salto; - Posicionar o joelho de forma semelhante à bandeja, durante o salto. 9. DRIBLE Referencial: A bola deve ser batida a frente do corpo, mãos descontraídas e dedos separados empurrando-a de encontro ao solo, a altura da cintura. Usamos o termo drible para designar o movimento sincrônico de bater a bola para o solo estando parado ou em deslocamento, com uma das mãos, e de correr sem segurar a bola sequer pôr um instante. Pode-se alternar as mãos, o drible termina quando a bola é retida com uma ou com ambas as mãos. Os dedos deverão ficar descontraídos durante o drible, a fim de que a mão e dedos direcionem a bola ao solo. Observações durante o aprendizado. - a bola não deve ser agarrada - a bola não deve ser batida com a palma da mão - a bola não deve ser conduzida com a palma da mão, tipo basquetebol. - a bola não deve ser driblada ao lado do corpo - a bola deve ser driblada ao lado e a frente do corpo - a bola deve ser direcionada para o chão na direção da corrida, quanto mais rápida a corrida mais a frente a bola deve ser direcionada. (Horst Käsler). 10. ARREMESSOS É a ação de enviar a bola em direção ao gol adversário, aplicando um forte impulso (força explosiva), para dificultar a ação do goleiro, tendo como objetivo principal, a marcação do gol. A técnica do arremesso é mais importante que a do passe. Um passe mal executado não quer dizer que a bola esteja perdida, mas um mal arremesso é quase sempre bola perdida. Não se pode dizer quais são os melhores movimentos ou qual a melhor maneira de arremesso, isso depende de alguns fatores como: distância da baliza, ângulo de gol e possibilidade de bloqueio. Um jogador deve dominar vários tipos de arremesso. Nem sempre a equipe que arremessa mais a gol é aquela que vencerá o jogo, mas a equipe que possuir técnica aprimorada e saber o momento exato de finalização, tem mais chances de votória.
  • 8. Condições importantes para um bom arremesso:  OPORTUNIDADE: procurar uma melhor posição e momento oportuno para a finalização, ou seja, quando um jogador está livre de marcação ou em condições mais favoráveis.  VELOCIDADE DE REAÇÃO: o arremesso deve ser feito com rapidez para surpreender o adversário, não dando tempo para que os defensores se organizem na defesa.  PRECISÃO: procurar arremessar dos pontos de maior dificuldade para o goleiro.  FORÇA EXPLOSIVA: para que a bola chegue ao gol pretendido o mais rápido possível e com a força necessária, dificultando a ação do goleiro.  VARIEDADE DE ARREMESSO: um jogador deve dominar vários tipos de arremesso para aplica-los em cada situação específica de jogo. A variação dos tipos de arremesso e posições diferentes, facilita a conclusão de um gol.  HABILIDADE NA EXECUÇÃO: a execução correta do gesto técnico do arremesso. 10.1 - O arremesso quanto a sua mecânica pode ser: - com apoio - com salto (horizontal e vertical) 10.1.1 - Arremesso em Apoio Referencial: - Frisar a elevação e fixação do cotovelo (na linha do ombro) e a rotação do tronco, finalizando com a flexão de punho. Este tipo de arremesso pode ser dividido em dois tipos: a) com passadas alternadas; b) com passadas cruzadas. a) Com passadas alternadas (normais) - ritmo trifásico e o lançamento é exatamente igual ao passe a altura do ombro. No início a angulação do braço com o antebraço mantem-se em 110º, e durante as situações do jogo esta pode modificar-se para um melhor aproveitamento. b) Com passadas cruzadas - ritmo trifásico, porem devemos salientar que durante estas, o tronco inicia-se lateralmente em relação ao gol (ombro contrário do braço de lançamento) nas
  • 9. duas primeiras passadas e na terceira concomitante ao término do arremesso, o tronco estará de frente para o gol, o braço de arremesso forma um angulo de 110º Arremesso em apoio: É Também utilizado na cobrança do tiro de sete metros, no tiro livre, e também para surpreender a defesa e/ou goleiro. Orientações técnicas:  Ambas as pernas estão apoiadas, sendo que a perna contrária ao braço de arremesso deve estar posicionado a frente:  O ombro do braço de arremesso deve ser levado amplamente para trás, com o braço acompanhado nesta movimentação;  Participação total do corpo (quadril, tronco, braço, antebraço, punho), num movimento de trás pra frente:  Este arremesso pode ser empregado após as três passadas, propiciando maior velocidade e potência:  Quanto à trajetória da bola, este arremesso pode ser direto, picado, ou parabólico. Erros mais comuns - Utilizar a movimentação apenas do braço e não do corpo inteiro: - Manter o cotovelo baixo: - Empurrar a bola, com extensão do braço (como no arremesso de peso); - Flexionar o tronco. 10.1.2 - Arremesso com Salto É utilizado para ganhar espaço (impulsão horizontal), chegando o mais próximo possível da meta adversária, e também para ganhar altura (impulsão vertical), transpondo a barreira adversária.Para uma melhor execução há a necessidade de executá-lo após o ritmo trifásico para obter maior impulsão e conseqüentemente um aumento na possibilidade de êxito no seu resultado o gol. Para facilitar o processo de ensino-aprendizagem iremos utilizar o referencial abaixo. Referencial: Impulsão com a perna contraria ao braço de arremesso = Equilíbrio Lembre-se – Equilíbrio é a causa, porem devemos saber como obtê-lo, por isso o referencial não pode ser equilíbrio, mas o que leva a chegar ao mesmo. Orientações técnicas:  O arremesso deve ser efetuado no ponto mais alto da impulsão;  O arremesso deve ser feito com impulsão e queda na perna contrária a ação do braço;
  • 10.  A mesma perna de ação do braço deve estar flexionada, com o joelho é pé voltados para trás (semelhante a um coice);  Quanto à trajetória da bola, este arremesso pode ser direto, picado, ou parabólico. Erros mais comuns - Arremessar no inicio da impulsão ou na quadra; - Elevar e fixar o cotovelo (tipo arremesso de peso); - Posicionar o joelho de forma semelhante à bandeja; - Queda na perna contrária a de impulsão; - Não utilizar a rotação do tronco. Dicas: Orientar os alunos para olharem para a movimentação do goleiro durante o salto, para melhor direcionar o arremesso. 10.1.3 - Arremesso com Giro e Salto: É o arremesso mais utilizado pelo pivô, que geralmente se encontra de costas para a meta adversária. Orientações técnicas:  Após receber a bola, deve-se flexionar o tronco transferindo o peso do corpo para a perna de impulsão girando e a seguir, saltando com a impulsão horizontal para dentro da área, objetivando uma maior aproximação da meta adversária;  Duas alavancas devem ser utilizadas;  O arremesso deve ser feito no ponto Máximo da impulsão horizontal;  Quanto à trajetória da bola, este arremesso pode ser direto, picado ou parabólico (por cobertura). Erros mais comuns - Não elevar e fixar o cotovelo (tipo arremesso de peso); - Saltar com impulsão vertical; - Invadir a área no momento do giro; - Apoiar a mesma perna de ação do braço após o giro. Dicas: - Orientar o aluno para girar o mais rápido possível, dificultando a marcação; - Orientar o aluno para não arremessar durante o giro, equilibrando-se primeiramente, olhar para o goleiro e só depois arremessar. 10.1.4 - Arremesso de Ponta (salto e rotação do tronco)
  • 11. É o arremesso mais utilizado pelos pontas e pelo pivô (geralmente precedido de giro), também utilizado no caso de rebote quando a bola fica quicando na área de gol. Sua caracterização ou referencial são os seguintes: - Corrida paralela à área do gol, - Salto com o corpo voltado para a linha de 7 metros ou centro da área; - Fase aérea o atleta ocupa o espaço da área de gol. Quando na fase aérea faz-se uma rotação do tronco no sentido do gol auxiliando o braço responsável pela alavanca de arremesso. Orientações técnicas:  Este arremesso é feito quando o jogador se encontra próximo à linha dos 6 metros, visando uma maior aproximação da meta adversária;  Duas alavancas devem ser utilizadas;  No caso de arremesso pelas pontas deve-se inclinar o tronco a lateral (do lado contrario ao do arremesso) simultaneamente ao salto;  A queda deve ser iniciada após o arremesso, apoiando-se as mãos (pivô), ou terminando com queda lateral (ponta);  Quanto à trajetória da bola o arremesso pode ser direto, picado ou parabólico. Dicas: - Orientar o aluno para amortecer a queda, evitando assim, possíveis contusões; - Utilizar colchões para a aprendizagem deste arremesso. 10.1.5 - Arremesso com Inclinação Lateral (direita e esquerda) Arremesso executado em meia distância, utilizado geralmente pelos armadores (1º linha de ataque) com “APOIO”, e pelos pontas com “QUEDA”, este é utilizado pelo fato do defensor estar muito próximo impedindo um arremesso normal ou uma possível progressão. Este arremesso tem como referencial: Lado forte - braço e antebraço paralelo ao solo. Lado fraco - tronco voltado para cima (teto) e bola atrás da cabeça. 10.1.6 - Arremesso com Queda Na finalização dos vários arremessos aprendidos até o momento pode se haver queda por este fato é importante aprender a fazer o amortecimento (contato com o solo), para não machucar.
  • 12. No amortecimento é importante que após o desequilíbrio do corpo, a soltura da bola, o primeiro contato com o solo seja dos membros superiores. Na queda devemos ter cuidados para que joelhos e o órgão genital masculino não toque o solo antes do amortecimento, pois, pode machucar. Este tipo de arremesso, trás algumas vantagens: - Diminuição da distância até a baliza - Maior poder de infiltração - Maior tempo de posse de bola, podendo esperar definição do goleiro. 10.2 - Quanto a distancia, os arremessos podem ser: - curto – em torno de 6 metros - médio – de 7 a 9 metros - longo – mais de 10 metros 10.3 – Com relação as zonas podem ser: 1 – ataque 3 x 3 - ponta esquerda - ponta direita 2ª linha de ataque - pivô - meia (armador) esquerdo - meia direito 1ª linha de ataque - central 2 – ataque 2 x 4 - ponta esquerda - ponta direita 2ª linha de ataque - 1º pivô - 2º pivô - meia (armador) esquerdo - meia direito 1ª linha de ataque 11. FINTA Linha de ataque ou defesa A primeira linha é baseada sempre pela visão do
  • 13. São gestos realizados com posse de bola nas ações de 1x1 (individual) para obtenção de posicionamento de arremesso ou superioridade numérica. O domínio das trajetórias, do corpo, do passo zero é fundamental para o emprego de uma finta. As Fintas são ações realizadas conscientemente pelo praticante estando em posse de bola, com o objetivo de dirigir os movimentos do defensor para uma falsa direção, conseqüentemente desviando a atenção de sua conduta e neutralizando sua oposição para a obtenção do espaço livre e assim beneficiar-se desta situação. (Falkowski, Manuel Maria M., Fernandez Ernesto Enriquez.) Temos várias formas de fintar, sendo elas com o olhar, membro superior, tronco e membro inferior. É importante que o aluno vivencie estas possibilidades para aumentar seus recursos motores durante o jogo. Sabemos que a finta de tronco e membros inferiores, são complexas por trabalharem simultaneamente várias ações motoras, o para que seja facilitado o processo de iniciação utilizaremos como referencial a seqüência de passadas. Finta com saída para o Lado direito – Esquerdo, Direito, Esquerdo; Finta com saída para o Lado esquerdo – Direito, Esquerdo, Direito. Orientações técnicas:  Podem ser feitas com ou sem a bola;  As fintas são feitas através do olhar, de mudanças de direção e ritmo, giros, paradas bruscas e saídas rápidas, movimento de cabeça e/ou braço e drible;  Deve ser feita com velocidade e uma perfeita empunhadura da bola. Erros mais comuns - Andar com a bola durante a finta; - Abusar do drible ou utiliza-lo no momento inadequado. Dicas: - A finta deve ser trabalhada, no entanto é um gesto pessoal, não existindo formas pré- determinadas para sua realização. 12. SISTEMA DEFENSIVO - Forma de dispor os praticantes em quadra 12.1 – Princípios do Jogo na defesa 1- Equilíbrio Defensivo - Os alunos que não estão com posse de bola, nem envolvidos com o lance diretamente, devem ficar o mais próximos da linha central para evitar um possível contra ataque adversário.
  • 14. 2 - Parar ou Retardar o Contra Ataque Adversário - Quando a equipe esta de posse de bola, e por qualquer motivo perde esta posse, o aluno que estiver mais próximo do adversário que entrou de posse de bola, atrapalha este para que não possa fazer um passe ou para retardar um possível contra ataque. 3 - Divisão dos Atacantes - Dividir corretamente os atacantes, pois cada defensor é responsável por um atacante dentro de seu setor. 4 - Análise dos Atacantes - Analisar o seu correspondente, suas características ofensivas, e aplicar a ele o melhor tipo de marcação. 5 - Ajuda Recíproca- Auxílio ao companheiro quando este precisar. 12.2 – Fases da Defesa 1 - Retorno Rápido pelo Caminho mais Curto - Independente da posição que ocupam no ataque no momento da perda da posse de bola deve-se voltar em linha reta, pois é o caminho mais curto. 2 - Defesa Temporária - Após a primeira fase, os defensores se encontram fora de suas posições de melhor rendimento. 3 - Organização da Defesa - Quando os jogadores conseguem voltar para suas posições de melhor rendimento. 12.3 – Defesa em Sistema Os jogadores defensores aplicam um sistema tático defensivo que foi treinado para este jogo. 12.4 – Normas Básicas do Jogo na Defesa Obs. Estas normas são direcionadas para o defensor como “Técnica Individual” 1 - Sair para dificultar o melhor tipo de passe, finta e arremesso; 2 - Estar entre o atacante e o gol e ao lado do braço de arremesso; 3 - Enquanto o atacante estiver com posse de bola, o defensor deverá marcá-lo; 4 - Dirigir o jogo para as laterais (lateralidade de perna); 5 - Deslocar na defesa conforme trajetória da bola. 12.4 – Sistema Defensivo Individual Caracteriza-se pela condição de não se estar em posse de bola. Para marcar gol é necessário recupera-la, e para isso podemos defender de maneira passiva, esperando um erro do adversário ou tomando um gol ou podemos marcar de maneira ativa (agressiva), entrando em posse de bola, através de uma interceptação de um passe ou forçando um erro do adversário.
  • 15. 12.4.1 – Desvantagens do Jogo com Sistema Defensivo individual - produção de espaço; - pouca possibilidade de cobertura; - aumenta a possibilidade de arremesso de curta distância dificultando a ação do goleiro. 12.4.2 – Vantagens do Jogo com Sistema Defensivo individual - aumenta a responsabilidade defensiva individual; - possibilidade de não tomar gol de média e longa distância (no caso dos atacantes possuírem grande envergadura e potência de arremesso); - aumenta a possibilidade de se entrar em posse de bola mais rapidamente; - aumenta a possibilidade de um erro do adversário. 12.4.3 – Quando usar o Sistema Defensivo individual - em equipes mais fracas onde possa se entrar rapidamente em posse de bola (principalmente se existir a necessidade de saldo de gols); - em momentos de superioridade numérica temporária (exclusão de um ou mais jogadores da equipe adversária); - em momentos onde exista inferioridade no placar e pouco tempo para equilibrá-lo. 12.5 – Sistema Defensivo por Setor Devemos ter trabalhado todas as situações da técnica defensiva referente ao sistema defensivo individual para depois entrarmos no sistema defensivo por setor. Como o próprio nome diz, o sistema defensivo por setor caracteriza-se pelo posicionamento defensivo coletivo em um determinado setor, onde cada jogador é responsável por um determinado setor defensivo. Podemos dividir o sistema defensivo por setor em 1, 2 ou 3 linhas de defesa que são: 1 linha de defesa - 6x0 2 linhas de defesa - 3x3, 5x1, 4x2, 1x5 3 linhas de defesa - 3x2x1 O processo atual em função de darmos continuidade à “agressividade defensiva” é de sairmos do sistema defensivo individual e passarmos à defesa 3x3. Esta caracteriza-se por uma zona(setor) com 2 linhas de defesa, sendo a primeira linha próxima a área com 3 jogadores e uma segunda linha com 3 jogadores avançados próximo à linha pontilhada. 12.5.1 – Dividindo as funções e nomeando os postos específicos
  • 16. 1º primeiros marcam pontas 2º segundos marcam os meias 3º homem primeira linha pivô 3º homem avançado (2º linha) armador central 12.5.2 – Trajetórias de cada jogador e regras defensivas 1 - qualquer jogador que entre no setor é marcado individualmente 2 - quando houver troca de jogadores realizar troca defensiva 12.5 – Sistema Defensivo 3 x 3 1º linha defensiva - primeiros e terceiro de base 2º linha defensiva - segundos e terceiro avançado Sistema de defesa considerado aberto, pois os jogadores estão distantes na mesma linha e na outra linha. É um tipo de sistema defensivo por setor que se preocupa mais com a profundidade quanto à largura. O seu funcionamento é muito parecido com a defesa 6x0, pois nesta há um trabalho físico muito forte seu deslocamento é em bloco defensivo no sentido da bola. 12.6 – Sistema Defensivo 3 x 2 x 1 1º linha defensiva - primeiros e terceiro de base 2º linha defensiva - segundos 3º linha defensiva - terceiro avançado Sistema de defesa que se preocupa com a profundidade tem seu deslocamento em bloco defensivo no sentido da bola, em que o centro da defesa é muito compacto. 12.7 – Sistema Defensivo 6 x 0 1º linha defensiva - primeiros, segundos,terceiros Sistema defensivo que tem como característica inicial os 6 jogadores na primeira linha defensiva. Seu deslocamento é em bloco defensivo e no sentido da bola. Obs. É sugerido que os sistemas defensivos acima sejam ensinados inicialmente desta forma e utilizar os mais altos no centro e os menores nas pontas. Este sistema é o mais simples, mais comum e também o mais utilizado, sendo inclusive a base de todos os outros sistemas. Orientações Técnicas:
  • 17.  Os seis jogadores posicionam-se logo à frente da linha dos 6 metros, para evitar que o adversário infiltre e/ou circule por trás:  Os jogadores devem manter a posição básica de defesa (posição de guarda), elevando os braços para efetuar o bloqueio de arremesso;  Os seis jogadores devem se deslocar em conjunto, lateralmente e, em algumas situações como dificultar um arremesso ou passe, o deslocamento é feito para frente, devendo, neste caso, retornar a linha dos seis metros acompanhando a trajetória da bola;  O deslocamento deve ser feito de acordo com a trajetória da bola, por toda a extensão da área dos seis metros;  Cada jogador é responsável por uma zona, devendo marcar o jogador adversário que passar pela mesma;  Dependendo da necessidade os jogadores auxiliam-se mutuamente fazendo coberturas de posições, evitando os espaços vazios na defesa;  Todos os defensores devem estar atentos a movimentação do pivô, evitando que ele receba o passe;  Após a conclusão do ataque os jogadores devem voltar imediatamente para a sua zona de defesa, correndo inicialmente de frente e, ao passar o centro da quadra, de costas, observando o trabalho de bola da equipe adversária. Erros mais comuns - Tentativas de interceptações precipitadas, abrindo espaços vazios na defesa; - Atrapalhar a ação do companheiro, colocando-se à frente do mesmo; - Não se manter na sua zona, correndo atrás do jogador de posse de bola; Dicas: - Explicar aos alunos que no handebol é permitido utilizar-se do seu corpo para bloquear uma ação ofensiva, ou seja, é permitido o contato. 12.8 – Sistema Defensivo 5 x 1 É utilizado para atrapalhar o trabalho de armação da equipe adversária, e para evitar arremessos de longa distancia; Orientações Técnicas:  Neste sistema, cinco jogadores posicionam-se próximos a linha de 6 metros e um outro jogador fica mais à frente, próximo à linha de tiro livre;  Os cinco jogadores atuam de forma semelhante aos jogadores da defesa 6 x 0;
  • 18.  A área de atuação do jogador que fica avançado é entre os três armadores, objetivando interceptar os passes, dificultar a esquematização de jogadas, interferir na velocidade e ritmo de armação da equipe atacante. Erros mais comuns; - Quando o jogador mais avançado segue a bola de ponta a ponta, não conseguindo atrapalhar o ataque, se cansando e, tornando-se inútil nesse sistema; - Quando os demais jogadores não conseguem cobrir a sua zona de defesa que, neste sistema, fica mais ampla. Dicas: - O professor deve destacar o aluno mais rápido, ágil e perspicaz para ficar mais avançado, pois este também tem a função de iniciar o contra ataque quando interceptar o passe. 12.9 – Técnica Individual Defensiva O jogador deve possuir uma grande noção de espaço, domínio dos deslocamentos laterais e frontais, noções de interceptação, ter a relação corporal sempre entre atacante e o gol, noções de antecipação e encaixe e domínio das trocas de marcações e coberturas. 12.10 – Tática É conjunto de ações, tanto individuais como coletivas, que realizam os jogadores de uma equipe de forma organizada e racional. Conjunto de Ações: - Espaço vazio - Relação corporal do atacante e do gol - Dar piores espaços de jogo - Noção de interceptação - Trajetórias e mudanças de trajetórias A partir do momento que a criança domine estes movimentos é possível marcar zona (setor) com uma defesa agressiva. 12.10.1 – Espaço Vazio É a ação de ludibriar o atacante oferecendo-lhe um espaço de jogo forçando-o ao início de uma ação ofensiva e logo após, retomar o espaço não permitindo a continuidade efetiva do ataque. 12.10.2 – Relação corporal entre o atacante e o gol
  • 19. A ocupação adequada do espaço permitirá sempre condição de boas atuações defensivas. É de fundamental importância a colocação do defensor entre seu marcador direto e o gol fazendo com que seu oponente tenha sempre que procurar se desmarcar, o objetivo neste caso passa a ser o equilíbrio defensivo 1x1. 12.10.3 – Dar os piores espaços de jogo Procurar se posicionar de maneira que o atacante só possa se colocar em locais de menor perigo em relação ao gol. 12.10.4 – Noção de Interceptação É necessário: - Saber que é importante retomar a posse de bola - Se posicionar na linha de passe - Executar a interceptação somente com segurança 12.10.5 – Trajetórias e mudanças de trajetórias São movimentos corporais com ou sem bola para a produção de espaços na defesa adversária. Podemos usar tipos de trajetórias: A - Trajetória reta B - Trajetória curva 12.11 - Tipos de Movimentações (Deslocamentos) Deslocamento lateral Deslocamento com saída a frente Deslocamento com saída a frente retorno a diagonal. 12.12 - Noção de Troca de Marcadores A partir do momento que os jogadores já dominam todas estas informações inicia-se o processo da troca de jogadores para: - Manter equilíbrio defensivo - Favorecer condição de superioridade defensiva - Manter o domínio do espaço de jogo - Menor desgaste físico 13. MARCAÇÃO – Forma em que os praticantes atuam dentro do sistema defensivo. 13.1 - Tipos de Marcações
  • 20. - Marcação por observação - Marcação aproximação/ contato - Marcação por interceptação - Marcação por encaixe 13.1.1 – Marcação por Observação O defensor está no seu posto especifico defensivo observando a movimentação do adversário, sem descuidar do seu correspondente direto. Usamos está marcação quando há muita troca de bola de um ataque não agressivo normalmente no início de jogo, mas também durante o mesmo usa-se este tipo de marcação. 13.1.2 – Marcação por Aproximação/Contato O defensor está em seu posto específico defensivo, no momento em que seu correspondente direto entrar em posse de bola ou for recebê-la o defensor fará uma aproximação para evitar ações ofensivas do atacante, sendo que o mesmo já tenha recebido a bola ou também podendo evitar que o mesmo entre em posse de bola aproximando do adversário colocando-se na linha de passe. No momento em que o atacante não mais estiver em posse de bola e nem em linha de passe o defensor correspondente retorna a diagonal no sentido da trajetória da bola. 13.1.3 – Marcação por Interceptação O defensor está em seu posto específico com muita atenção na bola e no seu correspondente direto que no momento está sem bola, quando o defensor perceber que seu correspondente direto vai receber um passe e com isto irá entrar em posse de bola ele entra na linha de passe e intercepta a bola antes desta chegar no seu objetivo, criando assim um contra ataque com grande possibilidade de gol. 13.1.4 – Marcação por Encaixe O defensor utiliza esta marcação quando o atacante esta próximo da área do gol neste momento devemos utilizar este tipo de marcação, pois esta é uma forma de parar uma ação ofensiva sem receber uma punição disciplinar. 13.1 – Relação entre Deslocamentos e Marcações Deslocamento Marcação Lateral Observação Saída a frente Interceptação Saída a frente com retorno em diagonal Aproximação 14. CONTRA-ATAQUE
  • 21. É a ação ofensiva que se realiza rapidamente com o intuito de se obter um gol a partir do momento em que se entra em posse de bola. Orientações técnicas:  O contra ataque é iniciado quando há um domínio de bola por parte do goleiro, quando ocorre uma interceptação de passe ou bloqueio de arremesso ou ainda, quando a equipe adversária comete uma infração (andar, três segundos com a bola na mão, etc.);  Após dominar a bola, o goleiro ou um jogador, lança a bola através de um passe longo, o mais rápido possível a um jogador que se encontra a frente, isolado, com todas as chances de fazer um gol;  A corrida para um contra-ataque deve ser feita rente a linha lateral, de frente, ate o centro da quadra e daí para a frente, o jogador deve correr em diagonal, com o tronco voltado para receber o passe. Erros mais comuns: - Utilizar o passe reto, facilitando a interceptação; - Correr pelo meio da quadra dificultando a visualização e recepção do passe e facilitando a marcação; Dicas: - Pelo menos dois jogadores devem sair em velocidade para receber o passe, para confundir a marcação; - O goleiro deve recuperar a bola o mais rápido possível para tentar iniciar o contra-ataque; Pode ser dividido em 4 tipos: - Direto - Indireto - Sustentado - Organizado 14.1 – Contra-Ataque Direto Quando um jogador intercepta a bola e sai driblando em direção ao gol adversário, ou mesmo através de um arremesso direto do goleiro após uma defesa ou mesmo no momento de um tiro de meta. 14.2 – Contra-Ataque Indireto Há a entrada de posse de bola (do goleiro ou uma interceptação de outro jogador) e um passe para um jogador que tenha partido para o ataque e esta em posição mais avançada.
  • 22. 14.3 – Contra-Ataque Sustentado Quando um ou mais jogadores auxiliam o atacante que partiu para o ataque com bola e este sofre uma marcação de um jogador adversário. Orientações técnicas:  Dois ou mais jogadores saem rapidamente trocando passes curtos, movimentando-se em todas as direções para confundir a marcação; Erros mais comuns: - Trocar número excessivo de passes, dando tempo para a defesa adversária se organizar; - Vários jogadores correndo na mesma direção, facilitando-se a marcação; - Utilizar-se do drible, atrasando o contra-ataque: Dicas: - Neste sistema de contra-ataque, dois jogadores, geralmente os armadores, devem iniciar a armação do contra ataque 14.3 – Contra-Ataque Organizado Organizado - a defesa sai para o ataque com um trabalho ofensivo previamente estipulado. 15. ATAQUE Definição - É toda situação onde a equipe está em posse de bola. 15.1 – Posições no Ataque A – Armador Lateral Esquerdo ou Meia Esquerda; B – Armador Central ou Central; C – Armador Lateral Direito ou Meia Direita; D – Extrema Direita ou Ponta Direita; E – Pivô; F – Extrema Esquerda ou Ponta Esquerda. 15.2 – Características dos Jogadores por Posição:  MEIA ESQUERDA: Alto , boa impulsão, arremesso com braço direito (destro);  CENTRAL: Estatura média alta, inteligente, liderança, muita habilidade técnica e amplo domínio do sistema tático;  MEIA DIREITA: Alto com boa impulsão, melhor arremesso com braço esquerdo (canhoto); + combinado X defesa : ataque
  • 23.  PIVÔ: De acordo com o tipo de ataque podem ser: a) Habilidoso, ágil e veloz: b) Habilidoso, com boa força física.  PONTA DIREITA; Muita habilidade, agilidade, criatividade e velocidade (canhoto);  PONTA ESQUERDA: Muita habilidade, agilidade, criatividade e velocidade (destro). 15.3 – Tipos de Ataque  LIVRE – Os atacantes não ocupam quaisquer posto específico (não guardam posição física) tentando sempre o desmarque para receber a bola e tentar uma ação ofensiva, este é usado contra um Sistema Defensivo Individual.  ORGANIZADO (Posicional) – Os atacantes ocupam postos específicos eqüidistantes distribuídos em primeira e segunda linha ofensiva, este é usado contra um Sistema Defensivo por Setor.  MISTO - Alguns atacantes estão sendo marcados individualmente e outros são marcados em postos específicos, usados contra Sistema Defensivo Misto. 15.4 – Sistemas Táticos Ofensivos O objetivo de um sistema tático ofensivo é através de movimentos pré-determinados, produzir oportunidades para se conseguir fazer gols. 15.4.1 – Sistema de Ataque 3 x 3 Primeira linha ofensiva: ME, CE e MD; Segunda linha ofensiva: PE, PD E Pivô. 15.4.2 – Sistema de Ataque 2 x 4 Primeira linha ofensiva: ME, MD; Segunda linha ofensiva: PE, PD e Pivô Fixo e Segundo Pivô. 15.5 – Procedimentos Táticos Coletivos Ofensivos Deve-se trabalhar situações em que possa existir possibilidade de se obter superioridade numérica sobre a defesa. Para isso, deve-se enfatizar situações táticas entre 2 postos fundamentais e logo após, situações entre 3,4,5,6 e até 7 postos. 15.5.1 – Engajamento
  • 24. Começa pelos pontas - Procedimento em que os atacantes devem seguir inicialmente o principio básico do ataque de atacar em intervalos ou nos espaços entre os defensores, quem irá receber a bola, obrigatoriamente terá que responder em trajetória curva para dar continuidade ao engajamento. A partir do engajamento podem-se criar as demais ações combinadas. Referencial: quando o atacante formar o braço de arremesso o companheiro inicia seu deslocamento 15.5.2 – Cruzamento São movimentos em que 2 jogadores executam deslocamentos tentando sair da ação do bloqueio defensivo da bola por parte da defesa ou colocar um jogador em situação de arremate 1x0 ou superioridade numérica coletiva. 15.5.3 – Bloqueio São posicionamentos (principalmente dos pivôs) realizados para evitar momentaneamente o deslocamento lateral ou diagonal da defesa. Podem ser feitos de frente, mas é mais comum de costas para o adversário. Posicionamento - pernas em afastamento lateral, joelhos flexionados e braços e mãos em posição de recepção. 15.5.4 – Cortina Ação de um atacante de impedir o deslocamento frontal de um defensor para que um companheiro possa realizar um arremesso eficiente próximo a linha de 9mts. 15.5.5 – Tabela Procedimento em que um jogador com bola realiza um passe a um atacante mais próximo a linha de 6 metros e em seguida tenta o desmarque de seu defensor direto para receber a bola e executar o arremesso. Desmarcação - Ato de se colocar em condições de recepção saindo da marcação direta de seu oponente com deslocamentos sem bola. 15.5.6 – Quebra Procedimento que consiste em mudar (inverter) o sentido da trajetória da bola, por parte de algum jogador, para obter êxito em uma ação inicial de engajamento.